A Joaninha e o João Ratão

Adaptada da História da Carochinha e o João Ratão de Luísa Ducla Soares

Agrupamento de Escolas Monsenhor Elísio Araújo

Jardim de Infância do Pico de Regalados

Fevereiro 2011

Escreveu e adaptou aEducadora de Infância: Olga Azevedo

Ilustraram:Patrícia Fernandes (Carochinha, Espada)

Margarida Esteves (João Ratão)Diogo Lopes (Galo, Cão, For)Bárbara Fernandes (Boi, Euro)Pedro Dong Mo (Banco)Maria Lopes (Rei)

Marta Gonçalves (Porco)

Joana Araújo (Igreja, colar)

Beatriz Afonso (Garfo)

Ana Margarida Costa (Vassoura)Francisco Arantes (Sopa)

Quando varria a cozinha,

encontrou um euro,

a Joaninha.

- Encontrei um euro! Vou-me

casar!

Diz alegre a Joaninha:

- Antes de ir para a janela,

vou pôr enfeites,

para ser mais bela.

 

“Quem Quer, Quem Quer,

Casar com a Joaninha?

Que é vaidosa mas muito

bonitinha?”

Passou o porco:

- Ronc, ronc, ronc! Quero

eu, quero eu!

- Que comes tu?

- O que calhar.

- Arreda porco que eu não

te quero, melhor marido

que tu espero.

 

“Quem Quer, Quem Quer,

Casar com a Joaninha?

Que é vaidosa mas muito

bonitinha?”

Passou o cão:

- Ão, ão, ão! Quero eu,

quero eu!

- Que comes tu?

- O que calhar.

- Arreda cão que eu

não te quero, melhor

marido que tu

espero.

 

“Quem Quer, Quem Quer,

Casar com a Joaninha?

Que é vaidosa mas muito

bonitinha?”

Passou o galo:

- Cocorocó! Quero

eu, quero eu!

- Que comes tu?

- O que calhar.

- Arreda galo que

eu não te quero,

melhor marido

que tu espero.

 

“Quem Quer, Quem Quer,

Casar com a Joaninha?

Que é vaidosa mas muito

bonitinha?”

Passou o boi:

- Muuuuuu! Quero eu,

quero eu!

- Que comes tu?

- O que calhar.

- Arreda boi que eu

não te quero, melhor

marido que tu espero.

 

“Quem Quer, Quem Quer,

Casar com a Joaninha?

Que é vaidosa mas muito

bonitinha?”

Passou o rato:

- Ih, ih, ih! Quero

eu, quero eu!

- Que comes tu?

- Só um bom jantar.

- A ti rato, a ti eu

quero, melhor

marido, já não

espero!

Lá se casaram aqueles dois, mas o pior, veio depois!

Domingo à tarde foram passear, mas a Joaninha

esqueceu o colar.

- Esqueci o Colar! O que não dirão? Vai-mo buscar,

por favor, João Ratão.

Voltou a casa o

João Ratão.

Cheirou-lhe a

chouriço,

no caldeirão.

Muito guloso,

deitou-lhe a mão.

Caiu na sopa!

-Ai que aflição!

A Joaninha bem que esperou

Mas o maroto não mais voltou.

- Ai o maroto do João Ratão,

que me deixou à espera há um tempão.

Vou procurar no quarto e no salão

Vou à cozinha ao caldeirão.

- Ai o meu João Ratão, cozido morreu no caldeirão!

A triste esposa pôs-se

a chorar e todos à volta

foram perguntar:

- Oh Joaninha que

aconteceu?

- O meu João Ratão

cozido morreu!

- Ai que desgraça, que

grande azar!

E todos foram chorar.

Disse o banco:- Ai que desgraça, que grande azar, vou-me quebrar.

Disse o garfo:- Ai que desgraça, que grande azar, vou-me espetar.

Disse a porta:- Ai que desgraça, que grande azar, vou-me fechar.

Disse o Rei que ia a passar:- Ai que desgraça, que grande azar! Vê se a minha espada te pode salvar.

O Rei pôs

a espada

no caldeirão

e por lá subiu

o João Ratão:

- Que boa sopa,

estou contente,

só é pena não estar quente.

- Dá-me um abraço, minha Joaninha.

E fazemos um baile aqui na cozinha.

FIM

FIM