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A influência da cinesioterapia na fase ativa do trabalho de parto Karla Rachel Oliveira Chaves 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Fisioterapia em Urologia, Obstetrícia e Mastologia Faculdade Ávila Resumo O presente artigo mostra que o puerpério é o momento em que ocorrem alterações a partir do retorno de todos os sistemas ao estado pré-gestacional. O trabalho da fisioterapia no puerpério está relacionado à prevenção e tratamento de alterações músculo-esqueléticas, respiratórias e circulatórias, englobando também as orientações gerais. Porém, a avaliação e o tratamento fisioterapêutico não ocorrem de forma frequente, no entanto deveria ser incluído na rotina hospitalar, visto os benefícios e ação profilática de várias condições do puerpério. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da cinesioterapia na fase ativa do trabalho de parto. Constam, nesse estudo, os principais trabalhos disponíveis, em forma de livros, artigos científicos e revistas publicadas, com o objetivo de agrupar e apontar a evolução de conhecimento sobre o tema e resumindo o que é realmente de interesse. Palavras-chave: Fisioterapia. Cinesioterapia. Parto. Fase Ativa. 1. Introdução De acordo com Rezende e Montenegro (2006), o parto é o estágio resolutivo do ciclo grávido- puerperal. Sendo um fenômeno complexo que o concepto realiza no seu percurso pélvico- genital, onde a gravidez foi uma evolução e o puerpério a involução. O parto é acontecimento mecânico que sucede, completa e finda harmoniosamente todos estes eventos. Os mesmos autores salientam ainda que, para tratadistas, o parto seria a expulsão de feto vital, para o mundo exterior, através das vias genitais. Definição que excluía a extração do produto conceptual por qualquer outro trajeto (laparotomias para a gravidez ectópica e operação cesariana, chamadas de parto abdominal). Segundo Sabatino (2005) e Diniz e Duarte (2004), o trabalho de parto é dividido em três fases: dilatação, expulsão e secundamento. A primeira fase tem dois períodos: a passiva e a ativa. A fase passiva é um período latente, ou de falso trabalho de parto, na qual as contrações podem começar e, após algum tempo, parar. É o momento em que o corpo se prepara para o parto, através da manifestação de hormônios secretados pelo próprio corpo materno. O bebê, neste período, encontra-se com a cabeça encaixada na pelve. A parede do útero passa de sua forma espessa para uma estrutura mais delgada, sensível. O colo se esvaece e o início das contrações leva à expulsão do tampão mucoso. Este processo pode levar dias e até semanas. Quando as contrações chegam numa média de 15 por hora temos um trabalho de parto real com duração de 40 a 50 segundos cada contração. Temos, então, o início da fase de dilatação ativa. Não se recomenda internação anterior a esta fase, mas sim, após 4 centímetros de dilatação. Um trabalho de parto real na primeira gestação pode levar de 6 a 24 horas (SABATINO, 2005; DINIZ; DUARTE, 2004). Oliveira (2003) pontua que a fisioterapia se firma como profissão e ciência ao ampliar cada vez mais seu campo de atuação. Encontra-se em grande crescimento nas áreas de geriatria, 1 Pós-graduanda em Fisioterapia Urologia, Obstetrícia e Mastologia. 2 Orientadora.

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A influência da cinesioterapia na fase ativa do trabalho de parto

Karla Rachel Oliveira Chaves1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em Fisioterapia em Urologia, Obstetrícia e Mastologia – Faculdade Ávila

Resumo

O presente artigo mostra que o puerpério é o momento em que ocorrem alterações a partir

do retorno de todos os sistemas ao estado pré-gestacional. O trabalho da fisioterapia no

puerpério está relacionado à prevenção e tratamento de alterações músculo-esqueléticas,

respiratórias e circulatórias, englobando também as orientações gerais. Porém, a avaliação

e o tratamento fisioterapêutico não ocorrem de forma frequente, no entanto deveria ser

incluído na rotina hospitalar, visto os benefícios e ação profilática de várias condições do

puerpério. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da cinesioterapia na fase ativa

do trabalho de parto. Constam, nesse estudo, os principais trabalhos disponíveis, em forma

de livros, artigos científicos e revistas publicadas, com o objetivo de agrupar e apontar a

evolução de conhecimento sobre o tema e resumindo o que é realmente de interesse.

