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XI ANNO DOMINGO, 3O IDE JULHO IDE 1911 Nl 525 SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL Assignatura íi Anno. iSono réis: semestre. 5oo reis. Pagamento adeantado, S Para fóra: Anno. 1S200; semestre, 600; avuiso. 20 reis. Para o Brazii: Anno. 2S000 reis 1 moeda forte/. ú RUA DIRECTOR-PROPRIETARIO José Augusto Saloio M (Com posição e im vres$ao) CANDiDO DOS REIS — 126, A l,t)K(3 ã Publicações U Annuncios— 1.« pubiicação. 40 réis a linha, nas seguintes, Q 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto especial. Os auto- graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados. M EDITOR — José Cypriano Salgado Junior 2: A nossa atitude Achámos util que cada qual declare abertamente o seu modo de sentir e a sua fórma de proceder. E’ o que hoje fazemos, sem odios de espécie alguma e sem trepidarmos perante as consequencias que pos- sam advir da prática dos nossos actos. Antes da im- plantação da Republica fo- mos sempre pela Razão e pela Justiça; derrubada a Monarquia continuaremos a pelejar pela Justiça e pe- la Razão, Não nos emude- ce a voz a substituição de uni regimen hereditário por outro, electivo; não nos faz paralisar os movimen- tos a lucta que empenhá- mos em prol da Republica. Não olhámos para homens nem para instituições; sim- plesmente atendemos aos factos. Peio, que acabámos de dizer a nossa conducta de hoje è a. de sempre: abso- luta independencia na fór- ma de sentir e de agir.. Queriamos dizer mais: A- châmos que todo o bom republicano e sincero ami- go do povo se devia man- ter numa completa indiffe- rença perante conluios e compadríos. Acima de tu- do colocámos a satisfação plena das nossas aspirações e, por isso mesmo, em- quanto virmos que as coi- sas se maníêem no mesmo pé. de igualdade,, não.deixa- remos de bramar contra tudo e contra todos. Nós não somos. d’aqu,elles q.u.e não com prebendem a rela- tividade nas questões que se suscitam, á face- da Tei> ra. Comprehendemos. bem que na tu ra non fa cil salhis,. ou, traduzindo, em portu- guez corrente,, a natureza não saltos. Sabemos,, porém* tambem que já, ha- via tempo de-sobra para.se atenderem a Cactos, q ue, dia a dia,, se vão^ relegando, até que o esquecimento os cubra com o. seu manto de impenetrabilidade. Queremos, uma Republi- ca Democrática, temos nós afirmado várias vezes. Mais uma ocasião, oportuna, en- contrámos para o dizer. Debate-se a discussão so- bre o projecto da Consti- tuição que ha de reger a vida politica nacional. No- támos com indizivel des- gosto que muitos dos ho- mens da Republica, que na oposição se mostravam rasgadamente liberais, pro- cedem de modo a deixar dúvidas sobre a sincerida- de das suas afirmações. Ao lermos a historia da Revolução Franceza, vimos que o conjunto de circums- tancias que provocou a destronisação de Luiz X V I é quasi absolutamente se- melhante ao das que em Portugal se passaram. As reivindicações então feitas partiam todas do povo. E a lucta não serenou tão ce- do como á. primeira vista parece. Em Portugal suce- derá o mesmo. Não porque essa lucta tenha de ser tra- vada contra, os defensores d.o extincto regimen, mas porque é necessaria a sua existencia. para mostrar aos homens de hoje as pro- messas do, seu passado. E’, pois, contra estes que ella tem de ser feita, Sem tré- guas, é certo, ainda que com serenidade.,. Infeliz- mente para nós ha já algu- mas coisas que combater, e ellas partiram de quem, por principio algum, se de- via ter afastado do recto caminho que traçava nos comicios e nas conferencias a.os seus inimigos.politicos. Do povo esperámos nós que não, deixe enfraquecer o seu rigor combativo. Não é necessário ter músculos, ba^ta que se tenha senso. A.lógica de murro, que nos perdoem a. expressão, não serve para, a resolução d.o> problemas que afectam as condições de vida económi- ca: dos povos. Isto sem ser em absoluto; muitas, vezes delia nos.temos que servir, mas só.em casos extremos. A intellectualisação das classes proletárias tem si- do a causa m.ais eficaz e mais preponderante para a realisacão de' todos os grandes movimentos a que a velha Europatem assisti- do». Que o proletariado portuguez se eduque é a nossa maior aspiração. Nós não ensinámos ao povo que, quando seja chamado ás fileiras do exército, vire a baioneta para o peito dos seus oficiais e o atravesse com ella. Somos d’uma se renidade incorruptível por- que respeitamos em todos o direito á vida e á liberda- de de pensar. Simplesmen- te desejámos que todos nós auxiliemos na resolução das questões sociais e, por isso, definimos aqui a nossa ati- tude. Anti-militaristas, como sempre fomos, não deixá- mos de reconhecer a ne- cessidade de, no momento actual, se conservar a or- ganisação dos exércitos. Se assim não pensássemos tí- nhamos de concordar que, qualquer dia, era uma vez Portugal. .. E’, pois, facil de explicar a nossa acção presente. Sem tergiversações mas evolutivamente combate- remos as velharias, e pu- gnaremos pela felicidade humana. Dentro da politi- ca nacional a mais. comple- ta independencia aliada á exigencia da satisfação das promessas feitas pelo velho partido republicano. P aulino G omes. VARIEDADES Ao. Ex,.mo Sr. Josi Augusto Saloia. «Para o que obra impia e injustamente,, melhor lhe fôra não poder obrar O iníquo sente prazer na sua maldade porque a pena da iniquidade é:a própria liber- dade de praticar o mal. A- ereditae pois na vida.futura de que o iníquo, tanto mo- fa, porque entre este e o justo será feita grande dif ferença d .— P latão. Como se vê, o bom dis- cipulo de Sócrates e sabio mestre de Aristótelles, con- servava a intuição mais ou mgnos perfeita dos subli- mes ensinamentos deC.h ris- to, apezar d’haver nascido no V e morrido no IV sécu- lo antes d’Elle nos vir dizer «que na caza de seu. Pae havia muitas moradas», ra- zão «porque entrí o justo e o iníquo será íeita gran- de differença». Sim, Platão, apezar de pagão, tinha em si a intui- ção do fim do homem. E d isto não resta dúvida des- de que nos diz: «Para o que obi a impia e injustamente, melhor lhe fôra não poder obrar. Acreditae pois na vida futura de que o iníquo tanto mofa». Sim, tinha-a. Mas como é que elle a te- ria adquirido? Só por vaga reminiscencia da sua exis- tencia anterior no mundo espírita, ou tambem pelos ensinos do grande mártyr da Mètempsichóze, cuja do- ctrina lhe era inspirada pe- lo seu Anjo da guarda ou Espirito amigo? Só elle nol-o poderia di - zer ao certo. Mas, como geralmente o bom discipu- lo se assemelha ao mestre, é muito provável que essa intu:ção lhe proviesse, tan- to dosensinos deste, como dos recebidos no Espaço antes da sua ultima incar- nação conhecida, E dizemos «conhecida»,porque, desde essa até meados do século passado em que elle, inter- rogado, respondera como Espirito, certamente deve- rá ter tido outras, não tal- vez na Terra aonde já pou- co teria que adiantar-se, mas noutros mundos supe- riores ao nosso,, conforme os ensinos espíritas. E’ certo que os senhores materialistas e attaeus não podem crêr n estas- coizas; mas nem por isso.deixarão, de as vêr e de as sentir, porque as leis de Deus são immutaveis e o Progresso das humanidades ha de fa- zer-se um dia. Mas quando, Elle o sabe porque,,em,7 quanto esse Progresso se vae operando nos mundos já povoados, milhares de milhares doutros em plena elaboração fulguram pela ãmplidão sem fim, porque «rnaf-enterra, ar e céos tu- do lida»!.-H portanto, quan- do será. isso? - Só Elle o sabe, repetimos, porque a criação d’um or- be, ainda mesmo pequeno como a Terra, leva muitos milhões dannos,. appare- cendo centenares delles depois os peixes e os ara- phibios, mais tarde os ani- maes terrestres, e ainda muito mais tarde e final- mente o homem, sempre em harmonia com a.s con- dições atmosphéricas e ou- tras d’esse novo mundo, podendo por isso vir a ser inferior a nós, igual a nós ou. superior a nós. Mas superior, igual ou inferior, quanto ao Século, o seu fim, quanto á Eterni- dade, é sempre o mesmo: Progredir até por um má- ximo de perfeição relativa se chegar a approximarde Deus, desse Magnete irre- sistível a. que toda a Natu- reza obedece, e que a Si— quer ella queira quer não— fará attrahir toda a huma- nidade universal sem ne- nh u.m const ra ngi me n10, ou tão naturalmente como a criança passa da infancia á vélfiice porque, com o an- dar dos séculos,.toda essa humanidade-—e cada um por si— se irá deixando at- trahir por absoluta necessi- dade òu conveniencia pró- pria. Assim, o, materialista que hoje.não acredita nes- tas coizas, nellas virá a crêr um dia: Se não fôr d aqui a mil annos, será daqui a dez mil, a cem mil, ou mes- mo d’aqui a alguns milhões delles, porque Deus. não faz questão de tempo. Será quando fôr, mas será, por- que elle tem o.seu.«livre arbitrio». E como os soffrimentos moraes que, durante as<su- as, exi.stencias na terra, vo- luntariamente para si pre- para são em rigoroza har- monia com a gravidade dos crimes ou faltas commetti- das,, elle se fartará de-sof- fre r — álém de • tantissimas outras penalidades que, co- mo estas, a principio julga- rá eternas— no gêl.o da mais completa escuridão. ou;no fôgo da mais penetrante luz! E então, ao vêr que o termo ou a perpetuidade d!essas penas só de si de- pende, confundido* humi- lhado e arrependido, pedi- rá uma nova existencia de expiação e reparação, da qual— se ainda n essa nãa fraquejar— sahirá radiante.

