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1 Revista digital eletrônica do 1º B

Revista cav turma 1º ano b

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Hospedagem Carlos Schoucair Henrique Sandes Jonas Felipe Leonardo Magalhães Rebeca Diniz Capa Amanda Franco Jorge Rosal Julia Malvar Milena Matos Naomi Ninck Apresentação Amanda Souza Anna Carolina Carolina Karr Bruno Oliveira Davi Siqueira Editorial Larissa Pimentel Luísa Bordallo Maria Eduarda Maria de Fátima Velanes Maria Luísa Bastos Notícias, Charges e Tirinhas Cenina Cabral Isadora Melo João Visco Luca Zanetti Luís Felipe

Propagandas Ardison Neto Artur Oliveira Caio Andrade Rafael Andrade Rafael Dantas Artigos Dara Veiga Laís Lyra Letícia Escorse Thamires Figueiredo Sarah Cardoso Vídeos Alberto Gomes Camila Lima Igor Carneiro Jacques Salah Pedro Costa

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Nome da empresa

% EDITORIAL %

Às vésperas das eleições presidenciais no Brasil, diver-sos partidos propõem suas intervenções para melhorar as condições de vida da po-pulação, principalmente, dos cidadãos das nossas inúme-ras comunidades carentes. Tendo em vista as dificulda-des enfrentadas por esses brasileiros na administração do pouco dinheiro que pos-suem, essa revista vem es-clarecer as origens e conse-quências desse conflito. A idealização dessa revista retrata o momento no qual vi-vemos: o princípio capitalista que transforma o dinheiro em prioridade e no grande solu-cionador de problemas. E a falta dele tornou-se o maior empecilho na busca pelo bem estar -– motivo que le-vou os editores dessa revista a sensibilizar-se a respeito desse tema. Se nós, ainda estudantes, conseguimos enxergar essa situação e fomos capazes de

ver que é possível contorná- -la, isso quer dizer que qual-quer cidadão pode. E isso é exatamente sobre o que trata o nosso artigo principal: a simplicidade inerente às saí-das para essas dificuldades. Esse material está recheado de análises e reflexões atra-vés de charges, vídeos, arti-gos de opinião, tirinhas e no-tícias. Desta forma, os leito-res podem ampliar seus co-nhecimentos sobre esse te-ma tão pertinente atualmente e enquanto houver a desi-gualdade social no nosso pa-ís. Nossa equipe deseja uma ótima leitura que desperte sua curiosidade .

EQUIPE DO EDITORIAL

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Nome da empresa

% Índice %

Curiosidades: Mente Aberta.........Páginas 06 e 07

Artigos Os frutos da boa vontade.........................................Página 09 Tecnologia social: a eficiência da união entre o público e o poder público...........................................................Página 16 Simplicidade como válvula de escape...........Páginas 18 a 21 Os males do desamparo em Salvador....................Página 22

Notícias Salvador é a capital do desemprego..............Páginas 10 a 13 Salvador é a cidade com segundo maior custo de vida do nordeste...................................................................Página 14

Tirinhas Autorais.....................................Página 23

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% MENTE ABERTA %

O evento Hora do Pla-neta é uma campanha da World Wildlife Fund que tem como objetivo conscientizar a população sobre os gastos excessivos com energia. A ideia do evento é em um dia no ano todos as pessoas param de usar energia comple-tamente por uma ho-ra. Porem, 75% das pessoas esquecem de colaborar. Você é uma delas?

Só lata de aço consegue preser-var 100% os produtos e ainda retornar infinitas vezes ao pro-cesso de fabricação de novo aço. A cada tonelada de aço re-ciclado deixamos de consumir 1,5 toneladas de mineiro de

ferro, contribuindo para a maxi-mização no uso de recursos. É por isso que a lata de aço é a embalagem mais reciclada e consumida no planeta!

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Nome da empresa

Centenas de apps são criados todos os dias para facilitar e con-tribuir para o melhor aproveitamento dos recursos do planeta. Veja aqui alguns deles:

VERDE - Disponível para iOS Para que serve: Gastar menos eletricidade. Como funciona: Você indica quais eletrodomésticos tem em casa e o app calcula quanto vai gastar de luz – e faz sugestões para reduzir o consumo. Interfa-ce meio confusa, mas funcio-na. GRÁTIS

VIRTUALWATER - Disponível para iOS Para que serve: Saber quanta água é gasta para fazer as coisas. Como funciona: É pouco interati-vo, mas muito informativo. Você vai se surpreender com a quanti-dade de água gasta para produzir 1 kg de carne, por exemplo. US$ 1,99.

