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1 INSTITUTO DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
A T A S
ATA DA 543ª SESSÃO ORDINÁRIA DA CONGREGAÇÃO DO IFUSP
ATA – Aos trinta de agosto de dois mil e dezoito, no Auditório Abrahão de Moraes, reuniu-se, em 1a
Convocação, a Congregação do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, sob a presidência
do Senhor Diretor, Prof. Dr. Marcos Nogueira Martins, e a presença do Vice-Diretor Prof. Dr.
Manfredo Harri Tabacniks e dos seguintes membros: Professores Titulares: Profs. Drs. Edílson
Crema (após 9h40min), Fernando Silveira Navarra (até 12h), Gennady Gusev (até 12h51min), Gil da
Costa Marques (das 9h45min às 9h52min), João Carlos Alves Barata (até 12h14min), Luiz Carlos
Chamon (após 9h30min), Márcia Carvalho de Abreu Fantini, Marília Junqueira Caldas (após
9h34min), Marina Nielsen (até 12h), Mário José de Oliveira Nelson Carlin Filho (até 12h54min),
Nestor Felipe Caticha Alfonso (após 10h32min), Oscar José Pinto Éboli (até 12h12min), Renata
Zukanovich Funchal (até 10h58min), Roberto Vicençotto Ribas (até 11h28min), Victor de Oliveira
Rivelles (após 10h03min) e Vito Roberto Vanin; Chefes de Departamento: Profs. Drs. Rosangela
Itri, Antônio Martins Figueiredo Neto, Kaline Rabelo Coutinho, Gustavo Alberto Burdman, Antonio
Domingues dos Santos e Elisabeth Mateus Yoshimura; Presidentes de Comissões: Profs. Drs.
André de Pinho Vieira (Suplente), Paulo Alberto Nussenzveig, Adriano Mesquita Alencar e Cristiano
L. Pinto de Oliveira (Suplente); Professores Associados: Profs. Drs. Alain André Quivy (após
9h55min), Diego Trancanelli (Suplente), Ana Regina Blak (Suplente), Frédérique Marie Brigitte Sylvie
Grassi, Airton Deppman (até 12h14min), Arnaldo Gammal (até 12h14min), Marcelo Gameiro Munhoz,
Paulo Roberto Costa, Márcio Teixeira do N. Varella (até 12h51min), Said Rahnamaye Rabbani, José
Roberto B. de Oliveira (até 10h13min, retornando às 12h), Carla Goldman (até 11h01min), Domingos
Humberto Urbano Marchetti (das 10h29min às 12h13min), Nilberto Heder Medina e Marcelo Martinelli
(até 12h40min); Professores Doutores: Profs. Drs. Leandro Ramos Souza Barbosa (após
10h22min), José Fernando Diniz Chubaci (até 12h05min), Alexandre Lima Correia (até 12h16min),
Nemitala Added, Ewout ter Haar, Rafael Sá de Freitas (até 11h04min), Ivã Gurgel (até 12h30min) e
Raphael Liguori Neto (até 10h25min); Representantes Discentes: Graduação: Catarina Pasta
Aydar, Zeca Ribeiro de Carvalho (após 9h38min), Barbra Miguele de Sá (das 9h30min às 12h39min),
Danilo Lessa Bernardineli (até 12h18min), Fernando de Almeida Passos (após 10h) e Marcelo J.
Broinizi Pereira (das 9h35min às 12h21min); Representantes dos Servidores não docentes: Srs.
José Valdir Spadacini (das 9h26min às 12h05min), David Bärg Filho e Eliane Pereira de Souza (das
9h32min às 11h05min). Encontram-se em licença-prêmio os seguintes membros docentes:
Professores Titulares: Adilson José da Silva, Elcio Abdalla; Professores Associados: Carlos
Eugênio I. Carneiro (Suplente), Rubens Lichtenthäler Filho e Suhaila Maluf Shibli (Suplente);
Professores Doutores: Profa. Dra. Carmen Silvia M. Partiti. Encontram-se em férias os seguintes
membros docentes: Professores Titulares: Profs. Drs. José Carlos Sartorelli e Maria Teresa Moura
Lamy. Encontram-se afastados os seguintes membros docentes: Professores Titulares: Profs. Drs.
Antônio José Roque da Silva, Iberê Luiz Caldas e Ricardo Magnus Osório Galvão; Professores
Associados: Profs. Drs. Valdir Guimarães, Sérgio Luiz Morelhão (Suplente) e Márcia de Almeida
Rizzuto; Professores Doutores: Profs. Drs. Marco Bregant (Suplente), Nora Lia Maidana (Suplente),
Cristiano Rodrigues de Mattos e Cristina Leite. Justificaram suas ausências os seguintes membros:
Professores Titulares: Profs. Drs. André Bohomoletz Henriques, Josif Frenkel, Manoel Roberto
Robilotta, Renato de Figueiredo Jardim, e Sylvio R. Accioly Canuto; Presidentes de Comissões:
Profs. Drs. Alexandre Alarcon do Passo Suaide e Daniel Reinaldo Cornejo, Professores
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Associados: Drs. Drs. Lucy Vitória Credidio Assali, Euzi Conceição Fernandes da Silva, Luís Raul
Weber Abramo, Jorge Lacerda de Lyra (suplente) e Fernando Tadeu Caldeira Brandt; Professores
Doutores: Profs. Drs. Suzana Salem Vasconcelos (Suplente) e Enrico Bertuzzo. Não compareceram
à reunião e não apresentaram justificativas para suas ausências os seguintes membros:
Representantes Discentes de Pós-Graduação: Rivaldo Vieira Xavier Junior e sua suplente Raissa
Lima de Oblitas. A Assistente Acadêmica, Sra. Maria Madalena Salgado Bermudez Zeitum,
secretariou a reunião. O Senhor Diretor iniciou a reunião às 9h26min, agradecendo a presença de
todos e pedindo autorização do colegiado para incluir na pauta o Item III.13 - Manifestação da
Congregação do Instituto de Física sobre a BNCC. Esclareceu que a informação de que dispõe é
que há uma certa urgência porque o governo pretende ver aprovada a BNCC com a maior brevidade
possível, da forma como está proposta. O Prof. Antonio Figueiredo disse que a última audiência
pública do Conselho Nacional de Educação foi marcada para o dia 14 de setembro, quando se
encerra a possibilidade de qualquer manifestação sobre a BNCC. Autorizada a inclusão do item na
pauta, o Senhor Diretor passou ao Item I.1 - Comunicações do Diretor: a) Of. DFGE/021/2018/IF,
de 26.06.18, informando a eleição dos Profs. Kaline Rabelo Coutinho e Adriano Mesquita
Alencar como Chefe e Vice-Chefe, respectivamente, do Departamento de Física Geral, por 2
anos, a partir de 11.08.18. Parabenizou a ambos e desejou boa sorte na gestão. b) Portaria do
Reitor, de 27.06.18, aposentando a Profa. Vera Bohomoletz Henriques. c) Portaria do Reitor,
de 02.07.18, nomeando Tiago Fiorini da Silva para exercer o cargo de Professor Doutor. d)
Portarias PG-1 e PG-2, de 03.07.18, que dispõem sobre a reestruturação de Procuradoria no
âmbito da Procuradoria Geral e delegação de competência aos Procuradores Chefes,
respectivamente. e) Portaria PRP-645, de 04.07.18, que institui, no âmbito da Pró-Reitoria de
Pesquisa, Grupo de Estudos para a análise de questões relativas a Diretrizes SisGen e
políticas relativas à regulamentação interna de utilização de patrimônio genético nacional,
com a seguinte composição: Mariana Cabral de Oliveira, Cristina Yumi Miyaki, Renato Mello
Silva, Letícia Veras Costa Lotufo, Gabriel Padilla Maldonado, Ester Cerdeira Sabino, Fábio
Carmona, Ítalo Delalibera Junior, Monica Tallarico Pupo, Marcelo Duarte Silva, Luís Fábio da
Silveira, Antonio Mauro Saraiva, Debora Rejane Fior Chadi, Sylvio Roberto Accioly Canuto,
Paulo Vitor Gomes de Almeida, Rebeca Leite Camarotto, Maria Aparecida de Souza e
Stephanie Yukie Hayakawa da Costa. f) Portaria GR-7267, de 18.07.18, que dispõe sobre
delegação de competência ao Pró-Reitor de Pesquisa para atuar como representante legal da
Universidade de São Paulo junto à Plataforma SisGen. g) Portaria PRP-660, de 14.08.18, que
dispõe sobre subdelegação de competência aos Dirigentes de Unidades, Museus, Órgãos de
Integração e Órgãos Complementares nos termos da Portaria GR 7267, de 18.07.18, para
assinatura de Termos de Transferência de material de Instrumentos Jurídicos para Envio de
Patrimônio Genético e demais documentos relativos ao âmbito do SisGen. h) Portaria PRP-
646, de 04.07.18, que institui, no âmbito da Pró-Reitoria de Pesquisa, Grupo de Estudos para
análise de questões relativas a Biotérios e Comissões de Ética em Uso Animal na
Universidade de São Paulo, com a seguinte composição: Lucile Maria Floeter Winter, Denise
Tabacchi Fantoni, Patrícia Gama, Luciane Sita, Nadja de Souza Pinto, Eduardo Pompeu,
Fernando Silva Ramalho, Daniele dos Santos Martins, Debora Rejane Fior Chadi, Sylvio
Roberto Accioly Canuto e Paulo Vitor Gomes Almeida. i) Of. SG/CLR/47, de 05.07.18,
comunicando entendimento da Comissão de Legislação e Recursos (CLR) de que a instância
final de recursos interpostos contra matéria interna corporis dos Departamentos é a
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Congregação da Unidade. j) Portaria PRPG-15, de 19.07.18, que designa as Comissões
Julgadoras de cada uma das nove áreas de premiação da 7ª edição do “Prêmio Tese Destaque
USP”, tendo como Coordenador Geral o Prof. Dr. Paulo Alberto Nussenzveig. k) Portarias do
Vice-Reitor no exercício da Reitoria, de 10.08.18, declarando cessados os efeitos das
designações dos Profs. Drs. Diana Gonçalves Vidal, Fernando de Magalhães Papaterra
Limongi, Jurandir Itizo Yanagihara e Marcelo de Andrade Roméro para comporem a Comissão
Especial de Regimes de Trabalho (CERT) e designando os Profs. Drs. Marcelo Cândido da
Silva (FFLCH), Marly Monteiro de Carvalho (EP), Sheila Walbe Ornstein (FAU) e Sonia Maria
Vanzella Castellar (FE) para comporem a CERT, a contar da data da publicação. l) Documento
da Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal, datado de 05.07.18, acusando recebimento
do Of.DAAA/021/18, referente à Moção do Instituto de Física da UFRGS, que solicita o veto da
Medida Provisória nº 839/18, que abre crédito extraordinário em favor dos Ministérios de Minas
e Energia e da Defesa. m) Portaria PRP-661, de 22.08.18, que dispõe sobre o Programa de
Apoio aos Docentes da USP. n) Eleição para a escolha do representante da Congregação junto
ao Conselho Universitário a ser realizada na reunião de setembro/18. o) Discussão dos
Critérios para aprovação de Termo de Colaboração, no âmbito do Programa de Professor
Sênior. Item I.1a - Defenderam Dissertações de Mestrado (04 alunos): Carlos Bercini Vargas:
“Estudos sobre teorias quânticas de campos integráveis em duas dimensões”. Orientador:
Prof. Diego Trancanelli. Henrique Rubira: “Melhorias na predição da estrutura de larga escala
do universo por meio de teorias efetivas de campo”. Orientador: Prof. Marcos Vinicius Borges
Teixeira Lima. Pablo Jaime Palacios Avila: “Fonte de luz coerente na banda C de
telecomunicações e uso de chips de Si3N4”. Orientador: Prof. Paulo Alberto Nussenzveig.
