20
1 www.paroquiasaoluisgonzaga.com Paróquia São Luis Gonzaga Brusque, janeiro de 2014 - Número 45

A Palavra ed. 45

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista A Palavra da Paróquia São Luis Gonzaga, Brusque (SC). Edição de janeiro de 2015

Citation preview

Page 1: A Palavra ed. 45

1www.paroquiasaoluisgonzaga.com 11www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Paróquia São Luis Gonzaga

Brusque, janeiro de 2014 - Núm

ero 45

Page 2: A Palavra ed. 45

2 www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Page 3: A Palavra ed. 45

3www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Editorial

A Palavra - Opinião 3www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Em busca de uma sociedade fraterna

A fraternidade é uma dimensão essencial do homem, sendo ele um ser relacional. A consciência viva dessa dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz fi rme e duradoura. E convém desde já lembrar que a fraternidade se começa a aprender habitualmente no seio da família, graças, sobretudo, às funções responsáveis e complementares de todos os seus membros, mormente do pai e da mãe. A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor. O número sempre crescente de ligações e comunicações que envolvem o nosso planeta torna mais palpável a consciência da unidade e partilha dum destino comum entre as nações da terra. Assim, nos dinamismos da história – independentemente da diversidade das etnias, das sociedades e das culturas –, vemos semeada a vocação a formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros. Contudo, ainda hoje, essa vocação é muitas vezes contrastada e negada nos fatos, num

mundo caracterizado pela globalização da indiferença que lentamente nos faz habituar ao sofrimento alheio, fechando-nos em nós mesmos. Em muitas partes do mundo, parece não conhecer tréguas a grave lesão dos direitos humanos fundamentais, sobretudo dos direitos à vida e à liberdade de religião. Exemplo preocupante disso mesmo é o dramático fenômeno do tráfi co de seres humanos, sobre cuja vida e desespero especulam pessoas sem escrúpulos. Às guerras feitas de confrontos armados juntam-se guerras menos visíveis, mas não menos cruéis, que se combatem nos campos econômico e fi nanceiro com meios igualmente demolidores de vidas, de famílias, de empresas. A globalização, como afi rmou Bento XVI, torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos [...].Que Maria, a Mãe de Jesus, nos ajude a compreender e a viver todos os dias a fraternidade que jorra do coração do seu Filho, para levar a paz a todo o homem que vive nesta nossa amada terra.

Trecho da Mensagem para a celebração do XLVII Dia Mundial Da Paz, 1º de janeiro de 2014

“A FAMÍLIA

É A FONTE

DE TODA A

FRATERNIDADE”

Em 2012 a Igreja da Arquidiocese da Florianópolis se questionou: “Que características deve ter a nossa Igreja para fazer frente aos grandes desafi os da obra evangelizadora? Que Igreja queremos ser? Ou melhor, que Igreja Deus quer que nós sejamos? (Plano Pastoral 257)”. A partir desse questionamento o clero e as lideranças traçaram cinco urgências de evangelização em toda a Arquidiocese.Baseados no Documento de Aparecida, o 13º Plano Pastoral afi rma o desejo de que o rosto da Arquidiocese se torne de uma “comunidade missionária”, cada vez mais visível. Por isso, são dessas urgências – comunidade de comunidades, estado permanente de missão, vida e família, animação bíblica e pastoral e iniciação cristã – que a primeira edição do ano da Revista A Palavra trata em suas

páginas. Nosso objetivo é estar em unidade com os projetos arquidiocesanos e pensar junto com você como colocá-los em prática em nossa Paróquia. O material aqui descrito servirá como base para formações dos projetos e das pastorais durante todo o ano de 2015. O ano da preparação para que as “estratégias de evangelização” comecem a ser colocadas em prática.

Vamos juntos evangelizar?

e s t r a t É g I a s P a r a a e v a n g e l I z a ç ão

Page 4: A Palavra ed. 45

4 www.paroquiasaoluisgonzaga.comA Palavra - Mural

1www.paroquiasaoluisgonzaga.com 11www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Paróquia São Luis Gonzaga

Brusque, dezembro de 2014 - N

úmero 44

Capa

Ed.

44

45Edição 10 |

Famílias: o centro da evangelização

05 | Arquidiocese inicia novo ciclo de evangelização

06 | Arquidiocese em missão

17 | Uma Igreja a serviço dos mais necessitados

08 | Uma nova paróquia para

um novo tempo

15 | Um novo caminho para a

iniciação cristã

Page 5: A Palavra ed. 45

5www.paroquiasaoluisgonzaga.com A Palavra - Igreja

Quem nunca parou para fazer planos, avaliar como estão as coisas e o que precisa melhorar? Com a igreja não é diferente e dos grandes exemplos foi o Concílio Vaticano II que deu novos ares a Igreja, mas sem mudar a sua essência. Assim também as conferências episcopais, as dioceses, paroquias e comunidades precisam parar para analisar como estão e planejar o que será feito. Na Arquidiocese de Florianópolis não é diferente, quando necessário às lideranças se reúnem para avaliar e pensar a forma de ser Igreja.Para fazer um bom planejamento é necessário realizar pesquisas para que se possa conhecer a realidade e a partir daí estabelecer as iniciativas a serem tomadas. Na Arquidiocese esse procedimento foi realizado com a elaboração do 13º Plano de Pastoral. O plano apresenta al-gumas iniciativas a serem trabalhadas ao longo de 10 anos em todas as paróquias da Arquidiocese.As prioridades e mudanças do plano de pastoral foram apresentadas na última Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, realizada no dia 31 de julho de 2014. O encontro reuniu aproximadamente 350 participantes, entre sacerdotes, diáconos, religiosos, seminaristas, representantes das Novas Comunidades

