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A Importância da Psicomotricidade para Alunos de …...Tatiane Clícia de Almeida1 Lia Regina Conter 2 Resumo. As crianças alvo da Educação Especial têm, muitas vezes, a escola

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A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA ALUNOS DE 0 A 5

ANOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Tatiane Clícia de Almeida1

Lia Regina Conter 2

Resumo. As crianças alvo da Educação Especial têm, muitas vezes, a escola como única fonte de estimulação para favorecer seu desenvolvimento global. Já que é na Educação Infantil - na faixa etária de 0 a 5 anos - onde existe maior necessidade de estímulo psicomotor. A pesquisa buscou instrumentalizar os professores para que possam rever e aprimorar suas práxis pedagógicas, com o intuito de torná-las contextualizadas, significativas e organizadas. Assim, o objetivo é intensificar o trabalho com psicomotricidade neste período da vida da criança. Garantindo a criança movimento, equilíbrio, lateralidade, sensações e percepções do meio e de seu próprio corpo, para que alcance o ápice de suas potencialidades. Adquirindo, assim, novas aprendizagens e desenvolvimento pleno. Diante disso, a implementação pedagógica se dará através da leitura de textos e documentos, que contemplam a importância da psicomotricidade no processo de escolarização, além de vídeos e atividades práticas (oficinas), as quais embasarão a mediação dos professores, para que possam promover uma aprendizagem significativa, em consonância com as necessidades especiais de seus alunos e com sua fase de desenvolvimento.

Palavras-Chave: Educação. Especial. Educação Infantil. Psicomotricidade.

1. Introdução

O exercício da docência na Educação Especial exige que o professor busque

desenvolver habilidades a fim de adaptar sua metodologia de ensino às

necessidades de seus alunos. Logo, é preciso direcionar o trabalho pedagógico de

forma coesa e segura, a fim de minimizar as limitações e promover a evolução do

aluno.

É na faixa etária de 0 a 5 anos o momento ideal para se iniciar a educação

psicomotora. Sua evolução na fase da infância, refletirá nas demais fases da vida e,

principalmente, nas possibilidades de aprendizado. É crucial para vida futura do

aluno.

O trabalho com a psicomotricidade consiste, portanto, em um instrumento

pedagógico de extrema relevância no processo de ensino e aprendizagem na

Educação Infantil.

Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo ampliar o conceito e a visão da

psicomotricidade dos professores da Educação Infantil, na modalidade de Educação

Especial, como forma de instrumentalizar a sua práxis pedagógica, contribuir para o

______________________________

1 Professora da Rede Púbica Estadual do Estado do Paraná. E-mail: [email protected]

2 Orientadora PDE da UENP. E-mail: [email protected]

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desenvolvimento das crianças e minimizar dificuldades de aprendizagem.

Com base nestes princípios, pretende-se aprofundar estudos teóricos,

discussões e debates sobre a psicomotricidade, junto aos professores da Educação

Infantil, na modalidade de Educação Especial, no Município de Conselheiro Mairinck.

O que se procura é a instrumentalização da práxis do professor, com

sugestões de atividades que possibilitem o desenvolvimento das funções

psicológicas superiores dos alunos, como memória, atenção, concentração,

raciocínio entre outras. Será realizada uma oficina prática, no processo de

implementação pedagógica.

2. Pressupostos teóricos da Educação Especial - Breve histórico

A Educação Especial, segundo Mendes (2006), tem seus princípios

fundamentados por médicos e pedagogos em meados do século XVI, que

percebiam a possibilidade desses indivíduos aprenderem, se fossem educados.

Esses trabalhos foram abrindo caminhos para diferentes visões acerca da

educabilidade de pessoas com deficiência, embora de forma ainda não consistente.

No mesmo século, conforme Bueno (2011), o monge beneditino Pedro Ponce

educou crianças surdas. Depois, já no século XVII, foram surgindo vários

educadores com o mesmo interesse, porém ainda se tratava os surdos como loucos,

tanto que eram isolados da sociedade, em asilos, internatos e manicômios.

Bueno (2011) afirma que somente no século XVIII houve uma real

preocupação, com o surgimento das primeiras escolas para surdos na Europa. No

entanto, estas escolas eram diferenciadas das escolas das crianças consideradas

normais, não tendo uma metodologia voltada às pessoas com deficiência.