A nossa a titu d e...que não, deixe enfraquecer o seu rigor combativo. Não é necessário ter músculos, ba^ta que se tenha senso. A.lógica de murro, que nos perdoem a. expressão,

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X I ANNO D O M I N G O , 3 O ID E J U L H O ID E 1911 N l 525

S E M A N A R IO R E P U B L IC A N O R A D IC A L

Assignatura íiAnno. iSono réis: semestre. 5oo reis. Pagamento adeantado, S Para fóra: Anno. 1S200; semestre, 600; avuiso. 20 reis.Para o Brazii: Anno. 2S000 reis 1 moeda forte/. ú R U A

DIRECTOR-PROPRIETARIO— José Augusto Saloio M

( C o m p o s i ç ã o e i m v r e s $ a o )

CA N D iD O DOS REIS — 126,A l , t ) K ( 3

ã PublicaçõesU Annuncios— 1.« pubiicação. 40 réis a linha, nas seguintes, Q 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto especial. Os auto-

graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados.

M EDITOR— José Cypriano Salgado Junior2:

A nossa a t i t u d eAchámos util que cada

qual declare abertamente o seu modo de sentir e a sua fórma de proceder. E’ o que hoje fazemos, sem odios de espécie alguma e sem trepidarmos perante as consequencias que pos­sam advir da prática dos nossos actos. Antes da im­plantação da Republica fo­mos sempre pela Razão e pela Justiça; derrubada a Monarquia continuaremos a pelejar pela Justiça e pe­la Razão, Não nos emude­ce a voz a substituição de uni regimen hereditário por outro, electivo; não nos faz paralisar os movimen­tos a lucta que empenhá­mos em prol da Republica. Não olhámos para homens nem para instituições; sim­plesmente atendemos aos factos.

Peio, que acabámos de dizer a nossa conducta de hoje è a. de sempre: abso­luta independencia na fór­ma de sentir e de agir.. Queriamos dizer mais: A- châmos que todo o bom republicano e sincero ami­go do povo se devia man­ter numa completa indiffe- rença perante conluios e compadríos. Acima de tu­do colocámos a satisfação plena das nossas aspirações e, por isso mesmo, em­quanto virmos que as coi­sas se maníêem no mesmo pé. de igualdade,, não.deixa­remos de bramar contra tudo e contra todos. Nós não somos. d’aqu,elles q.u.enão com prebendem a rela­tividade nas questões que se suscitam, á face- da Tei> ra. Comprehendemos. bem que na tu ra non fa cil salhis,. ou, traduzindo, em portu­guez corrente,, a natureza não dá saltos. Sabemos,, porém* tambem que já, ha­via tempo de-sobra para.se atenderem a Cactos, q ue, dia a dia,, se vão relegando, até que o esquecimento os cubra com o. seu manto de impenetrabilidade.

Queremos, uma Republi­ca Democrática, temos nós afirmado várias vezes. Mais uma ocasião, oportuna, en­

contrámos para o dizer. Debate-se a discussão so­bre o projecto da Consti­tuição que ha de reger a vida politica nacional. No­támos com indizivel des­gosto que muitos dos ho­mens da Republica, que na oposição se mostravam rasgadamente liberais, pro­cedem de modo a deixar dúvidas sobre a sincerida­de das suas afirmações.

