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ter um olhar pós-moderno. Mas, por que não propiciar aos nossos filhos o que outrora vivenciamos? Somos responsáveis por não deixar o bicho papão tecnológico acabar com a festa. Hoje dá pra ser hippie cibernético, eremita do twitter e dom Quixote blogueiro por que não? Não dá apenas pra ficar colado na confortável cadeira giratória facebookando enquanto as crianças jogam “bolinha de gude virtual” e reclamando dos tempos que não voltam mais e daquilo que os filhos não vão vivenciar. Faça alguma coisa, seja o que for mas faça. E enquanto vivemos a doce lembrança de ter integrado um grupo de crianças que deu- se as mãos e cantou: Ciranda, Cirandinha , vamos todos cirandar... eu pergunto à você caro adulto, e agora onde está a ciranda??? CRÔNICA Eles continuam mexendo no queijo Tá bom! Sei que não tenho mais meus 12 anos, tão pouco tenho 80 como às vezes acho. De uma coisa tenho certeza: de que agora literalmente sei o que é ser a tal metamorfose ambulante, que fato desapontou o citado Bispo que, durante ato de inauguração da Igreja e registra no livro de Tombo (...) esta Igreja, mais parece um teatro (...) e ordena a construção de uma torre. Uma igreja católica sem torre por qual motivo, falta de recursos financeiros ou estariam seus construtores influenciados pela arquitetura maçônica? Solucionou-se a questão em 1904 pelas mãos do Pe. Francisco Fellipo, mas porque arrastou-se por dezoito anos a conclusão da torre? tanto cantei ao som de Raulzito, e sinceramente prefiro sê-la realmente, a ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Tá aí!Metamorfose: transformação, mudança. Isso começa em casa, hoje nossos filhos não praticam mais o “brincar”, tão pouco expressam suas vontades, estão condicionados a adormecer os anos mais sagrados de suas vidas: a infância. São tantas modernidades meros cinco anos já possuem contas em redes sociais e jogam Club penguin por horas no PC. As associações de um novo mundo como já previa Adous Huxley às novas técnicas distanciam cada vez mais a essência do Ser da sua cultura de conceitos e valores. Os valore ocidentais estão caindo e os humanos abalados. A violência fora banalizada, os escândalos se tornaram normais, crianças estão expostas a consumir todo o lixo disposto nas várias mídias e a natureza que antes era o nosso principal departamento de brinquedos está clamando por socorro. Podíamos escolher o que quiséssemos, desde o “esquibunda”, 5 pedrinhas num lago ou rio, bonecas de espiga de milho, flores com melzinho e até o balanço de pneu na árvore no fim da rua, era tudo Free, bastava a criatividade de alguns pais envolvidos no desenvolvimento psicomotor de seus filhos. Não era (made in china) era made in nature, ali tudo se transformava. Os dias de vento eram perfeitos para confecção de pipas e cata- ventos, brincadeira preferida dos finais de tarde onde se reuniam várias crianças; As árvores eram nosso maior parque de diversões. Quem de nós não sonhava em ter uma casa na árvore? E hoje não me espanto quando vejo uns moleques com suas sacolinhas catando içá, fico feliz porque isso mostra que alguma coisa ainda restou disso tudo. Infelizmente os nossos avós se foram e levaram com eles seus causos que tanto nos assombraram minutos antes de ir para a cama. Velhos tempos que não voltam mais. E a tecnologia com todo o seu poder de transformação invadiu a sociedade contemporânea e estabeleceu formas de passar o tempo, porque simplesmente nós deixamos isso acontecer. Sim as pessoas reclamam, mas se divertem manipulados por um eletrônico qualquer com grande poder de comprar uma infância, uma adolescência, uma vida. O antigo brincar e o faz de conta, tinha emoção, sentimento, espontaneidade. Era mágico, era teatro sem ser teatro. O tempo é implacável. Sim não devemos viver de passado, temos que nos adaptar as mudanças, 04 Expediente Editores: Redatores: Textos: Colaborador: Diagramação: Mathias Neo Phill (Cérebro Enlatado) Mathias Neo Phill (Cérebro Enlatado) Aline Santos Mathias Neo Célio de Abreu Robson Faria Phill (Cérebro Enlatado) “As opiniões e informações expressas nesse jornal são de responsabilidade de seus respecvos autores” Entre em contato com A MOSKA [email protected] ALINE SANTOS que as crianças com seus Não jogue este jornal em vias publicas nem na lata do lixo, repasse esse exemplar para seus amigos 05 Autorizado a reprodução desse jornal Igreja Matriz de Santo Antônio/sem Torre/Antiga loja Maçonica “É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera vida.” (Salvador Dali)

