A participação dos sindicatos na shst_guia_pratico

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    Todos tm direito prestaodo trabalho em condiesde higiene, segurana e sadee organizao do trabalhoem condies socialmentedignificantes, de forma afacultar a realizao pessoal...

    Constituio da Repblica Portuguesa

    Edio: Departamento Condies de Trabalho e Segurana Higiene e Sade no trabalho (SHST) do

    SINDEL Sindicato Nacional da Indstria e da Energia

    Com a colaborao de: Dr Manuela Calado (ACT) e Lus Rosado Santos (SINDEL)

    Ilustraes e Design: Paulo CurtoRealizao Grfica: Armazm de Papis do Sado, Setbal

    Documento impresso em papel reciclado

    Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST3

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    Introduo..........................................................................................................................................................................5Como se protege a sade dos trabalhadores?............................................................................................................... 8Passos para avaliao dos riscos...................................................................................................................................10O papel dos Representantes dos trabalhadores............................................................................................................13Com que instrumentos contas?......................................................................................................................................18

    O SINDEL ajuda-te na tua tarefa como Representante dos Trabalhadores de SHST..................................................23Resumo.............................................................................................................................................................................24

    4 Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST

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    Introduo

    Foste escolhido para representante dos trabalhadores da tua empresa. Para os teus

    companheiros e companheiras de trabalho s, sem dvida, a pessoa certa para os repre-

    sentar e assim poderes vir a influenciar a melhoria das suas condies de trabalho e de vida. realmente uma tarefa que vale a pena.

    Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST5

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    Melhorar as condies de vida e trabalho dos teus companheiros/as significa influenciar

    diferentes frentes: o salrio, a estabilidade do emprego, a promoo profissional, receber

    100% do salrio durante a baixa. De todas estas questes os sindicatos tm-se ocupadodesde h muitos anos.

    Mas h outro aspecto tambm muito importante na relao de trabalho e sobre o qual nos

    queremos debruar porque nem sempre se presta a ateno que merece: a relao entre

    as condies de trabalho e a segurana, sade e bem-estar das pessoas.

    Durante o tempo que passamos no trabalho podemos estar expostos a diversos riscos para

    a nossa segurana e sade. Riscos graves e evidentes como cair de um andaime; riscos

    ocultos como a exposio a substncias qumicas perigosas, muitas delas cancergenas

    e que s se revelam com o tempo; riscos que, aparentemente, parecem menores como os

    movimentos repetitivos que, no entanto, a mdio prazo provocam leses que incapacitam;

    riscos subestimados e cada vez mais presentes como o stresse, a violncia, o esgotamento

    e a fadiga que fazem com que por vezes cheguemos a casa j sem capacidade para gozardo nosso tempo livre e da companhia da nossa famlia e amigos.

    Tudo isto no deveria fazer parte do trabalho. Estas consequncias indesejveis do tra-

    balho podem e devem ser evitadas. importante prevenir os acidentes e doenas profissio-

    nais porque a sade uma condio indispensvel para gozar o resto das realizaes quepodemos obter noutras reas como: o salrio, a categoria profissional, o descanso semanal,

    etc...

    O empregador tem a obrigao de organizar o trabalho de forma segura e saudvel.

    No nosso contrato de trabalho acordamos trocar por um salrio parte do nosso tempo, masno a nossa sade. O empregador deve garantir que saamos do trabalho to sos como

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    entrmos. De acordo com a Organizao Mundial de Sade (OMS), ser saudvel algo mais

    do que no estar doente, gozar de uma situao de bem-estar fsico, psquico e social.

    A proteco da segurana e sade no trabalho uma obrigao do empregador e, ao

    mesmo tempo, um direito dos trabalhadores que tu, como seu representante, deves tentar

    defender. Para esse efeito, a legislao concede-te direitos e deveres que te permitem agir

    dia aps dia em prol de condies de trabalho saudveis.

    Nesta tua faceta de activista da segurana e sade desempenhas o papel de Representan-

    te dos Trabalhadores para a Segurana Higiene e Sade no Trabalho.

    Nesta brochura tentamos explicar-te quais os teus deveres e obrigaes e como exerc-los.