Ao lermos a historia da Revolução Franceza, vimos que o conjunto de circums­tancias que provocou a destronisação de Luiz X V I é quasi absolutamente se­melhante ao das que em Portugal se passaram. As reivindicações então feitas partiam todas do povo. E a lucta não serenou tão ce­do como á. primeira vista parece. Em Portugal suce­derá o mesmo. Não porque essa lucta tenha de ser tra­vada contra, os defensoresd.o extincto regimen, mas porque é necessaria a sua existencia. para mostrar aos homens de hoje as pro­messas do, seu passado. E’, pois, contra estes que ella tem de ser feita, Sem tré­guas, é certo, ainda que com serenidade.,. Infeliz­mente para nós ha já algu­mas coisas que combater, e ellas partiram de quem, por principio algum, se de­via ter afastado do recto caminho que traçava nos comicios e nas conferencias a.os seus inimigos.politicos.

Do povo esperámos nós que não, deixe enfraquecer o seu rigor combativo. Não é necessário ter músculos, ba^ta que se tenha senso. A.lógica de murro, que nos perdoem a. expressão, não serve para, a resolução d.o> problemas que afectam as condições de vida económi­ca: dos povos. Isto sem ser em absoluto; muitas, vezes delia nos.temos que servir, mas só.em casos extremos. A intellectualisação das classes proletárias tem si­do a causa m.ais eficaz e mais preponderante para a realisacão de' todos os grandes movimentos a que a velha Europatem assisti­do». Que o proletariado portuguez se eduque é a

nossa maior aspiração. Nós não ensinámos ao povo que, quando seja chamado ás fileiras do exército, vire a baioneta para o peito dos seus oficiais e o atravesse com ella. Somos d’uma se renidade incorruptível por­que respeitamos em todos o direito á vida e á liberda­de de pensar. Simplesmen­te desejámos que todos nós auxiliemos na resolução das questões sociais e, por isso, definimos aqui a nossa ati­tude.

Anti-militaristas, como sempre fomos, não deixá­mos de reconhecer a ne­cessidade de, no momento actual, se conservar a or­ganisação dos exércitos. Se assim não pensássemos tí­nhamos de concordar que, qualquer dia, era uma vez Portugal. ..

E’, pois, facil de explicar a nossa acção presente. Sem tergiversações mas evolutivamente combate­remos as velharias, e pu­gnaremos pela felicidade humana. Dentro da politi­ca nacional a mais. comple­ta independencia aliada á exigencia da satisfação das promessas feitas pelo velho partido republicano.

P au lino G omes.

VARIEDADESAo. Ex,.mo Sr. Josi

Augusto Saloia.

«Para o que obra impia e injustamente,, melhor lhe fôra não poder obrar O iníquo sente prazer na sua maldade porque a pena da iniquidade é:a própria liber­dade de praticar o mal. A- ereditae pois na vida.futura de que o iníquo, tanto mo­fa, porque entre este e o justo será feita grande dif ferença d.— P latão.

Como se vê, o bom dis­cipulo de Sócrates e sabio mestre de Aristótelles, con­servava a intuição mais ou mgnos perfeita dos subli­mes ensinamentos deC.h ris- to, apezar d’haver nascido no V e morrido no IV sécu­lo antes d’Elle nos vir dizer «que na caza de seu. Pae havia muitas moradas», ra­zão «porque entrí o justo

e o iníquo será íeita gran­de differença».

Sim, Platão, apezar de pagão, tinha em si a intui­ção do fim do homem. E d isto não resta dúvida des­de que nos diz: «Para o que obi a impia e injustamente, melhor lhe fôra não poder obrar. Acreditae pois na vida futura de que o iníquo tanto mofa». Sim, tinha-a. Mas como é que elle a te­ria adquirido? Só por vaga reminiscencia da sua exis­tencia anterior no mundo espírita, ou tambem pelos ensinos do grande mártyr da Mètempsichóze, cuja do- ctrina lhe era inspirada pe­lo seu Anjo da guarda ou Espirito amigo?

Só elle nol-o poderia di­zer ao certo. Mas, como geralmente o bom discipu-lo se assemelha ao mestre, é muito provável que essa intu:ção lhe proviesse, tan­to dosensinos deste, como dos recebidos no Espaço antes da sua ultima incar­nação conhecida, E dizemos «conhecida»,porque, desde essa até meados do século passado em que elle, inter­rogado, respondera como Espirito, certamente deve­rá ter tido outras, não tal­vez na Terra aonde já pou­co teria que adiantar-se, mas noutros mundos supe­riores ao nosso,, conforme os ensinos espíritas.

E’ certo que os senhores materialistas e attaeus não podem crêr n estas- coizas; mas nem por isso.deixarão, de as vêr e de as sentir, porque as leis de Deus são immutaveis e o Progresso das humanidades ha de fa­zer-se um dia. Mas quando, >ó Elle o sabe porque,,em,7 quanto esse Progresso se vae operando nos mundos já povoados, milhares de milhares doutros em plena elaboração fulguram pela ãmplidão sem fim, porque «rnaf-enterra, ar e céos tu­do lida»!.-H portanto, quan­do será. isso? -

Só Elle o sabe, repetimos, porque a criação d’um or­be, ainda mesmo pequeno como a Terra, leva muitos milhões dannos,. appare- cendo centenares delles depois os peixes e os ara-

phibios, mais tarde os ani­maes terrestres, e ainda muito mais tarde e final­mente o homem, sempre em harmonia com a.s con­dições atmosphéricas e ou­tras d’esse novo mundo, podendo por isso vir a ser inferior a nós, igual a nós ou. superior a nós.

Mas superior, igual ou inferior, quanto ao Século, o seu fim, quanto á Eterni­dade, é sempre o mesmo: Progredir até por um má­ximo de perfeição relativa se chegar a approximarde Deus, desse Magnete irre­

sistível a. que toda a Natu­reza obedece, e que a Si— quer ella queira quer não— fará attrahir toda a huma­nidade universal sem ne- nh u.m c o nst ra n g i me n 10, o u tão naturalmente como a criança passa da infancia á vélfiice porque, com o an­dar dos séculos,.toda essa humanidade-—e cada um por si— se irá deixando at­trahir por absoluta necessi­dade òu conveniencia pró­pria.

