A Impureza Da Guerra

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A democratização progressiva, a presença de uma superpotência militar e o sonho de uma ordem internacional fornecida por uma autoridade internacional não favoreceu o aparecimento de conflitos armados do tipo convencional. Mas a descoberta de novas vulnerabilidades exploráveis por agressores, a multiplicação de motivos, - incluindo a ideológica - confronto e disseminação de tecnologias utilizadas por novas formas de lutas do que de guerra e de conflitos armados além de sua forma clássica, são híbridas e excedem limites anteriores. O autor defende uma polemologia renovada que se esforce em explicar seus mecanismos.

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    A impureza da guerraFranois-Bernard Huyghe *

    Franois-Bernard Huyghe doutor de Estado em Cincia Poltica e diretor de pesquisas em Cincias da Informao e Comunicao.

    ResumoA democratizao progressiva, a presena de uma superpotncia militar e o sonho deuma ordem internacional fornecida por uma autoridade internacional no favoreceuo aparecimento de conflitos armados do tipo convencional. Mas a descoberta denovas vulnerabilidades explorveis por agressores, a multiplicao de motivos, -incluindo a ideolgica - confronto e disseminao de tecnologias utilizadas pornovas formas de lutas do que de guerra e de conflitos armados alm de sua formaclssica, so hbridas e excedem limites anteriores. O autor defende umapolemologia renovada que se esforce em explicar seus mecanismos.

    Houve um tempo (talvez um momento muito breve na histria da Europa), onde aquesto Quem est em guerra? tinha pouco sentido: todos os cidados de umEstado necessariamente caiu que era ou em paz ou em guerra1; ele prprio ou civil oumilitar. E se algum de sua armadura, ele que era para lutar contra um inimigoprivado (possivelmente para cometer um crime) ou para lutar contra o inimigodesignado pelo poltica. O bito foi considerado, se possvel soldado a soldadodurante determinados perodos (o durao do conflito) e em conformidade com asnormas, dizer precisamente as leis de guerra. A recente confronto entre Rssia eGergia com tanques, uniformes, linha de frente, Negociaes de armistcio, ainda seencontra mais ou menos a este modelo (o que ele no pode ser muito cedo paraproclamar o fim).

    Guerra e proclamar a pazA guerra foi o fato de jogadores permitidos: Estados soberanos. Um pouco de forma circular,a capacidade de declarar a guerra e para designar o inimigo era um dos atributos dosoberania. Esses atores empurrado para cima a exigncia de clareza em torno do ato de violncia

  • actos de comunicao2. Eles proclamaram a guerra (ou mesmo mobilizao) no incio ePaz aps a concluso. Os traos sangrentos e memrias despertou parnteses: os tratadospaz, notando uma deciso (apresentao do derrotados ou comprometidos), histrias e crnicas,monumentos para comemorar "nossa" vitria ou "nossos mortos" e "sua" derrota demsicas ...*Original francs. A verso em Ingls deste artigo foi publicado sob o ttulo "A impureza da guerra"Revista Internacional da Cruz Vermelha, Vol. 91, No. 873, maro de 2009, pp. 21-34Site de Franois-Bernard Huyghe de: http://www.huyghe.fr1Alberico Gentilis em seu De jure bellis 1589 j define a guerra como: Armorum publicorum justacontentio, "guerra um conflito armado, justo e aberto" (apenas nos olhos daqueles que praticam o que ).2Incluindo provrbios chamado "performativa" que criar uma nova situao, pelo simples fato de ter sidopronunciada ver John L. Austin, Como fazer coisas com palavras, Oxford University Press, Oxford, 1962.

    Page 22Em Roma, as portas do templo de Janus abriu em tempo de guerra, estavam se aproximandoretorno da paz. Na Frana, no sculo XX, algum tipo de cartazes e tipografiaespecial foram reservados para mobilizaes gerais, e obedeceu a parada da vitriaum conjunto de recursos design. O objetivo paradoxal de tantos ostentao foi codificadoao silncio: o silncio das armas, que derrotou silncio renncia abordar aposteridade e afirmar suas pretenses polticas. Wartime e tempo de paz forampontuada por marcas simblicas: as pessoas lutaram para mudar a histria com um capital "H"