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    Como se protege a sade dos trabalhadores?

    A proteco da sade no trabalho to importante que est contemplada na Consti-

    tuio da Repblica Portuguesa. Para cumprimento deste preceito constitucional, em 14

    de Novembro de 1991 entrou em vigor uma lei que determina de maneira detalhada o que

    necessrio fazer, dentro e fora das empresas, para assegurar a proteco da sade dos

    trabalhadores. Esta lei chama-se Lei-quadro da Segurana e Sade no Trabalho.

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    A Lei-Quadro estabelece que os riscos devem ser evitados e, no caso de tal no ser possvel,

    devem ser reduzidos ao mnimo aceitvel antes de provocarem danos na segurana e sade

    dos trabalhadores e devero ser aplicadas medidas correctivas que os evitem ou diminuamas suas consequncias. Para esse efeito, a lei estabelece uma srie de obrigaes para os

    empregadores, e uma delas a obrigao de consultar os trabalhadores ou os seus repre-

    sentantes.

    No sendo o empregador um perito em prevenodeve dotar-se de uma organizao que

    lhe assegure um bom assessoramento tcnico para a preveno. No caso das micro

    empresas,o empregador pode, se obtiver formao para isso, assumir ele prprio as fun-

    es de segurana ou designar um trabalhador com preparao adequada para se ocupar

    dessas actividades.

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    Os passos para a avaliao dos riscos

    1. Identificar os perigos.A identificao dos perigos realiza-se mediante a reunio de in-

    formao pertinente sobre os processos, os mtodos, os materiais e agentes e os dadosestatsticos.

    2. Identificar os trabalhadores expostos ou que possam vir a estar expostos.Devem

    ser identificados todos os trabalhadores expostos ou potencialmente expostos a riscos de-

    rivados destes perigos mas tambm os que se encontrem na mesma rea. Neste contexto

    importa dar ateno aos grupos de trabalhadores mais vulnerveis, tais como jovens, grvi-

    das, idosos trabalhadores temporrios e migrantes.

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    3. Eliminar os perigos. De acordo com a legislao, a melhor maneira de fazer preveno

    eliminar os perigos. Sempre que seja possvel, o empregador deve eliminar os perigos actu-

    ando sobre as condies de trabalho. Enquanto potencial de dano inerente s componentesdo trabalho, o perigo deve ser objecto de anlise sistemtica tendo em vista a sua deteco

    e eliminao

    4. Avaliar os riscos que no podem ser eliminados. O risco resulta de um perigo no eli-

    minado que vai persistir na situao de trabalho. Avaliar os riscos significa desenvolver todo

    um processo, que visa o conhecimento dos riscos, necessrio definio de uma estratgia

    preventiva A avaliao dos riscos um passo prvio para fazer uma planificao racional

    da preveno. No se pode prevenir o que no conhecido. Para garantir uma preveno

    eficaz a lei prope uma sequncia lgica: primeiro conhecer os riscos e avali-los e depois

    decidir sobre as medidas necessrias para os controlar.

    Os riscos que no possam ser evitados devem ser avaliados pelo empregador atravs dos

    servios de preveno afim de conhecer a sua importncia e poder assim propor medidasque permitam um controlo eficaz dos mesmos.

    5. Planificar a preveno. Tendo em conta os resultados da avaliao dos riscos, os ser-

    vios de preveno devem elaborar um documento escrito: o Plano de Segurana e Sade

    (PSS).

    Neste documento devem enumerar tudo aquilo que se propem fazer para assegurar queo trabalho na empresa seja o mais seguro e saudvel possvel. Para alm das medidas para

    o controlo dos riscos este plano deve incluir a formao e informao aos trabalhadores, a

    vigilncia peridica da sade e as medidas consideradas prioritrias.

    A planificao da preveno visa conferir coerncia preveno.

    6. Assegurar a eficcia e actualidade do plano. De nada serve ter um plano se este no

    funciona ou no reflecte a realidade da empresa. obrigao dos servios de preveno da

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    empresa fazer um acompanhamento para verificar se o que era pretendido com o plano foi

    conseguido. Para esse efeito, necessrio prever controlos peridicos das condies de

    trabalho e ter um sistema que permita registar todos os danos produzidos na segurana esade. Se daqui resultar que o plano no eficaz ento necessrio alter-lo.