William Eduardo Clavijo Bohórquez: “Influência da formação estelar versus buracos negros
de núcleos ativos de galaxias (AGN) na evolução de ventos galácticos”. Orientador: Profa.
Elisabete Maria de Gouveia Dal Pino (IAG/USP). Item I.1b - Defenderam Teses de Doutorado
(05 alunos): Alexsandro Kirch: “Modelagem e caracterização de sistemas nanofluidos através
de simulações moleculares em multiescala”. Orientador: Caetano Rodrigues Miranda. André
Luiz Sehnem: “Investigação experimental da relação entre os coeficientes termodifusivos de
nanopartículas em colóides magnéticos a base de água”. Orientador: Prof. Antonio Martins
Figueiredo Neto. Diana Lizeth Torres Sánchez: “Propriedades Magnéticas das
heteroestruturas de NiTi / (Ni, Co)”. Orientador: Daniel Reinaldo Cornejo. Diego Sales de
Oliveira: “Teoria Cinética não extensiva e transporte colisional em plasmas magnetizados”.
Orientador: Ricardo Magnus Osório Galvão. Ricardo Correa da Silva: “Espaços Lp não-
comutativos e perturbações de estados KMS”. Orientador: João Carlos Alves Barata. Item I.2
- Comunicações dos Presidentes das Comissões. O Prof. Adriano Alencar, Presidente da CPq,
informou que está aberto o edital FINEP SOS Equipamentos, para equipamentos adquiridos com
verba dessa agência de fomento e que requeiram algum tipo de manutenção. O edital é aberto de
forma contínua e pedidos têm que ser submetidos via Comissão de Pesquisa. O edital de novos
docentes também está aberto e oferece quinze mil reais para os contratados a partir de janeiro de
2016, devendo o pedido ser feito da mesma forma, via Comissão de Pesquisa, que até o momento
recebeu apenas um pedido. Lembrou que quem submeter à Fapesp projeto de pós-doc, pode pedir
à Pró-reitoria auxílio complementar até a concessão da bolsa pela FAPESP; o prazo se encerra
amanhã. Informou que vai haver um Encontro dos pós-doc´s, da USP na tentativa de aumentar a
integração interdisciplinar e a discussão dos problemas em comum. Comunicou que o curso de verão
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vai ser realizado no período de 11 a 15 de fevereiro com o oferecimento de cursos, oficinas e
minicursos, com vagas ainda para palestrantes. As candidaturas poder ser feitas pessoalmente ou
por meio dos representantes dos departamentos na Comissão de Pesquisa. Incentivou os
professores recém-contratados a participarem do evento que é uma vitrine para receber novos alunos
de pós-graduação. Informou que no dia 10 de setembro próximo, no Auditório Abrahão de Moraes,
teremos a abertura do programa Garatea ISS que estimula a participação de alunos do Ensino Médio
na elaboração de experimentos científicos, concorrendo a um voo na estação Espacial Internacional.
Comunicou que a FAPESP vai começar a exigir de todos os projetos regulares e temáticos que os
dados gerados pelos projetos de pesquisa sejam divulgados em uma plataforma de gerenciamento
de dados. A Pró-Reitoria de Pesquisa está testando três plataformas distintas junto aos CEPID´s e
aos INCT´s; disse que os coordenadores dessas instâncias já devem ter sido contatados e devem
estar começando a gerenciar os dados em uma dessas plataformas. Ao final desse teste, a USP vai
definir qual plataforma irá utilizar. Enfatizou que em breve a Fapesp vai exigir a divulgação desses
dados, e caso isso não aconteça, poderá solicitar a devolução de todo dinheiro que foi investido. Em
relação à RTI, disse que a CPq está solicitando aos interessados em equipamentos multiusuários
que entrem em contato com a Comissão; considera que essa seja a parte mais crítica do projeto que
está sendo elaborado e que pretende esteja concluído até a próxima congregação. O Senhor Diretor
comentou que está aberto edital da Pró-reitoria de Pesquisa sobre grandes desafios da ciência.
Perguntou se haveria algum tema que poderíamos discutir. O Prof. Adriano Alencar disse que foi
criada uma comissão composta por professores indicados pelo chefe de cada departamento, que vai
elaborar proposta de participação do IF nesse edital. A Profa. Rosangela Itri disse que essa
comissão foi indicada pelo chefe de cada departamento, estando constituída praticamente pelos
vices chefes, sendo a Profa. Ivone pelo FEP, o Prof. Adriano pelo FGE, o Prof. Chamon pelo FNC, o
Prof. Valmir pelo FMT, o Prof. Éboli pelo FMA, e ela pela FAP, tendo em vista que o Prof. Iberê está
viajando. Disse que houve muita dificuldade em tentar conseguir uma agenda e que a reunião ficou
marcada para amanhã, visando elaborar uma proposta. Disse que está em contato com o Prof.
Vanderlei Bagnato, do IFSC, e com o Prof. Antônio José da Costa, da FFCLRP para que, no prazo
de 15 dias, possam elaborar uma proposta ou nome de pessoas que seria interessante chamarmos
para montar um workshop de um dia, a ser realizado no primeiro semestre do ano que vem para
discutir os desafios na área de física para os próximos dez anos. Disse que a Pró-reitoria de Pesquisa
fará uma seleção das propostas encaminhadas, devendo conceder aos selecionados aportes de
sessenta mil reais, incluindo passagens, para convidar alguns pesquisadores externos à USP.
Depois desse workshop, deverá ser redigido um documento colocando as propostas, desafios e
dificuldades da física de uma maneira geral para os próximos 10 anos. O Prof. André Pinho, Vice-
Presidente da Comissão de Graduação, disse que a Comissão, em sua última reunião, aprovou a
proposta da FAP para a implantação do bônus didático, que foi encaminhada para os departamentos
que devem se manifestar até o dia 30 de setembro. Na mesma reunião, foi aprovada a criação de
duas disciplinas: Práticas de Atividade Física 1 e 2 visando o estímulo à atividade física para os
alunos de graduação valendo dois créditos cada uma, sendo contabilizadas como optativas para o
cumprimento da carga horária total do curso. Essa é uma tentativa de procurar ajudar em situações
de estresse psicológico dos alunos. Os alunos seriam matriculados nessa disciplina por meio da
inscrição em alguma atividade física promovida pelo CEPEUSP que fará o controle da presença do
aluno e a CG do IF fará a atribuição de frequência e notas. Disse que na última reunião do Conselho
de Graduação, nosso pedido de transferência de vagas do noturno para o diurno foi negado com o
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argumento de que, no momento, a USP já está fora da lei por 23 vagas com relação a proporção de
vagas totais da Universidade entre noturno e diurno. Lembrou que o Instituto de Física é uma das
poucas unidades que oferecem um número grande de vagas no noturno em comparação ao diurno
e está sendo penalizado pelo fato de várias Unidades não oferecerem vagas no noturno. A Profa.
Rosangela Itri perguntou se a congregação poderia fazer uma Moção de repúdio. O Senhor Diretor
disse que pediu ao Presidente da CG toda a documentação relativa a esse assunto porque pretende
questionar essa deliberação no Conselho Universitário. Lembrou que há uma questão do histórico
porque essa solicitação passou na Câmara Curricular e do Vestibular em meados de 2017 até a
antevéspera da reunião do CoG que iria definir as vagas do vestibular, quando foi encaminhada à
Procuradoria Geral, inviabilizando sua discussão na reunião que permitiria que a alteração valesse
para o ano que vem. Então, o assunto volta da PG com parecer negativo porque um terço das vagas
da USP tem que ser oferecido para o noturno, o que impediu a aprovação da nossa solicitação porque
iria piorar essa relação. Lembrou que nosso argumento é acadêmico, porque metade dos alunos que
entram no noturno gostariam de cursar no diurno; temos uma evasão alta e imagina que essa
mudança das vagas para o diurno tenderia a melhorar a questão da evasão. Sendo assim, não
entende onde está a tão decantada autonomia universitária, já que não podemos mudar o número
de vagas do noturno para o diurno, sendo esse um assunto com caráter profundamente acadêmico
considerando-se os dados que mostram que os alunos que estão sendo obrigados a cursar o noturno
prefeririam fazê-lo no diurno. A Profa. Rosangela Itri acrescentou que temos um número grande de
vagas de ingresso no noturno, mas não na saída do curso. O Prof. Antonio Domingues lembrou
que havia um projeto aprovado há já algum tempo de expansão da Poli para o noturno e que isso
certamente resolveria essa questão porque seria um número significativo de vagas. Perguntou se
esse projeto havia sido abandonado. O Senhor Diretor disse que nunca ouviu falar a respeito.
Porém, tinha lembrança de uma época em que quisemos fazer alguns cursos que eram
Interunidades, interdisciplinares; eram 3, um na área de nuclear, outro na área de materiais sendo
que esse especificamente uniria o Instituto de Física, a Poli e o Instituto de Química. Lembra que
esses cursos seriam todos oferecidos no noturno e que a Poli se recursou a participar por ser no
noturno; porém isso foi em 2005. O Prof. Paulo Nussenzveig, Presidente da CPG, informou que em
relação ao saldo de recursos de consumo do PROEX, é de pouco mais de trezentos e oitenta e três
mil reais a previsão de gastos até agosto do ano que vem. Com base nesse saldo, a CPG, a partir
de uma proposta feita pelo Prof. Gabriel Landi, pretende financiar minicursos de pós-graduação e
vinda de professores, sejam do Brasil ou do exterior, custeando passagens e diárias. A ideia é
oferecer aulas concentradas aos nossos alunos em assuntos de fronteira, que tenham atuação no
Instituto ou em que pretendamos atuar, ou seja, enriquecer a formação de nossos pós-graduandos.
Em princípio, a ideia era que o edital fosse lançado essa semana. Informou também que foi possível
convidar o Prof. Francis Halzen, líder do experimento Ice Cube, para ministrar o colóquio Gleb
Wataghin em 18 de outubro próximo. O experimento recentemente anunciou a descoberta de
neutrinos ultra energéticos. Informou que os resultados do prêmio Tese Destaque USP 2018 já foram
anunciados e a cerimônia de premiação será no dia 11 de outubro. Também foram divulgados, na
semana passada, os resultados do edital PrInt da Capes; havia a previsão de contemplar 40
instituições, foram 25 instituições contempladas, sendo uma delas a USP. Fomos contemplados com
trinta e seis milhões de reais por ano, ou seja, com a totalidade do montante solicitado. Item I.3 -
Comunicações do Representante da Congregação no Conselho Universitário. O Prof.
