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Logo nos primeiro dias de aula fomos surpreendidos por um barulho alto, que estava próximo a nossa janela, era uma sirene, que vinha de um objeto diferente: Uma lanterna-rádio- sirene. Logo descobrimos que a Jade havia recebido esse objeto, pelo correio. Também não sabia quem havia lhe enviado este material, mas tinha um bilhetinho que dizia que ela tinha a missão de entregar ao 3º ano. E foi assim que tanto a Jade, nossa professora auxiliar, quanto a lanterna-rádio-sirene vieram parar em nossa sala. Relatório de grupo 1º semestre/2018 Turma: 3º ano Professora: Ana Paula Godoy Professora auxiliar: Jade Berzin Capozzoli Coordenadora: Lucy Ramos Torres A inteligência emocional não é o oposto da inteligência, não é o triunfo do coração sobre a cabeça, é interseção de ambas”. David Caruso.

A inteligência emocional não é o oposto da inteligência ... · As crianças foram instigadas a pensar sobre o tema anual, atribuindo diversos significados ... vendas para identificarem

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Logo nos primeiro dias de aula fomos surpreendidos por um barulho alto, que estava próximo a nossa janela, era uma sirene, que vinha de um objeto diferente: Uma lanterna-rádio-sirene. Logo descobrimos que a Jade havia recebido esse objeto, pelo correio. Também não sabia quem havia lhe enviado este material, mas tinha um bilhetinho que dizia que ela tinha a missão de entregar ao 3º ano. E foi assim que tanto a Jade, nossa professora auxiliar, quanto a lanterna-rádio-sirene vieram parar em nossa sala.

Relatório de grupo – 1º semestre/2018 Turma: 3º ano

Professora: Ana Paula Godoy

Professora auxiliar: Jade Berzin Capozzoli

Coordenadora: Lucy Ramos Torres

“A inteligência emocional não é

o oposto da inteligência, não é o

triunfo do coração sobre a

cabeça, é interseção de ambas”.

David Caruso.

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O som estridente da sirene nos trazia uma curiosidade. Por que será que alguns transportes usam a sirene? Percebemos que este som transmite a comunicação de que algo urgente está acontecendo. Assim vimos em quais situações aparece à sirene.

Instigados a pensarem em quais situações precisamos de ajuda e a sirene é acionada, os alunos trouxeram diferentes situações de perigo, ressaltando os momentos em que devem ficar perto de um adulto em locais públicos, ponderando os cuidados que devemos ter no trânsito e lembrando-se de não ficar na frente da balança.

Ao elaborar a lista de cuidados percebemos que grande parte dos acidentes ocorre por falta de atenção. Pensamos que poderíamos divulgar nossas ideias, para ajudar outras pessoas, então surgiu a possibilidade de fazermos o “Manual de Prevenção de Acidentes”.

Para ampliar o conhecimento e nos aprofundarmos no assunto, programamos uma visita ao Corpo de Bombeiros. Instigados pela curiosidade referente ao fascinante mundo destes socorristas, cada criança preparou uma pergunta e, munidos de prancheta, papel e lápis fomos fazer nossa entrevista. Além disso, levamos nosso manual para entregar aos bombeiros.

No quartel, os olhinhos dos alunos brilhavam. Além de esclarecer nossas dúvidas quanto à prevenção de acidentes, pudemos vivenciar as alegrias do imaginário infantil. Conhecemos e

entramos no caminhão e nos “transformamos” em bombeiros- mirins ao vestir o pesado uniforme, junto com o capacete e

fazer um “treinamento” escalando a longa corda.

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Também expandimos nossos limites, levando aquilo que tínhamos aprendido à população que frequenta a Lagoa do Taquaral, entregando o manual e interagindo com a comunidade. Assim, expandimos os limites de nossa esfera, indo para além do espaço escolar.

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Mas, vamos voltar à origem das discussões sobre o tema do ano. Iniciamos nossas conversas sobre “Esfera: dos limites à expansão”, partindo do micro para o macro, saindo do individual para o coletivo. No primeiro momento, vivenciamos a criança como esfera e o limite relacionado ao seu próprio mundo: o Eu.

