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••• Sociedade Policial ••• 1 Sociedade Policial B r a s i l Sociedade Policial Cidadania & Segurança Revista Veículo de divulgação na área de Segurança Pública Jan, Fev, Mar 2012 - ano IV www.sociedadepolicial.com.br “Segurança Pública é um dever do Estado, direito e responsabilidade de todos” Constituição Federal DELCON: Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor Governo estabelece metas para redução de homicídios no Paraná Delegado-geral recebe agentes especiais dos EUA PÁG 20 PÁG 16 PÁG 8 Foto capa: Isidro

Revista Sociedade Policial (1º semestre 2012)

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Revista Sociedade Policial, Ano IV

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SociedadePolicial

Brasil

Sociedade PolicialCidadania & Segurança

Revista

Veículo de divulgação na área de Segurança Pública

Jan, Fev, M

ar

20

12 -

ano IV

www.sociedadepolicial.com.br“Segurança Pública é um dever do Estado, direito e responsabilidade de todos” Constituição Federal

DELCON:Delegacia deCrimes Contraa Economia e Proteção ao Consumidor

Governo estabelece metaspara redução de homicídios no Paraná

Delegado-geral recebeagentes especiais dos EUA

PÁG 20

PÁG 16

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Foto

capa: Is

idro

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ÍndiceO Sistema acusatório no código de processo penal.......................................................................5

Volta à luta..............................................................................................................................7

Governo estabelece metas para redução de homicídios no Paraná.........................................................8

Polícia Civil terá cursos de idioma e pós-graduação no ano que vem...............................................10

Policiais paranaenses vão aprender técnicas antiterrorismo espanholas...............................11

Richa anuncia implantação de Unidades do Paraná Seguro............................................................12

Instituto de Identificação inaugura museu papiloscópico em Curitiba....................................................14

Delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto e agentes especiais dos EUA..........................................16

Eis “o cara” da nossa Polícia Civil..................................................................................................18

CAPA Um mestre na Delcon....................................................................................................20

Prevenir é mais eficiente que remediar........................................................................................22

Conselho da Polícia Civil inicia as atividades de 2012....................................................................23

Richa autoriza novas tabelas de remuneração para policiais...........................................................24

Experiência na Dpmetro........................................................................................................26

Interação é a base de tudo........................................................................................................28

Estado terá investimento de R$ 100 milhões em segurança ..........................................................30

Governo oficializa participação de policiais e auditores no Gaeco.........................................................31

Dinamizar os serviços é o propósito...........................................................................................32

Polícia Civil de Guarapuava descentraliza seções para otimizar os recursos humanos........................32

Trabalho desenvolvido em 2011 Base DOA-PR.............................................................................34

Novos investigadores serão treinados para operações policiais.........................................................36

Precisamos recuperar a legitimidade junto a sociedade.................................................................37

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EDITOR:Arli Fernandes | (41) 9902-1001

[email protected]

Revista Dirigida aos Profissionais das Áreas de Segurança Pública e Empresários

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www.sociedadepolicial.com.br

JORNALISTA:Ricardo Dias (DRT-PR/5504)

DIAGRAMAÇÃOHenrique Brockelt Giacomitti (41) 9920-7567

COMERCIALAnibal Cortez (41) 9810-6579Luis Marcon (41) 9811-6057

COLABORADORES:Delegado Francischini (Deputado Federal)

Maria Alice N. Souza (Diretora Geral da PRF)Milton Isack Fadel Jr. (Tenente Coronel PM-PR)

Dr. Hamilton Cordeiro da Paz Jr. (Delegado de Polícia)Dr. Vilson Alves de Toledo (Delegado de Polícia)

Dr. Rubens Recalcatti (Delegado de Polícia)Dr. Jairo Amodio Estorilio (Delegado de Polícia)

Dr. Wilciomar Voltaire Garcia ( Delegado de Polícia)Dr. Renato Coelho de Jesus (Delegado de Polícia)

João Carlos da Costa (Policial Civil)Lenine Mateus Albernaz (Juíz Instrutor)Valdir de Córdova Bicudo (Policial Civil)

APOIO:PRF (Polícia Rodoviária Federal)

DOA (Divisão de Operações Aéreas PRF)SIDEPOL (Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado

do Paraná)GRAER (GRUPAMENTO AEROPOLICIAL – RESGATE AÉREO)

ASSESSORIA JURÍDICALenine Mateus Albernaz - OAB/PR 23.467 (Advogado)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART.220PARÁGRAFO 1 – NENHUMA LEI CONTERÁ DISPOSITIVO

QUE POSSA CONSTITUIR EMBARAÇO À PLENA LIBERDADE DE

INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA EM QUALQUER VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL ART.237A PUBLICAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE VEÍCULO IMPRESSO DE

COMUNICAÇÃO INDEPENDE DE LICENÇA DE AUTORIDADE

Observação:Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da Revista Sociedade Policial. Proibida reprodução total ou parcial de qualquer matéria da redação sem prévia

autorização.

Luckmax Editora e Marketing LTDA.CNPJ: 11.232.594/0001-82

Curitiba - PR

Editorial Cabo-de-guerraJoão Carlos da Costa

O conflito entre empregados e empregadores é antigo e jamais deixará de existir. Desde a época dos faraós, as manifestações por melhores condições de trabalho eram freqüentes, por mais que a maior parte dos serviços pesados fosse executada por escravos.

Na era moderna a revolução industrial trouxe à tona outros problemas relacionados à economia e fortemente influenciados pelas lutas por melhores condições. As conseqüências dos movimentos grevistas foram as diversas mudanças nos ordenamentos jurídicos mundial e nacional, que proporcionaram inovações em relação aos direitos sociais fundamentais. Dentre eles, o direito de greve.

Os imbróglios existentes nas negociações salariais, atualmente têm sido menos visíveis na esfera privada que na área pública. No Brasil o índice de desemprego tem baixado de forma relevante. O mercado de trabalho há um bom tempo vem ostentando estabilidade e demonstrando um aquecimento com alta rotatividade e mais oportunidades aos trabalhadores capacitados, tal a escassez de mão-de-obra qualificada. Este fenômeno faz com que as empresas privadas ofereçam mais benefícios aos candidatos às vagas oferecidas, para poder competir à altura com as concorrentes.Essa estratégia inibe os movimentos reivindicatórios e dá uma outra dinâmica na economia. No universo empresarial, os setores mais resistentes e que se destacam ainda quanto às manifestações por melhoria salarial são os ramos dos transportes coletivos e bancários,que muito arrecadam, mas também os que menos distribuem lucros entre os seus colaboradores.

Na área pública, a situação se complica cada vez mais, com as freqüentes greves nos setores básicos de atendimento. O Estado tenta manter as estrutura de acordo com a sua capacidade de arrecadação e as suas limitações legais através de decisões políticas e não técnicas. Com isso, as remunerações do quadro funcional só são prioridade em épocas de crises, quando há necessidade de cortes de despesas. Nesse sentido, a administração pública peca, pois desvaloriza e deprecia o seu principal patrimônio: o servidor. E, em conseqüência, a prestação do serviço público com qualidade. Por sua vez, os funcionários públicos que sempre lutam pelo reconhecimento da sua dignidade como cidadãos comuns, nem sempre têm as suas reivindicações atendidas porque as suas estratégias nunca são compatíveis com as dos administradores. Às vezes por falta de união, excessos de vaidades ou por não expor claramente os objetivos que sustentem uma boa argumentação e dão armas ao inimigo quando anunciam suas intenções em caso de recusa das pretensões.

Em ambos os casos, prevalece a falta de planejamento. O Estado necessita manter estudos técnicos prévios e aprofundados sobre critérios de valorização e qualificação dos recursos humanos. Os funcionários precisam direcionar melhor os seus pedidos de modo que peçam aquilo que realmente desejam, com uma visão holística voltara para o presente e para o futuro, de modo que possam desempenhar o seu real papel: que é o de melhor servir a sociedade, hoje refém da falta de qualidade da prestação dos serviços públicos e que fica sempre no meio de um fogo serrado.

João Carlos da Costa – Bel. Químico, Bel. em Direito (aprovado pela OAB), Especialista em Direito Público, Professor e Policial Civil.

Contatos: Joã[email protected] F. (41) 9967-3295.

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Na Era Medieval, como nos ensina a Escola Clássica através de Cessare Beccaria, (Milão, Itália 1738 —1794), em especial em sua obra “DOS DELITOS E DAS PENAS”, o sistema vigente era o “Sistema Inquisitivo”.

Derivado do Catolicismo, onde a Igreja era vista como um poder estatal absoluto, tinha nos crimes o mesmo sentido de pecado, prisão era regra, a Confissão era tida como rainha das provas, tortura era o principal meio de investigação e o delinqüente era visto como objeto do pecado.

O Organismo Medieval Inquisitorial veio para organizar a sociedade após a queda do Império Romano. Tal sistema consistia na reunião das funções de acusação e condenação, essas duas funções estão reunidas em uma só pessoa, ou seja, aquele que investiga, acusa e processa, sendo o mesmo que profere a sentença, não havendo uma estrutura equilibrada de partes com um ser julgador ao meio.

Na Era Medieval Inquisitorial a gestão da prova ficava contemplada na pessoa única do juiz, o qual se colocava a extrair uma pretensa verdade real.

Chegaram então os Métodos Científicos Modernos, que dissolveram a complexidade das matérias em partes separadas de estudo, dinamizando o conhecimento e criando as Ciências Modernas.

Este Método trousse a revolução para o Mundo Moderno, então o Estado passou a fundar-se no Regime Técnico Modal, e surge o Estado de Direito com a separação dos Poderes (Executivo Legislativo e Judiciário). Também foi criado o Princípio da Legalidade, onde a tipicidade deve, em todas as hipóteses, contemplar sua estipulação em lei.

Surge então o SISTEMA ACUSATÓRIO, onde o delinqüente não é mais objeto e sim sujeito de direito sendo eliminada a tortura. Prisão não é mais regra, a confissão não é mais a rainha das provas. Nasce o Ministério Público dando mais ênfase ao Princípio da Legalidade com o Princípio do Direito Penal Mínimo.