Fernando Navarra, disse que iria falar da reunião do dia 25 de maio, que tratou sobre salário, e
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também da reunião de 26 de Junho, que tratou principalmente da revisão de orçamento. Como uma
coisa está acoplada a outra, é importante falar dos dois assuntos juntos. Além disso, tem uma
atualização porque no ponto onde estamos agora, passados dois meses, apareceram dados novos
da CODAGE e isso influi nas contas e é interessante meditar sobre esse assunto. Disse que as
ilustrações que apresentou dão o sentimento de que essa discussão que fazemos, no Conselho
Universitário e aqui, sobre esses números é ao mesmo tempo entediante e horrorosa porque temos
que nos esforçar bastante para entender o quão mal estamos. Disse que falar desses números às
vezes é árido, mas insiste no assunto porque esses números fazem parte da nossa vida. Lembrou
que um tempo atrás, na época de reflexões sobre possibilidade de aumento de salário, veio uma
proposta do CRUESP de um e meio por cento de aumento. Essa proposta foi analisada pela COP,
da qual nosso Diretor faz parte, que propôs aumento zero. Essa proposta foi encaminhada ao CO e
foi rejeitada por dois terços dos votos e em seguida foi aprovada a proposta de um e meio por cento
de aumento. Foi dito na época que esse percentual não resolveria nada, mas é uma demonstração
da Reitoria de que é sensível a esse problema, e que está atenta ao fato de que temos uma perda
salarial que deve ser corrigida. Disse que o que é interessante de se ver é o impacto disso; a
discussão naquela época foi em torno dos números que apresentou que diziam respeito à projeção
da evolução de receitas e despesas no período de 2018 a 2022 para o cenário de não reajuste
salarial. Normalmente recebemos por ano em torno de cinco bilhões da Secretaria da Fazenda, e
que a previsão para esse ano é que tenhamos um déficit de duzentos e doze milhões de reais se
não houvesse reajuste salarial, sendo esse um dos argumentos usados pela COP para não haver o
ajuste salarial. Essa previsão mesma estima que, a partir de 2020, passaríamos a ser superavitários
e esse superávit a crescer, tudo isso baseado numa projeção de que a economia vai melhorar, a
arrecadação vai aumentar, a Universidade vai conter despesas e passaríamos a ser superavitários
em 2022 quando termina a atual gestão e tem início uma nova política. Apresentou uma outra planilha
com o reajuste salarial aprovado. A previsão é que terminemos 2018 com um déficit de duzentos e
cinquenta milhões de reais, aproximadamente e um primeiro superávit em 2021. Ou seja, adiamos
por um ano o equilíbrio das contas por causa desse aumento. Apresentou a seguir planilhas de
projeção das liberações do Tesouro do Estado a partir de 2017, considerando a taxa média histórica
(2001-2016) de crescimento de 2,5% ao ano e de projeção do comprometimento das receitas com a
folha de pagamento no período de 2018 a 2022 para o cenário de reajuste salarial de 1,5%, na qual
está previsto que em 2018 vamos consumir 92% da receita com a folha de pessoal. Mantida a política
atual de recursos humanos, e supondo que a economia cresça, teremos um comprometido de 83,9%
da receita com folha de pagamento em 2022. Lembrou que nessas previsões existe uma estimativa
não só do crescimento da economia, mas também existe uma certa previsão da inflação que vai
corrigir os salários, considerando a reposição da inflação, mas não um aumento real de salário.
Chamou a atenção para o fato de que, até 2022, estamos vivendo um período de transição e que a
partir daquele ano vão valer os parâmetros de sustentabilidade, já apresentados aqui, que são a
nossa lei de responsabilidade fiscal, que dizem essencialmente que quando a despesa com a folha
de pagamento for menor do que 80% e se tiver arrecadação podemos pensar em aumentar salário
e ter reposição de perdas. Porém, na previsão estimada, que é razoavelmente otimista, vamos estar
com 84% comprometido com folha de pagamento em 2022, portanto parece que o que nos espera é
um congelamento de salário a menos que continuemos na trajetória descendente e atinjamos menos
de 80% do comprometimento das receitas. Disse que no Conselho Universitário esses parâmetros
foram aprovados com larga maioria, o aumento de um e meio por cento também foi aprovado com
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larga maioria e que em geral as propostas da Reitoria são aprovadas com ampla maioria. No entanto,
no CO também há uma oposição, cujo porta-voz é o Prof. André Singer, da FFLCH, que insiste no
questionamento da perda acumulada do poder aquisitivo. Disse que segundo a ADUSP, desde 89 o
salário real sofreu uma desvalorização de 40%, sendo de 6% nos últimos dois anos. Disse que há
quem não se importe porque alega que não estamos aqui por causa de dinheiro; há quem pense que
merecemos ganhar menos porque o funcionário público é um privilegiado; há quem diga também que
o salário é baixo quando a produtividade é baixa, o que não é o nosso caso porque, quando olhamos
o período de 1990 a 2015, para dados que foram mostrados pelo Reitor numa apresentação para
combater as pessoas que diziam que a USP estava sendo destruída e ele disse que a USP está
sempre melhorando, a produção de artigos, considerando-se papers e contribuições de proceedings
no período avaliado foi multiplicada por 10, ou seja, produzimos mais e melhor; o número de citações
cresceu 50% e a internacionalização teve um aumento grande especialmente a partir de 2010 quando
teve um estímulo provocado pela Reitoria para que aumentássemos a intensidade das colaborações
internacionais passando, nesse mesmo período para um total de 40% da produção com co- autores
estrangeiros. Nesse mesmo período, o número de docentes teve um aumento de 15%, ou seja,
modesto. O número de funcionários teve um pico por volta de 2014 quando chegou quase a 18.000,
mas com o PIDV terminamos o período com uma redução de 1,6%. Os cursos de graduação mais
do que dobraram; os cursos de pós-graduação aumentaram em torno de 50%. Ou seja, olhamos
esses números e vemos que estamos fazendo mais com mais ou menos os mesmos valores, ou
seja, a nossa produtividade aumentou. Por essa razão, considera que é muito defensável sob
qualquer ponto de vista que ganhemos, o que significa dizer que recuperemos o poder de compra do
salário. Um dos caminhos que tem se levantado no Conselho Universitário é um possível aumento
de receita, o que não significa mudar a lei e aumentar a porcentagem de arrecadação do ICMS que
é repassada para as Universidades públicas. Antes disso, de acordo com o que tem sido dito várias
vezes pela ADUSP é que o governo usa truques para não nos pagar tudo o que deveria e temos que
cobrar essa diferença. Lembrou que isso foi admitido pelo Reitor e foi também discutido no Conselho
Universitário, faltando então uma maior cobrança da Reitoria para que consigamos um pouco mais
de receita, o que não será suficiente para resolver o problema orçamentário, porque esses anos
todos mostram que estamos caminhando para um limite de insustentabilidade, que é muito difícil
manter nossa universidade com toda infraestrutura e tudo o que ela faz, mantendo a produtividade
com o orçamento que ela tem. Mesmo que sejamos mais draconianos com corte de pessoal e de
despesas não vamos chegar no ponto ideal que seria de até 80% com a folha do pessoal.
Acrescentou que, como representante da Congregação no CO, considera que o mais importante para
nós é sabermos das pautas com mais antecedência para podermos participar mais do CO; isso
porque vimos sendo sempre atropelados pelas pautas distribuídas com 3 dias de antecedência, o
que inviabiliza que se traga os assuntos para a congregação discutir. Disse que a segunda parte da
comunicação também continua por essa linha, porém ela se refere mais especificamente ao ano de
2018. Como se sabe, o orçamento é estabelecido no começo do ano e depois sofre uma revisão em
junho, que foi o assunto dessa reunião do Conselho Universitário, e sofre uma segunda revisão em
outubro. Por isso é interessante pensarmos sobre esse assunto em setembro e, se for o caso,
encaminharmos alguma recomendação da congregação sobre o assunto que provavelmente vai
entrar em pauta em outubro. Disse que quando aconteceu a reunião de maio, só se tinha dados até
abril; em maio aconteceu a greve dos caminhoneiros e a economia sofreu uma baixa, uma
desaceleração que refletiu na arrecadação de junho. Com isso, o comprometimento da folha está
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atualmente em 91,6%, que não está longe da previsão inicial, apesar desse percalço. Apresentou
um gráfico com a evolução da folha/receita, no período de julho/10 a julho/18, com o
comprometimento acumulado em 12 meses. Em 2010/2011 gastávamos com folha de pagamento
80% a 75%. Em janeiro de 2012 tem início o aumento da despesa com folha de pagamento, porém
a receita também aumentou porque a economia ia bem. Em 2016, paramos de contratar pessoal,
além de ter diminuído a receita, portanto essa razão continuou crescendo até chegar um ponto em
que a economia começou a ter uma pequena melhora chegando ao patamar atual. Comentou que a
diminuição do número de funcionários e a não reposição de aposentadorias trouxe essa razão para
perto de 90%. Apesar de parecer que estamos bem, as despesas de custeio e investimento são mais
ou menos 14% da receita, portanto, comprometemos 105% da receita. No entanto, temos que
lembrar que vimos acumulando um déficit ano após ano, sendo que este ano o déficit será de
duzentos e cinquenta milhões, ou seja, menor do que o previsto que era de duzentos e oitenta
milhões. A questão é que estamos gastando as reservas que chegaram a três bilhões e meio e no
final deste ano serão provavelmente setenta e sete milhões, que são suficientes para pagar as
despesas da USP durante uma semana. Lembrou que esses números norteiam todas as votações
que vão acontecer como novas contratações, novos gastos e vão exigir austeridade por mais alguns
anos ainda. Lembrou da importância da participação nessas discussões, porém tanto os
representantes de congregações quanto diretores de unidade têm sido em geral atropelados, não
havendo muito tempo de se preparar para nenhuma dessas reuniões. Disse que iria falar
rapidamente sobre o vestibular de 2019, que vai ser a primeira implementação do sistema de cotas
aprovado. Ele é dividido em três categorias: ampla concorrência (AP) aberto a todos os candidatos;
escola pública (EP), para aqueles que fizeram todo o ensino médio na escola pública; preto, pardo,
indígena (PPI), que incentiva a inclusão dessas minorias. Disse que o que vai acontecer é que cada
candidato deverá, na inscrição, escolher uma dessas categorias, o que pode criar uma distorção
porque pode criar um teto onde não havia. Provavelmente essa não era a intenção quando se propôs
o sistema. Exemplificou dizendo que suponhamos que quase todo mundo que entra numa
determinada escola venha da escola pública: quando o candidato vai se inscrever tenha 50% de
ampla concorrência, 30% de escola pública e alguma outra parte de PPI. Ele se inscreve naqueles
30% e o que vai acontecer é que as pessoas vão se afunilar voluntariamente. Ou seja, os PPI´s vão
fazer uma fila imensa para disputar poucas vagas numa relação candidato/vaga enorme e na AC vai
