Upload
francisca-almada-porto
View
229
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
Profa Alessandra Pardini
Diferenças entre imunidade Passiva e Ativa
Inata
Artificial Natural
Passiva
Artificial Natural
Ativa
Imunidade
Adquirida
Imunidade Passiva- transferência de Ac ou linfócitos sensibilizados- confere imunidade imediata- independe da capacidade da resposta imune - não induz proteção duradoura - Natural- Ac maternos (leite e placenta)- Não natural- Tratamentos médicos – Ac pré-formados
Colostro- Classe: IgA - Produção induzida por antígenos intestinais maternos- Importância da amamentação
Transferência de Anticorpos via Placenta- Classe: IgG - Proteção ao RN durante primeiros meses de vida- Garante mesmo nível plasmático e especificidade dos Ac apresentados pela mãe- Realizada por uma proteína transportadora específica FcRn- Parece ser mais eficiente nos últimos meses da gravidez
Anticorpos Pré-Formados
Soroterapia - Ac heterólogos – cavalos e coelhos- Ac homólogos - seres humanos- Ac monoclonais
Primeira forma de terapia utilizada
Produção de soro antiofídico
Produção de Anticorpos Monoclonais
Imunização AtivaConsiderações Gerais
1. Imunização é uma tentativa de proteger o indivíduo contra alguma doença.
2. VacinaçãoÁrea de grande interesse e desenvolvimentorepresenta importante aplicação dos princípios imunológicos
Histórico
- Jenner – observações sobre imunização com a vaccinia – para o vírus da varíola bovina
Data Evento
1796 Jenner utiliza o vírus da varicela bovina para imunizar seres humanos contra a varíola
1885 Loius Pasteur desenvolve a vacina contra a raiva
1890 – 1904 Von Behring testa com sucesso as vacinas contra difteria e tétano
1900 São produzidas vacinas contra cólera e a febre tifóide
1914 Vacina contra tétano passa a estar disponível à população
1920 Produção de vacina contra a tuberculose
1930 Produção de vacinas contra a febre amarela e a difteria
1940 Desenvolvimento de vacinas contra tosse e gripe espanhola
1955 – 1960 Salk e Sabin desenvolvem diferentes vacinas contra a poliomelite
1960 As vacinas contra a rubéola e sarampo são desenvolvidas
1968 É projetada uma vacina contra a caxumba
1970 São produzidas vacinas contra a catapora e doenças causadas por meningococos
1978 É desenvolvida uma vacina contra doenças pulmonares
1980 Tornam-se disponíveis as vacinas contra hepatite B e contra uma combinação de doenças, entre as quais sarampo, caxumba e rubéola
1990 É produzida uma vacina contra a meningite bacteriana
Princípio- Baseia-se na resposta imune adaptativa:
memória e especificidade- As células de memória permitem ao sistema imune
elaborar uma resposta de melhor qualidade e maior intensidade a partir do segundo contato com o mesmo antígeno
- Resposta secundária é mais rápidamuitas doenças podem ser evitadas pela
imunização ativa ou passiva
IMUNIZAÇÃO ATIVA- vacina (adquirida artificialmente)- administração de antígenos preparados- tem por objetivo induzir imunidade- não trazer risco ao receptor
IMUNIZAÇÃO PASSIVA- indivíduo recebe anticorpos- podem ser administrados antes ou após infecção
Imunidade Ativa- Induzida em um indivíduo por infecção ou vacinação - Ação a longo prazo- Confere proteção duradoura- Depende da capacidade de resposta do sistema imune- Objetivo – proteger contra patógenos – transitóriaInício – variolação – China
- vacínia – ordenhadoras – Inglaterra - antrax atenuado
Princípios da Vacinação
- Quanto mais similiar a vacina for do organismo causador da doença, melhor é a resposta imune a vacina.
