12
Ventilando idéias A par A par A par A par A participação ticipação ticipação ticipação ticipação dos jo dos jo dos jo dos jo dos jovens na ens na ens na ens na ens na pr pr pr pr promoção da saúde omoção da saúde omoção da saúde omoção da saúde omoção da saúde circulador Por que apostar no jovem? Discriminação e saúde não têm nada a ver Escolas que investem no protagonismo juvenil Fala de jovens Depoimento de profissionais Experiências na área da saúde do adolescente

A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

  • Upload
    dolien

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

VentilandoidéiasA parA parA parA parA participaçãoticipaçãoticipaçãoticipaçãoticipação

dos jodos jodos jodos jodos jovvvvvens naens naens naens naens naprprprprpromoção da saúdeomoção da saúdeomoção da saúdeomoção da saúdeomoção da saúde

circulador

Por que apostarno jovem?

Discriminação e saúdenão têm nada a ver

Escolas que investem no

protagonismo juvenil

Fala

de jove

ns

Depoimento

de profissionais

Experiência

s na área da

saúde do adolescente

Page 2: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

2

Seminário discuteDST/Aids sob a óticada JuventudeCerca de 300 participantes marcaram presença noSeminário Juventude: Potencialidades e Possibilidade deEnfrentamento às DST/Aids, em 28 de junho, no auditóriodo Senac na Tijuca.O evento foi promovido pelo Programa Municipal de Saúdedo Adolescente (Prosad) em parceria com o ProgramaMunicipal de DST/Aids do Rio de Janeiro.Um dos fatos marcantes deste seminário foi a presençamaciça de jovens, inclusive compondo a mesa de debates, amaioria integrantes do projeto Adolescentro da comunidadeda Maré (conheça esta iniciativa nas páginas 6 e 7).Para Viviane Castello Branco, gerente do Prosad, este eventosignificou uma importante oportunidade de refletir com osjovens sobre estratégias inovadoras de promoção de saúde eprevenção das DST/Aids, com ênfase na diversidade e norespeito às singularidades de diferentes grupos.

“Fiquei uma semana com aquela coceira, lavavatoda hora, jogava álcool... porra, maluco, a maiorloucura (...), tinha tipo um bagulho branco no pê-nis... tomava banho, lavava, botava álcool e mercú-rio com iodo, (...) queimava pra caramba... não fuinem no hospital. Nem falei com a minha mãe,minha mãe fala pra caramba. Curei assim mesmo:com mercúrio, álcool e iodo” (jovem da Maré).

Um depoimento como este nos traz alguns desafios: como contribuir paraque os jovens se conscientizem dos ris-

cos, se previnam e se cuidem de forma adequa-da? Como organizar os serviços de saúde paraque ofereçam um atendimento mais adequadoàs suas necessidades? Como mobilizar a comu-nidade e a família para apoiarem os jovens?

Não é simples, mas é possível. Nesta publi-cação buscamos selecionar algumas experiên-cias da Secretaria Municipal de Saúde da cida-de do Rio de Janeiro (SMS-RJ) e de seus parcei-ros, que vêm contribuindo para a promoção dasaúde e para a qualificação dos serviços. Essasiniciativas têm alguns aspectos em comum: adisponibilidade dos profissionais, a aposta napotencialidade dos jovens, o reforço de suaidentidade e autonomia e a construção deparcerias que favoreçam a inclusão social.

Circulando

Merece destaque o investimento noprotagonismo, uma estratégia que busca incen-tivar os jovens a se tornarem sujeitos da trans-formação construtiva da realidade. A participa-ção ativa desse grupo no planejamento, reali-zação e avaliação das ações contribui para suaeficácia e impacto. Os jovens promotores desaúde do Adolescentro da Maré, por exemplo,batizaram a sala de espera do posto onde elesacolhem os adolescentes, de “sala de chegança”,afinal de contas, quem é que gosta de ficaresperando? Os clientes são inscritos como “só-cios”, demonstrando um compromisso com ocuidado, mas também com o prazer. Inovaçõescomo essas precisam ser incorporadas pelasunidades de saúde.

Essa visão do adolescente e do jovem comoindivíduos capazes de realizar atividades derelevância social contribui para o fortalecimen-to da sua auto-estima, repercutindo na suasaúde, nos seus relacionamentos e nos seusprojetos de vida. Precisamos apostar cada vezmais nessa estratégia para promovermos saú-de através de serviços de melhor qualidade.

Viviane Manso Castello BrancoGerente do Programa de Saúde do Adoles-cente da Secretaria Municipal de Saúde/RJ

idéias e intençõesSUMÁRIO

Por que apostar no jovem

Uma ótima parceria:unidades de saúde e jovens

O protagonismo doAdolescentro da Maré

Saúde sem discriminação

Os jovens e a escola

Projeto Solta a Voz

3

4

6

81011

CCCCCi ri ri ri ri rculadorculadorculadorculadorculadorUma publicação destinada aos profissionais de saúdedo município do Rio de JaneiroPPPPP rrrrre fe fe fe fe fe i t u re i t u re i t u re i t u re i t u ra da Ca da Ca da Ca da Ca da Cidade do Ridade do Ridade do Ridade do Ridade do Rio de Jio de Jio de Jio de Jio de Ja n e i ra n e i ra n e i ra n e i ra n e i roooooPrefeito César MaiaSSSSSe c re c re c re c re c re t a re t a re t a re t a re t a ria Mia Mia Mia Mia Municipal de Sunicipal de Sunicipal de Sunicipal de Sunicipal de Sa ú d ea ú d ea ú d ea ú d ea ú d eSecretário Ronaldo Cezar CoelhoSubsecretário Mauro C. A.. MarzochiSSSSSu pu pu pu pu pe re re re re ri ni ni ni ni ntttttendência de Sendência de Sendência de Sendência de Sendência de Saúde Caúde Caúde Caúde Caúde Co let ivo le t ivo le t ivo le t ivo le t ivaaaaaMaria Cristina BoarettoCCCCCooooo o ro ro ro ro rdenação de Ddenação de Ddenação de Ddenação de Ddenação de Dooooo enças enças enças enças enças TTTTTrrrrransmiss ívansmiss ívansmiss ívansmiss ívansmiss íve i se i se i se i se i sBetina DurovniCCCCCooooo o ro ro ro ro rdenação de Pdenação de Pdenação de Pdenação de Pdenação de Prrrrrooooog rg rg rg rg ramas de Aamas de Aamas de Aamas de Aamas de Atttttenção Inenção Inenção Inenção Inenção Inttttte g re g re g re g re g ral à Sal à Sal à Sal à Sal à Sa ú d ea ú d ea ú d ea ú d ea ú d eKátia Maria RattoRRRRR e s pe s pe s pe s pe s ponsabil idade técniconsabil idade técniconsabil idade técniconsabil idade técniconsabil idade técnica :a :a :a :a : G G G G Gerência de Perência de Perência de Perência de Perência de Prrrrrooooog rg rg rg rg ra m a sa m a sa m a sa m a sa m a sde Sde Sde Sde Sde Saúde do Aaúde do Aaúde do Aaúde do Aaúde do Adolescdolescdolescdolescdolesce ne ne ne ne nttttte (PRe (PRe (PRe (PRe (PROSAD)OSAD)OSAD)OSAD)OSAD)Viviane M. Castello Branco; Dilma C. Medeiros;Mª de Fátima G. Coutinho; Sonia Melges; Luciana PheboCCCCCooooo o ro ro ro ro rdenação e ediçãodenação e ediçãodenação e ediçãodenação e ediçãodenação e ediçãoSaber Viver Comunicação (21 2544 5345)PPPPP rrrrro j e to j e to j e to j e to j e to Go Go Go Go Gráf icrá f icrá f icrá f icrá f icoooooEstúdio Metara (21 2532 5589)FFFFFo to to to to toooooAlex Ferro / Ag. Pedra Viva (21 2557 0344)

