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“A Copa é deles, a Conta é nossa” O Documento Discorra investiga a construção dos estádios nas cidades sede da Copa de 2014, o resultado é, infelizmente, o esperado: Licitações alteradas de última hora, obras atrasadas e velhos conheci- dos da corrupção brasileira no comando de comitês organizadores. Informação e Espetáculo Daniel Coronato tenta entender para onde vão as notícias. Por onde anda Julian Assange? Como Nosso Pais Marina Brazan analisa a gera- ção Y e descobre que o casa- mento não saiu de moda Campeonatos Regionais Garoa, pão de queijo, chimar- rão e seus paleativos DISCORRAPONTOCOM DISCORRAPONTOCOM DISCORRAPONTOCOM DISCORRAPONTOCOM Vir- mis Martu in vercesc erionsu linatusque an- trit? Hacerum abeffre oraciam sit. At prac ficaperum ium, mo pribute omnihicatu iaedes patudam ia coti, ocre crum Revista

Revista Discorra 1º Edição Ano 1

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”

O Documento Discorra investiga a construção dos estádios nas cidades sede da Copa de 2014, o resultado é, infelizmente, o esperado:

Licitações alteradas de última hora, obras atrasadas e velhos conheci-dos da corrupção brasileira no comando de comitês organizadores.

Informação e Espetáculo

Daniel Coronato tenta entender para onde vão

as notícias. Por onde anda Julian Assange?

Como Nosso Pais

Marina Brazan analisa a gera-ção Y e descobre que o casa-

mento não saiu de moda

Campeonatos Regionais

Garoa, pão de queijo, chimar-rão e seus paleativos

DISCORRAPONTOCOMDISCORRAPONTOCOM

DISCORRAPONTOCOM

DISCORRAPONTOCOM

Vir-

mis Martu in vercesc erionsu linatusque an-

trit? Hacerum abeffre oraciam sit. At prac ficaperum

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Revista

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Editores: Robson Fioravante Daniel Coronato Eduardo Milhor

Colunistas

Robson FioravanteEduardo MilhorDaniel CoronatoMarina BrazanJuliana CostaFelipe CarriçoBárbara AffonsoAna PaulaLucas LimaMarcel Coronato

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Faltam 38 meses para a Copa do Mundo no Brasil. Faltam 12 estádios. pág. x

Projeto do estádio do Corinthians, em Itaquera, São Paulo.

Documento Discorra

O título ”A Copa é deles, a Conta é nossa” foi colocado entre aspas por não ser de minha autoria, é de José Roberto Malia, colunista da ESPN. Não que me falte criatividade para criar um título novo, me falta ver ao meu, a identificação com a ideia de que estamos sendo roubados. Que seja este então nosso slogan. Obrigado Malia, você foi cirúrgico!A Copa do Mundo de 2014 não é um mal para o Brasil, a corrupção é o mal que temos desde nossa origem.

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Faltam 38 meses para a Copa do Mundo no Brasil. Faltam 12 estádios. pág. x

EditorialA necessidade incessante por poder, dinheiro e a merda na qual estamos inseridos. Pág. x

Julian AssangePor onde anda o criador do WikiLeaks e por que a impresa esquece tão fácil finalizar suas pautas? Pág. x

Como nossos paisGeração y se mostra que casamento não saiu de moda. Pág. x

Mulher no VolanteAs mulheres estão in-vadindo o automobilismo, mas ainda há muito pre-conceito nos pits. Pág. x

FutebolGaroas, pão de queijo, chi-marrão e seus paleativos. Os regionais pelo Brasil. Pág. x

ViolênciaO risco que seu cu corre, é muito maior do que você imagina. Pág. x

Velhas VirgensEntevista exclusiva com Paulão, líder da maior banda independente do Brasil. Pág. x

Mulheres MachistasColuna do Juliana Costa apresenta uma “forma de feminismo” que deprecia as mulheres. Pág. x

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Editorial

A NECESSIDADE INCESSANTE POR PODER, DINHEIRO E A MERDA NA QUAL ESTAMOS INSERIDOS

Bom dia Mundo, acorde, faça um café, escove os dentes e tome seu banho de asseio, seu dia começou. Quer dinheiro? Então vamos ao trabalho, local aprazível e com vista para a parede. Sua rotina te sufoca e você mais um dia sob o olhar sanguinário do vigia. O poder que você busca por lá não vale de nada, a empresa não é sua, lembre disso. Antes de se esforçar para um melhor rendimento, reflita: esta viagem é realmente necessária?É uma viagem sem volta para um mundo que seu orçamento pede que você trabalhe mais, para ganhar mais, gastar mais e ter que trabalhar

mais. Então, embora o mundo seja contra, busque alternativas, viva sem medo de ser feliz, plante uma árvore e chore apenas nos momentos de emoção do seu time. Ah, tem o principal. Sem pestanejar. Espir-rou? Atestado.Você já fez alguém feliz hoje? Alguém já lhe fez feliz hoje? NÃO! Não dá porra, você está ocupado, todo mundo está ocupado, cansado, estressado, avariado, cariado e estupefato. Pelo que estamos lutando? Dinheiro? É isso que realmente te faz feliz? Ou ser feliz te faz feliz? Reflita um pouco mais sobre a vida, a partir daí calcule quanto você custa por mês? Você não vale nada! Não sou eu que estou dizendo, mas a renda por cabeça do Brasil está perto de R$20.000,00. Você ganha isso? Parabéns, eu não. Bom trabalho!