    Eliminar o risco, avaliar os riscos que no podem ser eliminados,

    planificar a preveno e verificar a eficcia das medidas

    preventivas adoptadas a sequncia lgica da preveno que

    deve ser aplicada em todas as empresas, incluindo as mais

    pequenas. Para esse efeito, cada empresa ou empregador

    deve-se dotar de consulta tcnica da qual pode ter necessidade.

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    O papel dos representantes dos trabalhadores

    J vimos quais so as obrigaes dos empregadores em matria de preveno. O em-

    pregador responsvel pela segurana e sade dos trabalhadores em todos os aspectos

    relacionados com o trabalho nomeadamente consultar por escrito e pelo menos duas vezes

    por ano, previamente e em tempo til, os representantes dos trabalhadores ou, na sua falta,

    os prprios trabalhadores sobre:

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    A avaliao dos riscos para a segurana e sade no trabalho incluindo a respeitante aos

    grupos de trabalhadores sujeitos a riscos especiais (jovens, grvidas, idosos, trabalhadores

    temporrios e trabalhadores migrantes)As medidas de segurana, higiene e sade antes de serem postas em prtica ou, logo que

    seja possvel, em caso de aplicao urgente das mesmas

    As medidas que pelo seu impacto nas tecnologias e nas funes tenham repercusso na

    segurana e sade dos trabalhadores

    O programa e a organizao da formao no domnio da segurana, higiene e sade no

    trabalho

    A designao por parte do empregador de trabalhadoresque desempenhem funes

    especficas de segurana e sade no local de trabalho e da organizao da emergncia (pri-

    meiros socorros, combate a incndios, evacuao de trabalhadores e a respectiva formao

    e material disponvel).

    A designao dos trabalhadores responsveis pela aplicao das medidas de preven-o.

    O recurso a servios externos empresa ou a tcnica qualificados para assessorar o

    desenvolvimento de todas ou parte das actividades de segurana, higiene e sade no tra-

    balho

    Escolha de equipamento de protecoAs informaes relativas avaliao dos riscos

    A lista anual dos acidentes de trabalho mortais e dos que ocasionem incapacidades para

    o trabalho superior a trs dias teis

    Os relatrios dos acidentes de trabalho

    Actividades que envolvam interveno de vrias empresas

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    Deve ser facultado aos representantes dos trabalhadores com o objectivo de estes apresen-

    tarem propostas o acesso:

    s informaes tcnicas objecto de registoAos dados mdicos colectivos no individualizados

    As informaes tcnicas provenientes de servios de inspeco e outros organismos com-

    petentes no domnio da segurana e sade no trabalho

    Participar, neste caso, significa expressar uma opinio sobre a melhor maneira de organizar

    o trabalho afim de defender a tua sade e a dos teus colegas de forma a conseguir que a

    preveno seja o mais eficaz possvel.

    Segundo a lei, s o veculo atravs do qual os teus colegas conseguem realizar essa partici-

    pao. O teu papel no o de organizar a preveno, nem fazer preveno, nem avaliar os

    riscos ou elimina-los, nem garantir a segurana e a sade no trabalho. Todas estas coisasso da responsabilidade do empregador. O que tens que fazer como Representante dos

    Trabalhadores so basicamente duas coisas:

    1. Verificar se a segurana e sade dos trabalhadores efectiva e eficaz. Sempre que

    vejas um risco no controlado, que na tua empresa as matrias de preveno so tratadasde improviso, que no foi facultada informao suficiente a ti ou aos teus colegas de traba-

    lho, que no foste consultado antes de serem tomadas decises que podem afectar a segu-

    rana e sade dos trabalhadores, reage tentando de uma forma positiva que o empregador

    altere o seu comportamento. Mas, se tal no acontecer, deves apresentar queixa junto da

    ACT- Autoridade para as Condies de Trabalho. Segundo a lei o teu papel : exercer a vigi-

    lncia e o controle sobre o cumprimento da legislao para prevenir riscos profissionais

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    2. Tornar efectiva a participao dos teus colegas. Na qualidade de porta-voz s respon-

    svel por expressar o ponto de vista dos teus colegas quando o empregador faz uma das

    consultas a que a lei o obriga.Deves estudar os assuntos para defenderes a tua opinio, tendo sempre em conta que ela

    construda a partir dos pontos de vista dos teus colegas.

