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Por último, peça que façam a 6 a questão. Nosso objetivo é que vejam que é possível orga- nizar o discurso direto sem introduzi-lo por aquelas palavras destacadas, pois há outras mar- cas que indicam quem está falando. Respostas 1. O texto tem 25 parágrafos. 2. A fala do narrador. 3. A fala da personagem, ou a fala do lobo. 4. Esperamos que respondam que antes da fala da perso- nagem aparece um travessão, e antes da fala do narra- dor não aparece nada. 5. São algumas palavras que vêm imediatamente antes da fala da personagem, como: disse assim, respondeu, gritou, admirou-se, falou e o sinal de dois-pontos. 6. a) Lobo; b) Cavalo; c) Lobo; d) Cavalo Esperamos que as crianças observem todos ou alguns dos seguintes recursos: o lobo se diri- gir à outra personagem chamando-a pelo nome (Cavalo), a alternância das falas, o significado do que está sendo dito, a pontuação e a ocupação espacial. Para sistematizar essas descobertas, sugeri- mos trabalhar com: 1. outro texto no qual haja parágrafos de narra- ção e diálogos e peça que os alunos pintem com cores diferentes o que é do narrador e o que é das personagens, usando uma cor para cada uma; 2. textos sem palavras (só com seqüências de le- tras imitando palavras), com discurso direto, para saberem quando é fala de personagem e quando é fala de narrador; 3. textos nos quais haja narração intercalada com personagem, para pedir aos alunos que pintem o que é de cada um. Discutir o que observaram para saber como responder; 4. textos com pontuação do discurso direto, mas sem organização espacial, para que reescre- vam os parágrafos. No livro do aluno, encontramos algumas ati- vidades com esses objetivos.Veja a seguir. PÉ-COM-SALTO, PÉ-SEM-SALTO??? — 1ª parte (p. 114) Objetivo: Possibilitar o uso das descobertas sobre a pontuação e a organização de discurso direto feitas até então. Estratégia: nessa atividade de sistematização, re- tiramos toda a pontuação expressiva, interna e do diálogo. Os alunos devem ler o texto e des- cobri-la. Use a situação para discutir e ajudá-los a ampliar a compreensão sobre a pontuação. Nos- so objetivo não é o certo e o errado, mas a re- flexão. Em várias situações há mais de uma solu- ção possível. Aceite-as. Resposta O sapato estava andando pela cidade. Quando voltou para o armário, queixou-se para o ca- bide: – Veja só! Fui assaltado, me roubaram o salto e ago- ra fiquei a-saltado. Não se pode mais andar pela cidade hoje em dia. O cabide entortou o pescoço e curvou os ombros para ver o pé de sapato des-saltado. – Santo boi, amigo sapato! Você ficou sem um peda- ço! Precisa de cuidados urgentes. Que tal um transplante de salto? PÉ-COM-SALTO, PÉ-SEM-SALTO??? — 2ª parte (p. 115) Objetivos: • promover a sistematização das descober- tas feitas sobre discurso direto; • despertar a consciência dos elementos que devem ser observados quando estrutura- mos o discurso direto. Estratégia: essa é uma atividade de manutenção. Você pode pedi-la como lição de casa. Nela, para que os alunos não ficassem copiando mais textos, escrevemos a mesma parte da história, produzin- do erros que costumam ser cometidos por eles. O trabalho é descobrir e justificar tanto o acerto quanto o erro. Objetivos e orientações específicas – gramática e ortografia 57

a PÉ-COM-SALTO, PÉ-SEM-SALTO??? — 1ª parte (p. 114) · nagem aparece um travessão, e antes da fala do narra- ... interna e do diálogo. ... essa é uma atividade de geração,e

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Por último, peça que façam a 6a questão.Nosso objetivo é que vejam que é possível orga-nizar o discurso direto sem introduzi-lo poraquelas palavras destacadas, pois há outras mar-cas que indicam quem está falando.

Respostas

1. O texto tem 25 parágrafos.

2. A fala do narrador.

3. A fala da personagem, ou a fala do lobo.

4. Esperamos que respondam que antes da fala da perso-nagem aparece um travessão, e antes da fala do narra-dor não aparece nada.

5. São algumas palavras que vêm imediatamente antesda fala da personagem, como: disse assim, respondeu,gritou, admirou-se, falou e o sinal de dois-pontos.

6. a) Lobo; b) Cavalo; c) Lobo; d) Cavalo

Esperamos que as crianças observem todosou alguns dos seguintes recursos: o lobo se diri-gir à outra personagem chamando-a pelo nome(Cavalo), a alternância das falas, o significado doque está sendo dito, a pontuação e a ocupaçãoespacial.

Para sistematizar essas descobertas, sugeri-mos trabalhar com:

1. outro texto no qual haja parágrafos de narra-ção e diálogos e peça que os alunos pintemcom cores diferentes o que é do narrador e oque é das personagens, usando uma cor paracada uma;

2. textos sem palavras (só com seqüências de le-tras imitando palavras), com discurso direto,para saberem quando é fala de personagem equando é fala de narrador;

3. textos nos quais haja narração intercaladacom personagem, para pedir aos alunos quepintem o que é de cada um. Discutir o queobservaram para saber como responder;

4. textos com pontuação do discurso direto, massem organização espacial, para que reescre-vam os parágrafos.

No livro do aluno, encontramos algumas ati-vidades com esses objetivos. Veja a seguir.

PÉ-COM-SALTO, PÉ-SEM-SALTO??? — 1ª parte (p. 114)Objetivo:

Possibilitar o uso das descobertas sobre apontuação e a organização de discurso diretofeitas até então.

Estratégia: nessa atividade de sistematização, re-tiramos toda a pontuação expressiva, interna edo diálogo. Os alunos devem ler o texto e des-cobri-la. Use a situação para discutir e ajudá-los aampliar a compreensão sobre a pontuação. Nos-so objetivo não é o certo e o errado, mas a re-flexão. Em várias situações há mais de uma solu-ção possível. Aceite-as.

Resposta

O sapato estava andando pela cidade.

Quando voltou para o armário, queixou-se para o ca-bide:

– Veja só! Fui assaltado, me roubaram o salto e ago-ra fiquei a-saltado. Não se pode mais andar pela cidadehoje em dia.

O cabide entortou o pescoço e curvou os ombros paraver o pé de sapato des-saltado.

– Santo boi, amigo sapato! Você ficou sem um peda-ço! Precisa de cuidados urgentes. Que tal um transplantede salto?

PÉ-COM-SALTO, PÉ-SEM-SALTO??? — 2ª parte (p. 115)Objetivos:

• promover a sistematização das descober-tas feitas sobre discurso direto;

• despertar a consciência dos elementos quedevem ser observados quando estrutura-mos o discurso direto.

Estratégia: essa é uma atividade de manutenção.Você pode pedi-la como lição de casa. Nela, paraque os alunos não ficassem copiando mais textos,escrevemos a mesma parte da história, produzin-do erros que costumam ser cometidos por eles. Otrabalho é descobrir e justificar tanto o acertoquanto o erro. O

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Respostas

1. A versão correta é a número 2.

2. Esperamos que os alunos observem que, na versão 1,as falas de narrador e personagem aparecem na mes-ma linha. Na versão 2, o travessão foi usado para intro-duzir a fala do narrador. E nas duas versões houve usoinadequado da pontuação, comprometendo a compreen-são do significado do texto.

PÉ-COM-SALTO, PÉ-SEM-SALTO??? — 3ª parte (p. 117)Objetivo:

Proporcionar a discussão sobre o alinhamen-to das maiúsculas, que se deslocam quando co-locamos o travessão.

Estratégia: essa também é uma atividade de manu-tenção. Peça que façam como lição de casa e discu-ta as respostas no momento da correção. A únicadiferença entre as duas versões é que, na segunda,o travessão está no espaço do parágrafo. Esse é umerro muito comum cometido pelos alunos: respei-tam o alinhamento das maiúsculas e, por isso, nãopodem deixar o parágrafo antes do travessão.

Discuta com os alunos a diferença entre a-sal-tado e assaltado. Ela é fundamental para a com-preensão do humor do texto e trabalha com aimportância da segmentação relacionada à signifi-cação.

Deixem que respondam individualmente aatividade e depois polemize a discussão, pedindoque justifiquem a resposta que deram.

Respostas

1. A versão correta é a número 1.

2. Na versão 2, o travessão aparece grudado na margemesquerda, quando deveria aparecer alinhado ao pará-grafo inicial.

3. Final da história da autora: No fim da tarde, o sapato voltou para o armário, sal-

tando de alegria e fazendo um barulho danado!– Que é isso, amigo sapato? Moda nova? — pergun-

tou o cabide.O sapato virou de costas e mostrou, orgulhosíssimo,

o novo salto: uma ferradura brilhando, novinha em folha!

4. Resposta pessoal.

PONTUANDO AS PIADAS — 1ª parte (p. 119)Objetivo:

Levar os alunos a coordenar todas as desco-bertas feitas até então sobre discurso direto epontuação.

Estratégia: escolhemos piadinhas porque sãotextos curtos, com sentido completo, que agra-dam às crianças e que costumam ser escritoscom diálogos. Como coordenar todos os ele-mentos simultaneamente não é tarefa simples,peça que façam em duplas. A divergência entreeles é importante para desenvolver a consciên-cia e a argumentação.

Respostas

1ª piada

Sugestão de resposta:Pai e filho combinam que, se o menino não tiver no-

tas boas no colégio, não irá viajar com o pai no final doano. Chega o boletim com todas as notas vermelhas e opai diz:

– Filho, você não cumpriu sua parte no trato.O filho responde:– É, pai. Então você também não precisa cumprir a

sua.

2ª piada

Veja uma solução possível:

A avó dá uma bronca em seu neto:– Carlinhos, por que você atirou um carrinho na cabe-

ça do seu primo?E ele responde:– Porque ele me beliscou.E a avó, indignada, pergunta:– Mas por que você não me chamou?– Para quê? A senhora não ia acertar mesmo!

O FAZENDEIRO, SEU FILHO E O BURRO(p. 120)Objetivos:

• destacar para o aluno a possibilidade de onarrador aparecer intercalado e pospostoà fala da personagem como outra possibi-lidade de estruturação do discurso direto;

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• promover o reconhecimento do travessãocomo a marca que separa narrador e per-sonagem nos dois casos.

Estratégia: essa é uma atividade de geração, e porisso deve ser feita em classe, sob a coordenaçãodo professor. Ela em si não é complicada, mas suadiscussão é importante. Peça aos alunos que leiama história e discuta com eles seu ensinamento. De-pois, peça que façam em duplas ou trios as trêsprimeiras atividades e ajude-os, no momento dacorreção, a verificar que nesses casos:

• há um travessão separando a fala do narra-dor e a da personagem;

• quando o travessão é inicial, introduz fala depersonagem; quando é no meio, separa-ada do narrador;

• que depois do travessão no início apareceletra maiúscula;

• quando depois do travessão vem o narra-dor, aparece letra minúscula;

• quando volta a fala da personagem, dependede como terminou a primeira fala dela paradecidir se é maiúscula ou não.

Voltaremos a essas discussões, mas é bomque comecem a pensar nesses detalhes.

Por último, discuta com os alunos os ditados.Muitas vezes, as crianças não entendem o signifi-cado dos ditados, mesmo que os conheçam decor. É sempre interessante explorar oralmente acompreensão que têm de cada um deles, dando-lhes assim a oportunidade de articular uma justi-ficativa, um argumento, organizando e comuni-cando o que está “dentro da cabeça”, que mui-tas vezes consideram que é igual ao que está nacabeça do outro, e nem sempre é assim. Alémdisso, ditados populares são formas de expressãodos valores de uma cultura popular e conhecê-los é ampliar a visão dessa identidade regionale/ou nacional.

No entanto, a maior parte dos ditados popu-lares é questionável, e isso é importante os alu-nos saberem, pois muita gente acaba se orientan-do pelos ditados em suas escolhas de vida. Abrincadeira de modificá-los leva a pensar nisso:será que todos são sábios?

Respostas1. Aparece um travessão.

2. 9º parágrafo. “Suba na garupa, meu filho. Não queroparecer cruel — pediu o pai.”

3. 11º parágrafo.

“– Oh! Pobre burro maltratado, carregando uma duplacarga! — gritaram alguns fazendeiros. — Deviam carre-gar o burro às costas, em vez de este carregá-los.”

4. Resposta pessoal.

No caso dessa forma de organização do diálo-go, o parágrafo aparece, mas a criança só faz a or-ganização espacial correta no início do discurso di-reto. Muitas vezes, coloca parágrafo quando deve-ria manter o narrador na mesma linha e vice-ver-sa (deixa na mesma linha o narrador que deveriaestar na outra linha com parágrafo). Como interfe-rir? O que é preciso que eles compreendam?

É preciso que eles tomem consciência da na-tureza da informação que vem depois da fala dapersonagem:

a) Quando o que o narrador diz é uma ex-plicação ou algo que se refere à persona-gem, aparece na mesma linha. Exemplo:– Tata! Lela! Ana! Aaaai, minha perninha! –gemia Quito esfregando a canela. – Venhamcá, depressa!– Venham ver o que está escrito na parede,venham – avisava Quito, assustado.

b) Quando o que se segue à fala da persona-gem é um novo momento dentro da nar-ração, não se referindo àquilo que a perso-nagem disse ou explicando o que foi dito,deve-se fazer um parágrafo.

Exemplo:

Foi quando, da sala da frente, vovó gritou:

– Socorro!

Os três correram pra lá. A cadeira de balançotinha agarrado Tata com os braços de madeira, eela não podia se levantar.

Para que os alunos percebam essa distinção,leia com eles um texto que tenha essa varieda-de de combinações, perguntando por que elesacham que às vezes a fala fica na mesma linha epor que às vezes muda. O

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Feita a descoberta, registrá-la no caderno,destacando-a bem, e partir para as atividades desistematização:

1. oferecer textos com discurso direto, escritostodos em seguida, para que os alunos reescre-vam organizando em parágrafos. Nesse mo-mento, a pontuação é dada, para trabalharapenas a organização espacial;

2. criar um quebra-cabeça de texto para eles or-ganizarem em grupo;

3. fazer um Jogo dos sete erros, incluindo erros deorganização de discurso direto.

Após a sistematização, caso você sinta que suaclasse está organizando o texto com tranqüilida-de, passe para a etapa seguinte. Se sentir que elesprecisam trabalhar mais para se soltar na escrita,deixe essa etapa para a 3a série, sem problemas.

A quarta etapa desse trabalho corresponde àdescoberta dos outros elementos que podemsubstituir a introdução da fala da personagem pelafala do narrador usando o famoso “E ele disse”.Essa etapa será trabalho da 3a série.A utilização donarrador intercalado na fala da personagem podeser trabalhada na discussão de quando o narradorfica na mesma linha e quando muda de linha. Orestante será desenvolvido apenas na 3a série.

PONTUANDO AS PIADAS — 2ª parte (p. 122)Objetivo:

Promover a sistematização das descobertasfeitas sobre o discurso direto.

Estratégia: por serem textos curtos, completos,escolhemos novamente as piadas, que exigem in-terpretação e sabedoria para pontuá-los. Discutaas piadas com os alunos para garantir que fize-ram sentido para eles. Depois, peça que façamem duplas a reescrita no caderno, organizando odiscurso direto, a pontuação lógica, a pontuaçãoexpressiva e as letras maiúscula e minúscula. Nomomento da correção, polemize e ouça os alu-nos. É um excelente momento para rever con-ceitos e tirar dúvidas.