  • capitais e recompens-lo na manuteno de suas histrias com um "h".O templo de guerraA tese que vamos apoiar a emergncia de novos atores no-governamentais,novas armas, mas novas representaes ideolgicas (e no forte e embaixo) e perturbar esses elementos empurrar a multiplicao de hbridos ou conflitosindecisos. O que no pode ser compreendido por voltando para a definio cannica da guerra.Boa vontadeA vontade de impor a sua lei, por outro (a guerra como um "duelo de vontades" de acordo com Clausewitz3) inerente guerra relacionamento: pelo menos emite crditos (a um territrio, umrecurso, uma mudana de poltica, o triunfo de um valor ou o desaparecimento de umetnia) e tentativas de obrigar o adversrio: ele deve consentir ou desaparecer. Se a vontade claro (e que poderia ser mais claro que a declarao do soberano?) e objetiva conhecida (reivindicao ou disputa), outros elementos tomam seu significado.LetalidadeAfinal de contas, a guerra foi muito tempo ", onde pais enterrar seu filho" ou aquele ondetaxa de mortalidade associada com a violncia organizada muda o equilbrio demogrfico4.A possibilidade de dar ou receber coletivamente morte constitutivo da guerra;ele realizado de acordo com certas formas prescritas e em uma relao especial comos homensdesconhecido que se reconhece nico inimigo para inimigo.O tecnicismoNenhuma guerra sem armas, ou seja, sem necessidade de ferramentas especiais. Mesmo que a arma pode ser utilizada paraoutras funes - como perseguir, exerccio ou parada - este basicamente uma ferramenta feita paramatar ou pelo menos para ganhar. A arma a carne, mas tambm nas mentes de quemexerce uma presso (neste sentido, a arma tem em comum com a mdia a ser uma

  • ferramenta que no crebro humano).O simbolicidadeAqui, o termo "smbolo" para ser tomado no sentido mais amplo: os homens acreditamjuntos idias encarnado por representaes. A bandeira ou uniforme que sol para servir o seu pas ou pertencentes ao exrcito so a maioria dos itensvisvel um vasto edifcio. Nenhuma comunidade sem guerra que primeiro persuadiu3Claus von Clausewitz, On War, traduo Nicolas Waquet, Edies bolso Rivage 2006.4Gaston Bouthoul, infanticdio diferido, Hachette, Paris, 1970.

    Pgina 33prpria existncia como fora histrica, que representa o inimigo e tornar-se convencidoh razes para matar ou morrer. Eles podem ser muito diversas: aumentar a suacoleo de crnios, prestgio penhor, em certas civilizaes, derrubar o novo Hitler(Milosevic, Saddam, etc.) e estabelecer a paz democrtica universal em outroculturas. Em todos os casos, necessrio organizar dispositivos complexos tais crenascidades que se opem s crenas e smbolos do adversrio.O que acabamos de descrever , obviamente, um tipo ideal, cujas manifestaesconcreto nem sempre tem essa clareza. Assim, mesmo no auge da guerra na Europa"Classic", aconteceu que a guerra era "civil", ou "simpatizantes" e aqueles bela bouscultlgica binria. Um dos dois jogadores, ento fingiu qualidade que a outra negou-lhe(Exrcito de Libertao ou resistncia legtima do povo). Ele disse bem fazer a guerra, ondeo outro - ou, eventualmente colonial estado occupant- viu apenas desordem, saques,insurgncia e banditismo. Mas a coisa acabou por trs na ordem: ou o Estadoganhou (e mais tarde foi possvel falar de vitria contra a insurgncia) oua outra parte prevaleceu e ao faz-lo, ele justifica sua pretenso de aproveitar autoridadelegtimo ou para proclamar um Estado independente com um territrio. Uma guerra

  • para o Estadotornou-se, a posteriori, uma guerra e do Estado.A guerra um camaleoTodos podem ver que estas belas certezas se dissolveram. Por exemplo, se umFrancs como o autor destas linhas, ou europeu, voc s tem que fazer a pergunta Volta"Estamos em guerra no Afeganisto?" Para obter as mais diversas respostas. A partir deaqueles que consideram que a operao de manuteno da paz internacional tem nadaa vercom a guerra para aqueles que afirmam que estamos realizando um servio de guerra colonialdo imperialismo norte-americano. Atravs pragmtica que dizem que, se o Talibanforam mortos em agosto de 2008, dez soldados franceses e eles ganham, em provncias inteirasOTAN, isso est comeando a olhar mais como uma guerra do que uma batida policialInternational.O que alimenta a incerteza neste caso que a pluralidade dos critrios de guerra (incluindoClausewitz disse que ela era "um camaleo"5):- Atores Critrio: O que significa "Taliban", um exrcito, um guerrilheiro,banda terrorista? em que fase da organizao ou legitimidade dos doispeas que ela merece exrcito o nome? Quando deixa de ser considerado umfator de perturbao para acessar a dignidade de qualquer jogador na histria? E quandoela deixa de cumprir a represso para ganhar o status de prestgio do inimigo reconhecido?- Critrios associados aos meios utilizados. Quando cada empregar msseis e outrosargamassas, torna-se difcil falar de uma violncia privada ou marginal.- Teste o grau de violncia ou a taxa de mortalidade que no nada desprezvelAfeganisto, especialmente se levarmos em conta as baixas civis.- Critrio de conscincia pelos beligerantes de estar "em guerra" ou mesmo categoriapoltica a que se referem. Mas, neste caso, aqueles que proclamam ter jihadcerteza, enquanto os ocidentais negam a realidade da guerra. A menos que eles