Da porra da redação, @zoio4.

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Pra começar a conversa

Você Sabia que São Paulo corresponde a 30% do PIB do Bra-sil?

Estou falando somente da cidade de São Paulo, que se fosse um país, seria o quinta maior da América Latina, ao lado do Chile, com mais de quatro vezes o tamanho da economia do Uruguai.

Entre oa mais de 10 milhões de habitantes oriundos do mundo inteiro, a taxa de alfabetização é de quase 96%. A arrecadação de impostos cidade ultrapassa os R$100 bilhões e só de multas de trânsito, mais de R$500 milhões são arrecada-dos.

São Paulo é considerada a capital mundial da gastronomia, mais de 35 mil mil-ionários vivem na cidade, mais de 60% dos grandes grupos empresariais es-trangeiros, instalados no Brasil, estão em São Paulo, dos vinte maiores bancos múltiplos, 16 tem sede na capital paulista e em 2008 foram registradas dez com-pras por segundo via máquinas de cartões.

Além dos mais de 40.000 bares, a cidade tem a segunda maior frota de he-licópteros do mundo e em número de táxis a cidade tem 10 mil a mais que em Londres, que possui 20 mil táxis.

Quer mais?

São Paulo é a 3ª maior cidade italiana do mundo; a maior cidade japonesa fora do Japão; a maior cidade portuguesa fora de Portugal; a maior cidade espanhola fora da Espanha; a terceira maior cidade libanesa fora do Líbano;

Fonte: Folha de São Paulo

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”O título ”A Copa é deles, a Conta é nossa” foi colocado entre aspas por não ser de minha autoria, é de José Roberto Malia, colunista da ESPN. Não que me falte criatividade para criar um título novo, me falta ver ao meu, a identificação com a ideia de que estamos sendo roubados. Que seja este então nosso slogan. Obrigado Malia, você foi cirúrgico!A Copa do Mundo de 2014 não é um mal para o Brasil, a corrupção é o mal que temos desde nossa origem.O legado que a copa vai nos deixar virá a que custo?Vamos dar uma passada em cada estádio das sedes da Copa nesse Documento Discorra, vamos analisar como andam as obras e a seriedade de nosso poder público.Mais uma dúvida: Se estamos navegando em prosperidade, por que esperar até a Copa para investir em infraestrutura?Várias discussões sobre o assunto foram feitas, especulações, teorias e pro-jeções são faladas todos os dias, mas e o dados? Coletei alguns bem gritantes pra vocês, só fico triste em saber que nada mais assusta um brasileiro de QI maior que 40.Não importa o quão belo são os projetos de estádios da Copa, cada um tem suas peculiaridades políticas, além de obscuras, e é isso que importa agora

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Mineirão/MG: R$743 milhões – Reforma

É o estádio com as obras mais adiantadas, um dos poucos a receber elogios do comitê da Fifa, mas uma reforma a R$743 milhões me parece um pouco de ex-agero, daria para construir um Engenhão e uma Arena Palestra Itália. Ou seja, 90 mil lugares em dois estádios custam o mesmo que reformar um estádio para

60.000 pessoas.

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Fielzão ou Itaquerão/SP: R$1,07 Bilhões – Estádio Novo

Custará R$1,07 Bi – R$300 milhões desse valor serão custeados pela prefei-tura de São Paulo, R$400 milhões serão custeados pela Odebrecht (a con-strutora levantou esse valor junto ao BNDES), faltam ainda R$370 milhões, os quais o ministro do esporte Orlando Silva, sugeriu que fossem repassados pelo governo do Estado.Segundo informações do Blog do Vitor Birner no Uol, Orlando Silva chegou a ressaltar a Geraldo Alckmin a importância para a imagem política do gov-ernador, caso ele facilite a construção do estádio que deve sediar a abertura.Geraldo Alckmin parece estar inclinado à liberar a verba, mas imagina-se que não de imediato, afinal seu partido se posicionou totalmente contra a utilização de verba pública para estádios na última eleição. Se posicionar não significa agir de acordo com, e parece que veremos isso na prática nos próxi-mos meses.

“A Copa é deles, a Conta é nossa”

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Maracanã/RJ: R$1,05 Bilhões – Reforma

Entre 1999 e 2007, o estádio passou por reformas para rebaixamento do gramado, entre outras alte-rações, o valor chegou a R$450 milhões, do projeto inicial que foi orçado em R$720 milhões, foram feitas algumas alterações solicitadas pela FIFA, o valor já ultrapassa R$1bi. Para REFORMAR! Es-tão sendo utilizadas verbas de empréstimos do BNDES e a Prefeitura do Rio de Janeiro, junto com o Governo do Estado custearão o restante.