Imunização Ativa- O paciente recebe o antígeno que estimula a
produção da resposta imune (mediada por anticorpos ou por células) pelo próprio paciente
- Em geral, a imunização ativa é conhecida como – vacinação
Eventos – Sistema Imuneprocessos imunológicos envolvidos:• teorias da seleção de clones• exposição pregressa ao antígeno• células aptas a responder• antígenos seguros
Vacinas características• Segurança – devem causar poucos efeitos
colaterais, sem causar a doença• Proteção – contra a patologia resultante da
infecção contra o patógeno• Longevidade da proteção – proteção deve durar
o maior tempo possível (alguns anos) • Mecanismo de ação – ativação de imunidade
celular e humoral• Viabilidade – custo, estabilidade biológica e
fácil administração
O ASPECTO MAIS IMPORTANTE DE UMA VACINA É SUA CAPACIDADE
DE IMUNIZAR, OU SEJA, DE TORNAR AS PESSOAS IMUNES, PROTEGIDAS
CONTRA UMA DOENÇA
Vacinas vivas atenuadas capacidade de causar patologias- capacidade de crescimento transitório – normal - Resposta imune similar a infecção natural- Geralmente é efetiva em dose única (- via oral)- Possibilidade de reações graves- Interferência de Acs circulantes- Frágil – estocada e manuseada com cuidado- Exemplos: BCG (Bacillus Calmette-Guérin),
Mycobacterium bovis e vacina Sabin
Vacinas inativadas- Inativação - calor ou agentes e químicos –
imunógeno - perda da estrutura de epítopos- Não ocorre replicação - Geralmente não é tão efetivo que as vacinas
vivas interferência de Acs circulantes- Geralmente 3 a 5 doses são necessárias- Reposta imune – humoral- Título de ac pode diminuir com tempo- Exemplos: Salk, raiva, cólera
Vacinas de polissacarídeos puros- Cápsula bacteriana – polissacarídeos - respostas
independentes de linfócitos T- Não recomendado para crianças < 2 anos- Não há resposta do carregador atividade funcional de Acs- Imunogenicidade melhorada pela conjugação a
protéinas imunogênicas - Ag T-dependente - Exemplos: Haemophilus influenza e pneumocócica
Vacinas contra toxinas secretadas
- Purificação de toxinas - atividade tóxica (formaldeído) toxóides- Exemplo: DTP toxóides do tétano e difteria e preparação inativada de Bordetella pertussis
Vacinas Recombinantes
- Biologia molecular - atenuar microrganismos - Exemplo: vacina contra hepatite B
Adjuvantes e imunoestimulação inespecífica
• Geralmente as preparações vacinais incluem o adjuvante • Produzem efeitos por mecanismos diversos• Parecem aumentar a imunogenicidade (prolongando o
período de apresentação do antígeno)• Os mais comumente utilizados nas vacinas humanas são:
sais inorgânicos com base no hidróxido de alumínio (alume) ou fosfato de cálcio
• Tem como principal função produzir efeito de depósito• Recentemente foram apresentados os chamados
complexos coestimuladores (ISCOM) para produzir efeito semelhante
Peptídeos sintéticos
- Identificação das regiões imunogênicas - peptídeos isolados – pouco imunogênicos
- adjuvantes- conjugação a proteínas transportadoras ou
lipídeos transportadores (formação de micelas – liberação de peptídeos dentro das células)
Eficácia e segurança das vacinas• A eficácia das vacinas depende da estimulação do
sistema imune• Identificação do(s) antígeno(s)• Conhecimento do(s) antígeno(s)
• Uma vacina eficaz deve:• Induzir o tipo correto de imunidade• Ser estável ao armazenamento• Ter imunogenicidade suficiente
Estado físico de apresentação
• Líquido• Liofilizado (desidratadas): maior estabilidade
(temperatura, validade)• Adjuvantes: imunológicamente inativos,
potencializam a indução da resposta imune
RECOMENDAÇÕES GERAIS
• Conservação• Problemas com o armazenamento contribui
para a falha• Geralmente mantidas entre 2 a 8C
Administração Simultânea de Múltiplas Vacinas
• A maioria são seguras quando administradas em conjunto
• Não existe contra indicação na vacinação de crianças
• Geralmente uma resposta não interfere na outra
SEGURANÇA E CONTRA-INDICAÇÕES
• As vacinas modernas não são completamente seguras
• O objetivo é obter uma vacina que provoque menor efeito colateral
• Adquirir o mais alto grau de proteção• Geralmente os feitos colaterais são leves e
moderados
CONTRA-INDICAÇÕES
• Administração recente de imunoglobulinas• Febre: por si só não é contraindicada• Imunocomprometidos (HIV, imunodeficiência
congênita, uso de drogas supressoras): – Os estudos limitados– Cuidados com crianças imunocomprometidas
(não respondem)
IMUNIDADE PASSIVA NATURAL (MATERNA) E IMUNIDADE ADQUIRIDA ATIVA (INFECÇÃO)
Imunidade Ativa- Ocorre quando o hospedeiro apresenta uma
resposta a um microrganismo ou a um antígeno microbiano.
Imunidade Passiva- Ocorre mediante a transferência de anticorpos ou
linfócitos T específicos para o microrganismo.