a r q U I d I o c e s e I n I c I a n o v o c I c l o d e e v a n g e l I z a ç ã o

decIsões

Uma das novidades apresentadas na assembleia foi a reestruturação e a criação de cinco novas comarcas que a partir de agora serão chamadas de foranias como recomendado pelo Código de Direito Canônico. Anteriormente as 70 paróquias da Arquidiocese de Florianópolis, distribuídas em 30 municípios, estavam organizadas em oito comarcas, agora foram redistribuídas e serão 13 foranias, entre elas a Forania de Brusque. De acordo com o Padre Revelino Seidler, coordenador arquidiocesano de Pastoral, esta mudança é fruto do planejamento pastoral na Arquidiocese que resultou na elaboração do 13º Plano de Pastoral aprovado em 2012. “Neste plano aprovado nós avaliamos, depois de toda uma pesquisa feita na Arquidiocese, que deveríamos aumentar o número de comarcas”, destacou o padre. A nova reestruturação foi feita levando em conta o acelerado crescimento populacional, as distâncias dentro da Arquidiocese e as diversas realidades pastorais. “Nós temos paróquias de

e das pastorais, serviços e movimentos paroquais.

periferia, em centros urbanos, no meio rural, em regiões turísticas, industriais, enfi m, considerando diversos aspectos, questão cultural, econômica, chegamos a conclusão que nós deveríamos reestruturar as comarcas existentes”, observou o coordenador de pastoral da Arquidiocese.Os novos projetos para a ação evangelizadora da Arquidiocese de Florianópolis expressam uma sintonia com as palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelli Gaudium. “A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária, em todas as suas instâncias, seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de ‘saída’. A Assembleia de Pastoral também refl etiu sobre o documento aprovado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia”. As prioridades apresentadas no 13º Plano de Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis e que foram debatidas na Assembleia de Pastoral levam em consideração as urgências apresentadas pelas diretrizes da CNBB. O documento da Conferência dos Bispos propõe um itinerário com cinco urgências: 1º) favorecer um encontro pessoal com Cristo “Igreja: casa da iniciação à vida cristã”; 2º) tomar consciência de que a Igreja precisa ir ao encontro dos que estão afastados “Igreja em estado permanente de missão”; 3º) animar toda atividade pastoral com a Palavra de Deus “Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral”; 4º) organizar a paróquia como uma rede de comunidades “Igreja: comunidade de comunidades”; 5º) expressar a vida da Igreja pela prática da caridade “Igreja a serviço da vida plena para todos”. O Plano Arquidiocesano de Pastoral também aprovou uma atividade transversal: a família. O Plano aprovado em 2012 na Assembleia Arquidiocesana, em Santo Amaro da Imperatriz, tem duração de 10 anos e deverá ser avaliado a cada três anos.

Page 6: A Palavra ed. 45

6 www.paroquiasaoluisgonzaga.comA Palavra - Especial

arquidiocese em missão

Estar em estado permanente de missão é um dos

objetivos do Plano Pastoral

Jesus disse aos seus apóstolos “Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quan-to vos tenho mandado” (Mt 28,19-20). Esse chamado se atualiza a cada batizado e faz com que a Igreja seja aquilo que é chamada a ser: missio-nária! O Documento de Aparecida rea-fi rma essa essência quando destaca que “a Igreja é uma comunidade missionária”. Movido por isso e pela clara exortação apostólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium, onde orienta para uma “Igreja em saída”, na defi nição do Plano Pastoral Ar-quidiocesano uma das urgências há ser trabalhada é a questão da missio-nariedade. Surge assim o Projeto de animação missionária da Arquidio-cese, priorizando a “Igreja em esta-do permanente de missão”. Quem está à frente do projeto é o Padre Josemar Silva, coordenador do Conselho Missionário Arquidio-cesano (Comidi). Um dos objetivos do projeto é reavivar as ações do Conselho a nível arquidiocesano, forâneo e paroquial. Atualmente se tem projetos missionários como a “Infância Missionária”, “Missões Po-pulares” e as semanas missionárias paroquiais que acontecem no terri-tório da Arquidiocese. Mas há tam-bém missões permanentes na Bahia e na África e, segundo conta Padre Josemar, ainda em 2015 deve-se ini-ciar uma missão na Amazônia. “A importância de ter missões ad gentes (missões para todos os povos) está no fato da Igreja ser missionária. Se nós quisermos uma Igreja atenden-

do o apelo do Evangelho precisamos ter a missão aqui ou a missão ad gentes”, salienta P. Josemar.