Em 1945, com a instituição da ONU (Organização das Nações Unidas),

estabeleceu-se a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Um marco que

promoveu o entendimento de que toda pessoa tem os mesmos direitos em desfrutar

de experiências comuns a todos, independente de qualquer característica, seja ela

cultural, econômica, de raça, mental, de idade, condições emocionais, físicas, etc..

Tal visão, promovida pela ONU (1945), abre espaço para novos debates

sobre o ensino das pessoas especiais. É a partir da década de 1960 e 1970 que

esse discurso é difundido. Essa discussão, como destaca Mendes (2006),

despertará na sociedade a conscientização acerca dos prejuízos que a segregação

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e a marginalização traziam a esses grupos. A partir desse contexto, surgiu o

argumento irrefutável de que as crianças com deficiência teriam o direito de

participar de todas as atividades cotidianas que eram acessíveis às demais crianças.

Destas discussões, deriva a proposta de integração, cujo entendimento era de

que a pessoa com deficiência tinha o direito de estar entre os outros, no mesmo

ambiente. Em paralelo com a integração, surge a normatização, que visava oferecer

as mesmas atividades ao mesmo grupo, com idades iguais, sem qualquer

diferenciação (MENDES, 2006).

As novas denominações e direitos passaram a ser adotadas por diferentes

países, inclusive o Brasil, que passou a inserir alunos com deficiência no ensino

regular. Ainda assim, era em um espaço separado dos demais alunos, com

tendência metodológica de adequação às necessidades de aprendizagem.

Nos anos de 1980 inaugura-se uma nova fase, sendo tomada por educadores

norte-americanos, insatisfeitos com a forma de ensino dos alunos com necessidades

especiais, integrados no ensino comum. Essa contestação propunha uma junção

das formas de ensinar da educação especial com as do ensino comum, adequando

às especificidades de cada um. Tal forma de conceber o ensino-aprendizagem levou

à inclusão, o que segundo Mendes (2006), fez com que houvessem modificações

nos sistemas de ensino e se discutissem mudanças. As mudanças foram difundidas

pelo mundo, ao longo da década de 90, abrindo caminhos para uma nova forma de

pensar a educação de pessoas com deficiência.

É a partir de 1993, segundo Mazzotta (1996), que se inicia, no Brasil, a fase

de movimentos em favor da inclusão escolar. Contudo, o Brasil também perpassou

por vários momentos, promovendo debates, discussões e ações, até enfim,

redimensionar todo seu arcabouço legal a favor da inclusão.

A partir das discussões, passa a ser garantido o direito à educação da pessoa

com necessidades educacionais especiais, como afirma a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação - LDB 9.394/96 que estabelece em seu Art. 2º: “

Art. 2º a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996, p. 1).

A referida Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.394/96,

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além disso, expressa o que vem a ser educação especial:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial (BRASIL, 1996, p. 25).

As Escolas Especiais do Estado do Paraná são mantidas pela Associação de

Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e ofereceram atendimento especializado,

sem o reconhecimento como Escola de Educação Básica. A Secretaria de Estado

da Educação do Estado do Paraná (SEED/PR), por meio do Conselho Estadual de

Educação, através do Parecer 108/2010 (CEE/PR), “reconhece que para esta

categoria de alunos as escolas de educação especial constituem-se efetivamente,

como um dos “lócus” de atendimento” (PARANÁ, 2010), e que, por isso, buscou-se

regulamentar o atendimento em tais instituições.

O reconhecimento das escolas especiais como Escola de Educação Básica

veio, no Paraná, após fortes embates em âmbito estadual e federal. O Ministério da

Educação (MEC) orientava a inclusão de todos os alunos na rede regular de Ensino

e, assim, a educação não deveria ser ofertada nas Apaes, cabendo a essas

instituições somente o atendimento clínico.

O Departamento de Educação Especial do Paraná entrou com uma petição

no Conselho Estadual de Educação que, após muitas discussões, oficializou as

APAEs como escolas de Educação Básica na Modalidade de Educação Especial na

Área de Deficiência Intelectual e Múltiplas por meio do Parecer 108/10, publicado no

Diário Oficial do Paraná – Executivo, Edição nº 8172 (PARANÁ, 2010, p. 12).