As crianças foram instigadas a pensar sobre o tema anual, atribuindo diversos significados

à temática e pensando em possíveis formas de se trabalhar. Uma das perguntas colocadas para o grupo foi: “O que nós podemos expandir?”. E logo as

crianças começaram a participar: “A barriga nós podemos expandir com comida!”, disse João. “E a mente com ideias.”, completou Letícia B. No calor da discussão, Heitor buscou um abraço de uma das crianças, que não quis naquele momento. Em seguida, Hector se ofereceu para receber o abraço, disposto a trocar este afeto. Foi quando, a turma do terceiro ano compreendeu: “a gente pode expandir nossos corações, com amor”.

A partir das ideias levantadas pelo grupo pensamos que poderíamos “expandir a barriga” abordando a alimentação saudável, “expandir a mente” criando inventos, e “expandir o coração” através de oportunidades em falar sobre os nossos sentimentos.

Iniciamos nosso estudo investigando o que a maioria grupo costumava comer e percebemos que algumas crianças mostravam-se mais resistentes a ingerir a fruta no lanche.

Assim, combinamos que faríamos o dia da fruta. Cada criança escolheu sua fruta preferida e trouxe para partilhar com o grupo. Neste dia, as crianças participaram de diversos desafios e vivências com os órgãos do sentido, experimentando novos sabores.

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Construíram esculturas com as frutas, brincaram de roleta com o alimento e colocaram vendas para identificarem o sabor. Nesta atividade, aproveitamos até às sobras, transformando as frutas em chup- chup, cascas em adubo para a horta e comida para as galinhas.

Continuamos nos aprofundando nos hábitos alimentares, a Letícia Tunes e a Letícia

Benavente nos trouxeram livros que abordavam o assunto. Vimos a importância de beber bastante água e comer pratos coloridos. Montamos uma pirâmide alimentar, para perceber qual alimento deveríamos ingerir em maior quantidade e qual em menor quantidade.

Para nos aprofundar no assunto, recebemos a visita da Edna, a nutricionista da escola, que aproveitou o nosso estudo de pirâmide alimentar e trouxe os alimentos frescos para ilustrar nosso estudo. Foi assim que, concretamente, construímos uma nova pirâmide, deixando bem nítido aquilo que seria mais saudável.

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A nutricionista Edna, nos falou sobre a importância de ingerir alimentos integrais. Algumas

crianças não se mostraram muito satisfeitas e disseram que não gostavam. Surgiu, então, a ideia de pesquisar receitas integrais. Ao socializarmos no grupo as receitas, alguns foram percebendo que o fato de os alimentos serem integrais não os tornavam menos saborosos, além de serem mais saudáveis.

Para decidirmos, democraticamente, qual seria a culinária, fizemos uma reflexão sobre eleição. Combinamos que era importante que cada um fizesse a escolha de acordo com suas vontades e não com a vontade do outro, desta forma optamos pelo voto secreto, com a escolha de duas receitas.

O dia da culinária do cupcake foi regado a várias vivências e sentimentos, já que neste dia também fizemos duas homenagens, um “até breve” para a Laís e um “seja bem vindo” para o Miguel. Selecionamos os ingredientes necessários, fazendo as substituições de farinha de trigo, pela integral e o açúcar refinado, pelo demerara.

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As crianças colocaram a mão na massa, mediram os ingredientes, fizeram as proporções e

após assarem o bolinho, se divertiram com a cobertura, colocando os confeitos que queriam e personalizando o seu bolinho... Neste caso fomos da base, ao topo da pirâmide.

Além de expandirmos nossa reflexão sobre alimentação saudável, refletimos sobre as

brincadeiras saudáveis e também sobre a inclusão, abordando nossos sentimentos (expandindo nosso coração).

Percebemos que as brincadeiras ocorriam sempre nos mesmos grupos, sem muita abertura para novas amizades. Além disso, algumas crianças mantinham o hábito de brincar de “lutinhas”. Com o objetivo de ampliar o círculo de amizade e trazer outras opções para brincar, em algumas rodas de conversa, abordando as amizades e a ampliação de amigos novos, bem como fizemos dinâmicas que despertassem reflexões sobre o assunto.

Fizemos uma lista de brincadeiras que as crianças gostavam, trazendo possibilidades de escolha. Em equipes, as crianças, escreveram as regras da brincadeira e propomos que fossem incorporadas no dia a dia.