O Estado Moderno absorve o conteúdo de valor da norma e cria o bem jurídico passando a lhe proteger, bem como, a Ordem Econômica passa a ser vista como Bem Jurídico.

No sistema acusatório, existe uma estrutura dialética no processo, com acusação pelo Órgão Ministerial, Defesa e um julgador inerte as partes, forma-se, portanto a Presunção de Inocência “in dubiu pro réu”.

Ocorre ai a autonomia entre acusação e julgador que passam a ser agentes separados na estrutura dialética do processo.

Portanto a gestão das provas passa a ser ônus das partes (acusação e defesa).

Segundo alguns doutrinadores o nosso sistema processual é misto, ora inquisitorial ora acusatório.

Assim discorrendo, o que passamos a observar é que no texto trazido pelo artigo 156 e incisos do Código de Processo Penal a uma quebra na estrutura dialética do processo penal acusatório, quando permite ao juiz buscar e produzir a prova.

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de Ofício:

I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;

II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.

O que segundo o doutrinador Aury Lopes Junior, “O sistema processual brasileiro no fundo no fundo é inquisitorial, pois ele carrega

O SISTEMA ACUSATÓRIO NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Artigo

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consigo a principal característica do sistema inquisitivo em seu artigo 156 e seguintes do CPP, um corpo acusatório com um coração inquisitivo.

Outra herança deixada pelo sistema inquisitorial, mas no sentido ortográfico é a derivação das palavras pena e penitenciária as quais derivam da palavra penitência, exarada pelos padres nos confessionários após a confissão dos pecadores na Era Medieval.

De toda sorte depreende-se que houve uma evolução na condução dos procedimentos penais, ou seja, o Estado passou do papel de acusador, julgador e algoz, a se preocupar com a defesa do acusado, permitindo que haja condições, seja por defensor público ou particular, de propiciar garantias de um julgamento justo a quem quer que seja.

Na teoria tudo parece perfeito, porém há que se ressaltar que o Estado ainda não possui estrutura e condições adequadas para atender a demanda de casos existentes no Brasil, onde, a começar pelas polícias de uma forma em geral, o déficit de pessoal é muito grande, somado aos problemas de cata entidade policial.

Somado a estes fatores, a própria estrutura do Poder Judiciário é precária, partindo de questões simples como o baixo número de defensores, promotores, juízes e demais serventuários das unidades da estrutura dos poderes legalmente constituídos.

Desta feita, apesar dos esforços de todos os que operam na área criminal, há uma defasagem muito grande no trâmite dos processos, o que necessariamente acarreta no atraso do processamento e, principalmente, julgamento das ações penais, o que obviamente resulta nas questões sociais pós prisão, onde a população carcerária aumenta e as famílias dos detentos são sacrificadas, mais pelo efeito da demora do ESTADO do que pela própria ação delituosa em julgamento.

Depreende-se de toda uma análise que ora não há como se esmiuçar dada a importância do tema, que se deve por parte do Estado, em resumo, continuar a investir em ações como aumento da educação, moradia, saneamento básico, geração de empregos, distanciando-se do assistencialismo barato, pois, todos estes fatores de melhoria da qualidade de vida, servem para amenizar o caos social imposto pela criminalidade em geral.

Muito melhor do que educarmos e qualificarmos os condenados, é oferecer estudo e trabalho as pessoas que não entraram para o mundo do crime, o que evitará que os mesmos se tornem marginais, propiciando e oferecendo condições para que todos tenham uma vida digna, honrada e honesta, sem precisar passar pelo processo de expurgação vivido por muitos homens e mulheres neste país

Lenine Mateus Albernaz

Advogado e Juiz Instrutor do Juiz Juizado Especial de Curitiba

Artigo

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Enfim, estamos em 2012. No Brasil é assim mesmo. O ano só começa após o Carnaval. Primeiro se curtem recessos, períodos de descanso para depois voltar com as energias renovadas pôr em prática tudo aquilo que no ano anterior não foi realizado ou concluir o que foi iniciado.

As aulas recomeçaram. O fluxo de trânsito, como toda rotina do dia a dia, já voltaram ao normal. Desafios e outras dificuldades virão. Agora, é começar as cobranças, primeiramente, de nós mesmos, sem arranjar desculpas esfarrapadas como aquelas de dizer que no momento de prometer isto ou aquilo na virada do ano não estava em plena consciência ou, popularmente, de porre mesmo. É chegado o momento de dar início às concretizações das metas estabelecidas.

No âmbito público, tudo é planejado de acordo com uma programação orçamentária, cuja execução já começou em janeiro, embora a liberação de recursos ainda não tenha acontecido, na maioria dos Estados. Sempre ocorrem um ou dois meses após e este fato, devido o atraso no desembolso financeiro, gera muitas expectativas nos credores do Estado e no funcionalismo público, que sempre esperam atitudes positivas da administração do Estado quanto a pagamentos e melhoras salariais.

Concomitantemente, é de bom alvitre lembrar aos governantes tudo o que foi prometido no que diz respeito à prestação dos serviços públicos, levando-se em consideração que o ano que passou foi o início das gestões governamentais e os eleitos gastaram um bom tempo estudando cada situação, acertando contas de antecessores e reavaliando as contas públicas. Ocasião em que muitos afirmaram a necessidade de colocar a casa em dia para, posteriormente, melhorar o atendimento à população os diversos setores da administração e rever as condições dos servidores.

Tanto a população quanto os servidores públicos têm esperança que em 2012 os recursos arrecadados, principalmente através de impostos, sejam revertidos em benefício nos setores mais carentes como educação, assistência social, saúde e segurança, sempre prejudicados pelos constantes desvios e pelas atitudes inconseqüentes de alguns administradores, que influenciam direta e negativamente na qualidade dos serviços prestados.

O ano promete uma reviravolta em diversos setores, dentre eles o econômico, e exigirá a tomada de decisões concisas e objetivas para suplantar crises que já se vislumbram em outros continentes, principalmente o europeu.

O importante é ter fé em Deus, perseverança e tocar em frente. O fato de estar vivo já é uma primeira vitória.

Por fim, espera-se diante dos desafios a serem enfrentados, decência e bom senso dos gestores da coisa pública, para o bem de todos e felicidade geral da Nação, ou decrete-se a falência dos princípios administrativos constitucionais!

João Carlos da Costa – Bel. Químico, Bel. em Direito (aprovado pela OAB), Professor e Policial Civil. Contatos: Joã[email protected] F. (41) 9967-3295.

Volta à lutaOpinião

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O governo do Paraná estabeleceu como meta diminuir em 27% o número de homicídios dolosos no Estado até 2015, o que reduziria a taxa desse tipo de crime de 30,4 (dado de 2010) para 21,50 casos por cem mil habitantes – abaixo da atual média nacional, que é de 26/100 mil. As metas foram anunciadas nesta terça-feira (13) pelo governador Beto Richa

Governo estabelece metas para redução de homicídios no Paraná

e pelo secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, que enumeraram uma série de medidas já programadas para conter a criminalidade no Estado.

O plano apresentado pela Secretaria de Segurança estabelece reduções gradativas no número de homicídios, consolidando uma tendência de queda já verificada este ano. Projeção feita pela pasta com base nos dados de janeiro a setembro indica que o Paraná deverá fechar 2011 com queda de 7,72% nos homicídios, em relação a 2010 em todo o Paraná – o que representa 253 ocorrências a menos. Essa projeção indica para este ano uma taxa de 27,81 homicídios por cem mil habitantes, contra 30,40 no ano passado.

Em reunião com policiais, Richa listou as medidas programadas para garantir o cumprimento do índice, entre elas a contratação de policiais e a construção de delegacias. “Traçamos uma meta ambiciosa, que mostra o comprometimento do Estado com a segurança pública. O governo não medirá esforços para garantir tranquilidade e segurança ao povo paranaense”, disse o governador.

Os investimentos serão feitos com recursos do Tesouro estadual e empréstimos de organismos internacionais. O governador destacou ainda a importância do trabalho dos policiais para a melhora das

estatísticas.

NÚMEROS – A projeção apresentada pelo secretário Reinaldo de Almeida César indica redução gradativa e contínua no número de homicídios nos próximos quatro anos: (em 2012); 2.682 (em 2013), 2.535 (em 2014), 2.386 (em 2015). Quanto às taxas de homicídios por cem mil habitantes, a meta é reduzir para 25,81em 2012; 24,33 em 2013; 22,85 em 2014; e 21,50 em 2015.

Para facilitar o controle das taxas e garantir um acompanhamento adequado do trabalho, a secretaria vai dividir o Paraná em 23 Áreas Integradas de Segurança Pública, cada uma sob o comando de um delegado e um oficial da Polícia Militar. Cada área terá metas próprias de redução de homicídios dolosos e crimes patrimoniais. Curitiba será dividida em 13 subáreas. “Será uma ferramenta para acompanhamento permanente dos índices, não apenas pelo governo, mas também pela imprensa e conselhos comunitários”, disse o secretário.

Reinaldo de Almeida Cesar destaca que para o cumprimento da meta será realizado um trabalho policial mais intenso nas regiões com maior população, como Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel. Segundo ele, a meta é que a partir de 2013 o Paraná já tenha uma taxa de homicídios por cem mil habitantes abaixo da média nacional, que é de 26/100mil.

Governo

Richa destacou os investimentos financeiros na área para 2012. “São recursos substanciais, com o aporte de mais R$ 500 milhões por ano”, disse ele.

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Fonte: AEN notícias

MEDIDAS ESTRUTURANTES – A ampliação dos recursos financeiros para a segurança pública será destinada a medidas estruturantes definidas pelo Programa Paraná Seguro, lançado em junho pelo governador. A proposta define dez projetos que, de acordo com o secretário, criarão as condições necessárias para reduzir as taxas.