ter menos candidato/vaga. O que pode acontecer é que tenhamos um retrocesso, que tenhamos
menos inclusão ou menos ingresso de candidato que venha dessas categorias. Item I.4 -
Comunicações do Vice-Diretor. Não houve. Item I.5 - Comunicações dos Membros da
Congregação. O Prof. Vito Vanin disse que tem dois pedidos a fazer e eles vêm na esteira de que
a Reitoria finalmente entregou um documento que explica o projeto “USP do Futuro”, que dá sentido
a muitas medidas tomadas pela Reitoria Zago-Agopyan. Pediu desculpas, mas disse que gostaria de
circunstanciar seu pedido e para isso precisava voltar um pouco atrás. Passou a ler o seguinte texto:
“Todos acompanhamos o desfecho da premiada Nuvem de computadores, cujo custo de aquisição
superou duzentos milhões. Já no início da gestão Zago-Agopyan estava claro que era uma ordem
de grandeza maior que a necessária para as tarefas de servidor web para a qual foi concebida; para
cálculos era inútil. No entanto, todas as cinco mil máquinas que mantinham o cluster foram mantidas
funcionando; instalações alugadas a cinco milhões por mês. Além desse desperdício evidente, não
houve nenhum movimento para aproveitar, negociar, transferir os milhares de máquinas
desnecessárias; economizar aí bastaria para manter as caixas da USP por vários anos, pagar os
9 INSTITUTO DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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NAP´s ou contribuir para recuperar o equilíbrio orçamentário mais cedo. Arcar com essa despesa
inútil permitiu consumir mais rapidamente a gorda reserva de que dispunha a Universidade na época
e transformar em verdade a aludida crise financeira então inexistente. Zago-Agopyan incentivou a
aposentadoria de milhares de funcionários e, no caso do IF, não permitiu qualquer reposição. No
entanto, ao menos um funcionário chave na administração Zago-Agopyan, aderente a este programa,
foi recontratado. Não obtivemos explicação de porque o remédio receitado pela administração não
servia para ela própria. Já faz um ano que a Reitoria promoveu a instalação do ponto eletrônico e
não vejo nenhuma avaliação dessa ação. No que me toca, só vi inconvenientes. Fui tentar descobrir
o custo dessa ação, mas o Portal da Transparência fica em “aguarde” há mais de uma semana. Na
explicação dada por Zago no Conselho Universitário em outubro de 2016 para contratar a McKinsey,
ele explicava que aqui falava com todos, inclusive com empresários de sucesso que pagaram esse
estudo e diz textualmente: “o interesse das empresas que dirigem, é o interesse da sociedade”. A
apresentação de slides dessa McKinsey, datada desse mesmo mês, cuja existência foi negada pela
Reitoria e finalmente entregue a pouco tempo, é um documento inquietante. Não vou insistir em que
se exija explicações sobre o assunto, uma vez que o rei não pode admitir que está nu. A manchete
“empresários contratam consultoria internacional para o planejamento estratégico da USP” e
“Reitoria põe em prática plano que atende a interesses privados” devem nos incomodar mais que a
população em geral porque mostra que a Universidade adere a políticas de governos, enquanto
precisamos de política de estado de longo prazo e não fortuita e de acordo com o interesse de
partidos. Quatro anos atrás, escutei vários membros desta Congregação lamentando não terem
acordado a tempo para as irregularidades da gestão Rodas que conduziram a universidade a um
desequilíbrio orçamentário transformado finalmente agora em crise financeira. Naquele tempo,
encandeado com financiamento obtido pelo NAP, não me passava pela cabeça priorizar o exame da
gestão reitoral. Os NAP´s davam a oportunidade de crescer na pesquisa pela segurança e
financiamento adequado, o que no final nem ocorreu. A lição foi aprendida. Há dois aspectos
insidiosos no plano McKinsey: o primeiro diz respeito a dar prioridade a apenas um conjunto de áreas
que não abrangem Ciência e Tecnologia. A questão da prioridade é central e temos que trazer o
Reitor aqui nessa congregação para responder às nossas perguntas sobre seu encaminhamento das
prioridades de gestão; responder nossas questões. Não falar duas horas e nos deixar 15 minutos
para perguntas, como fez o Pró-reitor de pesquisa no ano passado. O segundo tem a ver com a
pauta de hoje quando debateremos um detalhe do processo de avaliação sem que saibamos o
panorama em que ele se desenrola nem a verdadeira intenção, talvez contida no relatório McKinsey
ainda mantido em sigilo pela Reitoria. Quem sabe. A questão da avaliação centralizada tem que ser
revista uma vez que ela vai refletir as práticas da Reitoria: tratamento diferenciado de acordo com
critérios não divulgados, a ausência da avaliação de seus atos, preferência por atendimento de
prioridades de governo e não de políticas de estado de longo prazo.” 2ª Parte O r d e m d o D i a
Item II - Assunto remanescente da 542ª. Sessão, realizada em 28.06.18: Item II.1 - Discussão e
votação da Ata: a) 540ª. Sessão Ordinária, realizada em 24.05.18. O Senhor Diretor colocou o
item em discussão. Retirou-se em seguida. Não havendo manifestações, o Senhor Vice-Diretor
colocou a ata em votação sem prejuízo de pequenas alterações que possam ser apontadas, que foi
aprovada com 47 votos favoráveis e uma abstenção. Item III - Assuntos novos para deliberar: Item
III.01 - Homologação da recondução dos Profs. Drs. Alexandre Alarcon do Passo Suaide e
Renato Higa como representantes Titular e Suplente, respectivamente, do Departamento de
Física Nuclear junto à Comissão de Graduação, por 03 anos, a partir de 30.08.18. O Senhor
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Vice-Diretor colocou o item em discussão. Não havendo manifestações, colocou-o em votação,
tendo sido aprovado por unanimidade. Item III.02 - Homologação da indicação do Prof. Dr.
Adriano Mesquita Alencar como representante Titular do Departamento de Física Geral junto
à Comissão de Pesquisa, por 02 anos, a partir de 11.09.18. O Senhor Vice-Diretor colocou o
item em discussão. Não havendo manifestações, colocou-o em votação, tendo sido aprovado por
unanimidade. Item III.03 - Homologação da recondução dos Profs. Drs. Iberê Luiz Caldas e
Zwinglio de Oliveira Guimarães Filho como representantes Titular e Suplente,
respectivamente, do Departamento de Física Aplicada junto à Comissão de Pós-Graduação,
por 02 anos, a partir de 31.10.18. O Senhor Vice-Diretor colocou o item em discussão. Não
havendo manifestações, colocou-o em votação, tendo sido aprovado por unanimidade. Item III.04 -
Homologação da recondução dos Profs. Drs. Marco Aurélio Brizzotti Andrade e Valéria Silva
Dias como representantes Titular e Suplente, respectivamente, do Departamento de Física
Aplicada junto à Comissão de Biblioteca, por 02 anos, a partir de 05.10.18. O Senhor Vice-
Diretor colocou o item em discussão. Não havendo manifestações, colocou-o em votação, tendo
sido aprovado por unanimidade. Item III.05 - Renovação do "Termo de Colaboração", no âmbito
do Programa de Professor Sênior, a ser assinado pelo Prof. Fuad Daher Saad, docente
aposentado, a fim de continuar colaborando com o Departamento de Física Experimental. O
Senhor Vice-Diretor colocou o item em discussão. Não havendo manifestações, colocou-o em
votação, tendo sido aprovado por unanimidade. Item III.06 - Renovação do "Termo de
Colaboração", no âmbito do Programa de Professor Sênior, a ser assinado pelo Prof. Armando
Paduan Filho, docente aposentado, a fim de continuar colaborando com o Departamento de
Física dos Materiais e Mecânica. O Senhor Vice-Diretor colocou o item em discussão. Não
havendo manifestações, colocou-o em votação, tendo sido aprovado por unanimidade. Item III.07 -
Solicitação de alteração de regime de trabalho do Prof. Dr. José Fernando Diniz Chubaci, de
RTC para RDIDP. Relator do FNC: Profa. Ana Regina Blak. Relator da Congregação: Prof.
Manfredo Harri Tabacniks. O Senhor Diretor retorna. O Prof. Manfredo Tabacniks disse que em
seu parecer faz um histórico sobre a contratação do Prof. Chubaci, que foi contratado em RTC porque
na época desenvolvia atividadena Assembleia Legislativa, tendo sido considerado conveniente que
ele mantivesse essas atividades, inclusive para a própria Universidade. Ele manteve suas atividades
no Instituto, orientou alunos, publicou, manteve projetos de pesquisa, indo além das atividades que
deveria desenvolver nesse regime de trabalho e ainda atuou na comissão de ciência da Assembleia
Legislativa, discutindo questões relativas à Fapesp e à própria USP. Encerrada essa atividade na
Assembleia, ele solicita a mudança de regime para o RDIDP. Disse que acredita que o Prof. Chubaci
tem um desempenho bastante condizente com a posição que ocupa no grupo de pesquisa e,
portanto, recomenda a aprovação da mudança de regime de trabalho. O Senhor Diretor colocou o
item em discussão. Não havendo manifestações, colocou-o em votação, tendo sido aprovado por
unanimidade. Item III.08 - Homologação do Relatório Final da Comissão Julgadora do Concurso
de Títulos e Provas para provimento de um cargo de Professor Doutor, ref. MS-3.1, em RDIDP,
junto ao Departamento de Física Matemática, no qual foi aprovada a Dra. Elisa Gouvêa
Mauricio Ferreira, Edital IF-23/17. O Senhor Diretor colocou o item em discussão. Não havendo
manifestações, colocou-o em votação, tendo sido aprovado por unanimidade. Item III.09 - Plano de
Pesquisa, para ingresso no RDIDP, da Dra. Elisa Gouvêa Mauricio Ferreira, tendo em vista sua
aprovação em Concurso para provimento de um Cargo de Professor Doutor 1, Ref. MS-3.1,
junto ao Departamento de Física Matemática (Edital IF-23/17). Relator do FMA: Prof. Luís Raul
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Weber Abramo. Relator da Congregação: Profa. Ivone Freire da Mota e Albuquerque. O Senhor
Diretor colocou o item em discussão. Não havendo manifestações, colocou-o em votação, tendo
sido aprovado por unanimidade. Item III.10 - Convênio Acadêmico Internacional entre a USP e a
Università degli Studi di Padova, visando a dupla titulação do Dr. Rafael Escudeiro,
coordenado pelo Prof. Nilberto Heder Medina. O Prof. Nilberto Medina esclareceu que esse
convênio tem vigência de cinco anos e vale para toda a USP, portanto, qualquer estudante de pós-
graduação da USP pode participar do convênio. O sr. Escudeiro já irá utilizá-lo com vistas à sua
dupla titulação. O Senhor Diretor colocou o item em discussão. Não havendo manifestações,
colocou-o em votação, tendo sido aprovado por unanimidade. Item III.11 - Relatórios Científicos da
Reserva Técnica Institucional da FAPESP, destinada ao Instituto de Física referentes a 2015 e
2016 (Processos nºs 2015/24462-9 e 2017/03328-8). O Senhor Diretor colocou o item em
discussão. Não havendo manifestações, colocou-o os relatórios em votação, tendo sido aprovados
por unanimidade. Item III.12 - Projeto Acadêmico do Instituto de Física. O Senhor Diretor lembrou
que temos que aprovar um documento nesta reunião, tendo em vista que amanhã é o último dia para
fazer o upload do arquivo no site da Reitoria. Disse que sua intenção é discutirmos o documento de
forma geral e fazer destaques em alguns pontos para podermos convergir para um documento final
aprovado pelo colegiado. Após consulta aos presentes, foi aprovado que se discutisse item por item.