Pensando nos grupos de amigos que mantém a “panelinha” e mostram dificuldade para abrir para outros colegas, buscamos a expansão dos afetos e sentimentos. Conversamos sobre como a criança se sente quando é excluída, ou quando se sente pertencente ao grupo. Fizemos um trabalho a partir do livro “Mania de Explicação”, em que a autora traz significados poéticos e reflexivos para palavras de nosso cotidiano. Partindo dessa ideia, selecionamos várias palavras, junto com os alunos, que representavam a inclusão e a exclusão. Depois, cada criança escolheu uma para mostrar o significado, sob o seu ponto de vista. As frases elaboradas por eles tiveram um olhar bem especial e sensível.

“Ignorado: É quando seu coração se sente sozinho.” Lara “Amizade: É quando o Heitor gosta.” Heitor

“Bravo: É a raiva no seu corpo”. Dante “Sozinho: É quando a corda da amizade se solta.” João

“Solitário: É quando você fica para trás.” Iago “Feliz: Quando o coração passa de ano.” Nicolas

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E para expandir a mente, escolhemos fazer pequenas invenções, ou transformar objetos.

Gabriel, muito interessado em eletrônica, começou a trazer para escola diversas lanternas, com diferentes utilidades, assim como o nosso objeto disparador. O grupo ficou muito curioso em ver as possibilidades destes objetos e também desejaram produzir algo.

Unimos alguns objetivos que fazem

parte da disciplina de Ciências e propomos aos alunos o desenvolvimento de projetos com transformações de objetos e criações de inventos que poderiam auxiliar no dia a dia.

Tínhamos como objetivo desenvolver nas crianças a curiosidade em pesquisar e coletar informações. A partir da pesquisa, as crianças foram instigadas a realizar experimentos simples, transformando objetos e explorando o uso de energia.

Propomos que pesquisassem ideias em sites como o do Manual do Mundo. Os alunos, envolvidos com as possibilidades, começaram a ir além da atividade inicial, investindo em experimentos, maquetes e transformações de materiais. Em nossas rodas de conversas, ouvimos sobre o que estavam pensando em desenvolver em seus projetos, as professoras e colegas foram ampliando com ideias.

Com o apoio e o envolvimento das famílias os projetos foram chegando, recheando nossas rodas com objetos interessantes, inovadores e muita informação. As crianças iam comunicando suas descobertas de maneira oral, baseado nos objetos, bem como em seus registros escritos e esquemas. Seus interlocutores estavam bastante curiosos e indagavam com diversos questionamentos e suposições, alimentando a fala do aluno-apresentador sobre suas pesquisas e experimentações.

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Convidamos as turmas dos 2º e 4º anos para visitarem nossa sala e conhecerem nossos trabalhos. Os alunos ficaram empolgados e já começaram a “incrementar” essa apresentação com ingressos, seguranças e registros dos visitantes (com avaliação dos trabalhos). Foi um momento bastante especial, no qual pudemos exercitar a comunicação, explicando os nossos

projetos, além de lidar com diversas emoções e sentimentos.

Completando o envolvimento das famílias convidamos os pais, para que prestigiassem e

assistissem as apresentações de seus filhos. Foi um sucesso!

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O trabalho de pesquisa em sala de aula pode se tornar uma grande aliada no processo de ensino e aprendizagem. Segundo Freire (2001): “não existe pesquisa sem ensino e nem ensino sem pesquisa”. Desde muito cedo, as crianças devem ser expostas as pesquisas na construção do conhecimento com o aluno na formação crítica, criativa e inovadora.

Antes de tudo, o próprio professor deve ser um pesquisador em sua prática diária. O trabalho por projeto que a Escola do Sítio pratica, possibilita que, além do aluno, o professor também seja movido pela curiosidade no aprender e ampliar seus conhecimentos.

Na semana seguinte, pedimos que Pedro Alberto explicasse seu projeto para o grupo, ensinando o processo de construção, era uma carteira ecológica feita com cartas de baralho.

Após a explicação criamos alguns problemas, a partir da montagem da carteira. Como por exemplo, quantas cartas de baralho precisaremos para montar 3 carteiras? E para montar 5? Se montarmos 3 carteiras, quantos alunos terão que ficar em cada grupo?