  • procuram esconder sob siglas e neologismos como assistncia militar,manuteno da paz ou "operaes de no guerra" (OOTW, operaes diferentesGuerra no jargo NATO) uma realidade cujo reconhecimento oficial seria demasiado5von Clausewitz, op. cit. Nota 3, Vol. 1, Captulo 1.

    Page 44alto-falante no oponente. No se alegrar que um povo pode estar em guerra"Sem saber" ouvir sem se preocupar deveres de manuteno, por vezes perigosasa ordem exercido em nome de profissionais na periferia do Imprio.- Critrio objetivos das foras armadas. bem conhecido de uma vez que "ns fazemos oGuerra para a Paz "(Santo Agostinho) e que" a guerra a continuao da polticapor outros meios "(Clausewitz6). evidente que, mesmo se a guerra pode ser utilizado para finsPrivado (fantasias prncipe ou os interesses dos vendedores de armas), faz sentidoque, tendo em conta o tipo buscou a paz, a ordem to estvel que deve acontecere prossegue. Neste caso, a manuteno do regime de Karzai, estabilizaopases ea eliminao de bases jihadistas parece um propsito totalmente poltica e capazenvolvem um dispndio de sangue.O novo violncia armadaNeste ponto, um jogador tem o direito de perguntar o que o ponto de uma ontologia deguerra, se a categoria no tem outro interesse que o exerccio do engenho de filsofoseadvogados e que em ltima anlise a coisa que conta os mortos ou palavra. Esta lgica queescolas como Polemologia ou "pesquisa de Paz"7, Que esvaziar o conceito de guerra de qualquersignificando (mesmo suspeitando quem us-la para ser pelo menos "fatalista" oucomplacente retorno recorrente de grandes massacres coletivos). A guerra seriaviolncia entre outros, derretido em todas as grandes infortnios da humanidade, incluindo

  • catstrofes ecolgicas, e que seria mais urgente para fazer o diagnstico maistaxonomia. No outro extremo do espectro ideolgico, os estrategistas tm uma tendncia crescente paraderreter a categoria "arcaico" da guerra a partir da perspectiva de segurana comatividades criminosas, perigos tecnolgicos, catstrofes, terrorismo ...Voltar sobre a noo de guerraParece, contudo, que essencial para revisitar o conceito de guerra, ameaadoe improvvel que possa parecer hoje. Este um primeiro experimentoantropolgica fundamental. Como ele est inscrito em nossa mitologia e nossainconsciente, refletidos em nossas instituies, mas tambm, por vezes, na lei. Todos so livres paraindignado que ainda h um certo 'para' guerra (justa ou injusta guerra) ou na guerra,mas melhor que eles existem e proteger os combatentes que no.Para dar apenas um exemplo, o reconhecimento do status do lutador adversrio podeser de grande importncia. Assim, quando os Estados Unidos internados em jihadistasGuantanamo, que descreveu os presos como "combatentes ilegais" para evit-losaplicar a Conveno de Genebra e / ou direito penal dos Estados Unidos. Esse status bizarra j foi umEspies alemes durante a Segunda Guerra Mundial (nem combatentes para tratar o seguinteas leis de guerra ou civis para proteger um inocente priori8), Como foi a de soldados(especialmente preto) Norte, Sul, vis--vis a guerra civil.Segunda razo para manter a noo de guerra: tem a vantagem de retornara contrario ao conceito de paz. Sem saber se estamos em guerra e se tivermosinimigos, provvel que no esteja em paz.6Ibid.7Johan Galtung, "A violncia, a paz ea Investigao para a Paz", Journal of Peace Research, vol. 6 (3), 1969, pp. 167-191.8 Ex parte Quirin 317 US em janeiro de 1942.