Assim, o, materialista que hoje.não acredita nes­tas coizas, nellas virá a crêr um dia: Se não fôr d aqui a mil annos, será daqui a dez mil, a cem mil, ou mes­mo d’aqui a alguns milhões delles, porque Deus. não faz questão de tempo. Será quando fôr, mas será, por­que elle tem o.seu.«livre arbitrio».

E como os soffrimentos moraes que, durante as< su­as, exi.stencias na terra, vo­luntariamente para si pre­para são em rigoroza har­monia com a gravidade dos crimes ou faltas commetti- das,, elle se fartará de-sof­fre r— álém de • tantissimas outras penalidades que, co­mo estas, a principio julga­rá eternas— no gêl.o da mais completa escuridão. ou;no fôgo da mais penetrante luz!

E então, ao vêr que o termo ou a perpetuidade d!essas penas só de si de­pende, confundido* humi­lhado e arrependido, pedi­rá uma nova existencia de expiação e reparação, da qual— se ainda n essa nãa fraquejar— sahirá radiante.

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■cTalegria e felicidade relati­va por haver triumphado, Ytao como o déspota que á força darmas acaba de ven­cer um povo, mas como o hoitièm que, tendo sido maU, á força de boa von­tade e perseverança, acaba de ôxpiar e reparar o mal qúe 'ffeéra pela cdnrínua5 prática do bem!

*4sto é lógico,isto é racio­nal, 'isto é philozóphico. Mas, <em face dos dógmas cathóhcos, quem poderá crêr nestas coizas? E com­tudo, é do Evangelho de’S. Maíheos: «Os ímpios não entrarão no reino dos céos, mas serão lançados nas trevas exteriores — Cap. VIII, v. n e «Eu vos digo porém— aos apósto­los— que Elias já veio e el­les o não conheceram. En­tão viram seus discípulos que era de João Baptista q o e e 1 i e ■] h e s fa 1 l a v a »— C a p. XV II, v. 12 e j ’3—-. Logo, o Espirito dè João éra o de Elias: Mètempsichóze.

E no de S. João se lê: «Na caza de meu Pae ha muitas moradas — Cap. XIV, v. '2— . «Na Verdade, na verdade vos digo— a Jozé Nicodemos, mestre da lei— que não póde vêr o feino de Deus aquelle que não renascer de novo. Não te maravilhes pois de eu te dizer. importa-vos "nascer outra vez— Cap. ÍII, v. 3 e 7 — . «Eu tenho ainda mui­tas coizas a dizer-vos, mas vós as não podeis suppor- tar agora. Quando porém vier aqueile fcspinto de Ver­dade, elle vol-as ensinará todas, porque elle não fa­lará de si ‘mesfno, mas di­rá tudo o que tiver ouvido e antiunciaf-Vos-ha as coi­zas que estão para vir»— Cap. X V }, v. 12 e i3 — . E basta.

Não será este «Espirito de Verdade» aquelle que na Philozophia Kardec as­sim firma as suãs tao bel­las como instructivas com- municaçõesPDeve ser. Maso homem que tudo quèr saber, pouco ou nada se importa com estas coizas, porque as não vê, porque as não palpa. E comtudo... ellas foram e serão sempre inalteráveis.

A delaide Moket.

Commenfariffs & WoHcias

' I V í s f o a í f o a d o r e s r u r a i sVisitaram as suas congéneres

fc’esta villa no domingo passado as prestantes associações dos tra­balhadores rurais da Moita, Sa­rilhos Grandes, Hortinha e Ja r­dia, que aqui vieram inaugurar as suas bandeiras.

Fizeram-se acompanhar aqui da filarmónica 1.° de Dezembro, e n‘algumas associações usaram da palavra entre outros os srs. Bartholomeu Constantino e Rny das líevas que falaram do. esta­do «jism ado em que infeiiameo-

te se encontra ainda o proletaria­do portuguez e peior que todos os trabalhadores rurais que, su­jeitos a todo o tempo, não che­gam a ganhar o suficiente para uma alimentação regular. i * r o R í « ç á »

Acaba de sei promovido a ca­pitão o nosso patricio e amigo, sr. José dos Santos Olivfeira, a quém enviámos os nossos mais smeéVOS páràbéfts.A t o u r a d a

Com regnláí concorrência rea- lisou-se no passado domingo na praça d’esta villa a anntmciaSa tourada em beneficio do afamado bandarilheiro Joaquim d’Almeida Chispa. Abrilhantou aquelle es­pectáculo a distincta filarmónica 1.° de Dezembro, que foi muito aplaudida.E m a g f í a s i l c b a c a l h a u

Após a implantsção -da Repu­blica, !n’uEia das sessões da ca­mara deliberou-se transformar n’um edificio bonito e util—qual era o de uma esftola—o pardiei­ro da rua Miguel Botebárda, co­nhecido por Quartel, e logo se mandou chamar um tecktiico para dar o seu parecer apresentando plantas e competentes orçamen­tos. A 'vontade que então se obsSrvava em todos os vereado­res de levar por diante esse im- comparavel melhoramento era tão manifesta qtie parecia já uma coi­sa feita. Não sabemos se tatobem «alguem» se metteu de permeio n’este melhoramento; o que é certo é que um dos professores oficiais está lecionando numa ca­sa por favor e qualquer dia terá de deixar de ensinar as crianças a ler por falta de casa compéten te.

As coisas vão ficando em aguas de bacalhau, mercê da indolência de quem «todo lo manda», e quem paga as favas é o «alguem» como se esse «alguem» seja coi­sa que faça afronta a um mos­quito, sequer.À c a r e s t i a « io a z e i t e

De ha tempo bastante que o azeite vai subindo extraordina­riamente de .preço e continúa sem qne ainda se pensasse a va­ler n!esse abuso que, segundo afir­mou "ha dias o ministro do fo- -ftyeírto. não vem a carestia da es­cassez do género <mas sitn da ga- nancia 'desmedida dos srs. arma­zenistas.

Porque ainda se não deram as devidas pvovidencias?í>. «josé Folque de Cas­

tro.Dós concorrentes ao logar de

secretario da camara municipal de Mafra foi votado o nosso sin­cero correligionário, sr. D. José Maria Feyo Folque de Castro, secretario da camara municipal do Seixal, um dos concorrentes ao mesmo logar na camara mu­nicipal d’este concelho.P a i t l i i i ó t i o m e s

Este nosso amigo e assíduo collaborador d’«0 Domingo» fez exame do 4.° anno de direito (or- ganisaçâo judiciaria) ficando ap- provado.

As nossas mais sinceras felici­tações.§ h o r a s d c t r a b a l h o

Recebemos do illustre deputa­do, nosso amigo, sr. Fernão Bôt- to Machado, o projecto da lei das 8 horas de trabalho apresen­tado á Assembléia Nacional Cons­tituinte.