Page 3: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

3

Infelizmente, muitos só vêem a adoles-cência como um momento de tensõese conflitos. Pensando assim, esses pro-

fissionais criam obstáculos para um tra-balho eficiente. A adolescência é o perío-do da experimentação, o que torna o jovemvulnerável a uma série de questões que po-dem colocar a sua saúde em risco, comoas drogas e as doenças sexualmentetransmissíveis. Neste momento, o adoles-cente precisa contar com uma rede deapoio – formada por familiares, profissionaisda educação e da saúde e amigos – que oauxilie dando alternativas para que ele optepor atitudes mais saudáveis de vida.

Por queapostar

no jovem

O caminho doProtagonismo Juvenil

Uma das formas mais eficientes de tra-balhar com adolescentes na promoção dasaúde é através de ações que incentivem oProtagonismo Juvenil. Este conceito signifi-ca, tecnicamente, colocar o jovem à frentedas discussões dos problemas relativos àescola, à comunidade e à sociedade de umamaneira geral. Ou seja, ouvir, compreendere respeitar o adolescente. Esta publicaçãodivulga diversas experiências que mostrama importância da atuação dos jovens comopromotores de saúde. Ampliar essa formade atuação nos centros de saúde é um de-

PPPPPe re re re re rccccce be be be be ber que o adolescer que o adolescer que o adolescer que o adolescer que o adolescententententente pe pe pe pe pooooode ser uma parde ser uma parde ser uma parde ser uma parde ser uma parttttte da soluçãoe da soluçãoe da soluçãoe da soluçãoe da soluçãode divde divde divde divde diversas questões e não um prersas questões e não um prersas questões e não um prersas questões e não um prersas questões e não um problema a ser enfroblema a ser enfroblema a ser enfroblema a ser enfroblema a ser enfrentadoentadoentadoentadoentadoé o pré o pré o pré o pré o principal desafio da maiorincipal desafio da maiorincipal desafio da maiorincipal desafio da maiorincipal desafio da maioria dos pria dos pria dos pria dos pria dos profissionais de saúdeofissionais de saúdeofissionais de saúdeofissionais de saúdeofissionais de saúdee de educe de educe de educe de educe de educação que tração que tração que tração que tração que trabalham cabalham cabalham cabalham cabalham com joom joom joom joom jovvvvvensensensensens.....

Dados sobreadolescentes noRio de Janeiro

972.576972.576972.576972.576972.576 adolescentes de 10 a 19 anos, vi-vem na Cida de do Rio de Janeiro.Eles correspondem a 16,18% do total dapopulação.50% são jovens do sexo masculino.50% são jovens do sexo feminino.Fonte: DATASUS, 2004

18,5% dos nascidos vivos são filhos de ado-lescentes23,7%, o maior percentual de mães ado-lescentes, está centralizado na AP5.31148 adolescentes tiveram morte violenta,sendo a agressão por disparo de arma defogo a primeira causa de óbito em 2002.Fonte: SMS591 casos de AIDS entre adolescentes fo-ram notificados até 31 de outubro de 2004.Fonte: SMS

safio, tanto que a gerente do Programa deSaúde do Adolescente da Secretaria Muni-cipal de Saúde do Rio de Janeiro (Prosad/RJ), Viviane Castello Branco, reconhece quedesenvolver um trabalho através doProtagonismo Juvenil não é uma tarefa sim-ples. “Para que os profissionais incentivema participação do adolescente, é precisoque aceitem a sua autonomia e percebamo que é ser jovem na sociedade atual e acontribuição que esses jovens podem dar”.Para a promoção da saúde,

da autonomia e o bem estardos adolescentes, o Prosadsugere aos serviços de saúde:

Disponibilidade: Ouvir o que os ado-lescentes e jovens têm a dizer e acolhê-los sem fazer julgamentos e cobranças.Protagonismo: Envolvê-los no planeja-mento, desenvolvimento e avaliação dasatividades.Jogo de cintura: Ter flexibilidade dehorários, reduzir a burocracia, não exigirde rotina a presença de responsáveis.

Pacto: Garantir a privacidade. Respeitar osigilo e a confidencialidade das informações,conforme preconizam o Estatuto da Criançae do Adolescente e os códigos de ética pro-fissionais.Criatividade: Realizar atividades atraentes,com metodologias participativas, que desen-volvam habilidades e estimulem a curiosida-de e a sensibilidade.

Respeito: Estar atento às singularida-des relativas a idade, gênero, raça/etnia,condição sócio-econômica, vínculos fami-liares, incapacidades, entre outras.Família – Desenvolver ações voltadas paraa família, apostando na sua capacidadede cuidado.Parcerias: Estabelecer parcerias comONGs, comunidade e outros setoresgovernamentais para ampliar a atuaçãojunto aos adolescentes, oferecer reta-guardas e favorecer o acesso a ativida-des esportivas, artísticas, profissionali-zantes e de fazer.

Page 4: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

4

Não desperdiçar a oportunidade deatender o jovem que chega procu-rando ajuda. Esse é o lema de pro-

fissionais de diferentes unidades de saúdeda cidade do Rio de Janeiro que investemna promoção da saúde do jovem.

No PS Madre Teresa de Calcutá, na Ilhado Governador, todos os meninos e meni-nas entre 12 e 18 anos que chegam aoposto são encaminhados para o AIA – Pro-grama de Atendimento Integral ao Adoles-cente. Lá, uma assistente social está prontapara ouvir, dar as orientações necessárias emarcar uma consulta. Tudo isso sem a ne-cessidade de longas filas de espera.

Segundo Riva Rozenberg, pediatra ecoordenadora do AIA, o número de adoles-centes atendidos aumentou bastante des-de que o programa foi implantado, em 1997.Um dos fatores que mais contribuem paraisso é a propaganda boca a boca. “O jovemsai do posto falando que aqui existe umlugar só para adolescentes, que o atendi-mento é rápido, e volta trazendo colegas,namorados e namoradas”, conta.

Já em Sulacap, o PS Masao Goto investena capacitação dos funcionários que estãona porta de entrada do posto. “É importan-te que todos os profissionais saibam ouvire encaminhar o jovem para o atendimen-

De braçosBBBBBoa acoa acoa acoa acoa acolhida faz colhida faz colhida faz colhida faz colhida faz com que joom que joom que joom que joom que jovvvvvens passem a frens passem a frens passem a frens passem a frens passem a freqüentar peqüentar peqüentar peqüentar peqüentar postostostostostos de saúdeos de saúdeos de saúdeos de saúdeos de saúde

to”, diz Sandra Prado, assistente social.