Lembrou que missão, visão e valores já foram aprovados pela Congregação em junho. O Prof. Vito
Vanin disse que dava aula nas quintas-feiras de manhã no semestre passado, por essa razão não
pode estar presente na discussão. Acha que o documento todo está muito bem escrito, porém
sugeriria no item “Valores”, incluir autonomia e independência que, para a Universidade são centrais:
é isso que se busca em cada estudante que se forma aqui, que ao final do curso seja autônomo e
independente no que faz num certo limite. Essa é a busca contínua, um valor também para nós
mesmos, que temos de ser capazes de fazer nossa pesquisa independentemente das circunstâncias
que existam. O Senhor Diretor esclareceu que esses itens estavam na lista de valores que foi
votada, foram discutidos longamente, porém perderam na votação e por isso não foram incluídos na
relação de valores. O item dois tem a contextualização dos objetivos estratégicos, as metas parciais
e finais. A Profa. Marilia Junqueira disse que recebeu esse texto enorme esta semana. Perguntou
se todos os membros da congregação receberam o texto ao mesmo tempo que ela ou se alguém
havia recebido antes e se o texto inteiro deveria ser votado hoje. O Senhor Diretor respondeu
afirmativamente e esclareceu que como não havia recebido nenhum comentário sobre o texto, um
texto que achava que podia ser polêmico, pediu à Assistência Acadêmica que enviasse um aviso aos
membros da congregação informando que o texto estava disponível; ainda assim não recebeu
nenhum comentário. A Profa. Marilia Junqueira disse que as pessoas não devem ter se manifestado
porque não tiveram tempo de ler todo o texto e sua preocupação é enviar um texto para a Reitoria
nessas condições, com o qual se compromete a cumprir. O Prof. Manfredo Tabacniks disse que,
motivado pelo e-mail que havia recebido na véspera, tentou ler esse texto em detalhes e tem duas
pontuações que queria discutir. O primeiro ponto é que em várias ocasiões os projetos apresentados,
após as várias ações propostas, confundem metodologia com objetivo. Sugeriu que os projetos sejam
revistos e que nos atenhamos aos objetivos, reduzindo a metodologia. Considera que a proposta
apresenta um item bastante polêmico que é a caracterização dos Doutores 1 e 2 e dos Associados
1, 2 e 3. Sugeriu que tentássemos ser o mais realistas possível nessa caracterização das várias
categorias com o atual quadro; que tentássemos variar pouco de um item para o outro para tentarmos
evitar uma qualificação excessiva do que esperamos de cada categoria. O representante discente
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Danilo Bernardineli disse que concordava com a Profa. Marília com o agravante de que os
representantes discentes sequer tiveram acesso ao texto previamente e que seria interessante se
houvesse um prazo maior para poder discutir o texto. O Senhor Diretor informou que os
representantes discentes receberam o texto juntamente com a Profa. Marilia, na terça-feira quando
foi convocada a congregação. O representante discente Danilo Bernardineli disse que os alunos
não têm acesso ao site. O Senhor Diretor disse que isso é novidade que os representantes discentes
não tenham acesso à pauta e que é a primeira vez que está sendo comunicado. Esclareceu que para
acessar a pauta é necessário se logar no site e que o e-mail foi mandado excepcionalmente porque
estava estranhando o silêncio a respeito do documento. O Prof. Antonio Domingues solicitou a
inclusão de uma frase na contextualização, na segunda página: “Exploramos a escala nanométrica”,
antes dela colocar uma frase “estudamos física dos materiais nos limites de altas pressões, altos
campos e ultrabaixas temperaturas”. O Prof. Antonio Figueiredo disse que o documento em si
acaba não sendo um projeto acadêmico, porém essa não é uma crítica que possa ser feita à Diretoria
porque o Instituto estava sabendo dessa discussão, foi solicitado às comissões que produzissem
subsídios para fazer um documento como esse. Pelo que soube, parece que essas contribuições ou
foram pífias ou não existiram. Os Conselhos dos Departamentos também estavam sabendo disso,
portanto o Instituto estava a par de que deveria fazer essa lição de casa, com prazo determinado e
que essa é uma crítica que temos que fazer, porque não fizemos a lição de casa enquanto Instituto,
não diretoria. Acha que não devemos colocar mais detalhes nesse documento, porque senão vamos
ter que colocar outros. Acha que realmente temos que fazer mea culpa de não ter tido a capacidade
de nos organizarmos para, no prazo definido pela Reitoria que foi bastante longo inclusive,
discutirmos o documento. Esse é um problema que temos: discutimos muito talvez coisas acessórias,
mas coisas como essa que são essenciais e fundamentais nós não conseguimos fazer.
Considerando-se o prazo, não temos muito o que fazer, além de nos basearmos na proposta
apresentada. Temos que dizer o que queremos ser daqui a 5 ou 10 anos, quais são as grandes
metas que esperamos atingir nesse período. Concorda que textos muito longos não são atrativos do
ponto de vista de leitura, além de tirar um pouco a atenção de coisas mais essenciais. Disse que
gostaria que as pessoas tentassem se focalizar em mudanças substantivas no texto e não em
detalhes. Lembrou que foi discutida no CTA essa necessária interface entre a física e sistemas
biológicos e médicos na qual o Instituto deve, de alguma forma, concentrar uma parte dos seus
esforços. O Prof. Luiz Carlos Chamon disse que os estudantes do Instituto têm bastante dificuldade
com o inglês, que a Comissão de Pós-graduação criou um curso de inglês para os estudantes e
considera que o Instituto poderia tomar alguma ação, trazendo um curso de inglês para os estudantes
da graduação também. O Senhor Diretor comentou que a AUCANI oferece cursos, mas eles são
online e que já ouviu queixas sobre a qualidade desses cursos, de que existem muitos cursos online
mais interessantes e melhores do que esses. Acha a proposta do Prof. Chamon muito interessante
porque a questão da língua estrangeira o preocupa, mas não sabe se temos condições para fazer
isso porque um curso de inglês para o número de alunos que temos é algo caro. Acha que
precisaríamos pensar uma forma de conseguir fazer isso que coubesse nas nossas condições, mas
que não conseguiu fazer isso ainda, mas podemos tentar discutir. O Prof. Gustavo Burdman disse
que independentemente de pequenas modificações que possam ser necessárias no texto, gostaria
de chamar atenção para o processo. Durante aproximadamente um ano, a Diretoria solicitou das
comissões e dos departamentos seus projetos acadêmicos para elaborar o projeto acadêmico do
Instituto. Isso não foi feito pelos departamentos, o que fez com que a Diretoria precisasse fazer um
13 INSTITUTO DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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projeto acadêmico. Chegamos a uma situação em que há uma data limite que é amanhã e o
documento que está em pauta é o projeto acadêmico com o qual contamos hoje, e que é um espelho
do que o Instituto conseguiu fazer em um ano. Então, nesse momento, acha que deveríamos usar
isso como uma experiência, os departamentos ainda têm que fazer os seus projetos acadêmicos,
mas hoje propõe que, além de pequenas modificações, aprovemos esse projeto com todos os
problemas que ele tem, porque de fato é o que conseguimos fazer em um ano de insistência da
diretoria através do CTA, das comissões e dos conselhos. A Profa. Kaline Coutinho disse que no
item “Objetivos estratégicos e metas parciais e finais” tentou-se reunir, identificar vários problemas
existentes no IFUSP e fazer propostas de projetos acadêmicos, como por exemplo o incentivo à
internacionalização. Iremos, durante esses próximos 5 anos, montar uma estratégia de graduação,
pós-graduação e extensão para que possamos trazer este ponto dentro do Instituto. Esse é um
projeto em aberto para que os docentes se envolvam e façam com que avancemos para que, daqui
a 5 anos, tenhamos uma metodologia de internacionalização. Tem o acolhimento a calouro, na
tentativa de fazer com que a lacuna que o aluno traz do ensino médio seja retirada; tem projetos de
aprofundamento de estudos para identificarmos alunos potencialmente muito bons e dar a eles um
tratamento diferenciado. Ou seja, as pessoas poderiam se engajar em algum desses projetos para
montarmos subequipes para que nos próximos cinco anos façamos avaliações, planos de ação, etc.
Sua preocupação, porém, diz respeito à questão dos recursos humanos. Acha que não podemos
aprovar a proposta de perfil das várias categorias docentes da forma como foi apresentada. Isso
porque a proposta diz que somos 100% RDIDP, mas que uma composição ideal seria 90%. Propôs
que a seguinte redação: “Gostaríamos de, idealmente, ter docentes que possam ter atividades
externas e, portanto, não ser dedicação exclusiva, num percentual máximo de 10%”. Isso porque, da
forma como foi proposto, se um docente passa de RDIDP para RTC, são 10% de redução de folha
de pagamento. Ou seja, se a Reitoria decidir que tem que reduzir folha com docentes, olhando para
o primeiro item da nossa proposta, vai perguntar quem são os 10% que saem do RDIDP. A Profa.
Marcia Fantini disse que o Diretor do Instituto, talvez em 2016 ou 2017, numa reunião do CTA,
estabeleceu o mês de setembro de 2017, para que os departamentos apresentassem seus projetos
acadêmicos. Os departamentos fizeram workshops e o projeto Acadêmico da FAP foi entregue na
data solicitada pelo Diretor. Acha que tem um fator interessante que é o fato de que todo mundo está
assoberbado. Confessa que agora que as pessoas estão falando certas coisas é que está se dando
conta do que está escrito. Disse que os docentes são treinados para fazer projeto de pesquisa e na
sua opinião isso é um projeto. A questão é que estamos submetendo esse projeto à Reitoria e não
sabemos qual vai ser o retorno do que está escrito, nem da cobrança que vai ser feita. Essa é uma
preocupação clara. Mas sempre acha que isso é um projeto e se é um projeto, tem que ter metas. E
se não conseguimos chegar naquela meta, sempre podemos apresentar que não foi possível por
conta dessas dificuldades. Acha que, excetuando-se essas coisas pequenas modificações que
podem ser incorporadas, o projeto deve ser apresentado como está. O Prof. Manfredo Tabackniks
disse que quando leu o projeto acadêmico a primeira vez, ele chamou sua atenção pela própria
história da universidade. Quando o Instituto foi criado, as pessoas queriam fazer um único
departamento e isso não foi possível. Por essa razão, foram criados vários departamentos, mas o
ensino foi centralizado na CG e na CPG. No entanto, a pesquisa foi descentralizada nos vários
departamentos que temos hoje. Disse que agora entende e apoia o projeto acadêmico porque ele
trabalha mais a questão de ensino, os alunos, a questão de como o Instituto deve trabalhar o seu
docente, mas não trabalha muito - e nem deveria e nem pode- a questão de pesquisa que vai recair
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nos departamentos, que agora sim têm que fazer o seu projeto de pesquisa para os próximos 5 anos.