Essas piadas trazem uma dificuldade a mais:apresentam a fala do narrador posposta e inter-calada. Boas gargalhadas!

Respostas

1ª piada

Resposta possível:Duas minhocas estão fofocando quando passa por

elas uma taturana.– Você viu como ela está bem de vida? — diz uma

das minhocas morrendo de inveja.– É mesmo, está até com casaco de pele — respon-

de a outra.

2ª piada

Resposta possível:– Socorro, venham rápido! — diz uma voz desespe-

rada pelo telefone. — Um gato acaba de entrar na minhacasa!

– Não fique apavorado — dizem os policiais –, nãoé preciso se apavorar por causa de um gato.

– Mas é uma tragédia, por favor, venham logo!!!!– Afinal, quem está falando? — pergunta o policial.– Sou eu, o papagaio.

QUE HISTÓRIA?!? (p. 123)Objetivo:

Fazer a revisão dos conceitos trabalhados atéagora. Essa atividade é uma síntese de tudo oque foi trabalhado até agora em pontuação ex-pressiva, interna, discurso direto e paragrafação.

Estratégia: para ser realizada com sucesso, é ne-cessário que o professor siga cuidadosamente ospassos sugeridos. São eles:

1. Reúna os alunos em duplas ou trios e peçaque observem o texto e tentem descobriro que as marcas presentes podem indicar.É um exercício de dedução.

2. Faça perguntas com a intenção de dirigir-lhes o olhar :“Vocês imaginam que seja umtexto literário ou informativo?” (só podeser literário, pois os informativos não apre-sentam diálogo); “Quantas personagenspodem estar presentes?” (duas, no máxi-mo três, pois não há interferência de nar-rador o tempo todo); “O que as persona-gens poderiam estar conversando? Obser-vem a progressão da pontuação, como os

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pontos vão crescendo e indicando uma in-tensidade. Que assuntos poderiam levar aspessoas a esses sentimentos?”.

3. Cada um vai imaginando, depois em gru-po respondem às perguntas para organi-zar o que pensaram.

4. Por fim, pedimos que redijam um textoque siga o mesmo caminho, que tenha diálogos e narrador e no qual as pessoasconversem de tal forma que haja uma pro-gressão na discussão. Não é para seguiremlinha a linha, só o “espírito do texto”.

Textos concluídos, faça uma sessão de leituraem voz alta e troque as soluções entre os alunos.É muito divertido ver a diversidade de criação!

Respostas

1. a) É um texto em prosa.b) É um texto literário.

2. Parágrafo 7.

3. Parágrafo 15.

4. e 5. Respostas pessoais.

Módulo IV — Parágrafo (p. 125 a 132)

1. Algumas considerações sobre o

parágrafo

O parágrafo é uma longa e difícil conquista dojovem escritor, encerrando uma série de dificulda-des. Normalmente, ensina-se às crianças que semuda de parágrafo quando “vai-se mudar de as-sunto”, e sua sistematização costuma ser trabalha-da por meio da correção, ou seja, no texto escritopela criança, assinala-se de alguma forma a ausên-cia do parágrafo, ou seu uso inadequado, mostran-do a forma correta.Ao dar uma explicação para acorreção, repete-se a mesma frase de sempre:“Ti-nha de ser parágrafo porque mudou de assunto”.

Consideramos que esse tipo de intervençãoapresenta alguns problemas, além de ser insufi-ciente para a criança dar conta de todos os as-pectos envolvidos na questão.

Como já foi exposto no Manual do Professorda 1a série, a criança passa por vários momentosdurante a investigação desse elemento textual:

1. Há um momento de indiferenciação, quando acriança não enxerga o parágrafo e, portanto,escreve em um único bloco.

2. Ao começar a observá-lo, fragmenta o textoem grandes blocos, geralmente dois ou três.

3. Freqüentemente, ao momento dos grandesblocos sucede-se o parágrafo simples, quando acriança “escreve uma idéia em cada parágrafo”.

4. A próxima conquista costuma ser a possibili-dade do parágrafo complexo (uma idéia prin-cipal circundada por outras secundárias), quesurge primeiramente de forma inadequada.

5. Conquista-se o parágrafo formal.

Todo esse longo processo leva tempo. O tra-balho proposto para a 1a série pretendia transfor-mar o parágrafo em algo observável para a crian-ça em sua dimensão espacial, e iniciar uma refle-xão assistemática sobre as razões da paragrafação.

De acordo com o trabalho proposto no anoanterior, as crianças costumam iniciar a 2a sérieescrevendo grandes blocos e usando alguns pa-rágrafos simples. De que maneira podemos daragora um referencial para decidirem como pen-sar para paragrafar?

2. Como paragrafar?

O trabalho que será proposto pede algumasexplicações prévias.

A imagem é uma forma de comunicaçãomuito forte em nossa sociedade e tem uma lin-guagem de compreensão quase direta para ascrianças. O texto imagético apresenta elemen-tos e uma organização, como sistema, bastantesemelhante à da linguagem escrita. Para com-preender melhor, faça o seguinte:

1. Pegue uma folha de papel meio grossa, tiposulfite, e com ela faça um cone, deixando umpequeno orifício na ponta. Coloque-a sobreum dos olhos aberto e deixe o outro fechado.

2. Experimente, agora, explorar o mundo a par-tir desse pequeno orifício, movimentando opapel de tal forma que o pequeno orifício orase abra, ora se feche, como se fosse o movi-mento das lentes de uma máquina de filmar. O

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3. Experimente mudanças de plano, abrindo e fechando o foco, olhando o mesmo objetopor diferentes ângulos. Saiba que cada mudan-ça de plano de sua máquina de filmar cor-responde a uma mudança de parágrafo na es-crita.

Peça a seus alunos que façam “máquinas defilmar” e que brinquem de cameramen. Eles cos-tumam entrar na brincadeira com muito prazer.Faça uma dramatização para os alunos “filma-rem”, ou peça-lhes que façam um documentárioda escola, por exemplo, deixando-os brincar eexplorar à vontade, para que façam todas as des-cobertas possíveis.

Descobertas feitas, chame-os de volta e con-verse com eles sobre o que descobriram.

Deixe-os falar livremente e, com perguntas,faça-os observar que o mesmo objeto ou pes-soa, quando observados por ângulos diversos,mostram-se diferentes.

Proponha em seguida que assistam à televi-são e observem quando e como a câmera vai semovimentando. Amplie as descobertas que fize-ram pela troca das observações.

Após a discussão, proponha-lhes o seguinte:faça um desenho grande na lousa, ou pendureuma gravura grande, e diga-lhes que você vai sero narrador de uma história que vai inventar eque eles serão os cineastas que irão filmar a his-tória que está sendo contada.Todos devem pe-gar suas “câmeras”, imaginar a história que estásendo contada e fazer a filmagem.

A cada mudança de cena pare e pergunte sea câmera de filmar permanece igual ou se houvemodificação. A cada mudança de câmera que al-guém fizer, a classe deve discutir se mudou e porquê. Essa atividade, além de facilitar o trabalho dedescoberta do parágrafo, permite que a criançacompreenda que o prazer de ler vem da possi-bilidade de se transformar palavras em imagens,de montar “um filme na cabeça”, descobrindo assim um novo plano de relação textual.

Peça-lhes em seguida para abrirem o livro napágina 125 e fazer a atividade a seguir.

O TOURO E A VÓ LUÍSA — 1ª parte (p. 125)Objetivo:

Levar os alunos a perceberem que cada pa-rágrafo mostra uma cena, um ângulo diferenteou uma mudança no foco da câmera de filmar.

Estratégia: o professor pede a cada aluno quepegue sua câmera de filmar de papel e faça umaabertura que ache adequada para caber a cenaque está representada na primeira figura. En-quanto eles observam pela máquina, o professorlê pausadamente o primeiro parágrafo. Continualendo o segundo parágrafo e deixa que sintamque aquela representação já não cabe para otexto. Mudam de cena, focalizando a segundacena. O professor conversa, perguntando sehouve mudança de ângulo, afastamento, etc. Daprimeira para a segunda cena há um distancia-mento da câmera, que agora deve abranger umplano mais geral para que caiba a imagem da ci-dade como um todo.

Do segundo para o terceiro parágrafo, hánovo movimento de aproximação, só que nocampo, não na casa de vó Luísa. O professor con-tinua lendo e os alunos vão modificando sua câ-mera... No final, devem dar asas à imaginação eserem eles os ilustradores.

Terminada a atividade, o professor perguntaaos alunos o que acontecia na escrita quandoeles mudavam o foco da “câmera”. Poderão ob-servar, então, que cada mudança de foco corres-pondia a um novo parágrafo.

O TOURO E A VÓ LUÍSA — 2ª parte (p. 127)

Objetivo:

Promover a sistematização das descobertasfeitas sobre parágrafo.

Estratégia: o professor vai lendo a continuaçãoda história, e os alunos vão imaginando as cenase as mudanças de câmera. Depois, o professorpede que se reúnam em equipes e discutamcomo paragrafariam o trecho.

O momento da correção é fundamental.Abra espaço para que argumentem, que justifi-quem por que acham que devia ser nesse ounaquele lugar o parágrafo, pois é a justificativa e

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ática e ortografia

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o embate de opiniões que vão estruturar acompreensão deles. Não se esqueça de que pa-rágrafo não é um conceito com regras rígidas, epor isso o fundamental não é saber qual a res-posta certa, mas discutir como pensar para setomar uma decisão.

Observem que o trabalho começa de formalivre e lúdica, relaciona as linguagens em um tra-balho mais concreto (filmagem-imagem) e de-pois em um plano mais abstrato (filmagem-textoescrito). Essa gradação é importante para que asrelações estabelecidas construam-se de formasignificativa para as crianças.

Discussões feitas, veja como cada um estásolucionando o parágrafo. Peça que façam a ati-vidade da p. 129.

Resposta

Essa é a solução do autor, mas não a única possível.

O texto deve ficar paragrafado assim:

1º Nem bem tinha dado (...) e pronto para correr atrásdela!

2º A vó Luísa (...) saiu correndo atrás dela.3º Enquanto a minha avó (...) parar de fugir do touro.4º E o touro atrás dela (...) por causa do suéter verme-

lho.5º Finalmente, na horinha (...) os chifres na madeira. 6º A vó (...) até chegar em casa.

O TOURO E A VÓ LUÍSA — 3ª parte (p. 129)Objetivo:

Levar os alunos a decidir qual forma de pa-ragrafar traduz com mais eficiência as cenas ima-ginadas.

Estratégia: essa é uma atividade de manutenção.Peça a cada aluno que leia silenciosamente asversões, sempre imaginando as cenas, e escolhaqual delas seria a mais bem paragrafada. O maisimportante é a discussão e as justificativas dadaspor eles para a escolha de sua versão.

Debata com seus alunos qual das três versõesestá mais adequada. Para isso, proponha a análi-se atenta e minuciosa de cada uma das versões,a fim de que eles percebam que a forma como

se paragrafa um texto provoca transformaçõesno olhar do leitor. Não trabalharemos com aidéia de certo ou errado, mas com as mudançasque cada escolha provoca.

Na versão 1, com excesso de parágrafos, asensação provocada é a de slides, de fragmenta-ção. Perde-se o movimento, o ritmo fica entre-cortado. É como se a câmera fizesse mais movi-mentos do que o necessário. É um pensamentode análise, que corresponde a uma etapa naconstrução do parágrafo pelas crianças. Eles co-locam uma informação em cada parágrafo, semconseguir agrupá-los em conjuntos maiores,como, por exemplo, o “das coisas que a mãepensou quando vó Luísa chegou”.

Na versão 2, os parágrafos organizam as informações em blocos de idéias, como se fos-sem momentos. Ao fazer isso integram as infor-mações do texto.Teríamos no 1º parágrafo: bisa-vó Olga vendo a filha chegando e o que fez; 2ºparágrafo: retorno para o presente, com a refle-xão de como o episódio marcou a vó Luísa; 3ºparágrafo: conclusão, narrando a mudança de ci-dade que a livrou dos touros.

A versão 3 nem sempre faz as partições deparágrafo nos momentos adequados. O 1º e 2ºparágrafos seriam adequados: bisavó Olga vendoa filha chegar e o que pensava naquele momen-to; depois o que fez de acolhedor; no 3º parágra-fo teríamos uma mistura de tempo. Começacontando o que aconteceu no passado e em se-guida volta para o presente. Acreditamos que aídeveria haver uma passagem de tempo, um mo-vimento de afastamento de câmera e, portanto,um parágrafo que não há. O 5º e 6º parágrafostambém deveriam estar integrados com a infor-mação anterior a ele por comporem uma finali-zação da cena descrita. Enfim, discuta com eles,peça que expliquem, defendam suas posições, as-sim como tentamos defender a nossa. Esse é ogrande exercício da aprendizagem: pensar, tomarconsciência, argumentar.

Resposta

Esperamos que eles escolham a versão 2, que é a ori-ginal e a que também não “pica” as informações ao meio. O

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As crianças, porém, podem escolher as outras versões.Ouça-lhes a justificativa para entender como estão pen-sando e faça perguntas que ajudem a “enxergar” aspec-tos que elas não consideraram.

VAMOS CONHECER UM POUCO SOBRE OSRATOS (p. 132)Objetivos:

• fazer os alunos pensarem como organizaras informações em parágrafos;

• promover um exercício de análise, síntesee interpretação de texto.

Estratégia: essa é uma atividade de sistemati-zação. Para evitar que tenham de ficar copiandoexaustivamente textos e mais textos, propomosa estratégia de escreverem apenas os númeroscorrespondentes a cada parágrafo. Reúna os alu-nos em equipes (a discussão entre eles, sobre aobservação das diferenças de pontos de vista aserem ajustados, é fundamental) e peça que de-cidam como organizariam os parágrafos. Depois,como sempre, abra espaço para muita discussãono grupão...

Respostas

1. 3 parágrafos

2. 1º parágrafo — 1, 2, 3, 4, 5 e 6, que agrupariam as in-formações que descrevem as características físicasdos ratos.

2º parágrafo — 7, 8, 9, que informam como se alimen-tam.

3º parágrafo — 10, 11, 12, que contam sobre os ratosrecém-nascidos.

Módulo V — Letras maiúsculas (p. 134 a 141)

Algumas considerações

Nosso objetivo é que os alunos observem oscasos em que a letra maiúscula aparece de for-ma sistemática e não sistemática. Seu uso, queparece tão simples para o adulto, encerra umasérie de dificuldades conceituais em relação aoutros conceitos. São especialmente essas rela-ções que pretendemos ajudá-los a estabelecer.

Durante a 1a série, foi apresentado o uso daletra maiúscula em nomes próprios. Não insisti-mos em sua sistematização por acharmos queela só teria significado após terem trabalhadocom pontuação interna e paragrafação, que sãoassuntos da 2a série.

É chegado, portanto, o momento.

Pretendemos ampliar o conceito de “nomepróprio”, pois os alunos acham que apenas no-mes de pessoas, personagens e lugares é quesão nomes próprios, não usando a maiúscula emoutras situações. Além disso, vamos aprofundaro uso da maiúscula em:

1. início do parágrafo;

2. depois de determinadas pontuações.

