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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO PARA O DESEMPENHO FUNCIONAL Por: Cláudia Jurema Vianna Orientador Prof. Fernando Lima Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE

TRABALHO PARA O DESEMPENHO FUNCIONAL

Por: Cláudia Jurema Vianna

Orientador

Prof. Fernando Lima

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE

TRABALHO PARA O DESEMPENHO FUNCIONAL

Apresentação de monografia ao Conjunto

Universitário Candido Mendes como

condição prévia para a conclusão do Curso

de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gestão

de Recursos Humanos.

Por: Claúdia Jurema Vianna

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DEDICATÓRIA

Dedico à Deus, a minha mãe, aos meus

filhos e marido, pelo apoio e compreensão

para conclusão desse trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os colegas e

professores da A.V.M., pelo

companheirismo e ajuda para solucionar

os problemas quando necessários.

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RESUMO

A presente monografia busca estabelecer a inter-relação entre motivação e o

desempenho funcional, com vistas a produtividade. Várias teorias acerca da

motivação humana são apontadas pela literatura. Muitos autores deram

diferentes enfoques ao assunto, tentando entender o comportamento humano,

procurando identificar o melhor caminho da sua motivação. Assim, o presente

estudo tem por objetivo discutir e refletir sobre o papel das pessoas que

motivam e são motivadas na organização, afirmando que um dos meios

essenciais para o sucesso de uma empresa está nas mãos das pessoas

motivadas.

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METODOLOGIA

A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a

pesquisa bibliográfica, utilizando-se como fonte de consulta livros, monografias,

artigos e publicações eletrônicas que abordam o tema em análise.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................. 08 CAPÍTULO I MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO: CONCEITO E TEORIAS...... 10 CAPÍTULO II A COMUNICAÇÃO INTERNA NAS EMPRESAS E SUA FUNÇÃO MOTIVACIONAL.........................................................................................

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CAPÍTULO III A INTER-RELAÇÃO ENTRE MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE.................. 32 CONCLUSÃO ................................................................................................. 43 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 45 ÍNDICE ............................................................................................................ 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................ 49

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INTRODUÇÃO

Nas organizações, o bom desempenho requer muito mais do que

simplesmente aptidões e habilidades. Requer também motivação para

trabalhar, ou seja, depende do quão motivado está o empregado. Em termos

de comportamento, a motivação pode ser conceituada como o esforço e a

tenacidade exercidos pela pessoa para fazer algo ou alcançar algo. A

motivação é um dos inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho

no trabalho.

A motivação de empregado tem como objetivo fazer com que ele

trabalhe mais disposto, aumente sua produção, a qualidade do seu serviço e

que ele esteja sempre pronto a ajudar a empresa quando ele for solicitado. São

vários os meios para motivar o trabalhador, a não ser o dinheiro, como o que

se destacar ganhar viagens de final de semana com acompanhante, ajuda de

custo (relacionado a compra de alimento, remédios, casa própria etc)

assistência médica entre outros benefícios que o empregador pode conceder

aos seus empregados.

O processo de motivação é evolutivo, isto é, quando se

recompensa as pessoas, mais propostas, programas e iniciativas serão

promovidas por elas, pois, de fato, a sobrevivência de uma empresa depende

da motivação de seus empregados e por outro lado, a recompensa dos

empregados não depende do sucesso da empresa que em situações extremas,

quando seus resultados são ruins, procede à dispensa do pessoal, quando

seus resultados são tão bons que permitem um forte desenvolvimento da

promoção interna. Portanto, ter pessoas motivadas na organização contribuirá

diretamente para o crescimento da empresa, que é também diretamente ligado

ao crescimento pessoal e profissional dessas pessoas.

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Nessa perspectiva, o presente estudo levanta a hipótese de que a

Administração de Recursos Humanos é responsável em manter a organização

funcionando com eficiência e eficácia, tendo como uma das principais tarefas

motivar os trabalhadores, aumentando assim a produtividade.

O objetivo do estudo consiste em discutir e refletir sobre o papel

da motivação na organização, afirmando que um dos meios essenciais para o

sucesso de uma empresa está nas mãos das pessoas motivadas.

Para uma melhor compreensão do assunto abordado, o estudo

encontra-se estruturado da seguinte forma: o Capítulo I, apresentar o conceito

de motivação e satisfação no trabalho, através da visão de diversos autores,

apontando as principais teorias motivacionais; o Capítulo II, investiga as

ferramentas de comunicação interna e sua relação com a motivação dos

colaboradores da organização; e, por fim, o Capítulo III, aborda a influência da

motivação na produtividade do funcionário, demonstrando como a motivação

do gestor pode influenciar as atitudes do funcionário dentro de uma empresa.

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CAPÍTULO I

MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO:

CONCEITO E TEORIAS

1.1 Conceito

Motivação, segundo Montana (2003, p. 203), é o “processo de

estimular um indivíduo para que tome ações que irão preencher uma

necessidade ou realizar uma meta desejada.”

Gil (2001, p. 202) compreende motivação como sendo “a força

que estimula as pessoas a agir”. Para este autor, cada pessoa “dispõe de

motivações próprias geradas por necessidades distintas e não se pode, a rigor,

afirmar que uma pessoa seja capaz de motivar outra”. Prossegue o autor

afirmando que a motivação é conseqüência das necessidades não satisfeitas

de uma pessoa e, em sendo as necessidades intrínsecas ao homem, não há

como um líder colocar necessidades em seus liderados. Assim, o líder não

seria capaz de motivar e sim de satisfazer ou contra-satisfazer as

necessidades de seus subordinados.

Robbins (2002, p. 109) define motivação como sendo

o resultado da interação entre o indivíduo e a situação (...) é a

vontade de empregar altos níveis de esforços em direção a

metas organizacionais, condicionada pela capacidade do

esforço de satisfazer alguma necessidade do indivíduo.

Para Robbins (2002) três elementos-chave são primordiais para

se compreender a motivação: a) esforço, é uma medida de intensidade,

quando alguém está motivado esforça-se mais; b) metas organizacionais, o

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esforço deve estar direcionado e coerente de forma que beneficie a

organização; c) necessidade, significa um estado interno que faz certos

resultados parecerem atraentes.

Para Diemer et al. (1997), por ser o comportamento humano

definido simplesmente em grande parte em função da motivação da pessoa, a

motivação pode ser compreendida como sendo a confluência de todos os

motivos, que resultam num determinado comportamento; sendo assim, motivar

significa influenciar por meio da motivação, ou seja, ativar motivos já

existentes, sob a utilização de estímulos adequados, estímulos que tenham a

capacidade de provocar uma resposta particular, ligando-a, respectivamente, a

outro estímulo que, naturalmente, é capaz de provocar a mencionada resposta.

Tem-se, pois, que o termo motivação é usado para designar um

problema do indivíduo isolado, para compreender a sua motivação no trabalho

e a necessidade de conhecer as causas e as formas de ação e direção da

motivação. Os indivíduos possuem valores, opiniões e expectativas em relação

ao mundo que os rodeia, possuindo representações internalizadas do seu

ambiente.

Davis e Newstrom (1992) colocam que embora algumas

atividades humanas aconteçam sem motivação, praticamente quase todos os

comportamentos conscientes são motivados ou possuem uma causa. Ou seja,

o indivíduo precisa suprir suas necessidades para motivar-se e alcançar seus

objetivos.

Não é só o dinheiro que motiva o trabalhador, há também outras

necessidades que cada um tem. Os fatores de satisfação que envolvem

sentimentos de realização, de crescimento profissional e de reconhecimento

que se podem experimentar num trabalho desafiante e pleno. Esses fatores

têm um efeito positivo sobre a satisfação no trabalho, muitas vezes, resultando

um aumento da capacidade total de produção da pessoa.