Palavras-chave: Fisioterapia. Cinesioterapia. Parto. Fase Ativa.

1. Introdução

De acordo com Rezende e Montenegro (2006), o parto é o estágio resolutivo do ciclo grávido-

puerperal. Sendo um fenômeno complexo que o concepto realiza no seu percurso pélvico-

genital, onde a gravidez foi uma evolução e o puerpério a involução. O parto é acontecimento

mecânico que sucede, completa e finda harmoniosamente todos estes eventos.

Os mesmos autores salientam ainda que, para tratadistas, o parto seria a expulsão de feto vital,

para o mundo exterior, através das vias genitais. Definição que excluía a extração do produto

conceptual por qualquer outro trajeto (laparotomias para a gravidez ectópica e operação

cesariana, chamadas de parto abdominal).

Segundo Sabatino (2005) e Diniz e Duarte (2004), o trabalho de parto é dividido em três

fases: dilatação, expulsão e secundamento.

A primeira fase tem dois períodos: a passiva e a ativa. A fase passiva é um período latente, ou

de falso trabalho de parto, na qual as contrações podem começar e, após algum tempo, parar.

É o momento em que o corpo se prepara para o parto, através da manifestação de hormônios

secretados pelo próprio corpo materno. O bebê, neste período, encontra-se com a cabeça

encaixada na pelve. A parede do útero passa de sua forma espessa para uma estrutura mais

delgada, sensível. O colo se esvaece e o início das contrações leva à expulsão do tampão

mucoso. Este processo pode levar dias e até semanas. Quando as contrações chegam numa

média de 15 por hora temos um trabalho de parto real com duração de 40 a 50 segundos cada

contração. Temos, então, o início da fase de dilatação ativa. Não se recomenda internação

anterior a esta fase, mas sim, após 4 centímetros de dilatação. Um trabalho de parto real na

primeira gestação pode levar de 6 a 24 horas (SABATINO, 2005; DINIZ; DUARTE, 2004).

Oliveira (2003) pontua que a fisioterapia se firma como profissão e ciência ao ampliar cada

vez mais seu campo de atuação. Encontra-se em grande crescimento nas áreas de geriatria,

1 Pós-graduanda em Fisioterapia Urologia, Obstetrícia e Mastologia.

2 Orientadora.

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ginecologia e obstetrícia, dermatologia funcional, esporte e exercício, acupuntura e terapias

holísticas.

Para Oliveira (2003) a Fisioterapia e exercícios físicos regulares desde o inicio da gestação

são benéficos à saúde materna e fetal. Atuam no controle postural da coluna vertebral,

previnem dores, evitam um trabalho de parto prolongado, ajudam no controle da ansiedade e

estresse, e reduzem o número de indicações ao parto cesárea. A Organização Mundial da

Saúde propõe, desde 1996, a revisão de técnicas especializadas apropriadas para o parto,

preconizando a movimentação da parturiente durante a fase ativa, a mudança e livre escolha

de posições durante as contrações e não ficar na posição supina durante o trabalho de parto.

Oliveira (2006) assinala que a cinesioterapia (CT) é uma técnica fisioterapêutica de baixo

custo, fácil adesão, boa reprodutibilidade. Ela tem como objetivo a reeducação e restauração

da parte musculoesquelética oferecendo melhores condições e qualidade de vida para a

mulher. A CT pelviperineal é direcionada a estática pélvica e uroginecológica, oferecendo

melhores condições para as continências urinária, fecal e sexual.

