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O presente artigo faz parte de uma experiência proposta pelo PIBID, programa institucional de bolsa iniciação à docência. Em que apresenta-se a importância das intervenções pedagógicas por meio da Educação Ambiental. Tendo enquanto esferas principais demonstrar como e por meio de quais ferramentas a EA pode atuar na educação de ensino fundamental, para desenvolver uma conscientização crítica, dos alunos, diante da perplexidade da destruição ambiental. Essa destruição pode ser vista não apenas como algo exterior ao nosso mundo, mas como algo bem próximo, na esquina, nas ruas. E é na perspectiva de uma mudança de hábitos que a EA pode atuar.
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XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de
dezembro.
A IMPORTÂNCIA DAS INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS E
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Angélica Tenório Santos1, Alisson Gomes da Silva Rocha
2, Aline Luiza Peixoto de Santana Amorim
3,
Elânia Mendes dos Santos4, Glória Maria Duarte Cavalcanti
5.
Introdução
O mundo contemporâneo está imerso em uma era cada vez mais globalizada e moderna, que
trouxe consigo uma tecnologia amplamente avançada e capaz de modificar os espaços naturais em um
curto período de tempo. O homem como sendo um ser dotado de capacidade cognitiva e racional, foi à
espécie entre os seres vivos que mais vem modificando o meio ambiente, através de uma imensurável
busca desenfreada pelo o avanço tecnológico, apropriando-se para tanto dos recursos renováveis e não
renováveis presentes na natureza. Essa vertiginosa busca constante pela exploração de novas fontes de
riquezas extraídas do meio ambiente, prejudicam e põe em risco a qualidade de vida na terra de todas as
espécies animais, inclusive o homem. É notável que ao mesmo tempo em que ele modifica o espaço, está
consequentemente trazendo novas vertigens perceptíveis no espaço sócio/cultural e ambiental.
Diante desse questionamento, a uma necessidade incomensurável de conscientizar os cidadãos
desses graves impactos ambientais gerados pela ação antrópica na natureza, essa clarificação sobre os
prejuízos gerados ao meio ambiente devem ocorrer primordialmente no contexto escolar da sala de aula,
pois segundo Jacobbi (2003):
Refletir sobre a complexidade ambiental abre uma estimulante oportunidade
para compreender a gestação de novos atores sociais que se mobilizam para a
apropriação da natureza, para um processo educativo articulado e
compromissado com a sustentabilidade e a participação, apoiado numa lógica
que privilegia o diálogo e a interdependência de diferentes áreas de saber.
Mas também questiona valores e premissas que norteiam as práticas sociais
prevalecentes, implicando mudança na forma de pensar e transformação no
conhecimento e nas práticas educativas. (p. 191).
Portanto, esta pesquisa apresenta a importância que a Educação Ambiental, tem em relação à
formação de novas concepções harmoniosas entre o homem e a natureza, sendo uma das ferramentas
imprescindíveis à utilização no Ensino Fundamental bem como nos demais segmentos educacionais, de
onde poderá emergir cidadãos mais críticos, conscientes e com novas perspectivas de mudanças na
humanidade. Desta forma, possibilitando aos mesmos adotarem hábitos e comportamentos adequados, no
sentido de conscientizá-los na conservação do Meio Ambiente, relacionado essa harmonia entre o homem
e a natureza, como forma de propiciar uma utilização dos recursos naturais com responsabilidade, e sem
consequentemente atingir de forma agressiva os demais seres vivos e seus ecossistemas e habitats.
Enfatiza-se nessa perspectiva Educação Ambiental, qualidade de vida e sustentabilidade, indispensáveis
nessa relação harmônica. Segundo Carvalho (2008):
A Educação Ambiental deve auxiliar-nos em uma compreensão do ambiente
como um conjunto de práticas sociais permeadas por contradições, problemas
1 Primeiro Autor é Graduando em Licenciatura em Pedagogia, bolsista do PIBID, Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Unidade Acadêmica de Garanhuns. AV. Bom Pastor S/N, CEP 55290-000 E-mail: [email protected]
2 Segundo Autor é Graduando em Licenciatura em Pedagogia, bolsista do PIBID, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Garanhuns. AV. Bom Pastor S/N, CEP 55290-000 E-mail: [email protected]
3 Terceiro Autor é Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia, bolsista PIBID, Universidade Federal Rural de Pernambuco
– Unidade Acadêmica de Garanhuns UFRPE/UAG. Av. Bom Pastor, s/n, Boa Vista, Garanhuns, PE, CEP 55292-270. E-mail: [email protected]
4 Quarto Autor é Graduando em Licenciatura em Pedagogia, bolsista do PIBID, Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Unidade Acadêmica de Garanhuns. AV. Bom Pastor S/N, CEP 55290-000 E-mail: Elâ[email protected] 5 Quinto Autor é Professora orientadora do PIBID e docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica
de Garanhuns UFRPE/UAG. Av. Bom Pastor, s/n, Boa Vista, Garanhuns, PE, CEP 55292-270. E-mail:
XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de
dezembro.
e conflitos que tecem a intrincada rede de relações entre os modos de vida
humanos e suas formas peculiares de interagir com os elementos físico-
naturais de seu entorno, de significa-los e manejá-los. (p. 163).