Discussão de temasestimula o adolescente

Profissionais dos dois postos de saúdereconhecem a importância dos grupos de

discussão para a formação de jovens maisconscientes e saudáveis, além de ser umaforma de atraí-los para as unidades. Nosgrupos, são abordados temas como sexua-lidade, DSTs, práticas de contracepção, res-ponsabilidade, violência, drogas e projeto de

fala

, jo

vem

! “Eu ouvia falar sobre camisinha e tenhovergonha de perguntar o que era. No posto,aprendi para que serve. Agora se eu for a umafesta e ficar com alguém já sei que tenho queusar camisinha”.DanielDanielDanielDanielDaniel, 14 anos

“Eu e minha namorada participamos do gru-po de planejamento familiar. Aprendemos queé preciso primeiro estudar bastante para de-pois começar a pensar em ter filho”.DDDDDouglasouglasouglasouglasouglas, 19 anos

“O que eu mais gosto aqui é o grupo porqueeles ensinam coisas diferentes do que euaprendo na rua”.RRRRRonaldonaldonaldonaldonald, 15 anos

“Gosto de vir na psicóloga para desabafar eouvir conselhos. É como se ela fosse da minhafamília”.AmandaAmandaAmandaAmandaAmanda, 13 anos

“Tive um filho agora e não quero engravidarde novo. Quero participar do grupo de pla-nejamento familiar para aprender um pou-

co mais sobre relações sexuais”.LLLLLucianaucianaucianaucianauciana, 16 anos

“Depois que eu participei do grupo de homensjovens, passei a ser mais responsável e a cui-dar mais de mim”.EEEEErrrrrasmoasmoasmoasmoasmo, 17 anos

“Muitas pessoas pensam que posto de saúdeé só para mulher, mas eu acho que é paratodo mundo”.MMMMMa ra ra ra ra rccccco so so so so s, 11 anos

Page 5: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

5

vida. Mais do que informar, esses debatesfavorecem a autonomia e a auto-estima dosjovens. “É recompensador ver as meninasconseguindo se colocar melhor diante deseus parceiros e buscando outros objetivosna vida que não seja engravidar precoce-mente”, diz Riva, pediatra do PS Madre Tere-sa de Calcutá, que aponta ainda para a im-portância de trabalhar com a família: “Osjovens sentem falta do apoio dos pais nes-sa fase e se ressentem de problemas no re-lacionamento familiar”.

Parceria com a educaçãoé fundamental

No PS Masao Goto, a maior preocupa-ção dos jovens é com o futuro profissional,como revela a assistente social Sandra. “Afalta de recursos desses jovens e nossa,como instituição, leva a um sedentarismomuito grande”, diz ela. “Precisamos, com ur-gência, de uma parceria mais efetiva com aeducação. Na zona oeste não há para ondeencaminhar o jovem que quer fazer umcurso de informática, de teatro ou musica.Muitos sonham com isso”. “Nunca perco

a chancepara uma boa

conversa”Luiz Carlos Moreno:Um gestor que apóia o

atendimento dos adolescentes

abertos

C o n c e i ç ã oMiranda é enfer-meira do PS FlávioCouto Vieira, emAnchieta, e se tor-nou profissional dereferência para osjovens da região.“Nunca perco a

chance de uma boa conversa”, diz ela. “Amaioria dos meninos entra aqui parapegar camisinha e eu aproveito para darorientações sobre higiene, drogas e vejose ele precisa de atendimento médico.Mas o que eles mais querem é falar so-bre sexualidade”. Nesse ponto, os adoles-centes encontraram a pessoa certa. “Nãotenho o menor constrangimento, falosobre tudo com os meninos e dou bron-ca quando é preciso. Mas não dá paraser repressiva, tem que ter jogo de cin-tura”. Quando precisa encaminhar algumjovem para outra unidade de saúde,Conceição manda, junto com a guia dereferência, um pedido para que ele sejaatendido o mais breve possível. “Tenhoque facilitar a vida do menino, senão eleacaba desistindo de cuidar da saúde”.

Diretor do PSMadre Teresa deCalcutá, o pediatraLuiz Carlos Morenofala nessa entrevis-ta sobre o sucessoe os desafios doPrograma de Aten-dimento Integralao Adolescente(AIA).

Existe um profissional ideal para tra-balhar com adolescentes?Dr. Moreno: Apesar de achar que, entreos profissionais médicos, o pediatra é oque mais reúne requisitos para lidar comadolescentes, pelo fato de estar acostu-mado a lidar com a família e com ques-tões ligadas ao desenvolvimento, issonão é uma regra. As características doprofissional devem ser respeitadas. Umapessoa aberta ao diálogo, por exemplo,se identificará melhor com o trabalho.

Mas não basta gostar de adolescente,tem que se qualificar para o trabalho.

Como os profissionais do AIA se pre-pararam para esse trabalho?Com capacitação e atualização constan-te. Se um profissional precisa se ausen-tar do posto para assistir um curso ouseminário, recebe meu apoio. No seuretorno à unidade, ele vai poder aplicare repassar o que aprendeu. Isso é umestímulo para o profissional e uma for-ma dele se sentir mais seguro nas suascondutas.

Que desafios um programa como AIAenfrenta?A consulta de um adolescente, freqüen-temente mais longa do que o habitual,e a necessidade de paradas periódicaspara reuniões de equipe são desafiosque o gestor tem que enfrentar parainvestir na qualidade do atendimento,que é nossa prioridade.

“Eu fui umaa d o l e s c e n t eque freqüentougrupos de edu-cação e saúde,em comunida-de carente. Mi-nha escolha pro-fissional teve a

ver com essa experiência e hoje mesinto vitoriosa por proporcionar a ou-tros adolescentes esse caminho”.

SSSSSandrandrandrandrandra Pa Pa Pa Pa Prrrrradoadoadoadoado, assistente social do PSMasao Goto

eu aposto!

Page 6: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

6

Sábado temprogramano posto

TTTTTooooodos os sábadosdos os sábadosdos os sábadosdos os sábadosdos os sábados,,,,, os p os p os p os p os postostostostostosososososde saúde Hde saúde Hde saúde Hde saúde Hde saúde Helio Selio Selio Selio Selio Smith e Gmith e Gmith e Gmith e Gmith e GustaustaustaustaustavvvvvoooooCCCCCapanema,apanema,apanema,apanema,apanema, no c no c no c no c no compleompleompleompleomplexxxxxoooooda Mda Mda Mda Mda Maré,aré,aré,aré,aré, abr abr abr abr abrem suas pem suas pem suas pem suas pem suas po ro ro ro ro rtastastastastasparparparparpara ra ra ra ra rececececece be be be be ber um animado grer um animado grer um animado grer um animado grer um animado grupupupupupooooode adolescde adolescde adolescde adolescde adolescententententente se se se se s,,,,, que cr que cr que cr que cr que crescescescescesceeeeea ca ca ca ca cada semana.ada semana.ada semana.ada semana.ada semana. O r O r O r O r O respespespespesponsávonsávonsávonsávonsáve le le le le lpppppor essa façanha é o pror essa façanha é o pror essa façanha é o pror essa façanha é o pror essa façanha é o projetojetojetojetojetoooooAAAAAdolescdolescdolescdolescdolescentrentrentrentrentrooooo,,,,, uma par uma par uma par uma par uma parccccce re re re re riaiaiaiaiado Pdo Pdo Pdo Pdo Prrrrrosad (Posad (Posad (Posad (Posad (Prrrrrooooog rg rg rg rg rama de Sama de Sama de Sama de Sama de Saúdeaúdeaúdeaúdeaúdedo Ado Ado Ado Ado Adolescdolescdolescdolescdolescententententente da Se da Se da Se da Se da SecrecrecrecrecretaretaretaretaretariaiaiaiaiaMunicipal de SMunicipal de SMunicipal de SMunicipal de SMunicipal de Saúde) caúde) caúde) caúde) caúde) com aom aom aom aom aONG CONG CONG CONG CONG Ceasm (Ceasm (Ceasm (Ceasm (Ceasm (Centrentrentrentrentro de Eo de Eo de Eo de Eo de Estudosstudosstudosstudosstudose Ações Se Ações Se Ações Se Ações Se Ações Solidárolidárolidárolidárolidárias da Mias da Mias da Mias da Mias da Maré).aré).aré).aré).aré).

fala

, jo

vem

!