2. Anatomia e fisiologia

Segundo Baracho (2007), a coluna vertebral consiste de cinco regiões: cervical com sete

vértebras, torácica com doze vértebras, lombar com cinco, sacra com cinco vértebras

fusionadas e coccígea com quatro vértebras. Dando um total de 33 vértebras, com 24 delas

formando regiões distintas: cervical, torácica e lombar, sendo presente nestas, discos

intervertebrais desde o axis até o sacro, oferecendo um suporte elástico. As vértebras

aumentam de tamanho da cervical para a lombar e diminuem da região sacra para a região

coccígea. A coluna vertebral consiste de quatro curvaturas. As duas curvas que possuem uma

convexidade posterior (concavidade anterior) são denominadas de curvas cifóticas (regiões

torácica e sacra). As regiões que possuem duas concavidades posteriores são a cervical e a

lombar (convexidade anterior) que são denominadas curvas lordóticas.

A mesma autora assinala ainda, que os corpos vertebrais na região lombar são maiores e mais

largos do que aqueles na região torácica e cervical; seus tamanhos maiores permitem

sustentar as cargas maiores às quais a coluna lombar está sujeita.

A pelve funciona como um escudo protetor para os importantes conteúdos pélvicos, suporta o

tronco e constitui a parte óssea do mecanismo pelo qual o peso do corpo é transferido para os

membros inferiores ao andar e, às tuberosidades isquiáticas ao sentar. A pelve é constituída

pelos seguintes ossos: íleo, ísquio, púbis (que são os ossos do quadril – cada homem possui

um par de ossos do quadril, dispostos simetricamente e ligados entre si pela sínfise púbica),

sacro e cóccix. Eles são presos juntos por alguns dos ligamentos mais fortes no corpo

(POLDEN, 2002).

As três partes do osso do quadril são unidas, na região do acetábulo (onde se articula a cabeça

do fêmur), por uma ligação cartilagínea em forma de Y que ossifica por volta do 13º- 18º ano

de vida (SOBOTTA, 2006).

A articulação do quadril é do tipo esferóide com possibilidade de movimentação em flexão,

extensão, adução, abdução, rotação medial e rotação lateral (SOBOTTA, 2006).

Amplitude normal de movimentos no quadril: Extensão- 0º, flexão- 120º, abdução- 45º,

adução- 30º, rotação externa- 45º e rotação interna- 45º (BROWN, 2001).

Existem quatro tipos de forma da abertura superior da pelve humana:

A ginecóide, que é arredondada, mais favorável ao parto, sendo a mais comum entre as

mulheres; androide, que possui forma de coração, sendo a mais comum entre os homens;

antropóide, que possui forma alongada e, finalmente a platipelóide, que possui forma achatada

(POLDEN, 2002).

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A pelve feminina, mais leve e delicada em seu arcabouço ósseo, é também mais rasa. Sacro e

cóccix, mais planos, são menos salientes anteriormente do que na pelve masculina, para não

angustiar o canal de parto. Com arco púbico mais aberto e sacro mais largo, a pelve feminina

é mais larga e os quadris mais amplos. As partes altas dos fêmures também são mais afastadas

uma da outra (SOBOTTA, 2006).

Segundo Polden (2002), os diâmetros da pelve verdadeira ginecóide têm de entrada, em A/P

(ântero-posterior) – 28 cm, em oblíquo – 30,5 cm, em transverso – 33 cm; já na cavidade

média, em A/P – 30,5 cm, em oblíquo – 30,5 cm, em transverso – 30,5 cm; e na saída, em A/P

– 33 cm, em oblíquo – 30,5 cm e, em transverso – 28 cm.

São três as articulações do cíngulo dos membros inferiores, as duas sacro-ilíacas (das mais

importantes articulações do corpo, pela enorme carga que deve suportar) e a sínfise púbica

(que é a articulação anterior do cíngulo pélvico formada pela união do púbis direito e

esquerdo). Elas são construídas de modo a permitirem mobilidade mínima. Quanto aos

movimentos fisiológicos: a pelve se movimenta em três planos: sagital, frontal e horizontal.