Entre as medidas previstas estão a contratação de mais policiais, construção de unidades para as polícias Militar e Civil, implantação dos módulos policiais, reestruturação do IML e da Criminalística com novas unidades no interior, aquisição de novas viaturas com acesso a tecnologia, aperfeiçoamento dos sistemas de monitoramento com câmeras, aperfeiçoamento da central 190 e da radiocomunicação.

TRÂNSITO – O número de acidentes de trânsito registrados no Paraná de janeiro a novembro

de 2011 teve uma redução de 5,2% em relação ao mesmo período de 2010. Informações da Batalhão de Polícia de Trânsito (Bptran) da Polícia Militar mostram que foram registradas 7.501 acidentes neste ano, 408 a menos que em 2010.

O índice de óbitos no local também caiu, de 82 casos em 2010 para 74 em 2011, uma diferença de 6,1%. O secretário de Segurança destaca que a melhora dos números foi ocasionada pela ampliação do trabalho de fiscalização da polícia.

No ano de 2011, foram realizadas 659 blitze, com ampliação de 40% em relação ao ano passado.O número de veículos recolhidos nessas operações cresceu 55,8% e a quantidade de notificações por embriaguez aumentou 48,5%, passando de 944 para 1.402 em 2011.

“Reduzir o número de homicídios é a nossa prioridade. Iremos atuar com integração e transparência para que a população tenha acesso aos índices de criminalidade”, disse o secretário.

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A Escola Superior de Polícia Civil (ESPC) planejou para o ano que vem cursos para qualificação de policiais que incluem desde idiomas a pós-graduação em segurança pública. De acordo com o diretor da ESPC, Luis Fernando Artigas Júnior, a capacitação constante do corpo docente e dos servidores administrativos também está entre as prioridades.

“As equipes de planejamento, administrativa e de ensino buscam aumentar a qualidade nos cursos de formação inicial, formação continuada, extensão e especialização”, afirma o diretor da ESPC.

O próximo curso de formação

Polícia Civil terá cursos de idioma e pós-graduação no ano que vem

técnico-profissional de investigador tem início previsto para 27 de fevereiro. A carga horária do curso será concentrada nas disciplinas que contemplem conteúdos de inteligência e investigação policial.

Dentro do programa de extensão, a Escola ofertará cursos de curta duração, com temas como polícia cidadã, atendimento ao público, desenvolvimento de equipes, uso legal de arma de fogo, defesa pessoal, ação policial, técnicas de investigação e liderança e gestão de pessoas.

O programa de idiomas tem início previsto para março. Para o curso de inglês serão quatro

turmas durante a semana e uma aos sábados. Já para o curso de espanhol, estão previstas duas turmas, sendo uma durante a semana e outra aos sábados.

GESTÃO – A instituição passa a oferecer, a partir de 5 de março, o Programa de Pós-graduação em Gestão da Segurança Pública. A princípio, será ofertado o módulo III - Curso Superior de Polícia com ênfase em Gestão Estratégica, destinado a delegados de 2ª classe. Para as vagas que não forem preenchidas, poderão se inscrever delegados de polícia de outras classes, com o compromisso de realizar o curso de especialização, que é composto por três módulos.

Fonte: AEN notícias

Polícia

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O delegado-coordenador do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), Renato Figueiroa, participou de treinamento em Guadalajara, na Espanha. O curso é promovido pelo Corpo Nacional da Polícia Espanhola – uma das instituições mais bem-sucedidas no mundo em ações dessa natureza – e reuniu 25 policiais brasileiros e outros de países da América Latina.

Figueiroa explicou que o conhecimento adquirido será levado para os policiais que atuam em operações especiais, em preparação para a Copa do Mundo, considerando que a repercussão do evento pode motivar atividades terroristas. “Temos que adequar as técnicas antiterroristas à nossa realidade, para evitar qualquer ação que possa colocar em risco a

Policiais paranaenses vão aprender técnicas antiterrorismo espanholas

Fonte: AEN notícias

segurança da população local e de turistas”.

Os policiais aprenderam técnicas avançadas de prevenção e combate ao terrorismo. Para Figueiroa, o curso possibilita que operações sejam planejadas sob nova ótica, com maior possibilidade de sucesso. “A Espanha possui vasta experiência em antiterrorismo, pelos vários anos de luta contra o grupo separatista basco ETA”, afirma. Dentre as manobras e ações estão técnicas de rapel, entradas com explosivos, defesa pessoal, proteção de dignatários, sniper, assalto a ônibus ou avião, além de prisão de alto risco.

O curso, que se estendeu do dia 19 de setembro ao dia 28 outubro, foi ministrado na base do Grupo Especial de Operações (GEO) (unidade do Corpo

Nacional da Polícia Espanhola), em Guadalajara, nos arredores de Madrid. Os módulos foram aplicados a representantes de grupos de operações especiais de países da América Latina. Do Brasil, participaram policiais do Paraná, Brasília e Goiás.

Polícia

Técnicas antiterrorismo aplicadas na Espanha serão usadas por policiais civis no planejamento da segurança pública para a Copa do Mundo.

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O governador Beto Richa confirmou, nesta quinta-feira (5), que será iniciada no primeiro semestre deste ano a implantação de Unidades do Paraná Seguro (UPS) em áreas que apresentam alto índice de criminalidade. Além de reforço policial, as bases deverão contar com outros serviços públicos, em parceria com as prefeituras.

As UPS começarão a ser instaladas nos municípios da Região Metropolitana de Curitiba e na capital, que respondem por mais da metade dos crimes contra a vida no Estado. Richa disse que a idéia é espalhar as unidades por outras regiões do Paraná. “O propósito é retomar para os cidadãos as áreas que estão ocupadas pela criminalidade e o tráfico de drogas”, disse.

Richa anuncia implantação de Unidades do Paraná Seguro

O governador destacou que o setor de inteligência da Secretaria da Segurança Pública está realizando um levantamento das regiões que poderão receber as unidades. Ele informou que o detalhamento da iniciativa será divulgado em um momento oportuno em razão do tema ser estratégico.

Richa explicou que várias experiências bem-sucedidas no País foram estudadas, inclusive as Unidades de Polícia Pacificadora criadas no Rio de Janeiro, e ressaltou que as idéias foram adequadas à realidade paranaense. O governador afirmou que além das UPS, o governo vai iniciar a implantação de 400 módulos móveis e a construção de 95 delegacias de polícia.

PROGRAMA – A implantação das bases é uma medida do Programa Paraná Seguro, concebido para reduzir drasticamente os números da criminalidade no Estado. Lançada em agosto, a proposta inclui a contratação de 8 mil policiais militares e 2.200 policiais civis nos próximos anos.

Em 2011, foram chamados 2 mil aprovados em concurso da PM, que estão em fase de testes para ingresso na corporação, e mais de 695 policiais civis, entre investigadores, papiloscopistas e escrivães. Foi criada a Delegacia Eletrônica e iniciada a reestruturação dos Institutos Médicos Legais. “O número de policiais no Paraná era muito baixo. Estamos trabalhando para reverter esse quadro e melhorar o

Governo

“As medidas vão garantir a tranqüilidade das pessoas de bem, pois a segurança pública é uma das maiores preocupações da sociedade”, afirmou o governador.

Beto Richa - Governador do Paraná

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Fonte: AEN notícias

atendimento ao cidadão em todo o Estado”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar.

CADEIAS – Novos presídios estão programados e a desocupação de carceragens superlotadas já começou. No último final de semana foram transferidos para o Sistema Penitenciário mais de 200 presos da cadeia de Paranaguá, que tinha capacidade para apenas 30 detentos. Dos cerca de 16 mil

presos que ocupavam delegacias de polícia, três mil já foram transferidos para presídios nos últimos meses.

Para dar suporte às medidas anunciadas pelo governador, o orçamento da Secretaria da Segurança Pública, que girava em torno de R$ 1,5 bilhão ao ano, será reforçado em R$ 500 milhões no atual exercício, e poderá dobrar até 2014, quando todas as fases do programa Paraná Seguro devem estar implementadas.

O governo aprovou a criação do Fundo Estadual de Segurança Pública para financiar as ações e buscar recursos com outros agentes de fomento no Brasil e exterior. Além disso, o programa Paraná Seguro pode contar com repasses e transferências da União e com eventuais operações de crédito a serem contratadas junto a organismos como o BNDES e o BID.

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O secretário da Segurança Pública do Paraná, Reinaldo de Almeida Cesar, e o delegado geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius da Costa Michelotto, inauguraram na terça-feira (27), em Curitiba, o Museu Papiloscópico do Instituto de Identificação do Paraná. O espaço, aberto para visitação

Instituto de Identificação inaugura museu papiloscópico em Curitiba

pública, resgata uma história de 100 anos de serviços prestados pelos peritos em identificação humana.

O museu conta com materiais de papiloscopia, equipamentos antigos utilizados para a confecção de documentos de identidade e fotografias que mostram o trabalho dos

profissionais ao longo dos anos. Entres as raridades expostas estão fichas cadastrais e documentos de personalidades marcantes da história do Paraná, como ex-governadores e parlamentares.

De acordo com o diretor do instituto, Newton Tadeu Rocha, idealizador do projeto, o

Notícia

O evento de inauguração também contou com as presenças da vice-diretora do instituto, Iara Dechiche, do diretor do Instituto Médico Legal, Porcídio Otaviano Rocha, e da ouvidora da Polícia Civil, Charis Negrão.

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Fonte: AEN notícias

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objetivo do museu é contribuir para o desenvolvimento cultural, técnico e cientifico: “Essa questão educacional é fundamental. As escolas podem promover visitas ao espaço e fazer pesquisas, descobrindo a importância do trabalho da papiloscopia na atividade de polícia judiciária e na identificação e individualização de pessoas”.

O secretário Almeida César disse que o museu é inaugurado no momento em que o instituto projeta um futuro de sucesso e

realização. “Ao mesmo tempo em que instala o museu, o instituto apresenta seu planejamento estratégico, missão e valores. Certamente vai haver um salto de qualidade na prestação de serviço”, afirma.