A moska 1º edição

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ter um olhar pós-moderno. Mas, por que não propiciar aos nossos filhos o que outrora vivenciamos? Somos responsáveis por não deixar o bicho papão tecnológico acabar com a festa. Hoje dá pra ser hippie cibernético, eremita do twitter e dom Quixote blogueiro por que não? Não dá apenas pra ficar colado na confortável cadeira giratória facebookando enquanto as crianças jogam “bolinha de gude virtual” e reclamando dos tempos que não voltam mais e daquilo que os filhos não vão vivenciar. Faça alguma coisa, seja o que for mas faça. E enquanto vivemos a doce lembrança de ter integrado um grupo de crianças que deu-se as mãos e cantou: Ciranda, Cirandinha , vamos todos cirandar...eu pergunto à você caro adulto, e agora onde está a ciranda???

CRÔNICA Eles continuam mexendo no queijo

Tá bom! Sei que não tenho mais meus 12 anos, tão pouco tenho 80 como às vezes acho. De uma coisa tenho certeza: de que agora literalmente sei o que é ser a tal metamorfose ambulante, que

fato desapontou o citado Bispo que, durante ato de inauguração da Igreja e registra no livro de Tombo (...) esta Igreja, mais parece um teatro (...) e ordena a construção de uma torre. Uma igreja católica sem torre por qual motivo, falta de recursos financeiros

ou estariam seus construtores influenciados pela arquitetura maçônica? Solucionou-se a questão em 1904 pelas mãos do Pe. Francisco Fellipo, mas porque arrastou-se por dezoito anos a conclusão da torre?

tanto cantei ao som de Raulzito, e sinceramente prefiro sê-la realmente, a ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Tá aí!Metamorfose: transformação, mudança. Isso começa em casa, hoje nossos filhos não praticam mais o “brincar”, tão pouco expressam suas vontades, estão condicionados a adormecer os anos mais sagrados de suas vidas: a infância. São tantas modernidades

meros cinco anos já possuem contas em redes sociais e jogam Club penguin por horas no PC. As associações de um novo mundo como já previa Adous Huxley às novas técnicas distanciam cada vez mais a essência do Ser da sua cultura de conceitos e valores. Os valore ocidentais estão caindo e os humanos abalados. A violência fora banalizada, os escândalos se tornaram normais, crianças estão expostas a consumir todo o lixo disposto nas várias mídias e a natureza que antes era o nosso principal departamento de brinquedos está clamando por socorro. Podíamos escolher o que quiséssemos, desde o “esquibunda”, 5 pedrinhas num lago ou rio, bonecas de espiga de milho, flores com melzinho e até o balanço de pneu na árvore no fim da rua, era tudo Free, bastava a criatividade de alguns pais envolvidos no desenvolvimento psicomotor de seus filhos. Não era (made in china) era made in nature, ali tudo se transformava. Os dias de vento eram perfeitos para confecção de pipas e cata-ventos, brincadeira preferida dos finais de tarde onde se reuniam várias crianças; As árvores eram nosso maior parque de diversões. Quem de nós não sonhava em ter uma casa na árvore? E hoje não me espanto quando vejo uns moleques com suas sacolinhas catando içá, fico feliz porque isso mostra que alguma coisa ainda restou disso

tudo. Infelizmente os nossos avós se foram e levaram com eles seus causos que tanto nos assombraram minutos antes de ir para a cama. Velhos tempos que não voltam mais. E a tecnologia com todo o seu poder de transformação invadiu a sociedade contemporânea e estabeleceu formas de passar o tempo, porque simplesmente nós deixamos isso acontecer. Sim as pessoas reclamam, mas se divertem manipulados por um eletrônico qualquer com grande poder de comprar uma infância, uma adolescência, uma vida. O antigo brincar e o faz de conta, tinha emoção, sentimento, espontaneidade. Era mágico, era teatro sem ser teatro. O tempo é implacável. Sim não devemos viver de passado, temos que nos adaptar as mudanças,