O Conselho Arquidiocesano é composto por representantes dos missionários que vão para a Bahia, das Santas Missões Populares, do Pontifício Instituto das Missões (Pime), dois diáconos (área norte e sul), Infância Missionária (norte e sul), um representante dos Seminá-rios e da Conferência de Religiosos do Brasil (CRB). Os trabalhos do Conselho devem ser retomados até julho de 2015, tendo um retiro missionário já mar-cado para o dia 13 a 15 de março deste ano, na Paróquia Coloninha, em Florianópolis. O evento contará com todas as representações missio-nárias da Arquidiocese. Nas paróquias o objetivo é fomen-tar a formação dos Conselhos Mis-sionários Paroquiais (Comipa) ou os Grupos de Animação Missioná-ria (GAM) com a presença das for-ças missionárias presentes em cada local, porém não há uma data pré--estabelecida como meta no projeto.

conselHos arqUIdIocesanos e ParoqUIaIs

Page 7: A Palavra ed. 45

7www.paroquiasaoluisgonzaga.com A Palavra - Especial

trabalhar a missão com o foco nas lide-ranças e fi éis assíduos das comunidades e paróquias. Assim a imagem do Bom Pastor fi ca forte como aquele que cui-da do seu rebanho, para que o mesmo o anuncie.

– A nova evangelização ganha o rosto de ser uma missão profética no meio da sociedade, através de valores como justiça, paz, defesa da vida, apresentando a fonte do Evangelho, a pessoa de Jesus. Traz assim a imagem do semeador, que sai a semear em terras boas, férteis, mas também nas pedregosas e secas.

– Esta ganha a imagem do pescador, que é chamada a ir às águas mais profundas. Que vai e lança as redes de modo bem aberto. Isso fará com que a Igreja seja cada vez mais missionária.

Segundo Padre Josemar o grande desafi o na Arquidiocese é a Nova Evangelização. “Vivemos a litoralização, muita gente vem para o litoral, aumentamos os jovens e o fato também são os migrantes tanto estrangeiros e tantos de outros Estados. Precisamos ser uma presença profética nesse mundo em que nós estamos aqui”, avalia.

mIssão Pastoral

nova evangelIzação

mIssão ad gentes

TR Ê S P O N T O S M I S S I O N Á R I O S

Page 8: A Palavra ed. 45

8 www.paroquiasaoluisgonzaga.comA Palavra - Especial www.paroquiasaoluisgonzaga.com8

Você certamente já ouviu, ou até mes-mo já usou a expressão: “Está igual obra de Igreja, nunca termina”; e realmente uma paróquia em constante crescimen-to estará sempre em construção. Não se trata só de reformas e obras em sua estrutura predial como supõe o ditado. “Toda a renovação da Igreja consiste es-sencialmente numa maior fidelidade à própria vocação. (…) A Igreja peregri-na é chamada por Cristo a esta reforma perene. Como instituição humana e ter-rena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma”, afirmou São João Paulo II no Decreto Unitatis Redintecratio. Tendo em vista os discursos do Papa Francisco, a sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e o Documento 100 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, que expressam a necessidade de uma restruturação paroquial, a Arquidiocese de Florianópolis criou a Comissão Paróquia Comunidade de Comunidades. A comissão vem ao encontro de uma das cinco urgências apontadas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil.

O Padre Vitor Feller, Vigário Geral da Arquidiocese de Florianópolis é um dos integrantes da comissão. Ele apontou três objetivos principais da comissão Pa-róquia Comunidade de Comunidades: 1º) acolher o documento 100 da CNBB

Uma nova paróquiaUm novo tempo

Uma Igreja descentralIzada

ParóqUIa: celeIro de vocações

O Documento 100 da CNBB apresenta uma nova visão de Igreja, descentraliza-da, mas próxima dos fiéis, que parte ao seu encontro e que não fica só esperando ele bater a sua porta. Esse novo olhar da CNBB, de acordo com o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jün-ck, é um pouco diferente do que se está acostumado. “Poderíamos pensar que as comunidades que formam a paróquia são as capelas. O que a CNBB nos coloca é algo um pouco diferente. Mesmo as ca-pelas são formadas de algumas comuni-dades, de pequenas comunidades e estas comunidades devem se reunir, sobretu-do em torno da meditação da Palavra de Deus”, explica Dom Wilson. Para o Arcebispo um dos pontos fun-damentais para a união das comunida-des é o Grupo Bíblico em Família (GBF). Mas, os encontros não podem ser apenas “uma reuniãozinha”, ratificou. De acordo com o epíscopo os Grupos Bíblicos de-vem despertar nas famílias “um interesse umas pelas outras e a partir daí buscar viver o Evangelho iluminado pela Pala-vra”. Segundo o Padre Vitor Feller a descen-tralização proposta pela CNBB valoriza mais a figura do leigo, embora a maioria das pessoas ainda pense que para se for-mar uma comunidade é necessário que se tenha um padre. “Estamos acostuma-dos com a figura do padre e com a Missa. A gente pensa que para ter uma comuni-dade tem de ter padre e tem de ter Missa, mas não é necessário, claro que vez ou outra pode o padre ir lá para celebrar,

mas uma comunidade pode viver muito bem pela força da Palavra, da caridade fraterna e o cuidado com as necessida-des básicas daquele local”, observa Padre Vitor. O Vigário Geral da Arquidiocese ain-da relatou que o Código de Direito Ca-nônico prevê a possibilidade de criar paróquias sem sacerdotes, dirigidas por religiosas, por diáconos e até por leigos. “É claro que essas paróquias precisarão de sacerdotes para celebrar a Missa e atender as confissões, porém no mais as celebrações de batizados, casamentos, a organização da comunidade poderá ser exercida por religiosas, diácono ou lei-go”. Essa realidade ainda não ocorre na Arquidiocese de Florianópolis, mas se-gundo o Padre Vitor poderá acontecer devido o número insuficiente de padres para atender a população que cresce a cada dia.

