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Organização: Alcemir de Souza Aires Ilustrações: Jonilson Lima de Souza A o l o o a t V d n A o l o o a t V d n o Clube do Pesquisador Mirim - Grupo Aves da Amazônia 1 Semestre de 1999 Revis a t

A l t o - Museu Paraense Emílio Goeldieva.museu-goeldi.br/educacao/matdidatico/voandoalto.pdfREPORTAGEM, PESQUISA E TEXTO Isabela Lima, Flávia Cortêz, Mariah Aleixo, Victor Costa

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Organização: Alcemir de Souza Aires

Ilustrações: Jonilson Lima de Souza

A olooa tV d n A olooa tV d noClube do Pesquisador Mirim - Grupo Aves da Amazônia 1 Semestre de 1999

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Diretora Geral do MPEGAdélia de Oliveira Rodrigues

Diretor de PesquisaPeter Mann de Toledo

Diretora de Difusão CientíficaHelena Andrade da Silveira

Chefe do Departamento de MuseologiaAntonio Carlos Lobo Soares

Chefe do Serviço de Educação e Extensão CulturalLuiz Fernando Fagury Videira

Coordenador do Clube do Pesquisador MirimLuiz FernandoFagury Videira

Instrutor do Grupo Aves da AmazôniaAlcemir de Souza Aires

Expediente

EDIÇÃOClube do Pesquisador Mirim - Grupo “Aves da Amazônia”

Clube do Pesquisador Mirim/Grupo Aves da Amazônia02 Semestre de 1999

PESQUISA E TEXTOArthur Aragão, Camillo Gusmão, César Borges, Diana Azevedo, Fernando Câmara, Fernando Cabezas,

Francisco Emídio Santos, Gionaylke Abreu, Henrique Lima, Júlia Borges, Laríssa Aragão, Lorena Oshikiri, Maíra Melo, Paula Bastos, Thiago Listo, Túlio César, Wander Silva.

ILUSTRAÇÕESJonilson Lima de Souza

APOIO CIENTÍFICOaDr. Peter Toledo-DEL, Dra. M Luiza V. Marceliano-DZO, Rubem Moura-DCH.

COLABORAÇÃOPaulo Castro e Esmeraldo Aguiar - SPZ/DAD

Filomena Secco, Luiz Videira, Hilma Guedes e Edileusa Silva - SEC/DMUGustavo Lynch - AJUR/DIR

Sônia Moraes - SCS

REVISÃOIsabel Videira

REVISTA:

REPORTAGEM, PESQUISA E TEXTOIsabela Lima, Flávia Cortêz, Mariah Aleixo, Victor Costa

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Pág. Nossas experiências.0 Veja o que o Grupo “Aves da Amazônia” fez no 1 semestre de 99.

Págs. O que é o Clube do Pesquisador Mirim ? Saiba como ingressar no clube.

Págs. Conhecendo as aves. Veja que elas não tem dentes, porém seus bicos são fortes.

Págs. Aves... Parentes dos dinossauros ?Leia a entrevista com o Dr. Peter Toledo, paleontólogo do MPEG..

Pág. Os índios e os animais da Amazônia. Os índios não querem as aves apenas para fazer cocar..

Págs. O Ornitólogo.Leia o comentário da Dra. Ma Luiza Marceliano, ornitóloga do MPEG

Págs. As aves do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.Conheça como são tratadas.

Págs. Lendas.Escolhemos duas para você conhecer.

Págs. Passatempos.Brinque e aprenda um pouco mais.

Pág. Jogo da Memória.Recorte e monte o seu.

EditorialO Grupo Aves da Amazônia do Clube do Pesquisador Mirim, durante quatro meses de estudos e pesquisas, decidiu elaborar esta revista e um kit-Aves, como forma de apresentar ao público o que de interessante existe no maravilhoso mundo das aves. "A revista Voando Alto" é sem dúvida uma aventura cheia de curiosidades importantes sobre nossas amigas voadoras.

Aqui, você saberá de onde as aves se originaram, conhecerá os especialistas em aves que são os ornitólogos, e também como os índios utilizam os animais no seu dia-a-dia, além de outras novidades que você com toda certeza irá "voar alto" junto conosco.

Desejamos a todos uma boa leitura.

