A música popular brasileira e sua aplicação no cotidiano escolar.pdf

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    Presidente PrudenteSP

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    ReitoraAna Cardoso Maia de Oliveira Lima

    Vice-ReitoraAna Cristina de Oliveira Lima

    Pr-Reitora Administrativa

    Maria Regina de Oliveira LimaPr-Reitor AcadmicoJos Eduardo Creste

    Pr-Reitora de Pesquisa e Ps-GraduaoDr. Maria de Lourdes Zizi Trevisan Perez

    Pr-Reitora de Extenso e Ao Comunitria

    Dr Angelita Ibanhes de Almeida Oliveira LimaNEADNcleo de Educao a Distncia

    Assessoria tcnica e CientficaDrYmiracy Nascimento de Souza Polak

    Coordenao GeralDr Sonia Sanae Sato

    Coordenao AcadmicaMe Dayene Miralha de Carvalho Sano

    Coordenao de Extenso em EADMe. Maria Eliza Nigro Jorge

    Coordenao AdministrativaMe. Marcelo Vincius Creres Rosa

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    Direitos Reservados

    Os direitos exclusivos para uso desse material foramreservados aos autores responsveis Ana Rodrigues RamosFerreira, Maria Cludia Chizzolini e Valter Luiz Trevisan, paradesenvolvimento do CURSO: A msica popular brasileira e suaaplicao no cotidiano escolar.

    Ana Rodrigues Ramos Ferreira: Especialista em Novas Tecnologiasna Educao Musical UNOESTE. Presidente Prudente SP.Pedagoga e Educadora Musical. Professora de Piano, Teclado,Harmonia, Coral e Percepo na Escola Municipal de Artes Prof.Jupyra Cunha Marcondes de Presidente Prudente.

    Maria Cludia Chizzolini: Especialista em Novas Tecnologias na

    Educao Musical UNOESTE. Presidente Prudente SP.Educadora Musical, professora de Violo e Histria da MsicaBrasileira na Escola Municipal de Artes Prof. Jupyra CunhaMarcondes de Presidente Prudente.

    Valter Luiz Trevisan: Mestre em EducaoUNOESTE. PresidentePrudente SP. Coordenador do Curso de Licenciatura em Msicada Unoeste, Professor de piano, Msica Computadorizada e Histriada Msica na Escola Municipal de Artes Prof. Jupyra Cunha

    Marcondes de Presidente Prudente.

    Endereo para contato:

    e-mail:[email protected] (18) 3222-2220

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Sumrio

    Introduo 006

    Mdulo I 008

    Ementa, Objetivos e Contedo Programtico 009

    Mdulo I A Educao Musical 010

    1 atividade 014

    Mdulo I B Pequena histria da MPB 017

    Mdulo I B1 Carnaval 0212 atividade 025

    Mdulo I B2 Carnaval em Recife 028

    3 atividade 032

    Mdulo I B3 Carnaval na Bahia 034

    4 atividade 038

    Mdulo I B4 Carnaval no Rio 040

    5 atividade 043

    Mdulo I C Audiovisual 045

    6 atividade 046

    Avaliao 047

    Referncias Bibliogrficas 049

    Referncias Eletrnicas 051

    Folha de Respostas Mdulo I 052

    Mdulo II 056

    Ementa, Objetivos e Contedo Programtico 057

    Mdulo II A Msica e Cultura 058

    1 atividade 062

    Mdulo II B Bossa Nova 064

    2 atividade 069

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    Mdulo II B1 Reconhecimento 071

    3 atividade 074

    Mdulo II B2 A segunda gerao 076

    4 atividade 078

    Mdulo II C Audiovisual 080

    5 atividade 081

    Avaliao 082

    Referncias Bibliogrficas 084

    Referncias Eletrnicas 087

    Folha de respostas Mdulo II 088

    Mdulo III 092

    Ementa, Objetivos e Contedo Programtico 093

    Mdulo III A A percepo Musical numa abordagem ecolgica 094

    1 atividade 101

    Mdulo III B A Modernizao da Msica Brasileira 103

    Mdulo III B1 O Tropicalismo 105

    2 atividade 108

    Mdulo III B2 Pop Art 110

    Mdulo III B3 Contradies Antropofgicas do Tropicalismo 111

    Mdulo III B4 Para encerrar 113

    3 atividade 115

    Mdulo III C Audiovisual 117

    4 atividade 118Avaliao 119

    Referncias Bibliogrficas 121

    Referncias Eletrnicas 124

    Folha de respostas Mdulo III 126

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    Introduo

    Nosso curso foi idealizado com o intuito de abordar

    sinteticamente trs diferentes gneros de nossa msica popular e de

    oferecer aos participantes uma viso esclarecedora, expondo detalhes

    desses perodos da Histria da Msica Popular Brasileira.

    Com aplicao de pesquisas e debates analisando e

    exemplificando o contexto de cada poca, atendendo a necessidade de

    conhecimento para sua viso crtica e esttica, o curso busca fornecer

    uma boa formao bsica, entre outros fatores, e com a inteno de nos

    adequarmos aos novos parmetros da educao, onde o ensino da

    msica torna-se mais uma vez obrigatrio nas escolas pblicas.

    Muito pouco se tem feito em relao ao ensino de Msica, tendo

    em vista o custo na aquisio de material pedaggico da disciplina. A

    formao do professor de Artes continua sendo tratada de modo

    precrio, sem uma efetiva ligao entre a teoria e a prtica, o

    conhecimento de msica e o conhecimento pedaggico.

    A msica se faz presente na formao das mais diferentes

    civilizaes. Desde os primrdios da humanidade, a msica revela-se

    em sua forma mais simples e pura diante da necessidade do ser

    humano.Primamos pela qualidade do material a ser ensinado j que

    consenso geral que sejam consideradas funes do professor produzir e

    difundir conhecimentos, bens e valores culturais; integrar a cultura

    cotidiana s disciplinas acadmicas; proporcionar momentos de Arte e

    Cultura; estimular a criatividade, a sensibilidade e a percepo de

    mundo; conhecer sobre desenvolvimento e aprendizagem para estimular

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    as estruturas cerebrais atravs da Msica; desenvolver o esprito crtico

    construtivo; desenvolver habilidades de participao; promover a inter-

    relao entre as diversas reas do conhecimento; trabalhar com projetos

    e aes interdisciplinares, articulando os temas transversais.Faz-se necessrio, portanto, um vasto conhecimento sobre a

    histria da nossa msica, da sua complexidade, para a sua valorizao

    e apreciao esttica. Considerando que de suma importncia o

    Ensino da Msica na escola, essas informaes proporcionaro ao

    aluno tornar-se capaz de refletir sobre a produo musical que o

    circunda, podendo perceber a interao com sua vida, separando os

    elementos favorveis e no favorveis ao seu gosto pessoal, adquirindo

    habilidades de reflexo; o ouvido se aprimora, levando-o a desenvolver

    atividades nas quais as relaes inter-pessoais perpassam o convvio

    social o tempo todo, contribuindo para uma reflexo sobre temas

    diversos dentre os existentes no universo to rico de nossa msica.

    Esperamos, assim, contribuir para o trabalho docente atravs do

    compromisso da transmisso do saber e sentir a Msica Brasileira e do

    reflexo na vida cotidiana.

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    Ementa

    Reflexes sobre a educao musical como forma de contribuio para odesenvolvimento da criatividade, do senso crtico, da sensibilidade, do

    processo de conscientizao do todo, estimulando o indivduo a colocar

    suas atividades a servio da sociedade.

    Aspectos e consideraes sobre o Carnaval. Suas msicas, seu

    desenvolvimento atravs dos tempos, com caractersticas referentes a

    cada perodo e regionalidades.

    Objetivos

    Capacitar o aluno a pesquisar, analisar e reconhecer as formas do

    carnaval brasileiro.

    Promover experincias auditivas e visuais para a fixao do tema,

    utilizando informaes e qualidades perceptivas e imaginativas no

    contato com os eventos.Reconhecer a criatividade cultural do imaginrio humano em sua

    diversidade.

    Contedo Programtico

    Educao Musical;Valor da msica na educao,

    Objetivos da Educao Musical.

    Pequena Histria da Msica Popular Brasileira

    Carnaval do Brasil:Carnaval em Recife,Carnaval da Bahia

    A histria do Trio Eltrico,Carnaval no Rio de Janeiro.

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    Educao Musical

    Nunca demais falar de educao musical. Principalmente para

    todos aqueles que de alguma forma participam e se beneficiam daatividade musical, que devem ter como premissa constante sua

    divulgao, desenvolvimento e incremento.

    Educadores, professores, msicos, pesquisadores e cientistas,

    embasados em experincias prprias e em tcnicas comprovadamente

    eficazes, so unnimes em afirmar a validade do uso da msica na

    educao.