Segundo o delegado-geral Marcus Vinícius Michelotto, a história e o trabalho do profissional de papiloscopia devem ser valorizados. “Esses profissionais fazem parte da Polícia Civil e são fundamentais para o sucesso da instituição”,

afirmou Michelotto, que revelou a intenção de criar um museu da Polícia Civil.

Serviço:

O Museu Papiloscópico fica aberto para visitação de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17 horas, no Posto 1 do Instituto de Identificação do Paraná (Rua José Loureiro, 376 – Centro de Curitiba). Entrada franca. Informações: (41) 3322-9480.

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O delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto recebeu a visita de Agentes especiais do Force Protection Detachment. John Thompson, Benjamin Giese e Jeab Paraski, fazem parte do órgão que organiza a segurança da embaixada americana em Brasília.

A visita teve como objetivo apresentar a forma de trabalho dos agentes e oferecer treinamentos e cursos através de intercâmbio entre os serviços de segurança do Brasil e do Estados Unidos com troca de informações e experiência. “É uma visita de trabalho,que

Delegado-geral Marcus Vinicius Michelotto e agentes especiais dos EUA

visa a troca de informações e a disponibilidade de cursos, que inclusive podem ser fornecidos aos nossos policiais nos Estados Unidos. É uma integração entre a polícia brasileira e americana, para que possamos preparar melhor nossa polícia, principalmente no quesito segurança dos turistas americanos que vem ao Brasil.”

Participaram da visita o delegado-chefe do Centro de Operações Especias da Polícia Civil (Cope), Alexandre Macorin, a delegada responsável pela Assessoria de Relações com a Comunidade, Ana Claúdia

Machado, o capitão da Polícia Militar do Paraná, Claudionor Agibert e o delegado Silvio Rockembach, da Agência de Inteligência da Polícia Civil.

Policiais querem atualização salarial e critério na política de promoções

Os agentes visitaram também a Secretária de Segurança Pública, e pretendem visitar o Comando da Polícia Militar em Curitiba e os Comandos da Polícia Civil e da Polícia Militar de Foz do Iguaçu, visando a troca de informações dos setores de segurança que atuam nas regiões de fronteira.

Internacional

Visita dos agentes especiais do Force Protection Detachments (FPD), John Thompson, Jeab Paraski a Marcus Vinícius Michelotto. O encontro teve como objetivo a troca de experiências entre a polícia dos Estados Unidos e a do Paraná.

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FORCE PROTECTION DETACHMENTS (FPD)

Um FPD é um pequeno destacamento interligado numa rede dos analistas profissionais com todos os recursos, treinamento, e tecnologia disponível. Eles estão localizados juntos as Embaixadas dos Estados Unidos ao redor do mundo para coordenar e relatar informações de ameaças com oficiais locais que podem afetar o trânsito do pessoal ou equipamento dos EUA no país.

São pequenas unidades formadas de agentes especiais da Air Force Office of Special Investigations (AFOSI), Exército, e o Naval Criminal Investigative Service (NCIS). Todos os Agentes recebem treinamentos especializados na língua e cultura do país onde vão servir.

A responsabilidade principal do FPD é fornecer serviços (em forma de informações) de proteção para as forças do DoD, aviões, navios e outros recursos. Também é responsável por coordenar as atividades de segurança dos componentes militares. Mantém informações atualizadas sobre ameaças locais em coordenação com oficiais locais. Serviços adicionais fornecidos incluem: levantamentos e pesquisas dos hotéis, hospitais, trânsito em locais mais visitadas por unidades dos EUA.

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Fonte: Polícia Civil

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Dr. Rubens Recalcatti - Delegado Titular da Homicídios

Nomeado em 1979 na carreira de detetive para integrar o quadro da Polícia Civil e designado para estagiar no 11º distrito policial, o

Eis “o cara” da nossa Polícia Civilhoje delegado de polícia Rubens Recalcatti, no único dia que esteve naquela distrital não se familiarizou com o que observou e no dia seguinte retornou ao Departamento da Polícia Civil com a idéia fixa de pedir sua exoneração.

Após uma conversa de algumas horas com o delegado Hamilton Canfield, na sede da direção da polícia a época, na Rua Barão do Rio Branco, foi demovido do seu intento e designado para prestar serviço na Delegacia de Acidentes de Trânsito, que era comandada pelo delegado Rubens de Quadro Ribas (in memoriam), onde assumiu a superintendência.

Em 1989, entendeu que deveria tomar uma atitude de maior envergadura na sua vida e decidiu fazer o vestibular para Direito na Faculdade Curitiba. Em junho de 1994, com o canudo na mão prestou concurso público para delegado de polícia. Como delegado atuou em várias delegacias nesses 18 anos e há poucos meses assumiu a titularidade da delegacia de homicídios.

Seu desafio a frente dessa delegacia de difícil compreensão é identificar e prender aquele que subtrai o bem maior do ser humano maior, que é a vida. Nessa entrevista, o delegado Recalcatti fala da sua missão e elenca outros assuntos inerentes a segurança Pública.

Revista Sociedade Policial - Como é o dia a dia numa delegacia de polícia que tem o dever de identificar e prender quem pratica o crime de homicídio, apurar as causas e também dar satisfação aos familiares da vítima?

Recalcatti – Recebemos diariamente a vista de pessoas das mais diversificadas classes sociais e todos querem que a polícia faça justiça. Mas com muito equilíbrio, sensibilidade humana e uma ótima equipe de policiais, temos conseguido alcançar resultados que ainda não são os desejados por nós, porém, gradativamente estamos melhorando os nossos índices de elucidação de homicídios.

Entrevista

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Fonte: da Redação

RSP - Na sua opinião, quais as principais causas de tamanha gama de assassinatos em Curitiba?

Recalcatti – A falta de emprego, saúde, educação, saneamento básico, lazer e a desestruturação familiar estão levando a sociedade a um estado terminal. Vivemos numa sociedade doente, que vai buscar nas drogas aquilo que o Estado não lhe proporcionou e não está proporcionado e os resultados são desastrosos, principalmente para os adolescentes.

A Família falhou?

Recalcatti - A ausência da família e de Deus está dilacerando nossa juventude que em função da negativa da falta de oportunidades, do carinho dos pais e da religião opta pelas ofertas que lhe são oferecidas diariamente pelo tráfico de drogas que é muito organizado.

RSP - Que mecanismos poderiam ser implementados a médio e longo prazo para que a sociedade volte a valorizar a vida?

Recalcatti – Há poucos dias prendemos uma pessoa com a “alcunha” de Macarrão na Vila Parolin, vinculado ao tráfico de drogas e homicídios. Perguntei a ele o que poderia ser feito naquele

bairro de onde ele é egresso, que medidas os governos municipal, estadual e federal poderiam realizar lá minimizarmos a criminalidade. Preste atenção na resposta que esse rapaz me deu: Falta família para as pessoas, falta os governantes fazerem sua parte em benefício do povo, esse negócio de marcha da maconha liberou geral. Falta polícia nas ruas, vilas e bairros. Não preciso falar mais nada.

RSP - Na sua visão e possível combater o tráfico de drogas a principal mazela dos homicídios sem combater o usuário?

Recalcatti- Quando você vive num País onde o Supremo Tribunal Federal libera a Marcha da maconha e um ex-presidente fala abertamente em descriminalizar e

liberar as drogas, fica muito difícil traçar uma política efetiva que combata o tráfico, seja do usuário ou do traficante. A polícia está de mãos atadas.

RSP - Nesse universo descrito pelo sr., como fica a Polícia Civil do Paraná?

Recalcatti- A eleição do governador Beto Richa, a nomeação do secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar e do delegado-geral Marcus Michelotto, provocou ótima perspectiva não só em mim mas em toda a comunidade policial. Tenho fé que os investimentos anunciados virão e verei nossa instituição dar um salto de qualidade.

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Um mestre na DelconENTREVISTA DR. JAIRO ESTORILIO

Os 25 anos do atual delegado de polícia da Delegacia de Crimes contra o Consumidor (Delcon), Jairo Estorilio, na instituição policial desde janeiro de 1993, foram vividos cinco anos como escrivão e os demais como delegado. Sua trajetória teve início no Cope, Delegacia de Roubos (1), Delegacia de Furtos e Roubos (2), DFRV, DH, 3º DP, 5º DP, 7º DP, 10º DP, 12º DP, DP. de Morretes, DP. de Araucária, Denarc, DP. de Pinhais, DP. Almirante Tamandaré.

Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), Especialista em Processo Penal, Mestre em Direito Empresarial, leciona Direito em várias faculdades, na Escola Superior da Polícia Civil do Estado do Paraná e recentemente foi eleito presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Sidepol). Nesta entrevista, o presidente do Sidepol, fala da sua

caminhada, da criminalidade e do seu grande desafio a frente da entidade que tem a prerrogativa constitucional de representar a categoria dos delegados de polícia na esfera local e nacional.

Revista Sociedade Policial- Como é dirigir uma Unidade Policial, que tem como objetivo precípuo apurar crimes contra o consumidor?

Jairo Estorilio - Esta é uma área que exige muita especialização de quem a comanda. Especialização que é exigida não só do delegado de polícia, mas dos escrivães e dos investigadores. Aqui lidamos com matérias que até então não tínhamos lidado em outras delegacias. Precisamos qualificar o nosso policial já que a estrutura que possuímos atualmente é pequena.

RSP - Que sugestões o senhor dá ao Departamento da Polícia Civil para otimizar os trabalhos

dessa especializada?

Jairo Estorilio - Sugiro que os policiais que forem designados à Delcon, sejam submetidos a cursos econômicos, cursos sobre direitos do consumidor, cursos sobre pirataria, fraude em combustíveis, cursos na Receita Estadual e Federal, cursos no Departamento Nacional do Consumidor, Metrologia, para que o servidor que atua nessa área, quando sair a campo para investigar os delitos que versam sobre o assunto, tenham o domínio completo da matéria.

RSP - Curitiba e RMC foram notícia nacional sobre a adulteração nas bombas de combustíveis. Como o sr. administrou essa situação, já que temos aproximadamente seiscentos postos de combustíveis para serem investigados?