04

ExpedienteEditores:

Redatores:

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Colaborador:

Diagramação:

Mathias NettoPhill (Cérebro Enlatado)Mathias NettoPhill (Cérebro Enlatado)Aline Santos Mathias NettoCélio de AbreuRobson FariaPhill (Cérebro Enlatado)

“As opiniões e informações expressas nesse jornal são de responsabilidade de seus respectivos autores”

Entre em contato com A MOSKA [email protected]

ALINE SANTOS

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os

05

Autorizado a reprodução desse jornal

Igreja Matriz de Santo Antônio/sem Torre/Antiga loja Maçonica

“É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera vida.” (Salvador Dali)

Page 2: A moska 1º edição

Natividade da Serra foi fundada pelo Coronel José Lopes Figueira de Toledo, em 1853, sendo elevada à categoria de freguesia pela Lei n.º 033, de 24 de abril de 1858, com a denominação de Nossa Senhora do Rio do Peixe. Depois de perceber passagens entre anexos, elevações por atos normativos hoje é condicionada a Município pertencente a Comarca de Paraibuna. Localizado na Região Alto-Paraíba, confronta com a Serra do Mar, entre os rios Paraitinga/ Paraibuna, sendo a sede banhada pelo reservatório implantado pela

em sensoriamento remoto, Paulo Roberto Martini, chegou a uma conclusão inicial. Essa composição de rochas foi feita pelo homem. “Ainda é cedo para afirmar algo de concreto, mas estamos diante de uma construção feita por uma civilização primitiva avançada”, destaca o cientista. A descoberta traz a baila novas possibilidades para a arqueologia brasileira bem como a discussão da ocupação do território brasileiro no período pré-descobrimento. O local fica próximo a um riacho, que poucos metros a frente deságua no Rio Paraibuna. Segundo Ottoboni, duas faces do monumento estão recobertas pela mata. Numa tentativa de desvendar maiores detalhes do monumento, uma das faces acabou sendo alvo de escavações sem qualquer critério feitas pelos empregados da fazenda, incluindo a remoção de grandes pedras com o uso de tratores de esteira. A lateral da esquerda ainda não foi mexida.Entretanto, outro aspecto intrigante está nos ecos que podem ser provocados. As batidas de um vergalhão de ferro dentro dos buracos que surgiram é possível ouvir a ressonância. O efeito do som refletido numa câmara existente no interior da pirâmide. Outro fato a ser considerado é que essa região era habitada pelos índios Tamoios, que desconheciam a tecnologia empregada no corte de blocos de pedra e sequer tinham a tradição de criar monumentos neste estilo. Segundo moradores locais, outras construções semelhantes se encontram numa propriedade vizinha. Essas, porém, estão recobertas pela Mata Atlântica e o acesso é dificultado pela densa vegetação. As primeiras imagens deste monumento foram encaminhadas ao INPE

A maçonaria deve sua existência a uma confraria de pedreiros e arquitetos franceses fundada na França em 1772. Percorriam a Europa a construir Igrejas, Capelas e Catedrais retendo secretamente o conhecimento de

cálculos matemáticos utilizados em tais edificações. Os confrades nas cerimônias de iniciação, desde os tempos remotos, juravam fraternidade e auxílio á seus ‘irmãos’ em qualquer circunstância e a desenvolver atividades filantrópicas em suas comunidades. Juram, contudo, nada revelar sobre tais ritos, embora com o passar do tempo, pessoas não ligadas ao saber arquitetônico são admitidas na ‘ordem’ continuando os membros a se reunir em ‘Lojas’ e a usar o esquadro e o compasso como símbolos de sua presença. Do Vaticano, já na segunda década do século XIX, vem a proibição da permanência de simpatizantes da maçonaria em seu corpo eclesiástico. Tais segredos nos dificulta saber se em algum período da história alguns membros da Igreja Católica,