Estratégia: esse trabalho deve ser realizadodepois que os alunos já tiverem concluído par-te do trabalho de pontuação e paragrafação.Peça-lhes que, reunidos em grupos, façam a ati-vidade APRENDENDO A ESCOLHER.

APRENDENDO A ESCOLHER (p. 134)Objetivos:

• levar os alunos a discutir a relação entrepontuação e uso das letras maiúsculas eminúsculas;

• promover a organização dos conhecimen-tos relativos a letra maiúscula e pontuaçãoque estão sendo trabalhados ao longo doprocesso;

• levantar a importância da participação dopovo nas decisões tomadas pelo governo;discutir o que é eleição, plebiscito, demo-cracia.

Estratégia: essa é uma estratégia de geração.Nesse texto, Drummond consegue concretizarna atitude de D. Amarílis um conceito tão im-portante e abstrato. É a porta de entrada paratrazermos para as crianças uma lição de cidada-nia. Amplie o tema, traga jornais, debata comeles. Discussão feita, peça que, em grupos, res-pondam às questões propostas.

Nosso objetivo é que percebam que é neces-sário levar em consideração o contexto onde a

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pontuação aparece para tomar a decisão da letraque o segue, não podendo ser uma regra absolu-ta. Discuta com eles também a freqüência: depoisde uma vírgula o mais freqüente é aparecer letraminúscula; a maiúscula só aparecerá depois da vír-gula se houver um nome próprio, o que é muitomenos freqüente.

É fundamental que essa atividade seja a por-ta aberta para uma ampliação da própria discus-são. De lição de casa peça que procurem em li-vros variados, jornais e revistas a confirmação dasdescobertas e ampliação de outros casos quenão estão cobertos nessa atividade. Esse olharpara a relação entre esses dois elementos é fun-damental.

Respostas

Maiúscula MinúsculaInício do parágrafo XDepois de ponto final XDepois de travessão X X

Maiúscula MinúsculaDepois de vírgula X XDepois de dois-pontos X XDepois de exclamação X XDepois de interrogação X

1. É possível aparecer apenas letra maiúscula em iníciode parágrafo, depois de ponto final e de ponto de inter-rogação.

2. a) Tanto maiúsculas quanto minúsculas.

b) Quando depois dela vem um nome próprio. Ex.: pará-grafo 23: — Obrigado, Aparecida. Você anotou, Ma-rilena? Agora você, Edmundo...

c) Quando depois dela não é nome próprio. Ex.: pará-grafo 18: — Posso ser sincera, professora?

3. a) Tanto maiúsculas como minúsculas.

• Quando o travessão introduz a fala da personagem.Ex.: parágrafo 20: — Eu se fosse a senhora, nãousava.

b) Depois da fala do narrador, quando ela está interca-lada com a da personagem, e na primeira parte dafala da personagem tinha um ponto final, de excla-mação ou interrogação.

Ex.: parágrafo 40: — Legal! — exclamou Jorgito.— Uniforme está superado, professora.

c) Quando o travessão está introduzindo a fala do nar-rador depois da fala da personagem.

Ex.: parágrafo 40: — Legal! — exclamou Jorgito.

4. Porque o primeiro UM vem depois do ponto final e o se-gundo, não.

PEQUENA BIOGRAFIA DE MONTEIRO LOBATO (p. 139)Objetivos:

• ampliar o espectro do que as crianças co-nhecem como nomes próprios;

• destacar a freqüência de letras maiúsculasem determinadas modalidades textuais;

• trazer a importante figura de Monteiro Lo-bato ao conhecimento dos alunos.

Estratégia: peça aos alunos que leiam a biografiade Monteiro Lobato e converse com eles sobreoutras coisas que conheçam em relação a esseautor; conte trechos de sua obra, do Sítio doPica-pau Amarelo, etc. Depois, peça que façam asatividades. Escolha se em duplas ou individualmen-te, de acordo com sua classe.

Escolhemos esse texto porque, com freqüên-cia, as crianças pensam que nomes próprios sãoapenas nomes de pessoas e lugares, não reconhe-cendo outro tipo de substantivo como pertencen-do a esse grupo. Aproveite a situação, ainda, paradiferenciar nome próprio de nome de pessoa.

No momento da correção, não se esqueçade perguntar como pensaram para decidir quenomes colocaram em cada classificação: é dessadiscussão que poderão limpar conceitos e com-preender as subclasses dentro da classe maior denomes próprios.

Concluída a atividade, peça que registremuma síntese do que aprenderam, destacando comcaneta colorida para ficar fácil de localizar em mo-mentos de dúvida.

Respostas

1. Porque são nomes de pessoas.

2. Porque estão depois de um ponto final. Outros exem-plos: Adorava (3º parágrafo), Dificuldades (5º parágra-fo), Com (6º parágrafo). O

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3. Porque estão em início de parágrafos.

4. a) Taubaté, São Paulo, Areias, Buquira, Sítio.b) Narizinho, Pedrinho, Emília, Dona Benta, Nastácia,

Visconde de Sabugosa.c) Visconde de Tremembé, Visconde de Sabugosa.d) Sítio do Pica-pau Amarelo, Jeca Tatu.e) Direito.

5. Juca é nome próprio e está no início de um parágrafo.

MARATOOOONA… (p. 141)

Objetivos:• ampliar ainda mais o conceito de nomes

próprios;• trazer conhecimentos das Olimpíadas para

os alunos.

Estratégia: essa é uma atividade de geração. Come-ce conversando com os alunos sobre as Olimpíadase especialmente sobre a maratona. Traga para aclasse e peça que tragam também outros textosque falem sobre ela, tanto no passado quanto atual-mente. Destaque o rigor da dedicação, do esforçoque essa prova exige, faça relações com maratonasde vida, situações em que somos postos à prova eque exigem de cada um de nós esforço, persistênciae fé em nossa possibilidade de percorrer o caminhopara chegarmos ao final. Destaque a importância daautodisciplina para sair-se vencedor dessas situações.

Depois, reúna-os em duplas, peça que leiamos textos e dê a largada.Vence a dupla que en-contrar e registrar primeiro no caderno as oitopalavras que estão erradas.

Resposta

As palavras que deveriam estar com maiúscula são:Os — início de parágrafoJogos Olímpicos — nome da competiçãoGrécia Antiga — época históricaDiferente — depois de ponto finalOlímpia — nome da cidadeOlimpíada — nome do eventoHavia — depois de ponto final

Módulo VI — Marcas de oralidade e repetição

de palavras (p. 142 a 148)

1. Algumas considerações sobre

as marcas de oralidade

Quando as crianças começam a escrever, uti-lizam as marcas de oralidade (aí, daí, e, então) nolugar das pontuações, dos adjuntos adverbiais,dos parágrafos e conjunções. Ou seja, os elemen-tos de progressão, próprios da escrita, estãosubstituídos por essas marcas. Não adianta que-rer retirá-las sem ter algo a oferecer para serposto no lugar delas: por essa razão, trabalhamosprimeiro com pontuações e parágrafos. Depoisde algum tempo que os alunos tiverem vivencia-do situações de reflexão e utilização de pontua-ção interna, elas começam a aparecer simultâne-as às pontuações e aos parágrafos. Isto indica queé o momento de tornar consciente para osalunos que elas são desnecessárias.

Para que conheçam outras possibilidades deprogressão textual, mais adequadas do que asmarcas de oralidade, preparamos, no livro doaluno, as atividades com o texto A LENDA DOSDIAMANTES.

A LENDA DOS DIAMANTES – 1ª parte (p. 142)Objetivos:

• produzir um estranhamento em relação aouso da marca de oralidade;

• analisar alguns elementos oferecidos pela es-crita para substituir as marcas de oralidade.

Estratégia: essa atividade tem a função de gerarconhecimento. Para realizá-la, é importante queprimeiramente os alunos tenham trabalhadocom boa parte da pontuação e da paragrafação,pois sem esses elementos não há como substituira marca de oralidade. Se você observar que já éo momento, leia a primeira versão do texto paraeles e pergunte se ficou bom ou não. Se acharemque daquele jeito está bem escrito, discuta oconteúdo do texto com eles, não faça a ativida-de e aguarde um momento melhor.

Objetivos e orientações específicas – gram

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Caso protestem — eles costumam dizer quetem “e” e “daí ” demais, que está “escrito de so-quinho”, ou qualquer outra forma de expressãoque indique o desagrado em relação à forma —,concorde com eles e pergunte-lhes: Se não estálegal dessa forma, de que outra forma poderiam es-crever para que não tivesse tanto “e” e “daí”?

Às vezes, a primeira sugestão das crianças éque se substitua uma marca de oralidade por vá-rias. Elas dizem: “Em vez de escrever sempre “e”e “daí”, uma hora põe “e” e “daí”, outra “aí”, ou-tra “então”. Nem sempre as sugestões das crian-ças são as melhores do ponto de vista gramati-cal ou de estilo... Isso não importa por enquanto,pois a intenção da atividade é ser um momentode geração de conhecimento e reflexão sobre oassunto. Diante dessa colocação, o professor su-gere que leiam as versões 2 e 3 e discutam qualdas três eles preferem e por quê.

É interessante ressaltar que, às vezes, elesconsideram a solução dada na segunda versãocomo a melhor, o que apenas expressa o limitede sua visão. Não se preocupe com isso; o im-portante nesse momento é levá-los a pensar so-bre esse assunto. Polemize, convide-os a argu-mentar e peça que façam a 2a e a 3a questões.Especialmente na 3a questão, é importante quese faça o levantamento de quais palavras foramusadas no lugar das marcas de oralidade.

Respostas

1. A escolha é pessoal. O importante é estar atento aos ar-gumentos que usam para terem preferido aquela versão.

2. Os “e”(s) e “aí ”(s) foram substituídos por vírgulas epontos.

Os “daí ” foram retirados ou substituídos por “um dia”ou por pontos finais.

3. Foram substituídos por pontuação, alguns foram retira-dos e outros foram substituídos por outras palavras(“e esse nome” mudou para a que; “e essa mulher” mu-dou para a que; “e a mulher de Itagibá” mudou parasua mulher ; “e Potira” virou que; “aí ” virou que; “e aíele deixou” mudou para e deixar ; “acompanhou” mu-dou para acompanhando, etc.).

2ª parteObjetivo:

Promover a sistematização das descobertasfeitas sobre marcas de oralidade.

Estratégia: reúna os alunos em equipes e peçaque retirem as marcas de oralidade dessa segun-da parte da lenda. Como sempre, mais impor-tante do que a resposta certa é a discussão, atroca de possibilidades entre eles e você.

Respostas

Todos os dias a índia Potira ia para a margem do rioesperar a volta do marido, pois estava com muitas sauda-des dele.

Um dia (ou tempos depois, algum tempo depois, etc.)alguns índios voltaram para a taba e contaram para Poti-ra que Itagibá havia morrido. A índia chorou muito e pas-sou o resto da vida na beira do rio chorando de saudades.As lágrimas brilhantes de Potira foram se misturando coma areia do rio.

Para continuar sistematizando a retirada das marcas deoralidade, sugerimos que façam novas reestruturas de auto-res publicados, semelhantes à que fizemos. (Preferimos nãocolocar no livro para que a escolha do texto possa estar in-tegrada a temas de interesse da classe, aspectos culturais tí-picos de sua região ou a projetos realizados na escola.)

As atividades de reestrutura devem ser depois repeti-das em grupos e, por fim, individualmente.

A intensidade e o tempo de permanência no trabalhocom marcas de oralidade no texto podem ser medidospelo professor pela modificação na escrita espontânea,que deve mostrar, gradativamente, a diminuição da pre-sença dessas marcas e o aumento de uso da pontuação,de parágrafos e de adjuntos adverbiais. As conjunçõessão o último elemento a ser substituído.

2. Algumas considerações sobre a

repetição de palavras

Freqüentemente, as crianças utilizam a repe-tição de palavras (do nome da personagem ouo pronome pessoal) como forma de manter aunidade das idéias ao longo do texto. É um re- O

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curso que encerra sabedoria: para fazer isso acriança precisa ter descoberto que é precisoque algo se mantenha para que o fio textual nãose perca. Mas, por outro lado, um texto com re-petição de palavras é lingüisticamente fraco. Hásoluções melhores para se manter esse fio tex-tual; e é isto que queremos que as crianças des-cubram com o trabalho.

Substituir o nome ou pronome pessoal poroutros elementos não é nada simples. Reconhe-cer que a elipse (não usar o pronome quandodigo Comi e saber que isso já quer dizer Eu comi),que seu, dele, nosso, ou um sinônimo do nomepossa significar a mesma coisa que ele, nada temde óbvio para a criança. Por tudo isso é que asubstituição da repetição pelos elementos pró-prios da escrita é uma conquista gradativa echeia de conflitos cognitivos a serem superados.

Para ajudá-los a refletir, sugerimos a atividadeESCAFANDRISTAS do livro do aluno.

ESCAFANDRISTAS (p. 146)Objetivo:

Permitir que o professor conheça quais re-cursos os alunos levantam como possíveis para asubstituição de palavras repetidas.

Estratégia: leia o texto para a classe como estáescrito no livro do aluno e pergunte se achamque está bom daquele jeito. Geralmente, elesprotestam. Caso não protestem, deixe por issomesmo, converse sobre o conteúdo do texto eretorne à atividade em um momento posterior.Se protestarem, sugira-lhes que reescrevam emgrupo evitando que a palavra escafandristas sejarepetida tantas vezes. No momento da correçãopermaneça voltado para o pensamento das crian-ças, buscando compreender como pensaram parasolucionar o problema, e não só para o certo e oerrado. Normalmente elas não conseguem re-solver de forma ideal todas as situações, mas nãose preocupe, pois será apresentada a solução doautor para confronto.

Ao apresentar a solução do autor, vá confron-tando com a deles como duas soluções possíveis,e não como a certa e a errada. Nesse momento,muitas possibilidades passam a ser observadas. Vá

escrevendo com eles tudo o que descobriram,pararegistro no caderno. Essa síntese é essencial paraque o conhecimento se organize internamente.

Respostas

1.

Os escafandristas são mergulhadores que salvam embarcações e náufragos, vistoriam cascos de navios,retiram hélices e lemes de navios para consertos e fazemmontagens de canalizações submarinas.

Só colocar o equipamento que eles usam já é umaaventura: roupa de mergulho à prova d’água, uma bombade ar, um capacete que os protege contra as variações depressão no fundo do mar, um par de pesadas botas (paraficarem na posição vertical) e um cabo-guia para forneceroxigênio ou para caso de emergência, puxando-o para asuperfície.

2. As soluções foram: retirar, substituir por eles, que, os, o.

ALGUMAS COISAS SOBRE O GATO (p. 148)Objetivos:

• promover a sistematização dos conheci-mentos adquiridos sobre como evitar re-petições de palavras;

• fazer a ampliação dos recursos oferecidospela língua para evitar a repetição de pala-vras.

Estratégia: essa atividade pode ser realizada emequipe ou individualmente. Ela é de fácil execução,mas importante para abrir novas possibilidades,novos recursos lingüísticos. É importante que, nasegunda questão,o professor vá listando juntamen-te com as crianças os recursos, as palavras que fo-ram utilizadas para evitar repetição, analisando quetipo de palavras são essas.