GOOD GUIDE - Disponível para iOS e Android Para que serve: Fazer compras mais consci-entes. Como funciona: No supermercado, você usa a câmera do celular para escanear o código de barras do produto que está comprando. Aí o apli-cativo diz se aquele produto contém substâncias nocivas, se sua produção afeta o meio ambiente ou usa trabalho escravo – e, se for o caso, suge-re alternativas. Ele foi criado pelo professor e ati-vista Dara O’Rourke, da Universidade da Califór-nia, que se assustou ao ler o rótulo do protetor solar que havia comprado para a filha. O aplicati-vo conta com uma base de dados de 180 mil produtos. Eles são analisados por uma equipe de 20 pessoas, que inclui químicos, toxicologis-tas e nutricionistas. Ainda não há produtos brasi-leiros, mas os criadores do app dizem que gosta-riam de lançá-lo aqui. Em agosto, o aplicativo foi adquirido pela Underwriters Laboratories (UL), uma multinacional de certificação de produtos

presente em 104 países. GRÁTIS

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JÁ CONSEGUIU PLANTAR?

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Nome da empresa

Os frutos da boa vontade

No Brasil, um país em que desigualdade social é evidente e catastrófica, torna-se comum, principalmente em comunidades carentes, a aplicação de tecno-logias sociais como uma benéfi-ca escapatória para tal quadro. Através de diversas técnicas e ideias viáveis, instituições inte-ressadas ou pessoas privadas mobilizam-se com o objetivo de solucionar problemas e facilitar a vida do coletivo. Seja na área de educação, saúde, moradia, segurança, eco-nomia, lazer, a quantidade de projetos voltados para colaborar com o dia a dia da sociedade é enorme. Uma das empresas mais empenhadas no desenvol-vimento dessas tecnologias, que chega a investir milhões na área, é o Banco do Brasil. A ins-tituição auxiliou projetos como CataAção, Adolescentes Prota-gonistas e Agroextrativismo Sus-tentável da Favela, exemplos que, por sua vez, já ajudaram milhares de pessoas no país to-do a tornarem-se agentes na

transformação de sua própria re-alidade. Para vingar, essas iniciativas precisam ser ecologicamente corretas, economicamente viá-veis, socialmente justas e cultu-ralmente aceitas pelo corpo so-cial. Mais do que isso, sem a persistência da população, a continuidade dos projetos é im-possível e todos os esforços são desperdiçados. Afinal, dar pros-seguimento à melhora depende diretamente da perseverança dos envolvidos. Portanto, ao contrário do que muitos pensam, as tecnolo-gias sociais não são apenas pro-jetos filantrópicos de fachada. Elas dependem e têm sua base na comunidade e em todos aqueles com boa vontade para melhorar a vida em sociedade. É com o envolvimento de ambas as partes, aqueles que ajudam e os que são ajudados, que as tecnologias sociais podem gerar bons frutos para todo o Brasil.

EQUIPE DO EDITORIAL

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Salvador é a capital

do desemprego

Desemprego em Salvador

aumentA em fevereiro.

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Nome da empresa

A Pesquisa de Emprego

e Desemprego(PED),

mostraram, em

fevereiro, o total de

desempregados nas 6 regiões em

que a pesquisa foi feita era de

2.158 mil pessoas, já em janeiro

eram 174 mil.A taxa de

desemprego total aumentou dos

9,5% em janeiro, para os atuais

10,3%.

O desemprego na capital

baiana vem aumentando,e nos

últimos meses aumentou 0,8% em

relação a fevereiro."As taxas de

desocupação têm diferenças

grandes entre as regiões

metropolitanas. A taxa de Salvador

é quase três vezes maior do que a

observada no Rio de Janeiro

(3,5%) e Porto Alegre (3,2%)",

ressaltou Cimar Azeredo.O PED

também disponibilzou uma tabela.

mostrando estimativas e a taxa de

participação nas regiões

metropolitanas."Salvador está

destoando. Isso é um número

considerável e a gente está

tentando entender esse

movimento, por que houve isso. A

taxa de desemprego de Salvador

está passando acima do ano

retrasado", notou Azeredo. Em

março de 2012, a taxa de

desemprego na região tinha sido

de 8,1%.