Em virtude da alteração de denominação, as Escolas Especiais passaram a

ofertar Educação Infantil, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, Educação

Profissional e Educação de Jovens e Adultos, em conformidade com o Artigo 21 da

LDB 9394/96 e regidas pelas normas legais da Secretaria de Educação Básica e do

Departamento de Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação do

Estado do Paraná.

As Escolas de Educação Especial, então, reformularam seus documentos

norteadores e passaram a seguir os princípios de matrículas, horas aulas e dias

letivos do Ensino Regular, entretanto, continuam tendo flexibilidade de tempo.

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Ainda segundo o mesmo documento, “o atendimento educacional

especializado na Educação Infantil tem como objetivo prevenir e ou atenuar

possíveis atrasos ou defasagens no processo evolutivo da criança, impostos pela

sua condição” (PARANÁ, 2016, p. 27).

De acordo com a Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional – a Educação Infantil, é “a etapa inicial da educação básica, atende

crianças de zero a cinco anos. Na primeira fase do desenvolvimento, dos zero aos

três anos, as crianças são atendidas nas creches ou instituições equivalentes”

(BRASIL, 1996). Na Escola de Educação Infantil, a Modalidade de Educação

Especial, é organizada da seguinte forma:

- Estimulação Essencial, para crianças de zero a três anos.

- Educação Pré-Escolar, para crianças de quatro e cinco anos.

A nomenclatura creche, usada no ensino comum e nas escolas especiais,

cede lugar ao termo estimulação essencial, com atendimento na mesma faixa etária.

Na Educação Infantil é preciso possibilitar às crianças condições de

aprendizagens reais, através de vivências e experiências concretas.

2.1 Psicomotricidade: elementos básicos na Educação Infantil

A educação psicomotora, segundo De Meur e Staes (1991) é uma técnica que

deve seguir etapa a etapa, como na aprendizagem natural. Conforme os autores, de

início, a psicomotricidade ateve-se ao desenvolvimento motor, depois passou a

estudar a relação entre o atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual. A

seguir, ateve-se ao desenvolvimento da habilidade manual e as aptidões motoras

em função da idade. Finalmente, preocupou-se com as relações existentes entre o

gesto e a afetividade. Neste contexto:

A psicomotricidade pode se utilizar de jogos, dinâmicos, atividades livres e/ou direcionadas para trabalhar as áreas psicomotoras que são: Equilíbrio, Coordenação Motora Global ou Ampla, Coordenação Motora Fina, Esquema Corporal, Lateralidade, Estrutura Espacial, Estrutura Temporal, Ritmo, Percepção, Atenção, Concentração, Memória (tais nomenclaturas vão variar de acordo com o teórico estudado) (ROCHA, 2011, p. 58).

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A psicomotricidade é vista como um trabalho harmonioso entre corpo, mente

e afetividade, na busca do desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo. Considera

também o meio e o papel do adulto, como mediador.

Através da psicomotricidade pode-se oferecer suporte para todo e qualquer

aprendizado. As experiências vividas pelo indivíduo devem estimular o seu

desenvolvimento, como um sujeito dinâmico, ativo e criativo, capaz de transformar a

sua própria realidade e a que o circunda, como destaca Fonseca (2010). Assim, a

psicomotricidade contribui para o desenvolvimento e novas aprendizagens.

A psicomotricidade é a base para o desenvolvimento da aprendizagem:

A psicomotricidade auxilia e capacita o aluno para uma melhor assimilação das aprendizagens escolares, por isso procura trazer os seus recursos para dentro da sala de aula, tanto no âmbito da educação quanto da reeducação psicomotora. A psicomotricidade, pois, se caracteriza por uma educação que se utiliza do movimento para atingir outras aquisições mais elaboradas, como as intelectuais. (OLIVEIRA, 2005, p.9)

Desta forma, a psicomotricidade contribui para o desenvolvimento e previne

futuros problemas de aprendizagem “devida a importância para a estruturação do

desenvolvimento psicomotor, que é a base determinante para a aquisição das novas

aprendizagens dentro e fora da escola” (KRAMER, 2007, p. 25).

Diante disso, é na Educação Infantil que deve-se buscar atividades que sejam

adequadas ao desenvolvimento psicomotor adequado da criança. No entanto,

muitas vezes, a formação inicial do professor não o qualifica para isso.

É na Educação Infantil onde a criança une os movimentos à educação. É

brincando que ela forma conceitos e organiza seu esquema corporal.

