A Madeira Como Material de Engenharia Naval - 1.º Caderno

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    1 Caderno 1

    INOVAO NA CONSTRUO NAVAL EMMADEIRA E SEUS COMPSITOS

    1 CADERNO - A MADEIRA COMOMATERIAL DE ENGENHARIA

    NAVAL

    SCAR MOTAEngenheiro construtor naval

    ASSOCIAO DAS INDSTRIAS MARTIMAS

    [email protected]

    apoios

    1 Caderno 2

    INOVAO NA CONSTRUO NAVAL EM MADEIRA ESEUS COMPSITOS

    1 CADERNO - A MADEIRA COMO MATERIAL DEENGENHARIA NAVAL

    NOTA DE ACTUALIZAO

    Sendo este trabalho de 2004, o pedido da sua publicao em "site"apropriado levou-nos a fazer uma rpida reviso, para tentar eliminaralgumas gralhas.

    H, porm, uma novidade que preciso assinalar: a da publicao danotvel srie de normas ISO 12215 aplicveis a embarcaes abaixo dos24m (com nfase nas embarcaes de recreio), que contm indicaesmuito teis sobre embarcaes com cascos em contraplacado e/oumoldados a frio.

    O destaque vai para a norma EN ISO 12215-3:2002 (Ed. 1) -Embarcaes pequenas. Construo do casco e escantilhes. Parte 3:Materiais: Ao, ligas de alumnio, madeira, outros materiais.

    Para projecto de embarcaes e sua construo, so do maior interesse,mesmo para embarcaes de madeira, as normas preliminares prENISO 12215-5 e prEN ISO 12215-6, embora mais complexas do que asregras elaboradas pela RINAVE.

    Quanto s listagens de normas que se encontram nos anexos 1 a 5,

    carecem de actualiza,o mas a sua alterao levar-nos-ia a umaprofunda remodelao do trabalho, que no est prevista para agora.

    scar MotaSetembro de 2006

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    1 Caderno 5

    o A montante: grande diminuio de energia na preparao dasmatrias primas (quando comparadas com o ao, alumnio ou

    plsticos); acresce que a madeira um recurso renovvel;

    o Durante a construo: no s o peso em obra menor como odesperdcio tambm muito reduzido (a construo tradicional obrigada a desaproveitar cerca de 2/3 da madeira adquirida);

    o A jusante: como o peso do casco da ordem de grandeza dosconstrudos em alumnio e em polmeros reforado com fibras (PRF),e muito inferior ao das construes em madeira tradicional ou emao, no conjunto resultam potncias propulsoras e consumos decombustvel sensivelmente menores.

    Mas o necessrio salto no projecto e na produo comea pela revisodos conceitos tradicionais sobre a madeira como material de engenharianaval, o que constitui o objectivo do 1 Caderno.

    J o 2 Caderno essencialmente prtico e de aplicao, sobretudo,pelos estaleiros navais.

    Nele acenaremos tambm s alteraes de organizao e gesto, sem

    as quais as mudanas tecnolgicas no tero lugar ou sero aproveitadasde modo muito imperfeito.

    Ter ainda a preocupao de incentivar a aplicao da normalizaonacional e internacional na indstria, e no deixaremos de acrescentar

    procedimentos simples visando, de uma forma integrada, a qualidade, oambiente e a segurana.

    scar MotaSetembro de 2004

    1 Caderno 6

    NDICE

    N Ttulo PginaPrembulo 1ndice 4

    Cap. 1 Propriedades da madeira 51.1 Propriedades fsico-qumicas 51.2 Parmetros mecnicos e ensaios 17

    Cap. 2 As colas e os preservadores 212.1 As colas 212.2 Os preservadores 24

    Cap. 3 Os compsitos 29

    3.1 Tipos de compsitos 293.2 Os contraplacados 30Cap. 4 Normalizao 36

    4.1 Normalizao da madeira 364.2 Normas para navios de madeira 49

    Cap. 5 Caractersticas mecnicas 52Cap. 6 Regulamentos e legislao 60

    6.1 Introduo 606.2 Legislao nacional 646.3 Legislao estrangeira 756.4 Regras de Sociedades de Classificao 866.5 Publicaes portuguesas interessantes 94

    Referncias 97Anexos 105

    1 Normas do IPQ sobre madeira 105

    2 Normas do IPQ sobre embarcaes 1123 Normas do IPQ sobre navios 1164 Principais normas BS sobre madeira 1195 Principais normas BS sobre embarcaes

    (small craft)123

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    1 Caderno 7

    CAPTULO 1

    PROPRIEDADES DA MADEIRAA ltima dcada assistiu a uma mudana que, sem exagero, se podeclassificar como radical, na maneira de tratar a madeira em termosestruturais.

