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REVISTA NACIONAL DE' EDUCAÇÃO 89 ;;~"'A= ocuew ** "'M'·' N orAS & INFORMAÇOES - Pedro Americo nasceu em Arêas, Estado da Paraíba, no dia 29 de Abril de 1843. Com 10 anos de idade, foi contratado desenhista da Missão Exploradora do naturalista francês Louis J acques Brunet, per- manecendo no sertão durante vinte meses, qnando em 1854 veio para o Rio de Janeiro. Cursou o Colegio Pedro II, a Imperial Academia de Belas-Artes, partindo para a Europa (Paris) em 1859, onde frequentou a Academia de Delas Artes e a Sorbonne. ' . Em 1864, possuia grande bagagem artística. Cumpre salien- tar "A Carioca", oferecida ao Imperador Guilherme I da Alemanha. Ao voltar para o Brasil em 1870, foi designado para reger a ca- deira de Estética, Historia das A7'tes e Arqueologia, na Academia U8 Belas-Artes. Voltou á Europa dois anos depois afim de executar o grande quadro Batalha de A vaí, encomendado pelo ministro Conse- lheiro João Alfredo, cuja exposição, em florença, provocou grande ad- miração. O Governo Italiano fez colocar o seu retrato na Galeria Na- zionale degli Uffizi. Produziu' em seguida a Batalha de San 1Yl aft-in; Retrato de D. Pedro I; O voto de Heloisa; Voltaire abençoando o neto -de Franklin; Campanha do Paraquai, etc .. Como escritor e cientista deixou Dissertações cientificas, Tese -de filosofia, romances, estudos de criticas, etc. Foi eleito deputado pelo seu Estado depois de Proclamada a Republica. Faleceu em Florença no dia 7 de Outubro de 1905 sendo seu cadaver transportado para o Brasil a pedido dos alunos da Escola ,de Belas-Artes em 6 de Fevereiro de 1906. GAVARNI Pseudonimo de Sulpice - Guillaune Chevalier. Este desenhista, aquarelista e litografo nasceu em Paris, em 1804 e lá faleceu em 1866. Expoz no Salão de Paris a partir de 1~29

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REVISTA NACIONAL DE' EDUCAÇÃO 89•

;;~"'A= ocuew ** "'M'·'N orAS & INFORMAÇOES-

Pedro Americo nasceu em Arêas, Estado da Paraíba, no dia 29de Abril de 1843. Com 10 anos de idade, foi contratado desenhista daMissão Exploradora do naturalista francês Louis J acques Brunet, per-manecendo no sertão durante vinte meses, qnando em 1854 veio parao Rio de Janeiro.

Cursou o Colegio Pedro II, a Imperial Academia de Belas-Artes,partindo para a Europa (Paris) em 1859, onde frequentou a Academiade Delas Artes e a Sorbonne. ' .

Em 1864, já possuia grande bagagem artística. Cumpre salien-tar "A Carioca", oferecida ao Imperador Guilherme I da Alemanha.

Ao voltar para o Brasil em 1870, foi designado para reger a ca-deira de Estética, Historia das A7'tes e Arqueologia, na Academia U8Belas-Artes. Voltou á Europa dois anos depois afim de executar ogrande quadro Batalha de A vaí, encomendado pelo ministro Conse-lheiro João Alfredo, cuja exposição, em florença, provocou grande ad-miração. O Governo Italiano fez colocar o seu retrato na Galeria Na-zionale degli Uffizi. Produziu' em seguida a Batalha de San 1Yl aft-in;Retrato de D. Pedro I; O voto de Heloisa; Voltaire abençoando o neto-de Franklin; Campanha do Paraquai, etc ..

Como escritor e cientista deixou Dissertações cientificas, Tese-de filosofia, romances, estudos de criticas, etc.

Foi eleito deputado pelo seu Estado depois de Proclamada aRepublica. Faleceu em Florença no dia 7 de Outubro de 1905 sendoseu cadaver transportado para o Brasil a pedido dos alunos da Escola,de Belas-Artes em 6 de Fevereiro de 1906.