Gonçalves (2009, p.15) diz que “[...] a psicomotricidade constitui um meio

auxiliar na estruturação do desenvolvimento das crianças, ligando às experiências

motoras, cognitivas, e socioafetivas indispensáveis a formação do sujeito”. Segundo

ele, a psicomotricidade atua como trabalho preventivo, que normaliza lacunas

deixadas durante o processo de maturação das crianças, de modo a equilibrar os

déficits atribuídos à falta de movimentos e de experiências lúdico-espaciais.

De Meur e Staes (1991) asseveram que a atuação do professor é

fundamental na construção da aprendizagem. Quanto mais cedo as intervenções

psicomotoras forem feitas, maiores serão as possibilidades de reparar ou compensar

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conexões cerebrais. Com isso aumentam as chances da criança ultrapassar suas

limitações e desenvolver habilidades motoras.

2.2 Atividades lúdicas para o desenvolvimento da psicomotricidade da

Educação Infantil

As metodologias em relação a psicomotricidade devem ser iniciadas desde a

mais tenra idade, uma vez que, permitem desenvolver aspectos que apoiem as

futuras aprendizagens e previnem inadaptações, difíceis de corrigir quando já

estruturadas.

Na escola de Educação Infantil, na Modalidade Especial, a estimulação

essencial, é conceituada como:

Um programa educacional especializado e preventivo destinado às crianças na faixa etária de zero a três anos, com quadro evolutivo decorrente de fator genético, orgânico e/ou ambiental. Por intermédio desse Programa, estimulam-se os processos cognitivos e motores, visando alcançar o pleno desenvolvimento da criança. Isso ocorre por meio de atividades educacionais e psicopedagógicas concebidas por professores especializados e em colaboração com a família, sendo complementado com atendimentos clínico-terapêuticos. (PARANÁ, 2016, p. 47).

Compreende-se a Educação Infantil como o melhor momento para estruturar

os meios de aprendizagem, de forma objetiva. Nos casos onde a criança apresenta

atrasos ou, até mesmo, não desenvolvimento das áreas perceptivas, sensoriais e

motoras, principalmente.

Le Boulch (1986) entende que a Educação Infantil é o espaço do brincar, do

aprender, do conviver e do crescer. Desta forma, é essencial abranger profissionais

capazes de perceber a psicomotricidade como fundamental ao desenvolvimento das

demais aprendizagens. O educador, partindo destes princípios, deve oferecer

formas didáticas diferenciadas, com atividades lúdicas, para que a criança sinta o

desejo de pensar.

O professor precisa planejar suas estratégias de forma que cada aluno seja

percebido individualmente por suas características e potencialidades. Assim, a

ludicidade constitui um importante aspecto da psicomotricidade, pois o ato de brincar

é educativo.

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Dentre os recursos lúdicos que auxiliam o desenvolvimento da

psicomotricidade estão os jogos. Segundo Kishimoto (2005, p.17) “enquanto fato

social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui. É este o

aspecto que nos mostra que, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem

significações distintas”.

Segundo Machado e Nunes (2011, p. 24) “o jogo e a brincadeira estão

presentes em todas as fases da vida dos seres humanos, tornando especial a sua

existência”, por isso são importantes para o desenvolvimento da criança.

Negrine (2001, p. 28 e 29) expõe que “a atividade lúdica serve de mediação

entre o mundo relacional e o mundo simbólico, mundos nos quais se inserem todo o

comportamento humano”.

Atividades lúdicas proporcionam a integração entre a motricidade do indivíduo

e suas capacidades cognitivas, sociais e afetivas. Vale ressaltar que “as escolas, tão

preocupadas em desenvolver os saberes que moram na cabeça não tem sequer a

noção da sabedoria que mora no corpo” (ALVES, 2008).

Justifica-se, desta forma, a necessidade de levar a criança a explorar e fazer

descobertas, com o objetivo de desenvolver suas habilidades psicomotoras.

3. Metodologia

A presente pesquisa na forma de pesquisa-ação, é conceituada por Gil (2002)

como sendo uma forma de pesquisa que tem base empírica e que, por isso, é

realizada numa estreita relação com uma ação ou resolução de um problema. Dessa

forma, os participantes se envolvem de maneira cooperativa e participativa.

