2
A nova geração da ovelha negra JULIANA CARREIRO 07 Dezembro 2015 | 10:31 Sempre fui a ovelha negra da escola e das rodas de amigos, desde bem pequena até à pós-graduação, esse “título” me acompanhou. Por que? Muito simples, porque sempre me alimentei bem. Sou filha de uma nutricionista, que se esforçou para criar hábitos saudáveis dentro e fora de casa. Funcionou. Fruta na lancheira? Não vai tomar refrigerante? Vai comer comida ao invés de sanduíche, pizza, coxinha, pastel? Sim, vou comer comida, vou comer fruta, vou comer salada e hoje vou além, não, não vou consumir leite de vaca, nem açúcar e nem glúten. O que hoje pode parecer um modismo fútil, passageiro e mal embasado, já me acompanha há quase vinte anos – nos próximos posts vou trazer mais dados e explicações sobre os malefícios desses alimentos. Estou acostumada com esse estilo de alimentação, mas sei que a vida social pode ser abalada por tantas restrições. A comida é parte importante da cultura de qualquer sociedade e da nossa, em especial. Começamos a misturar as necessidades de nutrientes e de conforto desde a amamentação e essa confusão pode nos acompanhar pelo resto da vida. Comemos para superar uma dor, para comemorar, para confraternizar… E se nos recusamos a comer algo oferecido e feito para nós, essa recusa pode soar como uma grande ofensa. Já passei por situações desse tipo inúmeras vezes, mas isso não me faz voltar atrás nas minhas escolhas, até porque é uma questão de saúde, me sinto muito melhor assim. Desde que me afastei dos pratos feitos com esses ingredientes, também fiquei mais distante de problemas como crises de hipoglicemia, com desmaios constantes, cansaço excessivo e sem explicação e inflamações no ouvido e na garganta, entre muitos outros. Há mais de dois anos me casei e mudei de casa, e o leite de vaca, o açúcar e a farinha de trigo, por exemplo, nunca entraram no novo endereço. Mesmo assim faço o possível para manter uma

A Nova Geração Da Ovelha Negra

Embed Size (px)

DESCRIPTION

alimentação saudavel

Citation preview

Page 1: A Nova Geração Da Ovelha Negra

A nova geração da ovelha negraJULIANA CARREIRO07 Dezembro 2015 | 10:31

Sempre fui a ovelha negra da escola e das rodas de amigos, desde bem

pequena até à pós-graduação, esse “título” me acompanhou. Por que?

Muito simples, porque sempre me alimentei bem. Sou filha de uma

nutricionista, que se esforçou para criar hábitos saudáveis dentro e fora de

casa. Funcionou. Fruta na lancheira? Não vai tomar refrigerante? Vai comer

comida ao invés de sanduíche, pizza, coxinha, pastel? Sim, vou comer

comida, vou comer fruta, vou comer salada e hoje vou além, não, não vou

consumir leite de vaca, nem açúcar e nem glúten. O que hoje pode parecer

um modismo fútil, passageiro e mal embasado, já me acompanha há quase

vinte anos – nos próximos posts vou trazer mais dados e explicações sobre

os malefícios desses alimentos.

Estou acostumada com esse estilo de alimentação, mas sei que a vida social

pode ser abalada por tantas restrições. A comida é parte importante da

cultura de qualquer sociedade e da nossa, em especial. Começamos a

misturar as necessidades de nutrientes e de conforto desde a amamentação

e essa confusão pode nos acompanhar pelo resto da vida.

Comemos para superar uma dor, para comemorar, para confraternizar… E

se nos recusamos a comer algo oferecido e feito para nós, essa recusa pode

soar como uma grande ofensa.

Já passei por situações desse tipo inúmeras vezes, mas isso não me faz

voltar atrás nas minhas escolhas, até porque é uma questão de saúde, me

sinto muito melhor assim. Desde que me afastei dos pratos feitos com esses

ingredientes, também fiquei mais distante de problemas como crises de

hipoglicemia, com desmaios constantes, cansaço excessivo e sem

explicação e inflamações no ouvido e na garganta, entre muitos outros.

Há mais de dois anos me casei e mudei de casa, e o leite de vaca, o açúcar

e a farinha de trigo, por exemplo, nunca entraram no novo endereço.

Mesmo assim faço o possível para manter uma alimentação gostosa, afetiva

e aconchegante, como são normalmente os pratos com uma boa dose de

açúcar. Faço por mim e pelo meu filho, que com quase dois anos de idade

ainda não foi apresentado ao açúcar, ao refrigerante, aos salgadinhos com

lindas embalagens e nenhum nutriente, às bolachas recheadas com

bastante gordura trans… Mas ele já comeu muitos bolinhos feitos pela

mamãe ovelha negra, de cenoura, de chocolate, de maçã, de banana…

Page 2: A Nova Geração Da Ovelha Negra

Tomo muito cuidado com a alimentação dele, pois sei que ela será

determinante para a sua saúde hoje e sempre. E os resultados já aparecem.

Até agora, ele nunca tomou nenhum antibiótico e nunca teve nada além de

viroses passageiras ou febres que acompanham o nascimento de um dente.

Nunca foi para o hospital, para o pronto socorro, nem passou noites em

claro, chorando de cólica. Ele é um menino muito feliz e, se eu tiver que

transformá-lo na próxima ovelha negra da escola, para preservar essa

alegria, esse bom desenvolvimento e essa saúde de ferro, que assim seja.https://www.facebook.com/mesasaudavel/

mailto:[email protected]

http://www.cursomesasaudavel.com.br/#!quem-sou-eu/c1alk