Nas aulas de Artes criamos as carteiras em grupos, também fizemos as cédulas com papel colorido e introduzimos o sistema monetário.

Da mesma forma que aconteceu nesta atividade, ao longo do semestre, incluímos a Matemática em nosso dia a dia, partindo das vivências dos alunos, ajustando ao planejamento anual e conteúdos da série.

Ao propormos os problemas aos alunos entendíamos que poderia haver diferentes estratégias de resolução. Após resolver, tinha o importante momento da socialização da ideia junto ao grupo, em que um aluno ia à lousa mostrar o seu raciocínio. Percebemos que para solucionar um problema podíamos usar várias estratégias e a algoritmo era uma delas, também poderíamos usar desenhos, material concreto (dourado, ábaco), agrupamentos e até contas inversas. Pensamos... registramos... socializamos. O importante era não deixar apenas no cálculo mental. O raciocínio precisava ir para o papel, a fim de elaborar formas de comunicar o resultado.

Começamos o estudo da multiplicação fazendo relações entre a tabuada e situações práticas, contextualizadas e principalmente com

entendimento. Agrupamos nossas coleções e outros objetos, contamos em sequência, de 3 em 3, por exemplo. Combinamos elementos nas coberturas do cupcake, na salada de frutas e nas roupas. Comparamos a escrita aditiva, com a escrita multiplicativa e percebemos a utilidade da multiplicação. Fizemos algumas relações percebendo padrões na tabuada, associamos e aos poucos vamos memorizando.

Fizemos diversos levantamentos de dados, com contagens, entrevistas, pesquisas, e algumas vezes registramos em gráficos de torres e tabelas. Construirmos jogos e outros materiais com nossas

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coleções e elaboramos uma série de problemas envolvendo nossas construções. Enfim, percebemos que a Matemática está em nosso dia a dia, para isso até criamos uma palavra própria em nossa rotina a “Matemartes”, na qual juntamos os cálculos às nossas atividades artísticas.

Por falar em Artes ela estava presente em nossa rotina... Nos registros no caderno de desenhos, na qual através de olhar sensível as crianças

expressavam suas ideias e pensamentos em traços e cores. Nas atividades diversificadas, onde os alunos poderiam escolher a ordem das propostas e

o tempo em que permaneceriam em cada uma, realizando as atividades a partir de suas habilidades. Combinando diversos temas e dialogando com várias técnicas como pintura, desenho, modelagem, alinhavo e colagem.

Experimentando percursos de trabalho coletivo, como na construção de brinquedos e maquetes, usando as tampinhas e pedrinhas de nossa coleção, na qual as formas plásticas e visuais ganharam a perspectivas tridimensionais. E após a execução do projeto promovendo reflexões sobre o processo criativo.

Fazendo leituras e buscando informações sobre artistas, em suas biografias e produções.

Como com Arcimboldo em suas obras de frutas e hortaliças, em que apreciamos e expressamos através de releituras bidimensionais no papel e tridimensionais em esculturas com as frutas. Bem como, com a observação das obras de Ivan Cruz e da pintura Naif, fazendo a interdisciplinaridade, com as brincadeiras propostas nas aulas de Educação Física.

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Também aproveitamos a biografia de Arcimboldo para estudar a estruturação do texto, com a paragrafação e a identificação de sinais de pontuação. O estudo sobre a língua aconteceu em nossas aulas a partir de observações e discussões nos textos que lemos e que escrevemos, bem como com atividades que orientaram esta prática. Aos poucos colocamos em prática essas informações, deixando nossos textos mais completos e gostosos de ler.

Escrevemos vários textos criando individualmente e coletivamente, dentro e fora da sala. Até construímos livrinhos, reescrevendo e pensando na escrita correta das palavras, para que o nosso colega pudesse entender a nossa história. Este é um processo árduo, que envolve muita reflexão e exercício, assim iniciamos o trabalho de rescrita, de forma contextualizada e que irá ser ampliado ao longo do próximo semestre e do ciclo 2.

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A escrita de textos também veio complementar o nosso trabalho com o objeto disparador e criação de nossa estação de rádio. Assim que a sirene era disparada na sala, nos preparávamos para ouvir uma notícia “urgente”. Isso acontecia com os recados da nossa coordenadora Lucy, com as mensagens de outras turmas e com os recados importantes das professoras.