Respostas

1. Na reescrita 1, as palavras gatos e filhotes se repetemmuitas vezes; já na reescrita 2, essas palavras não serepetem tantas vezes porque ora são substituídas, orasão eliminadas.

2. As alterações foram: Eliminação — 1, 2, 4, 6, 7, 11, 16Substituição de os gatos por: 3 ele, 5 esses animais,8 seus, 9 suas, 10 ele.Substituição de da almofadinha em 12 por dela.

Objetivos e orientações específicas – gram

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Substituição de os filhotes por 13 os, 14 os gatinhos,15 los.

Caso ache necessário, além dessas duas ativi-dades sugeridas por nós, crie outras semelhantesutilizando textos ligados ao interesse específicode sua classe, cultura regional ou projetos desen-volvidos por vocês na escola.

Módulo VII — Tonicidade e acentuação (p. 150 a 179)

Algumas considerações

1. Tonicidade

O trabalho com tonicidade deve ser desenca-deado a partir da música Meu caro Barão, de Chi-co Buarque de Holanda, escrita para o filme dosTrapalhões, e que consta da Parte 1, p. 34, destacoleção. Nessa música, várias palavras proparoxíto-nas são pronunciadas como paroxítonas e apare-cem no texto sublinhadas.

Toque a música para os alunos ouvirem ecantarem juntos e depois discuta oralmente suasignificação.

Caso nenhum deles demonstre estranhamen-to em relação às palavras que são pronunciadasde forma errada (o que é raro), o professor per-gunta o que as palavras sublinhadas na letra damúsica têm em comum. Espera-se que eles di-gam: “elas são faladas errado”, “tinha que ser as-sim...”, “a sílaba forte é a outra e não a que elesfalam na música”. A partir dessas colocações, oprofessor desencadeia uma discussão:

“Vocês estão dizendo que a sílaba forte estáno lugar errado. Será que só essas palavras têmsílaba forte ou outras também têm?”

Peça que verifiquem nas palavras do própriotexto ou de outros textos do livro, e vão consta-tar que todas as palavras de mais de uma sílabatêm uma sílaba forte. Nesse momento, registra-se essa descoberta no caderno e nomeia-se a sí-laba forte como sílaba tônica.

Proponha, a partir desse ponto, que comecema fazer a atividade ACHE OU AXÉ para conti-nuarem a análise e as conclusões sobre tonicidade.

ACHE OU AXÉ? — 1ª parte (p. 150)Objetivos:

• preparar o trabalho de tonicidade;• promover a discussão sobre o que são

acentos, sua função, quais são e sobre quaisletras cada um deve ser colocado.

Estratégia: peça que leiam a primeira parte dotexto sobre o projeto Axé. Converse com elessobre seu conteúdo e sobre a possibilidade e im-portância de cada um de nós pensar um modode participar ativamente para a transformação dasociedade, para a melhoria da qualidade de vidade todos, como cidadãos que somos. Ressalte ocompromisso social deles e quanto o projetoAxé prova que é possível fazer algo.

Depois, reúna-os em equipes e peça que res-pondam às questões do livro, destacando as res-postas com canetas coloridas para que fiquemde fácil localização.

A escolha das palavras destacadas por nós naatividade procurou garantir, nesse primeiro mo-mento, que pudessem fazer algumas generaliza-ções em relação à tonicidade.

Peça que observem as palavras do trecho detexto em nossa tabela, página 152, onde colocamoscada sílaba em uma coluna, começando da últimasílaba para a primeira, como fizeram várias vezesnas atividades de divisão silábica. Peça depois queobservem as sílabas marcadas de todas as palavrasque arrumamos na tabela e deduzam os conceitosde tônica e átona. Em seguida, respondam aos itensa, b, c, d. Poderão concluir que: sílaba tônica é a síla-ba pronunciada mais forte na palavra e que só háuma sílaba tônica por palavra. As outras sílabas sãochamadas de átonas, e podemos ter várias sílabasátonas na mesma palavra. A sílaba tônica aparecesempre nas três últimas sílabas da palavra.

Essa atitude de observação de dados e de-dução de conclusões é fundamental como cons-trução de uma postura de produção de conhe-cimentos, por isso solicitada com tanta ênfasepor nós. Ao corrigir, o professor deve ajudá-losa procurar a precisão do conceito, fazendo per-guntas que orientem seu pensamento. O

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Nos itens e, f, trazemos a terminologia e aanálise de uma propriedade do sistema: a ten-dência da língua é por palavras paroxítonas.

Respostas

1. Resposta pessoal. Gostaríamos que pudessem obser-var que o sucesso do projeto não é mágico: ele partede um princípio de respeito pela pessoa e pela cultu-ra daqueles jovens, da valorização do que eles têmcomo contribuição social e cultural, e não da imposi-ção de uma outra cultura que se pensa melhor do quea deles.

2. a) Esperamos que digam que sílaba tônica é a sílaba dapalavra pronunciada mais forte. Caso respondam ou-tra coisa, escute, analise o que estão observandopara tirar a conclusão. Observe se é procedente ounão, faça perguntas que possam ajudá-los a perce-ber eventuais contradições, faça outras que possamajudá-los a perceber a tonicidade, confronte as dife-rentes respostas, enfim, polemize, promova a discus-são e organize as conclusões.

b) Só uma.c) Sílaba átona são as outras sílabas (que não são a tô-

nica), ou são as sílabas que não têm “força”, ou sãoas sílabas que são pronunciadas mais fracas.

d) Podem aparecer na última, penúltima ou antepenúl-tima sílaba.

e) Oxítonas são as palavras cuja tônica é a última sílaba.

Paroxítonas são as palavras cuja tônica é a penúlti-ma sílaba.

Proparoxítonas são as palavras cuja tônica é a ante-penúltima sílaba.

f) São exemplos de paroxítonas: língua, africana, sig-nifica, força, este, nome, escolhido, muito, para, de-senvolvido, Bahia, conheça, pouco, dele, veja, con-corda, apenas, anos, governos, foram, capazes, me-ninas, rua, construírem, vida, transformando, pive-tes, entre outras.

São exemplos de oxítonas: Salvador, fazer, cida-dãos, papel, culturais, tirou, educar, pensões, en-fim, etc.

Para continuarmos aprofundando a reflexão,em outro dia, peça que façam a segunda parteda atividade.

ACHE OU AXÉ? — 2ª parte (p. 154)Objetivos:

• fazer a análise dos tipos de acento, ondepodem aparecer;

• levar o aluno a diferenciar acento de mar-ca de nasalização;

• destacar que o acento marca a sílaba tôni-ca das palavras.

Estratégia: essa é uma atividade de geração. Reu-nidos em equipes, peça que respondam às ques-tões colocadas. A tendência das crianças é ficarem uma análise superficial e indiferenciada, ob-servando apenas as totalidades. Nossa busca, aoaprofundar essas análises, é ensiná-los a observardetalhes, separar como diferente o que tem pro-priedades semelhantes, mas diferenças que exi-gem que os elementos sejam colocados em gru-pos diferenciados. Aprender a pensar dessa for-ma é aprender uma postura de vida.

Uma dessas diferenciações está focada naquestão 2. Acentos e til são semelhantes poraparecerem sobre letras, sobre vogais, inclusive.Mas são diferentes por terem funções diferentes.Essa marca é nosso principal objetivo.

Ao fazer as questões, poderão constatar que:

Respostas

1. a) As quatro letras são A, E, I e O, e as palavras são, porexemplo: com A — mágica e iorubá; com E — axé emédica; com I — possível e língua; com O — peda-gógico.

b) A quinta letra é a U. Alguns exemplos são saúde,saúva, baú, último, cúbico.

c) Sobre a letra E.d) Sobre a letra A. Alguns exemplos: distância, ganân-

cia, elegância, oceânica, parâmetro, etc.Sobre a letra O. Alguns exemplos: biônico, vovô, tô-nica, ônibus, nagô, maiô, cômico, etc.

2. O til aparece sobre as letras A e O. Exemplos: não (8ª li-nha), cidadãos (12ª linha); vão (17ª linha); alfabetização(19ª linha); são (27ª linha); alimentação (29ª linha); recons-trução (30ª linha); valorização (30ª linha); cidadãos (38ª li-nha); Constituição (39ª linha); educação (40ª linha); e comO apenas pensões (35ª linha). Aproveite para chamar aatenção deles para o número muito maior de palavras cujotil é sobre a letra A. Essa é mais uma marca do sistema.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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3. O acento é a marca da tonicidade na palavra; portanto,toda vez que uma palavra for acentuada, a sílaba tôni-ca coincide com a que tem acento.

É importante que o professor peça a verifi-cação para que o espírito de pesquisa, que exigeconfirmação, possa ser desenvolvido.

MAS, E SE NÃO TEM ACENTO?!? (p. 155)Objetivos:

• levar os alunos a descobrir uma forma dedecisão para encontrar a sílaba tônica daspalavras não acentuadas;

• ajudar os alunos a desenvolver a postura depesquisa, coleta de dados, análise e conclusão.

Estratégia: essa atividade de geração é funda-mental para o desenvolvimento do trabalho. Émuito importante que seja realizada com cuida-do, pois sua metodologia é imprescindível paraque eles cheguem às conclusões necessárias.

Ela costuma ser mais complicada para oprofessor, que está habituado a pensar de ou-tra forma, do que para as crianças, que jáaprenderão a pensar direto desse jeito. Paraisso, algumas explicações se fazem necessárias.

Normalmente, os recursos utilizados pelosprofessores para encontrar a tônica das palavrasestão ligados à produção sonora: pedem que as crianças falem a palavra “chamando”:pareeeede, porexemplo, e dizem que a sílaba que fica esticada é atônica; outros pedem que falem devagar a palavra;outros dizem para pronunciá-la várias vezes, pondoa tônica cada vez em uma das sílabas; outros aindapedem que batam palmas. Ao proceder dessa for-ma, fica implícito para as crianças que:

1. a tonicidade é particular para cada palavra,não se constituindo em um sistema com umalei de organização própria;

2. a determinação da tônica é exclusivamenteuma questão de oralidade.

Nossa posição é divergente dessa. A pro-posta que se segue procura revelar à criança quea tonicidade está marcada na língua escrita porletras que a determinam, e que se constitui emum sistema, com lei de organização própria. A

decisão da tônica fica, dessa forma, subordinadaà escrita e não à oralidade.

Para facilitar ao professor a investigação, pre-paramos uma atividade no livro do aluno, quedeve depois ser ampliada.

Como essa é mais uma atividade de gera-ção, reúna-os em equipes e peça que façam aclassificação das palavras de duas ou mais síla-bas e sem acento que se encontram no 4o pa-rágrafo do texto Projeto Axé, lição de cidadania.Não dê qualquer dica de como encontrá-las.Deixe que descubram um modo de pensar, nãose importando com o erro nesse momento. Adificuldade na localização é fundamental de sersentida. Em seguida, corrija as palavras na lousa.Nessa etapa, peça que uma das equipes dê suasolução e pergunte a eles se alguém deu algu-ma solução diferente. Ouça-os todos e con-fronte as respostas de tal forma que, ao final dacorreção, todas as palavras da lousa e do cader-no dos alunos estejam corretas.

Terminada essa etapa de correção, peça quefaçam a questão 2, ainda em equipes. Nela, osalunos são convidados, passo a passo, a prepararo material para análise, depois a observar os da-dos para chegarem a algumas conclusões.

Na questão 3, procuramos uma ampliaçãodas conclusões. Essa postura de procurar verifi-car todos os possíveis e confrontar as conclusõestiradas para verificar sua abrangência é funda-mental para o desenvolvimento de uma posturade investigação. No momento da correção nãose esqueça de ouvi-los e promover o debate!

Respostas

1.Proparoxítona Paroxítona Oxítona

culturaafroforte culturalpresençaBahia mirimprojeto Olodumentidadecriança O

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Proparoxítona Paroxítona Oxítonapartemeninos semanalparticipam alimentaçãobandaoutrosblocosjogamcapoeiragrupoteatrotodasatividadesremuneradasbolsacriançasuniformevaletransporte

2. a) A coluna com mais palavras é a de paroxítonas e aque tem menos, ou melhor, não tem, é a de palavrasproparoxítonas.

b) Vide tabela.

c) As paroxítonas não acentuadas são terminadas por:A, E, O, M, S.

d) As oxítonas não acentuadas são terminadas por: L,M, O.

e) Nas paroxítonas apareceu, antes da letra M, a vogalA; já nas oxítonas apareceram as vogais U e I antesdo M. Quando terminar por AM e não for acentuadaé paroxítona e quando terminar por IM e UM e nãofor acentuada é oxítona.

3. As terminações possíveis são: a, e, i, l, am, em, im, om,um, o, r, as, es, is, os, us, ns, u, x, z,ã, ão, ões.

4.Proparoxítona Paroxítona Oxítona

africana Salvadoreste conseguiuescolhido fazerapenas ajudaranos cidadãosforam papelcapazes culturaispivetes culturaldormem Olodum

Proparoxítona Paroxítona Oxítona

mirimalimentaçãotiroupensõesaquicupomsirisgurusalgunscapuzirmãinoxcapins

5. a) As terminações das palavras paroxítonas sem acentosão: A(S), E(S), O(S), AM, EM.

b) As terminações das palavras oxítonas sem acentosão: I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S), ÕES, IM, OM, UM e seusplurais, X, R, L, Z.

c) Há mais palavras sem acento.

d) Porque toda palavra proparoxítona é acentuada.

INVENTANDO... COM MESTRECUCALUCO(p. 157)Objetivo:

Promover a sistematização das descobertasde tonicidade.

Estratégia: essa atividade é individual. Peça aosalunos que peguem seus cadernos e faça o dita-do. Palavras para o ditado: — bolaqueijão, alfaçu-dim, ovorroz, leitastel, lasanhoque, picolétata, paça-doim, tomatêssego, frangrócolis, rocambúcula, bolo-caxi, queijocarrão, peixobóbora. Feita a correção nalousa, divirta-se com eles tentando descobrir quecomidas formaram as comidas malucas, imagi-nando seu sabor, sua aparência. Depois peça quefaçam as outras questões.

No final da atividade colocamos algumas re-ceitas de comidas “recicladas”, ou melhor, de par-tes de alimentos que costumam ser despreza-dos, mas que podem virar outros pratos, saboro-sos e ricos em vitaminas; afinal, como dizem,“a vi-tamina está na casca”! Aproveite o ensejo parafalar sobre a importância de se aproveitar bemos alimentos e de se reciclar tudo.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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Respostas

1. Bolaqueijão-OX Tomatêssego-PPAlfaçudim-OX Frangrócolis-PPOvorroz-OX Rocambúcula-PPLeitastel-OX Bolocaxi-OXLasanhoque-PA Queijocarrão-OXPicolétata-PP Peixobóbora-PPPaçadoim-OX

2. A terminação delas: as oxítonas são terminadas emÃO, IM, Z, L, I.A paroxítona é terminada por E.As proparoxítonas são acentuadas.

3. Lasanhoque, que é a única paroxítona. Ela é formadapor lasanha + nhoque.

4. Resposta pessoal.

SERÁ QUE É PAPO DE PESCADOR??? (p. 159)Objetivos:

• fazer a manutenção das descobertas sobretonicidade;

• trabalhar o pensamento dedutivo.