Assinado: Alcemir de Souza Aires

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Arthur Moraes Lustosa Aragão, Camillo Carneiro Gusmão, César Murilo do Nascimento Borges, Diana Aleixo Azevedo, Fernando Luiz Panarra das Neves Câmara, Fernando Silva Cabezas, Flávia Celeira Cortêz, Francisco Emídio Contente Pereira dos Santos, Gionaylke da Silva Abreu, Henrique Ubirajara Trindade de Lima, Isabela Coelho Lima, Júlia Bastos Borges, Laríssa Moraes Lustosa Aragão, Lorena Aisa Oshikiri, Maíra Cardoso Figueira de Melo, Mariah Torres Aleixo, Paula Alcântara Bastos, Thiago Luis Alves Listo, Túlio Vieira César, Victor Pitman Costa, Wander Ricardo Quadros Silva.

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O grupo "Aves da Amazônia" do Clube do Pesquisador Mirim, durante esses, quatro meses de pesquisa, teve contato com pesquisadores das áreas de Zoologia, Ecologia, Ciências Humanas e técnicos do setor de veterinária do Museu Goeldi.

Os trabalhos foram desenvolvidos no Parque do Museu, além de visitas às coleções didáticas e científicas, de pesquisas bibliográficas na Biblioteca Clara Maria Galvão; e seminários nos quais eram apresentados os resultados dos nossos trabalhos.

Tivemos a oportunidade de aprender muitas coisas sobre as aves da Amazônia, principalmente as aves que pudemos observar de perto aqui no Parque do Museu Goeldi, em relação ao comportamento, alimentação, reprodução e etc...

Esta experiência valeu a pena, pois passamos a conhecer um pouco mais sobre as aves e perceber o importante papel que elas têm na natureza, e a partir deste conhecimento adquirido, passamos a valorizar ainda mais essas nossas amigas de belas plumagens.

Assinado: Pesquisadores Mirins do Grupo "Aves da Amazônia”

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O que é o Clube do Pesquisador Mirim ?entrevista Luiz Videira, Coordenador do CPM.

- Clube do pesquisador Mirim, o que isto significa?Luiz - É um projeto do Serviço de Educação do Museu, que tem como principal objetivo estimular estudantes para o interesse pelas ciências.

- Há quanto tempo existe o Clube ?Luiz - O Clube surgiu em 87 inicialmente com o nome de Clube de Ciências. Depois foi extinto devido a redução da equipe que trabalhava no SEC, por falta de recursos e local para se realizarem os encontros, pois o prédio estava para desabar. Em 89 levei à frente o Grupo de Estudos da Natureza, que funcionou naquele ano com duas turmas, com os mesmos objetivos do Clube atual. Em 97, já com o nome de Clube do Pesquisador Mirim retornamos com toda a força. Assim podemos dizer que o Clube existe há 12 anos.

- Quem pode participar do Clube e qual o tempo de duração do trabalho?Luiz - Qualquer estudante de 3 a 8 série pode participar, e cada Grupo dura cerca de quatro meses.

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V.A. - O trabalho realizado no Clube é igual ao de sala de aula ?Luiz - Não. No Clube os integrantes têm uma certa liberdade para realizar suas pesquisas, têm a oportunidade de realizar observações, contatar com pesquisadores, fazer excursões, discutir em grupo e apresentar os resultados de seu trabalho de várias formas, como através de cartilhas, jogos, kits, teatro, vídeos e outras coisas mais.

- Quantos grupos são oferecidos por semestre? Luiz - Seis grupos.

- São sempre os mesmos temas ?Luiz- Não. A cada semestre oferecemos novos temas relacionados às áreas de pesquisa do MPEG ou a outros, como arte e meio ambiente, turismo, e etc.

- Cite alguns assuntos que já foram pesquisados no CPMLuíz - Relações entre Seres Vivos, Arqueologia na Amazônia, Mamíferos do Parque, Cultura Amazônica, Peixes da Amazônia, Brinquedos Indígenas e Caboclos, Conhecendo as Borboletas Dia- a- Dia do Zoobotânico, Habitações Amazônicas, Desenvolvimento dos Anfíbios, e muito mais.

- Os trabalhos são feitos sempre no Parque do MPEG ?