    No entanto, se o valor da msica um consenso entre os

    msicos, no o em outros segmentos da sociedade, sendo pertinente a

    discusso, em um mbito mais amplo do que o espao da arte, para que

    se perceba que a questo do acesso ao fazer artstico ultrapassa a do

    lazer ou da indstria do entretenimento. Isso fica evidente quando se

    compara a prtica musical e o ensino de msica em pocas ou lugares

    diferentes; mas at na mesma poca convivem opinies divergentes, e

    isso, tambm, o que ocorre quando se trata de educao musical e de suaimportncia e valor.

    importante a adoo de um pensar filosfico como norteador de

    atitudes e escolhas, pois ele se constitui a partir de valores, e estabelece

    conexes entre os diversos elementos que compem o conjunto de

    pressupostos a respeito da natureza e do valor de determinado campo de

    estudos. A filosofia necessria para aprofundar a questo do ensino de

    msica, pois por meio dela que se tem clareza acerca de seu valor, o

    que permitir chegar a uma maior competncia e efetividade no exerccioda profisso, alem de encontrar razes que justifiquem sua presena na

    escola, quer como disciplina, quer como atividade extraclasse.

    Atualmente, em face das profundas e rpidas mudanas que

    ocorrem em todas as reas, a educao musical pede uma reformulao

    que possa servir de guia aos profissionais e membros da comunidade.

    Hoje, h uma enorme necessidade de compreenso da msica e dos

    processos de ensino e aprendizagem dessa arte. At que se descubra seu

    real papel, ate que cada indivduo em particular, e a sociedade como um

    A

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    todo, se convenam de que ela uma parte necessria, e no perifrica,

    da cultura humana, at que se compreenda que seu valor fundamental,

    ela ter dificuldades para ocupar um lugar proeminente no sistema

    educacional.

    ( Fonterrada, 2008, p.11-12)Mesmo no mundo do trabalho, h quem veja na msica um

    diferencial competitivo, o que se busca hoje no mercadode trabalho

    so pessoas equilibradas. Consultores de recursos humanos de

    grandes empresas internacionais afirmam valorizarem um currculo de

    um candidato que tenha msica, pelos aspectos de equilbrio e

    sensibilidade que sugere.

    Antigamente, a educao buscava formar crianas e jovens para

    um futuro j conhecido, mas hoje no sabemos para que futuro

    preparamos as pessoasda a importncia de ampliarmos a sensibilidade

    dos alunos, diz Breim, um dos autores dos Parmetros Nacionais

    Curriculares do MEC.

    (Folha de So Paulo, 24 de setembro de 2002)

    Em pases do primeiro mundo ela algo muito importante nocontexto educacional, e uma das suas facetas, a integrao social

    atravs da msica, tem atuao destacada. Em um pas com uma

    grande populao ainda em fase de integrao, como o Brasil, a msica

    tem a mesma importncia e muito mais a necessidade de ser usada.

    Koellreutter, compositor e educador, sempre valorizou a

    importncia da msica (e da arte) na vida humana.Para Koellreutter, a educao musical deve considerar o estgio

    em que se encontram as nossas sociedades em virtude do

    desenvolvimento tecnolgico e cientfico acelerados, em virtude dos

    problemas scio-econmicos, das diferenas culturais, dos interesses e

    modos de pensar de nossas crianas e jovens, j que esse amplo e

    complexo quadro exige a reviso permanente do papel que a msica tem a

    desempenhar na formao dos futuros cidados (Brito, 2001, p.37).

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    O professor considera importante oferecer s sociedades

    modernas:

    Aquele tipo de educao musical no orientando para a

    profissionalizao de musicistas, mas aceitando a educao musical como

    meio que tem a funo de desenvolver a personalidade do jovem como um

    todo; de despertar e desenvolver faculdades indispensveis ao profissional

    de qualquer rea de atividade, como, por exemplo, as faculdades de

    percepo, as faculdades de comunicao, as faculdades de concentrao

    (autodisciplina), de trabalho em equipe, ou seja, a subordinao dos

    interesses pessoais aos do grupo, as faculdades de discernimento, anlise

    e sntese, desembarao e autoconfiana, a reduo do medo e da inibio

    causados por preconceitos, o desenvolvimento de criatividade, do senso

    crtico, do senso de responsabilidade, da sensibilidade de valores

    qualitativos e da memria, principalmente, o desenvolvimento do processo

    de conscientizao do todo, base essencial do raciocnio e da reflexo. As

    nossas escolas oferecem aos seus alunos tambm cursos de esporte e

    futebol, sem pretenderem preparar ou formar esportistas ou jogadores de

    futebol profissionais.

    Trata-se de um tipo de educao musical que aceita como

    funo da educao musical nas escolas a tarefa de transformar critrios eidias artsticas em uma nova realidade, resultante de mudanas sociais.

    Esse tipo de educao musical, mesmo no caso da preparao e da

    formao de musicistas profissionais, vem a ser um tipo de educao para

    o treinamento de musicistas que, futuramente, devero estar capacitados a

    encarar sua arte como arte funcional, isto , como complemento esttico

    de vrios setores da vida e da atividade do homem moderno; msicos

    preparados, acima de tudo para colocar suas atividades a servio da

    sociedade [...] O humano , meus amig os, como ob jetivo da edu caomusical.

    (H.-J. Koellreutter, 1998, p. 39-45)

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    Friedrich Nietzsche (1844-1900)

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    Aps a leitura do texto: Educao Musical, do Mdulo

    I, das pginas 10 a 13, procure se aprofundar mais

    sobre o assunto, pesquise, leia e responda:

    1- Na histria recente da Educao Musical brasileira, alguns msicos vindos

    de outros pases tiveram influncia na formao das concepes estticas da

    msica contempornea no Brasil, com forte influncia na prtica dos educadores

    musicais. Dentre eles, o fundador do Grupo Msica Viva, que incentivava a liberdade

    de expresso e a busca da identidade de cada aluno. O mtodo desse msico [...]

    se baseava em algumas premissas fundamentais, que no pressupunhamnecessariamente a adeso dos alunos a uma tcnica musical especfica [...]

    (NEVES, 2000). O mais importante era criar uma escola inovadora que explorasse

    as possibilidades sonoras sem se prender ao formalismo da msica ocidental

    erudita.

    NEVES, Jos Maria. Msica Contempornea Brasileira. So Paulo: Ricordi Brasileira, 2000.

    O msico a que se refere o fragmento textual acima

    a) Edgar Willems.

    b) Anton Walter Smetak.

    c) Hans-Joachim Koellreutter.

    d) Murray Schafer.

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    2 - Voc concorda com o educador Koellreutter sobre os

    objetivos da educao musical? Explique.

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    3 - Faa uma pesquisa em livros, artigos, revistas, sites, etc...,

    sobre Hans-Joachim Koellreutter, suas idias pedaggicas e sua

    contribuio para a histria da msica brasileira.

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    4 - Voc ira formular um conceito de educao musical pessoal,

    nico, retratando sua realidade em relao msica.

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo I, na pgina 52, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 1 Atividade: 1 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    Pequena histria da Msica Popular Brasileira

    Trs culturas diferentes seriam a base da cultura brasileira.

    Na poca do descobrimento do Brasil as msicas das muitastribos so executadas em solos e coros, acompanhados pela dana,

    bater das palmas, dos ps, flautas, apitos, cornetas, chocalhos, varetas

    e tambores.

    Em 1538 chegaram os primeiros escravos trazidos da frica

    trazendo suas msicas, danas, idiomas, macumba e candombl

    criando a base primordial de uma nova etapa fundamental na histria

    inicial da msica brasileira. Em 1630 a cultura musical africana dos

    escravos negros preservada e desenvolvida atravs dos Quilombos.

    Surgem as primeiras novas formas de uma msica afro-brasileira,

    que desenvolveria o afox, jongo, lundu, maracatu, maxixe, samba e

    outros gneros futuros.

    Desde a proclamao da Independncia (1822), iniciava-se, no

    Brasil, um lento processo scio-cultural que atingiria o auge na I

    Repblica (1889-1930): a separao radical das culturas do povo e da

    elite.

    As danas e festas populares, as velhas modinhas, violes, os

    costumes de origem africana e indgena eram considerados atrasados,

    incultos e perniciosos.

    Adotam-se as teses raciais: negros e ndios eram inferiores,

    primitivos, infantis. Tais raas no serviam mais aos novos padres de

    cultura, beleza e sociedade. Os mitos da cincia, civilizao eprogresso

    apresentam-se contrrios aos costumes populares, vida rural e ao

    atraso colonial. A ordem e progresso, inscrio aplicada 10

    bandeira brasileira, nada mais foi que um lema da civilizao contra a

    barbrie.

    B

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    Verificaram-se, na Belle poque brasileira, duas maneiras

    bastante distintas de civilizao da msica popular. A primeira,

    essencialmente ligada elite, foi a utilizao de temas, melodias ou

    ritmos de origem popular em obras romnticas, fenmeno que j existiana Europa e que l j servia as ideologias nacionalistas. Era uma

    espcie de reapresentao da msica popular de maneira culta ou

    civilizada, tcnica tambm adotada no Brasil como manifestao do

    nacionalismo romntico do sc. XIX.

    A segunda, mais ligada s classes mdias, foi a apresentao

    das danas populares com harmonia, formas e instrumentao

    europia, transformando-as em danas de salo.

    medida que a msica popular ia causando um interesse cada

    vez maior nas cidades, a partir do incio do sc. XX, a nsia em sua

    utilizao causava um descuido cada vez maior em seu disfarce

    europeu. Em fins da dcada de 1910 o Brasil assistiria a uma onda

    avassaladora de cultura popular que revolucionaria a prtica musical,

    fenmeno acelerado pelo advento, no pas, da gravao mecnica (em

    1902), do cinema e do rdio (em 1922).