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  • 5Novas formas de guerraJ para no falar da Guerra Fria, cuja principal caracterstica era ficarpoder ou ameaa durante a segunda metade do sculo XX apareceram emformas inditas de conflito, algumas virtuais ou fantasiadas: confrontos entre atorEstado e combatentes que afirmam Exrcito de Libertao, revoluo ou outro nomelike. Assim, na dcada de 50, no havia uma guerra, mas "eventosda Arglia. " Quarenta anos depois, o Estado argelino tinha que saber se era a guerraIslmico maquis ou se fosse para manter a ordem contra ladres.A questo torna-se crucial quando armado pluralidade de atores, tais comoproliferao de milcias no Lbano nos anos 80, ou quando a distino entrepoltica e crime torna-se quase indistinguveis. Amrica Latina ou no tringuloOuro perto de Burma, embora sutil, que pode distinguir um traficantes armadosdroga de um guerrilheiro.O militar / civil distino9 prejudicado pela tendncia para mobilizarlutadores sem uniformes, possivelmente, as crianas ea crescente propenso dos conflitosmatando mais civis do que militares. Quando milcias populaes massacreno neg-lo, como em Darfur, devemos continuar a falar sobre a guerra? Numa completamenteum outro tipo: quando um membro de uma companhia militar privada realiza uma missoSegurana, h um assistente de um militar "real" e quando ele comea a 'fazer' guerra?Onde que a linha entre o terrorismo, guerra secreta, a guerra dos pobres, de guerrilha?Estas tenses e contradies encontrar o seu ponto culminante no dia Estados Unidosproclamar uma "guerra global contra o terrorismo." Ela chama a noo complementarde"Guerra preventiva10"Autorizando interveno armada contra os grupos atravs das fronteirascontra os terroristas ou tiranos poderia ajud-los e / ou possuir armasdestruio em massa.Guerra global contra o terrorismo e

  • A Guerra Global contra o Terrorismo (Guerra Global ao Terror) combina todas as contradies donovas guerras:a impossibilidade de definir o inimigo: o que significa "o" terrorismo - ideologia,praticar um crime?a escurido do critrio de vitria: o dia em que no haver mais terroristas ou qualquer umque quer atacar os EUA? Onde ningum vai fabricar ArmaDestruio em massa? Sempre que o Estado vai sediar mais, consciente ou contra a sua vontade, degrupo armado ilegal? Isso uma guerra sem vitria possvel, portanto, "infinito"11?falha para especificar o incio, o fim da guerra, o lugar onde ela ocorre, o status decombatentes;a dificuldade de distinguir atos de guerra (ou terrorismo) ameaas,negociao, etc, como feito convencionalmente numa razo entre beligerantes. certo que, em defesa dos americanos, o desafio expresso pelo oponente,9Martin van Creveld, The Transformation of War, Free Press, New York, 1991.10Sobre a noo de guerra "preventiva" (no preventiva), consulte o livro "Quarta Guerra Mundial -Para matar e fazer crer ", Franois-Bernard Huyghe (ed.), Editions du Rocher, Paris, 2004.11Giulietto Chiesa, La guerra infinita, Feltrinelli, de Milo, de 2002.

    Page 66por atos (ataques) e mensagens (proclamaes, comunicados e fatwas) exacerbaas ambiguidades da prtica terrorista.De nossa parte, no acreditamos que existe um terrorismo12

  • em si, masprticas terroristas caracterizadas pela organizao secreta (o dia um terroristacoloca em um uniforme e rola para trs abertamente era que ele se juntou a uma milcia) porgreves espordicas (caso contrrio, devemos falar de batalhas, ganhou ou territrios perdidos ...)pela escolha de objetivos militares simblicos ou civil; "Quando um terrorista mata um homem,ele quer matar uma idia ", disse Camus. E pela vontade de proclamao atravs da destruio(o terrorista quer saber quem ele , o que causa est l, o que ele reivindicaoEste, ele desafia o inimigo, o objectivo que prossegue e muitas outras coisas, por vezes,uma bomba).O terrorismo sempre um compromisso entre "guerra dos pobres" e "propagandao facto ". Mas este personagem impuro complicada por dois fatores novamente. Oterroristas, eles prprios, considerar-se como guerra religiosa em referncia a uma categoriateolgica preciso: a jihad defensiva obrigatria para toda boa muulmana. Eles, assimcomo odisse Bin Laden, crena de que a lei natural que empurra a todos para defender seu povo,fora, como prescries cornicas fazer dele um guerreiro em auto-defesa,um verdadeiro crente prometeu martrio e no um terrorista que mata civis inocentes. Aorganizao terrorista chamado s vezes pode realizar o ataque, s vezes brigando porterritriocomo guerrilheiro, agora controlam uma rea santificada e desfrutar de um estatuto oficial(como os jihadistas no Afeganisto antes de Outubro de 2001), agora tem uma fachada legal,s vezes at mesmo correr para o escritrio, para poder ... definio provisria(como est mudando a guerra, ela faz e estamos fazendo isso): supe-se para liderarNa Revoluo, o levante de todo o povo ou a criao de um exrcito real. Aestudo recente da Rand estudado "Como acabar com as organizaes terroristas13? "E