Agradecemos o exemplar offe­recido.S o i r é e d a n ç a n t e

Muito animada a «soirée» dan-j çante que no domingo passado; se realisou no elegante salão do. Aldegallense Sport Club.

° D OM1NGÒL e i d o i n q u i l i n a t o

O praso para a entrega dos mappas nos termos do artigo 5.° da lei do inquilinato foi pró roga do até 24 d’agosto de 1911 in- clusivèP o d r e e c a r i s s f i â o !

«A Vanguarda» de ante-hon-, tem dizia ser raro o dia em que ou habitantes d’esta villa qão' eram ludibriados pelos vendedo­res de peixe que, sem receio al­gum, põem á venda peixe pôdre sem-que as auctoridades ponham côbro a tão grande abuso.

Pôdre e caríssimo! Acrescente, collega.

I - e m o n d e m a r c h ePor diversas vezes se tem fa­

lado n’uma ponte sobre o Tejo e já e£n tempos se tíhegoti a dizer que séria feita do Montijo 'para Lisbêa. Porém ha pouco apare­ceram novos -alvitres e parece, agora, qne a ser feita a pente, será de Almada para o alto de Santa Catharina (Lisboa). No do­mingo passado falou-se n’um co­micio no Seixal onde, na presen­ça do ministro da marinha, o de­putado por este círculo, sr. Gas- tão Rodrigues, disse que ha an­nos se haviam feito pesqúizas qne deram o melhor resultado para que o Arsenal fosse muda­do para 'o Montijo, que mais com- modidades offerece pela sua de­tenção e outros requisitos, sendo por isso 'menos dispendiosa a construcção do referido Arsenal.

Pois se até ali nenhuma das nossas entidades politicas se in­teressou .pela ponte sobre o Tejo, agora muito menos pelo Arsenal.

São bagatellas que a ninguém interessam, não é verdade?

E depois o tempo não póde chegar para tudo. Ou bem se ha de arranjar popularidade offere- cendo collocaçÕes (?!!) e pagan­do as multas aos delinquentes— o que é um bom exemplo para o futuro—ou bem se hão de fazer representações ao govêrno pedin­do o que interessa o muuicipio.

Le monde marche.

O s m c s i n o s c o s t u m e s — Q u e l h a s c E s c a l a s e m A l c o c h e t e .Na manhã de quinta feira os

«Quelhas» José Borges, André e filhos, Augusto, Manuel e Diogo Rato, o Nunes da Formiga e ou­tros apanharam o «Escala» José Bernardino que no vapor «Alco­chete» ia para Lisbôa tratar da sua saude, atiraram-se ao des­graçado e fizeram-lhe tantas cru­eldades que o pobre homem, a chorar, pedia que o matassem.

E ’ isto: a Republica veio para maior liberdade dos monárquicos e assim temos que continuam nos seus crimes: Os Andrés, que ha uns cinco mezes anavalharam um republicano, causando-lhe a mor­te; o Diogo Rato que tambem ha pouco anavalhou o republica no Matheus Lopes; o Nunes, im- moraião e devasso da Quinta da Formiga que tem ainda um pro­cesso no tribunal d’esta comarca e que, parece, está a coberto. . . até que o ministro da justiça es teja bom para nos suportar uma hora.

Mudámos de regimen, é ver­dade, mas não de costumes!Excursão

Promovida pela Sociedade Re- creiativa Musical Trafariense de ve realisar-se hoje uma excursão a esta villa. Acompanha a ex­cursão a filarmónica da socieda­de promotora qtie hoje estreia um novo fardamento.

V i n h o sTlltimanii-nfe o vinho desceu

de preço n’esta região, mas com os ataques do mildiu que ora se

manifesta nas vinhas, parece que ha tendências a subir novamente.

Oxalá.«SíasigMiieátos

Dia 24—Anna Grillo Ratinho acusada de difamar Joaquina da Conceição, ambas do sitio da Lançada, condemnada em lõ di­as de prisão e 5 de multa a 100 réis. D ia-28—José Caetano Car regosa e Antonio Caetímo Carre- gosa, ambos da Moita, acusados: de homicidio voluntário em sen primo José Augusto Carregosa, de Sarilhos Grandes, o 1.° con­demnado em 3 annos de prisão maior cellulat e em alíefnativa de 4 annos de prisão maior tem­peraria; e o 2.° em um anno de prisão maior cellular seguida de 18 mezes de prisão maior tem­po rari a.>Pic-nie

Promovido pelo Grupo Musical deve realisar-se no dia 7 do pro­ximo mez de agosto 'um alegre pic nic ao pittoresco sitio do Montijo.

Oxalá corra tão bem como o do anno passado que apenas um individuo só se indignava todo cotn os vivas á Republica, mas que não nos dava apostar como agora será elle o que levantará o primeiro viva.

Viver não custa. . .T r a n s f e r e i s c i a

Acaba de ser transferido pa­ra a comarca de Santa Comba- Dão o sr. dr. Antonio Jorge Mar­çal, exemplarissimo juiz de di reito d'esta comarca. Por tal mo­tivo merece os nossos cumpri­mentos o povo de Santa Comba. pois que 0 sr. dr. Marçal, álém d e S e r U m bello carácter é um magistrado íntegro e intelligente.

CoisíribasiçõesTermina ámanhã 0 praso para

o pagamento voluntário da 2.11 prestação das contribuições ge­raes do Estado.