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    Entre os compositores mais representativos da

    msica de salo com ritmos populares do perodo 1770-

    1930, podemos destacar:

    Joaquim Antnio da Silva Callado(1848-1880).

    Estudou piano e flauta no Rio de Janeiro, provavelmente com o pai e, em

    1856, iniciou estudos de composio e regncia com Henrique Alves de Mesquita.

    Atuava principalmente na execuo e composio de danas de salo, obtendo seu

    primeiro sucesso com a quadrilha Carnaval de 1867. Tornou-se professor de flautado Conservatrio em 1871 e passou a ser reconhecido como virtuose e inovador na

    execuo desse instrumento. Morreu na epidemia de meningoencefalite de 1880.

    Escreveu principalmente valsas, quadrilhas e polcas, iniciando a captao de ritmos

    populares em suas composies.

    Fonte: http://images.google.com.br

    http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Joaquimcalado.jpg/200px-Joaquimcalado.jpg&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Ant%C3%B4nio_da_Silva_Calado&h=184&w=200&sz=8&hl=pt-BR&start=4&tbnid=FaL6g98Eykf7YM:&tbnh=96&tbnw=104&prev=/images?q=joaquim+antonio+da+silva+calado&gbv=2&hl=pt-BRhttp://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Joaquimcalado.jpg/200px-Joaquimcalado.jpg&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Ant%C3%B4nio_da_Silva_Calado&h=184&w=200&sz=8&hl=pt-BR&start=4&tbnid=FaL6g98Eykf7YM:&tbnh=96&tbnw=104&prev=/images?q=joaquim+antonio+da+silva+calado&gbv=2&hl=pt-BR
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    Chiquinha Gonzaga(1847-1935)

    Nascida no Rio de Janeiro estudou piano e comps sua primeira cano aos11 anos. Casou-se aos 13 com um oficial da

    Marinha Mercante, mas abandonou-o aos 18,

    levando seus filhos. Passou a viver com um

    engenheiro de estradas de ferro, separando-se

    em seguida. Foi obrigada a dar aulas de piano

    para sustentar os filhos. Por influncia de Antnio

    Callado passou a tocar em festas. Fez sucesso

    com a polca Atraente, em 1877. Pde, ento,

    aperfeioar-se ao piano com Arthur Napoleo.

    Comeou a musicar peas teatrais e operetas a

    partir de 1883, sofrendo, entretanto, o preconceito

    dos empresrios do setor por sua condio de

    mulher e separada. Afirmou-se no cenrio musical

    com a opereta de costumes A corte na roa, com poesia de Francisco Sodr. Seu

    tango Gacho, de 1887, que j utilizava o ritmo da dana rural do corta-jaca, foi

    includa na revista C e l (revista era um gnero teatral, comdia sobre assuntos do

    momento), encenada em Portugal e em uma apresentao no Palcio do Catete.

    Para o cordo Rosa de Ouro, do Andara, escreveu sua primeira marcha

    carnavalesca em 1899, abre alas, sucesso no Carnaval de 1902. Fez vrias

    viagens Europa entre 1902-1910, apresentando-se como pianista e musicando

    peas teatrais, sobretudo em Lisboa. No Brasil, sua opereta Forrobod, de 1912,

    teve 1.500 apresentaes. Em 1917 participou da fundao da sociedade

    arrecadadora SBAT.

    Comps at 1933, musicando um total de 77 peas teatrais. Escreveu

    valsas, polcas, tangos, maxixes, lundus, quadrilhas, fados, gavotas, mazurcas,

    barcarolas, habaneras, serenatas e at peas sacras.

    Fonte: http://images.google.com.br

    http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Chiquinhagonzaga4.jpg&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Chiquinha_Gonzaga&h=236&w=177&sz=9&hl=pt-BR&start=3&tbnid=CAdFMFD1vumiKM:&tbnh=109&tbnw=82&prev=/images?q=joaquim+antonio+da+silva+calado&gbv=2&hl=pt-BRhttp://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Chiquinhagonzaga4.jpg&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Chiquinha_Gonzaga&h=236&w=177&sz=9&hl=pt-BR&start=3&tbnid=CAdFMFD1vumiKM:&tbnh=109&tbnw=82&prev=/images?q=joaquim+antonio+da+silva+calado&gbv=2&hl=pt-BR
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    Carnaval

    Em qualquer lugar do mundo, quando se fala de Brasil, a primeira

    idia que as pessoas tm de samba, futebol, mulheres bonitas e

    carnaval.

    O Carnaval um movimento cultural que existe h muito tempo.

    Nasceu dos cultos agricultura na Grcia, quando os homens

    celebravam a fertilidade e produtividade de seus solos e s em 590 d.C.

    adotada e acolhida pela igreja catlica e passa a ser uma festa Crist.

    A origem da palavra Carnaval vem do latim medieval carnem

    levare ou carnelevarium que significa abstinncia de carne, e refere-se

    ao fato de que na vspera da quarta-feira de cinzas comeava-se a

    abstinncia de carne por quarenta dias at a Pscoa, a conhecida

    quaresma da igreja catlica

    Foi no Egito que aconteceu a primeira concentrao

    carnavalesca. Nesta poca surgiram as mscaras, pois os folies se

    disfaravam querendo simbolizar uma inexistncia das classes sociais,

    eles danavam e cantavam em torno de fogueiras.

    B1

    Fonte: http://4.bp.blogspot.com

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    Com o passar do tempo a tradio foi se espalhando, e a

    divulgao da festa com as divises de classes sociais e a presena do

    poder fez com que o sexo e as bebidas se tornassem presentes no

    Carnaval, mas sua maior caracterstica sempre foi a alegria, com risos ebrincadeiras.

    No Brasil o primeiro registro de baile de Carnaval foi em 1840, e

    se deu devido chegada da coroa portuguesa neste solo. A diverso

    era feita com folies jogando gua uns nos outros nas ruas, j os

    escravos comemoravam o acontecimento se sujando com polvilho e

    farinha de trigo.

    As datas da festa eram determinadas de acordo com o calendrio

    Gregoriano, com uma mobilidade para no coincidir com a Pscoa

    catlica, o domingo de Carnaval deve ser exatamente sete domingos

    antes do domingo de Pscoa.

    Os bailes de Carnaval do Rio de Janeiro eram sofisticados e

    realizados em teatros e hotis. A msica que animava essas festas

    eram polcas, mazurcas, valsas e o schottisch. O nico ritmo nacional

    que se danava era o maxixe.

    As escolas de samba so hoje as grandes estrelas no carnaval

    do Rio de Janeiro. Elas so a evoluo dos primeiros clubes

    carnavalescos que surgiram no Brasil em 1855.

    A primeira delas foi fundada em 1928 no bairro do Estcio e se

    chamava DeixaFalar. No comeo do sculo XX j existiam os blocos

    de rua e os cordes.

    Foi ento que de uma adaptao de msica teatral francesa, o

    ator Correia Vasques, em 1869, deu origem a primeira msica de

    carnaval que ficou conhecida como Z Pereira, msica que cantada

    at os dias de hoje.

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    E viva o Z-PereiraPois que a ningum faz mal.

    Viva a pagodeirados dias de Carnaval

    Fonte: http://www.ufmg.br

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    O Carnaval celebrado todos os anos, assim como no passado.

    Independentemente da classe social das pessoas todas vivem

    com muita intensidade esta poca do ano. A folia comemorada no

    Brasil inteiro, dividida regionalmente e culturalmente. As principaisformas de comemorao do carnaval so manifestadas por bailes de

    salo, nas batalhas de flores, nos corsos e desfiles de carros alegricos,

    maracatus, cordes, blocos, ranchos, frevos, troas, afoxs e,

    finalmente, nas escolas de samba. E tanto nas comemoraes

    nordestina como nos desfiles do Rio de Janeiro e So Paulo o carnaval,

    a festa milionria, passou a ser mais democrtico, mesmo porque, quem

    no tem dinheiro para participar diretamente da festa, pode acompanhar

    atravs dos meios de comunicao que abraaram o movimento e

    acompanham todas as suas vertentes com muito afinco permitindo com

    que a populao fique engajada a este movimento cultural.

    Fonte: http://images.google.com.br

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    Baseado na leitura dos textos: Pequenas Histria da Msica Popular

    Brasileira e Carnaval, do Mdulo I,das pginas 17 a 24, responda:

    1-O Que Carnaval?

    __________________________________________________________________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    2-O Carnaval uma manifestao nascida no Brasil?_________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    3-Quais as caractersticas do Carnaval?_________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo I, na pgina 52, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 1 Atividade: 2 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    Apesar de ser uma festa

    tradicional em todo o pas, o carnaval

    apresenta diferenas regionais que so

    marcadas pelas diferentes

    colonizaes e cultura popular.

    Veremos agora as caractersticas

    do carnaval em trs regies distintas

    do Brasil: Pernambuco , Bahia e Rio de

    Janeiro.