    Nenhum regulamento poder, hoje em dia, ignorar essa evoluo, quevamos tentar expor em termos simples.

    Antes, porm, vamos recordar algumas propriedades.

    1.1. Propriedades fsico-qumicas

    1.1.1. ComposioA madeira um material poroso, anisotrpico e com irregularidadesestruturais (sobretudo ns e fibras torcidas).

    Os troncos so formados por anis concntricos, correspondendo cadaanel ao crescimento de um ano.

    Podemos considerar que a madeira ortotrpica (caso particular deanisotropia), isto , tem propriedades mecnicas independentes e nicasnas direces de 3 eixos ortogonais: longitudinal ou axial, radial etangencial.

    O eixo longitudinal paralelo s fibras, o radial perpendicular aosanis de crescimento e o tangencial perpendicular s fibras mastangencial aos anis de crescimento.

    Um corte transversal revela, com instrumentos pticos adequados, a

    existncia de clulas que se dispem longitudinalmente. Podemos dizerque as clulas so tubos com paredes perfuradas e que, aps o corte, seesvaziam do seu citoplasma, podendo ficar apenas cheias de ar ouencher-se com gua. Podem permanecer, no entanto, incluses deresina, leos e cristais (sobretudo sais de clcio).

    A parede das clulas um material compsito natural, com umanatureza fibrilar (sobretudo celulose) envolvida por um cimento

    molecular complexo, onde avulta a lenhina.1 Caderno 8

    Fig. 1/1 Eixos ortogonais da madeira

    A composio qumica molecular mdia :

    Lenhina 30%Celulose 45%

    Hemicelulose 15%Produtos solveis 5%Minerais 5%

    O que se v vista desarmada num corte transversal de um tronco, souma parte exterior ou casca e uma interior ou lenho. Neste, com maiorou menor dificuldade, distinguem-se tambm duas regies:

    o O cerne ou corao parte interior, mais dura e compacta,constituda exclusivamente por clulas mortas, em geral - mas nosempre -, com boa resistncia ao apodrecimento;

    o O borne, alburno ou smago parte exterior, com clulas vivas emortas e que nunca resistente ao apodrecimento, desde que ascondies exteriores sejam propcias.

    Quanto composio elementar podemos considerar:

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    Carbono 50%Hidrognio 6%Oxignio 43%Azoto 0,2%

    Cinzas 0,7%Entre os combustveis naturais a madeira sobressai pela elevada relaooxignio/carbono. Como se pode verificar acima, mais de 90% damadeira constituda por carbono e oxignio.

    A composio elementar varia pouco de espcie para espcie, sendomuito mais importante a variao de massa volmica.

    ANEL ANUALClaro inicial ou da PrimaveraEscuro final ou do Outono

    Medula

    N (ramo)

    Casca

    Borne

    Cerne

    Fig. 1/2 Corte num tronco de uma resinosa(pseudotuga)

    1 Caderno 10

    1.1.2. Teor de gua e massa volmica

    Para referenciar a maior ou menor quantidade de gua contida na

    madeira, preferimos falar em teor de gua (H) em vez de humidade,porque:

    o Causa alguma estranheza falar num valor da humidade superior a100%, como veremos adiante;

    o Teor de gua a designao usada na norma NP-615 (1973) "Madeiras determinao da retraco".

    Recordemos que, em relao ao ar temos, pelo menos, dois conceitos dehumidade:

    o Humidade absoluta, que a massa de vapor de gua contida numdeterminado volume de ar (habitualmente expressa em kg de H2O porm3de ar normal); no nosso clima, este valor , habitualmente, bastantemaior no Vero do que no Inverno;

    o Humidade relativa, que a relao entre a massa de vapor de guacontida num determinado volume de ar e a massa de saturao, para amesma temperatura e presso; habitualmente maior no Inverno doque no Vero; este o conceito de humidade em linguagem comum e,como bvio, no pode exceder o valor de 100%.

    J a ficha tcnica do LNETI, "Madeira para construo Humidade damadeira" (1997) usa, aparentemente, a palavra "humidade" quando noest em jogo uma definio quantitativa e a expresso "teor de gua"quando lida com valores numricos ou com a sua expresso em frmula.O mesmo sucede com outros autores.

    O teor de gua um factor importantssimo a ter em conta naresistncia mecnica da madeira, maior ou menor facilidade dedegradao, facilidade e resistncia da colagem, etc..

    expresso em percentagem, em peso, de gua em relao madeiraseca,

    H = (peso hmido peso seco) / peso seco

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    1 Caderno 15

    Figura 1.4 Distorses tpicas de tbuas, barrotes e peas redondas,devidas secagem (a retraco tangencial cerca do dobro da radial)

    1.1.3. Resistncia degradao

    Como sabemos, a madeira seca ou constantemente imersa no apodrece(a degradao da madeira imersa existe mas muitssimo lenta,podendo durar sculos).