Pensamos que essas notícias poderiam ser gravadas e transmitidas em nossa estação de rádio. Mas para isso, primeiramente, precisavam ser registradas através de textos escritos. Durante estas escritas coletivas, trabalhamos a fragmentação das ideias em parágrafos, bem como os sinais de pontuação, além da substituição palavras repetitivas por outras palavras, ou por vírgulas.

E para gravar as notícias na rádio lemos e relemos; ouvimos o outro; aprendemos a ler coletivamente. Vimos que o silêncio é muito importante neste momento, mostra respeito ao colega e também nos ajuda a entender o texto. Aos poucos, começamos a melhorar nossa leitura, usando os sinais de pontuação e a entonação que ele sugere, também temos nos esforçado para ler mais alto e dando as pausas necessárias... Alguns alunos, espontaneamente, quiseram fazer a voz de locutor de rádio, outros gostaram da ideia e aos poucos fomos nos apropriando desta narração e transmitimos a emoção que a propaganda requer.

Ao longo do semestre refletimos muito sobre a percepção dos momentos de falar e de ouvir. Tanto nos momentos explanação dos colegas, quanto nos de explicação da professora, quanto em nossas rodas de conversa, exercitamos a concentração. Trouxemos para o grupo o compromisso com estre trabalho. Assim, se um aluno observasse que o outro não estava colaborando, utilizava nossos códigos de silêncio e solicitava a participação. A turma vem exercitando o direito de respeito ao próximo.

Tivemos diversas rodas de conversa, nas quais construímos a trajetória de nossos trabalhos de forma coletiva. As ideias dos alunos nortearam nossas propostas de maneira natural e inclusiva. Discutir e construir, coletivamente, planos e estratégias para as atividades, respeitar e valorizar a opinião dos colegas, aprender com a diversidade de ideias e conhecimentos do grupo não é uma tarefa fácil, porém muito rica. Dessa forma, os alunos foram coautores do enredo deste semestre, onde o nosso papel de professora foi adequar o planejamento anual e dirigir este caminhar.

Agora é hora de descansar, recarregar a bateria que o 2º semestre logo chegará, com a continuação deste enredo, trazendo novas descobertas.

Paula e Jade

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS TRABALHADOS NO 1º SEMESTRE: LÍNGUA PORTUGUESA LINGUAGEM ORAL • Ouvir com atenção; • Falar sem sair do assunto tratado; • Formular e responder perguntas; • Explicar e ouvir explicações; • Manifestar e acolher opiniões; • Narrar fatos considerando a temporalidade e a causalidade; • Manifestar experiências, sentimentos, ideias e opiniões de forma clara e ordenada. PRÁTICA DE LEITURA • Apreciar textos; • Ler, por si mesmo, textos cujo assunto e gêneros sejam familiares, conseguindo resgatar o

seu significado e compreender a ideia geral; • Ler, com ajuda do professor, textos de enciclopédias, informações veiculadas pela internet

e revistas; • Expor o assunto principal da leitura utilizando a língua oral e escrita; • Estabelecer relações entre o texto escrito e as imagens nele contidas; • Organizar-se no texto, ouvir com atenção a leitura do par, desenvolver o ritmo e a

entonação da pontuação. LÍNGUA ESCRITA • Conhecer as representações das letras do alfabeto imprensa maiúscula (ler e escrever),

imprensa minúscula (ler) e cursiva (ler e escrever); • Utilizar adequadamente a separabilidades e aglutinações das palavras; • Reescrever, histórias conhecidas, considerando as ideias principais do texto-fonte; • Produzir textos de autoria, utilizando recursos da linguagem escrita; • Utilizar estratégias de escrita: planejar o texto, redigir rascunhos, revisar e cuidar da

apresentação, com orientação; • Revisar o próprio texto, com ajuda, trabalhando sobre o rascunho para aprimorá-lo; • Considerar gradativamente: adequação ao gênero, coerência e coesão textual, pontuação

e ortografia. ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA • Conhecer os sinais de pontuação e gradativamente pontuar corretamente final de frase; • Pontuar os trechos que exprimem diálogos; • Usar letra maiúscula no início de frase; • Perceber algumas das regularidades ortográficas; • Reduzir erros em finais de palavras por interferência da fala; • Representar marcas de nasalidade; • Utilizar procedimentos de consulta para conhecer a escrita correta de uma palavra