No dia 07 deste mês, o candidato do PSB Eduardo Campos defendeu que um dos motivos desses números assustadores é a desindustrialização.''Estamos vivendo um processo de desindustrialização , e os melhores empregos do Brasil estão sendo perdidos. Só no último semestre, a indústria de bens de capital, reduziu em 30% suas vendas.è uma situação de UTI,e precisanos ter medidas de curtíssimo prazo e de médio e longo prazos para salar a indústria brasileira'', disse Campos.

EQUIPE DAS NOTÍCIAS

NOTÍCIA

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Taxa de participação nas regiões metropolitanas

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Nome da empresa

SALVADOR É A CIDADE COM SEGUNDO MAIOR CUSTO DE VIDA

DO NORDESTE

Estudo comprova que cidade está atrás somente de Recife como

maior custo de vida

Salvador tem por volta de Três milhões de habitantes, muitos deles abaixo da pobreza. Porém isso não se reflete em seu desproporcional custo de vida. De acordo com pesquisas do site ¨Custo de Vida¨, salvador é atualmente a 12ª capital brasileira com o maior custo de vida. Isso se torna ainda mais preocupante ao avaliar-se que a média de renda mensal familiar na família é de R$ 70,00. Entre os itens avaliados na pesquisa estão Bar e Restaurante, Supermercado, Educa-ção, Transporte e Moradia. A Mensalidade para um aluno de ensino médio é de , em média, R$ 1.017,50. Já o aluguel de um apartamento de 3qts em uma região barata, é aproximada-mente R$ 829,86. Grande parte da população da cidade está desempregado e 36% só tem condições de se locomover a pé. Para esses moradores principalmente, o alto custo de vida da cidade é ab-surdo e torna quase impossível de se viver com conforto, algo a qual todo cidadão deveria ter direito. A indignação é tanta, que diversas pessoas começaram a se manifestar em redes soci-ais. Existe uma página no Facebook, chamada “Surreal” na qual pessoas postam absurdos vivenciados por elas em relação a preços absurdos. Entre as frases sobre Salvador, há :

‘’AMOR AOS PEDAÇOS, Shopping Salvador, fica no 1º piso. Um pedaço de torta R$25,00. O kilo sai por R$110,00 ABSURDO! Surreal’’

‘’Sempre frequento o Edificio Millenium na Av. Magalhães Neto, e sempre paguei uma taxa de estacioanmento de R$ 5,00 a hora mais o proporcional nas frações, pois hoje estacionei lá fiquei exatamente 1 hora e 08 minutos e a tarifa foi de R$ 14,00. Isso é abuso, pois houve alteração no preço e no sistema de fração, não colocaram tabela de preço na entrada e nem informaram ao consumidor. Desrespeito total.’’

O alto custo de vida em Salvador é absurdo e desnecessário e deve ser contornado com medidas como diminuição de preços de estacionamento e de comida em restaurantes.

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Nome da empresa Nome da empresa

A economica-

mente lança

a ideia de

conscientiza-

ção do uso do

dinheiro.

Vem para es-

sa campanha

você também

REDUZAM OS CUSTOS

ANTES QUE OS Custos

REDUZAM VOCÊ

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Nome da empresa

Perante o grande número de pesso-

as que ainda vivem em situações precárias no Brasil, surge a necessidade de elaborar uma solução fácil, econômica e efetiva para resolver tal entrave. É então que, como es-capatória, aparece a tecnologia social- todo método, produto, processo ou técnica de baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto comprovado que pretende resolver um pro-blema social. Essa tecnologia deve, tam-bém, poder ser aplicada em vários meios e locais para a expansão de seu efeito em sua concepção original, deveria ser feita por cidadãos para cidadãos. Todavia, este último conceito deve ser esquecido, pois, para que a sua efetividade atinja o poten-cial máximo, é de grande importância que o indivíduo comum trabalhe em pareceria com governo na aplicação dessa metodolo-gia.

Apesar das tecnologias sociais pode-rem ser geradas no berço de uma comuni-dade ou em um ambiente acadêmico (devido aos seus requisitos de simplicidade e baixo custo), deveria caber ao governo pô-las em prática, uma vez que o Estado de-tém um alto poderio financeiro, a coercibili-dade dos seus cidadãos e mão de obra qualificada (funcionários públicos), e os dois comungam de um mesmo objetivo: melhorar a qualidade de vida do povo. Além disso, devido à gravidade da proble-mática em alguns casos, o simples esforço dos idealizadores não é suficiente para al-cançar os objetivos dos projetos, é neces-sária a presença de uma instituição coesa e estável para realiza-los e mantê-los.