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”Brasília/DF: R$1 bilhão - Estádio Novo

Após duas tentativas de demolição, fracassadas por pouca quantidade de explosivos, teremos a ter-ceira tentativa que deverá ser feita com o auxílio de assaltantes de caixas eletrônicos de São Paulo.O estádio de Brasília será feito onde hoje é abrigado o Estádio Mané Garrincha, terá 71 mil lugares de capacidade e tinha previsão de R$700 milhões de orçamento, hoje o projeto ultrapassa a casa de R$ 1 Bilhão!O poder público não concorda que a obra se tornará mais um elefante branco, pois após a copa o estádio poderá abrigar clássicos como Gama x Brasiliense. Falando em poder público, o respon-sável pelo comitê organizador da Copa de Brasília até ano passado, Fábio Simão foi afastado do cargo por suspeita de participação do escândalo do “mensalinho” que envolvia também o então governador José Roverto Arruda.O Estado do DF possui 25.000 leitos em hotéis, a capacidade do estádio será para 71.000 pessoas.

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Beira Rio/RS: 270 milhões Reforma

Veio do sul a ideia e a briga foi ganha, graças a iniciativa do governo do estado do Rio Grande do Sul, as sedes da copa obtiveram isenção de impostos para a construção de estádios, mas isso não impediu que as obras de reforma do estádio do Internacional de Porto Alegre tivessem um aumento de mais de 30% sobre o projeto inicial.O acréscimo ocorreu após a diretoria do Inter assinar uma parceria com uma construtora. O nome da construtora não é citado no site www.copa2014.org.br

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”Arena Pernambuco/PE: 532,6 milhões Estádio Novo

Embora o projeto seja da Odebrecht, não se engane, R$379 milhões serão emprestados pelo gov-erno da Pernambuco, que só verá esse dinheiro de volta aos cofres públicos de forma parcelada, primeira parcela para o início das operações do estádio.As obras estão atrasadas de acordo com os cronogramas oficiais.

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Fonte Nova/BA: 1,6 bilhões? Estádio Novo

Direto do site www.copa2014.org.br:O secretário Nilton Vasconcelos, da secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), divulgou uma nota dizendo ser precipitada a afirmação de que o custo da modernização do estádio Fonte Nova para a Copa 2014 será de R$ 1,609 bilhãoPrefiro não comentar nada sobre este estádio, mas antes que digam que estou recortando fatos, segue mais um… segundo o site www.anotíciadovale.com, o projeto da fonte nova deve atingir R$573,6 milhões, mas a notícia é de janeiro, um mês ANTES da declaração Nilton Vasconcelos divulgada no site oficial da ARENA DE NEGÓCIOS DA COPA.

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”Arena Mato Grosso/MT: R$350 milhões Estádio Novo

O novo estádio será uma Arena Multiuso, abrigará grandes shows, eventos e jogos importantes do fortíssimo campeonato matogrossensse de futebol. Como se o U2 ou a Shakira fossem usualmente pra Cuiabá fazer mega shows.A obra orçada em R$350 milhões será feita sobre o estádio Verdão, na capital Cuiabá, e terá partici-pação das construtoras Mendes Júnior e Santa Bárbara.Interessante como ficam mais baratas essas obras custeadas pela iniciativa privada, embora R$100 milhões desse projeto deverão vir do financiamento do Governo do Estado do Mato Grosso. Ainda dá tempo de mudar algumas licitações, afinal, em outros 8 estádios isso já ocorreu.

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Estádio das Dunas/RN: R$ 420 milhões Estádio Novo

O Governo por meio de uma PPP chegará a emprestar o valor do Estádio em 100%, o valor deverá ser devolvido aos cofres públicos num prazo de 30 anos. O projeto do Estádio das Du-nas é o mais atrasado, sua licitação já teve diversas alterações e a 38 meses da copa pouca coisa já foi definida, a construção dos estádios da Africa do Sul, chegaram a levar 36 meses para serem construídos.

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”

Arena da Baixada/PR: R$376,4 milhões Reforma

Orçado inicialmente em R$135 milhões, o estádio do Atlético/PR é considerado um dos mais modernos do Brasil há alguns anos, mas surgiram de última hora, alguns novos encargos da FIFA que exigem um acrés-cimo módico de mais de R$200 milhões à obra.As obras estão atrasadas, o que gerou um certo atrito entre a diretoria do Atlético/PR e o governo do Es-tado.

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Castelão/CE: R$516,6 milhões Reforma

Será na verdade, uma obra de modernização do Castelão, o estádio terá capacidade para 67.000 pessoas, e custará R$516,6 milhões, dos quais R$351 milhões virão por empréstimos do BNDES.A obra será administrada pelo Consórcio SPE.Gosto de ressaltar alguns absurdos: R$516,6 correspondem a quase 2% do PIB do Ceará e o estado tem apenas 25.000 quartos de hotéis, menos da metade da capacidade do Estádio Castelão.