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    CARNAVAL NO RECIFE

    De acordo com as antigas tradies, mais ou menos em fins do sculo XVII,

    existiam as Companhias de Carregadores de Acar e as Companhias de

    Carregadores de Mercadorias. Essas companhias geralmente se reuniam para

    estabelecer acordo no modo de realizar alguns festejos, principalmente para a Festa

    de Reis. Esta massa de trabalhadores era constituda, em sua maioria, de pessoas

    da raa negra, livres ou escravos, que suspendiam suas tarefas a partir do dia

    anterior festa de Reis. Reuniam-se cedo, formando cortejos que consistia de

    caixes de madeira carregados pelo grupo festejante e, sentado sobre ele uma

    pessoa conduzindo uma bandeira. Caminhavam improvisando cantigas em ritmo de

    marcha, e os foguetes eram ouvidos em grande parte da cidade.

    Os Maracatus de Baque Virado ou Maracatus de Nao Africana, surgiram a

    partir do sculo XVIII. Melo Morais Filho, escritor do sculo passado, no seu livro

    Festas e Tradies Populares, descreve uma Coroao de um Rei Negro, em 1742.

    Pereira da Costa, pgina 215 do seu livro, Folk-lore Pernambucano, transcreve um

    documento relativo coroao do primeiro Rei do Congo, realizada na Igreja de

    Nossa Senhora do Rosrio, da Parquia da Boa Vista, na cidade do Recife. Os

    primeiros registros destas cerimnias de coroao, datam da segunda metade deste

    sculo nos adros das igrejas do Recife, Olinda, Igarassu e Itamarac, no estado e

    B2

    Fonte: http://images.google.com.br

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    Pernambuco, promovidas pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosrio dos

    Homens Pretos e de So Benedito.

    Depois da abolio da escravatura, em 1888, os patres e autoridades da

    poca permitiram que surgissem as primeiras agremiaes carnavalescas, formadas

    por operrios urbanos nos antigos bairros comerciais. Supe-se que as festas dos

    Reis Magos serviram de inspirao para a animao do carnaval recifense.

    O carnaval do Recife era composto de diversas sociedades carnavalescas e

    recreativas, entre todas destacava-se o Clube Internacional, chamado clube dos

    ricos. O carnaval do incio deste sculo era realizado nas ruas da Concrdia,

    Imperatriz e Nova, onde desfilavam papangus (o papa-angu nasceu de uma

    brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados, mal

    vestidos, para visitar amigos nas festas de entrudo antigo carnaval do sculodezenove , e comiam angu, comida tpica do Nordeste (agreste) pernambucano.

    Por isso, as crianas passaram a chamar os mascarados de papa-angu ) e

    mscaras de fronhas (fronhas rendadas enfiadas na cabea e saias da cintura para

    baixo e outra por sobre os

    ombros), esses mascarados

    sempre se apresentavam em

    grupos. Nesses tempos, o Recifeno conhecia eletricidade, a

    iluminao pblica eram lampies

    queimando gs carbnico. Os

    transportes nos dias de carnaval

    vinham superlotados dos

    subrbios para a cidade. Os

    clubes que se apresentaram entre1904 e 1912 foram os seguintes:

    Cavalheiros de Satans, Caras

    Duras, Filhos da Candinhae U.P.M.; este ltimo criado como pilhria aos homens

    que no tinham mais virilidade.

    O corso no Recife era composto de carros puxados a cavalo como: cabriol,

    aranha, charrete e outros. A brincadeira no corso era confete e serpentina, gua

    com limo e bisnagas com gua perfumada. Tambm havia caminhes e carroas

    puxadas a cavalo e bem ornamentadas, rapazes e moas tocavam e cantavam

    Fonte: htt ://ima es. oo le.com.br

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    marchas da poca dando alegre musicalidade ao evento. Fanfarras contratadas

    pelas famlias desfilavam em lindos carros alegricos.

    Os clubes carnavalescos, as troas, as escolas de samba, os maracatus,

    caboclinhos e ursos desfilavam pelas ruas do Recife, e se apresentavam frente a

    comisses julgadoras.

    O Galo da Madrugada um bloco carnavalesco que sai todo sbado de

    carnaval do bairro de So Jos, um dos bairros do centro da cidade do Recife,

    capital estado de Pernambuco, nordeste do Brasil. considerado pelo Guinness

    Book - o livro dos recordes - o maior bloco de carnaval do mundo. Em 2009, o desfile

    do bloco Galo da Madrugada, no centro do Recife, arrastou mais de 2 milhes de

    folies. O bloco foi criado por Enas Freire1978 e surgiu na rua Padre Floriano n

    43, no bairro de So Jos.Vrios barcos se posicionam no Rio Capibaribe para

    acompanhar a passagem do bloco. A movimentao de pessoas no centro do Recifeno sbado de carnaval do Galo da Madrugada dura todo o dia. Os folies comeam

    a chegar de manh - por volta das 7 horas da manh - e o bloco tem sua sada

    oficial por volta das 10 horas; os trios eltricos tocam at cerca de 18 horas e at a

    noite ainda sobram muitas pessoas voltando para casa ou seguindo direto para

    outra aglomerao de carnaval do Recife, a maioria delas localizadas no permetro

    do Recife Antigo.

    Fonte: http:/4.bp.blogspot.com.br

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    O Galo da Madrugada composto por carros alegricos, freviocas e vrios

    trios eltricos (cerca de vinte e sete em 2009). O principal ritmo tocado no bloco o

    frevo, mas vrios outros ritmos so executados pelas dezenas de trios que cruzam a

    cidade animando os folies.

    H atualmente o chamado Carnaval Multicultural, organizado pela prefeitura,

    que conta com disputas em diversas categorias de agremiaes carnavalescas.

    Considerado como o carnaval mais democrtico do mundo onde os folies no

    precisam pagar para brincar, apenas ter vontade, alegria e muita disposio para

    aguentar os dias de carnaval.

    Fonte: http://www.unerj.br

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    Leia atentamente o texto: Carnaval no Recife, do Mdulo I, das

    pginas 28 a 31 e responda:

    1-Porque o carnaval do Recife considerado o mais

    democrtico?

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    _______________________________________________________

    _______________________________________________________

    _______________________________________________________

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    _______________________________________________________

    _______________________________________________________

    _______________________________________________________

    _____________________________________________________

    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo I, na pgina52, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 1 Atividade: 3 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    O Carnaval da Bahia

    No carnaval da Bahia, s no vai atrs do

    trio eltrico quem j morreu, diz a letra de Caetano

    Veloso...

    B3

    Fonte: http://www.whala.com.br

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    E apesar de haver em Salvador uma rea dedicada exclusivamente s

    escolas de samba, so os trios eltricos que atraem anualmente 2 milhes de folies

    vindos de todos os pontos do planeta. Ficar em p horas e horas, sob o fortssimo

    sol da capital baiana, cantando e danando as animadas coreografias do ax pode

    at soar cansativo para quem nunca esteve l. Mas, para os folies de planto, que

    voltam ano a ano a Salvador,a mistura deax, cerveja gelada e clima de paquera

    no estilo ningum de ningum supera qualquer cansao. Talvez seja esse um

    dos motivos para que os jovens sejam maioria na multido.

    A energia para agentar a bronca vem de bandas como Chiclete com

    Banana, Asa de guia, Banda Eva e Araketu,alm de cantores como Ivete Sangalo,

    Jammil, a ex-Babado Novo Cludia Leitte, Armandinho, Gilberto Gil, Carlinhos Brown

    e Daniela Mercury, que suam a camisa, literalmente, pra manter todo mundopulando. A folia soteropolitana se destaca das demais do resto do pas por sua forte

    ligao com a cultura afro-brasileira.Alm do prprio ax, ritmo que teve origem nos

    terreiros de candombl, alguns dos mais famosos blocos, bandas e grupos, como Il

    Ay, Filhos de Gandhy, Timbalada e Olodum, so dedicados exaltao e

    preservao da cultura negra.

    Fonte: http://mitglied.multimania.de/michael_gumbert/timbalada.jpg

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    Vamos por partes...

    Um trio-eltrico um caminho equipado com sistema de amplificao de

    som, um espao na caamba para msicose um lugar para um bar na parte de

    baixo. Em torno do trio h um cordo de isolamento para quem quiser curtir a folia

    de perto e sem tanta aglomerao. Para ficar nesse espao preciso comprar um

    abad, que custa de R$ 50,00 a R$ 1.000,00l, dependendo do bloco. O nome abad

    vem de um tipo de camiso folgado de mangas curtas usado por escravos. Do lado

    de fora do cordo, ficam as pessoas que no tm dinheiro para o abad, mas no

    abrem mo de seguir o trio.Pipoca quem est fora dos blocos e dos camarotes, ou

    seja, quem no paga nada para se divertir!

    A cidade dividida em trs grandes circuitos para a passagem dos trios:

    Batatinha (Centro Histrico), Dod (Barra-Ondina) e Osmar (Campo Grande). Na

    Quarta-feira de Cinzas, quem trabalhou no feriado e no teve tempo de pular

    carnaval tem sua chance. Nesse dia, artistas puxam os chamados trios

    independentes, sem o cordo de isolamento, pelas ruas de Salvador at se

    cruzarem, nos chamados Encontros de Trios, animando ainda mais a festa.