Em contrapartida a escassez de padres, uma das iniciativas propostas pela Comissão é a implantação da Pastoral Vocacional em todas as paróquias da Arquidiocese. Essa ação também é prevista pelo documento 100 da CNBB considerando que é na paróquia que nasce e fortalece a consciência vocacional da Igreja. “Faz-se necessário organizar, em todas as paróquias, equipes de pastoral vocacional que animem a vocação batismal, apoiem a diversidade e a especificidade vocacionais, promovam a oração pelas vocações”, diz o Documento. Na Evangelii Gaudium o Papa Francisco também destaca a carência de vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. “Frequentemente isso fica-se a dever à falta de ardor apostólico contagioso nas comunidades, pelo que estas não entusiasmam nem fascinam. Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas”.

“UM DOS PONTOS

FUNDAMENTAIS

PARA A UNIÃO DAS

COMUNIDADES

É O GRUPO BIBLÍCO

EM FAMÍLIA (GBF)”

e promover o seu estudo em todos os ambientes da Arquidiocese; 2º) estudar cada forania e através de um estudo so-bre a realidade geográfica em relação com a evangelização propor a criação de novas paróquias, comunidades e a re-di-visão de algumas paróquias; e 3º) pensar na criação de um fundo arquidiocesano para compra de terrenos e criação (es-truturação) de paróquias.

Page 9: A Palavra ed. 45

9www.paroquiasaoluisgonzaga.com

profética e que esteja no mundo prestan-do um serviço em favor dos mais neces-sitados. Isso é uma Igreja em saída, que vai às periferias geográficas e existenciais como diz o Papa Francisco”, enfatiza. Neste mundo em constantes mudan-ças a juventude é vista com um olhar de expectativa pela Igreja. “Os jovens cha-mam-nos a despertar e a aumentar a es-perança, porque trazem consigo as novas tendências da humanidade e abrem-nos ao futuro, de modo que não fiquemos encalhados na nostalgia de estruturas e costumes que já não são fonte de vida no mundo atual” (Evangelii Gaudium).

“A juventude não está solidificada a coi-sas prontas e acabada”, destacou Padre Vitor Feller. Ele acrescenta, no entanto, que não se trata de jogar tudo pelos ares. “A Igreja tem um compromisso com a sua própria tradição, com a conservação da fé, mas ela precisa saber como trans-mitir e conservar a fé dentro das novas realidades, o que de certa forma a Igreja tem feito ao longo dos mais de dois mil anos da sua existência”, conclui o sacer-dote.

9www.paroquiasaoluisgonzaga.com A Palavra - Especial

lIderanças em formação

os novos desafIos na evangelIzação

A Igreja Católica tem um vasto con-teúdo doutrinário e para cumprir a sua missão é necessário que as lideranças estejam preparadas com uma formação solida. “Os melhores esforços das paró-quias precisam estar voltados à convoca-ção e à formação dos leigos das comu-nidades, especialmente seus ministros”, afirma o Documento 100 da CNBB. O Padre Vitor Feller reconhece que é ne-cessário formar mais lideranças na Ar-quidiocese de Florianópolis com cursos de teologia, bíblia, catequese, pastoral, organização comunitária entre outros. O Padre Vitor Feller que também é Diretor Geral da Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) destaca que a Instituição já oferece cursos de especialização voltados para lideranças e também há possibilidade de aplicar os cursos nas paróquias em parceria com a FACASC. “A própria paróquia ou região poderiam constituir uma escola de teologia, é claro que tem de passar pelos critérios que nós apresentamos, pois somos reconhecidos pelo Ministério da Educação e precisamos ter critérios para certificar cursos de extensão”, afirmou o diretor da faculdade.Ainda de acordo com o Padre Vitor Feller as lideranças não podem ficar fechadas em suas comunidades, “elas precisam estar antenadas também para perceber as mudanças que acontecem ao redor da comunidade, se está surgindo um novo loteamento e ir lá para acolher os novos moradores”. Trabalho semelhante deve

As mudanças apresentadas pela Igreja ainda sofrem resistências “tudo é muito novo e fomos acostumados durante mui-to tempo a tudo pronto”, observou Padre Vitor. Ele relata que o fato do Catolicis-mo ter sido a religião predominante por muitos anos deixou a Igreja acomodada “o mundo de hoje é plural em termos re-ligiosos, temos muitas religiões e se qui-sermos estar presentes na sociedade para levar adiante a Boa Nova do Evangelho não podemos ficar parados no que já te-mos, já sabemos e já fizemos”. O mundo vive hoje uma nova perspec-tiva e é necessário que a Igreja busque novos métodos na evangelização. “O que nós vamos fazer, vamos ficar fazendo sempre a mesma coisa?”, questiona Pa-dre Vitor. Para o sacerdote não da mais para ficar preso a uma visão gloriosa e triunfalista da Igreja, uma Igreja que está acima de tudo. “Mais do que nunca pre-cisamos ser hoje uma Igreja servidora,

“PRECISAMOS SER hOjE

UMA IGREjA SERvIDORA,

PROFÉTICA E qUE ESTEjA NO MUNDO

PRESTANDO UM SERvIçO EM

FAvOR DOS MAIS

NECESSITADOS”

ser feito pelo Ministério de Acolhida, “que não é só para acolher as pessoas na porta da igreja, mas também é preciso acolher os novos moradores que chegam ao bairro, ir aos loteamentos que estão surgindo para atender os novos vizinhos”, aponta Padre Vitor.