CESP, na confluência desses rios. Limita-se com os municípios de Redenção da Serra, São Luiz do Paraitinga, Ubatuba, Caraguatatuba e Paraibuna. No entanto, nunca a cidade foi tão comentada desde que foi encontrado em suas dependências um sitio arqueológico que vem intrigando pesquisadores.Acompanhando o relato do jornalista Júlio Ottoboni, soubemos que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estuda uma estrutura feita de granitos, que pode vir a ser a primeira pirâmide do Brasil. O geólogo e mestre

pelo proprietário da Fazenda Palmeiras, Carlos Frahya. As fotos chegaram no final do ano de 2003 ao pesquisador Paulo Roberto Martini. Uma surpresa enigmática, que passou a ser alvo de estudos do cientista. E como qualquer mistério, quanto mais se pesquisa maior é o crescimento das dúvidas. “A textura das pedras é diferente, principalmente em alguns locais da edificação”, comenta o geólogo.Segundo Martini, o tipo de rocha encontrada no local tem cerca de 2 bilhões de anos. Na tentativa de evitar algum aspecto meramente especulativo, o geólogo chega a uma conclusão óbvia. “Não há dúvida que aquilo é algo muito antigo e feito pelo homem”. O cientista foi buscar outras informações no Manual sobre Arqueologia Brasileira e pode constatar que o uso das rochas cristalinas pelo indígena brasileiro é desconhecido. Embora existam as edificações nas Reduções Jesuíticas, no Sul do país. “Mas lá se trata de arenitos. A típica cultura rochosa-granítica conhecida na América do Sul é a dos Incas”, observa. Outra formação encontrada na altura da entrada da estrada de Salesópolis, que liga a Rodovia dos Tamoios, no litoral norte paulista até a região metropolitana, foi identificada em pesquisas anteriores feitas pelo INPE. A descoberta desta possível pirâmide reabriu a discussão sobre a presença dos Incas no território brasileiro. Eles teriam percorrido um caminho entre os Andes e a costa atlântica, conhecido como Peabiru, assunto tratado com maestria pelo historiador parahybunense Célio Abreu. Que cultura seria essa? Por que e quando foi construída?Comente essa matéria, mande sugestões para [email protected] , encontre Amoska FanZine no Facebook.

comerciantes ou alguns Coronéis cafeicultores pertenciam ao quadro maçônico na então Santo Antônio do Parahybuna. Haveria uma ‘Loja’ nesta cidade na época da construção da Igreja Matriz? Difícil afirmar, mas alguns registros nos despertam a atenção levantando dúvidas e obrigando-nos a

de novo templo. E, em 1870, os “homens bons” da Vila organizam-se em comissões para erguer a futura Igreja. Em 1886 ficou pronta, mas não

conseguimos entender por qual motivo em seu frontão não se edificou o nicho do Padroeiro, a torre sineira e a cruz de ferro no alto do campanário. Tal

sugerir algumas suposições. Com ordem expressa do Bispo Diocesano D. Lino Deodato R o d r i g u e s de Carvalho, preocupado com a segurança dos p a r o q u i a n o s devido estado arruinado da antiga Matriz, determina a e d i f i c a ç ã o

As Pirâmides de Natividade da SerraO local fica próximo a um riacho, que poucos metros a frente deságua no Rio Paraibuna

MATHIAS NETTO

Maçonaria em Parahybuna durante o segundo ImpérioCÉLIO DE ABREU

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AS VACAS NÃO ESTÃO NEM AÍ PARA A GRAMÁTICA

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EDITORIAL

A MOSKA, que pintou pra lhe abusar! É um Fanzine com propósito despretensioso de contribuir com a disseminação da cultura paraibunense trazendo ao leitor novas possibilidades, horizontes e perspectivas, sempre tendo como foco nossa querida terra super flumina. Traremos causos, contos e prosas que alimentam o imaginário e curiosidades do nosso povo. Ao longo do tempo observamos

diversas publicações na cidade com conotações político-partidárias. Deixamos aqui registrado com toda transparência que “A MOSKA” NÃO carrega nenhuma bandeira politica. Entretanto, falaremos abertamente sobre todo assunto que for de interesse público. Queremos aqui imprimir uma conversa franca com você leitor, estabelecendo troca de ideias e opiniões, sem censura e puritanismo. Não se assuste se encontrar uma mosca na sua sopa!

SEM TORRE

COM TORRE