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Arena Amazonas/AM: R$500 milhões – Estádio Novo

“A Copa é deles, a Conta é nossa”

Capacidade para 47 mil pessoas, governo do Estado bancando toda a obra e afirmando para quem quiser ouvir que obras de transportes e infraestrutura não são prioridade.O estado do Amazonas possui 4 mil quartos de hotel e projetos como o Monotrilho já tiveram sua entrega descartada para 2014.O futebol do Amazonas está fora da elite do campeonato brasileiro há 24 anos.Tire você suas conclusões.@zoio4

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UseCamisinha

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Quando o WikiLeaks apa-receu na mídia e colocou de ponta cabeça a politica internacional, todos os leitores e telespectado-res rapidamente ficaram ávidos

por ver seus gover-nantes expostos sem a cortina de fumaça cria-da pelos seus departamentos de inteligência e relações públicas. O fundador da organização, Julian Assange, foi elevado a um status quase instantâneo de mito e símbolo de um novo mundo em que a era da informação destruiria as arcaicas estruturas de manipulação da infor-mação criadas pelos aparelhos estatais moder-nos.Evidentemente que toda ação gera uma reação: acusações de cunho sexual (segundo as leis suecas fazer sexo sem camisinha é uma forma de estupro) e respostas virulentas dos princi-pais chefes de estado forçaram Assange a uma

batalha de tribunais e trabalhar para manter o sítio do WikiLeaks funcionando.Pouco tempo depois, me digam: o que aconte-ceu com os vazamentos do Wikileaks? E com Assange? Está preso, foi inocentado, ou o quê?A mídia tradicional simplesmente tirou quase como em um passe de mágica o assunto de evidência e jogou para os rodapés das edições impressas na sessão internacional.Algum tempo depois um terremoto seguido de uma enorme onda atinge a costa japonesa. A usina de Fukushima entra em colapso e um dos seus reatores por problemas de resfria-mento entra em colapso e começa a emanar radiatividade na atmosfera, obrigando o gov-erno a criar uma região de isolamento e dec-retar estado de calamidade em todo o país.O que aconteceu com o reator japonês? Algu-ma medida foi tomada para enfrentar o prob-lema energético no Japão? E o debate sobre o uso da energia nuclear, acabou?A mídia ao que parece também preferiu escol-her outro assunto mais importante…Alguém ainda lembra dos mineiros no Chile? O que será que aconteceu com eles?

INFORMAÇÃO E ESPETÁCULO

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Não importa se falamos da “Primavera Árabe”, invasão dos morros cariocas, o assassino da escola do Realengo, Guantánamo, Líbia, crise econômica grega e portuguesa, etc… Todos os assuntos tornam-se absolutamente inacaba-dos. Evidente que se dermos um ‘google’ em cada uma dessas questões teremos algum tipo de desfecho e resultado, mas por que a mídia tradicional muda seu foco e atenção com ta-manha velocidade?É obvio que cada um dos casos a resposta poderá ser diferente. No caso de Assange, as motivações politicas e de pressão sobre a mídia por parte dos governantes é imensa, mas essa explicação não pode ser completa. A verdade é que a informação virou matéria-prima para criação de shows na tele-visão e em portais na internet para entreter e não elucidar.

Vivemos na sociedade do espetáculo, no qual as imagens de carros sendo arrastados por uma onda me interessam, mas os chatos e monótonos diálogos sobre o uso de energia não radiativa são no mínimo estafantes. A guerra interessa o público até a hora que um terrorista é morto em uma operação épica, com direito a transmissão de imagens em tempo real para seus comandantes. Não é a toa que nos acostumamos a ouvir expressões como “um show de transmissão”.

Daniel Coronato

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Como Nossos Pais

Após todo o “frisson” do casório de Kate e Wil-liam, eu não poderia ficar de fora deste tema tão popular no mundo inteiro: o casamento.Ao contrário do que algumas pessoas pens-am, o casamento continua sendo um dos sonhos mais aguardados pelas mulheres – é claro que nas devidas proporções o mais cu-rioso é que os homens também tem se mostra-do cada vez mais abertos para este assunto.Há algumas gerações – na época dos nossos pais – era muito comum que o casamento aconte-cesse quando o casal ainda era muito novo. Ou seja, muitas vezes não tinham casa, nem esta-bilidade financeira para uma união, mas, ainda assim, se casavam e estavam dispostos a con-struir uma vida a dois, passando JUNTOS por todos os problemas que essa vida poderia trazer.Depois dessa geração, vimos uma mudança na cultura matrimonial. As pessoas estavam se casando cada vez mais velhas, pois, com a força da mulher no mercado de trabalho, os casais preferiam se estabelecer financei-ramente primeiro para depois arriscar sair da casa dos pais e começar uma vida a dois.Depois dessa geração, vimos uma mudança na

cultura matrimonial. As pessoas estavam se casando cada vez mais velhas, pois, com a força da mulher no mercado de trabalho, os casais preferiam se estabelecer financei-ramente primeiro para depois arriscar sair da casa dos pais e começar uma vida a dois.Essa situação fez com que os casais não con-struíssem uma vida juntos desde o início. Ou seja, o casamento acontecia quando, tanto o homem quanto a mulher, já tivessem a estabili-dade financeira garantida e, depois disso, junta-vam as escovas de dente. Coincidência ou não,

as pesquisas m o s t r a m que, nessa época, o número de separações entre ca-sais cresceu c o n s i d e r -avelmente.