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As pessoas são levadas à ação também para cumprir

determinadas tarefas através de motivos. Existem fatores que dão estímulo

para essa pessoa realizar as tarefas. São os meios de motivação que são

diversificados.

Muitas pessoas realizam determinadas tarefas por serem

“obrigadas”, ou seja, são impostas determinações para que essa pessoa

cumpra. Uma meta. Esse tipo de motivação não é adequado. Onde por ter sido

exposta, não haverá um empenho total nas tarefas, ao contrário, isso vai gerar

um desinteresse ainda maior, prejudicando assim a realização da tarefa.

Outras pessoas, pelo convívio em sociedade, são motivadas por

pressões que esse meio social determina. A pessoa cumpre as atividades

porque outras pessoas também o fazem. Ela não age por si, mas sim, para

acompanharem e cumprirem as ações ou perspectivas de outras pessoas.

Esse tipo de motivação também não é totalmente “rentável”. A pessoa toma a

iniciativa motivadora, mas não é por si própria. Senão assim não há um

contentamento pessoal.

Ocasionalmente, são encontradas pessoas que agem por

iniciativa própria. Fazem tudo por que elas querem. Em muitos casos, a pessoa

automotivada mora onde quer morar, do modo como prefere, e age em função

de objetivos que escolheu, como bons para ela. A automotivação se resume na

convicção que a pessoa tem de que deseja os frutos do sucesso e os deseja

tão ardentemente que está disposta a lutar por eles.

De forma geral, o estudo da motivação tem-se feito aplicar a todos

os ramos da atividade humana e é, em especial, no campo organizacional que

muitos pesquisadores têm dedicado o melhor de seus esforços no sentido de

poderem caracterizar objetivos motivacionais no trabalho. Com isso, tem-se

procurado descobrir por que o homem trabalha.

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Os principais motivos humanos podem ser classificados sob os

objetivos gerais de sobrevivência e segurança, satisfação e estimulação.

Esquematicamente, tem-se:

QUADRO 1

Classificação dos motivos humanos quanto a sobrevivência e segurança

SOBREVIVÊNCIA E

SEGURANÇA (MOTIVOS DE DEFICIÊNCIA)

SATISFAÇÃO E ESTIMULAÇÃO (MOTIVOS

DE EXCESSO)

Referentes ao corpo

Evitar fome, sede, falta de oxigênio, excesso de calor e frio, fadiga, músculos supertensos, doenças e outros estados desagradáveis ao corpo.

Obter experiências sensoriais agradáveis de gostos, cheiros, sons, etc.; prazer sexual,

conforme físico: exercício dos músculos, movimentos rítmicos do corpo, etc...

Referente às relações com o ambiente

Evitar objetos perigosos, feios, chocantes e desagradáveis;

buscar objetos necessários para a segurança e sobrevivência futuras; manter um ambiente estável, claro e seguro, etc...

Obter posses agradáveis; construir e inventar objetos; compreender o ambiente; resolver problemas; jogar;

buscar novidades e mudanças ambientais, etc.

Referentes às relações com outras pessoas

Evitar conflitos e hostilidade interpessoal; manter participação, prestígio, status nos grupos; obter cuidado dos outros; conformar-se aos valores e padrões do grupo; conseguir poder e domínio sobre

os outros, etc.

Conseguir amor, identificação positiva com as pessoas e grupos; ter prazer na

companhia de outras pessoas; auxiliar a compreender os outros; ser independente.

Referentes ao EU

Evitar sentimentos de inferioridade e fracasso na

comparação com outros ou com o EU ideal; evitar perda de

identidade; evitar sentimentos de vergonha, gula, medo, angústia,

tristeza, etc.

Obter sentimentos de auto-respeito e autoconfiança; exprimir-se; ter sentido de realização; sentir-se

desafiado; estabelecer valores morais e outros; descobrir lugar significativo do EU no

universo. FONTE: Kondo, 1998.

A partir dos dados acima foram criadas teorias sobre a motivação

no trabalho. Uma das teorias que teve maior importância foi à criada por

Abraham Maslow que propôs em um tipo de classificação ou hierarquia dos

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motivos humanos em primeira instância, coloca as necessidades corporais ou

filosóficas seguidas dos incentivos sociais que, uma vez satisfeitos, precedem

a uma última classe de incentivos, que denomina de incentivos de ego,

caracterizados pelo domínio do conhecimento, isto é, abrangem necessidades

verdadeiramente psicológicas, ou, mais explicitamente, de auto-realização.

A idéia de hierarquizar os motivos humanos foi, sem dúvida, a

solução inovadora para que se pudesse compreender melhor o comportamento

humano na sua variedade, não só relacionando esse motivo a um único

indivíduo, como também estudando-os em pessoas diferentes. Ao hierarquizá-

los, pode-se compreender que tipo de objetivo está sendo perseguido pelo

indivíduo em dado momento, isto é, que necessidades energizam o seu

comportamento.

É necessário, portanto, frisar que um mesmo indivíduo ora

persegue objetivos que atendem a uma necessidade, ora buscam satisfazer

outras. Tudo depende da sua carência naquele momento.

Complementarmente, deve-se entender que duas pessoas não perseguem

necessariamente o mesmo objetivo no mesmo momento.

Portanto, o importante, ao se diagnosticar determinado tipo de

comportamento motivacional, em dado momento, é procurar descobrir que

necessidades estão em jogo, isso explica muito como e porque o indivíduo age.

Mais objetivamente, uma mãe não deve pretender que seus filhos tenham

necessidades idênticas, um professor não pode concluir que seus alunos

tenham para com sua disciplina e seus métodos didáticos os mesmos

interesses. Um chefe de seção não pode pensar que seus subordinados

esperem do serviço iguais tipos de recompensa. O problema das diferenças

individuais assume importância preponderante quando falamos de motivação

(KONDO, 1998).

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Há que se considerar, portanto, dentro desse clima, que existe,

como se fosse possível assim dizer, uma caminhada do indivíduo em situação

de trabalho que vai desde o atendimento de necessidades mais elementares

até o atingimento de necessidades mais elementares até o atingimento de

plena maturidade motivacional que seria a sua auto-realização. Essa busca do

menos para o mais é parte implícita à natureza humana e, se as condições

organizacionais assim o ajudarem, ela passará naturalmente.

Com essa visão deixa-se de pensar que o indivíduo persiga um

único objetivo durante toda sua vida, o que quer dizer ampliar de alguma forma

o horizonte de compreensão do comportamento humano. Outro aspecto

interessante é aquele que deixa subjacente a idéia de que o processo

motivacional permite um renovar constante da direção comportamental de cada

um, ou seja, a pessoa amadurece, se desenvolve e busca constantemente a

sua própria realização.

A complexidade da motivação nas organizações originou vários

tipos de teorias que podem atender "parcialmente" o problema da motivação

em um determinado espaço de tempo, pois com as constantes mudanças que

ocorrem no dia a dia, as necessidades também vão se alternando. Portanto é

impossível fazer um diagnóstico a longo prazo.

Todas as teorias provaram que ao favorecer a realização pessoal,

demonstrando reconhecimento pelo valor profissional oferecendo

oportunidades de promoção, dando responsabilidade a cada um, tornando

agradável o próprio trabalho e possibilitando o crescimento do indivíduo, as

organizações podem atingir maiores níveis motivacionais de seus empregados.

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1.2 Principais teorias motivacionais

Para um melhor entendimento de motivação no ambiente de

trabalho, ou seja, o que faz com que algumas pessoas simplesmente “vistam a

camisa” da empresa, enquanto outras são tão indiferentes em relação à

empresa em que trabalham, recorre-se às teorias que buscam explicar mais

adequadamente o comportamento das pessoas. Entre elas, destacam-se as

seguintes:

1.2.1 Teoria de Maslow

A teoria da motivação humana de Maslow é a essência de uma

hierarquia das necessidades humanas, constituída pelas necessidades

biológicas, psicológicas e sociais. Para desenvolver esta teoria Maslow se

baseou em experiências clínicas e nos fundamentos teóricos de James e

Deway, no holismo da psicologia gestáltica e no dinamismo de Freud, Reich,

Jung e Adler (AGUIAR, 2002).