Estratégia: essa atividade pode ser feita como li-ção de casa. O aluno deverá selecionar os peixespescados e, a partir da observação dos nomes,concluir o critério de escolha deles.

Aproveite a situação para falar sobre peixes,fazê-los observar a sábia relação entre formatodo corpo e hábitat que a natureza utiliza. Esseentrecruzar de elementos mostra o sistema na-tural como o exemplo maior de articulação.

Respostas

1. lambari atum surubimcação acari-roncador carapausalmão bacalhau marlim-azulcambucu parati

2. Ele só pescou peixes de nomes oxítonos.

PRESTE ATENÇÃO!!! (p. 161)Objetivos:

• trabalhar com o pensamento por negação;• usar os conhecimentos adquiridos pelos

alunos como fonte de solução de situação-problema.

Estratégia: essa atividade pode ser feita como li-ção de casa. É um jogo de “cara a cara”, que vaiexigir que pensem que, quando afirmamos algo,negamos algo também, juntamente com o queafirmamos. Organizar o mundo dessa forma, porclassificação, é fundamental para a construção dequalquer conhecimento. Nosso pretexto: a toni-cidade.

Resposta

A palavra-chave é ATENÇÃO.

ANIMAIS EM EXTINÇÃO (p. 162)

Objetivos:• desenvolver a consciência das crianças em

relação à necessidade de se preservar osanimais;

• fazer os alunos usarem as descobertas detonicidade.

Estratégia: leia com os alunos o texto sobre osanimais em extinção e converse sobre a impor-tância de preservá-los e como colaborar paraque isso aconteça. Depois, peça que em duplasfaçam a questão 2 e corrija-a na lousa.

Na questão 3, pretendemos trabalhar com in-tersecção de duas variáveis (a palavra precisa sersimultaneamente duas coisas, por exemplo, oxíto-na e dissílaba) e na questão 4, com a intersecçãode três variáveis simultâneas. O cruzamento delasexige que percebam, por exemplo, que animaltermina em L, é oxítona, mas não é polissílaba,portanto não serve. Essa forma de articular mui-tas variáveis simultâneas é fundamental para a or-ganização de qualquer conhecimento.

Respostas

1. e 2. A questão é aberta e depende da investigação feita.

3. a) tatusb) tamanduásc) macaquinhos

4. a) especialb) compraremc) pássaros

5. Resposta pessoal. Obj

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ões

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as –

gra

mát

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2. Como trabalhar a acentuação

Às vezes, é difícil para o professor perceberque é possível compreender a acentuação emvez de se defrontar com ela como um conjuntode regras arbitrárias. Para ajudar os alunos a or-ganizá-la, faça para eles — e a si mesmo — algu-mas perguntas:

“Peguem qualquer livro, abram em qual-quer página e observem as palavras. Há maispalavras acentuadas ou palavras não acentua-das?”. Eles verificarão que há mais palavras nãoacentuadas.

“Observem agora se essa diferença é grandeou pequena.” Eles verificarão que o número depalavras não acentuadas é muito superior ao deacentuadas.

“Podemos dizer, então, que o ‘natural’ da lín-gua é a palavra não ser acentuada?”. Sim.

“Por que vocês acham, então, que algumaspalavras são acentuadas? O que vocês achamque é o acento?”. Nesse momento, trabalhe comas hipóteses que os alunos levantarem, procuran-do verificar com eles se são verdadeiras ou não.A partir das colocações feitas, ajude-os a perce-ber que, se o natural das palavras é não ter acen-to, o acento vai ser uma marca de irregularida-de nesse sistema de tonicidade.

Parta em seguida para a verificação empírica,usando a seguinte estratégia:

1. “Vocês se lembram como se comportam aspalavras não acentuadas?”. Recuperar o quadrodas não acentuadas com os alunos e lançar aseguinte pergunta: “E se eu tiver uma palavraterminada em E, por exemplo, que deveria serparoxítona, mas é oxítona (por exemplo: es-crevo cafe, mas a palavra é oxítona, café, comoposso avisar o leitor de que aquela palavra saiuda regularidade?”).

2. A partir desse momento, analisando as termi-nações naturais, os alunos podem deduzir asregras de acentuação.

É importante que o professor tenha consciên-cia das conseqüências positivas desse procedi-mento:

a) As regras deixam de ser arbitrárias, ilógi-cas, para serem produto da análise e com-preensão de um sistema de tonicidadeque é próprio da língua.

b) A decisão do que é certo e do que é er-rado passa a ser definida pela própria lín-gua e não pelo professor.

c) O conhecimento, que se constitui em sis-tema, pode ser resgatado a qualquer ins-tante, prescindindo-se da memória, pois épossível reconstruí-lo no instante em quefor necessário.

d) O aluno passa a pensar a partir da regraou por dedução. Diante de uma palavra,por exemplo “carater”, para saber se elatem acento ou não, é só pensar em outracom a mesma terminação e que tenhacerteza de que não tem acento. Porexemplo: comer é oxítona, caráter não, en-tão marco a irregularidade com o acento.

Lidando com o sistema da língua, aos poucoseles vão descobrindo que:

a) todas as palavras proparoxítonas sãoacentuadas porque todas as terminaçõesda língua já estão presentes nas oxítonas eparoxítonas;

b) quando o verbo se combina com o prono-me oblíquo, para saber quais ficam acentua-dos ou não, é só pensar pelo mesmo princí-pio: parti-lo não tem acento porque é oxíto-no terminado em i, portanto está dentro daregularidade; cantá-lo tem acento porque apalavra terminada em A é naturalmente pa-roxítona, mas cantá é oxítona; portanto, de-vemos marcar a irregularidade acentuando.

Feitas as descobertas, parte-se para as ativida-des de sistematização. Para sistematizar a acentua-ção, o professor deve preocupar-se em dar situa-ções curtas e freqüentes. Não costuma produzirbom resultado aplicar exercícios estafantes e, de-pois de algum tempo, deixar o assunto de lado.

Alguns jogos ortográficos citados no Apêndi-ce deste Manual, no item Sugestões de jogos or-tográficos para sistematização, página 107, po-dem ser utilizados com essa finalidade, fazendo-seapenas algumas modificações. São eles:

Objetivos e orientações específicas – gram

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1. Stop no texto — alterar o pedido para oxíto-nas, ou paroxítonas acentuadas, ou paroxíto-nas irregulares, etc.

2. Soletrando — acrescentar a exigência de queas palavras tenham seu acento soletrado, poiscaso contrário não valerá ponto.

3. Stop ortográfico — pode-se colocar na colu-na de pedidos que a palavra seja “oxítona” ou“paroxítona” ou “proparoxítona”, ou que sejaacentuada.

4. Bingo de acentuação — fazer a escolha daspalavras levando-se em consideração a variá-vel tonicidade.

No livro do aluno há algumas atividades des-tinadas à sistematização e manutenção dessesconteúdos.

VALENTES DO DESERTO (p. 165)Objetivos:

• trabalhar o olhar de revisor ;• exercitar o uso de acentos.

Estratégia: usando um texto sobre o modo deviver dos homens do deserto, podemos trazeressas informações aos alunos, além de possibili-tar que percebam modos diferentes de pensar,de se organizar, de solucionar problemas. Aabertura de outras perspectivas é essencial pa-ra a abertura de novos possíveis no modo decada um viver, compreender o mundo e resol-ver problemas.

Depois, bem depois vamos jogar! Como ojogo é bastante difícil, o melhor é organizá-losem duplas.

Respostas

1. é 9. desmontáveis

2. é 10. até

3. água 11. beduínos

4. impossível 12. túnicas

5. beduínos 13. é

6. portáteis 14. também

7. beduínos 15. além

8. médio 16. pálpebras

17. véu 22. oásis

18. é 23. tâmaras

19. fácil 24. também

20. além 25. água

21. áreas 26. você

JOGO-DA-VELHA — 1ª, 2ª e 3ª partes (p. 168)Objetivos:

• retomar os conteúdos gramaticais traba-lhados, integrados entre si;

• levar os alunos a desenvolver estratégiasde controle de ação para garantir o resul-tado.

Estratégia: esse é um jogo simples, que pode sersolucionado individualmente, como lição de casa.Como o enunciado diz, eles devem encontrar a li-nha, coluna ou diagonal correta. No momento dacorreção não deixar de perguntar quem encon-trou outra solução, para verificar onde estava odesvio de pensamento da criança para chegaràquela conclusão.

Respostas

1ª partevertical: oxítona-dissílaba-cafédiagonal: lâmpada-proparoxítona-trissílaba

2ª partediagonal: paroxítona-Ricardo-trissílabahorizontal: oxítona-Isabel-trissílaba

3ª partehorizontal: oxítona-feroz-dissílabadiagonal: cheirássemos-proparoxítona-polissílaba

ESCADA ABAIXO (p. 171)Objetivos:

• proporcionar a sistematização do uso da sí-laba tônica;

• retomar a divisão silábica.

Estratégia: a atividade deve ser realizada em salade aula, em duplas. No momento da correção,sugerimos que o professor divida a lousa e peçaque um dos alunos de cada dupla vá até lá escre-ver sua “escada”. A correção fica, dessa forma,mais dinâmica e possibilita que haja um enrique- O

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cimento de universo vocabular e de análise dastônicas muito maior do que se a correção for in-dividualmente no caderno.

Resposta

É individual, variando de dupla para dupla.

DESCUBRA O SEGREDO (p. 173)Objetivo:

Fazer os alunos perceberem que o acentonão é desnecessário; esqueceu o acento, mudouo sentido!

Estratégia: essa atividade pode ser feita em clas-se ou em casa, em duplas ou individualmente. Aquestão é descobrir o par das palavras que se di-ferenciam apenas pelo acento. Não se esqueçade garantir que eles saibam o significado das pa-lavras que encontraram.

Respostas

1. a) bebe — bebê

b) pele — Pelé

c) medico — médico

d) e — é

e) esta — está

f) incomoda — incômoda

g) circulo — círculo

h) camelô — camelo

i) do — dó

j) pais — país

l) duvida — dúvida

m) magoa — mágoa

n) maio — maiô

2. Outro dia, uma sábia mulher chamada Penélope meperguntou:— Você sabia que o sabiá sabia assobiar?

JOGO DOS NOVE ERROS (p. 175)Objetivo:

Levar o aluno à sistematização do uso doacento.

Estratégia: a grande dificuldade das crianças edos adolescentes não é compreender o acento,mas usá-lo. Por essa razão apresentamos várias

atividades de revisão de acentos, para desenvol-ver neles essa preocupação. Procuramos repro-duzir um pouco de seu pensamento: colocaracentos em sílabas abertas, mas que não têmacento (béla) e deixar de colocar em sílabas fe-chadas, mas acentuadas (voce), para exigir delesuma consciência maior.

Como exercício de revisão, essa atividadebusca desenvolver essa postura importante paraque aprendam a rever seus próprios trabalhos.

Resposta

Era uma vez... / magro e barrigudinho / Você aí / Ela

não vai... / nós é que vamos nela. / Como você se cha-

ma? / os outros é que me chamam de Zé.

VOCÊ SABE EXPLICAR? (p. 176)Objetivo:

Retomar as regras de acentuação.

Estratégia: os alunos podem optar por respon-der pela regra tradicional ou pela irregularidade,pois demos os dois caminhos de pensamento aolongo do trabalho. Assim sendo, por exemplo, naprimeira questão, "Você sabe explicar por que apalavra caracol não tem acento?”, eles podem res-ponder:“Porque as palavras terminadas em L sãooxítonas, caracol também é, portanto não tempor que ter acento”; ou podem explicar assim:“Só as paroxítonas terminadas em L é que têmacento”; ou algo semelhante. Aproveite para aju-dá-los a aprimorar a formulação da explicação,pois todas as matérias exigirão isso deles.

Respostas

1. O objetivo, nessa atividade, é que os alunos recorramàs regras para justificar suas ações. Eles podem fazeressa justificativa de duas formas:A palavra caracol não tem acento porque é oxítona e ter-mina em L, portanto não precisa de acento. Ou: a palavracaracol não tem acento porque é uma oxítona regular.

2. A palavra pele não tem acento porque as palavras ter-minadas por E são naturalmente paroxítonas, e pele éparoxítona, portanto não há nenhuma irregularidade aser marcada. A palavra Pelé termina em E, deveria serparoxítona, mas não é, portanto marca-se a irregulari-dade com o acento. Pode-se também justificar pela re-

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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(1) (1) (7) (9)

(9) (10) (11)

(13) (14)

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gra: Pelé tem acento porque acentuam-se as oxítonasterminadas em E, e pele não tem acento porque não seacentuam as paroxítonas terminadas em e. Com certezaas crianças não dirão dessa forma, ouça-as e ajude-as aformular a resposta, sempre usando as palavras das crian-ças e não essa forma adulta que expressamos aqui.

3. e 4. Essas são apenas brincadeiras com as crianças. Asrespostas: piolho e nariz.

RESTA UMA (p. 177)Objetivo:

Promover a sistematização dos conceitos gra-maticais como instrumento para desenvolver opensamento por exclusão.

Estratégia: esse jogo, inspirado no tradicionaljogo do mesmo nome, exige um raciocínio deexclusão elaborado e importantíssimo de ser de-senvolvido nas pessoas. Oriente seus alunos a se-guirem atentamente as regras do jogo, obede-cendo aos critérios de eliminação. Deixe queeles descubram o que deve ser eliminado.

1. Eliminar as palavras que não são trissílabas,portanto as dissílabas e as polissílabas.

2. Eliminar as que terminam com vogais.

3. Eliminar as paroxítonas.

4. Eliminar as não acentuadas.

Realizando as sucessivas eliminações, o alunochegará à palavra-chave. Aproveite o momentoda correção para, em questões como 2 e 3, fazê-los observar que uma é o inverso da outra: asmesmas terminações das paroxítonas não acen-tuadas são também das oxítonas acentuadas.

Respostas

1. A palavra que restou é: armazém.

2. proparoxítonas: sílaba, máscara, quilômetro, ângulo,matemática.paroxítonas: dedo, amável, caráter, quente, menina, pa-rede, massagem, amarra, feitiço, cama.oxítonas: dominó, Guarani, armazém, avental, vatapá,bambu, comitê, café, você.

3. Terminam em: A(S), E(S), O(S), EM.

4. Terminam em: E, A, O, EM.

5. Os alunos deverão perceber que as terminações são asmesmas.

6. A palavra vatapá é acentuada porque é uma oxítona irre-gular, ou porque acentuam-se as palavras oxítonas termi-nadas em a.

7. Pode-se perceber que todas são acentuadas.

ESTRANHA NO NINHO (p. 179)Objetivo:

Utilizando um universo menor de palavras,esse jogo trabalha com os mesmos princípios eobjetivos do anterior.

Estratégia: ao responder às questões, especial-mente a questão 4, o aluno pode optar pela regratradicional: As outras palavras têm acento porquetoda oxítona terminada em O é acentuada; oupode responder pela forma não convencional: Por-que são oxítonas irregulares; ou: O normal das pa-lavras terminadas em O é serem paroxítonas; es-sas são oxítonas, portanto marco a irregularidade.

A acentuação é um capítulo que inclui algunsaspectos que ainda não foram desvendados notrabalho proposto até então. Há outras regrasalém das três principais, que incluem os hiatosacentuados, os ditongos abertos (ÉU, ÓI, ÉI) e osacentos diferenciais de certas formas verbais.Ape-sar de a acentuação dos hiatos e dos ditongosabertos também poder ser pensada como irregu-laridade, reservaremos essa ampliação de exten-são conceitual para as séries posteriores.