    As medidas de preveno introduzidas devero ser aquelas que os teus colegas consideram

    como as melhores. A lei define como tua esta competncia de ser consultado pelo empre-

    gador, em todas as questes pertinentes, em matria de preveno de riscos.

    Este o teu papel e se no o desempenhares ningum o far. Assim s insubstituvel e to

    importante como os prprios tcnicos de preveno.

    Conheces os teus colegas, falas com eles sobre o que os preocupa e quais as solues que

    consideram pertinentes porque perguntaste e estabeleceste com eles um dilogo, enquanto

    seu representante e, portanto, o nico autorizado a falar em seu nome.

    assim muito claro o que tens que fazer:

    Para comear observa os postos de trabalho e ouve os teus colegas para saberes

    quais so os problemas existentes nos postos de trabalho e de outros problemas

    que afectem os teus colegas e ponham em causa a sua segurana e sade. Assim

    podem construir uma opinio comum. De seguida faz propostas e negoceia com o empregador. Tens que ser um bom

    negociador

    Conquista o apoio dos teus colegas. So eles que legitimam a tua actividade de

    representante

    E finalmente controla e faz cumprir o acordado. Verifica se foram introduzidas as

    medidas negociadas com o empregador ou proposta pelo Tcnico de Preveno,

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    ou preconizadas pelo Acordo Colectivo de Trabalho bem como o Plano de Se-

    gurana. Se verificares que h incumprimento prope ao empregador que sejam

    corrigidas de imediato as anomalias. No te esqueas que s um negociador e jconquistaste a confiana dos teus colegas e agora tens de fazer o mesmo com o

    teu empregador,

    Se o empregador no cumprir com as suas obrigaes ou se as medidas adoptadas

    e os meios fornecidos pelo empregador forem insuficientes para assegurar a segu-

    rana, higiene e sade no trabalho deves solicitar a interveno da Inspeco-geral

    do Trabalho.

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    Com que instrumentos contas?

    1. Formao Aos trabalhadores e seus representantes escolhidos para se ocuparem da

    segurana, higiene e sade dos trabalhadores, deve ser assegurada, pelo empregador, a

    formao permanente para o exerccio das respectivas funes.

    A formao dos representantes dos trabalhadores em segurana, higiene e sade no traba-

    lho deve ser assegurada de modo que no possa resultar prejuzo para os mesmos

    Para que possas desempenhar o teu papel a lei reconhece-te um amplo catlogo de direitos

    tais como formao pertinente e permanente para o exerccio das tuas funes.

    Esta formao deve ser assegurada pelo empregador de forma gratuita e no tempo de tra-

    balho. Este tempo, utilizado na formao, no deve ser deduzido no teu crdito de horas de

    representante dos trabalhadores

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    O SINDEL promove cursos para representantes dos trabalhadores de SHST. A forma de

    aceder aos cursos muito fcil: basta contactares com a pessoa responsvel pela seguran-

    a, higiene e sade no trabalho ou da formao do SINDEL, ela diz-te como e quando podescomear o curso.

    2. Informao: Tens direito a receber informaes sobre os riscos da empresa e a forma de

    os prevenir e de receber uma cpia de qualquer documento elaborado sobre preveno dos

    riscos profissionais tais como. avaliao dos riscos, o plano de segurana, os resultados da

    vigilncia da sade, as estatsticas dos acidentes, a informao facultada pelo empregador

    aos seus fornecedores, as notificaes da ACT e as actividades desenvolvidas pelo servio

    de preveno... Tens direito a conhecer tudo o que diz respeito segurana e sade dos teus

    colegas pois tu s os seus ouvidos e a voz.