Maslow vê o ser humano como eternamente insatisfeito e

possuidor de uma série de necessidades, que se relacionam entre si por uma

escala hierárquica na qual uma necessidade deve estar razoavelmente

satisfeita, antes que outra se manifeste como prioritária (Figura 1).

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Figura 1 - Hierarquia das necessidades de Maslow

Fonte: Aguiar (2002).

Pela teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, de acordo

com a capacidade de motivar o comportamento, as pessoas são motivadas por

cinco tipos distintos de necessidades:

a) Fisiológicas ou primárias - São as de sobrevivência. Ex: Alimento, água e

ar.

b) Segurança – São as que incluem a necessidade de ser protegido contra

ameaças e perigos de muitas espécies. Ex: criação de sindicatos para

proteção dos trabalhadores.

c) Afeto – São as que evidenciam o comportamento voltado para o

desenvolvimento ou manutenção de relacionamento afetivo gratificante com

outras pessoas

d) Estima – implica-se no desejo de querer ser respeitado pelos outros e por

ser próprio.

Necessidades Fisiológicas

Necessidade de Segurança

Necessidade de permanência de afeto

Necessidade de estima

Necessidade de auto-realização

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e) Auto-realização – é expressa pelo comportamento que tende a realizar e

mostrar o potencial técnico que existe em cada um de nós.

Nesta hierarquia, o indivíduo procura satisfazer suas

necessidades fisiológicas, fundamentais à existência, e necessidades de

segurança, antes de procurar satisfazer as necessidades sociais, as

necessidades de estima e auto-realização.

Assim, pode-se dizer que a teoria de Maslow considera o ser

humano na sua totalidade, já que inova ao mesclar diferentes fundamentos,

dando ênfase à integração dinâmica dos aspectos biológicos, psicológicos e

sociais.

O conceito de auto-atualização tem relevante papel na teoria de

Maslow que o definiu como o uso e a exploração plenos de talentos,

capacidades, potencialidades etc. Para Maslow, auto-atualizar significa fazer

de cada escolha uma opção pelo crescimento, escolha esta que depende de o

indivíduo estar sintonizado com sua própria natureza íntima, responsabilizando-

se por seus atos, independentemente da opinião dos outros.

1.2.2 Teoria de Frederick Herzberg

A teoria de Herzberg, denominada de teoria dos dois fatores,

divide as necessidades como sendo de satisfação no trabalho e de motivação.

A satisfação no trabalho está relacionada com as condições em

que o trabalho é realizado - supervisão, relações interpessoais, condições

físicas, salários, benefícios etc. Ou seja, diz respeito ao ambiente de trabalho.

Estas condições podem ser chamadas de fatores higiênicos, pois estão

relacionados com a necessidade de se afastarem de condições desagradáveis.

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As necessidades de motivação no trabalho estão diretamente

relacionadas com a tarefa ou o trabalho, e tratam das necessidades de

desenvolvimento do potencial humano e da realização de aspirações

individuais- liberdade, criatividade e inovação.

Aguiar (2002, p. 269) chega a conclusão que Herzberg transforma

o indivíduo num meio para se atingir os fins da organização, afirmando que:

Herzberg toma o meio social, a organização, como a fonte

motivadora do indivíduo. Toma o indivíduo como meio e

transforma os seus desejos na necessidade da organização. A

organização através dos fatores motivacionais manipula o

indivíduo, motiva-o. Reduz a auto-realização à realização da

tarefa. O indivíduo se motiva no trabalho pelos fatores que se

relacionam diretamente com o trabalho.

Segundo Herberg, os fatores de higiene satisfazem os anseios do

homem de evitar aborrecimentos. Por exemplo, “não gosto de ser tratado

assim”, “não quero sofrer privações sobre o meu salário baixo”, “relações

interpessoais causam aborrecimentos”. Em outras palavras, que suas vidas

sejam higienicamente limpas. Pois os fatores motivadores por outro lado,

tornam as pessoas felizes com seus serviços por que tendem a necessidade

básica e humana de comportamento psicológico (necessidade de se tornar

mais competente).

Só os fatores higiênicos, não são simplesmente considerados

motivacionais, pois mantêm um nível mínimo de insatisfação das pessoas.

As idéias de Herberg combinam com as de Maslow, pois os

motivadores contribuem principalmente para a satisfação das necessidades de

ordem mais elevadas (estima e auto-realização). E os fatores de higiene

contribuem principalmente para a satisfação de necessidades de ordem mais

baixa (fisiológicas, segurança e afeto).

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1.2.3 Teoria da Equidade

Ramo da teoria da dissonância (manter relações internas

consistentes, relativamente às crenças, idéias e ações), e também chamada de

teoria da comparação social, baseia-se na premissa de que as pessoas

comparam a relação dos seus insumos ao seu trabalho com o que obtêm dele.

Se as duas relações não são iguais, então elas tentarão de algum modo reduzir

a discrepância.

A teoria da equidade envolve considerações de duas ordens:

característicos da pessoa – suas atitudes relativamente a insumos e exsumos,

sua tolerância e sentimento de iniqüidade, etc.; e os característicos de ações

organizacionais, especialmente em termos de práticas relacionadas com

recompensas.

Do ponto de vista motivacional, algumas das mais importantes

implicações desta teoria podem assim ser resumidas: oferece um padrão

relativamente simples para explicar e predizer os sentimentos de uma pessoa,

acerca de várias recompensas organizacionais; a delineação do modelo de

comparação usado pelo indivíduo, para avaliar sua taxa de correlação entre

insumo e exsumo, deve ser relevante para os tomadores de decisões

envolvidos na determinação de níveis adequados de recompensa; e dirige a

atenção para as possibilidades de intercâmbio de recompensas.

Deve-se enfatizar, que a retribuição é um dado comparativo: será

considerada justa ou não justa em relação à retribuição concedida à outra

pessoa pelo mesmo trabalho.

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1.2.4 Teoria X e teoria Y de McGegor

Douglas McGregor, relacionando conceitos de motivação e

liderança, estruturou duas hipóteses conflitantes sobre a natureza humana,

cujas motivações correspondem a diferentes estilos de liderança: uma

basicamente negativa, chamada de Teoria X, e outra basicamente positiva,

chamada de Teoria Y.

A Teoria X tem a premissa de que os funcionários não gostam de

trabalhar, são preguiçosos, evitam responsabilidade e trabalham o mínimo

visando somente o salário. Por esse motivo, precisam de constante supervisão

e devem ser coagidos para mostrar desempenho. Nesta teoria, o processo

decisório é centralizado e as comunicações são verticais, de cima para baixo.

Para McGregor, o exagerado controle e a centralização administrativa deixam

os indivíduos insatisfeitos, causando uma queda na produtividade.

A Teoria Y tem a premissa de que os funcionários gostam de

trabalhar, são criativos, buscam responsabilidade e podem demonstrar auto-

orientação. Nesta abordagem, as pessoas são passivas devido a experiências

negativas em outras organizações e além disso, entende que o homem tem

condições de assumir e procurar mais responsabilidades no trabalho.

(ROBBINS, 2002).

Para McGregor, se uma empresa adota as concepções da Teoria

X, os seus funcionários apresentam-se desmotivados e com atitudes e

comportamentos preguiçosos, por outro lado, se optar pela Teoria Y, as

pessoas vão interagir e apresentar características motivadoras.