Hoje em dia acredito que essa realidade está mudando novamente e estamos voltando a fazer as coisas “como os nossos pais”. Tenho visto muitos jovens se casando – seja da ma-neira tradicional, de véu e grinalda, ou apenas “juntando os trapinhos” sob o mesmo teto.Os valores do matrimônio estão sendo retomados e vistos pelos jovens casais como algo que deve ser construído junto novamente, “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza” e, é claro “na rique-za e na pobreza”, afinal, amor não enche barriga!A grande diferença é que os jovens hoje estão crescendo profissionalmente cada vez mais rá-pido – e essa é sim uma característica da tão falada geração Y, que quer sempre mais – fa-zendo com que a saída da casa dos pais não seja tão dolorosa e que a construção da vida conju-gal seja feita novamente a dois, como manda a tradição.E você? A qual geração pertence?

Marina Brazan

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Mulher no volante São 18 anos desde que a última mul-her participou de um Grand Prix.É certo que das cinco mulheres que disputaram a Fórmula-1 nen-huma delas obteve poles ou títulos e apenas uma, Lella Lombardi, conse-guiu pontuar, di-

zem que ela teve sorte em ter participado de um GP trágico em que lhe “sobrou” o 6° lugar.A primeira foi a italiana Maria-Teresa de Filip-pis, que em 1958 disputou campeonatos na-cionais, pilotando um OSCA e uma Maserati, tentou se inscrever na Fórmula-1, e claro, foi impedida pelo diretor di-zendo que o único capacete que uma mulher deveria usar era o secador do cabeleireiro. Mas Maria logo conse-guiu um contrato para correr oficial-mente pela Mase-rati, e em 1997 as-sumiu a presidência do Maserati Club.Ayrton Senna em uma de suas habituais entrevistas ao ser questionado sobre a participação de Giovanna Amati na categoria, apenas disse: “Mulher ao volante, perigo constante.”

Foi o suficiente para mostrar o desconforto que a presença de uma mulher na Fórmula-1 causa.Sabemos que o GP exige um rígido tre-ino, e essa não é a desculpa para a falta de mulheres no automobilismo, o preconcei-to ainda é muito forte, e não há estrutura.Ainda assim existem aquelas que se super-am e mostram a que vieram como a Dan-ica Patrick, Bia Figueiredo, Sheren Bue-no, Débora Rodrigues e Deyama que são mulheres de destaque no automobilismo.A bela Danica tornou-se o piloto mais popular da Indy, fato que colocou as mulheres em evi-dência no mundo dos esportes motor; Débo-ra Rodrigues só conseguiu ingressar na Fór-mula Truck por meio de ação judicial; Helena Deyama, piloto de rally admite que quando começou a correr os homens achavam que ela atrapalharia, por não conseguir transpor ob-

stáculos da prova. “Mas eu venci na minha prova de estréia, depois dis-so, eles passaram a me respeitar” diz.É difícil uma mulher vencer no au-tomobilismo. Para Sheren, piloto da Fórmula Truck, isto se explica pelo fato deles serem maioria no esporte.Claro que há aquelas que decepcionam, como em todo esporte, pode ser que daqui a algum tempo teremos mulheres com mais sangue frio para a corrida, ou quem sabe com o passar dos anos o auto-mobilismo vire só brinquedo de criança.

Bárbara Affonso

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Campeonatos Regionais

GAROAS, PÃO DE QUEIJO, CHIMARRÃO E SEUS PALEATIVOS,

por Edu Milhor

Bom, primeiramente só queria pergun-tar quem sabe como foram as finais dos es-taduais que não sejam as de RS, SP e MG.Pois é, sem dúvida nenhuma Bahia de Feira de Santana x Vitória, Criciuma x Chapecoense ou mesmo Goiás x Atlético/GO devem ter sido jogos fantásticos. Sem hipocrisia, os estaduais tem servido nos últimos tempos mais como re-cheio de grade de televisão do que outra coisa!E que não me venham os membros dos direitos humanos clubísticos dizer que os clubes peque-nos só sobrevivem dos Estaduais, o que nem é 100% verdade por que eles vivem mesmo é dos empresários que investem suas merrecas em um Gremio Prudente ou um Americana da vida.Fato é que esses campeonatos só servem para encher o calendário de jogos pífi-os e para servir de pré temporada para os grandes que levam cada vez menos a sério privilegiando outras competições em detri-mento ao seu campeonatinho de suburbio.Pelo menos tem os clássicos para salvar não?! É, para salvar, tinhamos que ter 20 ro-dadas só de clássicos para poder começar a ter graça e fora que os carniceiros dos in-teriores por ai a fora veem os jogos con-tra os grandes como verdadeiras batalhas campais e quase sempre deixam os maiores craques de fora dos jogos mais importantes.