  • O que aconteceu com 648 grupos terroristas desde 1968 para todos os pases e todas as ideologias.Mais de metade desapareceu nos ltimos anos. Quarenta e trs por cento das organizaester dissolvido simplesmente transformando em foras polticas "legais". Equando eles podem chegar fase da insurreio (isto mais sobre a guerrarazes apoiantes que o terrorismo clandestino), eles acabam em metade dos casosnegociar com um governo. Embora, neste caso, no se pode imaginar Al Qaedadiscutir um dia estabelecer um califado global com seus oponentes judeus e cruzados ...Ataques, a guerra de guerrilha, a ao poltica, portanto, um processo de negociao diplomticaDC, em que se torna difcil distinguir entre fases fases polticos e militares.O forte, o fraco controle e planetriaNos exemplos anteriores, a dificuldade de distinguir as guerras na devida formaapelido ou "para-guerras" prende a uma forma de desordem ou falta de meiosbaixo. falta de um estado "real" ou um exrcito "real" qu'clatent os confrontos quealguns consideram arcaica (embora ele poderia, pelo contrrio, so oconflitos do futuro).Mas em outros casos, o tratamento o resultado da guerra poderoso ou to12Catherine Bertho Lavenir e Franois-Bernard Huyghe (eds), A cena terrorista, PapersMediologia, No.13, Edies Gallimard, Paris, 2002 (para downloadhttp://www.mediologie.org/collection/13_terrorisme/sommaire13.html,acessadopelaltimavez25.05.2009)13Como grupos terroristas fim: Lies para Counteringal Qaeda, 2008, Rand Monografia Report, disponvel emwww.rand.org/pubs/monographs/MG741 (acessado pela ltima vez 25.05.2009).

    Pgina 77produtor de construes ideolgicas e polticas, ou como possuidor de instrumentosnovo. Isso tende a retirar a sua guerra alguns personagens violentosostensivo, a territorialidade, a vida circunscrita, que possua antes.Uma revoluo ou transformao em assuntos militares

  • Muitas dessas mudanas tm sido teorizado, especialmente em os EUA, como "Revolutionem Assuntos Militares ". RMA (Revoluo em Assuntos Militares14) Dito depoisqueda da Unio Sovitica (embora as suas origens so mais remoto) reflete uma mudanaparadigma. Ele gira em torno da enorme superioridade militar americana e visotecnicista. A predominncia das foras americanas devem resultar como usandotecnologia da informao, seja ele de inteligncia ", tornando o campobatalha transparente, "bater onde a fora eficaz para coordenar perfeitamente suaprprias foras para reagir instantaneamente a partir de um "sensor" que detecta os objectivos paraatirador, sem passar pelo complicado hierarquia do comando militar tradicional, fazerRMA defensores acreditam que o exrcito como um "sistema de sistemas". RMA abreem toda a especulao sobre as armas futuros baseados em nanotecnologia, energia... Dirigida, ainda na exploso de fundo de computao. Alguns sonho de um conflitoAutomatizado povoada por robs e onde quase no importa de lixo que chamamostanques do exrcito ou porta-avies.Os pioneiros da RMA - e seus sucessores 2000s para uma rendamais viso realista e prefere falar de "transformao" que a revoluo - continuar adefender uma viso muito "high tech": os EUA podem destruir, como se castigocaindo do cu, qualquer fora convencional. Mas eles entenderam que o inimigoamanh "enganar". Ele colocou em uma lgica assimtrico, procurando transformar suaprprias fraquezas em pontos fortes, especialmente vis--vis os meios de comunicao ea opinio pblica. O "forte", ele,vai resolver os problemas conflito de baixa intensidade, o terrorismo, guerrilha comadversrios civis em um contexto que olham cada vez mais para a manuteno daa ordem em escala planetria.Interveno armada tem vrios efeitosEnquanto isso, o sistema internacional - se no o West - inventouintervenes armadas no publicados sanes retaliatrias para a resposta humanitria.Eles devem separar os protagonistas ou proteger as populaes. Os discursosintervindo poderes enfatiza que eles esto travando uma guerra "altrusta", que lhes

  • traznenhum benefcio. Eles dizem que a luta contra criminosos ou inimigos da humanidade, contraLderes das pessoas e no o contrrio, eles esto vindo para salvar.Por isso, o direito de ingerncia que autoriza o uso da fora militar para impedirviolncia inaceitvel ou limpeza tnica. As operaes militares, nschamaria de "controle" multiplicar para prevenir a violncia armada e pobresarcaicas (conflitos tnicos por exemplo). Aqui a guerra funde-se, pelo menos no discurso,com uma operao policial (que deve, em princpio, ser reservada para a aplicao daleino interior, mas como a globalizao se expande para o tamanho do planeta).A guerra assimtrica14Andrew Latham, Entendendo o RMA: Brandelian Insights sobre a transformao da guerra, No. 2,HISP, Genebra, 1999.