McGregor postula que a administração deve estimular seus

colaboradores a alcançarem melhores resultados, estimular a motivação, a

dedicação ao trabalho e o potencial de desenvolvimento, criando condições

orgânicas e métodos de operação em que as pessoas possam atingir seus

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objetivos pessoais e os da organização. Para tanto, propôs idéias como o

processo decisório participativo, tarefas desafiadoras e que demandam

responsabilidades e um bom relacionamento de grupo para maximizar a

motivação dos funcionários. Para McGregor nas empresas onde as pessoas

participavam da elaboração dos seus objetivos, onde existiam grupos de

trabalhos coesos e os objetivos se identificavam com os da organização, a

produtividade era maior.

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CAPÍTULO II

A COMUNICAÇÃO INTERNA NAS EMPRESAS E SUA

FUNÇÃO MOTIVACIONAL

2.1 Comunicação nas empresas

A comunicação nas empresas é, normalmente, denominada de

Comunicação Empresarial, e é o somatório de todas as atividades de

comunicação da empresa (relações públicas, propaganda, assessoria de

imprensa, marketing, jornalismo, lobby) cujo objetivo principal é permitir a

interação da empresa com seus públicos (funcionários, clientes, fornecedores,

parceiros, comunidade, governo, imprensa, e demais formadores de opinião),

sendo considerada ferramenta fundamental para o desenvolvimento e o

crescimento de qualquer organização, funcionando como um elo entre a

comunidade e o mercado.

Segundo Goldhaber (apud KUNSCH, 1997, p. 68):

a comunicação organizacional é considerada como um

processo dinâmico por meio do qual as organizações se

relacionam com o meio ambiente e por meio do qual as

subpartes da organização se conectam entre si. Por

conseguinte, a comunicação organizacional pode ser vista

como o fluxo de mensagens dentro de uma rede de relações

interdependentes.

Segundo Nassar e Figueiredo (1995), uma boa comunicação

empresarial é condição primária para uma boa imagem institucional da

empresa. Ainda segundo esses autores:

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As formas, canais e ferramentas para falar com os públicos das

empresas são vários: publicações, campanhas institucionais ou

mercadológicas, eventos, propaganda, assessoria de

imprensa. O importante é que sejam adequados aos objetivos

esperados e a cada público e ou cultura, permanecendo a

necessidade de considerar que todos os públicos são

importantes. O funcionário, por exemplo, deve conhecer a

empresa na qual trabalha e respectiva filosofia, senão, será

difícil estabelecer metas e passar a imagem desejada para os

clientes e a sociedade (NASSAR; FIGUEIREDO, 1995, p. 42).

A comunicação empresarial pode ser dividida em comunicação

externa e interna. A comunicação empresarial externa trata de toda a

comunicação voltada ao ambiente externo a empresa, ou seja, seus clientes,

fornecedores, parceiros, comunidade, governo, imprensa, e demais formadores

de opinião. Uma estratégia de comunicação externa eficaz pode ser

determinante para o sucesso de uma organização. A comunicação interna é

feita entre a empresa e seus funcionários.

2.1.1 Comunicação interna

A comunicação interna é uma das maneiras de uma organização

se comunicar com seu público prioritário com a finalidade de promover a

integração entre a organização e seus empregados e é considerada como

ponto de partida para qualquer estratégia de comunicação externa.

A comunicação interna visa basicamente a motivação dos

funcionários contribuindo para o desenvolvimento e a manutenção de um clima

positivo, propício ao cumprimento de metas estratégicas da organização e ao

crescimento continuado de suas atividades e serviços e à expansão de suas

linhas de produtos, fazendo com que estes fiquem informados, seja por meio

de publicações internas ou por outro meio qualquer de comunicação.

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Para Torquato (2004, p. 54), a missão básica da comunicação

interna é

contribuir para o desenvolvimento e a manutenção de um clima

positivo, propício ao cumprimento das metas estratégicas da

organização e ao crescimento continuado de suas atividades e

serviços e à expansão de suas linhas de produtos.

Segundo Brum (2000), a comunicação precisa estimular

positivamente os sentidos dos funcionários e permitir que a empresa

estabeleça com eles relacionamentos saudáveis, duradouros e, sobretudo,

produtivos.

Sendo assim, é preciso estudar a forma e o conteúdo da

comunicação.

Em relação à forma, para que gere impacto no comportamento do

funcionário, o estímulo precisa obedecer a três dimensões: personalização,

interatividade e impacto sensorial. Personalização é adequação da forma e

conteúdo da comunicação às características do público-alvo. Quanto mais

pessoal e menos formal for a mensagem, maior será o seu êxito. Interatividade

é a velocidade e o incentivo do retorno que a comunicação interna provoca no

funcionário. A comunicação de mão dupla é sempre importante para qualquer

processo de gestão, pois permite saber o que pensa e como se sente o

funcionário diante daquilo que lhe foi informado. Impacto sensorial é o quanto o

funcionário pode ver, ouvir, sentir, cheirar e experimentar a informação. Este

estímulo é importante para fazer com que o funcionário acredite no produto

e/ou serviço que vai vender (MATTOS, 2001).

Em relação ao conteúdo, é necessário atender a três aspectos:

posicionamento, conceito e desenho. Posicionamento é o ato de desenvolver a

oferta e a imagem da empresa de forma a fazê-la ocupar um lugar distinto e

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valorizado na mente do funcionário. Exemplo: se uma empresa ocupa a décima

posição no mercado, não é adequado adotar um posicionamento interno de

“número um”. Trata-se de sinalizar para o público interno qual a sua grande

diferença e posicionar-se através dela. Conceito é a idéia principal da empresa,

que deve ser muito bem pensada e elaborada. Depois de estabelecido o

posicionamento, precisam ser trabalhados os conteúdos conceituais que

tenham pertinência com ele. Desenho é quando se consegue desenvolver um

gráfico que permite traduzir as palavras. O desenho é fácil de ser lembrado e

transmitido. O desenho é importante na comunicação interna porque permite

aumentar a compreensão da informação na menor quantidade de tempo

(MATTOS, 2001).

Brum (2000) aponta, ainda, que o fato da empresa disponibilizar

uma informação não representa por si só que houve a comunicação interna. É

necessário que haja uma divulgação do canal de comunicação adotado, ou

seja, a empresa deve estimular a participação do funcionário na condução do

processo. A responsável pela comunicação é a direção, mas isso não impede

que ela seja dividida com parceiros das mais diversas áreas. Uma forma de

provocar esta participação do funcionalismo é criar a figura do “agente de

comunicação”, que é o responsável por levantar novidades, opiniões, reações

e, principalmente, conteúdo a ser veiculado nos instrumentos de informação.

Corrado (1994) acrescenta que para que a comunicação interna

atinja seus objetivos é necessário, ainda, que ela seja transparente e tenha

credibilidade, pois quando as ações proclamadas pela empresa não

correspondem aos atos praticados pela mesma, surgem mecanismos auto-

corretores, por meio de boatos, do governo ou da mídia. É como se uma

empresa divulgasse a todos os seu recordes ambientais e depois fosse citada

como a maior responsável pela poluição da região.

Por isso, para que a comunicação interna de uma organização

resulte em sucesso é necessário ter credibilidade suficiente para fazer o

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público interno aceitar e confiar nos veículos e nas mensagens a ele

destinadas.

2.1.2 Formas de comunicação empresarial

Para que a comunicação empresarial possa atingir seu público é

necessário produzir veículo ou canais de comunicação que façam parte do dia-

a-dia dos colaboradores corporativos, independente da sua área de atuação na

empresa.

As ferramentas de comunicação interna podem ser divididas em

comunicação formal e comunicação informal. A comunicação formal é toda e

qualquer forma de comunicação oficial, ou seja, foi devidamente desenvolvida

pelos níveis gerenciais e dentro dos parâmetros da empresa, podendo ocorrer

através de informativos, circulares, cartazes, revistas, entre outras. Já a

comunicação informal é aquela em que não podemos confiar totalmente no

conteúdo e na fonte, é o chamado “rádio peão”, também chamado “rádio

corredor”.