Ai chegam as finais! Ouvimos na mí-dia que “agora sim começou o campeonato”, etc. Temos jogos cada vez menos técnicos e mais físicos e com o iminente risco de pas-sar um ou dois times do Interior na final.As Federações também não sabem mais o que fazer e muitas vezes são contraditórias nas suas escolhas, isto por que dizem aju-dar os menores mais querem cada vez mais os grandes nas finais devido a audiência.Se há alguma serventia para os estaduais, na minha opinião, é o fato de que o time que o vence ja tem uma satisfação para dar à sua tor-cida para o resto do ano, é a morfina que os dirigentes mais gostam, diga-se de passagem.Enfim, enquanto os gaúchos, paulistas e mineiros(o carioca ja sabe desde a semana passada quem é o campeão) preparam o time para a temporada, buscam algo para satisfazer suas revoltadas torcidas nem que seja um pau-listinha, ou qualquer outro “inho” do estaduais por ai e continuam sempre ganhando mais dinheiro e mais favoritismo, os outros aceitam suas condições de times rídiculos e sabem que sempre é melhor pingar do que faltar. É esse é o futebol brasileiro, e como última coisa, Campeonato Estadual é chato pra caramba!

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“Violência”

Quando você acha já ouviu de tudo, eu chego e escrevo mais um absurdo, pra piorar um pouco, desta feita vim com dados em mãos pra provar que é mais fácil ter seu ânus violado involuntaria-mente, do que sofrer um acidente fatal de trânsito.Segundo dados da CET (companhia de engen-haria de tráfego), morreram em 2010 apenas 478 motociclistas, 1,31 por dia, enquanto isso, 630 pedestres acabaram indo para um lugar melhor no mesmo período, 1,72 por dia. São três estupros por dia SÓ EM SÃO PAULO.Vamos deixar a coisa um pouco mais absurda. Se deitarmos todo mundo que é estuprado na linha do metrô de São Paulo, em 6 anos, teríamos todas

as linhas preenchidas. Foram vendidos menos Fiat Stilo ano passado no Brasil do que foram reg-istrados boletins de ocorrência por abuso sexual.Brasil - Tivemos mais estupros do que: joga-dores brasileiros vendidos pro exterior, registros de patentes de plantas da amazônia, músicos ca-dastrados na OMB, soldados americanos mor-tos no Iraque e pandas nascidos em cativeiro.Em resumo, diria que você corre risco, mas existem formas de se proteger, não ande soz-inho pelas ruas de madrugada, evite cidades como Greenville, ou parques como o do Es-tado, mas se mesmo assim você prefere ou-vir o poder público você tem duas opções: ou “Relaxa e Goza”, ou “Estupra, mas não mata”.

Da redação, da rua nunca, @zoio4

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Mulheres Machistas

Por Juliana Costa.

Quem disse que ser machista é só uma atri-buição masculina? As mulheres são mais machis-tas que os homens. Dizem que o pecado veio ao mundo por culpa de Eva ao comer o fruto proi-bido e que Adão foi o coitadinho da história e por culpa de Eva, ele acabou pagando o pato.A mulher sempre foi vista como um ser frágil e que servia somente para um fim, a reprodução. Desde os tempos das cavernas a atribuição feminina era de re-produção, cuidar da cria e vigiar a moradia, enquan-to os homens (mais fortes) iam à caça. Mas reparem, enquanto os homens tinham somente uma função, a mulher era encarregada de mais de uma atividade, enquanto os homens eram encarregados somente de uma atividade e por mais que necessitassem de força, a mulher corria mais riscos em suas funções.Mas, não é disso especificadamente que venho a falar, mas sim da possibilidade de uma mul-her ser tão machista quanto o homem, pois ela mesmo se rebaixa e aceita tais atribuições infe-riores que os homens costumam nos classificar.