GAVARNI

Pseudonimo de Sulpice - Guillaune Chevalier.Este desenhista, aquarelista e litografo nasceu em Paris, em

1804 e lá faleceu em 1866. Expoz no Salão de Paris a partir de 1~29

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e na Royal Academy de Londres em 1850. Adquiriu fama universalpelos desenhos caricaturais e pelas aquarelas. Essas obras figuram noMuseu do Louvre em Paris, e nos de Perpignan e Pontoise ,

Os gregos antigos não tinham exato conhecimento das regiõesocidentais e septentrionais da Europa. Imaginavam o continente comoalongado obliquamente de norte ao sul e banhado por um mar quasiparalelo ao "outro mar", isto é ao Mediterraneo. Dois macissos montanhosos corriam de sul a norte, os Pirineus ao oeste, os montes Ripheusao centro. Estes; de cumes gelados, cobertos de neves eternas, eram amorada do deus Boreos. Daí soprava o frio sobre as regiões mediterra-neas. Esta meteorologia primitiva e a que a mitologia como semprevinha dramatisar, não era irracional e assentava em noções geograficasconfusas, porem não sem fundamento. Para lá dos montes Ripheus,onde o Ister (Danubio) tinha a sua nascente e que correspondem evi-dentemente aos IAlpes do Norte e á cadeia dos Carpathos, a tradiçãocolocava os Hiperboreos, populações civilisadas, que adoravam Apolloe que habitavam em clima temperado. Trata-se naturalmente da Cel-tica e da Bacia do Rheno.

Essas noções corriam em Mileto no seculo VI antes da nossa era,tendo-as os milesianos recebido provavelmente dos fenicios. Um geo-grafo moderno, que delas nos dá noticia, M. d'Arbois de Jubainville,é de opinião que Herodoto suprimindo o "outro mar" e os montes Ri-pheus, como sendo do dominio da fabula, e transportando a nascentedo Ister para os Pirineus, foi nocivo ao progresso dos conhecimentosgeograficos da sua nação .

Todos admiram os caprichosos desenhos e as delicadas côresdos leques japoneses: mas poucos sabem que cada um deles tem a suahistória e a sua significação especial.

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Os rios e as montanhas pintados nesses leques representam pai-sagens autenticas: as figuras são personagens historicas, ou tipos depoesia japonesa. A montanha caracteristica de quasi todos é o Fusiya-ma, m,onte sagrado do Japão.

As flôres e os animais têm' sempre o seu simbolismo. Um bandode cegonhas voando, por exemplo, indica desejos de felicidade e delonga vida para a pessoa a quem o leque se oferece; e, em troca, umateia de aranha significa tristeza ou luto.

Todos os acontecimentos políticos do Japão têm sido pintadosem leques e em certos casos as autoridades têm apreendido alguns le-ques cujos desenhos se podiam considerar como sediciosos.

Em resumo: se pudessemos juntar uma série completa de le-ques japoneses, antigos e modernos, por ordem cronologíca, ter-se-ia oma, monte sagrado do Japão.

A prodigalidade com que as classes altas do antigo Egíto con-sumiam a vida e o trabalho do povo é deveras assombrosa. Nesse sen-,tido, os monumentos que nos deixaram provam que os egipcios nãotinham rivais. Podemos formar idéa no desprezo com que se olhavapara as classes inferiores, considerando que dois mil homens estiveramocupados, durante trez anos, em levar uma só pedra, desde Elefantaaté Saís ; que a execução do canal do mar Vermelho custou a vida acento e vinte mil egípcios, e que para construir uma das piramides foipreciso o trabalho de tresentos te sessenta mil homens, por espaço devinte anos.

I

Um antigo comandante de navio explica o problema da bebída'das aves maritimas no mar alto, dizendo que, quando se encontrammuito longe da terra onde possam encontrar agua potavel, revoluteiamem torno das nuvens tempestuosas, produzindo com o bico um ruídoãnalogo ao que produzem os patos nos charcos, -e bebem as gotas dechuva, que se soltam das nuvens.

Supõe o mesmo homem do mar que estas aves têm um instintoespecial, que lhes indica o logar onde chove, ainda que este fique muitodistante, e se dirigem para ele, voando com rapidez inconcebível.