A comunicação interna pode ser feita por diversos canais de

comunicação. Uma divisão que pode ser feita nas ferramentas de comunicação

é: escritos (Circulares, Cartas Pessoais, Manuais, Quadro de avisos, Boletins,

Panfletos, Jornais, Revistas, Relatórios e e-mails), orais (Reuniões de

informação ou discussão, Conferências, Conversas, Entrevistas e discursos,

Telefones e Rádio) e aproximativos (Visitas, Eventos esportivos, Auditórios,

Inaugurações, Comemorações e Confraternizações).

Torquato (2004) define os canais de comunicação como:

tempestivos (email-s), rápidos (boletins noticiosos), simultâneos (conversas

pessoais ou telefônicas), outros mais lerdos e complexos (canais impressos,

jornais e revistas), alguns que permitem visibilidade, difusão e sentido de

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atração (reuniões gerais, eventos, convocações, comunicados oficiais de

impacto) e outros canais mais seletivos (relatórios técnicos e confidenciais para

determinada faixa de público).

Clemen (2005) separa os canais de comunicação em: canais

impressos (Jornal Interno, Revista Interna, Boletim Gerencial, Jornal Mural e

Informativos dirigidos ou especiais), canais virtuais (Intranet, Jornais Digitais,

Informes Virtuais, E-Mail Marketing, Banners, Pop Ups, Hot Sites especiais).

Até o final dos anos 80, a comunicação empresarial era realizada

através dos meios tradicionais, como as publicações impressas, a

correspondência empresarial, os meios de comunicação etc. Atualmente, as

empresas utilizam também as novas tecnologias de comunicação como meio e

instrumento para atingir seu público interno e externo.

Hoje as empresas utilizam a Internet para comunicarem-se com

seus clientes, com seus fornecedores e com a comunidade de uma forma

geral, para venderem seus produtos ou oferecerem seus serviços, ou

simplesmente para tornarem-se conhecidas. O site da organização é um

excelente veículo para tornar conhecida a filosofia da empresa, para divulgar

seu engajamento em campanhas sociais, ou seja, para aproximar a

organização de todos os seus públicos que se encontram geograficamente

distantes. Ou seja, a Internet é hoje um excelente veículo de comunicação

entre a empresa e seu público externo (MOREIRA, 2003).

Já com o público interno (funcionários ou colaboradores), o que

vem sendo utilizado é Intranet. O objetivo deste veículo de comunicação é a

divulgação de informações relativas à empresa, principalmente para os seus

próprios funcionários e administradores. Através da Intranet, as organizações

mantêm listas de endereços e telefones, normas internas, comunicações do

presidente, e-mail interno, processamento de pedidos de vendas, arquivos

pessoais, jornal interno, conferências, lançamento de produtos, acesso ao

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banco de dados, decisões compartilhadas, pesquisas, arquivo fotográfico

digitalizado, site de sugestões, acompanhamento de processos administrativos,

entre outras atividades. A Intranet fornece serviços de correio, web, chat, o que

agiliza os processos comunicacionais corporativos e torna mais limpa e

eficiente a comunicação entre as pessoas e entre os setores de uma

instituição. Dentre todas as oportunidades que a Intranet dispõe, a mais atrativa

é a divulgação de informações dentro da empresa numa escala mais ampla

(STACHESKI, 2004).

A Internet e a Intranet revolucionam a comunicação empresarial,

tornando-se um processo ágil, produtivo e barato, exigindo que as

organizações repensem suas estratégias e política de comunicação.

2.2 A comunicação e sua influência na motivação

A motivação dos colaboradores internos pode ser trabalhada e

incrementada através da eficiência da comunicação. O funcionário motivado

tem grande possibilidade de produzir bem, enquanto aquele que percebe não

receber incentivo e motivação da empresa tende a não ter satisfação pelo

trabalho e produz menos. Portando, pode-se compreender que comunicação e

motivação traduzem uma relação de causa efeito.

Alguns processos desenvolvidos para a motivação na empresa

demonstram a importância da comunicação interna para a obtenção de

resultados. São eles:

a) estipulação de metas: uma das formas é a empresa criar mecanismos de

premiação do funcionário que superou as metas estipuladas. Contudo, é

preciso cuidar para não colocar metas inatingíveis, pois isto pode ser

desmotivador.

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b) premiações: premiar os funcionários como recompensa de seus esforços é

uma ferramenta excelente na motivação dos mesmos, e tal premiação não

precisa necessariamente ser em dinheiro. As premiações podem ser diversas e

até mesmo interessantes, sendo que o importante é a satisfação de ter ganho,

e não necessariamente o prêmio em si. Ter o reconhecimento da equipe, de

ser o melhor em um aspecto motiva o funcionário, a teoria das necessidades

de Maslow explica isso como necessidade de auto-estima. As premiações

devem imitar as metas propostas, ou seja, se há metas semanais, quinzenais,

mensais, as premiações deverão seguir necessariamente as ordens. Exemplos

de prêmios: eletrodomésticos; fim-de-semana em um hotel fazenda; cesta de

alimentos; brinquedos para os filhos; ingressos para cinema e/ou teatro; um dia

de folga para estar com a família.

c) fornecimento de feedback: em geral, as pessoas pensam que sabem em que

são boas. Como afirma Moscovici (2000) o feedback é um instrumento que

pode mostrar em quê uma pessoa precisa melhorar, se precisa adquirir novos

conhecimentos, desenvolver novas habilidades ou aptidões; pode também

esclarecer sobre atitudes inadequadas que precisam ser modificadas ou

extintas. Na comunicação, o feedback é crucial para gerar iniciativas

espontâneas dos colaboradores, como também para saber se as mensagens

transmitidas estão realmente sendo compreendidas. A mudança de postura, ou

seja, maior comprometimento dos colaboradores com a organização, é o

resultado de uma comunicação interna que prima pela valorização, motivação e

satisfação do funcionário. O feedback eficaz ajuda o trabalhador a melhorar

seu desempenho, facilitando a conquista de seus objetivos.

d) sistemas de recompensa: as teorias da motivação demonstraram que as

pessoas são motivadas por necessidades a serem satisfeitas tornando-se um

objetivo a ser atingindo requerendo um esforço, que será recompensando com

a satisfação da necessidade. As recompensas poderão ser as mais variadas

possíveis, dependendo das necessidades a serem satisfeitas.

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Segundo Matos (2009), a comunicação é fator de satisfação e em

um ambiente em que haja comunicação e diálogo, existe motivação para

superar desafios e metas. Ainda para o autor:

Um ambiente favorável à comunicação interna, com lideranças

engajadas em promover e consolidar a Cultura do Diálogo é

capaz de encorajar a manifestação de idéias e sugestões que

podem originar inovações e identificar soluções altamente

rentáveis para a empresa como um todo. A transparência das

ações, a honestidade de propósitos e a ética corporativa

trafegam necessariamente pelo caminho da abertura para a

comunicação (...) independente de ser patrão ou empregado,

a Cultura do Diálogo cria vínculos que se traduzem em

comportamentos positivos e pró-ativos (...) (MATOS, 2009, p.

01).

A ausência e os desencontros na comunicação levam à falta de

comprometimento, de envolvimento, de qualidade, bem como a perda de

clientes, a defeitos de máquinas e equipamentos, a acidentes de trabalho, ao

não cumprimento de prazos e metas à improdutividade. É comum em um

ambiente fechado ao diálogo, a distorção das informações administrativas e

gerenciais, o que ocasiona grandes índices de desperdício e altos custos

oriundos do trabalho que precisa ser refeito (MATOS, 2009; BOARI, 2009).