Respostas

1. Palavra a ser destacada: cômodo.

2. Porque ela não é oxítona como as demais.

3. Incentive o aluno a redigir com suas palavras. Nosso obje-tivo é que observe que todas as outras são oxítonas termi-nadas em O, portanto irregulares. Assim sendo, devem seracentuadas para marcar a irregularidade da tonicidade.

Ortografia

Módulo VIII — As letras M e N emfinal de sílaba (p. 180 a 188)

Algumas considerações

No final da 1a série, os alunos puderam fa-zer uma atividade de descoberta das proprie-dades do sistema de nasalização e, com isso, O

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descobrir como esse sistema se estrutura.(Caso seus alunos ainda apresentem erros ca-racterísticos da 1a série, vale a pena realizá-laantes de ingressar nas atividades de sistematiza-ção aqui propostas.) As crianças de 1a série cos-tumam cometer uma variedade grande de er-ros de nasalização. São eles:

1. Alemãm (duas marcas de nasalização na mes-ma sílaba)

2. alemam (uso do M no lugar do til em final dequalquer palavra)

3. bãnãna (marcar o som nasal de sílaba que nãotem marca)

4. atigo (omissão da marca de nasalização)

5. amtigo (troca de M/N como marca de nasali-zação interna)

6. cantarão (uso do ÃO em final de verbos nolugar do AM)

7. encãtarão (uso de duas marcas por til na mes-ma palavra)

Com o trabalho proposto, as crianças costu-mam ingressar na 2a série com os erros do tipo1, 2, 3 e 7 superados ou em via de superação,persistindo ainda os erros por omissão da marcade nasalização (“oda” por onda), erros por trocade M e N (omda), e troca de AM/ÃO apenas emfinal de verbos. Dessa forma, o trabalho de 2a

série com Ortografia se propõe a trazer situa-ções de sistematização desses aspectos ainda nãosuperados.

Atividades de sistematização

Descrevemos, a seguir, alguns jogos que po-dem ser montados por você, na hora, de acordocom o desenvolvimento de sua classe, para iniciaro trabalho com esses dois aspectos em relação àsletras M e N:

Quem acha mais?Objetivos pedagógicos

a) Levar o aluno a refletir sobre a escolha doM ou N, trabalhando com um grande uni-verso de possibilidades.

b) Desenvolver rapidez na decisão.

Objetivo do jogo

Cada equipe (3 ou 4 elementos) deve escre-ver o maior número possível de palavras quecumpram as regras dadas pelo professor.

Como jogar:

1. O tempo de ação é determinado pelo profes-sor. (“Vocês terão 4 ou 5 minutos para escre-ver o maior número possível de palavras comAM/AN + CONSOANTE”). Não valem pala-vras com AM/AN + VOGAL (Ex.: amigo).

2. Não é permitido pesquisar no dicionário.

3. Só valem palavras dicionarizadas. (Caso con-trário, as crianças, na aflição de ganhar, come-çam a inventar palavras!)

4. Vence o grupo que obtiver o maior númerode pontos no final de todas as rodadas.

Contagem dos pontos:

1 ponto — para palavras repetidas em doisou mais grupos;

2 pontos — para a equipe que colocou umapalavra que ninguém mais colocou;

0 ponto — se a palavra tiver erro de grafia.

Trabalhar uma situação de cada vez, esco-lhendo sempre AM/AN, EM/EN, IM/IN, OM/ONou UM/UN, depois considerando a posição den-tro da palavra.

Exemplo: “Vocês devem descobrir o maiornúmero de palavras que tenham IM/IN” ou “Vo-cês devem descobrir o maior número de pala-vras que comecem por IM”, ou “Vocês devemdescobrir o maior número de palavras que ter-minem por IM”, etc.

Após cada ordem, peça que um representan-te de cada equipe escreva as palavras que seugrupo formou e anote os pontos, que serão so-mados no final.

Trans-forma-açãoObjetivo pedagógico

Com esse jogo, pretendemos que as criançaspercebam que a ausência ou troca de uma letrapor outra produz outra palavra, e com isso fi-quem atentas à importância de colocá-las todas.A esse objetivo acrescentamos o uso de M ouN, para que possam refletir sobre ele.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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Objetivo do jogo

Formar o maior número de palavras transfor-mando a palavra dada com a troca de uma letraou mais, mas sempre mantendo o M ou o N namesma posição dentro da palavra. Por exemplo,se a palavra dada é dissílaba, com o M ou o N naprimeira sílaba, as outras palavras geradas tam-bém devem manter essa estrutura.

Estratégia: esse jogo pode ser feito individual-mente, em equipes, ou em fileiras. Para jogá-lo emfileira, dê uma folha para o primeiro aluno decada fileira, com apenas uma palavra escrita, porexemplo, tampa (dê a mesma palavra para todasas fileiras). A um sinal seu, os alunos devem alte-rar letras ou sílabas e ir passando para o aluno detrás. Poderão formar, por exemplo, tampa, rampa,lamba, lambo.Vence a fileira que chegar ao últimoaluno em primeiro lugar.

Após o jogo, todas as palavras coletadas sãoescritas na lousa e todos os alunos devem copiá-las. Elas podem ser usadas depois para fazer ojogo que segue: caso você sinta que o fato de terde manter as letras AM ou AN torna muito difí-cil o jogo para seus alunos, use a mesma estraté-gia, só que mantendo M/N apenas, sendo qual-quer uma a vogal anterior.

Rapa-palavras Recupere as palavras do jogo TRANS-FOR-

MA-AÇÃO, ou escolha outras, se quiser, e mon-te um jogo de rapa-palavras da seguinte forma:

• Escreva em retângulos de cartolina as pala-vras coletadas com M ou N, deixando asletras M ou N lacunadas. Exemplos:lâ—pada ca—toco—pra—do bo—bo—a—da—do ca—ta—

É preciso haver pelo menos umas 50 palavras.• Faça também seis retângulos: um com a le-

tra M, outro com N, outro com M/N, ou-tro com M/M, outro com N/N e um últimocom N/M.

• Reúna-os em equipes de três ou quatroalunos e arrume as palavras em uma pilha,todas viradas para baixo, para que não se-jam vistas pelas crianças.

• Arrume os retângulos com as letras em vol-ta da pilha de palavras, virados para cima.

Esse é um jogo de rapidez. Para jogá-lo proce-da da seguinte forma:

1. Um aluno deve desvirar a primeira palavra dapilha e quem conseguir pegar em primeiro lugaro retângulo com a letra que completa a palavravirada ganha a palavra. O aluno que ganhou es-creve a palavra em sua folha ou caderno.

3. Os retângulos M/N retornam à mesa e nova pa-lavra é desvirada.Alguém vai rapar o M/N que acompleta, escrevê-la em sua folha e devolvernovamente para o centro da mesa o retângulocom M ou N que retirou. Procede-se assim atéo término do jogo.

4. O jogo se encerra quando terminar a pilha depalavras a serem desviradas, ou após o tempodeterminado pelo professor.Vence o aluno queobtiver o maior número de palavras.

Observação: É necessário que cada equipe te-nha um conjunto do jogo. Não é aconselhável serrealizado em grupos numerosos.

Stop no texto Objetivo do jogo

Desenvolver nos alunos o papel de “revisor”.

Estratégia: escolha o texto que estiver trabalhan-do no livro do aluno e diga-lhes que na página talhá tais palavras com M ou N. Quem conseguirachá-las primeiro e escrevê-las no caderno, venceo jogo.

Após o jogo, de lição de casa, pode-se pedirque escrevam as palavras encontradas, arruman-do-as em colunas, uma de M + vogal (amargo), ou-tra de M em final de sílaba (campo, tapam), se forM a letra pedida; uma de N + vogal (nariz) e ou-tra com N em final de sílaba (cantam), se for N aletra pedida; e uma 3a coluna de palavras em queaparece mais de um caso simultaneamente.

SoletrandoObjetivo pedagógico

É mais um jogo que você pode oferecer àscrianças para ajudá-las a sistematizar o uso de Mou N em final de sílaba. O

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Estratégia: procede-se da seguinte maneira:

Peça a seus alunos que façam de lição decasa uma pesquisa de palavras que tenham M ouN como última letra da sílaba e que tragam aspalavras encontradas para a classe.

Reúna os alunos em grupos de 4 ou 5 crian-ças e explique-lhes as regras do jogo:

1. O aluno número 1 escolhe uma das palavrasque encontrou e dita para o aluno seguinte (onúmero 2). O número 2 deve “escrevê-la nacabeça” e soletrar para o número 1, que vaianotando às escondidas cada letra soletrada.

2. Quando o número 2 terminar de soletrar, onúmero 1 mostra a palavra escrita e diz se estácerta ou errada. Se houver erro não o aponta.

3. Se o aluno número 2 acertou, ganha 1 ponto edita uma de suas palavras para o aluno número3. Se o 2 errou, a palavra fica para o aluno 3 so-letrar, que ganhará o ponto caso acerte.

4. O jogo progride dessa maneira, sucessivamen-te, com o aluno número 1 ditando para o 2, o2 para o 3, o 3 para o 4, o 4 para o 1, até quetodos tenham soletrado uma ou mais palavras.

5. Vence o aluno que obtiver o maior númerode pontos no total.

6. O término do jogo pode ser estabelecido pornúmero de palavras ou por tempo, como oprofessor achar mais conveniente.

A utilização de jogos para a sistematizaçãoda Ortografia é uma maneira eficiente e envol-vente de levar as crianças a manter a correçãoortográfica como um valor a ser conquistado.Então seus alunos estarão mais preparados pararealizar as atividades do livro do aluno.

COMPLETANDO... (p. 180)Objetivos:

• promover a sistematização do uso das le-tras M/N em final de sílaba;

• desenvolver a dedução pelo contexto noprocessamento da leitura.

Estratégia: essa atividade pode ser realizada emclasse, em duplas, ou como lição de casa. Peçaaos alunos que leiam o texto silenciosamente e,pelo sentido geral, descubram quais palavras se-

riam encaixadas nos números correspondentes.Sua inclusão no texto depende da compreensãodo contexto geral, desenvolvendo o raciocíniodedutivo e a capacidade de interpretação.

A questão 2 tem como intenção que os alu-nos articulem conhecimentos prévios sobre filma-gens, lentes de aumento, etc., com a imaginação.Não estamos em busca de um certo ou errado,mas da reflexão e do levantamento de possíveis.

A questão 3 é apenas uma retomada da re-gra geral, e na 4 voltamos a trabalhar com a sis-tematização aliada ao pensamento dedutivo. Aocompletar, obterão ditados populares. Explorecom eles o significado dos ditados e a brincadei-ra que está entre parênteses. Caso ache interes-sante, crie outros!

Respostas

1. A fama veio com as pulgas

Ao pintar o retrato de um antigo (1) governador pau-lista, Lucas Nogueira Garcez, uma idéia ocorreu a Blóis.“Eu estava concentrado (2) e uma pulga veio e me picoua mão. Acabei borrando (3) o desenho e matei a danada.Aí, pensei (4): por que não aproveitar para escrever coi-sas nas costas desses bichinhos?” A primeira pulga a al-cançar (5) fama foi comprada (6) pela Standard OilCompany, em 1960. Nela, Blóis escreveu “Super Flit”,nome de um inseticida (7) da época.

O rebuliço aconteceu na hora do embarque (8). A al-fândega (9) não acreditava que naquela caixa de madei-ra com 1,8 kg, dentro de um vidro muito bem protegido,viajava uma simples (10) pulga. Depois de muitos exa-mes, ela pôde seguir para os Estados Unidos.

2. Resposta pessoal.

3. a) Depois do M: P e B; b) Depois do N: S, C, T, D, Ç.

4. Quem conta um conto, aumenta um ponto. (Ou é fofo-queiro!)

Quem tudo quer, nada tem. (Ou é um grande egoísta!)

Macaco que muito pula, quer chumbo. (Ou está cheiode pulgas!)

FUNDINDO A CUCA... (p. 182)Objetivo:

Favorecer o desenvolvimento da criança lei-tora, uma vez que a compreensão da charada

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exige que se interprete de forma eficiente os de-talhes do texto, ligando-os com conhecimentode mundo e de outros textos, além de todo oraciocínio lógico desenvolvido.

Estratégia: é um jogo de charadas. Consideran-do que a solução das charadas é muito difícil, co-locamos um universo de palavras no quadro,contendo as soluções e outras palavras que po-deriam se confundir com as corretas pelo senti-do ou pelo número de letras, o que dirige o olharmas não oferece solução.

Solicite a criação de outras charadas pelosalunos e a troca entre grupos.

Respostas

1. sombra; 2. esponja; 3. tempo; 4. balança; 5. ponte.

DE PAR EM PAR (p. 183)Objetivo:

Chamar a atenção dos alunos para a impor-tância da presença ou ausência de cada uma dasletras na palavra: ter ou não um M ou N produzoutra palavra, outro significado.

Estratégia: essa atividade é importante porquenossa análise mostrou que as crianças costumamcometer erros de omissão da marca de nasaliza-ção. É pela consciência que pretendemos levá-losa estar cada vez mais atentos à importância dapresença de cada letra em cada palavra para aprodução do significado.

Depois de todas as palavras completadas, leiacom eles em voz alta cada par para que a dife-rença sonora produzida pela marca de nasaliza-ção fique bem evidenciada.

Resposta

boba — bomba sobra — sombra ou sobram

tuba — tumba bato — batom

Caribe — carimbe coma — comam

babo — bambo rapa — rampa ou rapam

tapa — tampa bebe — bebem

TIRANDO DE LETRA! (p. 184)Objetivo:

Reforçar a importância da presença ou au-sência das letras como definidoras de significado.

Estratégia: essa atividade pode ser feita como li-ção de casa. É mais uma situação para a criançainvestigar as propriedades das palavras em buscade uma generalização. Sua execução segue mo-delos anteriores, portanto não oferecerá maio-res dificuldades. Na correção, não se esqueça deler com eles em voz alta cada palavra.

Respostas1. nuca, maga, troco, grade, ruído, casado, rede, traça, gero.

2. N.

3. As crianças colocarão suas descobertas. As que espe-ramos que façam são:a) com o N o som fica nasal;b) o sentido fica diferente;c) quando há o N antes do S (penso), o som é de S;

quando não há, o som é igual ao do Z (caso);d) quando há N antes do R (genro), o som do R é forte;

quando não há o N, o som do R é fraco (gero).

SALADA DE LETRAS (p. 185)Objetivo:

Trabalhar a importância do valor posicional.

Estratégia: sugerimos que seja feita em duplas: éuma deliciosa atividade de descoberta de pala-vras. Como é difícil para as crianças fazerem astransformações mentalmente, é interessante ofe-recer letras móveis (caso você não tenha, façacom papel sulfite) para que possam mexer comas letras concretamente, o que facilita muito eaumenta o número de palavras possíveis de se-rem descobertas por elas.

É permitido conferir no dicionário para verificarse a palavra existe e se está escrita corretamente.

Respostas

1. tambor, tromba, tombar, brotam;

2. sombra, sobram, Rambos (o plural de Rambo);

3. notem, monte, ontem.