No plano sagital, realiza o movimento de anteroversão, que é a inclinação pélvica anterior e, o

movimento de retroversão, que é a inclinação pélvica posterior. No plano frontal, a pelve

realiza o movimento de inclinação pélvica lateral direita e o movimento de inclinação pélvica

lateral esquerda. No plano horizontal, realiza os movimentos de rotação para direita e de

rotação para esquerda (FATTINI, 2007).

Figura 1: Anatomia perineal.

Fonte: Netter, 1978.

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O assoalho pélvico consiste em múltiplas camadas de músculos que se estendem entre o púbis

e o cóccix, formando o suporte inferior da cavidade abdômino-pélvica. O assoalho pélvico

feminino dá passagem para a uretra, vagina e o reto (KISNER, 2005).

Os músculos que compõem esta superfície pélvica interna, são os músculos: Coccígeo, o

Elevador Ani, que é formado pelos músculos Iliococcígeo, Pubococcígeo e Puborretal; o

Bulboesponjoso, Perineal Superficial Transverso, Perineal Profundo Transverso, Músculo do

Esfíncter Anal Externo e o Isquiocavernoso (POLDEN, 2002).

Já, Kisner (2005) nomeia os músculos Pubococcígeo, Puborretal e Iliococcígeo como

Músculo Levantador do Ânus.

O elevador do ânus, dos dois lados, forma uma tipóia muscular eficiente que suporta e

mantém as vísceras pélvicas em posição (SILVA, 2003).

O assoalho pélvico pode ser comparado a uma rede de dormir e sua musculatura possui

orientação em oito (8). O assoalho pélvico tem como funções, o suporte aos órgãos pélvicos e

a seus conteúdos, suporta aumentos na pressão intra-abdominal, proporciona controle

esfincteriano da bexiga e do intestino e ainda funciona em atividades reprodutivas e sexuais

(KISNER, 2005).

3. Parto

O parto constitui-se em um momento em que as expectativas e ansiedades que acompanharam

a gestante ao longo de meses, acabam por tomar uma dimensão real, a escolha do tipo de

parto, pois este é um evento que acompanha todo o processo de gestação e puerpério, uma vez

que ele já é antecipado na gravidez sob a forma de expectativas, e continua sendo referido

após sua conclusão, na forma de lembranças e sentimentos que acompanham a mãe, fazendo

parte de sua história (LOPES et al, 2005).

Para Costa et al. (2001), o parto esta dividido em quatro fases clinicas, que são denominados

períodos clínicos do parto:

• Primeiro período: Dilatação. Compreende o intervalo desde o inicio do trabalho de parto a

dilatação completa.

• Segundo período: Expulsão. Compreende o período entre a dilatação completa e o

desprendimento do feto.

• Terceiro período: Dequitação. É o período de tempo entre a expulsão do feto e a expulsão da

placenta.

• Quarto período: É a primeira hora apos a expulsão da placenta.

3.1 Parto Normal

Segundo Rezende e Montenegro (2006), o parto pode ser normal ou eutócico (transcorrer

fisiologicamente) ou perturbado com condições anormais (distócico).

A princípio, o Parto Normal é definido por seus aspectos positivos, como por ser mais

fisiológico, mais saudável, mais emocionante e satisfatório para a gestante, tornando-se o

parto ideal. Contudo vários médicos referem insegurança e imprevisibilidade com o parto

normal em relação ao seu ponto de vista, quando afirmam que durante o parto normal nunca

se sabe realmente o que pode acontecer (CHACHAM, 2002).

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Figura 2: Caminhando para o parto normal.

Fonte: Diniz e Duarte, 2004.