Portanto, a comunicação tem como objetivo facilitar a execução

das atividades com mais comprometimento, conhecimento e profissionalismo.

São vários os canais de comunicação a serem utilizados; desde o diálogo

aberto e franco, a boletins internos, murais, revistas, reuniões periódicas,

grupos de reflexão, treinamentos, até meios mais sofisticados como jornais

virtuais, intranet e e-mails (BOARI, 2009).

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CAPÍTULO III

A INTER-RELAÇÃO ENTRE MOTIVAÇÃO E

PRODUTIVIDADE

3.1 Motivação e produtividade

Na teoria administrativa, tem-se que a abordagem tradicional e

clássica, com ênfase nas tarefas (Taylor), na estrutura (Fayol) e na produção

em massa (Ford), conhecidos por taylorismo e fordismo, se fundamentava na

organização racional do trabalho e no “homo economicus”, ou seja, as pessoas

são profundamente influenciadas por recompensas salariais e materiais. Por

esta concepção, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas

como um meio de ganhar a vida através de salário que o trabalho proporciona.

O homem é exclusivamente motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela

necessidade de dinheiro para sobreviver.

Nestes sistemas, as pessoas eram vistas mais como um insumo

do processo produtivo, geridas pela lógica da engenharia, que para a época

representou uma maneira mais eficiente de se lidar com os funcionários:

diminuir custos com mão-de-obra e aumentar a rapidez da produção, contendo

os erros. Os funcionários eram vistos mais como “peças de uma máquina”, e os

programas de treinamento eram funcionais, denominados “treinamento on-the-

job”, que consistia em um dia de aprendizagem para executar corretamente as

tarefas demandadas (FLEURY, 2002).

Com a expansão da industrialização e, em conseqüência o

surgimento de novas empresas, a gestão de recursos humanos foi sofrendo

mudanças, dando maior ênfase aos aspectos comportamentais. Tal concepção

é introduzida a partir da abordagem humanística, com o advento da Teoria das

Relações Humanas, tendo por base os estudos de Elton Mayo: a transferência

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da ênfase antes colocada na tarefa e na estrutura organizacional para a ênfase

nas pessoas que trabalham ou participam nas organizações.

Novos conceitos foram introduzidos nas políticas de recursos

humanos voltadas a obtenção de resultados, principalmente na questão da

produtividade e competitividade, posicionando as pessoas como um ativo

valioso para as organizações, isto porque, funcionários satisfeitos são mais

comprometidos e produtivos.

Maximiano (2000, p. 116) define produtividade “como a relação

entre os recursos utilizados e os resultados obtidos.” Para Mali (1978, p. 83), a

produtividade “não é somente performance ou somente utilização de recursos.

É a combinação de ambos. Produtividade é a maior performance com o mínimo

de recursos possíveis.” É com base nessas definições que Limongi-França

(2003) aponta a produtividade como o aproveitamento máximo dos recursos

para produzir bens e serviços.

Para Pritchard (1990) existe pouca concordância na definição do

que vem a ser produtividade; muito embora haja um consenso de que a

questão da produtividade é importante e o porque de sua importância. Dentre

algumas definições encontradas pelo autor, produtividade é usada para medir a

eficiência ou eficácia dos indivíduos, grupos, unidades organizacionais,

indústrias e nações. É usada também como sinônimo para saídas (outputs),

motivação, desempenho individual, eficácia organizacional, produção,

rentabilidade, competitividade etc.

Ainda segundo Pritchard (1990), a produtividade também inclui

fatores como: cooperação de uns com os outros, quão bem as pessoas são

coordenadas e dirigidas, a disponibilidade de recursos necessários e o quanto

as prioridades são definidas dentro dos objetivos organizacionais encontrados.

Aponta, ainda, este autor, que um significativo fator de melhoria na

produtividade das empresas é as pessoas motivadas.

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Significa dizer que se o colaborador estiver motivado e disposto a

se dedicar na empresa, gerará maior produtividade. Se o valor profissional dos

funcionários for reconhecido, iniciará um processo de motivação que

proporcionará seu melhor desempenho na organização, gerando melhores

resultados. A produtividade só pode, então, ser aumentada mediante uma

mudança interior (entre a razão e a emoção) de todos aqueles que participam

do processo de produção de bens e de serviços.

Conforme coloca Maria Neto (2009, p. 07):

Cada colaborador deve sentir que seu esforço não é em vão,

que o mesmo será reconhecido e valorizado, que será parte

importante no contexto da organização. O seu desempenho

deve ser reconhecido e aprovado pelos outros; de início pelo

seu chefe imediato, em seguida pelos seus superiores. Ele

deve sempre sentir a relação entre ele e o produto acabado no

sentido do orgulho de dizer: "eu fiz parte do processo, eu

colaborei neste feito". Isso é muito importante dentro das

organizações, pois um colaborador motivado produz mais e

melhor. Ele deve ter orgulho dos resultados e deve saber o seu

papel na organização. As empresas, por sua vez, buscam

resultados. Mais do que a conclusão, o fim de algo em si

mesmo. Estes resultados podem ser representados por mais

lucro, mais espaço no mercado, mais clientes.

Confirmando esta assertiva, uma pesquisa realizada nos Estados

Unidos apresenta algumas conclusões que demonstram a importância da

motivação no aumento da produtividade. Os empregados motivados produzem,

pelo menos, duas vezes mais que os apáticos. Esta diferença aumenta com a

complexidade da profissão. Assim, em atividades de reduzida complexidade, a

produtividade dos funcionários motivados é 52% maior do que aqueles que têm

um incentivo considerado mediano. Em atividades de média complexidade, a

diferença aumenta para os 85%, enquanto que em empregos de elevada

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complexidade esse valor ascende aos 127%. Comparando os colaboradores

muito motivados com os pouco motivados, a diferença de produtividade é

avassaladora: 300% nos empregos pouco complexos e 1200% em atividades

de média complexidade (VOCÊ S/A, 2001).

Conforme Chiavenato (2004), o conceito de motivação conduz ao

conceito de clima organizacional à nível de organização. Dessa forma, o clima

organizacional de uma organização pode contribuir tanto de forma negativa

como de forma positiva para uma pessoa dentro de uma organização, o

importante é a empresa saber qual a percepção do empregado com o clima da

empresa, o que o motiva, qual o nível de comunicação entre gerência e

funcionário, qual a tendência de comportamento do colaborador perante o

serviço executado, qual é o nível de eficiência organizacional da empresa, e

acima de tudo demonstrar que o colaborador é importante para empresa.

Por outro lado, a fraca ou a falta de motivação dos trabalhadores,

pode ocasionar baixa produtividade, conflitos pessoais, greves, faltas ao

trabalho, entre outros.

A insatisfação e a desmotivação são desastrosos tanto para a

organizações quanto para o trabalhador. As organizações se constroem ou se

destroem pelo desempenho das pessoas que nelas trabalham. O ser humano,

no contexto organizacional, é o diferenciador que impulsiona e, às vezes, até

desestabiliza o desenvolvimento da organização.

3.2 O caso da Google Inc.

O Google, atualmente o mais grandioso site de busca da internet,

foi criado no ano de 1996 por, na época, dois estudantes de doutorado. Os

estudantes Larry Page e Sergey Brin da Universidade de Stanford resolveram

criar um projeto baseado em Java e Python chamado BackRub para

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desenvolver um site de pesquisa restrito ao banco de dados e os sites da

universidade.

Larry Page e Sergey Brin tentaram licenciar a tecnologia para

diversas empresas do Vale do Silício (inclusive a Yahoo e a Excite) durante

dezoito meses pelo valor de US$ 1,2 milhões, mas sem chegar a um acordo

satisfatório com nenhuma delas. Isto porque a busca era um atributo apenas

satisfatório e não uma prioridade para os executivos da Internet daquela época.