A aplicação do Projeto de Implementação Pedagógica ocorreu na Escola de

Educação Básica Sol Encantado na Modalidade de Educação Especial - APAE de

Conselheiro Mairinck – PR com professores, direção e auxiliares.

Primeiramente ocorreu uma visita à escola para solicitação da autorização

para a implementação. Posteriormente, a análise do Projeto Político Pedagógico e

da Proposta Pedagógica da Escola. A Implementação Pedagógica teve início num

terceiro momento, onde ocorreram de sete encontros presenciais, sendo um para a

entrevista com os professores, e seis para análise e discussão do tema e algumas

atividades práticas, além de uma oficina totalmente prática.

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Participaram dos encontros onze representantes dos diversos setores da

escola, sendo três professoras da Educação Infantil na modalidade Especial, a

direção, seis professores de outras turmas e duas atendentes.

A primeira atividade foi uma entrevista com roteiro de perguntas, validado

pela professora orientadora do PDE, contendo cinco questões relacionadas à

formação acadêmica, bem como ao conhecimento sobre Psicomotricidade e à

importância dela para o desenvolvimento dos alunos. A entrevista aconteceu após a

apresentação de um vídeo, com o tema: “O que é Psicomotricidade?”. O vídeo foi

exibido para despertar o interesse de participação nos encontros, e somou-se à uma

explanação sobre os principais aspectos da Psicomotricidade mostrados no vídeo.

Os encontros pedagógicos contaram com a realização de leituras e reflexões

de textos e artigos científicos, vídeos explicativos e brincadeiras/jogos. Completando

o projeto, foi ministrada uma oficina prática, com sugestões de atividades

psicomotoras, que servirão para futura aplicação aos alunos.

Na sequência, os professores fizeram uma avaliação oral da implementação

do trabalho realizado. Diante desta avaliação, deu-se por encerrada a

Implementação Pedagógica com os professores da Educação Infantil da Escola de

Educação Básica Sol Encantado, do município de Conselheiro Mairinck, que se

constitui em mais esta etapa do Programa PDE.

4. Resultados e Discussão

A aplicação do Projeto de Implementação Pedagógica ocorreu nos meses de

fevereiro à maio de 2017. Foram realizadas visitas para o levantamento de dados do

PTD (Plano de Trabalho Docente), da Proposta Pedagógica e do PPP (Projeto

Político Pedagógico) sobre conceitos, metodologia e atividades da psicomotricidade,

aplicadas às crianças. Percebeu-se pouca alusão nestes documentos sobre a

temática.

O encontro com professores aconteceu num terceiro momento, com diálogo

sobre o PDE e a exigência da implementação pedagógica na escola. Houve uma

entrevista com questionário estruturado. Nos resultados, apurou-se o seguinte:

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Percebe-se que os professores, docentes ou não, possuem licenciatura em

áreas variadas e todos possuem Especialização em Educação Especial. Somente as

atendentes não possuem graduação.

O gráfico demonstra funções variadas dos participantes da formação.

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Os dados mostram que os participantes cursistas possuem tempo de serviço

que variam de um a vinte anos.

Pelos dados percebe-se que 64% possui conhecimento sobre a importância

de se realizar um trabalho envolvendo a psicomotricidade na Educação Infantil

visando o desenvolvimento dos alunos.

O gráfico mostra que o trabalho com a psicomotricidade vem sendo realizado

na escola, apesar de não atingir a totalidade dos dias.

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Pelas respostas, os cursistas entenderam que é no período da Educação

Infantil que a psicomotricidade se desenvolve de forma mais significativa.

Pelo que se percebe, todos têm um entendimento sobre a importância da

psicomotricidade na Educação Infantil.

A partir das respostas, percebe-se que todos têm consciência da importância

da psicomotricidade.

Nos encontros presenciais, os participantes foram divididos em grupos e cada

um relatou o que entendeu sobre o tema que foi discutido no encontro.

Assim, a partir do vídeo assistido “O que é Psicomotricidade?” e das

discussões realizadas no terceiro encontro, foi colocado pelo grupo 1 que o

processo de aprendizagem não é algo simples, pois as pessoas não aprendem da

mesma forma e, por isso, é um processo complexo que demanda diferentes

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habilidades. Por este motivo apresenta dificuldades até mesmo às crianças

entendidas com desenvolvimento normal.