    3. Inspeco: Como representante dos trabalhadores podes visitar qualquer posto de tra-balho, para verificar se as normas de preveno so cumpridas e acompanhar a Inspeco-

    geral do Trabalho por ocasio das visitas e fiscalizaes efectuadas empresa e apresentar

    observaes. Tambm deves acompanhar os Tcnicos nas visitas empresa para efectua-

    rem medies ou outras verificaes relacionados com a segurana e sade dos trabalha-

    dores. Tens que solicitar que sejas informado da presena tanto dos inspectores como dostcnicos na empresa.

    4. Consulta: O empregador tem a obrigao de consultar os representantes dos trabalhado-

    res sobre tudo aquilo que pode ter efeitos nocivos sobre a segurana e sade dos trabalha-

    dores, especificamente como pretende organizar toda a actividade preventiva.

    Alm disso, antes de tomar uma deciso que afecte ou possa vir a afectar a segurana e

    Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST19

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    sade dos trabalhadores, o empregador deve submet-la consulta dos representantes dos

    trabalhadores. Esto nesta situao, alteraes na organizao do trabalho, novas tarefas

    e a introduo de novas tecnologias que podem afectar a segurana e sade dos trabalha-dores, as medidas a tomar em situaes de emergncia e os projectos de formao dos

    trabalhadores nas matrias de preveno no trabalho.

    Podes propor tua empresa qualquer medida preventiva que consideres ser uma medida

    para melhorar as condies de trabalho.

    Caso o empregador no aceite as tuas propostas obrigado a dar-te as razes que levaram

    a no consider-las.

    5. Investigao dos danos para a sade: O teu empregador deve informar-te sobre os da-

    nos produzidos na segurana e sade dos teus colegas de trabalho. Tens o direito de aceder

    ao local de trabalho, mesmo aps o horrio de trabalho, para investigares as causas dos

    acidentes que foram acontecendo. Tambm podes utilizar os resultados dos inquritos esta-tsticos para detectar problemas de segurana e sade ou verificar se a preveno eficaz.

    6. Paralisao de trabalhos: Podes at paralisar a actividade da tua empresa se na tua

    opinio, e de forma razovel, entendes estar perante uma situao de risco grave e iminente.

    Podes exercer esta faculdade por duas vias diferentes: comunicando ao teu empregadorque na tua opinio existe uma situao de perigo grave. Se no o poderes fazer, paralisas tu

    mesmo a actividade e comunicas Autoridade para as Condies do Trabalho no perodo

    de 24 horas. Esta aco no est sujeita a sanes disciplinares, a menos que se prove que

    agiste de m f.

    7. Tempo: O tempo necessrio para desenvolves as tuas funes como representante dos

    20 Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST

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    trabalhadores ser suportado pelo teu crdito horas, mas se tiveres uma reunio com o teu

    empregador ou com a comisso de segurana, estas horas no devero ser deduzidas no

    teu crdito horas. O mesmo acontece com o tempo que utilizares para visitar os postos detrabalho onde tenha havido qualquer dano para a sade dos trabalhadores, bem como para

    acompanhar tcnicos ou a Inspeco do Trabalho, ou para frequentar cursos de formao,

    propostos pelo empregador ou por acordo com ele.

    A lei protege-te contra eventuais represlias por parte do empregador. Como representante

    dos trabalhadores para a segurana, higiene e sade gozas das garantias conferidas pela

    legislao, nomeadamente:

    Expressar livremente as tuas opinies junto do empregador e distribuir sem pertur-

    bar o trabalho as publicaes de interesse do trabalho;

    No podes ser despedido nem punido ou discriminado profissionalmente por exer-

    ceres as tuas funes;

    Prioridade de continuidade na empresa, em caso de extino do contrato por moti-vos econmicos ou tecnolgicos.

    Abertura de processo contraditrio no pressuposto de sanes graves.

    Mas, para alm das ferramentas que te assiste por lei, tens outras mais importantes queso:

    O apoio dos teus colegas, a tua maior fora seres representante deles. No fi-

    ques s. Escuta-os e diz o que fazes com o seu apoio.