    Fonte: http://www.aratuonline.com.br

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    A histria do trio

    O primeiro trio eltrico surgiu em 1951. No ano anterior, inspirados pelo frevo

    do grupo recifense Vassourinhas, Adolfo Antnio Nascimento e Osmar lvares de

    Macedo - o Dod e o Osmar - instalaram alto falantes em um Ford Fobica 1929,

    pintaram confetes nas laterais e saram pela cidade tocando uma mistura de

    marchinhas com frevo com seus paus eltricos (violo e guitarra eltrica). A

    combinao dos ritmos resultou no ax. No carnaval seguinte, Temstocles Arago

    (que tocava violo) integrou o grupo, que passou a se chamar O trio eltrico.

    A idia agradou, novos trios pipocaram nos anos seguintes e muitos

    blocos, que at o fim dos anos 60 saam s ruas acompanhados de grupos de

    percusso ou de baterias de escolas de samba, passaram a ser acompanhados de

    trios.

    Hoje, os trios eltricos trabalham o ano inteiro em todo o pas. Os baianos

    so os criadores do carnaval fora de poca, as chamadas micaretas, copiadas no

    restante do Brasil. Remontar o carnaval foi uma idia para driblar as dificuldades

    tursticas causadas pela mobilidade da data.

    Fonte: http://1.bp.blogspot.com

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    1-Releia o texto: O Carnaval da Bahia, do Mdulo I, das pginas

    34 a 37. Busque mais informaes em jornais, revistas, artigos, livros e

    sites de buscas sobre os b loco s de cultur a afro-brasi leira na Bahia

    e faa um resumo de sua pesquisa.

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    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo I, na pgina52, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 1 Atividade: 4 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    Carnaval do Rio de Janeiro

    Durante todo o perodo colonial as diverses que aconteciam na cidade do

    Rio de Janeiro durante o carnaval no diferiam daqueles presentes em outros

    centros urbanos brasileiros. Toda uma srie de brincadeiras reunidas sob o termo

    Entrudo podiam ser encontradas nas ruas e nas casas senhoriais da cidade. No final

    do sculo XVIII, essas diverses consistiam basicamente no lanamento mtuo de

    limes de cheiro (dentro das casas senhoriais) ou qualquer outro tipo de lquidos oups (nas ruas). Aps a Independncia do Brasil, a elite carioca decide se afastar do

    passado lusitano e incrementar a aproximao com as novas potncias capitalistas.

    A cidade e a cultura parisienses sero os parmetros a guiar as modas e modos a

    serem importados.

    A folia do Rio de Janeiro rapidamente apresenta bailes mascarados aos

    moldes parisienses.

    B4

    Fonte://images.google.com.br

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    O grande sucesso dos bailes acabaria por incentivar outras formas de

    diverso, a idia de se deslocar para os bailes em carruagens abertas seduzia a

    burguesia, que via, a, uma oportunidade de exibir suas ricas fantasias ao povo e

    "civilizar" o carnaval de feio 'entruda'. Em 1855, um grupo de cidados notveis

    organizaria aquele que ficou conhecido como o primeiro passeio de uma sociedade

    carnavalesca por uma cidade brasileira: o desfile do Congresso das Sumidades

    Carnavalescas.

    O sucesso desse evento abriria as portas para o surgimento de dezenas de

    sociedades carnavalescas que, em poucos anos, j disputariam entre si o exguo

    espao do centro da cidade durante os dias de carnaval.

    Muitos grupos negros de Congadas (ou Congos) e Cucumbis aproveitavam-se da relativa liberalidade reinante para conseguir autorizao policial para se

    apresentarem. Alm disso, outros grupos, reunindo a populao carente de negros

    libertos e pequenos comerciantes portugueses (mais tarde conhecidos como Z

    Pereiras), sentiram-se incentivados a passear pelas ruas. A mistura desses

    diferentes grupos acabaria por forar uma espcie de dilogo entre eles. As

    sociedades carnavalescas por sua vez, passaram a incorporar boa parte dos ritmos

    e sonoridades tpicos das brincadeiras populares.

    O resultado de tudo isso que as ruas do Rio de Janeiro veriam surgir toda

    uma variedade de grupos, representando todos os tipos de interinfluncias

    possveis. essa multiplicidade de formas carnavalescas, essa liberdade

    organizacional dos grupos que faria surgir uma identidade prpria ao carnaval

    carioca. Uma identidade forjada nas ruas, entre dilogos e tenses.

    Fonte://images.google.com.br

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Viradouro209.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Viradouro209.jpg
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    1-Leia o texto: O Carnaval do Rio de Janeiro, do Mdulo I,das

    pginas 40 a 42, anote os principais pontos.Voc vai pesquisar em jornais, revistas, artigos, livros e sites: como

    a formao de uma escola de samba.

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    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo I, na pgina 52, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 1 Atividade: 5 Ano:Nome:

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    AudiovisualC

    Nos seguintes sites voc encontrar 6

    vdeos. Sintetize, comentee

    relacione cada um deles aos assuntos

    estudados.

    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo I, na pgina 52, analisando a adequao de suas respostas.A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

    1- http://youtu.be/_ozZCcNkhC42- http://youtu.be/5G7_Z1XWeCI3- http://youtu.be/eFgo78MUK_g4- http://youtu.be/ONnH6XOWa_c5- http://youtu.be/biHu8XFotBU6- http://youtu.be/vioQg5jhlwc

    http://youtu.be/_ozZCcNkhC4http://youtu.be/5G7_Z1XWeCIhttp://youtu.be/5G7_Z1XWeCIhttp://youtu.be/eFgo78MUK_ghttp://youtu.be/eFgo78MUK_ghttp://youtu.be/ONnH6XOWa_chttp://youtu.be/ONnH6XOWa_chttp://youtu.be/biHu8XFotBUhttp://youtu.be/biHu8XFotBUhttp://youtu.be/vioQg5jhlwchttp://youtu.be/vioQg5jhlwchttp://youtu.be/vioQg5jhlwchttp://youtu.be/biHu8XFotBUhttp://youtu.be/ONnH6XOWa_chttp://youtu.be/eFgo78MUK_ghttp://youtu.be/5G7_Z1XWeCIhttp://youtu.be/_ozZCcNkhC4
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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 1 Atividade: 6 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    Leia atentamente os textos e reflita sobre todo o

    contedo. Em seguida, imagine que voc um jornalistae tem de escrever um artigo relacionando suas

    lembranas e fatos vividos com as diferentes fases do

    Carnaval, suas caractersticas e diversidades. O ttulo

    do artigo ser: De Chiquinha Gonzaga ao Trio Eltrico.

    Voc pode incrementar a matria com fotos, msicas e

    ilustraes.

    OBS.:A avaliao deve ser enviada ao tutor ara a correo da mesma.

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    AVALIAOCurso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolar

    Modulo: 1 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    Referncias Bibliogrficas

    BRITO, Teca Alencar de. Koellreutter educador: O humano como

    objetivo da educao musical. Peirpolis, 2001

    CASTAGNA, Paulo. Apostila do curso. Histria da Msica Brasileira

    Instituto de Artes da UNESP

    DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro. Editora tica, 1997

    FONTERRADA, Marisa. De Tramas e Fios- Um ensaio sobre a msica e

    educao2 edio - Editora Unesp, 2008.

    FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. Msica e Meio Ambiente

    Ecologia Sonora. Irmos Vitale, So Paulo, 2005.

    KIEFER, Bruno- Histria da Msica Brasileira - Dos Primrdios ao Incio

    do Sc. XX - Quarta Edio- Editora Movimento

    KIEFER, Bruno. Msica e Dana Popular- Sua influncia na msica

    erudita- Terceira Edio- Editora Movimento

    MERTZIG, Patricia. A audio em quatro propostas de Educao

    Musical ( Dissertao de Mestrado) UEM,2009

    MORAES, M. C. Educar na biologia do amor e da solidariedade

    Editora Vozes,2003

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    50

    OLIVEIRA, A. L. G. de. Conhecimento musical como ao: aspectos de

    aprendizagem perceptiva. In: V Sincam /Goias, 2009.

    OLIVEIRA, A. L. G. de. / Mertzig, Patricia/ Schulz, S. - Cognio musicalcomo enaco e algumas possibilidades de implicaes metodolgicas

    em educao musical.

    OLIVEIRA, Alda. Educao musical em transio: Jeito brasileiro de

    musicalizar. In: SIMPSIO PARANAENSE DE EDUCAO MUSICAL,

    7, 2000, Londrina. Anais... Londrina: ABEM, 2000. p. 15-32.

    RAMOS, Cosete. Excelncia na educao: a escola de qualidade total.

    Rio de Janeiro: QualitymarkEd., 1992.

    SCHAFER, Murray. O ouvido Pensante. So Paulo, Editora UNESP,

    1991.

    QUEIROZ, Luis Ricardo S. Educao musical e cultura: singularidade e

    pluralidade cultural no ensino e aprendizagem da msica. Revista da

    ABEM, Porto Alegre, n. 9, p. 20-32, 2004.

    QUEIROZ, Luis Ricardo S. Educao musical e cultura: singularidade e

    pluralidade cultural no ensino e aprendizagem da msica. Revista da

    ABEM, Porto Alegre, n. 10, p. 99-107, 2004.