O grupo 2 atentou para o fato de que o público alvo da Educação Especial

apresenta um desenvolvimento mais lento e podem ter ainda mais dificuldades

decorrentes de suas condições neurológicas. Por isso a importância da aquisição de

conceitos psicomotores que facilitam as diferentes aprendizagens.

Para o grupo 3, focou nas habilidades psicomotoras: como o esquema

corporal, lateralidade, orientação espacial, orientação temporal, aspectos

perceptivos e grafismo, distintamente. De acordo com o grupo, todo educador

precisa conhecer sobre os fundamentos da psicomotricidade.

Nesse sentido, percebe-se que educar envolve o cuidado, brincadeiras e

aprendizagens orientadas, que envolvam o meio social e cultural da criança. Nestas

relações que a criança desenvolve capacidade, conhecimentos e potencialidades

corporais, afetivas, emocionais e estéticas, como trazem as Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 1998).

Os grupos perceberam as dificuldades encontradas pelos alunos da

Educação Especial e a necessidade de seu desenvolvimento psicomotor.

A partir do vídeo “A psicomotricidade como contribuição na aprendizagem”, os

professores do grupo 1 entenderam que todo educador da Educação Infantil

necessita conhecer sobre os fundamentos da psicomotricidade e suas implicações,

sobretudo os da Educação Especial.

Na visão do grupo 2, os participantes ressaltaram que todos devem colocar a

teoria em prática, pois é nessa faixa etária que se constroem oportunidades de

mudança de uma realidade.

Já o grupo 3 focou na importância em acreditar na importância da

psicomotricidade e criar formas de desenvolvimento das crianças, pois isto é crucial

para determinar condições de aprendizagens futuras.

Para complementar as opiniões dos grupos é preciso enfatizar que Piaget

(1975) já dizia que a criança nasce como uma folha de papel em branco (não

conhece nem o mundo nem a si mesmo). O autor privilegia a maturação biológica e

acredita que os valores internos possuem mais importância que os valores externos.

O autor ainda entende que “o desenvolvimento afetivo e social é um processo

paralelo ao desenvolvimento cognitivo” (PIAGET, 1975, p. 21).

Assim, as experiências psicomotoras somente contribuem para melhorar o

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desenvolvimento motor, afetivo e social da criança, uma vez que isso é hereditário e

deve se integrar com o meio.

Em outro encontro, o artigo trabalhado foi o de Moraes (2013) “A pedagogia

do brincar intercessões da ludicidade e da psicomotricidade para o desenvolvimento

infantil”. Sobre o mesmo, os participantes do grupo 1 entenderam que a escola a

criança brinca, e isto é uma forma de interação com a experiência sócio-histórica

dos adultos.

Segundo o grupo 2, os professores destacaram que é importante valorizar o

brincar, uma vez que as atividades lúdico-pedagógicas detêm aspectos

psicomotores, como ação corporal que auxilia as noções espaciais e temporais do

corpo, a motricidade global fina, a lateralidade, a discriminação visual e auditiva, o

equilíbrio e a percepção sensorial.

Os integrantes do grupo 3, atentaram para o fato de que a psicomotricidade

passa a ter caráter preventivo, educativo e psicoterapêutico, adotando uma

abordagem multidisciplinar, multifatorial e multicontextual.

Os participantes do grupo 3 citaram também Machado e Nunes (2011), ao

considerar que mundo lúdico é um mundo no qual a criança tem vivências

constantes, por isso o lúdico é um grande laboratório que merece atenção, já que é

através dele que experiências inteligentes e reflexivas ocorrem, através da emoção

e do prazer.

Martins (2001) explica que é preciso, para um trabalho psicomotor, usar de

atividades perceptivas, simbólicas e conceituais, por meio de experiências sensório-

motoras, explorando as formas de expressão: motora, gráfica, verbal, sonora e

plástica.

A partir dos estudos realizados, os participantes inferiram que os

jogos/brincadeiras possuem diversas características e que, portanto, as pessoas

com comprometimento no desenvolvimento psicomotor exigem atenção especial e

intervenção, reeducativa ou terapêutica, para a evolução.

No decorrer dos encontros, foram realizadas atividades e brincadeiras que

poderão ser levadas para a sala de aula, selecionadas de acordo com o nível da

turma, em forma de aula prática, contextualizada e de forma interdisciplinar.