Page 10: A Palavra ed. 45

10 www.paroquiasaoluisgonzaga.comA Palavra - Especial www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Até 2022 todas as ações evangeliza-doras da Arquidiocese de Florianó-polis devem passar pela família. Ela é, segundo o Plano Pastoral aprova-do em 2012, o eixo transversal da evangelização na Arquidiocese, ou seja, o principal objetivo. Para isso foi criada a Comissão para a Vida e Família, assessorada pelo Padre Hélio Luciano. Na Arquidiocese, a Comissão foi elaborada e começou o planejamen-to das atividades ainda em 2012. Ini-cialmente foi reunido. juntamente com P. Hélio. representantes de to-das as pastorais e movimentos que trabalham com família para juntos pensarem em ações de evangeliza-ção. “Tem uma realidade clara de que não estamos chegando nas fa-mílias hoje. Tenho dados estatísticos de quantas pessoas casadas no reli-gioso em 2000 e quantas em 2010, a porcentagem cai drasticamente. Isso é um dado quantitativo, agora num dado qualitativo é dizer, quantas ve-zes as pessoas que casam na igreja sabem o que estão fazendo, porque hoje em dia se casa pelo evento so-cial”, cita como exemplo

De acordo com P. Hélio a evangelização das famílias deve acontecer desde a infância até a morte, como é a proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Pastoral Familiar. “Quando se pensa em Pastoral Familiar se pensa em encontro de noivos. E, quando muito, uma pessoa mais engajada na Igreja lembra da Semana da Família. Isso não é cuidado com a família”, ilustra sobre a realidade arquidiocesana. Para ele é importante

FAMÍLIA: O centro da evangelização!

que se passe a implantar os setores pré-matrimonial – responsáveis pelo cuidado da infância até o matrimônio – e o pós–matrimonial – responsável pelo zelo pós-casamento. Além de discutir casos especiais, como a homossexualidade, e os de promoção da vida.O trabalho pastoral com as famílias abrange toda a vida de uma pessoa, por isso é considerada o eixo transversal. P. Hélio salienta que é preciso educar um adolescente a namorar e um jovem a noivar. Também lembra algo dito por Papa Francisco sobre o casamento ter se convertido num evento social, o que faz muitos casais preferirem apenas “morar junto” porque não tem dinheiro para “casar na igreja”. “O acidental se tornou essencial. É acidental que tenha uma festa, vestido de noiva, convidados. O essencial é o Sacramento. Mas o Sacramento fi cou totalmente em segundo plano” afi rma P. Helio. Mudar o conceito de como deve começar uma família é um dos pontos a ser trabalhado pela Comissão, que também tem como desafi o os chamados “casos especiais”. “É mostrar para as pessoas que elas fazem parte sim da Igreja. Agora, a situação de vida delas foi uma escolha, independente do modo como aconteceu, por isso há coisas que elas devem viver, porque Deus pediu delas e a cruz é diferente para cada um”, observa P. Hélio. Com isso, a intenção é que o trabalho da Pastoral Familiar – que deve agrupar todos os movimentos e pastorais ligados a família – verdadeiramente alcance todas as realidades deste campo de missão.

aPelo evangelIzador

P. Hélio Luciano.A partir dessa realidade e das discus-sões foi aprovado em julho deste ano o Projeto de implantação das Comis-sões Forâneas (CFVF) e Paroquiais (CPVF) para a Vida e a Família. O objetivo é de que essas Comissões es-tejam presentes em todas as Foranias até março e nas paróquias até julho do ano que vem.

www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Elas são o foco das atividades evangelizadoras na arquidiocese

Page 11: A Palavra ed. 45

11www.paroquiasaoluisgonzaga.com A Palavra - Especialwww.paroquiasaoluisgonzaga.com

Áreas de ação Pastoral

comIssão ParoqUIal Para vIda e famÍlIa da cPvf

• Setor pré-matrimonial em sentido amplo, desde o Batismo até o casamento;• Setor pós matrimonial em sentido amplo, desde a Celebração do Matrimônio até o fi m do mesmo, independente da causa;• Setor casos especiais (homossexualidade, casais em 2ª união);• Promoção da Vida em sentido amplo, não apenas em relação às polêmicas de início e fi nal da vida (aborto e eutanásia), mas também promovendo a vida em casos de marginalização (cuidado aos doentes, cuidados à situações de miséria, prostituição, violência, etc.);

As CPVF serão formadas, em consonância e com ajuda dos párocos, em todas as pa-róquias da Arquidiocese. Os membros da CPVF serão:• Um coordenador (nos lu-gares onde houver, o coorde-nador será um Diácono Per-manente junto à sua esposa);• Os demais Diáconos Per-manentes da paróquia (se houver);• Um representante de cada um dos movimentos, pasto-rais e serviços ligados à famí-lia que existam na paróquia, com consciência de que tais movimentos, pastorais e ser-viços representados são a própria CPVF, que não pode ser absorvida por nenhum destes órgãos (é muito im-portante entender que não se

trata de um mero con-vite para participar, nem mesmo de uma ajuda à Arquidiocese ou à Pastoral Familiar como grupo, mas sim que os movimentos, pastorais e serviços li-gados à família são os responsáveis por todo o trabalho ligado à família e vida na paróquia); Dentro de um trabalho uni-tário, cada CPVF deve ter um coordenador em cada uma das quatro áreas. Quan-do possível, dentro da CPVF, cada uma das quatro áreas além de um coordenador deve contar com uma peque-na equipe que se responsabi-liza por esta área.