Jéssica, Vanessa, Jaqueline, Ticiane e Édio fazem parte da equipe do Adolescentro.Todos os sábados eles estão no PS Hélio Smith, na Maré, participando das atividades

O Adolescentro nasceu da necessida-de de envolver jovens em um proje-to de promoção de saúde e vem

apostando no protagonismo juvenil para isso.A idéia de reunir profissionais de diferentesáreas e adolescentes para discutir temas e pla-nejar ações capazes de atrair outros adolescen-tes para o posto de saúde tem dado certo. Aossábados, os postos de saúde que fazem partedo projeto estão sempre repletos de meninose meninas entre 12 e 24 anos, que nem sem-pre estão ali em busca de um atendimento desaúde. “Muitas vezes, o jovem vem ao postopara encontrar amigos, jogar bola ou arrumarnamorada. Alguns vêm pegar camisinha ouanticoncepcional. Chegando aqui, são convida-dos a participar dos grupos e oficinas que sãorealizados aos sábados. Caso alguma questãomais importante seja identificada, os própriosjovens do projeto o encaminham para o mé-

“Eu aprendo lições de vida aqui. Todos os profis-sionais se interessam pelo que está acontecen-do com a gente”.Édio, 17 anos

“Acho importante não ficar só criticando o lu-gar que a gente a mora, mas tentar fazer algu-ma coisa para melhorar”. Junior,,,,, 20 anos 20 anos 20 anos 20 anos 20 anos

“Tudo que eu aprendo aqui, passo para os meusamigos da escola ou da comunidade, que sem-pre me procuram para tirar alguma dúvida so-bre DSTs, gravidez e o uso da camisinha. É bomperceber que nosso trabalho não é em vão”.Vanessa, 18 anos

“Nas discussões no grupo de mulheres, aprende-mos a nos expressar melhor e a ter mais confi-

ança em nós mesmas. A experiência de umaacrescenta a da outra”.Bárbara, 18 anos

“Aqui tem coisas que não tem nos outros pos-tos, como o Adolecine. Nós assistimos a um fil-me, comemos pipoca e depois debatemos oassunto tratado”.Jéssica, 16 anos

“Grupo jovem tem em qualquer esquina,mas aqui é diferente”

JJJJJooooovvvvvens da Mens da Mens da Mens da Mens da Maré dizaré dizaré dizaré dizaré dizem o que acham da eem o que acham da eem o que acham da eem o que acham da eem o que acham da ex px px px px pe re re re re riência de intiência de intiência de intiência de intiência de integregregregregrar o prar o prar o prar o prar o projetojetojetojetojeto Ao Ao Ao Ao Adolescdolescdolescdolescdolescentrentrentrentrentrooooo

Page 7: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

7

dico, psicólogo ou assistente social do Adoles-centro. Isso se dá de uma maneira muito natu-ral, pois são todos jovens, falam a mesma lín-gua e vivem coisas parecidas”, revela DilmaMedeiros, psicóloga e coordenadora do grupode jovens integrantes do projeto.

De jovem para jovemOs jovens que fazem par te do

Adolescentro são essenciais para o sucessodessa idéia. Além de recepcionarem os ado-lescentes que chegam aos postos aos sába-dos, eles trabalham como facilitadores dosgrupos de discussão. Com a coordenação deum profissional da equipe, nesses encontrossão debatidos temas que os jovens poucorelacionam à saúde, mas que dizem respeitoa sua vida cotidiana, como namoro, sexo, so-nhos, responsabilidade, violência, participa-ção e diversão. Dessa maneira, o adolescen-te é conquistado por uma noção integral de

saúde e cidadania. “Fazer parte de um proje-to como esse contribui para que os jovensreconheçam e acreditem no seu potencial”,ressalta Dilma. “Muitos voltam a freqüentar aescola e planejam entrar para a faculdade eexercer uma profissão”.

Dentre os grupos que se reúnem noAdolescentro, o Projeto Homens Jovens e Saú-de se destaca por ser uma iniciativa inovadora.A reunião de rapazes para a discussão de te-mas como cuidados com a saúde, paternida-de e responsabilidade tem contribuído paraque eles vençam sua resistência em freqüen-tar o posto de saúde. Junior, 20 anos, é ofacilitador do grupo de homens jovens do PSGustavo Capanema. Ele revela que muitosdeles chegam atraídos pelo futebol que é jo-gado no local aos sábados e aproveitam paraassistir uma palestra ou participar de uma ofi-cina e acabam interessados pelo projeto. “Mui-tos jovens têm problemas e não têm comquem falar. No grupo, eu proponho assuntos equestões que não são discutidas numa rodade amigos e o resultado é incrível, a gente vêna hora. Aqui você pode se abrir porque exis-te muito respeito”, diz Júnior.

Os jovens do projeto também realizam ofi-cinas, principalmente sobre saúde e sexualida-de, em escolas, igrejas e ruas da Maré. Suasações contagiam outros jovens da comunida-de, que os vêem como referência e os procu-ram para tirar dúvidas e conhecer as ativida-des do Adolescentro.

Tempo para formar, planejar,implementar e avaliar

A formação da equipe do Adolescentro,que desde o início é composta por profi-ssionais e adolescentes, envolve cons-tantes reuniões, palestras e oficinas.

Daniele e Junior realizam oficinas paraadolescentes da Maré e de fora da comunidade

eu aposto!“Eu acredito no prota-gonismo juvenil. Não há nin-guém melhor para orientaroutro jovem do que um jo-vem bem orientado. Seu tes-temunho positivo de vida vaiinfluenciar muito mais outrosjovens do que eu, como psi-cóloga, seria capaz”.

CCCCCynthia Oynthia Oynthia Oynthia Oynthia Ozzzzzononononon, coordenadora executiva do Adolescentro

A peça de teatro “Aqui ninguém é santo”,com jovens do Adolescentro, foi apresen-

tada em diversos locais dentro e fora da Maré.Realizada a partir da experiência dos própriosadolescentes, abordava temas como a violên-cia. Daniele, uma das integrantes do elenco, seorgulha da peça ter quebrado a barreia dotráfico e ter sido apresentada em toda a Maré.

Aqui ninguém é santo

“O Adolescentro mostra ao jovem que elepode quebrar o mito de que jovem de comu-nidade carente não tem futuro. Nós somos aprova disso”, diz ela, que faz o pré-vestibular doCeasm e pretende cursar enfermagem. Segun-do a psicóloga Cynthia Ozon, é importante queos jovens questionem a violência para evitarsua banalização.