Para os jogos e atividades propostas, foram utilizados materiais da própria

escola sendo alguns confeccionados pelos alunos. As atividades apresentadas

foram buscadas em livros e internet, adaptadas às possibilidades dos alunos.

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Na implementação pedagógica não foram observados pontos negativos. O

ponto positivo refere-se ao fato dos participantes citarem exemplos de atividades.

Eles acharam “interessante e divertido ensinar por intermédio de atividades lúdicas”.

No que tange ao Grupo de Trabalho em Rede, todos acreditam que se deve

dispor sempre da prática, por intermédio das atividades lúdicas, como forma de

desenvolver a psicomotricidade. Assim, entenderam que o objetivo do Projeto de

Intervenção foi buscar, por meio de uma prática docente consciente, planejada e

bem definida, oferecer estímulo psicomotor aos alunos, respeitando suas

individualidades.

5. Considerações Finais

Os estudos e as pesquisas realizadas, bem como a aplicação do Projeto de

Intervenção Pedagógica e o GTR, mostraram que, ao se trabalhar por meio de

atividades lúdicas são despertadas as habilidades necessárias para a compreensão

de conceitos psicomotores mais elaborados. Isto vem auxiliar o trabalho,

principalmente na Modalidade de Educação Especial, a fim de garantir a aquisição

de pré-requisitos, tais como, a orientação espacial, a lateralidade, a tonicidade, o

equilíbrio, a coordenação motora global e fina, dentre outros.

A psicomotricidade vê a criança como um todo entre corpo e mente. Por isso

necessita ser trabalhada de forma harmoniosa, respeitando a individualidade de

cada um.

Por isso o professor precisa estar preparado para ter clareza em sua prática

pedagógica e proporcionar o desenvolvimento dos alunos em suas diversas

dimensões. Para isso precisam buscar aprofundamentos teóricos sobre a

psicomotricidade e atividades que embasem a práxis pedagógica, como forma de

contribuir com o desenvolvimento de crianças com necessidades educacionais

especiais. Devem promover o aumento da autoestima, levando-as à vivências

significativas, tanto motoras quanto cognitivas, que venham a minimizar dificuldades

de aprendizagem, presentes e futuras, sempre respeitando suas limitações, uma vez

que a psicomotricidade vê a criança como um todo entre corpo e mente, que precisa

ser trabalhada de forma harmoniosa.

Sobre a sua formação, é preciso ressaltar que pelas respostas ao

questionário aplicado aos participantes da formação pertencentes à Escola de

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Educação Infantil na Modalidade de Educação Especial, que todos os professores

possuem Especialização em Educação Especial. Mas há que se esclarecer também

que os dois que não possuem graduação ocupam o cargo de atendente.

Um ponto importante do Projeto de Intervenção foi a possibilidade de

proporcionar capacitação aos professores e funcionários, para todos tenham

maiores condições de proporcionar aprendizagem e o desenvolvimento aos alunos

através da psicomotricidade.

Pelos estudos realizados e pelas reflexões do GTR observou-se que as

atividades psicomotoras levam a vivências significativas, tanto motoras quanto

cognitivas, com o intuito de minimizar dificuldades de aprendizagem, presentes e

futuras. Assim cabe ao professor desenvolver um trabalho eficiente que contribua

para a que a psicomotricidade seja trabalhada de forma eficaz a fim de se conseguir

uma aprendizagem real a todos os alunos, independente de suas dificuldades e

necessidades especiais.

Referências

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ANEXO 1- Questionário da Entrevista

Dados de identificação:

Nome:______________________________________________________________

Formação:___________________________________________________________

Função:_____________________________________________________________

Há quanto tempo atua:_________________________________________________

1. Você conhece a importância do trabalho da psicomotricidade na educação

infantil?

() Sim

() Não

() Um pouco

2. Você trabalha a psicomotricidade de seus alunos da educação infantil? Com que

frequência semanal?

() Nenhuma vez

() 1 a 2 vezes

() 3 a 4 vezes

() Diariamente

3. Em que período da Educação a Psicomotricidade se dá de forma mais

significativa? Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. Qual a importância da Psicomotricidade na Educação Infantil?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. Você acha que a Psicomotricidade interfere no processo de aquisição do

conhecimento? De que forma isso acontece?

___________________________________________________________________