Jairo Estorilio - Primeiro aspecto, é complicado investigar

Entrevista

Entre exclusiva com Dr. Jairo revela as metas como presidente da Sidepol

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seiscentos postos de gasolina em Curitiba e Região Metropolitana com a estrutura que temos na Delcon. Segundo aspecto, a denúncia da forma como foi feita prejudicou as nossas investigações, que vem sendo realizadas desde julho do ano passado. A denúncia nos levou a acentuar ainda mais as investigações e a instauração de doze Inquéritos policiais. Com a contratação de novos policiais pelo governo do Estado, nos próximos dias devemos receber novos servidores e com uma estrutura melhor teremos condições necessárias para aumentarmos a fiscalização e coibirmos este tipo de crime.

RSP - O sr. foi eleito recentemente presidente do Sidepol. Quais são os próximos passos na defesa e prováveis projetos que podem beneficiar a classe dos delegados de polícia em âmbito estadual e federal?

Jairo Estorilio - O primeiro

passo diz respeito a questão do subsídio que me parece está bem encaminhado. Estamos acompanhando de perto para que ocorra uma solução satisfatória para os delegados e para as categorias de base. Não podemos esquecer que é crucial a abertura de concurso público para contratação de novos delegados de Polícia bem como a melhoria das condições de trabalho, especificamente com relação a guarda de presos. Uma outra questão importante a partir de agora será a criação de uma mensalidade sindical para o SIDEPOL para que seja possível uma atuação independente e rápida nas batalhas sindicais.

RSP - Como representante legítimo da classe dos delegados, o sr. participou diretamente das negociações do subsídio com o governo do Estado. Qual é a sua avaliação a respeito da proposta apresentada pelo governo?

Jairo Estorilio - Com referência

a tabela apresentada, na minha opinião atendeu as reivindicações dos Delegados de Polícia, e se trata de uma tabela real, progressiva e dinâmica que na sua grande maioria aplica reajustes entre 20 a 30% nos vencimentos. Devemos lembrar que a primeira tabela apresentada foi aviltante, reduzia salários e trazia congelamento dos vencimentos para no mínimo dois anos. Agora é uma tabela adequada, individualizada e que mostra o reconhecimento por parte do Governo da representatividade do Delegado de Polícia. Obviamente que uma pequena parcela não terá reajustes em vista de salários que resultam de ações judiciais individuais ou colegas que não descontam o valor da previdência, se analisar por este ângulo, vai haver reclamação, mas o papel do SIDEPOL é lutar por todos, mas sempre pensando na melhoria para a grande maioria, que foi o que aconteceu.

Por Valdir Bicudo

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Prevenir é mais eficiente que remediarEntrevista exclusiva com Deputado Federal Fernando Francischini

Projeto do deputado Fernando Francischini dá foco na educação e preparo da base familiar para frear a disseminação do crack em Curitiba

Ele é cinco vezes mais potente que a cocaína, é mais barato e acessível que outras drogas, e se tornou um problema generalizado de saúde e segurança pública. O crack já está presente em 90% das cidades do Brasil, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios. Os números assustam e demonstram o poder destrutivo desta droga. Graças a ela, não apenas o usuário é completamente afetado, como famílias inteiras são desestruturadas e uma onda de crimes toma conta da sociedade.

O crack virou uma epidemia, e seu tratamento é bastante complicado, já que não há como tratar o usuário em algumas instâncias, se não houver uma internação para desintoxicação. E essa internação, muitas vezes,

Entrevista

tem que ser forçada. Porém, mais do que se preocupar com o tratamento do viciado, é necessário prevenir que outras pessoas caiam nesse buraco sem fundo.

Essa é a preocupação do deputado federal Fernando Francischini. O delegado criou o projeto “Mães contra o crack” em Curitiba, pioneiro no país, que pretende capacitar mães de jovens com até 12 anos de idade na prevenção ao uso de drogas. “Vamos criar uma rede de apoio voltada para uma educação cristã e afetiva com cidadania e respeito à sociedade. Vamos capacitar as famílias para enfrentar as drogas”, explicou Francischini. Ele cita que tal auxilio no preparo da base familiar faz toda a diferença na hora de os pais imporem os limites aos seus filhos.

O deputado, que contou com a ajuda de sua equipe, policiais federais e outras pessoas

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envolvidas no combate às drogas para desenvolver o projeto, comentou que a sociedade está perdendo a batalha para o crack, e esse é um momento para uma virada nesse jogo. “Enquanto há pessoas fazendo marcha pela legalização do consumo de algumas drogas, nós organizamos a Marcha Contra a Legalização, tornando Curitiba a primeira capital do país com esse tipo de mobilização”.

Fernando Francischini destinou, por meio do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), do Ministério da Justiça, R$ 1, 5 milhão para apoiar a Secretaria Municipal Antidrogas de Curitiba. Ainda segundo o deputado, uma iniciativa semelhante no litoral, em parceria com o Ministério Público, visou transmitir e reforçar valores, virtudes e base religiosa à comunidade local, que também está vulnerável aos efeitos destrutivos do crack.

Da Redação

Francischini acredita que a “epidemia” do crack só terá “cura” com medidas educativas e familiares

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Depois de um período de recesso, os membros do Conselho da Polícia Civil iniciaram em março as atividades do órgão em 2012. Além de realizar as primeiras deliberações do ano, o conselho inicia o ano tendo entre as principais metas a implementação de medidas para agilizar as promoções e a aprovação de novos cursos de qualificação para policiais.

Ao abrir a primeira reunião do conselho, o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius da Costa Michelotto, que também preside o órgão, afirmou que deve analisar com prioridade as questões administrativas que darão um novo rumo à instituição.

Michelotto também chamou a atenção para que haja coerência nas decisões do conselho.

O ÓRGÃO - O Conselho da Polícia Civil é o órgão consultivo, normativo e deliberativo, para fins de controle do ingresso, ascensão funcional, hierarquia e regime disciplinar das carreiras policiais civis. Além do julgamento de casos que eventualmente chegam à Corregedoria Geral da Polícia Civil, entre as competências do Conselho da Polícia Civil estão a aprovação de regimentos internos das unidades policiais e outros atos normativos que definem a atuação da instituição.

O órgão também propõe medidas de aprimoramento

Conselho da Polícia Civil inicia as atividades de 2012

técnico-profissional, além de deliberar sobre a promoção por merecimento do policial, por ato de bravura e para proposição de comendas previstas em lei.

O conselho é integrado pelos seguintes membros: o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, como presidente; o delegado-geral adjunto, Francisco José Batista da Costa, como vice-presidente; o corregedor geral da Polícia Civil,

Fonte: Polícia Civil

Paulo Ernesto Araújo Cunha; dois representantes do Ministério Público, os promotores Francisco Zanicotti e Pedro Carvalho Santos Assinger; dois representantes do governo do Estado, os delegados Benedito Gonçalves Neto e Luiz Carlos de Oliveira; um representante da Secretaria de Estado da Segurança Pública, o delegado Júlio Cezar dos Reis; e a procuradora Izabel Cristina Marques, que representa a Procuradoria Geral do Estado.

Polícia

“Pedimos auxílio e a proteção divina para que possamos julgar da forma mais justa possível e possamos tomar de forma coerente as decisões que podem definir a vida profissional dos nossos policiais”, disse o Delegado Geral Marcus Michelotto.

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O governador Beto Richa autorizou as novas tabelas salariais para a Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica, estabelecendo uma nova forma de remuneração, por meio do subsídio. A proposta será encaminhada para apreciação da Assembleia Legislativa e deve ser implantada a partir de 1º de maio.

“As novas tabelas são desdobramentos das apresentadas anteriormente e decorrem do processo de diálogo franco com os policiais. A proposta garante a valorização do servidor com avanços significativos na remuneração inicial, por meio de uma sistemática que contempla o tempo de carreira trabalhado, estimulando a permanência no quadro, valorizando a experiência”, explica o secretário da Administração e Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani.

Segundo ele, o Governo do Estado formatou as novas tabelas levando em conta os limites

Richa autoriza novas tabelas de remuneração para policiais

legais. “Tivemos o cuidado de compatibilizar os avanços nas remunerações e os limites de dispêndios com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal”, explicou o secretário.

Todas as propostas tiveram como prioridade a recomposição da remuneração da base das polícias Militar, Civil e Científica, preservando o sentido de carreira das corporações e estimulando uma maior p e r m a n ê n c i a

destes servidores na área da segurança pública.

O secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, disse que a valorização oferecida neste momento aos profissionais polícias cumpre uma meta do programa Paraná Seguro, de manter um quadro reconhecido e valorizado.

“O governo abriu o diálogo com os servidores e está fazendo um

Salário

Salário dos policiais civis poderá atingir até R$21.600,00

••• Sociedade Policial •••25

grande esforço de valorização da carreira policial”, disse Almeida César. “O desafio é grande para conjugar a capacidade de reposição e ampliação dos efetivos, com a oferta de um salário melhor para os nossos policiais”, declarou.

POLÍCIA MILITAR - A tabela de subsídio proposta para as carreiras policiais se inicia com valores superiores aos atualmente vigentes.

Para um policial militar que ingressa na corporação, por exemplo, o subsídio inicial será de R$ 3.225,00. Com o tempo, poderá chegar a R$ 4.838,00, caso não haja promoção para postos superiores (cabo,

sargento, subtenente). O maior posto da Polícia Militar, que é o de coronel, terá um valor de subsídio que varia entre R$ 14.354,00 e R$ 21.531,00, conforme o tempo de serviço.

“A Polícia Militar do Paraná passará a ter o segundo maior salário entre as corporações de todo o país, ficando abaixo apenas do Distrito Federal que é uma situação a parte, recebe apoio financeiro direto da União”, afirmou Sebastiani.

POLÍCIA CIVIL - Para o investigador que ingressa na Polícia Civil (5ª Classe), o subsídio inicial será fixado em R$ 4.020,00. Da mesma forma, com o passar

do tempo, ele poderá alcançar um subsídio de R$ 8.196,00, levando em conta promoções e progressões ao longo da carreira.