Disse que gostou do projeto desse jeito porque ele trabalha a questão do acolhimento, da formação,
dos problemas mais específicos de relacionamento, do que as questões de pesquisa que temos
treinamento para fazer muito bem. A única questão que o preocupa é o perfil dos Professores que
considera a parte mais crítica desse documento. A Profa. Elisabeth Yoshimura disse que ficou
surpresa de se ter conseguido todos os projetos que estão sendo propostos e que queria parabenizar
a CG, as duas CoC´s que fizeram a lição de casa. Se todos nós tivéssemos feito a lição de casa,
talvez não estivéssemos discutindo as coisas que estamos discutindo aqui hoje. Disse que espera
que tenhamos um aprendizado disso; o próximo passo é fazer os projetos acadêmicos dos
departamentos que vai ser mais voltado para pesquisa porque a parte de ensino e de infraestrutura
de funcionamento do Instituto está colocada aí e temos que fazer com o olhar de que é aquilo que
nos comprometemos a fazer nos próximos 5 anos. Acha que o Diretor, desde o princípio, teve essa
preocupação de que tivesse uma coerência como um todo, que fosse um projeto de uma instituição
e não um conjunto de retalhos de outros projetos. Nos departamentos, temos que pensar a mesma
coisa e lembrar que ou isto vai inteiro ou vai ser o Instituto que vai ser punido, a consequência desse
projeto é se vamos ter vagas para Professores Doutores e para Titulares, se vamos ter promoções
horizontais ou não. É isso que está colocado aqui. O que devemos fazer é aprovar o projeto
apresentado e, da próxima vez, colaborarmos mais. Mais do que isso, acha que essa congregação
não pode fazer. Disse que participou marginalmente disso, as tentativas feitas no departamento
foram infrutíferas no ano passado, estão florescendo melhor este ano porque falta participação
individual para o coletivo. Acha que é isso que não estamos enxergando, que é o que está sendo
pedido de nós. Disse que existe um outro aspecto que dificulta um pouco, que foi essa metodologia
colocada pela Reitoria de como fazer. Nós não tivemos, embora em alguns momentos durante
2016/2017 tivesse tido pistas de que íamos poder colaborar com o que era um projeto acadêmico,
isso nunca voltou. As poucas tentativas, especificamente o seu departamento fez sugestões, nunca
voltaram. Ou seja, acreditou-se que era um projeto em construção para a Universidade que não foi,
foi imposto novamente. Então, ou aceitamos a imposição e encaminhamos o projeto ou dizemos que
não vamos fazer e tomamos outro tipo de atitude, porém não sabe se o Instituto está disposto a isso.
Fora a história do coletivo que acha que tem que ser feito, o jeito de fazer não é a cara que temos na
pesquisa no instituto. O Prof. Fernando Navarra disse que a observação da Profa. Karine foi
decisiva. Disse que sempre é possível ter pessoas em regimes diferentes do RDIDP e que isso pode
ser discutido caso a caso. No entanto, acha que isso não é tão prioritário a ponto de estar nesse
documento. O Senhor Diretor comentou que esse é um dos itens que é exigido no projeto
acadêmico. Nesse caso, o que está sendo colocado é no sentido de trazermos antigos alunos que
estejam fazendo outras atividades, ou outras pessoas que possam dar uma visão para os nossos
alunos além da academia, tendo em vista que a maior parte dos nossos alunos não vai se dedicar à
academia no futuro. O Prof. Fernando Navarra disse que nesse caso muda sua proposta para que
mantenhamos a composição ideal do corpo docente em 100% de docentes no RDIDP porque essa
preocupação com a vida fora da academia não se justifica, não é necessário mudar a composição
do corpo docente para fazer isso porque podemos alertar os alunos para isso por meio da comissão
de cultura e extensão, da empresa júnior e de outros mecanismos para promover a integração maior
do estudante com a sociedade não acadêmica. Enfatizou que defende 100% do corpo docente em
RDIDP, especialmente numa época em que, por causa de contenção financeira, estamos vendo a
transformação progressiva de professores contratados por tempo indeterminado em professores
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temporários. O Prof. Ewout ter Haar disse que apoiava integralmente o que o Prof. Fernando
acabava de falar. Além disso, considera que o item relativo ao perfil do corpo docente é o mais
importante para todos porque vamos ser avaliados pela CAD e é isso que eles vão tomar como
balizadores. Propôs que fosse dado um aval ao Prof. Manfredo para fazer alguns ajustes no perfil e
utilizar uma redação do tipo “Espera-se do docente que ...), impedindo a interpretação de que o
docente tem que cumprir todos os critérios estabelecidos em cada perfil. O Prof. Vito Vanin, no
tocante às metas, propôs que elas sejam escalonadas: serão começadas ao longo dos cinco anos.
Serão aplicadas um ano e avaliadas ao final desse ano, e eventualmente serão substituídas por outra
coisa, por terem sido consideradas inadequadas, por exemplo, dando a ideia de que não
necessariamente tudo o que foi iniciado deverá ser concluído nesse período de cinco anos. Propôs
a inclusão de um plano de gerenciamento de dados no plano de metas. Endossou a proposta de
100% do corpo docente em RDIDP e, caso essa proposta não seja aprovada, deve-se deixar claro
que os docentes contratados em outro regime que não o RDIDP, têm que vir em 1 ou 2% por ano,
no máximo, e se referirem a contratos novos e não transformação de contratos atuais. Em relação
ao perfil docente, deve haver mais “ou” e menos “e”, e sugeriu que houvesse dois tipos de detalhes
do perfil: o central, o Doutor 1 tem que ter atividade em disciplinas do Instituto e aí vem as outras
atividades relacionadas utilizando a palavra “ou”. Para ser Livre Docente, tem que ser independente
do seu orientador do doutorado. A pesquisa tem que ser melhor qualificada. Lembrou que em 2016,
o Instituto recebeu apenas sete financiamentos da FAPESP, ou seja, 5% do corpo do docente. A
expectativa é que em média, cada membro do corpo docente consegue um financiamento FAPESP
a cada 20 anos. Ou seja, tem que deixar claro que esse financiamento considera bolsas de iniciação
cientifica, mestrado, doutorado, etc. Entende que temos que escrever claramente aquilo que
pretendemos utilizar como critério não dando margem à interpretação. Comentou que o plano de
metas da USP é uma página em branco na internet. O Prof. Nestor Caticha disse que temos uma
tradição nessa Universidade de pedir autonomia, pedir verbas do governo, porém temos um certo
nojo de palavras como “mercadológica”. Disse que, no entanto, existem pessoas que sentem a
necessidade de se associar com um projeto nobre e que nós somos um projeto do qual as pessoas
sentiriam orgulho, se soubessem ao que estão se associando, mas nós nos fechamos a essa
possibilidade. Propôs a criação de uma comissão para construir um fundo de endowment de maneira
profissional para que possamos justificar à sociedade porque estamos aqui e que isso conste desse
documento. A Profa. Marilia Junqueira disse que já tivemos endowment da IBM, da Xerox... que
concorda que poderíamos tentar esse caminho, no entanto, temos um perfil diferente de outras
unidades da USP que fazem isso inclusive porque faz parte da sua estrutura psicológica, porém, por
enquanto não temos esse hábito e que isso é desejável, mas não pode ser uma meta, porque por
enquanto precisamos do fund do governo. Entende que se dissermos que nosso objetivo é conseguir
fundings de outras fontes, poderíamos ficar na mesma situação que citamos para o caso do RDIDP.
Disse que isso é possível de ser feito, mas discorda que esse seja um objetivo nosso. A Profa.
Rosângela Itri lembrou que foi feita uma reunião de chefes de departamentos para definir o perfil
docente, que foi um encargo atribuído pela congregação. O resultado desse trabalho foi encaminhado
para a diretoria e depois foram feitas algumas pequenas alterações. Disse que concorda com a
proposta de 100% do quadro docente em RDIDP, acha que a redação não foi adequada, porém a
ideia era de se poder ter pessoas que trabalham com empreendedorismo, pessoas trabalham na
área financeira que pudessem vir dar aulas de fato como corpo docente do Instituto. Não seria uma
assessoria ou um seminário ou uma atividade de extensão, mas que fizesse parte do quadro docente.
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Citou a Poli como exemplo, onde os professores têm seus escritórios e dão aula, contribuindo de
alguma maneira na parte de engenharia. Pode ser que a congregação avalie que esse não é o
momento, que isso não é interessante, mas a ideia foi podermos ter alguns pesquisadores ou
profissionais não estritamente acadêmicos. Não se pensou em reduziu o quadro docente. Quanto ao
perfil docente, disse que a comissão de chefes é contrária à quantificação, ou seja, a atribuição de
pontos a cada critério estabelecido. Disse que a diversidade das nossas linhas de pesquisa vai ser o
nosso argumento perante a Reitoria para a decisão de não atribuirmos pontuação aos critérios e de
não fazermos uma análise quantitativa. A proposta da comissão é de análise qualitativa e optou-se
por suavizar toda a classificação para que não tivéssemos amarras no momento da classificação ou
da reestruturação da carreira. Passou a explicar item por item do perfil de cada categoria docente
porque considera este um ponto nevrálgico no projeto acadêmico tendo em vista que todos serão
avaliados por esses critérios, para esclarecer dúvidas e fazermos pequenas adaptações, melhorias
no texto. Para o Doutor 1, que acabou de ingressar, espera-se que ele tenha engajamento no trabalho
de pesquisa tanto para aqueles que vão montar grupos de pesquisa quantos para os que estão
ingressando em grupo de pesquisa já consolidados, além do engajamento progressivo em atividades
de orientação, desde a iniciação científica. Ouve-se uma voz ao fundo. O Senhor Diretor propõe
que seja alterada a redação para “financiamento de agências de fomento à pesquisa”. A Profa.
Kaline Coutinho propôs “financiamento a projetos de pesquisa e formação de recursos humanos”,
uma vez que podemos ter financiamentos vindos de contratos com empresas, por exemplo. Disse
que não gostaria que o financiamento fosse somente por agências de fomento. Disse que sua
experiência no projeto de avaliação dos departamentos é de que tudo que foi colocado entre
parênteses foi tomado literalmente e cobrado. Por isso, propõe que se coloque “agência de fomento
e/ou outros” deixando a redação em aberto. A Profa. Rosangela Itri disse que quando o Doutor 1
for se candidatar a 2, se ele tiver de alguma maneira conseguido um aporte externo, via CPq que
pode ser uma bolsa de iniciação científica, inclusive, isso será considerado. Ou seja, quando esse
docente for pleitear sua promoção para Doutor 2, significa que ele está em fase de obter ou obteve
nos últimos cinco anos um financiamento de agência de fomento e/ou outros recursos. Também para
o Doutor 2 é desejável que o docente esteja orientando. Espera-se que o docente consolide,
incremente orientações, seja protagonista no planejamento de atividades e comece a participar
também de colaborações nacionais e internacionais. Quanto aos Associados discutiu-se longamente
sobre como diferenciar esses níveis de carreira. O Prof. Nilberto Medina perguntou se no caso do
Doutor 2 não seria interessante que, ao invés de “desejável que o docente esteja orientando pelo
menos um projeto de doutoramento”, substituir por “um projeto de pós-graduação”. A Profa.
Rosangela esclareceu que um projeto de pós-graduação já foi solicitado no item anterior. O que se
deseja é que um docente que passe a Associado tenha pelo menos orientado um projeto de
doutoramento. Então é essa a implicação, já se dá uma indicação para o Doutor 2 que é desejável
que pelo menos comece a orientar um doutorado para, quando chegar a Associado, ter orientado ou
estar orientando ou terminando a orientação de um doutorado. O Prof. Luiz Carlos Chamon disse
que se pergunta o que seria um protagonismo crescente no planejamento de atividades didáticas;
não é uma coordenação de disciplina que se está exigindo das pessoas, perguntou. A Profa.