Antes de decidir os mem-bros de cada área, todos de-verão estudar os subsídios fornecidos pela CNBB refe-rentes ao serviço de pastoral familiar. Onde for possível, recomenda-se que todos os membros da CPVF façam o curso à distância do Instituto Nacional da Família e da Pas-toral Familiar (INAPAF).

Page 12: A Palavra ed. 45

12 www.paroquiasaoluisgonzaga.com12 www.paroquiasaoluisgonzaga.com

• Animar os fi éis da paróquia a participarem das atividades propostas pela Arquidiocese e Forania, sendo o elo de união entre Arquidiocese e paróquias;• Atender os fi éis da paróquia nas 04 áreas, não resumindo o trabalho a encontros de preparação de noivos, mas trabalhando na ajuda às famílias desde o ventre materno até a morte (áreas atendidas por uma pastoral que cuida da vida e da família);

• Curso semipresencial do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar ; Este curso é de responsabilidade da Co-missão Nacional da Pastoral Familiar, órgão ligado à CNBB, e visa capacitar agentes para o trabalho com as famílias; Sugere-se que todos os Diáconos Perma-nentes (exceto aqueles que abertamente de-clarem que não querem) façam o curso;Outras pessoas que desejarem trabalhar com famílias podem fazer o curso;Compete à CAVF coordenar a implantação e desenvolvimento deste curso ao longo de 2015, sendo responsável também por acertar os detalhes junto ao INAPAF;

as fUnções da cPvf

formação

A Palavra - Especial

Page 13: A Palavra ed. 45

13www.paroquiasaoluisgonzaga.com A Palavra - Especial

Atualmente, são vinte os mo-vimentos, pastorais ou ser-viços arquidiocesanos diretamente ligados à CAVF, sendo eles: Abbá Pai, Amor Exigente, Cursilho de Cristandade, Comunhão e Libertação, Comunidade Católica Sha-lom, Comunidades Nossa Se-nhora da Esperança, Equipes de Nossa Senhora, Emaús (Florianópolis), Emaús (subsecretariado de Brusque), Encontro Matri-monial, Focolares, Movimento Apostólico de Schoenstatt, Movimento Familiar Cristão, Mo-vimento Gianna Beretta Molla, Movimento de Irmãos, Movimento Serra, Obra Nova Casais, Movimento Familiar OVISA, Pastoral Fami-liar, Renovação Carismática Católica (RCC). Destes vinte, são quatorze aqueles que partici-pam ativamente da CAVF.Os treze coordenadores das CFVF também são membros ordinários da CAVF.Os mesmos movimentos – se assim houverem – devem participar das Comissões Paroquiais;

A Comissão Arquidiocesana está incen-tivando a criação da primeira Associação familiar da Arquidiocese com CNPJ e esta-tuto próprios. O objetivo é que as famílias estejam organizadas de forma civil para exigir direitos sobre a defi nição de leis re-ferente ao núcleo familiar e a educação dos fi lhos. “É para dizer ‘nós famílias queremos isso, não a Igreja. Temos sim uma forma-ção cristã, mas nem por isso somos excluí-dos da democracia. Queremos que nossos fi lhos sejam respeitados em sua educação’”, exemplifi ca P. Hélio Luciano. Cartilhas so-bre a sexualidade na escola, questões de gênero e políticas familiares que reduzem a carga horária de trabalho da mulher de-vem ser alguns dos temas discutidos por essa Associação.

Prazos

memBros da comIssão arqUIdIocesIana

assocIações defamÍlIa

• No primeiro trimestre de 2015 (março) deve se formar a Comissão Forânea; • Até julho a Comissão deve ser implanta nas Paróquias.

Page 14: A Palavra ed. 45

14 www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Tubos Pereira há quase 50

anos produzindo com garantia e

qualidade em pavers, tubos,

lajotas e demais produtos em artefatos de

cimento.