I

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AMERICA

POPULAÇÃO EM 1930 POPULAÇÃO PROVAVEL

Países Habitantes Por 1940 1950 Por

km.2 Habitantes Habitantes km.2

Haiti .............. 2.308.000 80 2.472.000 2.647.000 92

Cuba .............. 3.698.000 32 4.599.000 5.744. 000 50

Uruguai ........... 2.119.000 11 2.973.000 4.171.000 22

Estados Unidos ...... 124.240.000 16 144.112.000 167.190.000 21

Colombia ........... 8.419.000 7 11.290.000 15.140.000 12

Mexico ............ 16.412.000 8 17.167.000 17.957.000 9Brasil ............. 41.899.000 5 55.055.000 72.342.000 g

Argentina ......... 11.550.000 4 15.234.000 20.086.000 7

Chile .............. 4.265.000 6 4.815.000 5.436.000 7

Equador ........... 1.809.000 6 2.051.000 2.326.000 7Perú ............. 6.333.000 5 7.011.000 7.761.000 6

Venezuela ........ 3.254.000 5 4.259.000 5.576.000 SBolivia ............ 2.981.000 3 3.044.000 3.108.000 2Canadá .. .. . ......... 10.281.000 1 12.152.000 14.364.000 1

Outros países e colonias 13.691.000 4 16.347.000 19.633.000 STotais ..... 253.259.000 6 302.581. 000 363.480.000 9

MAIO - 1933

3 - 'A, Dra. Ilka Labarthe realizou uma conferencia, na Liga An-tjclerical do Rio de Janeiro sobre "A Mulher e a Igreja" .

.'5 - Prosseguindo os Cursos de Extensão Cultural, in=tituidos peladiretoria da Associação Brasileira de Farmaceuticos, realizouse mais uma conferencia.

O prof. Abdon Lins, docente da Faculdade de Medi-cina e diretor do Laboratorio Bacteriologico do Departamen-to Nacional de Saude Publica, dissertou sobre "Exames deFezes" .

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6 - Depois de uma palestra do Snr. Nobrega da Cun ia sobre "Ri-tmos e indumentaria do Samba"que marcaria o encerramentoe que foi ilustrada ao correr do lapis com interessantes dese-nhos feitos no momento pela propria artista, a exposição deCecilia Meireles, ainda ficou aberta ao publico por maisdois dias.

6 - Realizou-se na sua sooe provisoria, no edificio da Biblioteca Na-cional, mais uma sessão ordinaria da Academia de Cienciasde Educação, á qual compareceram os professores LourençoFilho, A,nisio Teixeira, Afranio Peixoto, Medeiros e Alhu-querque, Leoni Kaseff, l\1iguel Osorio de Almeida, CarneiroLeão, Alba Canizares Nascimento, Delgado de Carvalho, J 0-

nathas Serrano, Deodato de Moraes e Heitor Pereira.Presidiu os trabalhos o professor Leoni Kaseff, secreta-

rio geral, que após explicar a auseucia do presidente efetivo,Dr. Fernando Magalhães. passou á ordem do dia .

Falaram em. seguida sobre vários assuntos, os professo-res Afranio Peixoto, 1\Iedeiros e Albuquerque, Jona thas Ser-rano e Delgado de Carvalho.

6 - Prosseguindo nos estudos sobre a renrvisao territorial do Brusil elocalisação da Capital reuniu-se, na Sodiedade de Geografia,a grande Comissão Nacional que está tratando do magnoassunto.

Estiveram presentes delegados de varias associações cien-ti ficas que cooperam no exame da questão.

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b - A Sociedade dos Amigos de Alberto Torres, realizou o curso de"Professores Regionais", que foi coroado com uma visita áEscola de Viçosa.

Na aula inaugural falaram a Sra. Armanda Alvaro Al-berto, Srs. Leoni Kaseff e Alberto Sampaio. Cumpre sali-entar a "Semana do Museu" em que se ouviu o Prof. Ro-quette-Pinto, e Srs. Raimundo Lopes, -Alberto Sampaio,Paulo Roquette-Pinto e José Vidal . Entre as multiplas aulassobre os temas diversos, sobresairam pelo seu brilho e valorinstrutivo, as dos Srs. Magalhães Corrêa (Modelagem e de-senho), Teixeira de Freitas (Em prol do Ensino Rural). Roquette-Pinto (A nossa Gente) e Alberto Sampaio; (Proteçãoá Natureza). Fizeram ainda inumeras excursões e visitas.