    Page 88Entre as categorias usadas para descrever novas formas de confronto armado, aGuerra assimtrica particularmente reveladora15. Centra-se no meio empregado(guerra dos pobres contra os ricos guerra de alta tecnologia e sobre-armado), sobre a estratgia (atrito contracontrolo), mas tambm nos objectivos. Para a regra forte: cancelar ou restringir obaixo. Ele no pode esperar para capturar a capital ou for-lo a assinar uma rendioouum tratado. Para o baixo, ltimo, causando uma perda no terreno moral ou opinio,desmoralizar aquele que no pode desarmar, dar-lhe uma extenso do conflitoinsuportvel. Guerra assimtrica baseada mais sobre a utilizao das informaes ema do poder e, portanto, contradiz todos os desenhos clssicos. Ele postula que aVitria estratgica no uma adio de vitrias tticas; move-se a questo delegitimidade da guerra (da a crena de que o suporta) no frente de guerramas, como o mesmo objectivo.

  • A guerra de trs blocos e quarta geraoVariantes do conceito de guerra assimtrica tm surgido recentemente. Muitos referem-a utopia de uma revoluo nos assuntos militares, mas revelar novocategorias de pensamento estratgico.Assim, a "guerra de trs quadras", um termo cunhado pelo general Charles Krulak: "NoAgora, meus soldados esto morrendo e os cuidados de refugiados. No momento seguinte,eles vo separar duas tribos em guerra e liderana de Operaes de Manuteno da paz.Eventualmente, eles vo levar uma batalha altamente letal mdia intensidade. E tudo isto atrs quadras de distncia16". Tal situao requer a descentralizao de comando(um mero corporal deve decidir se o ambiente hostil, neutra ou amigo e quenvel de violncia extra).Quanto guerra "quarta gerao", uma idia discutida em 198917Ela o resultado da evoluo histrica. A primeira gerao baseou-se na massahumano linhas e colunas organizadas no campo de batalha. O segundo envolveu umpoder de fogo, logo que da metralhadora e do avio, e mobilizou toda a montanteuma potncia industrial. O terceiro envolvido a capacidade de manobra, como a blitzkriega Segunda Guerra Mundial.E quarta gerao de guerra? Ela corresponderia revoluoinformaes. Mais importante, ele iria mobilizar populaes inteiras em antagonismoganhando todos os campos: poltico, econmico, social, cultural, e cujo objetivo seriaasistema mental e organizacional do adversrio. Asymmetric totalmente opem a eladois atores que nada tm em comum. De um lado, dos poderes de alta tecnologia. Outromo, transnacionais e subnacionais atores dispersos, religiosa, tnica ouInteresse est tomando forma indiscriminada do mercado, smbolos do Ocidente, a sua

  • comunicaes. Esta guerra que seus seguidores desfrutar apresentando como global, granular(referindo-se ao tamanho e multiplicidade de formas ou grupos envolvidos na motivaoo conflito), meios tecnolgicos.15Veja Steven Metz, "A guerra assimtrica eo futuro do Ocidente," Foreign Policy, No. 1, 2003, p. 26-40.16Comandante Geral Charles Krulak, US Marine Corps, Observaes no National PressClub, WashingtonTranscrio da Srie, 10 de outubro, de 1997.17William S. Lind et ai. "A nova face da guerra: na quarta gerao," Marine Corps Gazette outubro1989 pp. 22-26, disponvel em http://www.dni.net/fcs/4th_gen_war_gazette.htm (acessado pela ltima vez25.05.2009).

    Page 99Ferramentas para a derrotaNaturalmente, toda essa produo terica traduzido para o reino de idias com um relatrio dapoder, o confronto entre o "forte" - um certo poder hyper no medoconcorrente sua medida, mas que o apoio a ordem mundial - e vrios tipos de"Fracos" determinado a explorar brechas no sistema, incluindo a mdia. Mastransformao da guerra no apenas devido a mudanas nas relaes de poder eidias (alguns diro, ideologias), tambm devido a alteraes tcnicas.Armas inteligentesEm grande medida, os estrategistas tm fantasiado novas armas como inteligente(computador de pelcia), (os famosos ataques cirrgicos) precisas, controladodistncia (possivelmente a partir de uma "sala de guerra" cheio de telas), beneficiando daobservao por satlite proporcionou quase oniscincia, as foras econmicas e destrutivos