Luíz - Não. Dependendo do assunto e da necessidade, os grupos podem realizar seus trabalhos em outras instituições, como no Campus do MPEG, na EMBRAPA, nas ruínas do Murutucu, em áreas de manguezais, em feiras, praças e até entrevistando pessoas nas ruas de Belém.

- Você acha que os Integrantes conseguem aprender alguma coisa? Luiz - Claro. A prova é que a maioria dos pesquisadores mirins, assim que termina o semestre, já fica na expectativa para se matricular no próximo.

- O que é necessário para ingressar no Clube ? Luíz - Procurar o Serviço de Educação nos meses de março e agosto, quando ocorrem as inscrições e a seleção.

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As aves são animais vertebrados, ou seja possuem a coluna vertebral, elas têm penas que ajudam a regular sua temperatura, na maioria das aves as penas são lubrificadas pela secreção de uma glândula de gordura localizada acima da cloaca, bastante desenvolvida nas aves aquáticas, que serve para não deixar molhar a plumagem.Seus ossos são leves e ocos, mas cheios de ar, que proporcionam leveza ao vôo, porém nem todas as aves voam, como é o caso da ema, pingüim, avestruz, dentre outras.

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As aves não têm dentes, porém, possuem bicos que podem atingir tamanhos variados em relação ao corpo, como nos tucanos e beija flores, e apresentam várias formas: como pequenos e largos, em aves que comem Insetos; fortes e em forma de cones, em aves que se alimentam de grãos; serrilhados, em patos e marrecas; afiados e em forma de gancho, em gaviões e corujas; fortes e recurvados, como os das araras, que são usados para quebrar sementes.

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Elas põem ovos por isso são classificadas de ovíparas, constróem seus ninhos em árvores, na superfície do solo, em rochas e etc... Algumas espécies elaboram seus ninhos de forma bem caprichada, como é o caso do Japím, João-de-barro e outros.

Na Amazônia existem aves de todos os tamanhos e cores, desde os pequenos beija-flores até o majestoso gavião real, as aves amazônicas se destacam também pelo colorido de sua plumagem.

O índio amazônico utiliza as aves de várias maneiras: como animal de estimação e também usando suas penas para enfeitar, seus adornos.

A voz das aves é proporcionada por um órgão vocal que ajuda no seu canto, é chamado de siringe, por isso é que podemos escutar belos cânticos dos nossos pássaros por aí a fora..

As aves representam papel de destaque no equilíbrio biológico, pela diversidade de sua alimentação caçam insetos, roedores e ervas daninhas e outras pragas. São também importantes dispersores de sementes.

Então, observe mais atentamente as aves, suas cores variadas, os tipos de bicos, pés e escute o canto dessas nossas amigas voadoras, você se sentirá bem mais feliz.

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Quando o meteorito caiu na terra, houve uma grande

mudança no clima e nos ecossistemas terrestres, como

os dinossauros ficavam no topo da cadeia alimentar

eles ficaram mais vulneráveis à extinção.

Os dinossauros se extinguiram há mais de 65 milhões

de anos; as aves são consideradas parentes mais

próximos dos dinossauros que sobreviveram até os

dias de hoje. O compsognathus foi o dinossauro que

evoluiu até chegar ao archaeopteryx, primeira, ave

cientificamente pré-histórica.

Será que podemos dizer que as aves

são dinossauros com penas?

Dr. Peter Toledo, paleontólogo do Museu Goeldi, responde que sim. à nossa reportagem, sobre o parentesco das aves com os dinossauros. Veja matéria abaixo.

AVES

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Cientistas chegaram à conclusão de que o archaeopteryx era uma ave, através de exemplares encontrados, e viram impressões de penas deixadas nas rochas. Tinha em média 30 centímetros, era bípede e possuia dentes afiados por isso era carnívoro.

O archaeopteryx foi extinto há aproximadamente 150 milhões de anos. Existem apenas cinco exemplares fósseis de archaeopteryx no mundo.

Um fóssil do archaeopteryx pode custar em torno de 500 mil dólares e esses fósseis são encontrados na Alemanha.

Então, quando você ouvir falar por aí que as aves são dinossauros com penas, pode acreditar que é verdade.

"Aves não são apenas parentes dos dinossauros, elas são dinossauros” acreditam alguns cientistas americanos.