Rosangela Itri citou como exemplo que o docente começasse a se envolver com coordenação de
disciplinas, elaboração de material didático, etc. É o que se espera, não é obrigatório. No caso do
Associado, o docente realmente tem que mostrar uma independência científica, podendo continuar
colaborando com seu ex-orientador. Para o Associado 1 é desejável que tenha um projeto de
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doutoramento, ainda que esteja em andamento. É desejável que supervisione pós-doutorandos
porque para o Associado 2 vai se ver se ele já fez essa supervisão. O protagonismo volta aqui nas
atividades didáticas. Espera-se do Associado a contribuição em atividades de gestão e extensão, o
que não impede que essa contribuição se iniciado enquanto Doutor. Além disso, que tenha
demonstrado captação de Recursos Humanos para projetos de pesquisa. Ou seja, se espera que
um Associado consiga captar recursos para projetos de pesquisa. Colaborações nacionais ou
internacionais: para o Associado2 só se vai aumentando um pouquinho o grau. Espera-se que o
docente possua trabalho de pesquisa com significativo reconhecimento em nível nacional e formação
significativa de recursos; que esteja coordenando atividades didáticas e que assuma
responsabilidades crescentes e atividades de gestão. Ou seja, o docente está se preparando para
passar a Professor Titular. Quanto a extensão, que tenha demonstrado grande capacidade de
obtenção de recursos para projetos; tenha participação expressiva em colaborações nacionais e
internacionais. O Associado 3 se diferencia muito pouco de um Professor Titular. Espera-se que
possua expressiva atividade acadêmica, liderança consolidada em nível nacional e crescente
reconhecimento internacional expresso por orientações, supervisões de pós-doutorados e
publicações. A coordenação de atividades didáticas volta aqui; grande contribuição em atividades de
gestão e extensão também voltam; que tenha demonstrado a capacidade de obtenção de recursos
para projetos e tenha participação expressiva em projetos de cooperação internacional. Para
Professor Titular, o docente deve ter a liderança estabelecida em suas atividades acadêmicas
reconhecida internacionalmente, número significativo de orientações, supervisões de pós-
doutorados e publicações. Coordenação de atividades didáticas, grande contribuição em atividades
de gestão e extensão, tenha demonstrado grande capacidade de obtenção de recursos para projetos
e tenha liderança em projetos de cooperação nacional e internacional. O Prof. Antonio Figueiredo
disse que esse perfil que foi traçado visando evitar qualquer característica do estilo barema, em que
se tenha que fazer uma contagem de pontos, porque então não seria necessária uma banca, A ideia
desse perfil é deixar que a banca faça a avaliação da competência daquele docente para ser
promovido ou não para o nível superior. Ouve-se uma voz ao fundo. O Senhor Diretor disse que se
colocamos que deve ter uma colaboração nacional e o docente trabalhou sozinho e fez grandes
coisas, não vê porque ele não deva ser aprovado. Mas pensa que se ficarmos numa postura reativa,
não vamos nos comprometer a fazer nada que não seja absolutamente médio para garantir que não
vamos ser cobrados além do mínimo que consigamos fazer confortavelmente. Considera isso um
erro. A Profa. Elisabeth Yoshimura disse que até então não tínhamos essa cobrança e as pessoas
têm crescido na carreira assim como o Instituto. Então, à medida que estamos dando um balizamento
para o avaliador externo com exigências maiores do que o que temos feito ou deixando uma
exigência em cada item muito grande, fica difícil que o docente até se atreva a fazer algumas coisas.
Acha que o caminho é o contrário: à medida que se está forçando demais, pode-se fazer com que a
pessoa tema e deixe de fazer coisas que ela faria se tivesse mais liberdade. É nesse sentido que
entende a colocação de vários docentes aqui e se aliviarmos um pouco substituindo-se o “deve-se”
por “deseja-se” ou “espera-se”, vamos ter mais contribuições voluntárias do que o contrário. A Profa.
Rosangela Itri disse que a diferenciação entre o Doutor 1 e o 2 é que o docente novo vai buscar
recursos em agências de fomentos, vai orientar alunos, etc. Diferencia-se do 1 para o 2 numa
promoção verificando que o 2 já está se tornando mais amadurecido. O Senhor Diretor disse que
há uma frase na introdução que não foi enfatizada e que considera importante, que é a seguinte:
“padrões quantitativos de desempenho não podem substituir a necessária avaliação circunstanciada
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por especialistas”. Ou seja, esperamos que qualquer tipo de avaliação dos nossos docentes seja
feita por quem entende da área em que a pessoa trabalha. Se não for assim, não vai dar certo. A
Profa. Rosangela Itri comentou sobre sua experiência no processo de promoção horizontal, quando
se candidatou a Associada 3 e não foi promovida porque foi muito bem avaliada em todos os quesitos
com exceção do fato de não ter o número de orientandos com mérito suficiente para ser promovida,
do ponto de vista de seu avaliador, sendo que seis meses depois foi aprovada e indicada no concurso
para Professor Titular. Disse que ficou surpresa de não ter atingido no barema a pontuação
necessária para ser promovida, e o que a comissão de chefes buscou foi minimizar ao máximo esse
tipo de engessamento. A Profa. Kaline Coutinho disse particularmente gosta da proposta
apresentada com pequenas exceções como a substituição de “e” por “e/ou”, com relação a “nacional
e internacional”, “agência de fomento ou outros” que podem ser empresas também. Falou também
das várias vezes em que o adjetivo “grande” foi utilizado. Sugeriu que o texto fosse substituído por
“relevante” ou “expressivo”, porque nunca se sabe qual é o parâmetro de “grande” e aí surge o receio
de que o sarrafo seja muito alto para esse “grande”. A Profa. Marcia Fantini disse que estava vendo
o texto em detalhes agora e acha que ele fica um pouco repetitivo. O Doutor 1 está mais interessante
porque tem lá o “espera-se” e aí pode-se dizer “engajamento no trabalho de pesquisa e progressivo
em atividades orientação”. Perguntou se seria possível que o Diretor, juntamente com essa comissão
dos chefes de departamentos, a partir das sugestões encaminhadas por escrito e, a Congregação
dando um aval, pudesse terminar esse documento da melhor forma possível. O Prof. Vito Vanin
disse que seu entendimento do documento é oposto ao do Diretor; que não importa como nós leiamos
o documento, ele vai ser usado por uma comissão externa que vai avaliar os nossos docentes pelo
que entender daqui. Lembrou que na última avaliação institucional, o Instituto de Física tinha duas
linhas de avaliação: “O Instituto de Física tem excelente infraestrutura.” A pessoa que nos avaliou,
avaliou desta maneira. A equipe que veio aqui falou: “porque agora começamos uma nova era”. Disse
que está preocupado com a nova era, que não tem uma visão positiva sobre como isso será usado
e sugeriu que sejamos extremamente conservadores no que falamos aqui; que sejamos capazes de
ter mais espaço para fazer com que nós consigamos de fato avaliar e não entregar a avaliação de
todos os nossos docentes a uma comissão centralizada que vai seguir o padrão da Reitoria. O Prof.
Paulo Nussenzveig disse que gostaria de pontuar a questão do regime de trabalho. Disse que
concorda que a maneira como a frase está redigida dá eventualmente margem a interpretações como
a Profa. Kaline mencionou, no entanto, o que está colocado é uma preocupação em relação a um
purismo de 100% do corpo docente em RDIDP, “one size fits all”, que não necessariamente é do
interesse da formação que oferecemos dentro do Instituto de Física. Existe um interesse crescente
na sociedade, e diria na própria comunidade de física, de formar pessoas com mais aptidão e mais
interesse em empreendedorismo. Nenhum dos docentes aqui, em RDIDP, tem atividades vigorosas
nisso. É interessante que consigamos atrair pessoas com esse perfil para formar os nossos
estudantes. A maneira de redigir isso seria colocarmos que a composição é aproximadamente 100%
em RDIDP e que o Instituto pretende discutir essa composição, se há interesse em contratar novos
docentes no regime que não seja RDIDP com vistas à promoção de uma formação mais voltada ao
empreendedorismo para os nossos alunos. Disse que viu recentemente que no ano de 1998 o Brasil
formou da ordem de 3.800 doutores; no ano de 2014 o Brasil formou 16.700 doutores. Obviamente
essa expansão não deve ser absorvida inteiramente em meios acadêmicos. Então, é uma
preocupação importante de nossa parte que doutores trabalhem fora da Academia porque isso
enriquece o nosso país. A preocupação que está expressa é nesse sentido. Acha que é um exercício
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importante nessa congregação, nesse Instituto, pensar nesse assunto. Não acha que 100% em
RDIDP seja necessariamente saudável. Acha que menos de 90% para um Instituto com as nossas
características absolutamente não é saudável. Mas em algum lugar no meio disso, tem algo que é
benéfico para o Instituto. Em relação ao perfil do corpo docente e toda a discussão sobre “deve- se”,
“deseja- se”, disse que, como mencionado pelo senhor Diretor, nós estamos considerando que a
avaliação precisa ser feita de maneira circunstanciada por especialistas. Então, quando colocamos
critérios não estamos dizendo qual é o perfil mais ou menos padrão, não é todo mundo que vai ser
exatamente dentro desse perfil. Por isso é necessária a avaliação por especialistas. Disse que
concorda que o Instituto vai muito bem, que é um instituto de um protagonismo na cena nacional e
internacional; todas as avaliações feitas no nosso Instituto revelam isso, sejam avaliações da
graduação, da pós-graduação, de atividades de extensão no Instituto, as missões estão sendo
cumpridas; o perfil dos nossos docentes deve ser arrojado, não deve ser conservador. O Prof. Paulo
Costa disse que já tinha se manifestado outra vez, já teve uma experiência parecida e estava um
pouco preocupado com os prazos e com uma expectativa muito baixa em relação ao documento que
ia ser produzido. Disse que olhou o documento, não leu com todos os detalhes, mas considera que
foi muito além da sua expectativa em termos de qualidade. Por isso, compartilha a posição da Profa.
Elisabeth comentada agora a pouco. Disse que queria olhar um pouco para o futuro; que tem detalhes
que estão sendo discutidos aqui que precisam ser discutidos, mas não podemos cair na armadilha
de querer o ótimo e o ótimo ser inimigo do bom. Acha que a proposta atual do projeto acadêmico é
a melhor possível com essas variações, e que tem ainda tempo suficiente para ser revisado até
amanhã. Sua preocupação maior é com o monitoramento disso, não com o monitoramento externo,
de comissão, mas do nosso monitoramento. Quer dizer, é saber das ações imediatas até 2023, como
vamos nos monitorar para que este documento seja continuamente revisado para que essas aparas
sejam feitas e em 2023 não tenhamos 5 meses para produzir o documento para 2023+5. Esse
monitoramento o preocupa, no sentido de como vamos executar esse projeto. Acha que num plano
de ação possível que possa ser incluído na sequência do planejamento acadêmico poderia ter um
pouco de coisas que apaziguassem essas dúvidas. É algo que poderia estar num outro documento
interno no qual se detalhasse cada uma dessas coisas que nos surgem, do que cada um de nós lê e
tem uma interpretação diferente, de irmos aos poucos construindo um léxicon disso. Como interpretar
esta frase que quem construiu pensou de um jeito, mas que pode ser lido e pensado de forma
diferente por outra pessoa e isso ser construído durante os cinco anos e em 2023 não teremos mais
estas dúvidas. Entender que este documento não é para sempre, ele é um documento vivo; as
nossas prioridades de hoje estão baseadas nos nossos anos passados e o que está nesse
documento está olhando o futuro baseado na experiência passada. Não sabemos o que vai acontecer
nos próximos 5 anos, sendo que nesse período algumas coisas que estão aqui podem precisar ser
mudadas, revisadas. Por isso está mais preocupado com o que vamos fazer nos próximos 5 anos do
que com o que vai ser entregue amanhã. O único comentário que viu que é quantitativo, que já foi
comentado aqui, é a composição docente. Ela poderia ser não quantitativa. Poderia ser mais
conceitual porque com isso temos mais liberdade e no nosso documento interno, onde temos a
interpretação disso, até podemos entre nós equalizar isso que pode ser de um jeito num
departamento, dentro do mesmo conceito, mas diferente em outros. A Profa. Marília Junqueira
disse que novamente nesse único item quantitativo, podemos deixar mais suave no sentido de dizer
preferencialmente 100% em RDIDP, não sabe se queremos também RTP ou RTC, por opção do
docente. Significa dizer que se o docente quiser passar de RDIDP para outro regime, está tudo bem.