QUEM FAZ MAIS? (p. 186)Objetivos:

• levar os alunos a formar palavras tendosempre de considerar M/N na escolha;

• promover a ampliação de vocabulário. Obj

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Estratégia: para tornar a atividade mais interes-sante, transforme-a em jogo. É um desafio que ascrianças gostam de encarar. Faça em sala de aulae marque tempo: quem descobrir todas primei-ro ganha pontos.

Resposta

canta; sinta; embalagem; encero; sincero; cangaceiro;empático; simpático; cambalhota; simples; sindicato; cam-burão; simbólico; empate; campeonato; cansado; cancelar;engano; canjica; enlouquecer; enquanto; empada; enzima;cantiga; enrolado; sinfonia; candidato; envelhecer; enxada

EXPERIMENTANDO... (p. 187)Objetivo:

Levar os alunos à consciência de quanto éimportante a presença ou ausência de cada letradas palavras, especialmente N e S, duas letras fre-qüentemente omitidas pelas crianças.

Estratégia: pode ser realizada em classe ou emcasa.A estrutura é a mesma de outras atividades,portanto não acreditamos que haverá qualquerproblema. Na correção, discuta com os alunos oquanto a presença ou ausência de cada uma dasletras transforma som e significado. Aproveitetambém para discutir as possibilidades de senti-do de algumas palavras como matas (floresta oudo verbo matar), conta (pérola, verbo contar,operação matemática), etc. Ao fazer isso, a pon-te com o trabalho de polissemia, desenvolvido naParte 1 do volume desta série, fica estabelecida.

Discuta com eles a mobilidade da letra S, quepode ser interna ou final de palavra, enquanto oN aparece com mais freqüência no meio, poissão pouco comuns palavras terminadas em Nem português.

Discuta também que o S às vezes aparececomo marca de plural (casas), às vezes muda apessoa que fala (ele mata, tu matas). Por favor,não use a palavra verbo, pois esse conceito serádiscutido apenas na 3a série.

Proponha como lição de casa que eles des-cubram mais algumas palavras que também setransformem com o acréscimo das letras N ouS, como nós fizemos.

Além das atividades propostas, crie outras comsua classe. Não se esqueça de que você vai cons-truindo a programação de acordo com as neces-sidades de seu grupo.

Resposta

1ª coluna: manta/matassenta/setasmenta/metasmonto/motospranto/pratoscansa/casasbronca/brocasronda/rodaslinda/lidas

2ª coluna:canta/casta/catastenta/testa/tetasconta/costa/cotasjunta/justa/jutasponte/poste/potescomente/comeste/cometes

OS ESQUECIDOS (p. 188)Objetivo:

Trabalhar o papel do “revisor”: que os alunosreconheçam e utilizem adequadamente o N, o Se o SS, freqüentemente omitidos por eles.

Estratégia: para isso, escolhemos um trecho e re-tiramos essas letras, que devem ser recolocadaspor eles. Peça que façam a atividade individualmen-te, a fim de que cada um perceba o que consegueenxergar ou não. Na correção, discuta com eles asmudanças sonoras que essas duas letras produ-zem, que o S entre uma vogal e uma consoantetem um som, entre duas vogais tem outro som,como é pronunciado no início de palavras, etc.

Sugestão: como lição de casa, peça que criemtambém um pequeno texto, sobre algo queachem interessante, com omissão de alguma le-tra, para trocarem entre si. Quem será que vaidescobrir todas elas?

Objetivos e orientações específicas – gram

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É interessante fazer a leitura primeiro sem asconsoantes e depois com elas, para que os alu-nos percebam a importância do seu uso.

Respostas

1. Marina bateu a perna no banco e sentiu bastante dor.Como percebeu que não sangrou nem cortou, levantou-se e foi colocar gelo no lugar da pancada para não inchar.

2. Massa de modelar

Você vai precisar de duas xícaras de farinha de trigo,meia xícara de sal, meia xícara de água, uma colherde sopa de óleo. Coloque tudo numa bacia e misturemuito bem durante seis minutos. Com a massa pron-ta, modele na forma que quiser. Depois de pronto,deixe secar ao sol ou ao vento, ou então peça a umadulto que coloque no forno por uma hora. Quandoesfriar, você pode pintar se quiser.

Módulo IX — ÃO versus AM (p. 189 a 197)

Algumas considerações

Como na 2a série as crianças costumamerrar apenas AM/ÃO em final de verbos, focare-mos somente esse caso. Nosso olhar buscará arelação ortografia/gramática: ÃO - oxítona, AM -paroxítona, como critério de decisão, além daidéia de tempo expressa pelas duas terminações.

HISTÓRIA ENROLADA (p. 189)Objetivo:

Trabalhar as terminações AM e ÃO em finalde verbos.

Estratégia: as crianças de 2a série costumam tro-car ÃO por AM em final de verbos. Essa dificul-dade é conseqüência, acreditamos, do fato decrianças dessa faixa etária ainda não terem no-ção de tempo estabelecida, o que impossibilita asuperação dessa questão ortográfica. Mas, mes-mo assim, vale a pena sistematizar esse conteú-do, só que sem esperar sua superação.

Essa história, escrita no caracol, é uma gran-de diversão. Ela está no futuro e no plural a fimde que apareça a terminação ÃO. A passagem

dela para o passado envolve uma série de dificul-dades, por isso só deve ser realizada em sala deaula, em equipes. Ao corrigir a atividade, discutacom eles os seguintes aspectos:

1. É possível mudar para mais de um passado(perfeito ou imperfeito), ficando “A históriados caracóis foi uma história muito enrolada”ou “A história dos caracóis era uma históriamuito enrolada”.

2. Nem todas as palavras mudam ao fazer a pas-sagem de tempo, apenas algumas.

3. Quais as mudanças que eles observaram naspalavras que alteraram a idéia de tempo: algu-mas perderam o RE (chamaremos para cha-mamos); outras mudaram ÃO para AM; outrasmudaram um pedaço maior da palavra (quere-rão para quiseram).

Garanta um espaço para que digam todas assuas descobertas, discuta-as e transforme em si-tuações para que compreendam o que for ne-cessário para superar as dúvidas. Não utilize otermo verbo neste momento.

Resposta

A história dos caracóis era uma história muito enro-lada, porque eles estavam sempre escondidos dentro dassuas casas. Nós chamamos os caracóis para brincar, elesnão quiseram. Nós oferecemos a eles um sorvete dechocolate, eles nem ligaram. Oferecemos um saco depipocas, oferecemos uma casca dourada, eles fingiramque não ouviram nada. Oferecemos até uma viagem àDisneylândia para eles conhecerem o Peter Pan. Eles nãobotaram nem uma anteninha do lado de fora. Por isso nósdesistimos; esses caracóis só gostam de dormir.

DE ONDE VÊM OS BEBÊS? (p. 190)Objetivo:

Levar os alunos a perceberem que a termi-nação AM pode ser passado ou presente.

Estratégia: escolhemos um texto sobre nasci-mento de bebês, pois é um assunto importantepara ser discutido com os alunos. Deixe que asperguntas apareçam livremente, e procureresponder com clareza e sem sustos ou precon-ceitos. Depois da discussão do conteúdo do O

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texto, peça que façam as questões. No momen-to da correção, ajude-os a observar o maior nú-mero possível de aspectos ligados à grafia des-sas palavras, relacionando-os ao tempo.

Respostas

1. O primeiro parágrafo da 1ª parte está escrito no passa-do. Esperamos que respondam que as palavras em ne-grito no texto (queriam, viviam, inventavam, diziam,eram) indicam tempo passado. Pode ser que usem o an-tigamente como argumento. Nesse caso, aceite-o eacrescente a idéia de tempo do AM.

2. Como crescem dentro da barriga da mãe?

“Durante nove meses, os bebês permanecem no úte-ro materno, um órgão especial que se prepara para re-cebê-los e se expande conforme os fetos se desen-volvem. Ali, eles possuem tudo de que necessitam.Por meio da placenta (um órgão que se origina na ges-tação) e do cordão umbilical, que os ligam à mãe, osbebês recebem os nutrientes e o oxigênio essencialpara o seu desenvolvimento e eliminam os resíduosnão utilizados.”

3. As palavras que estavam no passado terminando emAM, ao passar para o presente terminam em AM ou EM.

• Quando a palavra vai para o presente, a maioria per-de o RA. Exemplo: permaneceram/permanecem; cres-ceram/crescem; etc.

QUEM SABE, SABE... (p. 192)Objetivo:

Destacar que as palavras terminadas porÃO são oxítonas e as terminadas por AM sãoparoxítonas.

Estratégia: você pode desenvolver a propostacomo atividade ou como jogo. Como atividade,peça que individualmente respondam às pergun-tas e façam a contagem. Como jogo, proponha asregras:

a) Em duplas, um jogador fica encarregado defazer a pergunta e a contagem dos pontos,e o outro jogador responde.

b) Um aluno lê a pergunta e o outro diz seaceita ou não. Se aceitar e responder cor-retamente, ganha um ponto. Se aceitar eerrar, perde um ponto.

c) Caso o aluno não saiba ou tenha dúvida,se não quiser arriscar, pode pular a vez, emtrês perguntas. Depois de três vezes quetiver passado, é obrigado a arriscar a res-posta.

d) Vence(m) o(s) jogador(es) que tiver(em)mais pontos.

No momento da correção, coloque na lousaas palavras, organizando-as em duas colunas, parafacilitar a observação e a conclusão.

Respostas

1. AM ÃO1. mamam 2. botão5. dedam 3. dedão8. montam 4. mamão9. escorregam 6. escorregão

10. enviam, mandam 7. mandão11. botam 12. montão

2. Todas as palavras terminadas por ÃO são oxítonas.

3. Todas as terminadas por AM são paroxítonas.

O QUE FOI, O QUE SERÁ? (p. 194)Objetivos:

• opor as terminações AM/ÃO como passa-do e futuro;

• trazer informações gerais sobre pessoas eeventos do passado;

• convidar os alunos a imaginar o futuro, fa-zendo projeções lógicas a partir de dadosdo presente;

• coordenar com a matemática a noção deadição.

Estratégia: esta atividade é individual, até porquepede a cada um que mostre como imagina queseria algo. No momento da correção amplie asinformações, discuta as implicações dos eventose dos fatos que transformaram aspectos impor-tantes da vida moderna. Depois, voltamos a insis-tir na relação grafia — tempo verbal.

Respostas

1. a) Resposta pessoal.b) Se a atividade for feita no ano de 2004, serão 26 anos.c) Resposta pessoal.

Objetivos e orientações específicas – gram

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d) Se a atividade for feita em 2004, em 50 anos estare-mos em 2054.

e) Resposta pessoal.f ) Resposta pessoal.g) Resposta pessoal.

2. (1) atravessaram (10) usavam(2) atravessarão (11) usarão(3) terão (12) rodavam(4) inventaram (13) achavam(5) vieram (14) serão(6) surgiram (15) escolherão(7) auxiliarão (16) foram(8) começaram (17) seguiram(9) dispensavam (18) estarão

A VIDA NA ANTIGA POMPÉIA (p. 197)Objetivo:

Fazer os alunos perceberem que a termina-ção de 3a pessoa do singular no presente é comU e não com L, como muitas crianças pensam.

Estratégia: peça a eles que resolvam a atividadeem duplas. Eles são capazes de operar as trans-formações como falantes da língua, não fale otermo verbo para eles. A palavra verbo será in-troduzida apenas na 3a série, nosso objetivo nes-te momento é exclusivamente ortográfico.

Na 3a questão, queremos que alterem ape-nas o necessário para que o texto fique coeren-te com a idéia de um arqueólogo. Não devem,portanto, passar tudo para o singular.

Ao fazerem a 4a questão, deixe bem claroque todas as terminações alteradas são com U,jamais com L.

Respostas

1. Estão no passado.

2. Em 1594 a ruína ressurgiu quando um arquiteto tentoucavar um túnel para mudar o curso do rio Sarno. Ele des-cobriu um anfiteatro e um templo. A partir daí outra ex-pedição escavou a cidade. Mas, no meio do trabalho, viualgo surpreendente: os moldes dos corpos das vítimas.

3. O arqueólogo, então, derramou gesso líquido dentro des-ses moldes, quebrou a crosta e assim conseguiu obtercópias exatas daquelas pessoas. Esses corpos estãoatualmente no Museu Arqueológico de Nápoles, na Itália.

4. As terminações são: IU, OU, sempre com U, jamais com L.

Módulo X — As letras C, G, Q (p. 199 a 201)

Algumas considerações

Que letra usar?

Ao analisarmos os erros de nossa amostragem,recolhida em diversas escolas, observamos que umgrande número de crianças ainda confundia as le-tras C, G e Q. Levantamos algumas hipóteses: seráuma questão de semelhança visual que provoca aconfusão? Ou será auditiva? Ou outro fator, nem vi-sual nem auditivo? Ou as duas coisas juntas? Umavez que as razões podem ser várias, montamos ati-vidades para trabalhá-las de diversas formas.

No livro do aluno encontramos as seguintesatividades de sistematização a seguir.

COM QUAL DELES? (p. 199)Objetivo:

Relacionar o som e a grafia das letras C, G e Q.

Estratégia: observe as várias possibilidades de segrafar essas letras. Depois, relacione o som e o sen-tido produzido ao usar cada uma delas. Para isso, es-colhemos palavras que tinham apenas uma dessasletras de diferença e, ao opor os pares, queremosque observem a diferença de som e significado.

Pode ser que as crianças não conheçam o sig-nificado de todas as palavras do exercício.Aprovei-te e peça que façam uma consulta ao dicionário!

Procure pronunciá-las normalmente, sem darpistas da letra. Palavras a serem ditadas: fico / figo;maca / maga; gente / quente; agi / aqui; cela / gela;costa / gosta; pego / peco; manga / manca; gorro /corro; aguado / acuado; breca / brega; cravo / gravo;cola / gola; trigo / tricô.

DESCUBRA O CAMINHO (p. 200)Objetivo:

Promover a sistematização do uso das letrasC, G e Q.

Estratégia: partindo do pressuposto de que a con-fusão entre as três letras tem como fundo a seme-lhança sonora e visual, optamos por estratégias deditado que iriam ao encontro de nossos objetivos. O

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É fundamental que, antes de ditar, o professordeixe claro como os alunos devem preencher atabela, para garantir o sucesso do jogo. Explica-ções feitas, começa o ditado, cada um com suatabela. O desafio começa aí, pois quem grafar aspalavras com erro poderá não achar a solução.

Palavras a serem ditadas na ordem em queestão aqui: aceso, acusado, macio, cozinha, cidade,acústico, candidato, cru, caminho, macaco, morcego,acento, coruja, centena, cochilo, torcida.

Depois que tiverem encontrado a solução, dis-cuta com eles qual o som do C em cada palavra equal a letra que vem depois do C dependendo dosom. A partir desse jogo, monte outros que te-nham o mesmo objetivo.

Respostas

1. O caminho está na diagonal e é formado pelas pala-vras: cozinha, candidato, macaco, coruja.

2. Resposta pessoal.

AUMENTE E INVENTE (p. 201)Objetivo:

Retomar as três consoantes que podem for-mar sílaba com o C: L, H, R.

Estratégia: nesta atividade, que pode ser feita in-dividualmente, focamos apenas a letra C em suaspossibilidades de combinação com as consoan-tes. Quais são elas? É importante que o alunodescubra, por meio da própria experimentação,que ele poderá acrescentar às palavras as con-soantes L, H, R, formando novas palavras.