Não obstante, a luta contra proble-mas e injustiças sociais é um compromisso majoritariamente do governo, de acordo com a Constituição, uma vez que não há lei que exija tal comportamento do seu ci-dadão.

Tendo isso em mente, o indivíduo comum não estaria cumprindo as obriga-ções do Estado ao desenvolver uma tecno-logia social? Para Carlos Seabra, diretor de

Tecnolo-gia do Ipso (Instituto

de Pesquisa e Projetos Sociais e Tecnoló-gicos), a resposta é não. Ele afirma que “a aplicação da tecnologia social pressupõe atuar em conjunto com o poder público, com a sociedade e, no caso de empresas, até com organizações que poderiam ser vistas como concorrentes”. Ademais, o dire-tor argumenta que é necessário quebrar a concepção original de tecnologia, conside-rada por ele uma barreira, para resolver os impasses sociais. “Sem rompê-la (a barrei-ra) não se iniciará nenhum processo real-mente transformador nem se alcançará a escala necessária para fazer frente à com-plexidade e ao tamanho de nossos proble-mas sociais. Colaboração é uma palavra-chave na tecnologia social e um elemento estranho na estratégia empresarial conven-cional”. Portanto, para que o objetivo maior da tecnologia social seja conquistado, deve-se abrir mão de algumas de suas caracte-rísticas originais.

Ao analisar a opinião de especialis-tas e a condição de vida decadente de uma grande parcela da população brasileira, conclui-se que a tecnologia social, uma das soluções mais práticas, econômicas e efeti-vas à disposição, torna-se necessária. To-davia, para que esta seja adequadamente executada, é necessário procurar-se uma união cidadão-estado. Dessa forma, diver-sos obstáculos do Brasil poderão ser venci-dos.

Tecnologia social: a eficiência da uni-

ão entre o público e o poder público

EQUIPE DO VÍDEO

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Simplicidade como

válvula de escape

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Nome da empresa

A cidade de Salvador ainda parece com o seu fiel retrato feito há 77 anos por Jor-

ge Amado em “Capitães da Areia”: precária em sua essência. Esse alarmante quadro socioeco-nômico foi comprovado em nú-meros pela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010, que reve-lou o índice de que cerca de 76,7 % dos cidadãos soteropolitanos possuem um rendimento domicili-ar per capita mensal de apenas meio salário mínimo. É nesse contexto problemático que as tec-nologias sociais surgem como efi-cientes aliadas para a redução do custo da vida doméstica nas co-munidades.

A maioria da população de Salvador perece com seus pro-blemas socioeconômicos. Graças aos surtos urbanos e seus aglo-merados, faltam empregos para o excedente populacional, os res-tantes fornecem um raso salário, e o alto custo de vida na capital torna-se insustentável para os di-minutos fundos de seus habitan-tes. Evidenciando a precária situ-ação financeira dos soteropolita-nos, a pesquisa do Banco do Nordeste revelou que, em maio de 2012, 64,2 % dos consumido-res da cidade estavam endivida-dos. Como se não bastasse todo o sofrimento para quitar seus dé-bitos, a conta de energia dos bai-

anos ainda sofreu reajuste de alarmantes 15%. Perante esta condição preocupante, projetos como o dispositivo ecológico, fun-cional e econômico de Mirko Chávez Gutiérrez (conhecido co-mo “kit geladeira”) para a conden-sação evaporativa em refrigera-dores domésticos, que reduz um consumo de energia elétrica resi-dencial em até 5%, mostram-se como alternativas benéficas na suavização de tantas aflições e misérias para os cidadãos de Sal-vador e região metropolitana. Uma parcela significativa dos gru-pos que reivindicam fomento à Tecnologia Social a compreen-dem como um instrumento para amenizar os efeitos deletérios do capitalismo, segundo o gestor de projetos relacionados ao tema e professor da Universidade de São Carlos, Jesus Carlos Delga-do Garcia. Em contrapartida, é necessário avaliar se há a possibilidade de tais instrumentos serem aplica-dos em uma determinada comu-nidade. Por serem construtos so-ciais, essas tecnologias necessi-tam do engajamento unânime de um grupo para serem mantidas e, portanto, podem não durar por um longo prazo, sendo benéficas apenas por um breve espaço de tempo, caso não haja envolvi-mento suficiente do corpo social beneficiado.