    Tu s os seus cinco sentidos, a sua experincia, o seu entusiasmo e o seu bom

    senso. Nunca penses que no sabes o suficiente para opinares, comentares, pe-

    Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST21

    22 G i P ti R t t d T b lh d d SHST

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    dires, negociares e lutares. O objectivo seres activo para tentares melhorar as

    coisas. Algumas vezes ser mais fcil, outras mais difceis. A questo tentar.

    O teu sindicato,se precisares de ajuda, apoio, aconselhamento ou assessoramen-to, vem ao SINDEL. Ns ajudamos-te.

    As tuas ferramentas

    22 Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST

    Cabea: pensar soluesOuvidos: escutar os trabalhadores

    Boca: argumentar propostas

    Estmago: perseverar nas estratgias

    Mos: conseguir apoios

    Ps: visitar os postos de trabalho

    Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST 23

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    O SINDEL ajuda-te na tua tarefa

    de Representante dos Trabalhadores de SHST

    Na tua misso podes contar com o apoio e conselhos

    necessrios. Como sabes, o SINDEL tem instalaes

    em Lisboa, Porto, Coimbra, e vora. Nestes locais po-des encontrar companheiros que podem ajudar-te e

    aconselhar para que possas fazer o melhor nesta tua

    nova funo de Representante dos Trabalhadores para

    a SHST.

    Como vs, a partir de agora fazes parte de um gran-de colectivo de pessoas do SINDEL, que trabalha para

    tornar possvel o exerccio dos teus direitos e dos teus

    colegas

    PREVENIR um boletim informativo do SINDEL, paraos Representantes dos Trabalhadores de SHST, atravs

    do qual recebers trimestralmente Informaes que po-

    dem ser teis para a tua actividade, onde conhecers

    experincias sobre o que fazem os teus companheiros.

    Tambm podes enviar para a redaco tudo aquilo que

    consideres interessante.

    Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST23

    24 Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST

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    Resumo

    J te dissemos quais so os teus direitos como representante dos trabalhadores para a

    SHST, que faculdades e garantias a lei te d. Tambm sabes que vais fazer parte de um nu-

    meroso grupo de pessoas que lutam dia a dia para melhorar as condies de trabalho das

    pessoas. No actues sozinho, o SINDEL tem a informao e formao que necessitas para

    exerceres os teus direitos. Mas ns no queremos finalizar este guia sem relembrar algumas

    coisas que so muito importantes, que te podero permitir exigir ao empregador a aplicao

    imediata de aces preventivas e que so:

    A lei determina de forma clara e quais so as principais obrigaes dos empre-

    gadores Todos os empregadores tm o dever de integrar a preveno como

    mais uma tarefa de gesto da empresa e a faz-lo com a tua participao. Esta

    deve ter em conta os seguintes princpios:

    24 Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST

    Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST 25

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    o Evitar riscos.

    o Avaliar os riscos que no podem ser evitados.

    o Lutar contra o risco na sua origem.o Adaptar o trabalho ao indivduo.

    o Reduzir o trabalho montono e repetitivo.

    o Substituir o perigoso pelo que envolve pouco ou nenhum risco.

    o Planeamento da preveno.

    o Preterir a proteco colectiva para o indivduo.

    o Dar instrues adequadas aos trabalhadores.

    Como podes ver, as obrigaes das empresas so muito claras. Com os teus direitos, e com

    o apoio dirio do SINDEL, poders desenvolver melhorias nas condies das tuas novas

    tarefas.

    Tambm poders obter informaes na ACT- Autoridade para as Condies de Trabalho

    Estamos contigo.

    E por isso os teus companheiros desejam-te SORTE.

    Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST 5

    26 Guia Prtico para Representantes dos Trabalhadores de SHST

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    LEGISLAO

    Decreto-lei n 441/91 de 14 de Novembro

    Decreto-lei n 26/94

    Lei n 99/2003 de 27 de AgostoLei n 35/2004 de 29 de Julho

    Bibliografia

    Alguns sites com informao relevante

    www.sindel.pt

    www.act.gov.pt

    www.osha.europa.euwww.ilo.org

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