    SEVERIANO, Jairo. Uma histria da msica popular brasileira. Das

    origens modernidade. Editora 34, 2008

    SWANWICK, Keith. Ensinando msica musicalmente. Traduo de Alda

    Oliveira e Cristina Tourinho. So Paulo: Moderna, 2003.

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    Referncias Eletrnicas

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    Folha de Respostas Referente ao Mdulo I

    Atividade 1 - Pgina 14

    1- (c)

    2- O objetivo principal da educao musical para o educador Koellreutter o

    humano, dessa forma ela usada como meio para desenvolver a

    personalidade do jovem, despertando faculdades de percepo,

    comunicao, autodisciplina, discernimento, anlise e sntese, sendo um

    processo de conscientizao do todo, base essencial do raciocnio e da

    reflexo.

    3- Hans-Joachim Koellreutter, compositor, maestro e educador, nasceu em 2 de

    setembro de 1915, em Freiburg (Alemanha), e desembarcou no Rio de

    Janeiro em 16 de novembro de 1937. Instaurador de um trabalho fundamental

    de criao e formao, sua trajetria e experincia cravam-lhe o nome como

    marco zero do novo na cultura musical do Brasil.

    A revoluo de koellreutter compreende um projeto artstico e humanstico de

    amplas dimenses. O debate e a difuso de idias circulam por ensino,

    publicaes, regncia de concertos, gesto de instituies, animao cultural

    e a prpria obra musical.

    Sua pedagogia sacudiu normas arcaicas de conservatrios e fez escolas no

    Brasil afora, laboratrios de disciplina e inquietao. Tocou e lecionou naEuropa, sia e EUA.

    Foi o introdutor do dodecafonismo e do Serialismo no Brasil, fundador do

    Movimento Msica Viva onde tinha um compromisso com o desconhecido, o

    contemporneo e a renovao, onde a pauta era educao, criao,

    conferncias, concertos, programas de rdio e edies.

    Seu projeto educacional se baseava em trs preceitos: 1- no h valores

    absolutos, s relativos; 2- no h coisa errada em arte, o importante

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    inventar o novo; 3- no acredite em nada que o professor diz, em nada que

    voc ler e em nada que voc pensar; pergunte sempre porque? . Ensinar

    desenvolver no aluno o estilo pessoal.

    4- A Educao Musical tem por finalidade o desenvolvimento global das

    capacidades humanas. Trabalhando as funes cognitivas ela desempenha

    um papel importante na formao do indivduo, formando pessoas crticas que

    faam parte do universo da msica, sabendo escolher seu prprio caminho

    musical.

    Atividade 2 - Pgina 25

    1- O Carnaval um movimento cultural marcado por uma festa celebrada de

    forma diferente em vrios pases. Constitui uma forma de expresso em

    constante evoluo que nos liga ao nosso passado e mostra muito sobre a

    forma como cada cultura interage com o ambiente que a rodeia.

    2- O Carnaval no uma manifestao nascida no Brasil, teve sua origem naGrcia.

    3- O Carnaval se manifesta de diferentes formas de acordo com a regio, mas

    sua caracterstica principal a alegria, criatividade e brincadeiras

    Atividade 3 - Pgina 32

    1- O Carnaval do Recife considerado o carnaval mais democrtico do mundo

    porque os folies no precisam pagar para brincar, apenas ter vontade,

    alegria e muita disposio para aguentar os dias de carnaval.

    Atividade 4 - Pgina 38

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    1- Os blocos de cultura afro-brasileira na Bahia so responsveis pelo resgate

    da cultura africana e agregam a histria da frica, indignao social,

    religiosidade, posicionamento poltico e as delcias da festa do carnaval.

    Constituem grupos culturais de luta pela valorizao e incluso da populao

    afro-descendente preservando e expandindo sua cultura.

    Os mais famosos so: Il Ay, Filhos de Gandhy, Timbalada e Olodum.

    Atividade 5 - Pgina 43

    1- As escolas de samba tem seus componentes divididos em grupos ou alas, que,

    de acordo com o enredo trazido, se enfeitam em fantasias distintas, uma bateria

    que so os ritmistas que tocam os instrumentos de percusso, uma ala debaianas, ala de crianas, uma comisso de frente, formado por 15 pessoas em

    mdia que vem na frente da escola, em geral com uma apresentao teatral ou

    coreogrfica, as alegorias, que so os carros alegricos, onde esto os

    destaques, figuras centrais do enredo, os passistas que so os componentes

    que desfilam "sambando no p", j que as alas evoluem e no sambam,

    algumas apresentam coreografias ensaiadas, os diretores de harmonia, que so

    elementos responsveis pela organizao do desfile, o casal de mestre sala e

    porta bandeira, responsveis pela conduo do pavilho da escola, se

    apresentam ricamente trajados e bailando, sendo que todos os componentes

    cantam o samba enredo em unssono, liderados pelo cantor oficial da escola, o

    "puxador".

    Atividade 6 - Pgina 46

    C1- So imagens do Carnaval antigo e do Rio de Janeiro entre o sculo XIX e

    XX. As msicas so de Chiquinha Gonzaga: Abre-Alas ( Marchinha

    Carnavalesca composta em 1899, de grande sucesso no carnaval de 1902, feita

    para o cordo carnavalesco Rosa de Ouro);Atraente ( Polka composta em 1877,

    primeiro sucesso da compositora) e GachoO Corta-jaca( 1887).

    C2- Carmem Miranda Grande cantora luso-brasileira do incio do sculo XX

    interpretando as msicas: O que que a baiana tem(1939) e Tico-tico no fub

    (de Zequinha de Abreu grande sucesso no filme Copacabana em 1947).

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    C3- Reportagem da emissora de TV Globo, no Carnaval de 2009 sobre o Maior

    carnaval do Mundo, registrado no Guinness Book, o Livro dos Recordes, o Galo

    da Madrugada, no Recife, um clube de frevo com criatividade e irreverncia das

    fantasias.

    O principal ritmo tocado o frevo, mas vrios outros ritmos Pernambucanos so

    executados pelas dezenas de trios que cruzam a cidade animando os folies. O

    Galo da Madrugada, fundado em 1978, foi assim batizado porque deveria sair no

    sbado de carnaval, bem cedinho, antes mesmo que o comrcio abrisse, para

    carregar os folies.

    C4- Desfile de uma Escola de Samba no carnaval do Rio de Janeiro.

    O vdeo mostra a grandiosidade da festa, todas as alas da escola, seus carros

    alegricos, seus destaques, mestre-sala e porta-bandeira e as belas fantasias.

    O samba-enredo de 1981, da Escola Unio da Ilha, intitulado Hoje.

    C5- O vdeo mostra o carnaval na Bahia, toda agitao da multido cantando e

    danando atrs do Trio-eltrico: Timbalada.

    C6- Cena do filme Tudo Azul de 1952. A msica Sassaricando de Luiz

    Antonio/Z Mario e Oldemar Magalhes, marchinha de carnaval cantada por

    Virgnia Lane. Tambm apresenta o Trio Irakitan interpretando a marchinha

    Touradas de Madri(1959) de Braguinha e Alberto Ribeiro.

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    Ementa

    Questes da rea de ensino da msica na contemporaneidade,

    enfocando discusses que relacionam Educao Musical e Culturavalorizando culturas regionais, globais ou planetrias.

    Aspectos e consideraes sobre a Bossa Nova, suas msicas, e sua

    esttica musical dentro do contexto histrico brasileiro.

    Objetivos

    Proporcionar aos alunos contato com a obra denominada bossa

    nova, atravs de atividades de apreciao dos materiais

    audiovisuais.

    Apresentar e contextualizar a trajetria musical e a histria de seus

    compositores.

    Estimular no aluno o prazer de ouvir msica.

    Contedo Programtico

    Msica e Cultura;

    Bossa Nova

    A segunda gerao

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    Msica e Cultura

    Nessa parte do seu estudo, enfocaremos discusses que

    relacionam Educao Musical e cultura, tendo em vista que essa

    temtica se apresenta como uma das principais questes da rea de

    ensino da msica na contemporaneidade.

    A complexidade da diversidade musical brasileira tem sido amplamente discutida e

    analisada por estudiosos da etnomusicologia, da antropologia e demais reas que sededicam ao estudo da msica e suas relaes com o homem e o seu contexto cultural.

    Compreendendo a necessidade de uma educao que abranja os diferentes universos de

    uma cultura e os distintos discursos e sotaques musicais presentes em cada realidade, a

    educao musical brasileira tem focado sua ateno sobre os diferentes universos musicais

    do nosso pas, buscando inter-relacionar aspectos mais abrangentes, plurais, do ensino da

    msica com particularidades que configuram a nossa identidade musical. Identidade que

    nos singulariza pela sua dimenso plural, de universos distintos, que caracterizam os

    diferentes mundos musicais do Brasil, tornando este pas um contexto cultural/musical quepossui msicas de diferentes significados, usos e funes, simbolizando a diversidade

    identitria de uma cultura, a cultura brasileira.Queiroz (2004, p.99)

    ...a educao poderia e deveria ser o principal e mais importante caminho para

    estimular a conscincia cultural do indivduo, comeando pelo reconhecimento e a

    apreciao da cultura local, pois reconhecer sua prpria cultura conhecer a si prprio.