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Para os índios a relação com todos os elementos da natureza é muito especial, principalmente com os animais. As mulheres índias podem dar de mamar para o seu neném e ao mesmo tempo amamentar um filhote de macaco, porque para elas são dois bebês com vontade de se alimentar.Os índios de um modo em geral, têm em alguns animais o que eles chamam de "animais tabu”, como, Capivara, jacaré, garça, arara, papagaio, gavião, etc... isto é, eles não comem a carne destes animais, pois acreditam que se comerem poderão adoecer ou morrer.

Os índios usam as penas das aves em seu estado natural ou modificadas pelo processo de corte, tapiragem e etc. .. para confeccionar seus belíssímos enfeites usados em rituais. Com as penas são preparados: cocares, colares, tangas, brincos, pulseiras etc ... e até mesmo para decorar seus arcos e flechas.

Tapiragem. O que é isto ? A tapiragem é o processo de modificação da coloração das penas das aves, utilizado pelos índios da Amazônia, norte do Mato Grosso, e Venezuela, para a confecção de adereços. A tapiragem consiste na retirada das penas das asas e da cauda dos psitacídeos (papagaios e araras) na época da muda, depois esfrega-se no local onde foi extraída a pena, uma mistura gordurosa feita de elementos de origem vegetal e animal e ou fazendo com que as aves comam alimentos especiais. - Carne e gordura de peixes como: pirarucu e pirarara;- Ovos de tartarugas;- Secreções leitosas da pele e sangue de sapos e rãs;- Seivas, sementes e raízes de vários tipos de açafrão e do urucum. As penas depois do tratamento, nascem da cor amarelo marmoreado de vermelho, sem a mistura com azul ou verde que possuem. A preferência pelas penas de cor amarela é devido a sua raridade, sendo escolhidas para compor vários artefatos plumário

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a A Dra. M Luiza Videira Marceliano, ornitóloga do Museu Goeldi, comenta sobre o estudo das aves. Leia a matéria abaixo:

O estudioso das aves pode ser um cientista, ou um biólogo amador.Para se tornar um ornitólogo é necessário seguir a carreira de Biologia (estudo da vida), área de Zoologia (estudo dos animais), e especializar-se no estudo das Aves com entusiasmo.

Existem equipamentos e técnicas que facilitam a observação e o estudo das aves no campo e no laboratório. O conteúdo da mochila de um ornitólogo dependerá da excursão planejada. Em geral, o caderno de notas, os binóculos, a câmara fotográfica e os guias de campo são materiais necessários para a observação e identificação das aves. O mais importante, é ir ao encontro desses animais com curiosidade, prazer e sobretudo respeito.

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A extinção constitui um fenômeno natural da evolução e do processo de seleção natural das espécies, porém, a ação do homem apressa a extinção, muitas vezes pela destruição do ambiente natural e a caça predatória, sendo que as aves são especialmente vulneráveis a esses fatores. O que devemos estabelecer são regras e meios de fiscalizar para que sejam cumpridas e conter os fatores de destruição da natureza.

Tenho um carinho todo especial pelas aves de modo geral. Fico encantada! com as cores e o vôo característico dos beija-flores; o canto melodioso do uirapuru, do canário, do curió, do sabia, e de tantas outras aves canoras; a elegância das garças e de outras aves aquáticas; a diversidade de formas de ninhos e de ovos, como os do ferreirinho, do japim, do joão-de-barro; a maneira de pescar do martim-pescador e do biguá e também com as características, anatômicas da cigana e a grande habilidade de locomoção de seus filhotes na vegetação próxima ao ninho. Quando esses filhotes estão em perigo, jogam-se na água, nadam e retornam ao ninho auxiliados pelo bico, pés e pelas garras funcionais das asas.

Existem muitos motivos para se gostar das aves, que as tornam mais interessantes ao estudo das espécies.