As duas formas de imunidade promovem resistência a infecções (imunidade), mas somente as respostas imunológicas ativas que geram memória
DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche)
- deve ser administrada em pacientes com incerteza de imunização
MMR (sarampo, caxumba e rubéola)
- suspensão de vírus atenuados
Poliomelite- poliovírus inativado (Salk) – intramuscular- trivalente oral (Sabin) – vírus vivos e atenuados; mais fácil administração
BCG – contra a tuberculose - suspensão de bactérias vivas atenuadas de Mycobacterium bovis
Cólera- suspensão de vibriões coléricos mortos- proteção durante 3 a 6 meses
Influenzavírus dos sorotipos A e B atenuadosimunidade anual (mutação constante)
Tifóide- suspensão de bacilos de Salmonella typhi mortos (parenteral) ou bacilos vivos atenuados (via oral)
Meningocócicapolissacarídeos capsulares dos subgrupos A, C, Y e W135 daN. meningitidis
Polissacarídeo Pneumocócico
- polissacarídeos de 23 cepas- boa efetividade – soment por 2 anos
Haemophilus influenzae tipo B
- causador da meningite bacteriana- imunidade pouco duradoura
Hepatite B
- sintética – engenharia genética - 3 doses- clonagem do genoma HBsAg – DNA recombinante- imunidade por pelo menos 7 anos
Raiva - imunização após exposição
Hepatite A- vírus inativado- intramuscular, eficaz
Doença Vacinas Considerações
TétanoDifteriaCoqueluchePoliomeliteSarampoCaxumbaRubéolaHaemóphilus
ToxóideToxóideinativada totalinativada (Salk) ou atenuada (Sabin)atenuadaatenuadaatenuadapolissacarídica
dadas em conjunto em 3 doses entre 2 e 6 meses; reforço a cada 10 anos para tétano e difteriaTriplica (“MMR”) com 12-18 meses
Vacinas de Uso Geral
Vacina contra hepatite A: Descrição HAVRIX, vacina do vírus da hepatite A (VHA), é uma suspensão estéril contendo o vírus da hepatite A (cepa HM 175) inativado com formaldeído e adsorvido em hidróxido de alumínio. O vírus se propaga em células diplóides humanas MRC5. Antes de se proceder à extração do vírus, as células são cuidadosamente lavadas com o objetivo de se eliminar os componentes do meio de cultura. Obtém-se, assim, uma suspensão do vírus mediante a lise das células, seguida de purificação, empregando-se técnicas de ultrafiltração e de cromatografia em gel. A inativação do vírus é obtida através de tratamento com formalina. HAVRIX atende os requisitos para substâncias biológicas da Organização Mundial da Saúde.
Vacina da Hepatite B: As vacinas contra a hepatite B disponíveis no Brasil são produzidas por engenharia genética por meio da inserção de um plasmídeo contendo o antígeno de superfície do vírus B (AgHBs) em levedura. As vacinas não promovem infecção, pois não contêm DNA viral. A vacinação induz apenas à produção do anti-HBs. As vacinas podem conter ou não timerosal e o AgHBs é adsorvido ao hidróxido de alumínio. Também estão disponíveis formulações combinadas com outras vacinas.
Os esquemas mais utilizados freqüentemente são de três doses nos momentos zero, um e seis meses após a primeira dose. O intervalo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de um mês, e entre a segunda e terceira é de, no mínimo, dois meses. A terceira dose deve ser administrada após os seis meses de idade. Se a vacinação for interrompida, não é necessário recomeçar o esquema, apenas completá-lo.
Vacina da Pólio: As vacinas da poliomielite são de dois tipos a saber: vacina com vírus inativados e vacina com vírus vivos atenuados.
A vacina produzida com vírus inativados contém três tipos de poliovírus: tipo 1 (Mahoney), tipo 2 (MEF-1) e tipo 3 (Saukett). Estes são cultivados em células Vero (células de rim de macaco verde africano) e a seguir concentrados, purificados e inativados com formaldeído. Contém traços de neomicina, estreptomicina e polimixina B, devendo ser conservada em geladeira entre +2 e +8ºC. Crianças com até 2 anos de idade devem receber a vacina na região glútea ou na região ântero-lateral superior da coxa. Acima desta idade a vacina deve ser aplicada na região deltóide. A posologia é de 2 a 3 doses com intervalo de um mês entre elas. Os reforços devem ser feitos um ano após as primeiras doses e repetidos a cada 10 anos. Está indicada para todas as crianças acima de 6 semanas de idade, adultos viajantes para áreas endêmicas e especialmente para as crianças imunodeprimidas por doenças congênitas ou adquiridas.
Vacina da Pólio – campanha da “gotinha”
(programa reconhecido pela OMS)
Vacina da Raiva – proteção para animais e humanos
Vacina da Rubéola, importante doença congênita
Vacina da Gripe: Os primeiros testes de uma vacina para a gripe foram feitos em 1935, apenas dois anos após o isolamento do vírus influenza. Os ensaios em grande escala da vacina decorreram em 1940-44 e a primeira vacinação em massa da população em 1948-49.
A eficácia desta primeira geração de vacinas não era muito elevada e a vacina causava demasiadas reações adversas. Em 1968-69, a vacina foi purificada, com consideráveis melhorias na sua eficácia e aceitabilidade.
Gripe Aviária
Gripe Suína
(H1N1)
1- Depois de remover a região perigosa do gene HA, os cientistas introduzem os genes HA e NA da estirpe 1 em peças de DNA circular designadas por plasmídeos.2- São criados plasmídeos adicionais contendo os restantes seis genes da estirpe 2.3- Os cientistas introduzem em células animais que crescem em laboratório, os plasmídeos HA e NA da estirpe 1 e os seis plasmídeos com os restantes genes da estirpe 2 do vírus da gripe.4- Os genes introduzidos nos plasmídeos levam as células animais a produzir partículas virais da nova estirpe de vírus da gripe.
Fonte: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (http://www3.niaid.nih.gov/)
Obrigada, e boa semana!Profa. Alessandra