Para Diniz e Duarte (2004), o parto normal é o chamado parto vaginal, ou seja, aquele que é

conduzido com a mulher imobilizada, ou semi-imobilizada, e em posição de decúbito dorsal

durante o período expulsivo, a mesma permanece privada de alimentos e líquidos por via oral,

algumas situações faz-se necessário o uso de drogas para a indução ou aceleração do parto,

como também o uso de fórceps e quase que de forma rotineira a episiotomia.

3.2 Parto Cesárea

Para Rezende (1998, p. 1173), “[...] cesariana, cesária ou tomotocia é o ato cirúrgico

consistente em incisar o abdome e a parede do útero para libertar o concepto desenvolvido.”

Para Burroughs (1995, p. 363), “[...] a cesariana é o nascimento da criança através de uma

incisão cirúrgica na parede abdominal e no útero.” O índice de cesarianas tem aumentado

muito na última década. Uma das razões para isto é a disponibilidade de antibióticos e de

sangue total, que a tornam menos perigosa, sendo realizada por razões maternas e fetais.

A tabela 1 mostra o número de partos normais e cesáreos realizados na cidade de Manaus no

período de 2008 a maio de 2012, com dados extraídos do Sistema de Informação de Nascidos

Vivos - SINASC.

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Gráfico 1: Número de partos cesárea e normal na cidade de Manaus nos anos de 2008 a maio 2012.

Fonte: SINASC, 2012.

Vemos que há pouca diferença do parto normal para a cesárea, porém, de acordo com Sallet

(2000) a opção pela cesariana é reservada ao médico, que só a fará se houver uma real

necessidade, pois se trata de uma cirurgia de grande porte, que pode ser evitada a todo custo.

O medo que a mulher tem da dor do parto é injustificada, já que o pós-operatório de uma

cesariana será invariavelmente, tão ou mais doloroso do que às doze horas de trabalho de

parto, com duração em média de uma semana.

3.3 Fase ativa

Rezende e Montenegro (2006) referem que a fase latente dura em média 20 horas nas

primíparas e 14 horas nas multíparas. O parto propriamente dito (fase ativa) tem o período de

dilatação se completando em cerca de 12h nas primíparas e 7h nas multíparas; a expulsão

leva, respectivamente, 50 e 20 minutos. E mais, empregando assistência ativa à parturição,

ocorre dentro de seis horas, em geral o período de dilatação.

De acordo com Rodrigues et al. (2008), ao iniciar a fase ativa do trabalho de parto ocorre a

contração da musculatura longitudinal que empurra o feto em direção ao colo do útero,

lembrando que este tem sua função inibida para poder dilatar-se. A musculatura uterina é

organizada de forma que a parte superior se contraia fortemente, por isso, durante a gravidez,

esta parte é potencializada, a fim de deslocar o feto até o canal de parto.

Para Baracho (2007), a fase ativa provoca na mulher diferentes graus de desconforto, pois as

contrações são mais fortes e mais longas, prossegue a descida do feto.

Ao iniciar o trabalho de parto, a mulher é orientada a inspirar profundamente, focar sua

atenção num objeto escolhido e expirar lenta e profundamente, usando o peito, e no final da

contração, ela novamente deve inspirar. Esta respiração permitirá que a parturiente descanse.

Este método poderá ser feito com a mulher deambulando ou em posição de Sims. À medida

que vai evoluindo o trabalho de parto, e a mulher entra na fase ativa do parto, a respiração

torácica lenta já não é tão eficiente, então a mulher é estimulada a iniciar a respiração lenta,

passar para uma mais curta, e quando a contração atingir seu pico, voltar à lenta (BRASIL,

2001).

Parto Normal

Parto cesárea2008

20092010

20112012

19668 20835

19536 20232

4937

18632 18739

19814 20198

5263

Partos em Manaus

Parto Normal Parto cesárea

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4. Fisioterapia no parto

Segundo Baracho (2007), a parturiente tem necessidades básicas que precisam ser atendidas

para o seu completo bem-estar. A mulher em todos os momentos de um parto encontra-se

com suas necessidades alteradas, necessitando de ajuda no que se diz, respeito as alterações

ocorridas em função da gestação.