    O ataque feito por

    o fungos (desde os bolores, aos que apresentam cogumelos deconsiderveis dimenses),

    o insectos xilfagos, sobretudo carunchos vrios,o xilfagos marinhos, que vivem na gua salgada, o que inclui

    pequenos crustceos (limnrias) e moluscos (teredo ou taredo),o bactrias, de aco muitssimo lenta.

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    A resistncia depende muito da espcie de madeira, da zona dostroncos (o borne tem, em geral, muito menos resistncia do que ocerne3), do teor de humidade, da temperatura e da ventilao.

    Secar a madeira e ventil-la so as regras de ouro. Para a ventilaoexistem responsabilidades tanto do projectista como do construtor.

    De qualquer modo, o uso de preservadores quase sempreimprescindvel, tema que desenvolveremos no pargrafo 3.2.

    1.1.4. Propriedades trmicas

    o Condutividade

    varivel entre 0,1 e 1,4 W/(m.K), o que podemos comparar com osvalores de 216 para o alumnio, 45 para o ao, 0,9 para o beto e0.036 para a l mineral.

    o Calor especfico Para a madeira seca podemos considerar, emkJ/kg.K e com t em graus K,

    c = 0,1031 + 0,00386 t

    o que daria para 200 C, 0,30 kcal/kg .

    o Difusividade trmica

    Esta caracterstica est ligada sensao de frio ou calor ao toquee a relao entre a condutividade trmica e o produto dadensidade pelo calor especfico. Um valor tpico o de 0,161 x 10 -6

    m2/s, sendo 80 vezes maior para o ao, o que no surpreender, e 4vezes maior para a l mineral, o que surpreendente. Isto quer

    dizer que a absoro de calor da massa que a rodeia , para a lmineral, 4 vezes mais rpida do que para a madeira.

    o Temperatura de ignio

    3A diferena de durabilidade entre o borne e o cerne varia de espcie paraespcie. No caso da cmbala, segundo a EN 350-2 e no respeitante resistncia aos fungos, o borne considerado no durvel e o cerne durvel a

    muito durvel. A pouca considerao por esta diferena tem tidoconsequncias dramticas em construo naval.

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    fluncia da madeira -, at atingir aproximadamente o dobro dadeformao inicial, podendo at ceder; retirando a carga, adeformao elstica imediatamente recuperada, mas dadeformao lenta apenas metade recuperada com rapidez.

    o Numa embarcao a estabilizao tem lugar num perodo da ordemdos trs meses, e em termos de clculo podemos considerar que setraduz numa reduo do mdulo de elasticidade.

    Note-se que a questo da durao das cargas tem talvez sofrido menosateno nos polmeros reforados com fibras (PRF), mas tambmmuito importante.

    1.2.2. Os sistemas de ensaiosPelo que j dissemos, no constituir surpresa existir mais que umamaneira de conduzir e apresentar os ensaios de resistncia eelasticidade:

    o Sistema que podemos chamar clssico, com ensaios realizados compequenos provetes isentos de defeitos.Uma vez que tais provetes no podiam ser considerados

    representativos das condies na obra (apesar das preocupaes enormas quanto escolha da madeira), carregava-se no coeficientede segurana, que ia de 5 a 12 em relao ruptura, contra 1,5 a 3para o ao.Note-se que, no caso deste material, o coeficiente destina-se,essencialmente, a cobrir a diferena entre as solicitaes previstase as reais, os defeitos de construo e a degradao do material

    com o tempo.o Sistema que utiliza peas para ensaios mais prximas do real.Aqui o dimensionamento feito por tenses limite, com solicitaescuidadosamente calculadas de modo a evitar a necessidade decoeficientes de segurana (no bem assim, mas pelo menos oscoeficientes so muito menores); o caso do Eurocdigo 5 (NP ENV1995-1-1:1998) e, talvez ainda mais, da BS 5268:Part 2 -Structural use of timber.

    1 Caderno 22

    No Captulo 5 desenvolveremos este tema e apresentaremos valores detenses e mdulos de elasticidade mais importantes para a madeira eoutros materiais habitualmente empregados em construo naval.

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    1 Caderno 37

    a) Resistncia ao choque O parmetro caracterstico considerado avelocidade v de propagao das tenses

    v = k (E/m)1/2

    As relaes PRF/contraplacado, alumnio/contraplacado eao/contraplacado so, respectivamente, 0,7, 1,6 e 1,6(desfavorveis, portanto, para os metais).

    b) Fadiga O contraplacado menos sensvel que os metais (no sodetectveis fenmenos de fadiga, qualquer que seja o nmero deciclos, para tenses inferiores a 30% da tenso de ruptura.

    c) Isolamento trmico bem conhecida a vantagem em relao aos

    metais. Em relao ao PRF a vantagem resulta da maior espessura (oque no verdade para a construo em sanduche).