É indispensável para alcançar práticas conscientes e equilibradas, dispor de atitudes educativas
emancipatórias, de novas concepções e práticas socioambientais corretas pelos cidadãos, através de
temáticas relacionadas com questões ambientais conscientes, e de não abuso da natureza, assim, sendo,
instigar, questionar e ampliar os conhecimentos já trazidos pelos alunos sobre meio ambiente, é uma
prática que requer a utilização da Educação Ambiental como ferramenta indispensável para a formação e
ampliação dos conceitos já existentes, e para a construção de atitudes de mudanças em relação aos
problemas ambientais existentes no planeta. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN):
A questão ambiental vem sendo considerada como cada vez mais urgente e
importante para a sociedade, pois o futuro da humanidade depende da relação
estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais
disponíveis. BRASIL (2001, p. 15).
Através do Programa Institucional Bolsa de Iniciação a Docência, PIBID, 2012/2013, sendo que
a partir do projeto: A Importância da Preservação do Meio Ambiente para uma Vida Saudável constitui-se
em uma prática de intervenção pedagógica indispensável para a construção de práticas subsistentes e
conservadoras em prol do meio ambiente, práticas ambientais conscientes que suscitam da sala de aula e
permeiam as diferentes relações sociais em contextos diversificados. Segundo Soares (2005, p. 39): “A
palavra intervenção relaciona-se, então, a “ato”, destacando que existe uma ação em evidência. Em
educação, refere-se à ação em que ensino e aprendizagem estão em processos de inter-relação constante”.
Portanto, nosso trabalho teve como objetivo geral conhecer a importância do estudo da Educação
Ambiental na escola de Ensino Fundamental, através da intervenção pedagógica. Para tanto, se faz
necessário analisar a educação como forma de mudança de hábitos dos alunos no ambiente escolar,
conscientizando-os sobre a importância da conservação do meio ambiente, bem como identificar quais os
benefícios da Educação Ambiental na formação de novas atitudes de desenvolvimento das sociedades,
baseadas em atitudes críticas e construtivas de responsabilidades socioambientais.
Material e Métodos
A referida pesquisa é do tipo qualitativo com caráter de pesquisa aplicada, segundo Xavier
(2010, p. 44). É imprescindível salientar que tivemos como fonte de embasamento o projeto desenvolvido
para o Programa Institucional Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID 2012/2013, com base na temática:
A Importância das Intervenções Pedagógicas e a Educação Ambiental no 5º ano do Ensino Fundamental.
Tendo como princípio fundamental o trabalho de campo que está sendo efetuado no período 2012/2013,
em uma instituição escolar pública da cidade de Garanhuns, no 5º ano do Ensino Fundamental. Este
trabalho contou com um rico acervo bibliográfico que destaca-nos várias pesquisas no campo da
Educação Ambiental, relacionando atividades antrópicas com a degradação do meio ambiente. Também
estão pautadas nestes trabalhos realizados na sala de aula, metas que tiveram como objetivos preliminares
uma abordagem das concepções prévias dos alunos sobre o que é Meio Ambiente, e quais são os
principais agressores que intensificam a degradação ambiental, tão prejudicial aos ecossistemas e seres
vivos de forma generalizada.
Uma das atividades foi à confecção de cartazes pelos alunos, que explicitamente estavam
relacionados a os problemas ambientais causados pela a ação antrópica na natureza, tais: poluição das
águas, do ar, do solo e desmatamentos. Identificando os principais problemas ambientais como sendo uma
degradação ambiental que afetam a qualidade de vida de todos os seres vivos existentes no planeta,
inclusive o homem, enfatizando sustentabilidade como uma possível solução para os problemas
ambientais.