A Palavra - Especial

Um novo caminho para a iniciação cristã

Page 15: A Palavra ed. 45

15www.paroquiasaoluisgonzaga.com A Palavra - Especial

Batismo. Eucaristia. Crisma. O Sacra-mento do Batismo marca a caminhada inicial de um cristão, a Eucaristia ali-menta esta caminhada e a crisma sus-tenta o compromisso de fé. Mas diferen-te da grafi a utilizada, esses Sacramentos não são vividos de maneira separada, por longos intervalos de tempo, pois sua ação e prática são permanentes. A Ini-ciação à Vida Cristã através do Batismo, começa a trilhar um longo caminho de crescimento e amadurecimento de fé. Por isso a proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), adotada pela Arquidiocese de Florianó-polis no novo Plano Pastoral (vigência 2012 -2020), propõe uma nova forma de conduzir o que hoje se conhece como ca-tequese de Batismo, Eucaristia e Crisma. Não precisa mais haver uma idade para se começar a iniciação à vida cristã. Se-gundo a Irmã Marlene Bertoldi, coorde-nadora arquidiocesana de catequese e coordenadora da catequese no Regional Sul 4 da CNBB, o formato proposto atra-vés do Estudo nº 97 da Conferência dos Bispos é baseado na formação das pri-meiras comunidades cristãs. “A pessoa quando era acolhida na Comunidade fazia um longo período de preparação e decisão, depois recebia os Sacramentos. Ela fazia todo um processo”. Essa estru-tura era pensada para que as pessoas ti-vessem uma fé crescente, o que continua como objetivo principal. “Nossa preocu-pação é fazer com que os cristãos batiza-dos assumam sua fé e verdadeiramente sejam participantes de uma comunida-de. Isto precisa em primeiro lugar atingir os adultos”, afi rma irmã Marlene. Um dos principais desafi os que a Irmã e sua equipe arquidiocesana acreditam que irão encontrar é a mudança de men-talidade das pessoas que, culturalmente,

já estão habituadas a uma forma ocasio-nal de viver os Sacramentos. Por isso, durante todo o ano de 2015 serão feitas formações nas foranias e paróquias so-bre o que é a iniciação à vida cristã, ba-seada no Estudo nº 97 e no livro “Itine-rário catequético – iniciação à vida cristã – um processo de inspiração catecume-nal” também da CNBB com todas as li-deranças.

Para que assim, formalmente, esse novo modelo de viver a fé cristã seja implanta-do em 2016.

Com esse intuito de não mais separar em “gavetas” os Sacramentos, mas de

Passos Para a InIcIação

“NÃO PRECISA MAIS

hAvER UMA IDADE

PARA SE COMEçAR

A INICIAçÃO À vIDA

CRISTÔ

mostrar e vivenciar a ligação que cada um tem com o outro, a proposta é moti-var um caminho de fé. Este caminho su-põe um antes, um durante e um depois com encontros de pais e padrinhos em preparação para o Batismo. Essa prepa-ração se daria ainda antes do bebê nas-cer. Alguém da comunidade paroquial acompanharia essa família (antes) até a chegada do bebê onde se dará encontros formativos de fé para pais e padrinhos (durante). E um depois com um adequa-do acompanhamento na família. Após o Batismo o caminho cristão con-tinua, porém nessa primeira fase é a fa-mília quem precisa animar a fé do fi lho. Porém, há iniciativas da própria igreja para crianças na idade entre 06 e 07 anos, como a Infância Missionária, que ainda tem pouca expressão na Arquidiocese. Desta forma se espera que o jovem cris-tão trilhe esse caminho de fé de forma contínua. Irmã Marlene salienta que um dos objetivos da iniciação à vida cristã é que “o cristão esteja inserido na Igre-ja de maneira que se sinta pertencente, não como cliente. Por-que a Igreja é comunida-de que vive a fé em Jesus Cristo”.

Projeto baseado no Documento nº 97 da CNBB

Page 16: A Palavra ed. 45

16 www.paroquiasaoluisgonzaga.com

3º tempo (iluminação e purificação) – Nos quarenta dias da quaresma acontece o tempo de purificação e iluminação. Os catequizandos são ajudados na revisão de vida e no retorno ao primeiro encontro com o Senhor. É também nesse tempo que é feita a entrega do Credo e do Pai-Nosso. Os adultos recebem os Sacramentos no Sábado Santo e as crianças vão receber a Eucaristia pós-Páscoa. Já o Sacramento da Crisma é recebido após Pentecostes.

1º tempo (pré-catecumenato) - É o tempo que se tem como objetivo anunciar o mistério de Cristo, sem a intenção de aprofundar conteúdos. É um tempo de encantamento por Jesus Cristo. O catequizando é incentivado a vivenciar uma fé crescente através da leitura da Palavra, pelas celebrações, oração e mudança de relações com os outros e com a vida.

A Palavra - Especial

4º tempo (Mistagogia) – É o último tempo da iniciação. Um período em que os catequizandos fazem uma memória do mistério recebido nos sacramentos. Aqui os “novos cristãos” assumem atividades pastorais e se comprometem com responsabilidades na comunidade. Acompanhamento – Novos cristãos são acompanhados por um adulto mais maduro na fé, para continuar a trilhar o caminho da fé cristã.Após essa etapa, pretende-se na Arquidiocese engajar o jovem cristão em atividades próprias com a Pastoral da Juventude. Assim como posteriormente com a Pastoral Familiar, formando-se um novo ciclo.NomenclaturaA proposta é que a partir da implantação do Projeto, a catequese nos manuais se chamará “Iniciação à vida cristã com crianças” e “Iniciação à vida cristã com adolescentes”.

O Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), reformulado após o Concílio Vaticano II, propõe “4 tempos” e “3 etapas” na caminhada da iniciação catecumenal que necessita durar em média cinco anos.

temPos

Acolhida – A primeira missão é a acolhida dos pais e catequizandos pelos catequistas, lideranças, pároco e toda a comunidade;

2º tempo (Catecumenato) – Essa é a fase mais longa de todo o processo de iniciação à vida cristã. Durante este tempo os catequizandos criam familiaridade com a Palavra de Deus, recebem formação catequética, são iniciados nos ritos litúrgicos e exercitam-

se na prática da vida cristã. Na Arquidiocese esse período vai durar pelo menos 14 meses.