Um grande exemplo disso é aquele em que uma mãe sente orgulho do filho ser o pegador, em que cada dia da semana é uma mulher diferente e ele pode trair a namorada sem ter qualquer pudor da famí-lia. Agora, se sua filha ao menos pensar em tomar as atitudes do irmão, a mãe acha um absurdo e que tais atitudes são exclusivamente masculinas. E se uma mulher praticá-las ela é considerada a ovelha negra da família, a vagabunda, a “piriguete”. Então, se uma família quer seguir bons princípios, todos os membros da família devem seguir também.Não são somente os homens que sentem vontade de sair com pessoas diferentes. A mulher também tem esta necessidade. As que abominam isso são as piores machistas, pois se colocam em pudor de não fazer algo que lhe dá vontade e quando seu par-ceiro saiu da linha, elas aceitam porque dizem que é natural, é do instinto masculino. Até que isto é compreensível, mas não nos impede de fazer nada.Não quero explanar o feminismo, nem abordar que a mulher tem de fazer as mesmas atividades (como trabalho ou funções) masculinas, até mes-mo porque, nós mulheres, não temos a capacid-ade “física” igual ou superior que a da masculina, é uma questão biológica. Somente quero dizer que as mulheres se deixam levar pela cultura antiga de que somos inferiores, devemos obedecer aos ho-mens e que assim tudo fica bem, não gera conflitos. Estou aqui para gerar conflitos e discussões, pois nós também temos que agir como eles e tentar tirar essa ideia de que se nos igualarmos aos homens no quesito “caça ao sexo”, estaríamos nos rebaixando, nos sujando. Na verdade não, estaríamos apenas buscando uma melhor qualidade de vida, sem es-tresse e sem subordinação masculina desnecessária.Deixar o pensamento machista não é ir à vida louca, muito menos virar puta e sim enxergar a vida com outros olhos e agir de forma dife-rente, diferente não, mas agir como um “homem” ou “ser humano” comum. É claro que terão muitas divergências e preconceitos. Mas já es-tão aceitando casamento legal entre homossex-uais (nada contra), então porque não arriscar?

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Alternativas Discorra

A maior vantagem de escrever pro Dis-corra.com é saber que tenho total liber-dade para escrever o que eu quiser, isso é perfeito na hora de falarmos de uma ban-da que também fala o que quer, toca o que quer e o faz há quase 25 anos com maestria.

A banda das Velhas Virgens

Proveniente de São Paulo (capital), o grupo tem dez discos lançados e Blá Blá Blá… o Wikipedia pode explicar melhor a trajetória deles, vamos falar de música.O mercado fonográfico brasileiro ness-es últimos 25 anos, nos pregou várias peças, passamos pela lambada, pagode, axé, funk e no momento procuramos uma calibre 12 de cano duplo pra nos proteger das “dupras” de dois que fazem o tal Ser-

tanejo Universitário, enquanto as bandas de rock que nos restavam, ACABARAM!Da geração do fim dos anos 80, temos as Velhas Virgens, a banda que comple-ta 25 anos esse ano, nos brindou durante esse período com muito Rock´n Roll, fa-lando de sexo e cerveja, além de aproveit-ar e dar uns pitacos na política brasileira.O trabalho mais recente do Velhas é o cd Car-navelhas 2*, o álbum homenageia São Paulo e Adoniran Barbosa, as músicas nos levam para os mais diversos cantos e bares da cidade. Rua Javari, Pacaembú, Morumbi, Tremembé…Assim como no primeiro Carnavelhas, o cd traz marchinhas de carnaval e sam-bas, num estilo diferente do que esta-mos habituados a ouvir com o Velhas.

*álbum com faixas disponíveis para down-

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Recentemente, “Essa mulher só quer viver na balada” entrou na programação da MTV, a música é do penúltimo cd (Ninguém beija como as lésbicas). Segundo o próprio Paulão, os grandes veículos estão começando a olhar o mercado independente com mais carinho, mas isso você lê na entrevista no fim da reportagem.Repassando os 25 anos da banda, fica claro que o estilo não mudou, as músicas têm um tom boêmio, sarcástico e ácido, o som é um rock de muita qualidade, cheio de influência de blues.A banda já prepara para o segundo se-mestre, o lançamento do seu próximo álbum, em homena-gem ao aniversário do velhas, é o álbum mais esperado do ano pra mim pelo menosQuem gosta de putaria e de tomar uma não pode deixar de conhecer TODO o trabalho dessa banda, que apesar das dificuldades, per-manece “independente” num mundo em que o dinheiro rege o entretenimento e controla seu conteúdo. ISSO É ROCK´N ROLL.

Claro, que pra fazermos uma reportagem ba-cana, fomos atrás do Paulão pra conseguir uma entrevista e não é que ele nos recebeu muito bem, diretamente do aconchego do seu email, dá uma olhada no que ele falou:

DISCORRA – Durante shows, no site da banda e onde é possível, você demonstra o quão difícil é ser independente no Brasil, mas vocês con-quistaram uma popularidade que proporciona a

abertura de algumas portas.Em 2000 cheguei a ver um clipe de “Domingo na Praia” namadrugada na MTV, atualmente vocês gravaram o clipe de “Essa mulher só quer viver na balada” e entraram na programação. Vocês se aproximaram da mídia, ou eles estão começando a enxergar vocês e o mercado in-

dependente como realidade do mercado fonográfico?

AS DUAS COISAS: O MERCADO IN-DEPENDENTE TEM SIDO MAIS RESPEITADO E TIDO MAIS ESPAÇO E COM NOSSA PERSISTENCIA PARECEM ESTAR COMEÇANDO ACEITAR NOSSA IMPORTÂNCIA.