    Queiroz (2003, p. 3)

    A diversidade musical que compe as distintas culturas do Brasil, constitui um dos

    aspectos relevantes que precisam ser considerados para a efetivao de propostas

    pedaggicas significativas e contextualizadas com a educao e a realidade sociocultural,

    do Brasil, no sculo XXI.

    Inserida na prtica do cotidiano escolar, essa diversidade musical/cultural pode, e

    deve, ser instrumento para melhor conviver e dialogar com as diferenas e similaridades

    culturais do alunado.(Moura, Risaelma)

    A

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    o estudo sobre educaohoje, envolve no somente o estudo do homem, mas da

    educao como um fenmeno humano, das relaes dele com o mundo e com as pessoas.

    (Oliveira, 2000, p.31)

    Toda msica nasce em um contexto social e que ela acontece ao longo e

    intercalando-se com outras atividades culturais. A msica uma forma de pensamento, de

    conhecimento. Como uma forma simblica, ela cria um espao onde novos insights tornam-

    se possveis. A msica significativa e vlida. Ela um valor compartilhado com todas as

    formas de discurso, porque estas articulam e preenchem espaos entre diferentes

    indivduos e culturas distintas.(Keith Swanwick, 2003)

    Podemos ver que a msica no somente possui um papel na reproduo cultural e

    afirmao social, mas tambm potencial para promover o desenvolvimento individual, a

    renovao cultural, a evoluo social, a mudana.(Keith Swanwick, 2003)

    Antes de qualquer coisa, sempre esteja certo de que o ensino da msica vale a

    pena. E no deve haver confuso com o que deve ser entendido por "msica". No existe

    duas aulas de msica: uma para adultos, salas de desenho, salas de concerto, e outra para

    crianas e escolas. S existe uma msica, e o ensino dela no um assunto to difcil

    quanto as autoridades escolsticas tendem a sugerir em seus congressos. (Jacques-

    Dalcroze, 1915).

    Uma "aula" de msica ser um local onde as principais atividades de compor-ouvir e

    apreciar-ouvir acontecero em relao msica em um mbito cultural amplo o suficiente

    para que os alunos se conscientizem de que eles tm um "sotaque".

    (Keith Swanwick, 2003)

    Essa diversidade dos meios de comunicao tem favorecido o acesso a uma

    infinidade de repertrios, estilos e demais caractersticas da msica de diferentes grupos

    sociais, fato que tem ocasionado trocas e interaes musicais de diferentes mundos da

    msica, tanto dentro de um mesmo universo social/cultural como tambm dentro de

    dimenses culturais mais amplas.[...]Por essa perspectiva, de mundos musicais dentro de

    uma mesma cultura, podemos perceber que a diversidade musical brasileira faz com que

    no tenhamos um nico Brasil, mas sim brasis, principalmente no que se refere aos

    aspectos artsticos/culturais. Portanto, importante reconhecer que as diferentes

    manifestaes da cultura brasileira, atuando em conjunto, configuram e singularizam a

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    nossa identidade, sendo esse fato refletido nas nossas distintas expresses culturais e,

    principalmente, na msica (Da Matta, 2001; Napolitano, 2002).

    (Queiroz ,2004, p.101-102)

    [...]a educao musical se torna fundamental, no como sendo a responsvel por

    salvar a sociedade das manipulaes estabelecidas pelos meios de comunicao de massa,

    lutando contra a mdia, mas sim como sendo uma alternativa de ampliao da viso musical

    dos indivduos. Concordamos com Swanwick (2003) de que um dos princpios bsicos da

    educao musical deve ser o de considerar e compartilhar do discurso musical dos alunos,

    propiciando uma ampliao das relaes que eles j tm com a msica, conduzindo-os a

    novas experincias, para que assim sejam capazes de estabelecer uma relao real entre

    msica e culturamsica e vida.

    A msica, manifestao espontnea da expresso humana, tem funes que

    transcendem a atividade artstica/musical em si mesma, devendo segundo estudiosos

    como Beyer (1998), Gainza (1988), Schafer (1991, 2001), Paynter (1991) e muitos outros

    ser pensada como uma rea fundamental para a educao dos sentidos humanos.

    bastante evidente, na literatura da rea de educao musical, que uma pessoa que no tem

    oportunidade de passar por um processo de sensibilizao musical, formal ou informal, fica

    merc do que lhe fornecido pelos meios de comunicao de massa, sendo educada

    positivamente ou negativamente por estes.[...] Assim, no se pode pensar em um processo

    educacional desvinculado dos demais aspectos da cultura particular de cada grupo social.

    Da mesma forma, espera-se da educao musical no somente uma conformidade com o

    sistema cultural de uma sociedade, mas sim uma interferncia neste, possibilitando a

    autonomia dos seus sujeitos para configurar novas concepes de msica e suas relaes.

    Partir da realidade cultural dos alunos no significa ficar nela. importante que sejam

    oferecidas novas opes e descobertas para que a msica seja experimentada, (re)criada e

    (re)vivida de forma musical, significativa para a prpria experincia de vida de cada ator

    envolvido no processo de educao musical. (Queiroz ,2004, p.102)

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    Hermeto Pascoal

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    Apesar de ainda encontrar-se limitada, diante dos muitos desafios que lhes cercam

    por depender de meios e recursos que muitas vezes no so prioridade em nosso

    sistema poltico educacional, a educao brasileira articulada com a cultura, e sua

    diversidade, um dos caminhos para a educao no sculo XXI.

    (Moura, Risaelma)

    1- Baseado na leitura do texto : Msica e Cultura, do Mdulo II, das

    pginas 58 a 61, comente a afirmao acima.

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________________________________________________________________

    2- A msica e o cotidiano no contexto escolar tema de pesquisas e

    discusses na contemporaneidade. Considerando os conceitos de ensino e

    aprendizagem em Msica, explique de que forma o cotidiano compreendido

    como perspectiva para a aprendizagem nas aulas de Msica._________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    ________________________________________________________________

    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo II , na pgina 88, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 2 Atividade: 1 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    Bossa Nova

    A bossa nova um movimento da msica popular brasileira

    surgido no final da dcada de 1950 e incio da de 1960 na capital

    fluminense. De incio, o termo era apenas relativo a um novo modo de

    cantar e tocar samba naquela poca. Anos depois, Bossa Nova se

    tornaria um dos gneros musicais brasileiros.

    Alguns crticos musicais destacam a grande influncia que acultura americana do Ps-Guerra combinada ao impressionismo erudito,

    de Debussy e Ravel, teve na bossa nova, especialmente do cool jazz e

    bebop. Alm disso, havia um fundamental inconformismo com o formato

    musical da poca.

    A palavra bossaapareceu pela primeira vez na dcada de 1930,

    em Coisas Nossas, samba do popular cantor Noel Rosa:

    O samba, a prontido

    e outras bossas,

    so nossas coisas(...).

    B

    Fonte:http://lunavision.files.wordpress.com/2008/07/bossa-nova21.jpg

    http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.wfhowes.co.uk/_images/covers/putu195.jpg&imgrefurl=http://www.wfhowes.co.uk/catalogue/titles.php?&t=1285&h=275&w=300&sz=38&hl=pt-BR&start=18&tbnid=XcQpFN-_bODGjM:&tbnh=106&tbnw=116&prev=/images?q=bossa+nova&gbv=2&hl=pt-BR
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    A expresso bossa nova passou a ser utilizada tambm na

    dcada seguinte para aqueles sambas de breque, baseado no talento

    de improvisar paradas sbitas durante a msica para encaixar falas.

    As primeiras manifestaes do que viria a ser conhecido comoBossa Nova ocorreram na dcada de 50, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

    Eram as reunies casuais, frutos de encontros de um grupo de msicos

    da classe mdia carioca em apartamentos da zona sul, como o de Nara

    Leo, na Avenida Atlntica, em Copacabana. Nestes encontros, cada

    vez mais freqentes, a partir de 1957, um grupo se reunia para fazer e

    ouvir msica.

    Foi o primeiro movimento musical brasileiro egresso das

    faculdades, j que os primeiros concertos foram realizados em mbito

    universitrio, pouco a pouco aquilo que se tornaria a bossa nova foi

    ocupando bares do circuito de Copacabana, no chamado Beco das

    Garrafas.

    Ali, compositores, instrumentistas e cantores intelectualizados,

    amantes do jazz americano e da msica erudita, tiveram participao

    efetiva no surgimento do gnero, que conseguiu unir a alegria do ritmo

    brasileiro s sofisticadas harmonias do jazz americano.

    Fonte: http://catherineauman.com/blog/wp-content/uploads/2009/01/bossa-nova.jpg

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    Esse movimento ficou associado ao crescimento urbano brasileiro

    - impulsionado pela fase desenvolvimentista da presidncia de Juscelino

    Kubitschek (1955-1960) -, a bossa nova iniciou-se para muitos crticos

    quando foi lanado, em agosto de 1958, um compacto simples doviolonista baiano Joo Gilberto (considerado o papa do movimento),

    contendo as canes Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de

    Moraes) e Bim Bom(do prprio cantor).