  • e vidas humanas, est levando mais para a organizao ou de coordenao meiosinimigos como a vida humana, capazes de "choque e sider" um inimigo completamenteexcedido.Se a idia de uma guerra "morte zero" foi uma inveno jornalstica, em vez deverdadeira doutrina do Pentgono, a noo est se espalhando de uma guerra tecnicamente perfeito e ondeo uso de violncia seria reduzida ao mnimo necessrio e utilizado no desenvolvimento mais eficiente.Da dois desenvolvimentos significativos.Armas no-letais e os de informaoPopularizado desde os anos 80, e depois com um forte desenvolvimento de pesquisa desde o90, a arma no mata ou mesmo que no cause danos irreversveis realmente entrar no universo mental dos estrategistas. Chamado armas no-letais ou baixaLetalidade (eles so projetados para no matar, mas no nada que - alguns empregadoforma ou sob certas condies - nenhum risco de matar um ser humano) existem em vriasformulrios. Estes so projteis de energia cintica (tais como balas de borracha) deirritantes qumicos ou 'incapacitante "Armas de Energia eletrnicosmas tambm sistemas paralisantes, sofisticado para paralisar veculos,interromper sistemas de comunicao, para tornar inabitveis instalaes. J para no falarengrenagem de fico cientfica como uma espcie de radar que projectos geradores de ondasqueima, rudo insuportvel para o ouvido humano, etc.18Todos estes equipamentos cumprem uma dupla finalidade. o primeiro para evitar, especialmenteantes da televiso internacional, o espetculo de brutalidade na manutenoordenar face interna dos manifestantes ou desordeiros ou externamente durante confrontoscom a populao civil ocupada. O segundo conceito que o soldado moderno teruma arma tanto "dinmica" (cujos efeitos so flexveis de acordo com o grau deperigosidade do alvo) e um meio intermdios para situaes em que a ameaa ou

  • a autoridade no suficiente, mas onde no apropriado ainda para desencadear a fora totaldestrutivas "armas reais".Estas guerras quase especialmente onde o forte desejo travar sua violncia (e salvar oshow de avaliao), onde faz a separao entre inimigos penais, tais comoterroristas, e "possivelmente amigos" ou "potencialmente hostis" (tais populaes18David Fidler, "O significado de Moscou:" As armas no letais "e do direito internacional na 21a anualsculo ", Revista Internacional da Red Cross, Vol. 87, No. 859, de 2005, pp. 525-552.

    Page 1010local, que deve garantir pelo menos a neutralidade aparente, uma vez que a Unio intervm apenas emeles tambm), estes conceitos no cumprem o esquema cannico. Todas elas destinadas amanter o uso da fora para um nvel aceitvel, no s porque se encontra com osensibilidade da opinio pblica e porque o objectivo das operaes militares menos para ganhar umconflito para manter a ordem internacional como a ordem interna, assumindo que oglobalizao ainda deixa intacta a diferena.Ameaas aleatrios e ataques remotosUma confuso sobre o problemas / paz e guerra / distrbio que o forte se torna maissensvel ameaa aleatria. Discutimos o terrorismo, mas existem formasassalto com um Estado moderno pode ser uma vtima e ele est lutando para qualificar oNatureza, ou at mesmo cham-los de actos de guerra justificando retaliao. Tal o caso dafamosa "guerra ciberntica" ou guerra computador, uma designao improvvel que inclui tudoatos agressivos que podem ser realizadas remotamente, geralmente de forma annimacomputadorinterpostas computadores ou rede. Este um exemplo de confuso de gnero e conflitoMisturado tpico do nosso tempo.Tais ataques podem retransmitir propaganda (entrar no site do governo

  • ao ridculo ou so "marcao" um slogan vingativo, por exemplo), podem cairespionagem (grab dados confidenciais, interceptar mensagens), mas elespodem tambm constituir uma forma de sabotagem: paralisar um site do governo atacaramuma empresa estrategicamente importante, interrompendo o que os americanos chamam deinfra-estruturas vitais (servios de emergncia, abastecimento de gua ou electricidade,trfego rodovirio e areo ...).Tudo isso com um software chamado "malicioso" ao assumir comandomquinas remotas. Mas quando um estado passa por um "ataque ciberntico", como foirecentemente o caso da Estnia ou da Gergia, ele imediatamente confrontado comproblemas de rastreabilidade da agresso (da o ataque e controles em realidadesites e servidores em que aparece vir?) e uma questo de extenso do seu prejuzo.Liderando o ataque? um servio de governo? mercenrios, tais como so "alugados" naInternet? um activista do grupo privado? criminal? terrorista? Como avaliar os danos equando deve qualificar-se como um acto de guerra, especialmente se ele no est morto? O que privada ou pblica nesta matria?Da mesma forma, um "ataque ciberntico" levanta a questo da interpretao das inteneso atacante. Ele pode ser destinada a preparar ou apoiar um ataque militarclssico, mas tambm pode ter um valor de aviso: sabotagem como uma mensageme para apoiar uma reivindicao ou ameaa. Torna-se difcil decidir comoresponder (difcil, por exemplo, para responder a malware por uma saraivada de bombase mais difcil de justificar ONU). Tudo complicada pelo facto"ciberataque" obedecendo a uma lgica do caos (mais ele cria desordem, perdatempo, energia ou dinheiro, por contgio, que mais eficaz), ningum nunca vai saber orelao entre o efeito e o efeito desejado obtido.O mesmo raciocnio provavelmente seria para ataques econmicos atravsrumores do mercado de aes ou manipulaes, para a sade ou ataques ambientais como:

  • difcil provar (especialmente graas mediao de grupos econmicos, criminosos,ideolgicas ou mercenrios terroristas que atuam como intrpretes).

    Page 1111A imagem da guerraSe a sabotagem de sistemas de informao (os vetores e recipientes), roubo ou violaodados (contedo) pode ser qualificado como "guerra de informao", h umaterceiro componente, a que diz respeito a opinio: nada menos afeta a disponibilidadeoua funcionalidade de informaes teis, mas a divulgao de uma mensagem transportandoemoes. Neste sentido, a guerra de informao dominar sua verso dofatos, imagens, valores, indignao, suas rixas com os dos outros19.A partir deste ponto de vista, a relao entre o forte eo fraco mudou desde o Vietn(perodo em que os EUA perderam a guerra de imagens de m conduta no controla nada) ea primeiraGuerra do Golfo (o perodo em que os EUA ganhou graas ao monoplio da guerra visvelCNN possua). Agora todos podem produzir sua prpria cenografia. Quando EUAproduzir uma verso muito Hollywood da guerra no Iraque (com os soldados hericos,queda da esttua do ditador, etc.), os jihadistas dar o seu pblico uma verso digitala ocupao do Iraque com os futuros mrtires de cassetes vontades e punio dos traidores,filmado e rodados simultaneamente. Quando os palestinos direcionar as cmeras parasuavtima ou quando o Hezbollah oferece o seu prprio canal de TV, os pr-israelensesproduzir na internet ou na televiso de programas integrais para demonstrar que tudo falso e que o IDF o exrcito menos sanguinrio do mundo.Desde que as guerras ter lugar ao longo somente em campos de batalhamas tambm no ciberespao e em todas as televises das guerras mundiaisperformances, um que "coraes e mentes" pelo menos to importante como

  • sucessossoldados de verdade.ConclusoDevemos dar-se a entender a guerra ou o nome? Pela nossa parte, ns falamosnova tcnica e violncia simblica e pediu polemology20renovadoque procuram explicar os mecanismos por fazer um quarto justo para os sinais esmbolos.No final da Guerra Fria, muitos acreditavam, caso contrrio, que a paz estava assegurada, pelo menos,que a guerra seria limitada por duas tendncias: converso do planeta ou da maioria deseus habitantes para os valores democrticos (e continuamos repetindo desde que KantRepblicas no guerrear21) E imensa superioridade da superpotncia. Estes soEmbora os fatores que no jogam a favor de conflitos clssicos entre Estados Unidas(embora ...). Mas esta nova ordem no impediu a descoberta de novovulnerabilidades explorveis por atacantes nem a multiplicao de razes, incluindoconfronto ideolgico ou divulgando utilizvel para novas tecnologiasformas de luta. O sonho de uma ordem internacional fornecida pela polciainternacional, se possvel virtuoso e altrusta. Mas a guerra - ou conflito - tendem aescapar de sua forma clssica e tornar-se fora dos limites22em todos os sentidos do termo: off19Ver definio em: Franois-Bernard Huyghe, Mestres de faz de conta. Propaganda para influenciar,Vuibert, Paris, 2008.20Myriam Klinger (dir), coletivo, Patrimnio e notcias de guerra estudos, Tradre 2007; veja F.-B.Huyghe, Uma antologia de Guerra Estudos, 2008, disponvel para download no http://www.huyghe.fr/actu_482.htm(25.05.2009 ltima consulta); Ervin Laszlo, Linus Pauling e Chong Yu-nyol

  • "Polemology" MundoEncyclopedia of Peace, Pergamon Press, New York, 1986.21Immanuel Kant, Prtica Filosofia, Mary J. Gregor (Ed), Cambridge University Press,1996, p. 12.22Qiai Xiangsui Lang e Wang, guerra fora do alcance, Payot Rivages de 2003.

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