    1 Caderno 38

    CAPTULO 4NORMALIZAO

    No pargrafo 2.2 j apresentmos os parmetros mecnicos maisimportantes da madeira e os sistemas de ensaios.

    Nos pargrafos 5.1 e 5.2 aprofundaremos estes pontos e trataremos danormalizao da madeira com base nas normas nacionais e em normaseuropeias que no tm ainda traduo, mas que sero necessariamentevertidas em breve para portugus.

    Veremos algumas normas inglesas sem correspondncia europeia, pelomenos por enquanto.

    Pelo que j dissemos fcil entender que a preparao, traduo epublicao de normas de madeira est numa fase de evoluo constantee rpida. Da tambm que algumas das consideraes sobre normasexistentes que abaixo fazemos, possam necessitar de actualizao.

    4.1. Normalizao da madeira

    4.1.1. As mudanasA ltima dcada assistiu a uma mudana que, sem exagero, se podeclassificar como radical, na maneira de tratar a madeira em termosestruturais.

    Nenhum regulamento poder, hoje em dia, ignorar essa evoluo, quevamos tentar expor em termos simples.

    Tm sido usadas, pelo menos, duas maneiras de conduzir e apresentaros ensaios de resistncia e elasticidade. Chamar-lhes-emos:

    o Sistema clssico

    o Sistema do Eurocdigo 5.

    Existem mais de 60 normas portuguesas relativas a madeira, masexcluindo algumas de reduzido interesse para o nosso trabalho, restam

    pouco menos de 50 que constam do Anexo 1.

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    1 Caderno 53

    o A elaborao de um manual do armador que, entre outras coisas,dever indicar as possveis redues de propriedades mecnicas damadeira com o calor;

    o A apresentao de uma ficha com

    Nome botnico e comercial da madeira; Densidade mdia e teor de gua correspondente; Propriedades mecnicas e normas de ensaio correspondentes; Teor de gua da madeira quando fornecida e mtodo de

    secagem.

    o No caso de materiais compsitos, vrias indicaes

    Caractersticas e requisitos das resinas e dos tecidos sintticosimpregnados;

    Compatibilidade com as madeiras utilizadas.

    Outras indicaes das normas:

    o Uma lista de 15 espcies de madeira e a sua classe de durabilidade(numerada de 1 a 4);

    o

    Requisitos para o contraplacado, embora no haja normas europeiasou ISO para definir o contraplacado martimo, como j sabemos;

    o Requisitos para o tabuado lamelado10 ( veneers) em construomoldada.

    10Tbuas com no mais de 5mm de espessura.1 Caderno 54

    CAPTULO 5CARACTERSTICAS MECNICAS

    A indicao dos parmetros mais importantes foi j includa no Captulo2.

    Nas tabelas que seguem, a vrios tipos de madeira juntmos outrosmateriais utilizados na construo de cascos: ao, liga de alumnio e PRF(escolhemos o material mais comum, o poliester reforado com fibra devidro).

    Para a madeira e derivados so indicadas trs classes de valores:

    o Os que tm indicao da norma EN 338 correspondem aos

    conceitos do Eurocdigo 5;Os que tm indicao BS 5268 correspondem aos conceitos destamesma norma;

    Os restantes correspondem a mdias de ensaios convencionais(provetes pequenos e sem defeitos), com algumas adaptaes.

    Para a madeira lamelada colada copiaram-se tambm valores de umexcelente catlogo tcnico de uma empresa francesa (Ref 10), grande

    construtora de edificaes neste tipo de material.Para aplicaes concretas, e consideradas as simplificaes aquiintroduzidas para mera apreenso dos conceitos, imprescindvel aconsulta das publicaes de origem, indicadas nas referncias.

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    1 Caderno 55

    Tabela 5.1 Tenses de ruptura e massa volmica

    N/mm2 kg/m 3

    Ma

    tr

    iapr

    ima

    Tipo

    de

    tens

    o

    Flex

    oes

    ttica

    Trac

    opara

    lelas

    fibras

    Trac

    operpendicu

    lar

    s

    fibras

    Compress

    o

    para

    lelas

    fibras

    Compress

    o

    Perpen

    dicu

    lar

    sfibras

    Cor

    tepara

    lelos

    fibras

    Massavo

    lm

    ica

    Materiais paracomparaoAo macio (1) Rotura 430 430 430 430 430 430 7830Idem Segurana 230 230 230 230 230 230Liga de Al (1) Rotura 260 260 260 260 260 260 2710Idem Segurana 125 125 125 125 125 125PRF (2) (3) Rotura 152 152 152 117 117 62 1440Idem Segurana 38 38 38 30 30 16Madeira maciaPinho bravo Viana Valor mdio