PPPPPeça de teça de teça de teça de teça de teatreatreatreatreatro co co co co coloolooloolooloccccca a violência em questãoa a violência em questãoa a violência em questãoa a violência em questãoa a violência em questão

A psicóloga Cynthia Ozon Boghossian,coordenadoraexecutiva do projeto, acreditaque a oportunidade de ter jovens eadultos reunidos para planejar, discutir e ava-liar as ações implementadas torna o trabalhoextremamente interessante e proveitoso paratodos. “Nesses encontros, o profissional tem achance de refletir sobre seus conceitos e en-tender o que é e o que não é possível ser feito.O jovem, por sua vez, passa a acreditar no seupotencial e deixa de ver o profissional comoum ser inatingível”, diz ela.

O trabalho multidisciplinarNão privilegiar sua área de atuação e ter

disposição para articular com profissionais deoutras especialidades são as regras básicasdo trabalho no Adolescentro. “É primordialque o psicólogo possa perceber a importân-cia do trabalho do dentista para a auto-esti-ma do paciente, assim como o médico devereconhecer o valor do apoio psicológico paraque o tratamento prescrito tenha sucesso”,exemplifica Cynthia.

Page 8: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

Teatro do Oprimidopõe o povo no palco

A arte pode se transformar em um ins-trumento de transformação da vida.Dentro desta concepção, o Centro

do Teatro do Oprimido (CTO-Rio), criado há18 anos pelo teatrólogo Augusto Boal, traba-lha implementando projetos artísticos que es-timulam a participação ativa das camadasmenos privilegiadas da sociedade. O objetivobásico deste trabalho é fortalecer a cidada-nia utilizando o teatro como meio. Nos espe-táculos do CTO-Rio, o público opina e é con-vidado a participar, buscando alternativaspara resolver o conflito gerado pela peça.Grupo Artemanha (CTO) apresentando a peça Fruto Proibido,

espetáculo de prevenção às DST/Aids

Adolescênciae Diferença

SANDRA LOBOCoordenadora doProgr. de Reabilitaçãoa Prefeitura do Riode Janeiro

Na adolescência, asalterações físicas e

de sentimentos nemsempre são acompanha-das de mudanças doscomportamentos infan-tis para comportamentos mais responsáveis eautônomos. A sociedade é ambígua ao lidarcom o “diferente”. Compreender e trabalhar aslimitações, muitas vezes, esbarra na expectativasocial da “normalidade”, que contraditoriamen-te valoriza as incapacidades em detrimento daspossibilidades do indivíduo. Quando pensamosnas pessoas com deficiência como sujeitos quetêm pretensões, ambições e escolhas, percebe-mos a necessidade que eles têm de viver expe-riências novas que expressem sua capacidadede estar integrados na comunidade e, portan-to, expostos a riscos, liberdades e responsabili-dades. Muitos adolescentes com deficiência sãocapazes de desenvolver comportamento apro-priado, autonomia, independência e relaciona-mento com os outros desde que experimen-tem sua sexualidade de forma tranqüila e se-gura conhecendo as transformações físicas,emocionais e sociais que ocorrem neste perí-odo particular de vida.

8

Odireito a um atendimento de saú-de adequado está previsto no ar-tigo 196 da Constituição Federal.

Todos os códigos de ética de profissionaisda área também ressaltam a importância deprestar um atendimento de qualidade semnenhum tipo de discriminação. Porém,muitas vezes, a realidade no serviço desaúde é outra. O que prevalece são os ta-bus e preconceitos que levam vários cida-dãos a serem discriminados e estigmatiza-dos, gerando sérios entraves na promoçãoda saúde.

A importânciado respeito às diferençasVagner de Almeida coordena, na Asso-

ciação Brasileira Interdisciplinar de Aids(ABIA), o projeto Juventude e DiversidadeSexual, destinado a jovens homossexuais. Oobjetivo principal do projeto é resgatar acidadania desses jovens e inseri-los na so-ciedade. O grupo é formado por jovens daBaixada Fluminense e periferia do Rio de Ja-neiro. “Eles reclamam muito da composturados profissionais de saúde. Os travestis, prin-cipalmente, são muitas vezes humilhados epassam horas à espera de atendimento. Asituação é pior quando alguns recebem oteste positivo para HIV/Aids, sem o menorcuidado e orientação. Muitos dizem quepreferem se automedicar na farmácia”, con-ta Vagner. Caio, 23 anos, nunca se sente à

vontade no serviço de saúde para se decla-rar homossexual: “Tenho certeza que sereidiscriminado. Eles não nos tratam com res-peito. Faço o exame anti-Aids duas vezes aoano e nunca revelo que sou homossexual”.

“Nunca digo no posto queestou infectada pelo HIV”O medo da discriminação também faz

com que, muitas vezes, jovens soropositi-vos não revelem que estão infectados peloHIV nos serviços de saúde. “Faço o meutratamento no Hospital dos Servidores doEstado (HSE), onde sou bem atendida.Porém, quando preciso de um atendimen-to de emergência, perto da minha casa,nunca digo que estou infectada pelo HIV”,confessa Luciana, de 19 anos, seguindo arecomendação de sua médica Maria Letí-cia Santos Cruz, pediatra e infectologistado HSE. “Infelizmente, oriento os jovenspara que eles não se exponham demais.Em termos clínicos, dizer que é soroposi-tivo não vai fazer muita diferença em umatendimento de emergência. Somentequando os encaminho para algum servi-ço, como ginecologia, por exemplo, prepa-ro um laudo para o profissional”, revela apediatra. Para Maria Letícia, nesses casos, adiscriminação está relacionada à falta deinformação que alguns profissionais desaúde ainda possuem sobre a epidemia.“Apesar dos esforços das secretarias de

Além dos espetáculos, o CTO-Rio oferece ofi-cinas para profissionais das mais diversasáreas, principalmente os de Saúde e de Edu-cação, no intuito de dar subsídios para am-pliar o diálogo destes profissionais com opúblico em geral. “O teatro tem o poder dechamar a atenção, de abrir portas e ampliaro diálogo”, afirma Helen Sarapeck, uma dascoordenadoras do CTO.

Discriminação nãocombina com saúde

Cursos e oficinas(21) 2232-58262215-0503 ouwww.ctorio.com.br

parasaber+

Sandra Lobo: [email protected]

saber+

Page 9: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

9

saúde, promovendo treinamento, muitosprofissionais ficam preocupados quandoatendem soropositivos. O primeiro passoé obedecer as normas de biosegurançadeterminadas pela Organização Mundialde Saúde, que devem ser seguidas emqualquer atendimento, como o uso de lu-vas, máscaras etc”. Quanto ao tratamentode emergência a uma pessoa com HIV, amédica do HSE esclarece que ele deve serprescrito como em qualquer paciente imu-nodeprimido: “O primeiro passo é tratar adoença, seja uma tuberculose, uma sinusi-te ou uma pneumonia. Depois que o pa-ciente melhorar, encaminhe-o a um espe-cialista, sem discriminação e respeitandoo sigilo e a individualidade de cada um”.