CO RRES PO N DENC1AS

A l c o c h e t e , 3 3 . — Na cor­respondencia enviada ultimamente ao «Dom ingo», náo viu a luz da publici dade, por falta d'e espaço, a profecia d u m velho maritimo que, costuma do nas lides afanosas do mar e a lêr nos astros os prenúncios da porcela. tinha vaticinado borrasca. Foi real­mente um oráculo o velho e honrado maritimo. Pessoa fidedigna tinha fios garantido que jámais aqui voltariam o «Carangueio» e o Nunes da «Quinta da Form iga», os célebres paivantes que d’aqui retiraram quando retirou a guarda republicana, os quais foram abraçados pelo mestre do vapor, que lhes pediu chorando que voltassem, mesmo que o Nunes ainda náo tinha mostrado ao seu amo «Caranguejo» a engraçada e mirabolante nóra da «Formiga». O socego aqui passou a ser absoluto, até que no sfibbado, 22, tendo nós ido a Lisbôa e de volta, quando apparecemos para em barcar, recebemos de chofre a torturante no­ticia de que se encontrava a bordo do vapor «A lcochete» uma nova força da guarda republicana e os competentes paivantes «Caranguejo», «Form iga dó Moiho» e alguns infortunado- «Que­lhas» que depois d'uma ausência lon­ga, vinham irreq uietos e refilões visi­tar as familias que não viam havia muito. Nada de anormal se passou durante a viagem , mas chegados a A lcochete, eis que se nos depara um espectáculo devéras surprehendente! A população d'aqui. sabedora do que se tramava contra os seus brios, acor­reu em massa enchendo por com ple­to a ponte cais e immediaÇões. como se moia occulta os im pelisse, e um só grito reboava nos ares. sentido, com ­movente. atroador: «Fóra os que nos pretendem desbonrar! Fóra o da «Form iga»! A baixo o «Caranguejo!» As adm iráveis m ulheres, algumas com filhinhos ar> cólo. com prehendendo a fundo o quanto esta manobra apou­cava os m aridos, os filhos, os irmãos, nno foram certam ente as que menos calor tomaram no arriscado lance. Os passageiros rompiam muito a custo po r entre a m ultid?o irrequieta e ner-> vosa e apenas a força da guarda re­publicada poz pé gm terra, as o va jp - es s vivas atingiram ai ratas do d e lí­

rio, a ponto dos valentes rapaze* com prertenderem tudotTum relance, os quais, momentos depois, confra- terrusavam com o p ovo. E certo que passada meia hora e depois de terem obsequiado cavalheirosamentè o sar­gento e praças, recebiam estes guia de marcha iío meio de delirantes vi­vas. tendo-se organisado uma bella marcha «auX flariibeauX». voitaram da novo para L isb ô a, mas'náo fSo rapi- do qu».o «Caranguejo» náo sè ante­cipasse escondendo se a bordo. Final­mente deixám os propositadamente para o resto o N unes da 'Formi-g;;. Voltou radiante de L isb ô íi ò Valente caudilho de navalha de ponta e moia, mas uma vez chegado á pato te-, o n o . jfcnto poltrão, ao ou v ir o povo vocife­rar contra o §eu repelente ser. de tal fórma se esgueirou, encolhido, -que incólum e chegou a casa sem s'eq'uer ter tacto p ara apagar a luz. Àind» houve quem tivesse a infeliz lembrafl- ça tie o levar prezo pélas orelhas, ten­do, para is-o. de su jar as mãos. D Zfcm agora que elle é corretor das senhfo- ras que d aq ui partiram sem que al­guem lhes fizesse mal, assim como di­zem que e!1e blazona ter estado toda a noite de 22 do corrente, de revó l­ver em punho, podendo nós asseve­rarm os què na manhã de '2.3. appare- íe u á janella um lençol lavado no cen­tro, prova evidente que o dito sèrviú, durfinte a noite, para lim par a culatra da arma.

— T om ou hontem posse do cargo de adm inistrador interino d'este con­celho o cidadão João O ctavio Costa Cabedo. rapaz novo e syrnprthicò, carbonario cTantes quebrar que toí- cer. Q uer-nos parecer que S. F x .s entrou com o pé direito, porque. 3 nosso vêr, a questão «Quelhas» eth breve estará solucionada e oxalá assim seja para bem da terra e descanço de todos. Podemos gârantir. no emtaft- to, què caso Os que estão fóra se queiram associar, a sua entrada nSo só será perm itida com o serão recebi­dos festivamente C .

aeiikainí atníikatia Vendem-se 5 toneis de

diversos lotes-, um casco, uma pipa, uma tina e 3 se-*- lhas de mão.

Trata-se com À. Borges Sacôto.— Moita.

S y n d ica to lg rí- cola de Ãldeia Gailega.

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Este Syndicalo póe a concurso o logar de escri- pturario e fiel d'armazem* devendo os concorrentes satisfazer ás condições se­guintes:

Bom comportamento moral e civil.

Alguns conhecimentos de escripturação commer­cial.

Calligraphia regular. Caução de 'j5o$ooo réis

depositada em qualquer casa bancaria á ordem do Syndicato,

Promptificar-se ao tra­balho conforme as exigen- cias do serviço.

Ordenado o que se con­vencionar.

Recebe as propostas o Presidente da Direcção até ás 6 horas da tarde do dia1 de agosto proximo.

Aldegallega., 27 de julho de 1911.

O Presidente da Direcção.

Diogo Rodrigues de Men*dança.

O D O M I N G O

is um acto de boa f é ! . . .A Comédia tambem inette trova!

— Explicações e considerandos iadispcn- s a f ê i s - a outros docnmeaitos fieis,

comprovativos e esmagadores!—Segue-se o dcsemvolvimeasto.

Vou áar principio a este meu commnnicado humilde, apropri­ando ao acto «bondoso», pratica­do pelo Senhor Antonio Luiz Ramos, a tróva popular muito conhecida e cantada pelas moçoi­las do Minho, nos seus arraiaes alegres, a qual me parece ser assim:

O’ Antonio tu andas Enganando o mundo.Com botões de prata E elles sáo dé chumbo.

Pafece estar muito bem ade­quada, não é verdade? Proseguin- <ío, se bem me recordo, fechei o meu commnnicado ultimo, com as seguintes palavras: «Mas, ain­da tetnos mais e melhor». Des­envolvendo, pois, a narrativa do desempenho d’esta Comédia, a* presento hoje aos illustres leito­res algumas referencias da par­te aproveitavel de mais doeu mentos authenticos, pelos quais se demonstra cabfilmente o se- g-uimento da carreira «sophisma- lica e brilhante», encetada por aquelle figurão, para conseguir o fim almejado da sua «lindaobra».

ábstenho-tne, porém, de trans crever na íntegra os referidos do­cumentos, como já não o fiz aos

respectivo, é, sem dúvida, para admirar! Assim ficam burladas por aquelle cavalheiro as pobres victimas—sem dinheiro, sem ga­rantia presente nem futura, final­mente, sem coisa alguma—vendo- se até privadas de poderem pro­curar qualquer solução airosa, que pudesse reparar semelhante acção, porque o devedor de an­temão, vendeu todos os utensi­lios de adêga que tinham valor, e de resto a propriedade, pela ma­neira já conhecida, não lhe res­tando actualmente bens alguns, com que possa pagar. E ’ para mim, caso extraordinario e uni­co! Terceiro- -fincargo de réis1:900$000 do Senhor José Ma­ria de Mendonça, feito em data de 10 de Maio de 1905; e quar­to, finalmente, o encargo hypo- thecario de 1:350$000 réis do Senhor José Caetano de Olivei* ra, feito em data de 8 de Março de 1907.