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É só isso que considera que não está claro, se queremos docentes em RTP ou se nós queremos no
máximo em RTC, e isso por opção do docente. O Prof. Antonio Domingues acha que esse ponto
causa um pouco de confusão. Quando se fala em trazer alguém para atividades complementares,
não acadêmicas, a impressão que tem do que as pessoas estão falando é de alguma coisa
temporária, não seria um docente que vai ficar aqui para o resto da vida fazendo atividades desse
tipo especificamente. Por isso, acha um pouco estranho essa discussão; acha que o perfil do Instituto
é um perfil eminentemente acadêmico. Em outras unidades onde se têm uma grande quantidade de
RTC´s são áreas de profissionais liberais: o docente fica algumas horas aqui e vai para o seu
escritório fazer o resto. Mas na área de física não tem essa possibilidade. Acha mais provável que
se use vagas temporárias para eventualmente trazer alguém aqui para uma atividade específica. O
Senhor Diretor disse que só para citar alguns exemplos, o vice-presidente de investimentos do
Bradesco é ex-aluno nosso, fez graduação e mestrado aqui. A diretora-presidente do IPT, que
trabalha na área de corrosão, é ex-aluna nossa. Nós temos dois ex-alunos que presidem empresas
farmacêuticas, ou seja, tem uma enorme variedade de atividades onde os físicos estão. Na área
financeira sabemos que tem muitas empresas que vem buscar os nossos alunos aqui. Perguntou
porque que não poderíamos ter um ex-aluno, por exemplo, que trabalha na área financeira dando
aula de alguma coisa que seja especifica, matemática, tratamento de dados, que seja útil nessa área
para mostrar para os nossos alunos da mesma forma que mostramos outras atividades que
consideramos importantes. A Profa. Kaline Coutinho disse que queria fazer uma proposta de
encaminhamento: como as discussões estão mais nos pontos 5 e 6, sugeriu votar aprovação até o
ponto 4. No ponto 5, deveríamos votar 100%, ou um percentual diferente para um limite máximo de
possibilidade de não ser RDIDP. Então fecha esse segundo tópico: se for aprovado ser quantitativo
100%, não tem mais o que discutir; se as pessoas acharem que pode ser com algum percentual,
votaríamos o segundo e por último votaríamos um a um: Doutor 1, Doutor 2, etc. com pequenas
arrumações no perfil como “e/ou” , coisas assim. O Prof. Manfredo Tabacniks propôs que o
documento fosse aprovado e que pessoas que tenham contribuições nesses últimos 2 item,
encaminhem essas contribuições por escrito e a mesma comissão que escreveu esse documento
organize essas contribuições e termine o documento para ser entregue à Reitoria amanhã cedo. A
Profa. Kaline Coutinho disse que acha que devemos votar esse conteúdo, além de pequenas
mudanças de texto, de forma que uma ou duas pessoas não possam mudar o que está ai. A Profa.
Rosangela Itri disse que o Prof. Ewout havia solicitado algum tipo de comprometimento por parte da
comissão, e que se comprometia a olhar aquela questão do “deve-se” pelo “espera-se”. O Senhor
Diretor colocou em votação o documento até o item 4, inclusive, sem prejuízo de pequenas
correções gramaticais, sem mudar o espírito do texto. Foi aprovado por unanimidade. Colocou em
discussão a redação do item 5: composição do corpo docente. O Prof. Luiz Carlos Chamon propôs
que a composição ideal é em torno de 100% dos docentes, abrindo a possibilidade de contratar
pessoas em outro regime de trabalho, se o Instituto assim o desejar. O Senhor Diretor lembrou que
a proposta que o Prof. Paulo tinha feito colocava um limite inferior para o RDIDP que era 90% , ou
seja, entre 100% e 90% dependendo das possibilidades de atrair pessoas. O Prof. Luiz Chamon
disse que esse número, 90%, parece ser um pouco arbitrário, então dirira que essencialmente o
Instituto trabalhe em regime de dedicação exclusiva; eventualmente poderíamos contratar em outro
regime, se acharmos desejável. O Senhor Diretor disse que colocar um limite inferior é saudável
nesse caso. O Prof. Paulo Nussenzveig disse que iria fazer uma proposta de encaminhamento para
o item. Como não há claramente uma convergência aqui, as vagas docentes têm sido abertas 100%
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em RDIDP; como se trata de um projeto acadêmico, que nos próximos cinco anos o Instituto vai
discutir detalhadamente a composição do corpo docente: se há ou não interesse em contratar
pessoas em outro regime de trabalho. O Senhor Diretor disse que , então a composição é de 100%
em RDIDP, mas nos próximos cinco anos vamos discutir a eventual abertura para outros regimes de
trabalho. Colocou a proposta em votação, que foi aprovada por unanimidade. Colocou em discussão
o item 6 com o entendimento de que vamos item por item. Existe um preâmbulo, a definição de cada
um dos perfis. Perguntou se o preâmbulo está pacificado ou se também ele está em discussão
porque o segundo parágrafo se refere a um indicador que é um indicador quantitativo mais utilizado
na nossa área. Disse que fez uma conta, considerando dois Professores Associados atuantes,
envolvidos no nosso trabalho e comparou a produção científica em termos de número de trabalhos
publicados nos últimos sete anos e eles diferem de um fator 12 de um para o outro. Isso demonstra
que valores numéricos para isso são absolutamente inúteis. Isso só comprova o que apontamos no
texto, que padrões quantitativos de desempenho não podem substituir a necessária avaliação
circunstanciada por especialistas. É isso que a avaliação tem que ser e por isso não quer colocar
números. Colocou a redação atual do preâmbulo em votação, que foi aprovada por unanimidade.
Disse que a proposta de critérios para Doutor 1 estava em discussão. O Prof. Luiz Carlos Chamon
disse que palavras como “forte”, “grande”, “excepcional” devem ser evitadas. O Prof. Vito Vanin
disse que a questão do financiamento não ser a pesquisa, fica claro que bolsas também são
consideradas. O Senhor Diretor disse que então foi excluída a palavra “forte”, e que será utilizada a
redação “busca por financiamento de agências de fomento ou outras fontes”. O Prof. Manfredo
Tabacniks propôs que se coloque nos perfis de Doutor 1, Doutor 2, etc., o que deve ter, ou seja que
ele deve se comprometer com o ensino no Instituto, deve executar pesquisa, etc. Depois viria o que
pode ter, o que é desejável. Citou como exemplo que, no Doutor 2 está escrito “é desejavel que
esteja orientando pelo menos um projeto de doutorado”. A sugestão é que tenhamos algum critério
do que deve ter, o que não deve ter que já está no Doutor 1 e vamos incrementando o que pode
fazer, o que é desejável , sem muitas modificações. O Prof. Paulo Nussenzveig disse que tem uma
proposta específica de redação para essa frase que é “busca por financiamento externo para
atividades de pesquisa, docência e extensão”. Além disso, tem uma proposta de encaminhamento
para o resto que é: se houver oposição ferrenha a alguma coisa que está aí que seja destacado, que
votemos essas questões de oposição ferrenha e aprovemos o resto em bloco. O Senhor Diretor
perguntou então quais são os itens que causam algum tipo de objeção. Colocou em votação a
substituição de “Deve” do Doutor 2. Para o “deve” foram obtidos 16 votos favoráveis e 7 contrários,
portanto o “deve’ permanece. A proposta de alteração na frase “ É desejável que supervisione pós
doutorandos “, com a supressão do plural, passando a “supervisione pelo menos um pós doutorando”
foi aprovada por unanimidade. A proposta de alteração da frase “financiamento por agências de
fomento ou outras fontes”, por “financiamento externo para atividades de pesquisa, ensino e/ou
extensão”, foi aprovada por unanimidade. No Associado 2, a proposta de alteração da frase “nacional
e internacional” por “nacional e/ou internacional” foi aprovada por unanimidade. No Associado 3, as
substituições de “grande” por “significativa” e “de gestão e extensão” por “de gestão e/ou extensão”
foram aprovadas por unanimidade. No Professor Titular, as substituições de “grande” por
“expressiva”, além de “nacional e internacional” por “nacional e/ou internacional” foram aprovadas
por unanimidade. ORDEM SUPLEMENTAR DA 543ª. SESSÃO, DE 30.08.18. Item
III.13 - Item III.13 - Manifestação da Congregação do Instituto de Física sobre a BNCC. O Prof.
Antonio Figueiredo disse que a BNCC do Ensino Fundamental já foi aprovada pelo Conselho
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Nacional de Educação. Está em discussão a BNCC do Ensino Médio. Diversas entidades que leram
a proposta da BNCC, a SBF inclusive, notaram uma série de problemas em relação a ela e a
solicitação que passou pelo Conselho da SBF é que esse documento fosse devolvido ao MEC com
uma perspectiva de novas discussões. O Conselho Nacional de Educação, que é um órgão de estado
e não de governo, vai se reunir no dia 14 que é o dia da última audiência pública sobre a BNCC do
ensino médio, e qualquer manifestação das sociedades, congregações, universidades têm que
chegar lá até a noite daquele dia. Então essa moção é essencialmente o que foi escrito pela SBF e
solicita um mínimo de horas de física, porque não tem mais as disciplinas, são ciências agora. Quer
dizer que uma pessoa pode passar pelo ensino médio sem ver física, ou sem ver biologia ou química.
Então é isso que está sendo pedido, uma coisa bastante simples e acha que é importante o peso do
Instituto em escrever esse tipo de moção. O Senhor Diretor colocou o item em discussão. Não
havendo manifestações, colocou em votação, tendo sido aprovado por unanimidade. A seguir,
informou que a Assistência Acadêmica fará as modificações no texto do Projeto Acadêmico,
conforme aprovado pela Congregação, que será enviado para a comissão que redigiu o documento
para fazer uma última reunião para que o documento possa ser encaminhado amanhã. Nada mais
havendo a ser tratado, o Senhor Diretor encerrou a reunião às 12h58min e eu Maria Madalena
Zeitum, redigi e digitei a presente ata que vai assinada por mim e pelo Senhor Diretor. São Paulo, 30
de agosto de 2018.