Não tendo sucesso em licenciar sua tecnologia, decidiram então

abrir uma empresa e, após apresentar a tecnologia Google a Andy

Bechtolsheim, um dos fundadores da Sun e capitalista de risco, Page e Brin

conseguiram um financiamento de US$ 100.000. Algumas semanas depois, em

7 de setembro de 1998 a Google Inc. foi formalmente incorporada. A empresa

tinha como competência central oferecer serviço de busca para os usuários da

Internet, e no início contava com apenas três funcionários e tinha o escritório

da sede localizado em um quarto alugado e interligado a uma garagem.

Em 1999, conseguiram 25 milhões de dólares de duas empresas

de Silicon Valley, a Sequoia Capital e Kleiner Perkins Caufield & Byers.

Companhias estas que iriam ter presença nos quadros da empresa, esta ainda

com sede na garagem. No final do ano iriam então mudar-se para o famoso

Googleplex, espaço este alugado pela SGI. Neste novo complexo foi começado

a pensar no bem estar dos empregados e foram construídas facilidades a

pedido destes.

No início de 2000 o site já recebia cerca de 18 milhões de

pesquisas diárias e o número de recrutamentos para a empresa era

incessante.

No início do ano 2001 o site já respondia a 100 milhões de

pedidos diários e começou a ter o que muitas companhias começadas nos

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mesmos moldes não tinham, lucro. Nesse ano entrou para os quadros da

empresa Eric Schmidt, da Novell. Foi contratado para presidente da Google

pelo Larry e pelo Sergey, de modo a levar a tomar conta da estratégia

empresarial.

Em 2002 e 2003 continuou em franca expansão pelo mundo,

abrindo escritórios em vários países, chegando aos 1500 empregados e em

2004 foi cotada no NASDAQ pela primeira vez. Nesse mesmo ano atingiu os

2000 empregados. Hoje, a empresa tem cerca de 9000 empregados por todo o

mundo.

A relação com os empregados da Google caracteriza-se por ser

bastante inovadora. Tem em relevante atenção os seus pedidos, sem ter

regras muito estritas, tentando obter o melhor deles e oferecendo-lhes o melhor

ambiente de trabalho possível. A empresa espera, assim, reciprocidade e que

os trabalhadores tenham o melhor desempenho possível.

O Google é repleto de serviços que ajudam os usuários em várias

atividades, dentre eles podem ser citados:

a) Google Images (http://images.google.com.br/) - o Google Images é um

sistema de busca apenas para imagens. É muito útil se quisermos procurar por

fotos, logotipos etc.

b) Google Scholar (http://scholar.google.com.br/) - o Google Scholar, conhecido

como o Google Acadêmico nos traz diversos links de artigos, monografias e

tudo relativo ao meio acadêmico, sendo de bastante valor aos estudantes,

professores etc.

c) Google Books (http://books.google.com.br/)

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d) Google Desktop (http://desktop.google.com/) - o Google Desktop dispõe de

uma barra de tarefas para sua área de trabalho e na mesma traz um campo de

pesquisa tanto na web como também no Desktop. O mesmo retorna tudo que

encontrar dentro do seu computador, como por exemplo, fotos, arquivos de

texto etc.

A missão do Google é oferecer a melhor opção de busca na

Internet tornando as informações mundiais acessíveis e úteis. O Google,

desenvolvedor do maior mecanismo de busca do mundo, oferece o caminho

mais rápido e fácil de encontrar informações na web. Com acesso a mais de

1,3 bilhão de páginas, o Google oferece resultados relevantes para usuários de

todo o mundo, normalmente em menos de meio segundo. Hoje, o Google

responde a mais de 100 milhões de consultas por dia.

Desde os anos 90, a área de Recursos Humanos da Google tem

grande influência e consegue provar que investir nas pessoas gera maior

comprometimento e dedicação, o que traz resultados muito maiores e mais

duradouros para o negócio como um todo. Trabalhar pela satisfação do

empregado e sua auto-estima como “embaixador” da marca, impacta

positivamente no grau de comprometimento e engajamento profissional.

O fundamento do que a empresa exige de seus empregados está

na mesma regra que usa para definir sua atuação no mercado: “70%-20%-

10%”, sendo que a primeira porcentagem é quanto o empregado deve dedicar

de seu tempo no Google ao Google, a segunda, quanto deve se ocupar em

pesquisas de seu interesse pessoal, e os 10% restantes, quanto deve usar

para lazer.

Dar 20% do tempo útil de trabalho aos seus empregados é,

segundo a Google, uma mais valia para o sistema de aprendizagem da

empresa, que revigora a motivação e a satisfação do empregado pelo seu

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trabalho. Esse tempo “extra” dado aos empregados leva a uma maior

criatividade dos empregados.

Opções para os 10% restantes não faltam, a Google Inc. possui

áreas de ginástica com esteiras, pesos e máquinas de remo, armários

individuais, lavadoras e secadoras de roupa, salas de massagem, videogames

variados, mesas de totó (pebolim), pianos, mesas de sinuca e de pingue-

pongue. Duas vezes por semana, há jogos de hóquei sobre patins no

estacionamento.

São raros os dias em que os funcionários da Google Inc. não

mencionem o famoso complexo onde trabalham, o Googleplex. Este complexo,

constantemente replicado em todas as sedes internacionais, tem por objetivo,

segundo a Google, levar os empregados a despenderem menos tempo

possível com futilidades, dando-lhes tudo o que precisam num espaço próximo

ao do seu trabalho. Estes espaços podem ir desde simples cafés para fazerem

pausas até disporem de campos de futebol e cabeleireiros.

Além dos cafés, há as chamadas “salas de petiscos”, com

máquinas de refrigerantes, doces e chocolates, todas de graça e divididas por

temas - a “saudável” serve iogurte natural, barras energéticas e sucos naturais.

A empresa fecha ainda cinemas para exibir filmes ainda inéditos para os

funcionários e seus familiares.

O “Lobby Décor” tem piano, lâmpadas de lava e projeção ao vivo

de buscas Google em tempo real realizadas por usuários no mundo inteiro.

Vários displays grandes de alta resolução estão espalhados pelos

halls, em geral exibindo apresentações esteticamente brilhantes de estatísticas

ou dados sintéticos gerados em tempo real sobre as buscas globais realizadas

pelos internautas que usam o Google. Uma das mais fascinantes dessas

exibições é um telão em que aparece a imagem tridimensional do planeta Terra

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com feixes radiais de luz que se projetam para o alto, cujo comprimento é

proporcional ao número de buscas sendo feitas naquela local e naquele

instante. É o globo terrestre com várias agulhas coloridas em função do idioma

das buscas e se projetando da superfície do planeta em direção ao espaço a

partir de vários pontos do mapa.

Os funcionários da Google trabalham em espaços de alta

densidade ocupacional que refletem a filosofia de computadores servidores da

empresa, compartilhando espaço com sofás e com os cães de estimação de

alguns empregados. É uma postura empresarial que encoraja a troca de

informações e economiza na conta de aquecimento.

A Google tem muito em conta a maneira como distribui os seus

empregados. Sendo os projetos desenvolvidos pela empresa, na sua

esmagadora maioria, projetos de grupo, a empresa revela que é do seu

interesse que os elementos se situem fisicamente próximos uns dos outros.

Segundo a empresa, isto permite com que se ganhe tempo na comunicação

entre os elementos do grupo, não só para tomadas de decisões mas também

para consulta com os elementos do grupo em caso de eventuais dúvidas ou

problemas pontuais. Sendo assim, virtualmente todos os empregados da

Google partilha um espaço de trabalho, não trabalhando isoladamente.

A tônica inovadora que a Google imprime em sua cultura de

trabalho e o foco na contenção de custos faz de cada funcionário um

contribuinte ativo dessa filosofia.