Para 2013 o valor inicial para ingresso será de R$ 4.502,00. Para os delegados, o subsídio de ingresso (4ª classe), será de R$ 13.831,00. Ao longo da carreira o subsídio pode chegar a R$ 21.615.

POLÍCIA CIENTÍFICA - No caso dos peritos oficiais, tem-se o seguinte exemplo: um perito que ingressa na carreira receberá um subsídio inicial de R$ 7.149,00 e com o desenvolvimento na carreira

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••• Sociedade Policial ••• 26

Experiência não falta. Seu currículo é farto e reúne grandes realizações dentro da Polícia Civil do Paraná, em mais de 44 anos de trabalho. Os primeiros movimentos do renomado delegado de polícia, Hamilton cordeiro da Paz Júnior, no que concerne a área de segurança foi como perito Ad hoc, na cidade de Paranaguá, nos anos 70, onde era funcionário municipal. Como se adaptou com facilidade a função, assim que abriu concurso público para perito criminal, não titubeou, se inscreveu e foi aprovado de forma exemplar. Formado em História e com registro profissional em jornalismo, a próxima etapa foi cursar a faculdade de direito e ato contínuo prestou concurso público para delegado de polícia onde foi aprovado, sendo o primeiro colocado na Escola da Polícia Civil.

Ao longo da sua trajetória na Polícia Civil, o Dr. Hamilton da Paz, chefiou unidades de elite como o Cope, Furtos e Roubos, Furtos e Roubos de Veículos, Estelionatos e Desvios de Cargas e as delegacias do Alto Maracanã, Colombo e 7º e 9º distrito policial, tendo o título de Especialista em Segurança Pública. A Revista Sociedade Policial foi até a

Experiência na DpmetroDelegado HAMILTON DA PAZ CORDEIROJÚNIOR

Divisão de Polícia Metropolitana ouvi-lo, onde o nominado delegado exerce a chefia daquela unidade sobre a polícia da sua época, de hoje e diversificados temas de Segurança Pública. Confira abaixo.

Revista Sociedade Policial- Como era a polícia no início da sua carreira?

Hamilton da Paz - Na nossa opinião, os policiais da antiga eram vocacionados para a função e superavam todas as dificuldades existentes, já que não havia coletes anti-balísticos, viaturas novas e a tecnologia de hoje etc..... Havia prazer pessoal em trabalhar e equacionar qualquer tipo de crime. Ressalte-se que a população brasileira era de 90 milhões, e os índices de criminalidades eram inferiores aos de hoje e a marginalidade não agia com a truculência dos dias atuais.

RSP - E a polícia atual. Que avaliação o sr. faz?

Hamilton da Paz - Por acreditar nos seus membros estou aqui, do contrário estaria em casa aposentado. A ascensão do Dr. Marcus Michelotto e a recente contratação de policiais

civis, a maior desde que eu estou na instituição, me dão a certeza de que dias auspiciosos virão na seqüência.

RSP - Há 30 anos atrás, ouvia-se falar da maconha. Hoje, há uma diversificação e uma disseminação das drogas e um enorme contingente de adolescentes consumindo diariamente, e uma incidência de crimes nunca antes visto. Como isso aconteceu?

Hamilton da Paz - O aumento populacional de forma desordenada, a ausência do Estado na aplicação de políticas públicas, como educação, saúde, lazer, habitação, de trabalho, acoplada a desagregação familiar e o enfraquecimento das instituições após a abertura política, nos jogaram na situação em que nos encontramos. Acrescente-se ao exposto, o crescimento e a evolução da marginalidade, enquanto as forças policiais ficaram muito tempo sem os investimentos necessários para combater, sobretudo o crime organizado. Se almejamos mudar esse estado de coisas, urge a implementação de políticas sociais e o fortalecimento da família, num processo de médio e longo prazo, ou então será inútil colocar um enorme contingente de policiais nas ruas.

RSP - A mídia e a sociedade todos os dias pedem um combate efetivo da polícia contra as drogas, já que a maioria dos crimes tem forte relação com elas. No entanto, artistas, políticos, Ongs e outros segmentos pedem a descriminalização e a liberação das drogas. Como resolver isso?

Hamilton da Paz - Pessoalmente sou contra a utilização de qualquer tipo de l iberação/descriminal ização. Está provado cientificamente que as drogas, inclusive o álcool, priva o ser humano dos sentidos,

Entrevista

Dr. Hamilton falou sobre sua extensa carreira na Polícia Civil

••• Sociedade Policial •••27

do discernimento. Então, vejo esse tipo de movimento, como um grave prejuízo a sociedade. Na Holanda, Portugal e outros países houve liberação da maconha e outras drogas, inclusive da heroína, até determinada quantidade. Porém, hoje já há forte movimentação contrária a continuidade, em razão dos inúmeros transtornos que a liberação provocou naquelas sociedades. Além da implantação das políticas públicas acima mencionadas, a maneira de minimizar a questão das drogas, passa imperiosamente pelo fortalecimento da lei e sua efetiva aplicação rápida e com o máximo rigor.

RSP - Como o sr. situa a frente da Divisão de Polícia Metropolitana, já que ela engloba 22 municípios e apresenta uma população extremamente carente, o que propicia elevados índices de criminalidade?

Hamilton da Paz - Convivemos, de acordo com o último senso, com uma

população de 1.465.210 mil pessoas. Muitas das quais vieram para Curitiba nas últimas décadas acreditando ser aqui o paraíso. Como não encontraram emprego, moradia e condições de viver na capital, migraram para a RMC, onde a infraestrutura é precária, o que empurra muitas pessoas para a marginalidade todos os dias. Tivemos em 2011, 858 homicídios, mas com muito

esforço dos nossos policiais elucidamos 47,8% dos crimes, sendo a maioria pela prática do tráfico de drogas. Vamos receber novos policiais nos próximos meses, e com isso dentro de um planejamento prévio desenvolver ações objetivando diminuir os diferentes ilícitos penais.

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Quando questionados sobre a forma de pensar e agir do delegado-chefe da 6ª Subdivisão Policial da Polícia Civil - (Foz do Iguaçu), Rogério Antonio Lopes, investigadores, escrivães, papiloscopistas e demais funcionários, são unânimes em afirmar que trata-se de um idealista.

Calcado nesse idealismo, o nominado delegado instituiu em todas as delegacias onde atua como delegado titular, reuniões semanais com sua equipe de trabalho. Nessas reuniões, são elencados e discutidos democraticamente inúmeros assuntos inerentes a sua subdivisão, que vão desde o atendimento ao público via fone ou pessoalmente, a confecção de flagrantes, TCIPs e outras atividades previamente distribuídas aos seus policiais.

Além de fazer uma análise minuciosa dos resultados alcançados das atividades elaboradas na semana anterior às equipes que compõe o seu grupo de trabalho, nas reuniões, o delegado Rogério Lopes, felicita seus comandados pelos resultados obtidos, incentiva-os e expõe aos policiais civis a importância de cada um dentro do contexto político-sócio-econômico, que vivem.

Além do exposto, o

Interação é a base de tudoFoz do Iguaçu

Entrevista

delegado Rogério, utiliza da sua capacidade de comunicação para com os presentes, alertando-os da imperiosa necessidade de cada policial se aprimorar a cada dia, porque do contrário a rotina fatalmente atingirá quem assim não proceder. No final de cada reunião, são estabelecidas novas ações policiais para a semana vindoura, e marcada nova reunião na sala de Gestão, Dr. Djalma de Almeida Cesar. A Revista Sociedade Policial foi a Foz do Iguaçu e produziu com o delegado Rogério, a entrevista que segue abaixo.

Revista Sociedade Policial- Fazer segurança pública nos dias atuais é extremamente difícil. Como é realizar tão difícil missão numa cidade como Foz do Iguaçu, que está localizada na tríplice fronteira?

Rogério Antonio Lopes - Na verdade é um desafio singular, e isso somente é possível quando se tem um grupo de trabalho coeso. E essa coesão, encontrei desde que assumi a direção da 6ª Subdivisão Policial, onde temos um grupo de servidores altamente conscientes das suas funções. Além disso, instituímos desde que aqui chegamos, reuniões semanais onde são discutidos os problemas diários que acontecem e como enfrentá-los de forma objetiva.

RSP - Nessas reuniões, quais são os principais temas discutidos?

Rogério Antonio Lopes - Discutimos vários tópicos, que vão desde o atendimento de excelência ao cidadão ao telefone, na confecção do Boletim de Ocorrência Unificado, a instauração e a conclusão do Inquérito Policial. Em todos os quesitos temos procurado nos aprimorar para obtermos o reconhecimento da sociedade.

RSP - Quais os mecanismos

que são utilizados no aprimoramento dos servidores?

Rogério Antonio Lopes - Uma das maiores deficiências do serviço público é o atendimento. Objetivando melhorar esse procedimento e demais funções dos nossos funcionários, implementamos aqui a capacitação continuada através da construção de uma sala de gestão, anexa a delegacia onde são efetivadas reuniões, palestras motivadoras, pesquisas, também constituímos um grupo de estudo e cursos de primeiros socorros. Outrossim, estamos viabilizando curso de armamento e tiro, vamos construir um novo refeitório e uma academia de musculação, e assim gradativamente motivando e requalificando o policial, no sentido de que ele possa cumprir com sua missão precípua, de forma satisfatória de bem atender a população que nos procura.

RSP - Isso nos leva a acreditar que o delegado de polícia além de ser um operador do direito, deve ser um bom gestor.

Rogério Antonio Lopes - Exatamente. O delegado tem que gostar das pessoas, saber tratá-las e através desses mecanismos montar uma equipe de trabalho eficiente com profissionais de alto nível. Em assim agindo, as demandas diárias que nos são apresentadas podem ser equacionadas de forma objetiva.

RSP - Como está sendo desenvolvida a Operação Costa/Oeste em Foz e região?

Rogério Antonio Lopes - Desenvolvemos operações diárias, previamente elaboradas pelo grupo de estudo em diferentes localidades de Foz do Iguaçu e região, objetivando combater todos os ilícitos penais de maneira uniforme, e paulatinamente reduzi-los

••• Sociedade Policial •••29

substancialmente.