Seminário discuteatendimento à população negra

Que a sociedade brasileira possui umcomponente racista, ninguém mais temdúvidas. Agora, quais as conseqüênciasdeste racismo no atendimento público desaúde? Esta questão foi debatida no I Se-minário Nacional de Saúde da PopulaçãoNegra, em Brasília entre os dias 18 e 20 deagosto. “Apesar da universalidade que pro-põe o SUS, temos que discutir o racismo,que faz parte de toda a nossa sociedade eé reproduzido em alguns centros de saú-

de”, afirma José Marmo, um dos coordena-dores do evento. Segundo dados coletadospela ONG Criola/RJ, a mortalidade maternaentre negras no Paraná é 7,4 vezes maiordo que entre brancas. Outro estudo divul-gado pela ONG afirma que as brancas re-cebem mais anestesia na hora do parto doque as negras.

Profissionalismo esolidariedade: a equação ideal

Essas são as palavras que, para VagnerAlmeida, da Abia, transformam um atendi-mento humanizado e eficiente. “Os jovens,principalmente os homossexuais, estão maisvulneráveis a contrair doenças como o HIV/Aids. Estão na fase da experimentação deuma forma geral. Ou seja, precisam receberum atendimento baseado no respeito pe-las diferenças e na escuta comprometida.Somente assim será possível construir umaestratégia de atendimento que os leve a op-ções mais saudáveis de vida”. Para MariaLetícia do HSE, o desafio das unidades éfacilitar o acesso do jovem saudável aoatendimento médico. “Os serviços de saú-de precisam chegar a esses jovens saudá-veis, criando um intercâmbio maior com acomunidade, com as escolas e com gruposespecíficos, como os que trabalham comhomossexuais”.

O prazer ematender a

meninos e meni-nas de rua surgiu apartir do 5º perío-do da faculdadede medicina em1978, quando Re-gina Esteves co-meçou a estagiarna Funabem. Atualmente, como pedia-tra do CMS Manuel José Ferreira, Regi-na dedica algumas horas da semana vi-sitando casas de acolhida nos arredo-res do bairro do Catete, com a enfer-meira Gicélia Lombardo. O objetivo deseu trabalho é conscientizar meninos emeninas de rua, assistidos por estas ins-tituições, a terem mais cuidado com asua saúde. “Para o trabalho dar certo,preciso ir onde estes jovens estão. Con-

Uma profissional que vaionde o jovem está

quisto a confiança deles, ouvindo-os eentendendo o momento deles. Esta es-tratégia é fundamental para prestar umbom atendimento a este público”, expli-ca Regina, baseada em seus 20 anos deexperiência.

Para ela, o principal desafio é deixarde lado o preconceito e tratar de temasque são fundamentais na vida desses jo-vens como sexo, drogas e violência:“Quando você conhece a história decada um, você percebe que nada acon-tece por acaso”.

Hoje, vários jovens vão voluntaria-mente ao posto à procura da pediatra:“Isto significa que o trabalho vem dan-do certo”, comemora.

Os profissionais de saúde têm que entender que a dornão escolhe idade. Uma vez fui ao posto de saúde epassaram várias pessoas na minha frente. Eu estavarealmente passando mal. Depois deste tratamento,como eu ainda vou dizer que sou soropositiva?CCCCCa ra ra ra ra rlalalalala, 19 anos

A fila é um saco. Uma vez, cheguei no posto demanhã cedo e sai às quatro da tarde. O pior é que,como você fica muito tempo esperando, todo mun-do quer saber o que você tem e por que você tomamedicamento. Eu fico morrendo de medo de as pes-soas descobrirem que eu tenho o HIV.SuelenSuelenSuelenSuelenSuelen, 18 anos

Os profissionais de saúde deveriam tratar todoscomo serem humanos, sem preconceito. Eles deveri-am receber um treinamento, serem mais preparadospara nos deixarem à vontade. Eu quero ser tratadocom respeito.RRRRR obsonobsonobsonobsonobson, 17 anos

Acho que todos os postos deveriam ter atendimentoespecial para jovens, em dias separados. Eles devemter mais cuidado com a gente também. Uma vez,uma enfermeira começou a me perguntar coisas ín-timas quando soube que eu era soropositiva. Isso nãoestá certo!CCCCConsueloonsueloonsueloonsueloonsuelo, 19 anos

Somente os profissionais que gostam de jovens de-veriam atender a gente. Eu percebo que têm médi-cos e enfermeiros que não têm paciência com agente.CláudiaCláudiaCláudiaCláudiaCláudia, 17 anos

Eu não me sinto à vontade no posto de saúde paradeclarar que sou homossexual. Quando faço exameanti-HIV, minto! Tenho medo de ser discriminado.Tenho vários amigos que já foram discriminados.Muitos preferem não ir ao posto. Se automedicamcomprando remédios na farmácia.LLLLLuiz Cuiz Cuiz Cuiz Cuiz Caioaioaioaioaio, 23 anos

Uma enfermeira do posto perto de minha casa,quando foi me atender, perguntou se eu tinha Aids.Quando eu perguntei o porquê da pergunta, ela medisse: porque você é travesti!SuelenSuelenSuelenSuelenSuelen, 19 anos

fala, jovem!

CCCCCononononontatatatatatttttooooocccccom Rom Rom Rom Rom Reginas Eeginas Eeginas Eeginas Eeginas Estststststeeeeevvvvveseseseses

[email protected]

Respeitoé bom...

parasaber+

Page 10: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

10

Ter a oportunidade de conviver

com jovens, princi-palmente em espa-ços que facilitam a livre expressão de idéi-as, o ouvir e ser ouvido, a construção coleti-

eu aposto!va materializada através do protagonismojuvenil, só me faz acreditar, cada vez mais,no potencial positivo dos jovens.

Alegria, criatividade, energia e odestemor de mudanças, característicastão marcantes entre os jovens, mas às ve-

zes tão esmaecidas em muitos de nós, sãomuitas vezes as alavancas que precisamospara nos mobilizar na busca de soluçõesque atendam aos mais diversos anseios,trazendo benefícios não só a eles, mas atoda sociedade.

Denise Oliveira de FreitasEscola Municipal Professor Gilberto Bento da Silva

Projeto Conhecendoe Valorizando

Nossas EscolhasDENISE OLIVEIRA DE FREITASEscola Municipal Professor GilbertoBento da Silva

O Projeto Conhecendo e Valorizando Nossas Escolhas visa ampliar o olhar crítico,

partindo do auto-conhecimento e da auto-va-lorização, despertando nos adolescentes a re-flexão crítica e ética. Por estarem numa fasemarcada pela instabilidade e insegurança, elesse tornam especialmente vulneráveis a uma sé-rie de questões relacionadas à saúde. Conside-rando a receptividade dos jovens quando ou-vem seus pares, a estratégia principal do pro-jeto é a formação de multiplicadores. Ametodologia do trabalho prevê duas oficinassemanais, com um grupo fixo, por um ano. Nasoficinas temáticas, os temas indicados por elesgeralmente são relacionados a sexualidade, pre-venção ao uso indevido de drogas e cidadaniae trabalhados através de dinâmicas, debates,dramatizações e vídeos. Nas oficinasmultiplicadoras, os jovens planejam e dinamizamatividades para os outros alunos da escola, ba-seando-se nas atividades das oficinas temáticas.Os resultados mostram maior auto-conhecimen-to, auto-estima, responsabilidade e autonomia,com reflexos no desempenho escolar. Comomuitos adultos geralmente os rotulam como“aborrecentes” e irresponsáveis, concluímos quea equipe do projeto tem alcançado seus obje-tivos e atuado como fator protetor, porquedesmistifica o adolescente, ajudando-o a se tor-nar um cidadão crítico e comprometido comcom os ambientes onde convive.