    (sem defeitos)132 2,5 57,8 565

    Pinho bravocomum, 12% teorde gua

    Valor mdio(sem defeitos)

    79 46 7,4 8,1

    Idem Valorsatisfeito por99%

    42 26,5 2,5 4,7

    Idem Segurana, ao

    ar livre

    6,9/

    5,9

    4,9/

    3,9

    1,5/

    1,3

    0,6

    Pinho bravoseleccionado,12% teor de gua

    Valor mdio(sem defeitos)

    96,0 56 8,8 9,8

    Idem Valorsatisfeito por99% (7)

    51,5 34 3,1 5,7

    Idem Segurana, ao

    ar livre

    8,8 6,4 1,5 0,8

    1 Caderno 56

    Pinho bravoselecc.do, 12%teor de gua,classe E

    Valorcaracterstico

    18 10,8 0,46 18 6,9 2,0 580

    Idem Valor mdio

    EN 338

    460

    Pinho bravoselec.do, 12% teorde gua, classeEE

    Valorcaracterstico

    35 21 0,49 24,7 7,3 3,4 610

    Idem Valor mdioEN 338

    490

    Pinho manso Valor mdio

    (sem defeitos)

    95 2,2 37 550

    Carvalho roble,alvarinho

    Idem 135 3,8 50,5 710

    Carvalho negral Idem 137 3,8 55,4 745Eucalipto comum Idem 168 4,4 63,7 850Eucaliptorostrado

    Idem 126 3,0 47,5 885

    Eucalipto comum Idem 127,5 3,4 49,1 13,7 750/

    850Casquinha(Redwood)

    Idem 69 1,7 42 1,5 400

    Casquinha(Redwood) classeT1

    Valorcaracterstico

    18 11 0,3 18 4,8 2,0 320

    Casquinha(Redwood) classe

    T1

    Valor mdioEN 338

    380

    Idem, classe SS Valorcaracterstico

    24 14 0,4 21 5,3 3,0 350

    Casquinha(Redwood)

    Valor mdioEN 338

    420

    Cmbala (Miliciaregia)

    Valor mdio(sem defeitos)

    98,5 2,1 47,3 9,0 580

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    1 Caderno 61

    deteriorada faz os papeis de molde e de alma numa construo emsanduche. Este ponto evidente por vezes esquecido.

    o Outros casos - mas j no se trata bem de revestir a madeira massim de a usar para reforar uma estrutura em PRF -, so os de

    empregar a madeira para resistir a esforos de corte onde estesforem particularmente violentos (em locais de foras muitoconcentrados, como o caso de fixes de motores e extremos devigas).

    1 Caderno 62

    CAPTULO 6

    REGULAMENTOS E LEGISLAO

    6.1. Introduo

    Vamos fazer uma introduo sobre a regulamentao das construespor temos verificado que existem alguns mal entendidos sobre aextenso do papel regulador do Estado.

    Ao contrrio do que sucede com outras reas de engenharia, existemuita relutncia, da parte dos governos em geral, em legislar sobre aparte estrutural da construo dos navios.

    Em contrapartida, existe regulamentao abundante sobre outros

    componentes da segurana: sistemas de comunicaes, meios desalvao, meios contra incndio, auxiliares de navegao e dispositivosde segurana dos trabalhadores do mar. A doutrina e os textos destaregulamentao resultam frequentemente de convenes da IMO(Organizao Martima Internacional) e da ILO (OrganizaoInternacional do trabalho).

    A recente regulamentao da Unio Europeia insere-se nesta linha, com

    diferenas que teremos ocasio de referir. s Sociedades de Classificao de Navios que, tradicionalmente, temcabido a publicao de regras visando a segurana estrutural doscascos, das instalaes de mquinas e da instalao elctrica e, nosltimos anos, a estabilidade.

    A sua autoridade principal vem-lhe do seu reconhecimento pelasseguradoras (sem seguro os navios no vo para o mar) e tambm, emlarga medida, do reconhecimento pelas autoridades governamentais. Emrelao a estas podemos dizer que o reconhecimento explicitado em leivaria muito de pas para pas (fundamentalmente consoante o seu graude desenvolvimento, mas no s), e h tambm um reconhecimentoimplcito que, na prtica, abranda muito as precaues de fiscalizao

    11

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    1 Caderno 63

    em relao aos navios classificados11. A Directiva 94/57/CE de 22 deNovembro aponta o caminho embora de forma rebuscada e, em Portugal,o Decreto-Lei n 115/96 que transpe a Directiva, no ajuda aesclarecer, bem pelo contrrio. Voltaremos ao assunto.

    A Figura 6.1 mostra o esquema habitual de classificao dos navios e dasua renovao peridica.