Natal, Ano Novo e Carnaval são épocas em que a cidade de Foz recebe inúmeros turistas. Como estão os índices de criminalidade e que tipo de ações são realizadas visando propiciar segurança a quem visita a cidade?

Rogério Antonio Lopes - Aprendi e adotei como mote, que segurança pública se faz em conjunto interagindo sobretudo com a população. Além disso, a Polícia Civil, interage e atua em parceria com várias instituições que dispomos como, a Guarda Municipal, Polícia Militar, Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Federal, Marinha e o Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira. É um privilégio termos todas essas instituições disponíveis. Nossas ações policiais, são pautadas em parceria com essas instituições, e, através dessas parcerias nominadas, estamos reduzindo

os índices de homicídios, furtos e roubos de veículos e tráfico de drogas.

RSP - Será lançado nos próximos dias o projeto bom vizinho. Como surgiu a idéia e de que forma será implementado?

Rogério Antonio Lopes - Lancei esse projeto quando fui delegado de polícia na cidade de Bandeirantes, e aperfeiçoei-o posteriormente, quando estive a frente da delegacia de Maringá. Em ambas as cidades, tivemos a diminuição significativa de vários tipos de crimes. Agora, com as experiências realizadas e com os resultados positivos alcançados, vamos implementá-lo em Foz do Iguaçu. Esse projeto consiste na interação entre os moradores do bairro, de forma que, todas às vezes que algum morador observar atitudes suspeitas, ou o deslocamento a pé, de carro ou moto, de pessoas estranhas àquele convívio em atitudes suspeitas, ocorra imediatamente

uma interatividade entre os vizinhos, a polícia via e-mail, torpedo, ou telefone. Isso vai propiciar melhoria na segurança diária de cada cidadão.

RSP - O senhor enfatizou sobremaneira, a importância da interatividade na sua gestão. Interatividade essa que propiciará no próximo mês de abril, a realização de quatro audiências de julgamento nas dependências da sala de Gestão da delegacia, pelo Fórum Criminal de Foz do Iguaçu. Como isto aconteceu?

Rogério Antonio Lopes - Esse fato vai acontecer, em função da aproximação e do ótimo relacionamento que estabelecemos com o Ministério Público, Poder Judiciário e a OAB. Esses três órgãos estiveram aqui na sala de gestão, Dr. Djalma de Almeida Cesar, e ficaram impressionados com as instalações. Portanto, de 23 a 27 de abril do ano em curso, teremos as audiências de julgamento realizadas aqui, o que eu reputo um fato inédito para a nossa Polícia Civil.

Por Valdir Bicudo

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O governador Beto Richa anunciou em Londrina, que o governo vai investir R$ 100 milhões para ampliar e modernizar a estrutura estadual da segurança pública. Os recursos serão repassados do Tesouro do Estado para o Fundo Estadual de Segurança Pública, criado em novembro de 2011 para financiar as políticas públicas na área.

Segundo o governador, com os novos recursos financeiros será possível executar importantes obras e avanços na segurança pública. “Essa destinação financeira é o maior investimento

Richa anuncia investimento de R$ 100 milhões em segurança

Investimento

realizado pelo nosso governo. Segurança é nossa prioridade e vamos investir para que seja restabelecida a ordem pública e o povo paranaense tenha segurança”, disse Richa.

Richa explicou que a iniciativa faz parte do programa Paraná Seguro e adiantou que a meta é adquirir três mil novas viaturas, com tecnologia embarcada, e construir 40 novas delegacias neste ano. Ele disse que a autorização para uso dos recursos vai permitir que a Secretaria de Segurança Pública lance nos próximos dias editais de licitação para compras de

equipamentos e construção de distritos policiais.

O programa Paraná Seguro estabelece a criação de 400 módulos policiais móveis, que serão formados por um trailer, duas motos e uma viatura da Polícia Militar, a construção de 95 novas delegacias em todo o Estado, além da instalação de cinco bases de helicóptero para ações de socorro, resgate, polícia e fiscalização, além da compra de 3.200 viaturas para equipar as policias e o IML.

TROCA DE COMANDO – Acompanhado do secretário Reinaldo de Almeida César e do comandante da Polícia Militar do Paraná, Roberson Luiz Bondaruk, o governador empossou o tenente-coronel Samir Elias Geha no comando do 5º Batalhão da Polícia Militar. O batalhão conta com 700 policias e atua em Londrina e municípios da região. Ele assumiu o lugar do tenente-coronel Altivir Cieslak.

Fonte: AEN Notícias

Richa explicou que a iniciativa faz parte do programa Paraná Seguro e adiantou que a meta é adquirir três mil novas viaturas, com tecnologia embarcada, e construir 40 novas delegacias neste ano.

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O governador Beto Richa assinou decreto que torna oficial e permanente a participação de policiais civis e militares no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. O decreto determina também que auditores fiscais da Secretaria da Fazenda participem da equipe.

“Temos de ser implacáveis contra o crime”, afirmou o governador. Richa disse que a oficialização da parceria entre o Estado e o Ministério Público é importante para garantir resultados mais eficientes na área da segurança pública, a principal preocupação da população.

O procurador geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, salientou que a institucionalização da parceria, acrescida da participação de agentes da Receita Estadual, traz segurança de atuação ao Gaeco. Segundo ele, os fiscais vão intensificar o combate aos grandes sonegadores, que subtraem recursos destinados à implantação de políticas públicas. “O crime organizado e a sonegação de impostos são um verdadeiro sumidouro de recursos públicos”, afirmou.

Também presente ao ato

Richa oficializa participação de policiais e auditores no Gaeco

de assinatura do decreto, o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, destacou a importância dos investimentos em curso na modernização do sistema de informática do Estado, uma vez que o Paraná vive severo atraso tecnológico, enquanto o crime organizado se especializa e se sofistica cada vez mais. Hauly explicou que a atualização do

parque tecnológico do governo estadual vai permitir cruzamento rápido de informações de bancos de dados, o que facilita a identificação de sonegação fiscal e outros crimes financeiros, por exemplo.

FORTALECIMENTO – De acordo com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, o fortalecimento das estruturas de combate ao crime organizado também traz segurança aos policiais, que temiam prejuízo para a carreira pelo fato de atuarem numa estrutura externa às corporações de origem. Segundo ele, o grupo se destina também ao controle externo da própria polícia e da investigação de crimes cometidos por servidores públicos.

“Trata-se do início de uma grande revolução que haveremos de fazer na segurança”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar. Ele citou outras ações em implantação, entre elas operações de segurança com grande efetivo a cada 20 ou 30 dias, nas principais cidades.

Gaeco

“A presença policial é importante também na percepção de segurança da população”, disse Reinaldo de Almeida César - Secretário de Segurança Pública do Paraná.

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A 14ª Subdivisão Policial (SDP), que atende demandas de 15 municípios do Paraná, incluindo Guarapuava, cidade sede, teve mudanças e iniciativas durante 2011. O delegado-chefe, Ítalo Biancardi Neto, assumiu a 14ª SDP de Guarapuava na segunda quinzena de janeiro deste ano e uma das primeiras alterações foi a de descentralizar as seções de investigação. “Criamos as seções de narcóticos e homicídios e furtos e roubos com a intenção de dinamizar os serviços e proporcionar respostas mais ágeis a comunidade”, ressaltou o delegado, afirmando que gostaria de descentralizar ainda mais, fazer uma seção somente para homicídios e outra para narcóticos, mas não foi possível devido à falta de profissionais.

O Grupo de Diligências Especiais (GDE) também é uma novidade na Delegacia. “Com

Dinamizar os serviços é o propósitoPolícia Civil de Guarapuava descentraliza seções para otimizar os recursos humanos.

policiais treinados e materiais disponíveis na delegacia criei o GDE com uma viatura específica para essas atividades”, declarou Biancardi Neto. Outro trabalho realizado foram as melhorias da estrutura do cárcere, reduzindo o número de fugas. “Até agora (dezembro/2011) tivemos apenas 3 fugas, sendo que uma já foi contida novamente. Isto se deve ao cumprimento da Lei de Execuções Penais e de um trabalho integrado dos policiais na conscientização dos direitos e deveres dos internos, ocupando-os mais”, acredita o delegado. A redução de fuga é de 60% comparado com 2010. “Quanto menos presos fugirem, menor vai ser a taxa de crimes praticados”, ponderou. A cadeia da 14ª SDP está superlotada com em média 240 presos.

A perspectiva para 2012 é a contratação de mais policiais

para ampliar as investigações. “Com o aumento de profissionais vamos conseguir intensificar as investigações policiais e consequentemente teremos mais crimes detectados, crimes que, muitas vezes, não estão desvendados pela falta de pessoal investigando”, constatou o delegado-chefe.

A 14ª SDP conta com 2 delegados em Guarapuava, o delegado-chefe, já citado, e o delegado adjunto, Alysson Henrique de Souza. O delegado-chefe, Ítalo Biancardi Neto, já trabalhou na cidade em 2005 no setor operacional e realizou um trabalho diferenciado na área de narcotráfico. “Com a enorme demanda de processos, precisamos nos desdobrar além do normal para poder dar conta de tudo, assim você se torna realmente um Delegado Universal por conta das

Opinião

“Com a enorme demanda de processos, precisamos nos desdobrar além do normal para poder dar conta de tudo, assim você se torna realmente um Delegado Universal por conta das necessidades”, revela Ítalo Biancardi - Delegado Chefe da 14ª SDP de Guarapuava

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Fonte: da Redação, por Kerlin S. Zimmer

necessidades”, revela.

Projetos para 2012

Continuar o processo de descentralização dos setores com os novos policiais que estão em fase de curso de formação é um dos projetos, segundo o delegado-chefe. Além disso, Biancardi Neto disse que outro objetivo é investir no trabalho de inteligência, investigar os delitos financeiros como análise de dados fiscais, bancários, entre outros delitos.