8 - No Departamento do Rio de Janeiro da Associação Brasileira deEducação realizou a sua reunião semanal o Conselho Diretor,com a seguinte ordem do dia: - a questão do papel e o pre-ço dos livros escolares, proposta do Dr. Edgard Sussekind deMendonça, - e varies outros assuntos.

8 --- Sob o patrocinio do Instituto Catolico dI' Estudos Superiores cda Associação de Professores Catolicos, vão ser iniciadoscursos de pedagogia moderna, visando orientar o professora.do na teoria e pratica da escola nova.

O prime~o desses C1USOS foi iniciado pelo professor Dr .Everardo Backheuser, catedratico da Escola Politécnica.

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11 - o Dr. Adalberto Menezes de Oliveira, professor da Escola Nor-mal, realizou na Associação Brasileira de Educação, a suaanunciada conferencia sobre "O Ensino da Física".

13 - O escritor Agripino Grieco realizou na "Associação Cristã deMoços" uma conferencia. sobre "Evolução da prosa brasilei-ra", onde analisou a atividade literaria do Brasil, desde osseus primordios. Serviu de pretexto á conferencia a recentepublicação do seu livro sobre' o mesmo assunto.

Os exercitos e a guerra não hão de durar sempre, porque não e ,verdade que a terra seja avida de sangue. A guerra é maldita de Deuse dos homens, que a fazem e que têm dela secreto horror, e a terra nãogrita ao céu senão para lhe pedir agua fresca de seus rios e o orvalhopuro de suas nuvens.

A correspondencia relativa á Redação da Revista Nacional de Edu-cação deverá ser dirigida ao Diretor do Museu Nacional - Quinta da BôaVista - Rio de Janeiro.

A correspondencia relativa a distribuição e circulação da Revista Na-cional de Educação, deverá ser dirigida ao Diretor da Diretoria de Infor-mações, EstatIstica e Divulgação - Ministerio da Educação e Saúde Pública- Rio de Janeiro.

A Revista Nacional de Educação não restitue os originais dos tra-balhos que lhe forem enviados.

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N. 8

Dulcidio Cardoso - Carta ao Prof. Roquette-Pinto 1Jonathas Serrano - Carta ao Prof. Roquette-Pinto . . . . . . . . . . 2MelIo-Leitão - As Aranhas: Sua posição sistematica. Seus afins 5Alberto-Childe - A Russia na idade media tOAprigio Gonzaga - Como criar o ensino profissional quasi sem des-

pesa . ... . . . . . . . . . 14F. Guerra Duval - Palestras sobre fotografia . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1~Carlos Vianna Freire - Noções elementares de Botanica (Estudo do

Caule - lU (Morfologia Interna) . . . . . . . . . . . . . . . . .. 24Sebastião M. Barroso - Saude e Doença . . . . . 38Antonio Fum-e - Educação .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Magalhães Corrêa - A Escola de Viçosa . . 49l\Ioysés Gikovate - A origem das Lendas 53Sampaío Fem-az - Dicionario Meteorologico . 59,M. A. Teixeira de Frcitas - A Radio difusão Educativa 69Alexandre Rodrigues Ferreira - Viagem Philosophica 7~naul de Leoni - Transubstanciação . . . . . . 79Dr. Blumenau - Eu não bebe... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 80Sptx e Martius - Viagem ao Brasil (Tradução) . . . . . . . . . . . . .. 81Notas & Informações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89.

Linhas Aéreas (Km.) . ]3.ú43

o BRASIL EM 1930

Superfície (Km.2) ••••••••••.• 8.500.000

População •.. 40.272.000

Exportação (em libras esterlinas). 6.!).745.925

Importação (em libras esterlinas) 5~.ín8.511

Telegrafos (Km.) . . . 58.425

E. Ferro (Km.) . . 32.478

E. Rodagem (Km .) . 115.000

Imigraçâo • . fii.06r.

PECUARIA

Ilovinos . :~L 271. 000

~ .,. lIlnos . . 1G.lü8.000

Ovinos ......••....•...... 7. '.'33.000

Equinos .....•......•.... 5.253.000

Caprinos ...•............. 5.086.000

Federal ...

1.865.000

2.210.000

Muares ..••

REf:EITAS(CO;>lTOS DE REIS)

Estaduais .•..............• 1.305.000

Municipais . . . • . • • • • . .••.• 800.000

Distrito Federal • . • • • 191.000

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