Analysando as scenas realmen­te excepcionaes d’esta Comédia, cumpre-me agora fazer a devida apreciação dos direitos, valores e perfilhação de cada um dos refe­ridos encargos: O primeiro, foi a pensão; esta póde gabar-se da

atueriores, para não me tornar I muita sorte que teve, porque en-

Motivado pela minha doença sinto, sim, fraquejar-me a mão, mas nunca a energia e a cora­gem de qne me acho possuido, para me debater com aquelle ca­valheiro, perante os tribunais al­tivos, da opinião publica e do ju ­dicial.

Sei qne estou abreviando os meus dias de vida e sacrificando os meus filhos, mas não importa, porque emquanto me restar um sôpro de vida, hei de corrigir os insultos descabidos. . . a ingrati­dão e a vingança atroz, que so­bre mim e os meus, exerceu a- quelle «modelo de virtudes»!

Esta Comédia está prestes a terminar e confesso nao tinha vontade de encetar outra, por­que é trabalho muito árduo para um homem doente, mas se me o- brigarem. . . o arehivo encontra- se bem recheadinho.

F . S. C allado .(Continúa).

V

impertinente nem maçador, pe rante a digna opinião pública, a quem mais uma vez, agradecido, peço me releve. Por escriptura lavrada na nota do notário, Se­nhor Moutinho, em data de 8 de M.arço de 1907, e registada na conservatoria d’esta Comarca, em l j do mesmo mez e anno, con- tcalmi o Senhor Antonio Luiz liamos, mais um emprestimo de l:3í>0$Q0Q réis a juro de 8 °[0 ao anno (com a rubrica de se- pnndo, quando este já era o ter­ceiro, Bu para melhor dizer o quarto encargo, incluindo o da caução, n’aquella propriedade) sendo crédor o Senhor José Cae­tano de Oliveira, d’esta villa, (fi lho do Senhor José de Oliveira Canellas, comprador do predio em questão) offerecendo-lhe tam­bem por hypotheca, em «segun­do» logar, o tal predio mysterioso.

Escusado seria dizer, que o de­vedor seguiu igualmente n’este emprestimo as pisadas subtis, qtie empregou para ocultar os primitivos encargos, que de ha muilo pesavam sobre a referida propriedade. Para melhor expli- car, vou fazer a recapitulação dos encargos hypothecarios, bem tomo das obrigações que onera- Vm.t aquella propriedade, da qual Jesnita: Primeiro—Encargo by- póthecario da pensão a D. Emi-

Caliado, íeito em data de 28 , Janeiro de 1889. Segundo— Termo de responsabilidade ga­rantindo cabalmente a canção, na importancia de 973)5(300 réis, fei ,0 em data de 15 de Abril de 1898, o qual não se encontra re­gistado. porque a essa obrigação esquivou se o devedor, usando mais uma vez da habilidade pon- (o vulgar e nos, crédores, leigos Ílíl «intéri.i. <■ pela muita confian­ça que então depositavamos n’el-

coiuo pessoa familiar, tambem 0 nao fizemos. Que isto ste désse comnosco, não admira, pelas ra­zões expostas, mas que o merí tissirno Doutor Curador Geral, fiao indicasse na sua promoção honrosa, datada de 12 de Abril

contrando se já abandonada e en geitada, de ha muitos annos, ain­da teve a felicidade de lhe appa- recer o pai, que a perfilhou co mo legitima; o segundo, foi a caução; esta é que foi uma po bre victima. uma desgracadmha, que depois de engeitada de ha muito, teve apenas a felicidade de apparecer á ltiz do dia, sem poder, comtudo, conseguir a sua perfilhação, como ti lha legitima e de boa familia, que era, (para se­melhante sorte, mais valia ter morrido á nascença) não só foi engeitada, como abafada e inge­rida pelo proprio auctor d’esta Comédia (teve a sorte desgraçada dos filhos de Saturno!) O tercei­ro, esse foi um felizardo, porque sendo mais oneroso e recente do que o segundo, teve a ventura de ser perfilhado com todos os requisitos da lei, tomando com toda a semeerimonia, o principal logar que á desprezada e infeliz caução de direito lhe pertencia; finalmente, temos o quarto, esse ainda foi mais felizardo, pois en­contrando-se em ultimo logar, ainda teve um bom pai, que não só embolsou o filho, como tambem o outro crédor, dos seus créditos, juros em atrazo, etc., etc., uma liquidação completa, fazendo ac- quisição d’um bello predio, real­mente barato, pela quantia de 3:600^000 réis.

Todo este maldoso desfecho! por parte do vendedor me faz lembrar, muito a proposito, os meios empregados pelos candon­gueiros, quando pretendem sub- trahir ao fisco, a importancia dos direitos alfandegarios de qualquer artigo.

Com exemplos d’esía natureza,

o r escriptura de io de julho de 1911, outor­gada perante o notá­

rio abaixo assignado, foi constituída entre João da Fonseca Cruz e José Manu­el Ribeiro, a sociedade por quotas de responsabilidade limitada, cujosestatutossão os seguintes:

1.°E ’ constituída por elles outor­

gantes uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada sob a denominação de Empreza de

ser realizada, sem consentimen­to especial da sociedade.

7.°A cessão a estranhos só se

poderá effectuar, havendo con­sentimento da sociedade.

Se a cessão for por titulo one­roso, a sociedade tem 0 direito de preferencia, e, não o queren­do a sociedade, qualquer dos so­cios.

A sociedade fica, todavia, com direito de amortizar a quota

pelo valor que ella representar em entradas de dinheiro, acres­cido da respectiva parte no fundo de reserva, quando, notificado 0 ajuste da cessão, com designação do nome do adquirente e preço offerecido, este seja superior ao valor attribuido para a amortiza­ção.

8.°A administração da sociedade

e sua representação em juizo e fóra d’elle, activa e passivamen­te, fica pertencendo aos dois sc- cios, ambos os quaes são nomea­dos gerente#s com dispensa de caução e sem retribuição.

O socio João da Fonseca Cruz, porém, toma a seu cargo espe ciai a direcção dos serviços te- chnícos e de escritorio.

obrigações em proporção d a par.-» te que lhes for assinada.

A sociedade, porém, ■ dentro de trez mezes a contar do obito, poderá, querendo, amortizar quota, nos mesmos termos etr» que a amortização é permittida no caso previsto no artigo 7.°*

13.°Em qualquer caso de amorti­

zação de quotas, o pagamento será feito em trez prestações iguais e annuaes, com juro na razao de 6 pof cento ao anno.