Posteriormente à confecção de cartazes, houve uma atividade desafiadora composta por uma
dinâmica de classe, em que aos alunos foi incumbido para formarem um círculo no meio da sala de aula,
utilizando várias bexigas contendo frases sobre a conservação ambiental e os principais problemas
ambientais causados pela ação antrópica na natureza, houve a utilização de músicas, seguindo a sequência
os alunos jogaram as bexigas para o alto, quando a música era pausada, o grande grupo escolhia um dos
alunos que ficou com uma das bexigas para estourá-la e ler o que tinha escrito no papel que estava dentro
dela, para posteriormente abrindo espaço para questionamentos sobre os problemas ambientais causados
pela ação antrópica no meio ambiente. A atividade seguiu-se até estourar todas as bexigas e
posteriormente serem generalizadas todas as informações contidas nos papéis.
XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de
dezembro.
Para a produção didática em sala de aula pelos alunos, foi imprescindível não só a leitura e o
acompanhamento de textos informativos sobre questões ambientais, bem como também a utilização de
recursos audiovisuais como vídeos e interpretação de imagens ilustrativas, em que houve uma ênfase nos
debates críticos dentro do contexto escolar, sobre as reflexões e indagações dos alunos a respeito das
questões ambientais contemporâneas e possíveis soluções para os impactos catastróficos causados com a
degradação ambiental.
Resultados e Discussão
Através das atividades realizadas em sala de aula, conclui-se que as Intervenções Pedagógicas
constituem-se em ferramentas indispensáveis para uma Educação Ambiental, comprometida com a
formação crítica e atuante por parte dos cidadãos. Como resultados alcançados houve um acréscimo de
forma gradual, nos conhecimentos prévios dos alunos, a respeito dos problemas ambientais que
interferem de forma direta na qualidade de vida de todos os seres vivos presentes no planeta.
Compreendendo o meio ambiente como sendo um espaço em que habitam seres vivos e não vivos, em
suas condições químicas, físicas e biológicas, permitindo a vida no planeta.
As principais causas apontadas pelos alunos, que se constitui em algumas das formas de
degradação ambiental, foram poluição das águas, por diversos fatores como lixo e dejetos químicos,
poluição do solo pelo acúmulo de lixo, despejado de maneira inadequada no meio ambiente, poluição do
ar através de queimadas e das atividades industriais, bem como o desmatamento como causa principal
para a qualidade do ar do qual depende a sobrevivência dos seres vivos.
Portanto, preliminarmente, através da Educação Ambiental, aglutinada com as intervenções
pedagógicas em sala de aula, conclui-se que as atividades realizadas em ambientes escolares, podem
incentivar uma conscientização presente e futura, sobre as principais causas da degradação ambiental,
como forma de estimular práticas conscientes que diminuam os impactos gerados pelas atividades
subsistentes humanas, que se apresentam de forma vertigina no presente e com perspectivas para o futuro.
As atividades interventivas efetivadas em sala de aula tiveram seus objetivos preliminares
alcançados, posto que os alunos compreendessem quais os principais problemas ambientais causados pela
ação antrópica. Em que houve uma real preocupação em manter o equilíbrio entre a ação humana e a
natureza, como sendo essencial para garantir a qualidade de vida e a sobrevivência de todas as espécies
animais e vegetais e do ser humano, equalizando qualidade de vida e sustentabilidade em nível local,
regional e planetário.
Portanto, a Educação Ambiental em sua importância trouxe a tona para os alunos, problemas
ambientais causados pelo homem nos mais variados contextos sociais, e que prejudicam tanto as gerações
presentes como as futuras gerações, havendo através da Educação Ambiental, a conscientização de que
cada ser humano faz a diferença em suas práticas cotidianas, com gestos que vão desde preservar uma
árvore, como separar adequadamente e dar um destino correto ao lixo, como sendo uma das formas de
prevenir a poluição dos solos e das águas, esperar-se preparar com o auxílio da Educação Ambiental,
cidadãos mais justos, críticos e compromissados com o presente e o futuro da humanidade, da fauna e da
flora em nível local, regional e global.
Referências
BRASIL, Ministério da Educação: Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais – 3. Ed. A
Secretaria, 2001.
BRASIL, Ministério da Educação: Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente e Saúde – 3.
Ed. A Secretaria, 2001.
CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação Ambiental: A formação do sujeito ecológico – 3. Ed.
– São Paulo: Cortez, 2008.
JACOBI, Pedro. Educação Ambiental Cidadania e Sustentabilidade – Cadernos de Pesquisa – n. 118:
2003.
SOARES, Cláudia Vivien Carvalho de Oliveira. As intervenções pedagógicas do professor em
ambientes informatizados: Uma realidade a ser construída. Porto Alegre, 2005.
Disponível em:<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/7141/000539705.pdf?sequence=1>.
Acesso: 15/07/2013.
XAVIER, Antonio Carlos. Como fazer trabalhos científicos em eventos acadêmicos. – Recife, Editora
Rêspel, 2010, 177p.