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No Parque do Museu Goeldi, só há animais da Amazônia, destacamos várias aves, algumas por estarem ameaçadas de extinção como é o caso da ararajuba, gavião- real, arara azul, guará, etc. Outras, pela sua coloração, pelo belíssimo canto que elas nos oferecem e também por sua elegância. Sem dúvida nenhuma, conhecer de perto essas aves é muito importante para todos aqueles que visitam o Parque. Existem ainda, aquelas aves que vivem soltas, que vêm de outros locais a fim de se alimentarem e construir seus ninhos ou se abrigarem nesse pedacinho da Amazônia, que fica bem no centro da cidade de Belém. Quando você visitar o Parque observe mais atentamente todos os animais que nele moram.

Vale a pena conferir !

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No Parque do Museu Goeldi, a equipe que trabalha no setor de fauna tem vários cuidados com todos os animais, especialmente com as aves. O tratamento mais comum é o de manejo alimentar e sanitário, que se procura estudar e prescrever dietas apropriadas, evitando assim a desnutrição e competição alimentar, sendo a saúde estabelecida por uma dieta correta e mantida com o controle sanitário através de exames periódicos em todas as espécies que vivem em cativeiros.

As aves do Parque alimentam-se de vários tipos de frutas, verduras, legumes, carne vermelha e branca, camarão, pão, sementes, ovos e ração. A alimentação é diária, com exceção das aves carnívoras, sendo que cada grupo de animais recebe sua dieta alimentar especifica.

Os psitacídeos (papagaios, araras, Jandaias, etc.) recebem em sua dieta alimentar frutas, verduras, legumes, ração, ovos, sementes e alguns alimentos que são retirados do Parque.

O urubu-rei e o gavião real recebem carne e rato branco em dias alternados.

As aves aquáticas recebem camarão, peixe, carne, ovo, ração e pãomolhado.

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No Parque encontramos algumas aves ameaçadas de extinção, como é o caso do gavião-real, do guará, da ararajuba e da arara azul, que estão desaparecendo devido a destruição do seu habitat e da caça ilegal dessas espécies. O Parque do Museu Goeldi é um lugar onde se tenta reproduzir espécies ameaçadas de extinção, como as citadas acima. Devemos nos preocupar com esta situação, pois talvez chegará um dia que só conseguiremos observar tais animais através de fotografias, filmes ou animais empalhados, o que seria uma pena porque algumas aves nos encantam através de seus maravilhosos cantos e são úteis à natureza.

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Lenda do beija-florLenda do beija-flor

Era a festa da primavera no mundo das aves, todos os representantes alados foram ao palácio dos beija-flores onde a festa ia ser realizado o festival.

Como festa popular lá estavam desde o ferreiro, o alfaiate, o músico, o forneiro até, altos personagens como o cardeal, o juíz do mato, o juiz de paz o capitão de bigodes.Os cantores mais importantes lá compareceram com suas vozes prontos para participar da grande festança nos jardins da residência dos beija-flores Viam-se já afinando os gorgeios o sabiá, a cigarra e o azulão; lá estavam muitas festeiras, a Maria-branca, a Maria-cavaleira, a Maria-faceira, e outras.

O dançador ensaiava os passos, papagaios já tinham iniciado a conversa, quando o brigão do bentevi com ar de espadachim, pediu silêncio; chegava o urubu-rei, majestoso, com a imponência de um diplomata, em companhia do cardeal.

Nenhuma ave deixou de levar sua contribuição para a festa, todas as frutas das regiões vizinhas, as mais belas flores da estação saltavam seus perfumes, a festa estava animada com um lindo programa de canções populares, que agradava a todos menos os filhinhos da senhora beija-flor, esses pirralhinhos muito gulosos, aproveitaram quando todos estavam distraídos, foram até a mesa do banquete e comeram toda a sobremesa; mamãe beija-flor foi pé ante pé e pegou seus filhinhos com a boca na botija.

Dona beija-flor colocou seus filhos de castigo, mandou que eles fossem corrigir o erro imediatamente, eles saíram como um raio, é por isso que ainda os vemos em busca de néctar, rápidos e apressados na sua eterna correria.