    Ficam, porm, de fora do sistema, os navios de dimenses relativamentepequenas, digamos abaixo dos 24m de comprimento, porquefrequentemente no so classificados. Tal sucede, essencialmente, porcausa do custo da classificao ser mais gravoso, em termos relativos,para pequenas embarcaes12.

    Aqui as Administraes tm maiores cautelas, mas tanto elas como osprojectistas socorrem-se das regras das Sociedades de Classificaopara a verificao dos escantilhes do casco.

    Para certas embarcaes o caso da pesca - abaixo dos 12m decomprimento, a nossa Administrao, e outras, houveram por bempublicar regulamentos nacionais por as regras das Sociedades deClassificao em geral no as cobrirem (se no eram classificadas, no

    valia a pena perder tempo e dinheiro a preparar as regras).

    11 O termo classificao usado para navios com o mesmo sentido dacertificao de produtos. O processo complexo porque abrange projecto,matrias primas e equipamentos e construo propriamente dita. No admira,por isso, que tenha um custo dificilmente suportvel em geral pelosarmadores dos pequenos navios. Naturalmente que h argumentos em contrrio,mas no podemos alargar-nos aqui demasiado.

    12Acresce que a segurana estrutural dos cascos , por via de regra, bastantemaior que a dos navios de maiores dimenses, sobretudo porque a resistncia aochoque (encalhes e pancadas contra o cais ou contra outros navios) sobreleva aresistncia ao mar ondoso (estamos a simplificar).

    1 Caderno 64

    Figura 6.1 Classificao de navios

    Projectode

    construo

    Aprovao

    equipamentos

    Certificado

    de

    classe

    Equipamentos

    e

    materiaispar

    a

    construo

    Equipamentose

    materiais

    aprovados

    Projecto

    aprovado

    Aprovaodoprojecto

    Fiscalizao

    daconstruo

    Regulamentos

    Inspeces

    Tcnicos

    Regulamentos

    Inspeces

    Tcnicos

    Regulamentos

    Software

    Tcnicos

    Renovaodo

    certificado

    Avariase

    repara

    es

    anteriores

    Trabalhosanterioresde

    classificaocon

    tnua

    Observaesdo

    certificadode

    classe

    Lista

    de

    reparaese

    substituies

    Fiscalizao

    da

    reparao

    Inspeces

    Regulamentos

    Tcnicos

    Regulamentos

    Inspeces

    Tcnicos

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    RefernciasNota Foram eliminadas da lista as referncias 19, 20, 22 e 85 a 89

    12 FAO/ILO/IMO Voluntary guidelines for the design,construction and equipment of small

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    1 Caderno 99

    N Autores Ttulo

    1

    Albino de Carvalho,1997 Madeiras portuguesas Estruturaanatmica, propriedades, utilizaes,Vol I e II

    2 Bureau Veritas 1963 Rglement pour la construction et laclassification des navires de pche enbois

    3 CIS Madera (Galiza) O Manual da madeira do eucalipto

    branco4 Com. Nationale pour

    le Dveloppement duBois, 1996

    Squences bois

    5 D.W. Chalmers, 1988 The properties and uses of marinestructural materials MarineStructures 1

    6 Det Norske Veritas,1970

    Rules for the construction andclassification of wooden ships

    7 Det Norske Veritas,1983

    Rules for the construction andclassification of vessels less than 15m

    8 Det Norske Veritas,1997

    Tentative rules for certification andclassification of boats

    9 Det Norske Veritas,1997

    Rules for classification of high speedand light craft

    10 Direco Geral deFlorestas, 1992

    Programa estratgico da fileira depinheiro bravo

    11 Direco Geral deFlorestas, 1992

    Programa estratgico de folhosasprodutoras de madeira nobre

    1 Caderno 100

    fishing vessels

    13 Finnish Forest

    IndustriesFederation

    Handbook of finnish plywood

    14 Garnier, Kurkowski,1991

    Russir par la qualit

    15 Grard Elbez, 2002 Le collage du bois

    16 Germanischer Lloyd,2002

    Rules for classification andconstruction Wood, wooden hulls

    17 GOUBIE Prsentation de lentreprise Boislamell coll

    18 GOUBIE Prsentation de lentreprise Boislamell coll

    21 Indstrias JOMAR Madeiras e

    Derivados

    Solues em painis tcnicos paracofragem

    23 Jean-Luc Gourmelen,Laurent Charpentier,Eric Vibart, 2002

    Le bois moderne est arriv (revistaVoiles)