    Fonte:http://anos60.files.wordpress.com/2009/10/joao-gilberto-chega-de-saudade.jpg

    http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://cuspindodeesguelha.files.wordpress.com/2009/08/bossa-nova22.jpg&imgrefurl=http://cuspindodeesguelha.wordpress.com/2009/08/03/genialidade-excentricidade-e-poesia/&usg=__h_OpwE_uVqNvEoKq7bLucqgjnZY=&h=300&w=300&sz=19&hl=pt-BR&start=25&tbnid=wD00MuE-4fP1wM:&tbnh=116&tbnw=116&prev=/images?q=bossa+nova&gbv=2&ndsp=21&hl=pt-BR&sa=N&start=21http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://cuspindodeesguelha.files.wordpress.com/2009/08/bossa-nova22.jpg&imgrefurl=http://cuspindodeesguelha.wordpress.com/2009/08/03/genialidade-excentricidade-e-poesia/&usg=__h_OpwE_uVqNvEoKq7bLucqgjnZY=&h=300&w=300&sz=19&hl=pt-BR&start=25&tbnid=wD00MuE-4fP1wM:&tbnh=116&tbnw=116&prev=/images?q=bossa+nova&gbv=2&ndsp=21&hl=pt-BR&sa=N&start=21
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    O Rio de Janeiro j vivia um raro momento de florescimento

    artstico, como poucas vezes se viu na histria da cultura nacional. No

    toa que os anos 50 so conhecidos como os "Anos dourados".

    No ano de 1956 foram lanados

    os romances: 0 Encontro Marcado, do

    mineiro Fernando Sabino, e Grande

    Serto: Veredas, de Joo Guimares

    Rosa, dois importantes marcos na

    histria da literatura brasileira.

    Paralelamente, surgia na poesia um movimento inspirado no

    concretismo pictrico, cuja maior caracterstica foi a valorizao grficada palavra e do qual participaram nomes como os irmos Augusto e

    Haroldo de Campos, Dcio Pignatari e Ferreira Gullar, entre outros. Em

    1957, estreava o filme Rio Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos,

    um dos primeiros representantes do que viria a ser chamado Cinema

    Novo. Em 1958, a Seleo Brasileira de Futebol conquistava sua

    primeira Copa do Mundo, derrotando a seleo sueca por 5 a 2 elevando o povo brasileiro a cantar alegremente:

    "A copa do mundo nossa

    Com brasileiro no h quem possa".

    Fonte: http://rds.yahoo.com

    http://rds.yahoo.com/_ylt=A9G_bHK5DAtLYyUBjBujzbkF/SIG=1368k6fl2/EXP=1259101753/**http:/verdadeabsoluta.net/loja/dvds/grande-sertao-veredas-multiregiao-reg.-4-.jpghttp://rds.yahoo.com/_ylt=A9G_bHK5DAtLYyUBjBujzbkF/SIG=1368k6fl2/EXP=1259101753/**http:/verdadeabsoluta.net/loja/dvds/grande-sertao-veredas-multiregiao-reg.-4-.jpg
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    Tambm em 1958, Jorge Amado lanava Gabriela Cravo e

    Canelae Gianfrancesco Guarnieri estreava no Teatro de Arena de So

    Paulo Eles No Usam Blacktie, um marco na linguagem do teatro

    brasileiro. Em 1959, era lanado o movimento neoconcreto nas artesplsticas, do qual fizeram parte Lygia Clark, Hlio Oiticica e Lgia Pape,

    entre outros.

    Fonte: http://rds.yahoo.com

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    Leia atentamente o texto: Bossa nova, do mdulo II, das

    pginas 64 a 68 e faa uma pequena redao com o tema: A Bossa

    Nova em um perodo marcante da nossa histria.__________________________________________________________________

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    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo II , na pgina 88, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 2 Atividade: 2 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    Reconhecimento

    Com o passar dos anos, a bossa nova que no

    Brasil era inicialmente considerada msica de "elite"

    (cultural), tornou-se cada vez mais popular com o

    pblico brasileiro, em geral.

    B1

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    Em 1962, foi realizado um histrico concerto no Carnegie Hallde

    Nova Iorque, consagrando mundialmente o estilo musical. Deste

    espetculo, participaram, entre outros, Tom Jobim, Joo Gilberto, Oscar

    Castro Neves, Agostinho dos Santos, Luiz Bonf, Carlos Lyra, SrgioMendes, Roberto Menescal, Chico Feitosa, Normando Santos, Milton

    Banana e Srgio Ricardo.

    Ao se falar de Bossa Nova no se pode deixar de citar AntonioCarlos Jobim, Vinicius de Moraes, Candinho, Joo Gilberto, Carlos Lyra,

    Roberto Menescal, Nara Leo, Ronaldo Bscoli, Baden Powell, Luizinho

    Ea, os irmos Castro Neves, Newton Mendona, Chico Feitosa, Lula

    Freire, Durval Ferreira, Sylvia Teiles, Normando Santos, Lus Carlos

    Vinhas e muitos outros.

    Fonte:htt ://www.nosrevista.com.br/media/2008/ alerabossanova.

    http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_bvuf_w90SLs/SFzEY6bkGVI/AAAAAAAACvM/E3gBYZITPyU/s400/Bossa+Nova+at+Carnegie+Hall+(1962)-image001.jpg&imgrefurl=http://new.taringa.net/posts/musica/2445826/Joao-Gilberto---Alguns-Discos.html&usg=__UBLnS0KhjjMhr7SoQqD7nK4sacQ=&h=390&w=400&sz=44&hl=pt-BR&start=63&tbnid=aQkBiSieBUJEXM:&tbnh=121&tbnw=124&prev=/images?q=bossa+nova&gbv=2&ndsp=21&hl=pt-BR&sa=N&start=42
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    Outras das

    caractersticas do movimento

    eram suas letras que,

    contrastando com os

    sucessos de at ento,

    abordavam temticas leves e

    descompromissadas -

    exemplo disto, Meditao,

    de Tom Jobim e Newton

    Mendona. A forma de

    cantar tambm se

    diferenciava da que se tinha

    na poca. Segundo o

    maestro Jlio Medaglia, "desenvolver-se-ia a prtica do canto-faladooudo cantar baixinho, do texto bem pronunciado, do tom coloquial da

    narrativa musical, do acompanhamento e canto integrando-se

    mutuamente, em lugar da valorizao da 'grande voz'.

    Fonte:http://images.google.com

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    1- Pesquise em cds, dvds ou sites de msicas as 4 msicas

    propostas a seguir. Faa uma apreciao e observao das

    caractersticas apresentadas do gnero estudado no mdulo II.

    So elas:

    2-Para Pesquisar e Ouvir:

    Escolha trs compositores da poca e encontre msicas que

    foram sucessos.

    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo II , na pgina 88, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostas (MODELO)Curso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 2 Atividade: 3 Ano:Nome:

    Fone: Email:

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    A segunda gerao

    Em meados da dcada de 1960, o movimento apresentaria umaespcie de ciso ideolgica, formada por Marcos Valle, Dori Caymmi,

    Edu Lobo e Francis Hime e estimulada pelo Centro Popular de Cultura

    da UNE. Inspirada em uma viso popular e nacionalista, este grupo fez

    uma crtica das influncias do jazz norte-americano na bossa nova e

    props sua reaproximao com compositores de morro, como o

    sambista Z Ketti. Um dos pilares da bossa, Carlos Lyra, aderiu a estacorrente, assim como Nara Leo, que promoveu parcerias com artistas

    do samba como Cartola e Nelson Cavaquinho e baio e xote

    nordestinos como Joo do Vale. Nesta fase de releituras da bossa nova,

    foi lanado em 1966 o antolgico LP "Os Afro-sambas", de Vinicius de

    Moraes e Baden Powell.

    Entre os artistas que se destacaram nesta segunda gerao

    (1962-1966) da bossa nova esto Paulo Srgio Valle, Edu Lobo, Ruy

    Guerra, Pingarilho, Marcos Vasconcelos, Dori Caymmi, Nelson Motta,

    Francis Hime, Wilson Simonal, entre outros.

    B2

    Fonte:http://images.google.com

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    Um dos maiores expoentes da bossa nova comporia um

    dos marcos do fim do movimento. Em 1965, Vincius de Moraes

    comps, com Edu Lobo, Arrasto. A cano seria defendida

    por Elis Regina no I Festival de Msica Popula Brasileira (da

    extinta TV Excelsior), realizado no Guaruj naquele mesmo

    ano. Era o fim da bossa nova e o incio do que se rotularia

    MPB, gnero difuso que abarcaria diversas tendncias damsica brasileira .

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    Pesquise em livros, revistas, artigos, sites, etc, informaes sobre a

    Bossa Nova.

    Como dica, sugerimos uma reportagem de Thomas Pappon, numasrie especial de 8 programas da BBC, que ganhou a Medalha de

    Bronze no New York Festivals em junho de 1999, no site:

    www.bbc.co.uk/portuguese/bossa.htm

    Releia todos os textos do mdulo II.

    Agora conte pra gente: Qual o legado da Bossa Nova?

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    OBS.:Faa o autoconferimento ao final do modulo II , na pgina 88, analisando a adequao de suas respostas.

    A folha de respostas deve ser enviada ao seu tutor.

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    Folha de respostasCurso: A msica popular brasileira e sua aplicao no cotidiano escolarModulo: 2 Atividade: 4 Ano:Nome:

    Fone: Emai