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Lenda da EmaLenda da Ema

A ema e o sapo se encontraram, depois dos cumprimentos, a ema perguntou ao sapo se ele já tinha observado a velocidade de sua corrida.O sapo muito esperto disse que sim, porém falou que ema não era capaz de vencê-lo na corrida. - Quem, você ! eu não corro amigo sapo, eu vôo.- É, não custa nada experimentar, dona ema. - Mas compadre, você saltando com as suas perninhas e eu correndo com as minhas pernas grandes e ainda ajudada pelas minhas asas, assim não tem nem combate.- Não importa eu te ganharei na corrida, insistia o sapo.- Apostas ?- É claro que sim todas as minhas jóias dona ema.- Aceito, mas é um roubo o que eu vou praticar.Escolheram, então um campo grande, muito próprio para corridas, e uma cumbuca para marcar a linha de chegada. O sapo muito esperto, foi avisar os seus amigos da aposta, e reuniu companheiros parecidos com ele, e os colocou ao longo da pista, ficou escondido dentro da cumbuca na linha de chegada.A ema parte voando, e por onde passa encontra um sapo saltando ao seu lado. Eram oscompanheiros do sapo que estavam espalhados pelo caminho, para tapear a ema durante a corrida.A ema ao chegar na reta final, já encontra o sapo, que grita de dentro da cumbuca.- Alto lá dona ema cheguei primeiro.E assim a ema foi enganada.

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CAÇA-PALAVRAS DAS AVES

Procure no diagrama abaixo

o nome de algumas aves da

Amazônia.

Ararajuba, arara, araçari, bentevi, colhereiro, ema, garça, gavião-real,

guará, jacamim, jandaia, mutum, papagaio, pavão-do-pará, tucano, urubu-

rei.

A Y I P R T C O L H E R E I R O TR O D A G V U R O H C A E U T R OA A K L A U R A M A R A R A E A TU Q B O V R G E R R U T O T W O UG R O L I U A F I U O E U P O D FF S Ç O A B T A B U J A R A R A BO A A E O U R G T I A P J U A O ET R E M R R B O L O I S A D I T NU A O A E E M U T U M O C O A A TC P R A A I T U I L A W A I D E EA O D I L K O R D R E A M P N D VN D G H A R A Ç A R I E I R A U IO O U A U J N X M A K A M E J I AI A O Q U E A O R U V E D O R A ÇA V N A Y V K P P A O C U I A G UT A M B O T P A P A G A I O D Ç OU P R I L A P E Y A L E A Ç R A G

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Alguns animais da Amazônia estão ameaçadas de extinção

devido o desmatamento, caça ilegal e etc...Preencha a

cruzadinha com os nomes de algumas aves que estão em

perigo.

Ararajuba, arara azul, colhereiro, guará, gavião-real, galo-da-serra, jacu, mutum,

uirapuru.

A

R

A

R

A

J

U

B

A

-

--

-

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Instruções: Recorte as peças e monte o seu jogo da memória das aves da

Amazônia. Para ficar mais resistente cole as cartelas em uma

cartolina ou papelão.

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Manifesto pró-AvesEssas atitudes não podem ocorrer...

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Resolução dos passatemposResolução dos passatempos

Cruzadinhas:

Caça-palavras:

A

R

A

R

A

J

U

B

A

-

--

-

A Y I P R T C O L H E R E I R O TR O D A G V U R O H C A E U T R OA A K L A U R A M A R A R A E A TU Q B O V R G E R R U T O T W O UG R O L I U A F I U O E U P O D FF S Ç O A B T A B U J A R A R A BO A A E O U R G T I A P J U A O ET R E M R R B O L O I S A D I T NU A O A E E M U T U M O C O A A TC P R A A I T U I L A W A I D E EA O D I L K O R D R E A M P N D VN D G H A R A Ç A R I E I R A U IO O U A U J N X M A K A M E J I AI A O Q U E A O R U V E D O R A ÇA V N A Y V K P P A O C U I A G UT A M B O T P A P A G A I O D Ç OU P R I L A P E Y A L E A Ç R A G

Para saber mais, consulte as seguintes Bibliografias: Guia zoológico, Álbum paracolorir Aves da Amazônia e Caça e alimentação Kayapó do MPEG, Atlas visuais-

Animais/Dinossauros, Da ema ao beija-flor-Eurico Santos.

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I R A P U R U

G V I A O R E A L

Page 27: A l t o - Museu Paraense Emílio Goeldieva.museu-goeldi.br/educacao/matdidatico/voandoalto.pdfREPORTAGEM, PESQUISA E TEXTO Isabela Lima, Flávia Cortêz, Mariah Aleixo, Victor Costa

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