Escola Municipal ProfessorGilberto Bento da Silva.(21) 2413 5125

parasaber+

Fazer da escola um lugar onde os alunospossam conversar abertamente sobre sexuali-dade, uso indevido de drogas, respeito ao pró-ximo, meio ambiente, e os incentive a debateresses assuntos com toda a comunidade esco-lar. Isto é possível e já se tornou realidade em96 escolas da Rede Municipal de Ensino do Riode Janeiro através do projeto Núcleos de Ado-lescentes Multiplicadores.

A proposta, executada pela Secretaria Muni-cipal de Educação através dos Projetos de Exten-são Meio Ambiente e Saúde, das CoordenadoriasRegionais de Educação (CRE) e das UnidadesEscolares, foi criada em 1995 e oferece aos ado-lescentes matriculados na Rede Municipal deEnsino espaços democráticos de discussão ereflexão sobre a sexualidade e a cidadania.

“O nosso objetivo fundamental é construiruma sociedade mais democrática, através de es-colas que ampliem seus espaços de diálogo”,afirma Márcia Regina Vinchon Mattos Sandins– Supervisora do Projetos de Extensão - MeioAmbiente e Saúde.

Montando o NúcleoA montagem de um Núcleo de Adolescen-

tes Multiplicadores começa com a capacitaçãodo professor, oportunidade oferecida às esco-las através de cursos anuais. Após estar apto acoordenar um Núcleo, ele verifica em sua esco-la quais os alunos interessados em participar doprojeto. Ter interesse e compromisso em parti-cipar do Núcleo, tempo disponível fora do ho-rário escolar e o consentimento dos responsá-veis são alguns dos critérios para a inclusão dojovem ao Núcleo. Os selecionados participamde dinâmicas que utilizam diversas linguagens.“Com o tempo, esses jovens vão se aproprian-do deste conhecimento e, conseqüentemente,fortalecendo sua auto-estima. O grupo come-ça a influenciar positivamente o ambiente es-colar, participando de conselhos de classe, reu-niões de pais e visitando outras escolas”, contaRegina Muller, integrante da equipe de Proje-

Escolasabertas ao

tos de Extensão Meio Ambiente e Saúde.

O trunfo do projetoPara Denise Palha, Assessora da Secretária de

Educação do Município do Rio de Janeiro, otrunfo deste projeto é o protagonismo dos alu-nos: “Antes, se buscava respostas imediatas.Atualmente, trabalhamos com a reflexão. Quan-do escutamos nossos jovens, garantimos a elesum espaço de cidadania efetiva. Ao mesmotempo em que ele questiona, ele traz propos-tas para a melhoria de sua escola”.

Os três primeiros Núcleos de AdolescentesMultiplicadores surgiram em 1995, em três es-colas municipais, envolvendo 60 alunos. Hoje,são 96 Núcleos que atingem cerca de três milalunos da 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamen-tal. Para Márcia, um dos fatores de sucesso doprojeto são as parcerias: “Além do nível centralda Prefeitura, onde está a coordenação do pro-jeto, as Coordenadorias Regionais de Educação(CRE) e as Unidades Escolares, com seus pro-fessores, participam de reuniões mensais e deencontros de atualização.A Secretaria Municipalde Saúde também é nossa parceira”.

Seus resultadosApesar de não haver uma pesquisa que

meça o impacto deste projeto na vida dos alu-nos e da comunidade, a equipe observa trans-formações importantes. Regina lembra que osalunos de Núcleo participam ativamente deprojetos e concursos realizados na rede: “Issogera um movimento muito positivo de partici-pação coletiva, de aprendizado e de desenvol-vimento desses adolescentes”. Márciacomplementa, destacando que “o significado deescola se amplia para esses alunos, criando umanoção de pertencimento que vai influenciá-lospor toda a vida”. Denise Palha ressalta que écomum os alunos de Núcleo também se des-tacarem em outras atividades após deixarem aescola, quando completam o segundo segmen-to: “Quando vão para o ensino médio, eles

querem conquistar um ambiente democráticona outra escola também. Ou seja, exercer a suacidadania, conquistar o seu espaço, ser ouvido.Esse é o nosso propósito. Com a auto-estimafortalecida, esse adolescente se sente incenti-vado a cuidar de si, buscando atitudes maissaudáveis consigo mesmo”.

diálogo

Page 11: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

voz

PPPPPesquisa ouvesquisa ouvesquisa ouvesquisa ouvesquisa ouveeeee,,,,, p p p p pelaelaelaelaelaprprprprprimeirimeirimeirimeirimeira va va va va veeeeez,z ,z ,z ,z , alunos alunos alunos alunos alunosda rda rda rda rda rede municipalede municipalede municipalede municipalede municipala para para para para partir de 7 anostir de 7 anostir de 7 anostir de 7 anostir de 7 anos

Como pensam e agem os alunos darede pública municipal de ensinodiante de situações relacionadas a

drogas, tabaco, álcool, sexo e outros fatoresde risco? Este é o principal foco da pesqui-sa Solta a Voz, realizada em 1999/2000 com1529 alunos da rede pública municipal deensino do Rio de Janeiro entre a faixa etáriade 7 a 15 anos. A idéia de elaborar estapesquisa surgiu do interesse de Carlos Sil-va, gerente do Programa de Saúde Escolarda Prefeitura do Rio de Janeiro, emdimensionar alguns fatores de risco entreeste grupo, tanto com relação a vivênciasrelatadas com acidentes e agressões sofri-das, como com o início da experiência comtabagismo, uso de bebidas alcoólicas, dro-gas e atividade sexual. O estudo tambémbuscou identificar as informações que es-sas mesmas crianças e adolescentes pos-suíam sobre gravidez, DST/Aids, práticascontraceptivas e drogas.

Pesquisa inclui criançasa partir de 7 anos

“A maioria das pesquisas trabalhava comadolescentes a partir dos 12 ou 14 anos.Não tínhamos dados ou ‘um olhar’ sobrefatores de risco e de proteção na faixa etáriade 7 a 10 anos. Uma conclusão importantedo trabalho apontou que a maioria dos en-trevistados que informou já ter experimen-tado tabaco, álcool e outras drogas e inici-ado atividade sexual, o fez antes dos 14anos. Ou seja, na faixa de idade do EnsinoFundamental”, analisa Carlos Silva, que vêneste material uma referência para trabalharcom ações de promoção da saúde noambiente escolar. “Com os dados na mão,temos mais chances de construir estratégi-as que subsidiem o aluno nessa etapa de‘experimentação’ e o estimulem para esco-lhas mais saudáveis”.

Família: uma fontede informação

Segundo a pesquisa, a família é a princi-pal fonte de informação na hora da dúvidapara diversos assuntos, inclusive os relacio-nados à sexualidade: “Cerca de 40% dos en-trevistados, independente de sexo e faixaetária, procuram a mãe nesses momentos.

11

Logo a seguir, de um modo geral, procu-ram pelo pai. Considerando a soma entremãe e pai, percebe-se que a família é aprincipal referência, ao contrário do quemuitas vezes se pensa achando que a fa-mília está desestruturada”, explica Carlos.

A Solta a Voz permite ainda outras asso-ciações dos dados, como a experimentaçãodo tabaco e do álcool à facilidade de aces-so em casa. “Com isso, percebemos que oua unidade de saúde e a escola incluem afamília em suas estratégias de atuação, ouestaremos trabalhando com pessoas isola-das de seu contexto e de seu núcleo de re-ferência”, analisa Carlos.