A mesma autora salienta ainda que a fisioterapia obstétrica atuará durante toda a gestação,

com o objetivo de preparar a evolução de gestação, como também no trabalho de parto, com o

intuito de minimizar os distúrbios fisiológicos que ocorrem nessa etapa para que o parto

ocorra sem transtornos.

A gestante que faz exercícios regularmente terá gravidez e parto mais tranquilos mantendo-se

ativa e em forma, terá menos probabilidade de apresentar problemas, com excesso de peso e

varizes. Durante os nove meses de gestação a mulher experimenta novas sensações físicas e

emocionais que levam a necessidades particulares. Muitas formas de atividades físicas podem

satisfazer essas particularidades: caminhadas, natação, hidroginástica, jogos, alongamentos.

Sendo a gestação uma fase de transformações para a mulher, ela acarreta mobilizações

emocionais em sua vida, obrigando-a a adaptar-se ao novo papel de mamãe. Portanto, quanto

mais oportunidades de falar sobre essas modificações, mais aumentam as chances de uma

melhor adaptação nesta nova fase (STRASSBURGER e DREHER, 2006).

Os mesmos autores afirmam ainda que os fisioterapeutas desempenham um papel importante

nesse processo, pois contribuem para o alivio dos desconfortos que surgem durante a

gravidez. Podem atenuar os sintomas das alterações da biomecânica da gestante, são capazes

de ajudar as mães na prevenção e orientação no que diz respeito às modificações gravídicas,

além de contribuírem com a melhora da qualidade de vida, diminuindo suas queixas, através

de um programa preventivo.

A fisioterapia no pré-parto também tem por objetivo orientar quanto à importância de uma

boa postura, manter a força muscular, melhorar ou manter a capacidade cardiovascular,

preparar e informar sobre a gravidez e o parto, assim como fornecer apoio psicológico e

proporcionar uma boa flexibilidade muscular e mobilidade articular. Esses objetivos são

fundamentais para que a gravidez resulte em uma mãe e uma criança saudáveis (POLDEN,

MANTLE, 2002; STRASSBURGER e DREHER, 2006).

Bim e Perego (2002), complementam essa questão, salientando que a atribuição do

fisioterapeuta obstetra não é apenas tratar quando for preciso, mas também tem como função

ser membro da equipe obstétrica. Este procura entender o problema, que tem as informações

relativas as causas e tratamento das dores na coluna, e leva ao restante da equipe a visar a

prevenção e, quando essa falha, a conter e diminuir o problema.

Atualmente, muitos obstetras acreditam que uma mulher que pratica algum tipo de exercício

durante a gravidez, pode estar menos propensa a ter dificuldades durante o trabalho de parto e

o nascimento do bebe. Desta forma, acabam estimulando suas pacientes a serem fisicamente

ativas. Sendo assim, a prática de atividade física regular, moderada, controlada e orientada por

fisioterapeutas pode produzir efeitos benéficos sobre a saúde da gestante e do feto (LANDI,

BERTOLINI e GUIMARAES, 2004).

A fisioterapeuta avalia qual a posição mais fácil e mais eficiente para facilitar a insinuação

fetal e também a mais prazerosa para cada gestante afim de que seja repetida na próxima

contração.

O objetivo de cada postura ou movimento deve ser explicado à gestante em linguagem

simples, evitando vocabulário especializado.

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A ação do fisioterapeuta é um fator de estimulo para que a gestante ganhe consciência de que

seu corpo ativo pode ser um poderoso instrumento para facilitar o processo do trabalho de

parto e trazer-lhe satisfação com a experiência do nascimento (BIO, 2007).

Durante uma contração da primeira etapa, o útero fica anterovertido; e a posição supina pode

ocasionar desconforto sendo então preferidas as posições que a gestante inclina-se para frente

(facilita a anteroversão), de acordo com figura 3.

Figura 3: Posição de inclinação para frente.

Fonte: BIO, 2007.