O combate ao tráfico também está presente na lista

de metas para 2012. “O objetivo é reduzir os índices de violência, roubo e furto ocasionados pelas drogas”, salientou o delegado. Ele contou que está lutando para trazer a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) à Guarapuava, mas por falta de pessoal ainda não foi possível. “A Denarc poderia concentrar as suas atividades junto ao trabalho de narcóticos”, completou.

Investindo no bem-estar

Motivar os funcionários e proporcionar momentos de lazer e descontração contribui e muito

para o desempenho das atividades. “Pensando no bem-estar dos servidores, que é fundamental, temos um campo de futebol ao lado da delegacia que eles podem jogar nos horários adequados. Temos também a associação que serve almoço todos os dias para os policiais”, citou Biancardi Neto. Além disso, o delegado contou que foram comprados equipamentos, máquina fotográfica, para os funcionários poderem desempenhar melhor as suas funções e trabalharem mais motivados.

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Às 15 horas e 07 minutos do dia 18/12/2011, o Helicóptero de Resgate Patrulha 06, foi acionado pela Central 7 PRF, para atendimento de queda de moto, na área rural do Alto da Serra, comunidade próxima ao Posto PRF 190 da BR 376.

Dois masculinos, maiores, acidentaram-se em uma motocicleta, a caminho de uma festividade. Os dois apresentavam várias escoriações pelo corpo e o mais grave, condutor da moto, apresentava fratura completa, fechada, de membro inferior esquerdo. A equipe médica teve bastante trabalho, tanto pela gravidade das lesões, como para o embarque dos mesmos na aeronave, devido ao único local disponível para o pouso da aeronave, uma ponte, próximo ao acidente. As vítimas foram estabilizadas e helitransportadas ao Hospital Angelina Caron. Acompanhe as imagens do atendimento.

Trabalho desenvolvido em 2011 Base DOA-PR‏

Na manhã do domingo do dia 04 de março de 2012 a aeronave foi acionada para resgate de uma vítima que havia caído em uma fenda de aproximadamente 7 metros, no morro do Anhangava, a aproximadamente 4.692 ft de altitude.

Já na triagem da ocorrência foi informado que o local era de difícil acesso por terra, fato que ocasionou o acionamento de diversos órgãos

especializados para este tipo de resgate.

Foram acionados o Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), Grupamento Aeropolicial - Resgate Aéreo do Paraná (GRAER) e a Base Paraná da Divisão de Operações Aéreas (Base DOA-PR).

O GRAER auxiliou no transporte de bombeiros integrantes do GOST ao local com o Falcão 01. Os bombeiros do GOST a bordo do helicóptero da PRF, profundos conhecedores do conjunto de montanhas da região, auxiliaram a chegada da aeronave ao local.

Ao realizar pouso próximo ao local com o Patrulha 06, foi realizada ancoragem no gancho de carga da aeronave Bell-407 com mosquetões e cabo de 11mm duplo, restando aproximadamente 30 metros de comprimento.

Foi utilizada a técnica de

DOA PR

BRASIL

Trabalho em conjunto do DOA, GRAER e GOST possibilita agilidade no resgate de vítimas em difícil acesso.

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Fonte: DOA PR

McGuire para o transporte do Bombeiro do Gost, do Operador de Equipamentos Especiais da PRF e do material de resgate ao local onde a vítima se encontrava.

Foi utilizado uma maca Mamute, Ked, colar cervical, além de fitas, mosquetões e cabos para imobilização e ancoragem da vítima ao cabo preso a aeronave.

Foi realizado o transporte da vítima por aproximadamente 500 metros até local onde seria possível realizar o pouso e o embarque da vítima no helicóptero.

Na realização da técnica estavam a bordo três pessoas, mais a vítima

e o OEE que estavam içados pelo cabo. Após a remoção da vítima foi retornado ao local para transportar o bombeiro que havia ficado no local na mesma técnica utilizada anteriormente.

A vítima, de 23 anos, estava com contusão lombar e pélvica, sendo removido ao Hospital Angelina Caron em Campina Grande do Sul do Paraná.

A integração entre estes órgãos possibilitou que

fosse atendida a vítima de maneira ágil e especializada, contribuindo para a recuperação do ferido.

Homens do GOST durante um processo de transporte da vítima

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O treinamento para que 240 novos policiais civis trabalhem fora de delegacias começa no dia 21. Os módulos básicos de “Uso legal de arma de fogo” e de “Operação policial” fazem parte do curso de formação técnico profissional de investigador de policia. Até então, os policiais admitidos no mês passado exercem funções administrativas nas unidades policiais.

Para o delegado-geral Marcus Vinícius Michelotto, com o treinamento, os investigadores já poderão portar arma de fogo, colete balístico e funcional, além de exercer parcialmente as atividades referentes à função. “Dará maior segurança aos

Novos investigadores serão treinados para operações policiais

Fonte: AEN notícias

policiais e condição para que eles possam apoiar os policiais antigos. O objetivo é diminuir os índices de criminalidade, principalmente crimes contra a vida”, afirma Michelotto.

As aulas, na Escola Superior de Polícia Civil (ESPC) e na Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam), atendem critérios de aquisição progressiva de capacidades profissionais, de acordo com a matriz curricular do Ministério da Justiça.

Segundo o diretor da ESPC, Luis Fernando Viana Artigas Júnior, os servidores nomeados recebem a formação em módulos, sem se desvincular do dia a dia das

unidades policiais. Assim, eles podem unir a experiência prática com as aulas. “Há alguns anos não seria possível haver estágio de policiais em delegacias, antes de iniciar o curso de formação técnico-profissional. Os alunos tinham na formação técnica parte integrante do concurso”, explica Artigas.

O critério para a definição dos policiais que participarão do treinamento foi a ordem de classificação no concurso público. A Polícia Civil programa a realização desses módulos no Interior do Estado. No site da instituição é divulgado os nomes dos integrantes das oito turmas que começarão o treinamento.

ESPC

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Precisamos recuperar a legitimidade junto a sociedade

DR. ROBERTO HEUSI DE ALMEIDA JÚNIOR, Delegado da DEAMO delegado de polícia, Roberto

Heusi de Almeida Júnior, iniciou sua carreira na Polícia Civil em 1990, na função de investigador. Em 1994, prestou concurso público para delegado de polícia. Logo a seguir, foi designado para exercer a função nas cidades de Morretes e Palmeiras. Posteriormente, atuou como operacional na DFR, DFRV, DEDEC, COPE, e ato contínuo designado como delegado- chefe do 7º, 9º e 13º distritos da capital paranaense, além de ter exercido a titularidade na DEDEC, DELCON e na atualidade a frente da (DEAM) Delegacia de Explosivos Armas Munição. Em entrevista a Revista Sociedade Policial, o Dr. Robertinho como é chamado carinhosamente pelos seus amigos, fala da sua carreira e das perspectivas futuras

Entrevista

da Polícia Civil.

Revista Sociedade Policial- Após percorrer o périplo acima nominado, como é gerenciar uma unidade como a Delegacia de Explosivos Armas e Munições?

Roberto Heusi - Assumi uma unidade policial com uma estrutura muito boa e além de mantermos o que já existia, estamos implementando novos projetos. Projetos que estão sendo elaborados dentro da política de contratação de novos policiais pelo governo do Estado, objetivando melhorar ainda mais nossa produtividade.

RSP - Sua delegacia atua em todo o Estado ou tem limites?

Roberto Heusi - Hoje, nós agimos com maior ênfase em Curitiba e RMC. Além disso, estamos desenvolvendo novas ações neste ano, que deverão ocorrer em Apucarana, Londrina, Cambé, Maringá e Foz do Iguaçu no controle da fiscalização da compra e venda de produtos de fogos e artifícios e demais produtos sob a jurisdição da DEAM.

RSP - A venda ilegal de fogos e artifícios é tipificada de que forma na Lei?

Roberto Heusi - Na realidade nós aplicamos a legislação do Termo Circunstanciado, já que esse tipo de delito é considerado de menor potencial ofensivo, fora da legislação. Assim que detectamos a irregularidade fazemos a

Durante entrevista exclusiva para Revista Sociedade Policial

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apreensão da mercadoria e aplicamos a legislação. O que acontece é que às vezes nas vistorias que realizamos, encontramos empresas com alvará, que comercializam fogos e artifícios com data de validade desses produtos vencidos. Neste último caso, abrimos Inquérito Policial e indiciamos os infratores de acordo com a Lei 8137/90.

RSP - Após vinte e dois anos como policial, que avaliação o sr. faz do momento atual da área da Segurança Pública?

Roberto Heusi - Minha leitura sobre o atual momento da segurança, diz que temos um governador que enseja mudanças em todas as suas ações; um secretário de segurança pública que é da área (Delegado da Polícia Federal), com know

(41) 3346-4646

howm expecional e o Delegado Geral, Marcus Michelotto, homem operacional, com vasta experiência, focado nas questões da Polícia Civil e com um futuro promissor. Estou esperançoso.

RSP - Como membro da diretoria da Adepol – Associação dos Delegados de Polícia do Paraná, quais são as necessidades principais da classe neste momento?

Roberto Heusi - O ponto principal hoje, é recuperarmos a legitimidade do delegado de polícia junto a sociedade. O que significa obtermos a confiança da população desde o delegado extensiva as demais carreiras policiais e, com isso, melhorar nossa produtividade como Polícia Judiciária. A partir daí, podemos partir para conquistas mais expressivas.

Além do site da Polícia Civil, quais são as ferramentas que a população pode acessar para interagir com a DEAM?

Colocamos o fone (41) 3883-7131, para recebermos qualquer denúncia de comercialização ilegal de fogos e artifícios ilegal ou explosivos, venda de armas de fogo.

RSP - O cidadão comum tem uma arma de fogo na sua residência e quer entregá-la a polícia. Qual é o procedimento correto?

Roberto Heusi - Primeira atitude é ligar a polícia federal e solicitar uma guia de trânsito para transportar essa arma e a seguir dirigir-se a uma delegacia mais próxima da sua casa ou então na Polícia Federal.

Por Valdir Bicudo

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