Faixa etária de cigarro álcool outrasexperimentação drogas

até 9 anos 19,70% 33,90% 3,80%10 a 12 anos 25,40% 39,70% 27%13 a 14 anos 40,40% 20,90% 20,80%15 anos ou mais 14,60% 5,50% 48,30%

até 9 anos 20,10% 37,80% 010 a 12 anos 44,70% 40,60% 16,60%13 a 14 anos 26,40% 15,60% 56,30%15 anos ou mais 8,80% 6,10% 27%

menin

os

menin

as

Os maiores de 10 anos10% afirmaram já ter tido a 1a relação sexual

Destes, 60% apontam o uso da camisinhacomo forma de prevenção de doenças.

Entre os 40% que afirmam que não usam acamisinha: os meninos alegam falta de tempoao passo que as meninas dizem que o parceironão quer usar.

Perfil dos participantes: 1529 alunos da redemunicipal de ensino do Rio de Janeiro; 818 dosexo masculino, 711 do sexo feminino. Faixaetária de 77777 a 15 anos.

Se você quer ter acesso àíntegra da Pesquisa Solta a [email protected]

Os alunos soltam a

parasaber+

Page 12: A participação dos jovens na promoção da saúderio.rj.gov.br/dlstatic/10112/136096/DLFE-2932.pdf/circuladorfinal.pdf · ros, que vêm contribuindo para a promoção da saúde

A GA GA GA GA Gerência do Perência do Perência do Perência do Perência do Prrrrrooooog rg rg rg rg rama de Sama de Sama de Sama de Sama de Saúde doaúde doaúde doaúde doaúde doAAAAAdolescdolescdolescdolescdolescententententente (PRe (PRe (PRe (PRe (PROSAD) desenOSAD) desenOSAD) desenOSAD) desenOSAD) desenvvvvvo lo lo lo lo lvvvvveeeeed i vd i vd i vd i vd i versos prersos prersos prersos prersos projetojetojetojetojetos que cos que cos que cos que cos que controntrontrontrontribuem paribuem paribuem paribuem paribuem paraaaaaa pra pra pra pra promoção de saúde e a promoção de saúde e a promoção de saúde e a promoção de saúde e a promoção de saúde e a preeeee vvvvvençãoençãoençãoençãoençãodas DST/Adas DST/Adas DST/Adas DST/Adas DST/Aids:ids:ids:ids:ids:

Projeto Vista essa Camisinha –atividades de promoção da saúde edispensação de camisinhas de 49 e 52mmatravés das unidades da SMS e de parceiros

Projeto Sinal Verde – facilitação doacesso às unidades de saúde de adolescen-tes de instituições parceiras

Projeto Homens Jovens e Saúde(parceria Inst. Promundo, NESA/UERJ; apoioOPAS e OMS) – estratégias de inclusão dosrapazes nas atividades de saúde

Rede de atenção a crianças, adoles-centes e famílias em situação deviolência doméstica - (parceria Prog. daCriança e Núcleo de Atenção à Violência –NAV)

Rede de atenção a vítimas deviolência sexual - (parceria Prog daMulher, Prog da Criança, CEPIA)

Adolescentros Maré e Paulo Freire(parceria Centro de Estudos e Ações Solidá-rias da Maré- CEASM) – projetos deprotagonismo juvenil

Educação permanente - Centro deEstudos da Adolescência, treinamentosdiversos e estágios para médicos noIPPMG/UFRJ

Movimento pela Valorização daPaternidade - (parceria com secretariasmunicipais, universidades e ONG) – atividadesvoltadas para o envolvimento dos homensno cuidado com crianças e adolescentes

Para saber +www.saude.rio.rj.gov.br/[email protected] - Tel 2503 2246

Pólos de EmpréstimoMaterial educativo, publicações e vídeospara profissionais de saúde da SMS/RJ:CMS Marcolino Candau CAP 1.0Rua Laura de Araújo,36 Praça OnzeTel 2504 3207 / 2273 2244

InformaçõesCMS Manoel José Ferreira CAP 2.1Rua Silveira Martins, 116 FlamengoTel 2225 7505 / 2265 3864

CMS Heitor Beltrão CAP 2.2Rua Desembargador Isidro, 144 TijucaTel 2570 5528

Coordenação da Área de Planeja-mento CAP 3.1Rua Leopoldina Rego, 730 PenhaTel 2270 5488 / 2270 8494

CMS Milton Fontes Magarão CAP 3.2Rua Amaro Cavalcanti, 1387 Engenho deDentro - Tel 2289 9197 / 2289 8847

CMS Clementino Fraga CAP 3.3Rua Caiçaras, 514 Irajá - Tel 2482 7573

PAM Newton Bethlem CAP 4.0Rua Barão, 259 Praça Seca - JacarepaguáTel 3359 0166

CMS Waldir Franco CAP 5.1 Pça. Cecília Pedro, s/n° BanguTel 3331 1270

PAM Carlos A. Nascimento CAP 5.2Praça Major Vieira de Melo Campo GrandeTel 2413 0709

CMS Lincoln Freitas Filho CAP 5.3Rua Lopes de Moura, 46 Santa CruzTel 3395 2893

Sites InteressantesAdolesitewww.adolesite.aids.gov.br

Ag. de Notícias peloDireito da Infância – ANDIwww.andi.org.br

Biblioteca Virtual em Saúde doAdolescente - BVS ADOLECwww.adolec.br

Centro de Referência, Estudo eAções sobre Crianças e Adolescen-tes - CECRIAwww.cecria.org.br

Comunicação emSexualidade - ECOS www.ecos.org.br

Conexõeswww.conexoes.net

Núcleo de Estudos para a Preven-ção da Aids - NEPAIDSwww.usp.br/nepaids

Observatório Jovemwww.uff.br/obsjovem

Olhares do Morrowww.olharesdomorro.org

Portal do Protagonismo Juvenilwww.protagonismojuvenil.org.br

Programa Nacional de DST/Aids doMinistério da Saúdewww.aids.gov.br

Século XXIwww.multirio.rj.gov.br/seculo21

Sou de Atitudewww.soudeatitude.org.br

Boas LeiturasA AdolescênciaCalligarios, Contardo – São Paulo; Publifolha,200 (Folha Explica)

Esse Sujeito AdolescenteAlberti, Sônia – Rio de janeiro; Rios Ambicio-sos, 1999

Sexualidade e Adolescência –as oficinas como prática pedagógicaRena, Luiz Carlos Castello Branco – BeloHorizonte: Autêntica, 2001

Informações ÚteisEEEEEspaço Livre de Orientação emSexualidade e Saúde – ELOSSNúcleo de Saúde do Adolescente –NESA – UERJConsulta, empréstimo e doação de materialpara pesquisa e trabalho como vídeos, livros,cartilhas, folders e jogosAvenida 28 de Setembro, 109/fundos.Pavilhão Floriano Stoffel, sala 3. Vila Isabel.Tel: 2587 6570 ramal 28Horário de funcionamento: 2ª a 6ª feira de 9às 17h - E-mail: [email protected]

Ministério da Saúde0800-611997 – Ligação gratuita

Disque adolescentesTel: (11) 3819 2022 – de 11 às 14h

Circulando