5. Metodologia

Nesta pesquisa foi utilizado um procedimento exploratório, como parte integrante da pesquisa

principal, como o estudo preliminar realizado com a finalidade de melhor adequar o

instrumento de medida à realidade que se pretende conhecer.

Segundo Santos (2010, p. 32), em outras palavras, “a pesquisa exploratória, ou estudo

exploratório, tem por objetivo conhecer a variável de estudo tal como se apresenta, seu

significado e o contexto onde ela se insere. Pressupõe-se que o comportamento humano é

melhor compreendido no contexto social onde ocorre”.

O ponto de partida foi a realização de uma pesquisa bibliográfica, efetivada por meio de

levantamento e leitura do material bibliográfico acerca do objeto da pesquisa,

complementando o estudo e análise dos assuntos pertinentes ao tema.

Portanto, a metodologia utilizada foi a da pesquisa teórica, de caráter bibliográfico e

documental (dados obtidos do SINASC), sendo consultados documentos relativos aos

assuntos observados.

Para Severino( 2008), a pesquisa bibliográfica é aquela que utiliza material escrito / gravado,

mecânica ou eletronicamente. São consideradas fontes bibliográficas os livros (de leitura

corrente ou de referência, tais como dicionários, enciclopédias, anuários etc.), as publicações

periódicas (jornais, revistas, panfletos etc.), fitas gravadas de áudio e vídeo, páginas de web

sites, relatórios de simpósios / seminários, anais de congressos etc.

Os meios utilizados para esta pesquisa foram: bibliográfica, consulta à web e documental.

Para Santos (2010), os meios são procedimentos que operacionalizam os métodos. Para todo

método de pesquisa, correspondem uma ou mais técnicas.

Para Severino (2008), a análise de documentos ou análise de conteúdos consiste no exame

sistemático de informes ou documentos como fontes de dados. Vários livros foram

consultados e procurou-se encontrar uma maneira de sintetizá-los numa obra que tivesse o

caráter de objetividade e riqueza de dados. Desta forma, na rotina educacional, pesquisa deve

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significar a capacidade de ler criticamente a realidade. Motivando para que o aluno se

expresse com autonomia.

6. Discussão

As parturientes não necessitam de diploma universitário para descobrir, no momento do parto,

que postura devem assumir. Como diz Michel Odent, o parto é instintivo, incentivado por

sentidos primitivos do cérebro humano, a mulher se movimentará a fim de encontrar uma

posição que melhor a conforte. Os esforços são reflexivos a cada contração involuntária do

útero e jamais ela permanecerá imóvel na postura em decúbito dorsal (ODENT, 2002).

O momento do parto deve ser respeitado, por todos, como um momento íntimo e muito

importante para a mulher. O parto é dela e por ela deve ser comandado. No entanto, o que

falta é se impor diante de suas necessidades, e não permitir que alguém estranho se oponha a

elas. O corpo das mulheres não pode ser o foco das intervenções médicas, principalmente em

um processo fisiológico e pessoal.

De acordo com Baracho (2007), o parto normal costuma ser um momento agitado; a mãe irá

andar, abaixar-se, sentar, ficar de pé, ajoelhar e deitar, tentando instintivamente, encontrar

posições confortáveis. Devido à anterversão do útero durante as contrações da primeira etapa,

a maioria das mulheres acha que precisa se inclinar para frente em algum tipo de apoio;

algumas acabam girando sua pelve. As diferentes posturas que as mulheres deveriam usar

precisam ser demonstradas e praticadas durantes as aulas pré-natais, a fim de prepará-las para

o momento pré-parto. Existem as posturas inibitórias, as quais são desfavoráveis, e as

posturas facilitatórias, que são as pertinentes no momento do parto, facilitando-o. No geral, as

posturas verticais são consideradas facilitatórias (figura 4), enquanto as horizontais são

consideradas inibitórias (figura 5).

Figura 4: Postura facilitatória.