    24 Jomar Solues em painis tcnicos paracofragem

    25 Jos SaporitiMachado, 1999 Madeiras de folhosas e resinosas,nomenclatura comercial (LNEC)

    26 L. Rodel,1997 Guide de la scurit contre l'incendieet l'explosion Industries du bois etde l'ameublement

    27 Legislao canadiana Small Fishing Vessels InspectionRegulations

    28 Legislao francesa Navires de pche de longueurinfrieure 12m

    pesca

    40 Legislao nacional Portaria n 356/98 de 24 de Junho

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    1 Caderno 101

    29 Legislao francesa Navires de pche de longueur gale ousuprieure 12m et infrieure 24m

    30 Legislao francesa Navires de plaisance utilisationcollective d'une longueur gale ousuprieure 10m

    31 Legislao francesa Scurit de navires Rglements del'Union Europenne

    32 Legislao nacional Decreto-Lei n 115/96 de

    33

    Legislao nacional Decreto-Lei n 96/97 de 24 de Abril Segurana das embarcaes de recreiocom casco entre 2,5 e 24m

    34 Legislao nacional Portaria n276/97 de 24 de Abril Regulamenta o DL n 96/97

    35 Legislao nacional Decreto-Lei n 248/2000 de 3 deOutubro Segurana de navios de

    pesca de comprimento igual ou superiora 24m

    36 Legislao nacional Decreto-Lei n 306/2001 de 6 deDezembro Altera o DL n 248/2000

    37 Legislao nacional Decreto-Lei n 199/98 de 10 de Julho -Segurana de navios de pesca decomprimento entre perpendicularesinferior a 12m

    38 Legislao nacional Decreto-Lei n 266/2000 de 10 deOutubro Altera o DL n 199/98

    39 Legislao nacional Decreto-Lei n 116/97 de 12 de Maio Prescries mnimas de segurana esade no trabalho a bordo de navios de

    1 Caderno 102

    g 9 JRegulamenta o DL n 116/97

    41 Legislao nacional Decreto-lei n 21/2002 de 31 de

    Janeiro Actividade martimo-turstica42 Legislao nacional Decreto-lei n 567/99 de 23 de

    Dezembro Regulamento da nutica derecreio

    43 Lina Nunes, 1998 Preservao de madeiras paraconstruo: Situao actual eperspectivas futuras

    44 Lloyd's Register ofShipping, 1983

    Rules and regulations for theclassification of yachts and small craft

    45 LNEC - Helena Cruz,Manuela Rodrigues,1997

    Humidade na madeira

    46 LNEC - Helena Cruz,

    Saporiti Machado,Manuela Rodrigues,Gilda Monteiro, 1997

    Pinho bravo para estruturas

    47 LNEC - J.E. Barreirodos Reis, ManuelaFarinha, DarioReimo, 1997

    Vocabulrio dos termos utilizados empreservao de madeira

    48 LNEC - JosSaporiti Machado,1999

    Madeiras de folhosas e resinosas,nomenclatura comercial

    49 LNEC - Lina Nunes,1998

    Preservao de madeiras paraconstruo: Situao actual eperspectivas futuras

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    NP ENV 1995-1-2:2000 (1 Edio) pp.52 - C 1150 /CT 115Eurocdigo 5: Projecto de estruturas de madeira Parte 1-2: Regrasgerais

    ANEXO 2NORMAS DO IPQ SOBRE EMBARCAES

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    1 Caderno 113

    gVerificao da resistncia ao fogoCORRESPONDNCIA: ENV 1995-1-2:1994 IDT - Preo: 42.5 EUR

    1 Caderno 114

    Q

    NP EN 526:1996 (1 Edio) pp.10

    C 680 /CT 68Embarcaes de navegao interior. Pranchas de embarque decomprimento no excedendo 8 m. Requisitos, tiposCORRESPONDNCIA: EN 526:1993 IDTPreo: 10.5 EUR

    NP EN 711:1998 (1 Edio) pp.13

    C 680 /CT 68Embarcaes de navegao interior. Balaustradas para pavimentos.Requisitos, tiposCORRESPONDNCIA: EN 711:1995 IDTPreo: 14 EUR

    NP EN 790:2000 (1 Edio) pp.11C 680 /CT 68

    Embarcaes de navegao interior Escadas inclinadas com ngulos de45 a 60 Requisitos, tiposCORRESPONDNCIA: EN 790:1994 IDTPreo: 10.5 EUR

    NP EN 929:1996 (1 Edio) pp.11C 680 /CT 68

    Embarcaes de navegao interior. Barcaas empurradas. Sistemas defixao de mastros de sinais desmontveisCORRESPONDNCIA: EN 929:1993 IDTPreo: 10.5 EUR

    NP EN 1095:2000 (1 Edio) pp.22C 420 /CT 42Arneses de convs e cabos de segurana para uso em embarcaes de