Tudo isto são aspectos que irão influenciar positivamente o

desempenho dos empregados, causando menos stress ocupacional e

aumentando consideravelmente a motivação, a satisfação com o trabalho e a

produtividade.

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De acordo com Chiavenato (2004, p.20), “as organizações são

instrumentos sociais por meio dos quais muitas pessoas combinam seus

esforços e trabalham juntas para atingir propósitos que isoladamente jamais

poderiam alcançar”.

Logo, uma organização pode ser entendida como um processo de

troca de relacionamento, de empenhos, de esforços ordenados e coordenados

na busca de uma meta comum a todos.

Esse processo pode ser percebido na Google Inc. A empresa

ciente de que o trabalho tem um significado especial para as pessoas, que vai

além de uma necessidade de sobrevivência, mas algo com que elas se

identifiquem e saciem sua satisfação pessoal, com realização profissional,

estimula seus colaboradores tanto através de ações relacionada com as

condições em que o trabalho é realizado (a estrutura fornecida pelo

Googleplex) quanto através de ações que incentivem a satisfação pessoal e

profissional de seus funcionários (a regra “70%-20%-10%”). Foi intervalo dos

“20%” do tempo útil dado aos seus funcionários que Orkut Buyukkokten

desenvolveu o maior site de relacionamentos virtuais. Pode-se, assim, dizer

que a motivação dos funcionários da Google é feita com base na teoria dos

dois fatores de Herzberg.

Conforme apontado no Capítulo I, o comportamento humano é

movido por uma variedade de necessidades que interferem diretamente no

desempenho e no resultado das tarefas executadas por essa pessoa, seja

dentro ou fora de organizações.

A motivação tem a ver com um objetivo pessoal. As pessoas

acreditam nele e empenham seus esforços na sua consecução, administrando

profundidade, perseverança e sentido. Para alguns colaboradores é preciso um

envolvimento emocional com o cargo que ocupam; precisam apreciar o

trabalho que realizam; contemplar o ambiente onde trabalham; ou

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simplesmente concordar com as normas e valores da organização onde

trabalham. Para outras pessoas o trabalho tem um significado especial; não é

um passatempo, mas algo com que se identifiquem e que sacie sua satisfação

pessoal. Relaciona-se ver com o psicológico, com anseio, sentimentos, com

realização profissional.

A motivação gera produtividade e, conseqüentemente, satisfação,

visto que somos convidados a executar uma tarefa, realizamo-la e obtemos

eficácia, além do mérito estamos satisfeitos com nosso desempenho e

procuramos realizar mais tarefas para obter novamente esse sentimento de

satisfação.

Os empregados de uma empresa sabem reconhecer quando a

sua empresa se preocupa com eles. Através destas interações no espaço de

trabalho a Google prevê que o intercâmbio de facilidades seja recíproco. Ou

seja, um empregado irá se sentir motivado a retribuir estas regalias com um

trabalho de qualidade. A Google vê assim o esforço monetário dispendido

nessas regalias compensado.

Numa análise individual, um empregado que se sinta à vontade

no sítio de trabalho irá ter menos stress, o que fará com que aborde problemas

típicos num trabalho de engenharia de uma maneira mais calma, por exemplo.

Eventuais conflitos laborais irão, desta maneira, quase desaparecer. Irá haver

uma maior harmonia dentro da empresa que facilitará em muito os objetivos da

empresa e criará uma maior e melhor socialização entre os empregados.

Assim, pode-se dizer que ao motivar seus funcionários, a Google

faz com estes se identifiquem com a empresa, levando-o a dar o seu melhor

para beneficio da empresa e consequentemente, dele próprio.

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CONCLUSÃO

A palavra "produtividade" é empregada, atualmente, por milhões

de pessoas das mais diversas procedências, cujo denominador comum é seu

interesse em conseguir melhorar o rendimento do trabalho. Está claro que tal

rendimento envolve uma série de fatores, tais como qualidade e quantidade de

matérias-primas empregadas; atualização tecnológica utilizada; habilidade

profissional dos empregados; condições ambientais de trabalho etc. Contudo,

entre todos esses fatores, um destaca-se sobremaneira por sua crescente

importância: o grau de interesse com que os empregados utilizam sua

capacidade para obter um aumento na quantidade e qualidade do rendimento

de suas tarefas. É a esse fator determinante de maior eficiência das tarefas

pessoais que dá o nome de "produtividade de trabalho", à qual depende

exclusivamente da motivação do indivíduo.

A motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do

comportamento humano. É ela quem irá determinar os níveis de desempenho

pessoal e profissional obtidos. Na empresa, está diretamente relacionada com

sentimento de pertença, produtividade e valorosidade atribuídos interna (pelo

próprio sujeito) e externamente (pela empresa, chefia, colegas, sociedade, etc).

Um funcionário motivado e produtivo é aquele que está no lugar

certo, ou seja, que ocupa uma função capaz de explorar e estimular suas

potencialidades, bem como fornecer-lhe reconhecimento (através de um salário

compatível, planos de crescimento, benefícios e, é claro, aliado a um

reconhecimento genuíno por parte da empresa que ressalve o seu valor).

Além disso, é necessário estar atento ao cultivo de um clima

organizacional, propício para o desenvolvimento de boas relações que

promovam comunicação, qualidade e produtividade. Habilidades pessoais de

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superiores devem ser capazes de detectar talentos (bem como aproveitá-los) e

estimular a autonomia e criatividade, sempre.

É o caso da Google Inc. que se apresenta como uma das poucas

empresas criadas mais recentemente que tem tido bastante sucesso e

reconhecimento na área organizacional. Esse reconhecimento advém do

imenso investimento que a empresa faz em seus funcionários. A Google

estimula seus funcionários através de ações focadas no bem-estar deles o que,

conseqüentemente, melhora a produção e a capacidade intelectual das

equipes.

A chave da solução do problema motivacional de uma empresa

esta no diagnóstico de uma empresa e planejamento de medidas que possam

ir ao encontro das necessidades de quem trabalha, quer no nível de aspirações

psicológicas, quer no de necessidade de ordem física.

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ÍNDICE

DEDICATÒRIA................................................................................................ 03 AGRADECIMENTOS....................................................................................... 04 RESUMO......................................................................................................... 05 METODOLOGIA ............................................................................................. 06 SUMÁRIO........................................................................................................ 07 INTRODUÇÃO................................................................................................. 08 CAPÍTULO I MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO: CONCEITO E TEORIAS...... 10 1.1 Conceito ........................................................................................... 10 1.2 Principais teorias motivacionais.......................................................... 16 1.2.1 Teoria de Maslow....................................................................... 16 1.2.2 Teoria de Frederick Herzberg..................................................... 18 1.2.2 Teoria da Equidade.................................................................... 20 1.2.4 Teoria X e Teoria Y de McGregor............................................... 21

CAPÍTULO II A COMUNICAÇÃO INTERNA NAS EMPRESAS E SUA FUNÇÃO MOTIVACIONAL.........................................................................................

23

2.1 Comunicação nas empresas.............................................................. 23 2.1.1 Comunicação interna................................................................. 24 2.1.2 Formas de comunicação empresarial.......................................... 27

2.2 A comunicação e sua influência na motivação..................................... 29 CAPÍTULO III A INTER-RELAÇÃO ENTRE MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE.................. 32 3.1 Motivação e produtividade.................................................................... 32 3.2 O caso da Google Inc........................................................................... 35

CONCLUSÃO.................................................................................................. 43 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 45 ÍNDICE ............................................................................................................ 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................ 49

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Projeto A Vez do Mestre

Pós-Graduação “Lato Sensu”

Título da Monografia:

“A influência da motivação no ambiente de trabalho para o desempenho

funcional”

Data da entrega: 21 de julho de 2009

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Avaliado por:_______________________________Grau______________.

Rio de Janeiro_____de_______________de 2009.