DISCORRA – Em 25 anos, muitas mu-danças ocorreram no

Brasil, na música, na política. Mas e na música dos VV? Qual desses fatores influenciaram mais vocês ao longo da carreira?

A GENTE SEGUE FALANDO DE DIVERSÃO, NOITADA, SEXO, DE FORMA BASTANTE ABERTA E DIRETA, MAS COM ALGUMA CLASSE. INTRODUZIMOS ALGUMAS CRITICAS SOCIAIS, MELHORAMOS NOSSA RELAÇÃO COM ESTUDIO E INSTRUMEN-TOS E APERFEIÇOAMOS O PALCO. MAS CONTINUAMOS FALANDO DAS MESMAS COISAS QUE MOVEM O MUNDO DESDE QUE ELE EXISTE. NADA MAIS POLITICA-MENTE REVOLUCIONARIO QUE FALAR DE RELACIONAMENTO HUMANO.

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DISCORRA - Você é o estereótipo do comedor cervejeiro pelo que você faz no palco, agora você tá casado, teve uma filha, mas antes disso tudo, você era tudo isso ou um personagem?

EU SOU UMA SINTESE DE MUITAS PESSOAS QUE CONHECI, DE UM POUCO DE INVEN-ÇÃO E DO QUE EU GOSTARIA DE SER. DE MIM MESMO, TEM SÓ UM POUQUINHO.

DISCORRA – A banda já teve várias forma-ções, essa pra você é a ideal? Você considera que atingiram o auge?

COM ESTA FIZEMOS DOIS GRANDES CDS. SINCERA-MENTE NESTE EX-ATO MOMENTO HÁ PROBLEMAS DE CONVIVIO. AN-TES ACHAVA QUE ERA A MELHOR FORMAÇÃO. AGO-RA NÃO SEI MAIS.

DISCORRA – Hoje vocês têm 25 anos de independência, você trocaria tudo isso por poder ter passado a mensa-gem de vocês pro Brasil inteiro, mesmo que tivesse influência da gravadora na música?

EU NÃO ABRO MÃO DO CONTROLE ARTISTICO-ÉTICO DO TRABALHO.

DISCORRA – Toda Puta Mora Longe mesmo? Isso cheira à história verídica…

A LETRA DIZ. FOI INSPIRADA NUMA HISTÓRIA DE UM LENDÁRIO DIRE-

TOR DE PROGRAMAS DE TV CHAMA-DO MAGRÃO. ELE SE METEU A LEVAR UMA PUTA PRA CASA E SE PERDEU. PRA VOLTAR TEVE QUE SEGUIR UM TÁXI

DISCORRA – Ira!, Engenheiros do Ha-waii, e muitas outras bandas da geração de vocês tinham gravadora e acabaram, vocês pensaram em parar em algum momento?

SER INDEPENDENTE DÁ MUITO TRAB-ALHO. BANDA DÁ TRABALHO. VIVER DA TRABALHO. A GENTE SEMPRE PENSA EM PE-DIR PRA DESCER.DISCORRA – Quais são as principais dificuldades de ser independente, o que você recom-endaria pra uma banda que está começando agora?

AS DIFICULDADES DECORREM DO FATO DE QUE A

GENTE NÃO É INDEPENDENTE PORRA NE-NHUMA: DEPENDEMOS DE UMA PORÇÃO DE GENTE, DE PERMUTAS, AMIZADES E ETC. A ESTRUTURA É SEMPRE APERTADA.O QUE EU DIRIA PRUMA BAN-DA INICIANTE? VÁ PRA ESTRA-DA COMER POEIRA!MARCELO NOVA ME DISSE ISSO UM DIA!

DISCORRA – Agora tem até um livro contan-do experiências da banda sobre ser inde-pendente, dando dicas, contando histórias, quando sai o livro e o que você destacaria?

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DISCORRA – Tirando velhos dinossau-ros do rock como o velhas, o movimen-to com representação politica, cultural e so-cial morreu e o RAP assumiu esse posto?

EU ACHO RAP POLITIZADO MUITO CHATO. NA VERDADE EU ACHO RAP CHATO. NÃO VEJO MOVIMENTO GRUPAL NENHUM, EM GENÊRO NUSICAL NENHUM, ULTIMAMENTE.

DISCORRA – Você é redator no SBT e con-vive com artistas o tempo todo. Durante os shows você desce o cacete em muitos deles, você já teve algum problema com alguém?

NUNCA TIVE.

Da redação, @zoio4

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“O mundo anda muito chato. Tudo não pode, tudo dá cânc-er, tudo faz mal, tudo é politicamente incorreto. Onde es-tão os valores de 10, 20, 30 anos atrás? Aqueles que nos criaram e nos tornaram o que somos hoje. Pense bem: será que esse modelo atual é realmente o melhor pra socie-dade? Será que isso tudo não é uma forma velada de cen-sura? Qual a diferença entre essa hipocrisia declarada e o sermão de um padre pedófilo?” Por um certo brasileiro.

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