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    ANEXO 4NORMAS E PROJECTOS DE NORMAS BS SOBRE MADEIRA,

    MAIS INTERESSANTES PARA O PROJECTO ICOM

    4261:1999 VocabularyBS 5268-2:1996

    Current,Work InH d

    Structural use of timber.Code of practice for

    i ibl t d i

    138,00

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    1 Caderno 121

    BS Number Status Title Non-

    memberprice ()00/108835DC

    Current,Draft forPublicComment

    prEN 14080Timberstructures. Glued laminatedtimber. Requirements

    20,00

    00/121004DC

    Current,Draft forPublicComment

    Adhesives. Synthetic, one-part, for wood. Generalpurpose

    20,00

    01/101465DC

    CurrentDraft forPublicComment

    prEN 387Glued laminatedtimber. Large finger joints.Performance requirementsand minimum productionrequirements. prEN 391.

    Glued laminated timber.Delamination test of gluelines

    20,00

    96/105122DC

    Current,Draft forPublicComment

    prEN 12512Timberstructures. Test methods.Cyclic testing of jointsmade with mechanicalfasteners

    13,50

    BS 1088 &4079:1966

    Current,Work InHand

    Specifications for plywoodfor marine craft

    66,00

    BS1282:1999

    Current Wood preservatives.Guidance on choice, use andapplication

    36,00

    BS Current Wood preservation. 50,00

    1 Caderno 122

    Hand permissible stress design,materials and workmanship

    BS 5268-4.2:1990 Current,Propose ForConfirmation

    Structural use of timber.Fire resistance of timberstructures.Recommendations forcalculating fire resistance oftimber stud walls and joistedfloor constructions

    66,00

    BS 5268-5:1989

    Current,Confirmed

    Structural use of timber.Code of practice for thepreservative treatment ofstructural timber

    50,00

    BS5589:1989

    Current,Confirmed

    Code of practice forpreservation of timber

    80,00

    BS 6349-4:1994

    Current Maritime structures. Codeof practice for design of

    fendering and mooringsystems

    94,00

    BS6446:1997

    Current Specification formanufacture of gluedstructural components oftimber and wood basedpanels

    50,00

    BS99/711652

    Current,Draft forPublicComment

    DCSpecifications for woodscrews (metric series)

    20,00

    BS EN1194:1999

    Current Timber structures. Gluedlaminated timber. Strengthclasses and determination ofcharacteristic values

    36,00

    BS EN12490:1999

    Current Durability of wood and wood-based products.Preservative-treated solidwood Determination of the

    36,00 387:1999 Work InHand

    Large finger joints.Performance requirementsand minimum productionrequirements

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    1 Caderno 123

    wood. Determination of thepenetration and retention of

    creosote in treated woodBS EN275:1992

    Current Wood preservatives.Determination of theprotective effectivenessagainst marine borers

    50,00

    BS EN301:1992

    Current Adhesives, phenolic andaminoplastic, for load-bearing timber structures:classification andperformance requirements

    26,00

    BS EN 351-1:1996

    Current Durability of wood and wood-based products.Preservative-treated solidwood. Classification ofpreservative penetration and

    retention

    50,00

    BS EN912:2000

    Current Timber fasteners.Specifications forconnections for timber

    80,00

    BS MA 40-2:1975

    Current,Confirmed

    Specification for marineguardrails, stanchions, etc.Gates and portable guardrailsections for merchant ships(excluding passenger ships)

    20,00

    DD ENV1099:1998

    Current Plywood. Biologicaldurability. Guidance for theassessment of plywood foruse in different hazardclasses

    26,00

    DD ENV Current, Glued laminated timber. 26,00

    1 Caderno 124

    requirementsEN

    12765:2001

    Current Classification of

    thermosetting woodadhesives for non-structuralapplications

    36,00

    EN 312-5:1997

    Current Particleboards.Specifications. Requirementsfor load-bearing boards foruse in humid conditions

    36,00

    EN 312-7:1997

    Current Particleboards.Specifications. Requirementsfor heavy-duty load-bearingboards for use in humidconditions

    36,00

    EN385:1995

    Current,Work InHand

    Finger jointed structuraltimber. Performancerequirements and minimum

    production requirements

    36,00

    EN386:1995

    Current,Work InHand

    Glued laminated timber.Performance requirementsand minimum productionrequirements

    50,00

    PP7312:1998

    * Current Extracts from BritishStandards for students ofstructural design

    25,00

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    (ISO/CEN parallel enquiry)Current, Draft for PublicComment6.5013.00

    7 00/715836 DCISO/DIS 9094-2. Small craft. Fire protection.Part 2: Craft with a hull length of over 15mCurrent, Draft for

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    1 Caderno 131

    g ,Public Comment 10.0020.00

    7 00/716395 DCprEN ISO 15085. Small craft. Man-overboardprevention and recovery (ISO/DIS 15085) Current, Draft forPublic Comment 10.0020.00