São eles os tempos:

Page 17: A Palavra ed. 45

17www.paroquiasaoluisgonzaga.com A Palavra - Especial

“No coração de Deus, ocupam lugar preferencial os pobres, tanto que até Ele mesmo ‘Se fez pobre’ (2 Cor 8, 9). Todo o caminho da nossa redenção está as-sinalado pelos pobres”. As palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium expressam o cha-mado da Igreja a ter uma opção prefe-rencial pelos mais necessitados. Atenta a voz do Papa e às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, a Arquidiocese de Florianópolis, através do seu Plano de Pastoral, estabeleceu a prática da caridade como uma das cinco urgências da Igreja local. Para melhor atender as necessidades dos menos favorecidos foi lançado o projeto “A Caridade Social na Arquidio-cese”. Organizado pela Ação Social Ar-quidiocesana (ASA) a iniciativa nasceu da necessidade de organizar, divulgar e incentivar a prática da dimensão da cari-dade. De acordo com o Diácono Djalma Lemes, Presidente da ASA, o projeto se propõe a auxiliar os párocos no forta-lecimento das ações sociais paroquiais. “O desenvolvimento das propostas com-preende primeiramente, a adesão dos

desafIos

Uma Igreja a serviço dos mais necessitados

párocos ao projeto para que se tenha uma estrutura mínima de atendimento às pessoas em situação de vulnerabili-dade e de exclusão social”, ressaltou o diácono. As atividades do projeto “A Caridade Social na Arquidiocese” serão desen-volvidas no âmbito arquidiocesano, forâneo e paroquial. A nível diocesano, o projeto pretende fortalecer a divul-gação e conscientização para a prática efetiva da caridade. O Diácono Djalma destaca que todas as pastorais e movi-mentos devem ter consciência que tam-bém precisam “colocar-se a serviço da vida plena para todos”. Essas atividades serão coordenadas e desenvolvidas pela ASA em parceria com as coordenações arquidiocesanas das pastorais. No âmbito das foranias as ações so-ciais serão realizadas em parceria com os vigários forâneos. Cada forania será representada por um diácono da di-retoria da ASA que vai acompanhar a implantação do projeto nas paróquias. O desenvolvimento do projeto a nível paroquial deseja estruturar e organizar as ações sociais de forma que tenham

Na Arquidiocese de Florianópolis muitos trabalhos sociais já são realiza-dos, mas ainda é pouco, de acordo com o Diácono Djalma Lemes. “Na caridade social nunca iremos fazer o bastante”, observou. O Plano de Pastoral Arqui-diocesano identificou um aumento das desigualdades sociais, o relatório do pro-jeto “A Caridade Social na Arquidioce-se” aponta que “surge uma nova face da pobreza, estampada no rosto dos mora-dores de rua, migrantes, enfermos, dro-gados, presos e outros; que além de ex-plorados, são supérfluos e descartáveis”. O Projeto tem como intenção desen-volver trabalhos sociais de acordo com a realidade de cada paróquia. Ainda segundo o relatório, as situações de vul-nerabilidade social apresentam-se como um grande desafio às ações sociais paro-quiais. A partir da realidade de cada região aAção Social Arquidiocesana, através do diácono que representa a forania, vai de-senvolver atividades para aprimorar os programas, projetos e serviços, para que de fato a transformação social aconteça naquela comunidade. A ASA tem como intenção acompanhar todas as atividades sociais na Arquidio-cese. “O ideal é que todos os trabalhos sociais sejam filiados a ASA”, afirma o Diácono Dijalma. Atualmente 48 proje-tos são filiados. A parceria com a ASA garante que a obra receba assessoria e treinamento e também é uma forma de promover a comunhão eclesial. Os trabalhos de ação social associados à ASA são mantidos pelo Fundo Arqui-diocesano de Solidariedade oriundo da coleta da evangelização promovida pela Igreja em todo o Brasil.

condições de atender as pessoas em si-tuação de vulnerabilidade social básica: alimentação, vestuário e encaminha-mentos emergenciais para tratamento de saúde e dependência química, entre outras.

Page 18: A Palavra ed. 45

18 www.paroquiasaoluisgonzaga.comA Palavra - Especial

Meta 03: Ampliar de 48 para 70 o número de ações sociais fi liadas à Ação Social Arquidiocesana.

Meta 04: Ampliar de 10% para 30% as Ações Sociais com participação de conselheiros nos conselhos municipais.

Meta 01: Visitar 50% das ações sociais paroquiais, identifi cando as principais demandas sociais e ações práticas já existentes, pro-pondo as adequações neces-sárias.

Até dezembro de 2015 a ASA estabeleceu quatro metas a serem desenvolvidas em toda a Arquidiocese de Florianópolis:

Metas do Projeto “A Caridade Social na

Arquidiocese”

Meta 02: Estruturar e orga-nizar a Ação Social em todas as paróquias que não pos-suem atendimento social.

Page 19: A Palavra ed. 45

19www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Page 20: A Palavra ed. 45

20 www.paroquiasaoluisgonzaga.com2020 www.paroquiasaoluisgonzaga.com