Fonte: Polden, 2002.

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Figura 5: Postura inibitória.

Fonte: Polden, 2002.

Quando a mulher está em decúbito dorsal, sua pelve fica impactada, as veias e vasos são

pressionados, o tempo de parto é maior, a ação dolorosa é mais demorada e a força expulsiva

também é grande. Diferente das posturas verticalizadas. Como exemplo de posturas

facilitatórias, tem a posição de cócoras, ajoelhada, semi-ajoelhada e de pé inclinada para

frente (apoiada) (POLDEN, 2002).

Balaskas (1993), enfatiza que o que é mais criticado, especificamente, é o uso quase exclusivo

de posições horizontais para o parto, conhecidas como posição supina, de litotomia ou

decúbito dorsal. Havendo evidências suficientes de que as posições verticais trazem mais

vantagens tanto para a mãe quanto para o bebê.

Baracho (2007), também afirma que existem desvantagens em relação à posição em decúbito

dorsal, que por tempo prolongado, parece diminuir o ritmo das contrações uterinas, alterar o

retorno venoso e interferir na saturação de oxigênio fetal pela compressão de veias

importantes, como a veia cava inferior, pelo útero gravídico. Portanto, é prudente alternar as

posições durante as contrações (primeira etapa ou primeira fase do parto). Uma opção

recomendável é a posição em decúbito lateral esquerdo, conforme ilustra a figura 6, com um

travesseiro embaixo da cabeça (preenchendo o espaço entre o ombro e a orelha) e uma

almofada embaixo da perna supralateral (que deve ser mantida em semiflexão e adução). Essa

posição facilitará um melhor afluxo de sangue e oxigênio uteroplacentário. A não ser que a

parturiente seja portadora de alguma patologia que requeira repouso, ela poderá variar as

posições e adotar a que se sentir mais confortável. A bola terapêutica também pode ser usada

nesta fase como um recurso que promove a posição vertical da mulher, seja no chão, na cama

ou no chuveiro, apresentando, como benefício, o alívio de tensões nervosas por ser lúdica.

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Figura 6: Em decúbito lateral.

Fonte: Balaskas, 1993.

7. Conclusão

Ao término deste estudo, pode-se verificar que a atuação do fisioterapeuta com gestantes em

geral ainda é pouco conhecida, porém esta tem por finalidade ampliar o conhecimento das

mulheres com relação aos fatores relacionados a gravidez. Tais fatores dizem respeito a:

assuntos relacionados as adaptações posturais que acontecem na gestação, importância da

amamentação e da alimentação adequada, orientação quanto aos cuidados ao realizar as

atividades diárias, realização de conversas sobre o parto. Além disso, cabe destacar a

importância de orientar as gestantes sobre a realização de exercícios, desde que estes sejam

feitos sob supervisão de um profissional e com liberação médica.

Sendo assim, o fisioterapeuta pode atuar no pré-parto, parto e puerpério, com o objetivo de

fornecer suporte as orientações pré-natais e na recuperação pós-parto, podendo prevenir

complicações ou desconfortos oriundos da gestação.

Durante a prática fisioterapêutica, é essencial que os fisioterapeutas tenham pleno

conhecimento de todas as modificações que ocorrem durante esta fase, a fim de impedir o

aparecimento de desconfortos e complicações, proporcionando segurança para a gestante e

para o feto. É necessário que sejam realizadas uma anamnese e uma avaliação física de

qualidade, investigando, principalmente, os dados relacionados à gravidez. A partir da

anamnese, do exame físico, e se for necessário, exames complementares, poderão ser

desenvolvidas boas condutas de tratamento. O fisioterapeuta deve tratar a paciente gestante

com o principal intuito de manter seu bem estar físico e mental; tratar possíveis alterações

sistêmicas que surgirem nesse período, prevenir dores e desconfortos, por meio de técnicas,

manobras e exercícios, levando em consideração todas as modificações existentes no

organismo da grávida e suas limitações.

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