(dicionário); • Substituir o uso excessivo de marcas da oralidade: “e”, “aí”, “daí”, “então”, etc. pelos sinais

de pontuação e pela introdução de conectivos mais adequados; MATEMÁTICA NÚMEROS NATURAIS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL • Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreensão das características do

sistema de numeração decimal (base, valor posicional); • Contar em escalas crescente e decrescente a partir de qualquer número (até centena); • Utilizar diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção: contagem,

pareamento, estimativa e correspondência de agrupamento; • Utilizar calculadora para produzir e comparar escritas numéricas. OPERAÇÕES

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• Analisar, interpretar e resolver situações-problema envolvendo a adição, subtração, multiplicação e divisão;

• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para a realização dos cálculos; • Utilizar estimativas para avaliar a adequação do resultado; • Calcular resultados de multiplicação por meio de estratégias pessoais; • Utilizar sinais convencionais na escrita das operações. ESPAÇO E FORMA: • Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, identificando formas bi e

tridimensionais; • Dimensionar espaços, percebendo relações de tamanho e forma; GRANDEZAS E MEDIDAS: • Utilizar procedimentos para comparar, entre si, grandezas como comprimento, massa ou

capacidade utilizando estratégias pessoais; • Relacionar a ação de medir e comparar; • Usar o sistema monetário brasileiro; • Realizar possíveis trocas entre cédulas e moedas em razão de seus valores; • Resolver situações-problema que envolvam a identificação do valor de cédulas e moedas

do sistema monetário; • Identificar e relacionar unidades de tempo – dia, semana, mês, bimestre, semestre e ano. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: • Coletar e organizar informações criando registros pessoais; • Ler e interpretar dados apresentados por meio de tabela simples e gráficos de torres; CIÊNCIAS NATURAIS • Construir atitude investigativa sobre o meio ambiente e a relação com a natureza no dia a

dia; • Estabelecer relações entre características e comportamentos dos seres vivos e condições

do ambiente em que vivem, valorizando a diversidade da vida; • Utilizar características de seres vivos para elaborar classificações; • Realizar experimentos simples sobre os materiais e objetos do ambiente para investigar

características e propriedades dos materiais e de algumas formas de energia; • Formular perguntas e suposições sobre o assunto em estudo; • Buscar e coletar informações por meio de observação direta e indireta, experimentação,

interpretação de imagens e textos selecionados; • Organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, esquemas, listas e

pequenos textos, sob orientação do professor; • Comunicar de modo oral, escrito e por meio de desenhos, perguntas, suposições, dados e

conclusões, respeitando as diferentes opiniões e utilizando as informações obtidas para justificar suas ideias;

• Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimentação e à higiene pessoal, desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com o próprio corpo e com os espaços que habita.

HISTÓRIA E GEOGRAFIA • Comparar acontecimentos/ objetos no tempo; • Conhecer alguns documentos históricos e fontes de informações; • Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio em que

vivem, evitando o desperdício e percebendo os cuidados que se deve ter na preservação e na manutenção da natureza;

• Explorar mapas e globo terrestre considerando características da linguagem cartográfica; • Leitura inicial de mapas políticos, atlas e globo terrestre. • Ampliar a capacidade de observar o seu entorno saindo do micro para o macro (escola,

rua, bairro, distrito, cidade...).

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ARTES • Expressar suas ideias e sentimentos através da arte, ampliando assim sua capacidade de

olhar sensível; • Experimentar materiais diversos combinados de diferentes formas relacionados às

linguagens pintura, desenho e colagem; • Experimentar percursos de trabalho individual e coletivo, promovendo reflexões sobre o

processo criativo; • Dialogar sobre descobertas estéticas relacionadas ao projeto; • Construir formas plásticas e visuais (perspectivas: bidimensional e tridimensionais –

brinquedos, maquetes); • Ler e discutir os textos e informações orais ou escritas sobre artistas, suas biografias e

produções de diferentes povos, culturas, etnias em tempos e contextos diversos; • Realizar releituras de obras de arte a partir da apreciação e de uma proposta; • Ampliar o vocabulário e enriquecer experiências.