14.®Em todo o omisso, regularão

as disposições da lei de 11 de abril de 1901 e mais legislação applicavel.

Lisbôa, 14 de julho de 1911. —O Notário, Antonio Tavares de Carvalho.

1698,

Electricidade de Aldeiagallega, Limitada, e com séde e estabe lecimento na villa d’Aldeiagallega do Ribatejo. 00

O objecto da sociedade é 0 for­necimento de luz electrica para a illuminação pública e particu­lar da villa de Aldeiagallega do Ribatejo, nos termos e condições da concessão feita pela respecti­va Camara Municipal ao socio João da Fonseca Cruz, e reduzi­da á escritura de 2 de maio de 1910.

Todos os direitos e obrigações constantes da mesma escritura e quaesquer outros adstrictos á qualidade de concessionário ficam, pois, pertencendo e a cargo d’es- ta sociedade, como se directamen­te lhe houvesse sido feita a con­cessão.

3.°A duração é por todo 0 tempo

que durar a concessão, e, para todos os effeitos, 0 seu começo se contará do referido dia 2 de maio de 1910.

4.°O capital social é de réis

20:000)51000 em dinheiro, e em duas quotas de valor igual, per tencendo cada uma a cada um d’elies socios João da Fonseca Cruz e José Manuel Ribeiro.

5.°D ’este capital está já realiza­

da a quantia de 15:000$000 réis. visto cada um dos socios haver, entrado com metade da mesma quantia.

A importancia qus falta para

9.°Para a sociedade ficar obriga­

da, basta que os respectivos actos sejam praticados ou assina dos em nome d’ella por um dos gerentes.

10.°Não haverá prestações supple-

mentares.Quando, porém, sejam neces­

sários mais fundos álém do capi­tal social, os socios os obterão de terceiros ou os fornecerão em partes iguais, ou como então re­solverem, a titulo de supprimen- to ou emprestimo, e com juro na razão de 6 por cento ao anuo.

I I . 9Os ganhos liquidos, apurados

no tim de cada anno social, serão divididos em proporção das quo­tas, separada a percentagem le­gal para fundo de reserva, em­quanto este não estiver realizado ou sempre que for preciso reinte-

ral-o.12.*

Fallecendo um socio, os seus herdeiros exercerão em commum os respectivos direitos, emquan­to a quota se achar indivisa.

Depois, 0 herdeiro ou herdei­ros a quem pertecer a quota ou por quem for dividida, substitui­rão 0 fallecido nos direitos e

A Camara Municipal do Concelho de Aldegallega do Ribatejo faz público que, 110 dia 20 do proximo mez de agosto, pela 1 ho­ra da tarde, ha de andar em praça no edificio dos Paços do Concelho, para ser arrematado a quem maior lanço offerecer a renda dos portos para des­carrego de lamas, existen­tes neste concelho.

Aldegallega, 28 de julho da 1911.

O Secretario da Cam ara,

A rthur Sant"Anna Leite.

T R E S P A S S EAntiga casa da Rebola.

Trespassa-se este antigo estabelecimento com todas as fazendas existentes.

Trata-se com Antonio Jorge Gomes. — Aldegal­lega.

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quem poderá dizer descançado a respectiva integração deverá estou? Quem ha n’este mundo, entrar á medida que for sendo que possa affrontar 0 dia de á - , necessaria. sendo as chamadas manhã? Ninguém, decerto. M al, feitas por igual aos dois socios. diria eu, que no ultimo quartel daj 0minha vida espinhosa, e depoisjde vir a luctar com uma doençaj E ’ permittida entre os sociòs pertinaz, havia ainda de ter a in- a sessão das quotas, totaí ou par- feiieidade de me entender cóm cialmente.uquelle figurão, sobre um acto A divisão de quotas por her-

gisto hvpothecario' que 0 considero de revoltante! 1 deiios de socios tambem

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HISTORIA d a s RELIGIÕESCompilação de R IB E IR O D E C A R V A L H O

L iv ro notabilissim o, livro indispensável a quantos desejam instru ir se e p rogredir. T em o s vivid o em uma ignorancia quasi absoluta ácerca da bisio" ria das .religiões. Chegám os a não, saber a própria hisiòriia do Catolicismo que .riais de perto nos interessa e agita. De modo que um livro , congloban­do a n sto-:a oe lo ios os lem pos e em todos os os paizes, constitue um tra­balho que todos devem po ssuir, que todos devem ler e propagar— o q u e

representara um valioso serviço prestado á causa da instrucção "em Portu. gal, porque uma das mais necessarias tarefas da sciencia consiste hoje ern reconstituir a historia das religiões.

Servindo se d: s not.iveis trabalhos de Salomão Reinach. de Beuchat, de H ollebecque e do Barão d O lb a ch , conseguiu R ibeiro de Carvalho congio. bar em um só liv ro , por maneira clara, toda essa historia, d ividindo a obra em três partes, cuja enumeração basta pa-a lhe m ostrar a im portancia,

«A Origem das Religiões. -R e lig ião e Mytologia — Theoria da Revelação prim itiva O culto das plantas e dos animais — As metamorphoses - O Tote- mismo e as fábulas O sacrifício do Tótem — O Sabbat -L a iciza ção pro»res. s va da Humanidade A Magia e a S c ie n c ia - O Fu tu ro das Religiões e a nj. cessidaae de ihes estudar a historia— A Sciencia das Religiões não só instruo e educa, mas liberta tambem o espirito humano.

«R eligõ es Antigas e Religiões A ctuaes.»— Religiões que existem actual, mente— Religiões dos povos chamados selvagens— Religiões de todos os po. vos antigos — Os seus ritos, os seus deuses, os seus sacrifícios— Os phenó- menos religiosos, as suas formas e a sua natureza— Logares sagrados-O s te m p lo s -O s m ythos— Como funcciona uma religião— Sacerdócio e Egrejas — Estudo histórico das Religiões.

«Christ e o Christianism o.» - A Judeia ao nascer Jesus— Quem foi Chris- to hxam e da sua doutrina -O s p rim eiros séculos do Christianism o— A in­fluencia de Platão— C hristo ão foi o fundador do Chistian ism o— Falsidade da actual religião christan— Os concilios —Costum es de C hristo e da sua pre­tendida E g r e ja -G u e rr a s entre C h ristã o s—Atrocidades praticadas peio Christianism o— C rim es da E g re ja —A moral christan, inim iga da Vida, do A m or e da Felicidade.

Como se vê. por este sim ples enunciado dos seus capitulos, a «Historia das Religiões é um livro notável e cuja leitura se impõe'.

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