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Além disso, caso se aplique algum procedimento inadequado, pode-se obter até mesmo um efeito “iatrogênico”, prejudicando aqueles a quem se pretendia au-xiliar. Contudo, as tecnologias so-ciais são, essencialmente, basea-das na simplicidade e na auto-gestão, podendo, assim, serem sustentadas pela parcela da po-pulação favorecida, sem maiores dificuldades.

As técnicas voltadas para o coletivo, portanto, tornam-se pal-páveis soluções socioeconômicas para uma metrópole onde o de-semprego e o alto custo de vida têm manifestado reflexos expres-sivamente negativos. Tal posicio-namento revela sua coerência na proposta e no conceito das tecno-logias sociais, uma vez que es-sas apresentam-se harmonizadas com a proposta de redução de custo doméstico, sendo acessí-veis, pois se baseiam numa ad-ministração simples e própria da comunidade onde se aplicam. Afi-nal, o desfecho para os mais gra-ves problemas pode encontrar-se nas mais simples e espontâneas iniciativas

“CerCa de

76,7 % dos ci-

dadãos sote-

ropolitanos

possuem um

rendimento

domiciliar

per capita

mensal de

apenas meio

salário mí-

nimo.”

EQUIPE DO ARTIGO

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Os males do desamparo em Salvador

O processo de favelização sotero-

politano vem de um passado de desi-

gualdade e exclusão social que ainda re-percute intensamente na atualidade. O ocorrido deve-se ao desmedido aumento

populacional, decorrente do surto indus-trial na Bahia. Devido ao êxodo rural, a

população nos centros urbanos aumen-tou alarmantemente num curto intervalo de tempo, causando a degradação de tais

centros. Como consequência, os índices de desemprego cresceram, marginalizan-

do diversas famílias e obrigando-as a vi-ver em condições sub-humanas. Estima-se que no ano de 2014 existam 99 comu-

nidades carentes em toda a região me-tropolitana de Salvador e esse índice ten-de a crescer espantosamente.

Deve-se salientar que, ainda mais com a inflação que aflige todo o país atu-

almente, o custo médio de vida do brasi-leiro é maior que o salário de muitos. Sem respaldos financeiros, as comunida-

des veem-se desamparadas, e padecem com os almoços dados na escola que de-vem sustentar a criança durante o dia

todo e as carteiras remendadas, a ener-gia que é “cortada”, o telhado que está

despencando, a conta de água que torna-se inviável e o gás que não dá para pa-gar. Esses são apenas alguns dos proble-

mas que afetam a comunidade de Fazen-da Coutos 3, em Salvador, e que acarre-

taram no lamentável fim do Projeto Pim: um programa que motivava as crianças e os adolescentes do bairro na busca de

um possível e próspero futuro. Além dos ordinários reflexos, uma

das consequências mais danosas dos

problemas financeiros nas comunidades de Salvador é a inserção de crianças e

adolescentes no tráfico de armas e dro-gas. Como muitos jovens soteropolitanos não possuem um currículo atraente,

uma vez que não foram previamente

qualificados devido às péssimas condi-ções das escolas públicas, problema oca-

sionado também pelos entraves econômi-cos da cidade, boa parte do contingente não consegue introduzir-se no mercado

de trabalho. Com capital escasso e mui-tos débitos para quitar, o vislumbre do dinheiro rápido e fácil, ainda mais para a

mocidade, que é imediatista por nature-za, soa como uma proposta demasiada-

mente atrativa para recusar. E lá se vai o corpo juvenil, cuja mente um dia sonhou com o futuro, mas teve suas esperanças

massacradas pela dura realidade, parar nas manchetes sensacionalistas.

Esta baixa renda (decorrente, em sua maioria, de obstáculos sociais) e os

demais problemas econômicos, princi-pais causas das precariedades domésti-cas nas comunidades, são verdadeiros

inimigos dos soteropolitanos. É inadmis-sível, que os cidadãos, que já sofrem com

tantos infortúnios, ainda tenham que suportar as condições deficientes, frágeis e desconfortáveis do próprio lar. Para su-

avizar pelo menos um desses entraves financeiros- a carestia para sustentar uma casa-, as tecnologias sociais sobres-

saem-se como medidas alternativas, haja vista que apresentam como um dos seus

fundamentos a necessidade se baixo pre-ço e fácil manutenção, e, portanto, seri-am uma maneira de economizar e, com o

capital preservado, proporcionar aos in-divíduos o acesso a uma melhora na

qualidade de vida.

EQUIPE DAS NOTÍCIAS

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Nome da empresa

TIRINHAS

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“TemPo É dinHeiro [!] [?]”

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