No desafio resgatamos o trabalho de divisãosilábica com consoantes pouco comuns como úl-tima da sílaba. Que outras palavras existem?Aproveite para relembrar com eles a divisão si-lábica delas, como, por exemplo, característica —ca-rac-te-rís-ti-ca, destacando que a consoantedepois do c vai estar na outra sílaba.

Respostas

1. As palavras são: clama, chama, clima, tecla, claro,cliente, tocha, chá, chata, chão, marcha, chave, cho-que, cacho, cravo, cheia, creia.

• Depois da letra C devem ter sido usadas as letrasH, L e R.

2. Desafio: queremos que procurem palavras com c mudo,alvo de nosso trabalho com divisão silábica. Podem en-contrar: característica, cacto, pacto, confecção, acne,aracnídeo, infectar, etc.

Módulo XI — As letras G e J (p. 202 a 215)

Algumas considerações

1. A letra G

A razão de termos escolhido a letra G paraa investigação, deve-se ao fato de muitas criançasna 2a série ainda apresentarem dúvidas entre oG e o GUE; o GE-GI e o JE-JI. O princípio de in-vestigação mantém o espírito das atividades rea-lizadas ao longo da 1a série:

1. Colhe-se uma amostra aleatória de palavras nalíngua e pensa-se essas palavras em suas múlti-plas possibilidades de classificação e relação, bus-cando compreender de que maneira o sistemaortográfico se organiza em seus possíveis.

2. A partir dessa análise, levantam-se regras oureflexões que possam ajudar o aluno a tomardecisões ortográficas em seus momentos dedúvida.

É importante considerar que as conclusõesapresentadas por nós devem-se à análise de nossaamostra, e não devem ser transmitidas às crian-ças, pois o que importa é que elas mesmas inves-tiguem o sistema e tirem suas conclusões.

Para que esse trabalho possa ser realizadoplenamente, é preciso que o professor estejaconsciente de alguns princípios:

1. É importante que os alunos possam sentir-secapazes de investigar e produzir conhecimen-tos, o que implica que o professor não lhes dêas conclusões, mas que os coloque diante dosistema da língua para que possam desvendá-lo.

2. A amostra deve ser aleatória, ou seja, o pro-fessor não deve oferecer listas de palavras,mas sim pedir a eles que façam pesquisas emjornais, livros, revistas, para que se trabalhecom uma amostragem grande da língua.

Objetivos e orientações específicas – gram

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3. O papel do professor será o de desequilibra-dor, ou seja, aquele que faz perguntas para queo olhar deles seja dirigido para determinadosaspectos do sistema, mas sempre com o intuitode perguntar, nunca dando as respostas, quedevem ser buscadas na interação entre a crian-ça e o objeto língua.

4. As observações de cada aluno devem ser sub-metidas ao grupo para verificação, a fim deevitar falsas generalizações.

5. As conclusões e regras tiradas devem ser re-gistradas no caderno, de forma bem destaca-da, a fim de poderem ser facilmente consulta-das em caso de dúvida.

6. Caso ao longo do trabalho surjam novas con-clusões, ou alguma se apresente como parcialou incorreta, deve-se acrescentá-las ou modi-ficá-las, pois o objetivo de nosso trabalho é oda investigação científica, da discussão dospossíveis do sistema da língua, e não o estabe-lecimento de verdades absolutas reveladaspor uma autoridade suprema.

Estratégia:

1. Peça aos alunos que pesquisem palavras quetenham a letra G em jornais e revistas, e tra-gam para a classe aproximadamente 15 pala-vras cada um.

2. No dia seguinte, reúna-os em pequenos gru-pos, peça que juntem todas as palavras encon-tradas, escrevam-nas em pequenos retângulosde papel (os retângulos devem estar corta-dos) e pintem com caneta de uma cor a letraG e com caneta de outra cor a letra seguinteao G. Observarão que a letra G pode vir se-guida de vogal ou consoante. Registre as des-cobertas.

3. Quais as posições que a letra G pode ocuparna palavra: pode ser a 1a letra da palavra? A úl-tima? Aparece no meio dela? Em que posiçãoela é mais freqüente? Vá registrando as desco-bertas na lousa, para que copiem no caderno.a) Será que há predomínio de G + vogal, ou

de G + consoante, ou os dois grupos sãoequivalentes? Peça que verifiquem e regis-trem a descoberta.

b) Peça, então, que organizem as palavras emdois grupos: as que apresentam G + vogale as que apresentam G + consoante.

c) Guarde as palavras com G + vogal em umenvelope (serão usadas posteriormente) epeça que espalhem as restantes na mesa.

G + consoanteDiga-lhes que observem apenas as palavras

que têm G + consoante e acionem “seu lado de-tetive”, tentando descobrir o máximo de carac-terísticas que aquelas palavras têm em comum eque poderão ajudá-los a esclarecer alguma dúvi-da na hora de escrever. Vá fazendo-lhes pergun-tas para que observem as propriedades da língua:“Todas as consoantes podem aparecer depois doG?”; “Quais podem aparecer?”; “O G ocupa queposição dentro da sílaba, a 1a, a 2a, a última letra?”;“Quais as consoantes que aparecem depois delequando ele é a 1a letra da sílaba?”; “Quais con-soantes aparecem depois dele quando ele é a úl-tima letra da sílaba?”; “Quais são as consoantesmais freqüentes?”; “Há alterações de som depen-dendo da consoante que vem depois dele?”; etc.

Poderão, então, observar que:a) o G seguido de consoante pode ser a pri-

meira letra da sílaba (grito) ou a última le-tra da sílaba (ignorante);

b) quando o G for a primeira letra da sílaba,depois dele só aparece R ou L (glicose ougrito), nunca outra consoante;

c) quando o G for a última letra da sílaba, de-pois dele aparece quase sempre N (repug-nante), ou às vezes M (segmento), ou D(Magda);

d) há poucas palavras com G como última le-tra da sílaba;

e) em nossa amostra apareceram mais pala-vras com GR do que com GL;

f) o G + consoante pode aparecer em qual-quer sílaba da palavra.

G + vogalEm outro dia, devolva os envelopes que você

guardou com as palavras com G + vogal para osgrupos. Peça em seguida que observem as pala- O

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vras organizadas com G + vogal e descubram oque puderem. Caso as observações não surjamespontaneamente, proceda como na investiga-ção do G + consoante, fazendo perguntas quedirijam o olhar deles para os aspectos relevantes.Poderão, então, observar que:

a) há muitas palavras com G + vogal;b) dependendo da vogal que vem depois,

muda o som do G (GA-GO-GU) X(GUA-GUE-GUI) X (GE-GI);

c) o G + vogal pode aparecer em qualquersílaba da palavra;

d) depois da vogal pode aparecer tanto vogalcomo consoante.

Pedir, em seguida, que façam nova classifica-ção, arrumando agora a partir do som. Pedem-senovas descobertas.

Ga-Go-Gua) É o grupo que tem mais palavras.b) Não se confunde com nenhuma outra

letra.c) É sempre a primeira letra da sílaba.d) Depois do GA-GO-GU pode aparecer uma

consoante (gosta) ou uma vogal (goela).e) Depois do GA-GO-GU pode aparecer

qualquer vogal.f) Quando depois do U vier A, E, I ou O, fica

GUA, GUE, GUI, GUO.

Ge-Gia) O som do GE-GI é igual ao do JE-JI.b) Pode aparecer em qualquer sílaba da palavra.c) Depois do GE-GI pode aparecer vogal ou

consoante. Se aparecer consoante, ela po-de estar na mesma sílaba (gente) ou emoutra sílaba (geral).

d) Há menos palavras com GE-GI seguidosde vogal do que seguidos de consoante.

e) Na maior parte das palavras em que de-pois do GE-GI vem vogal, a vogal está naoutra sílaba (contagiaram).

Gua-Gue-Gui-Guoa) Há um número pequeno de palavras com

GUA-GUE-GUI-GUO.

b) Podem aparecer em qualquer sílaba.c) O G sempre é a primeira letra da sílaba.d) Em algumas palavras podem aparecer dois

pontinhos em cima do U (trema) e o Upassa a ser pronunciado (lingüiça).

e) Quando o trema aparece, sempre depoisvem e ou i.

f) Há poucas palavras com GUO (águo, en-xáguo, contíguo, exíguo, por exemplo).

g) Não existe “guu”.

Terminadas as descobertas, peça que guar-dem as palavras que usaram na investigação emenvelopes separados, pois serão usadas poste-riormente.

No livro do aluno encontramos algumas ati-vidades para sistematização dessas descobertas.Veja a seguir :

VAMOS VER SE VOCÊ ADIVINHA... (p. 202)Objetivos:

• promover a sistematização das descober-tas feitas na pesquisa sobre a letra G;

• desenvolver o controle motor;• desenvolver estratégias para solução de

problemas.

Estratégia: organize os alunos em equipes e peçaque leiam as regras e discutam como jogar. Nãoleia nem explique as regras a eles: compreenderregras é fundamental para aprenderem a ler per-guntas e instruções. Peça a eles que, em voz alta,expliquem a você como se joga. Caso alguém te-nha compreendido mal, peça que diga onde leuaquela instrução.Verifique o que está levando oaluno ao erro de interpretação (ou às vezes opróprio texto pode não estar suficientementeclaro!) e ajude-o a transformar sua compreensão.

Regras compreendidas, o jogo começa!

Respostas

1. ge 6. gruta 11. grudar

2. gelo 7. guincho 12. gnomos

3. gorro 8. guloso 13. guerras

4. garfo 9. guiar 14. gema

5. gaiolas 10. gordo 15. girafa

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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16. guardanapo 19. globo 22. gigante17. gibi 20. grosso 23. guache18. grande 21. gritar 24. goteira

LIGUE E SE LIGUE... (p. 206)Objetivo:

Para realizar esse jogo, a criança necessitaacionar todo o seu conhecimento da língua, derelações espaciais, de vocabulário e ter muito ra-ciocínio.

Estratégia: esse jogo, conhecido como Torto, en-cerra um grande desafio lingüístico e cognitivo. Éum jogo instigante, para ser feito em duplas outrios. Copie o mapa das letras na lousa e descu-bra com eles algumas palavras para que com-preendam bem as regras e o mecanismo dojogo. Depois, deixe que fundam a cuca! No mo-mento da correção, liste com eles as palavras epeça que as copiem no caderno. De lição decasa você pode pedir que criem um jogo usan-do algumas daquelas palavras para o colega re-solver depois. Sugestões de jogos: palavras cru-zadas, cara a cara, charadas, caça-palavras, etc.

Resposta

age guerra negra enganoágua gás gear tangeáguias agora gerar garoaagente gorro gago agüentagente gorar tangoguia negar rogarguie negro agarro

Desafio:

7 letras: errante, agüenta.

SILABANDO (p. 207)Objetivo:

Promover a sistematização do uso das sílabasformadas por G + vogal.

Estratégia: é uma cruzadinha diferente da tradicio-nal. Nos quadrinhos vazios o aluno deve preenchercom a sílaba que está faltando. Escolhemos GA,GE,GI, GO, GU, GUA, GUE, GUI por termos observa-do em nossa pesquisa de erros que as crianças deinício de 2a série ainda fazem muita confusão entre

elas. No momento da correção, pergunte se al-guém formou outra palavra ou escreveu de outromodo. É provável que escrevam errado algumaspalavras (exemplo:“eguísta”,“sangui”, etc.), e esse éum bom momento para trabalhar essas grafias.

Caso queira transformar em jogo, proponhaum tempo para a elaboração da atividade.Termi-nado o tempo proposto, o vencedor, o que ter-minar primeiro, deverá fazer a leitura das palavraspara a classe.

Utilize as palavras formadas para a elabora-ção de um jogo de formação de palavras deriva-das: “Quem consegue descobrir o maior númerode palavras que foram formadas a partir de tal pa-lavra?” (exemplo: gaveta — gaveteiro — engavetar— gavetinha), ou peça que façam a separação desílabas e a classificação de algumas palavras, etc.

Resposta

1. gilete

2. fugindo

3. enguiçado

4. foguete/açougue

5. folgada

6. egoísta

7. gelo/tigela

8. guaraná/língua

9. guiava/guindaste

10. água ou águia

11. sangue

12. agora ou agira ou aguara

13. rangido

14. ângulo/barrigudo

15. verruga

QUEM FAZ O QUÊ? (p. 208)Objetivos:

• exercitar o desenvolvimento de estratégiasde solução de problemas;

• promover a sistematização de palavrascom a letra G;

• ampliar o universo de profissões conheci-das pelos alunos e conhecer cada função. O

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Estratégia: peça que leiam as regras (isto podeser pedido de lição de casa, como preparaçãopara jogar) e discuta-as antes de iniciarem a par-tida. O jogo consiste em ligar o nome do profis-sional à sua função, mas para isso terão de esco-lher qual das peças é mais interessante mover na-quele momento. A construção dessas estratégiasé um de nossos principais objetivos. Regras escla-recidas, reúna-os em grupos e, depois, é só jogar!

Enquanto jogam, vá circulando pela classe, ti-rando dúvidas e garantindo que as regras este-jam sendo obedecidas.

Além do uso do G, chamamos a atençãopara as terminações (sufixos) formadoras deprofissões. Procuramos aliar aqui o conteúdo deformação de palavras que será objeto de análisenesta e nas próximas séries.

Respostas

guitarrista — tocador de guitarraentregador — pessoa que entrega comprasaçougueiro — proprietário de açouguemassagista — especialista em massagensguerrilheiro — aquele que combate numa guerrilhacarregador — pessoa que carrega ou transporta objetos

para os outrosbiólogo — estudioso das formas da vidagarimpeiro — pessoa que explora minas em busca de

metais e pedras preciosasdigitador — pessoa que digitaadvogado — pessoa habilitada para defender os interes-

ses de pessoas ou empresasgoleiro — jogador que joga no golgaragista — encarregado da garagemdelegado — maior autoridade numa delegaciafoguista — pessoa que põe fogo nas fornalhaslingüista — especialista no estudo das línguasdesembargador — juiz do Tribunal de Justiçaencarregado —pessoa que se encarrega de alguma funçãonavegador — perito em cálculos de navegaçãofigurinista — desenhista de figurinos, trajes da modageólogo — estudioso da formação e transformação do

globo terrestrejangadeiro — aquele que conduz a jangadagranjeiro — dono de uma granjaegiptólogo — estudioso dos assuntos sobre a civilização

egípcia

podólogo — pessoa que estuda e cuida dos pésagricultor — pessoa que cultiva a terraecologista — especialista que estuda as relações entre

seres vivos e meio ambienteepidemiologista — especialista em epidemias

1. a) As terminações são: ista, or, eiro, ogo, ado.

b) Exemplos: sorveteiro, quitandeiro, padeiro, borra-cheiro, embaixador, encanador, professor, contador,etnólogo, psicólogo, arqueólogo, calista, frentista,artista, oculista.

2. Guitarra, guerrilha, fogo, açougue, massagem, garim-po, gol, garagem, língua, jangada, granja, Egito, azu-lejo.

3. Geólogo: que estuda a Terra (sua formação e transfor-mações).

2. A letra J

Uma vez que as crianças confundem GE-GI/ JE-JI, vale a pena propor uma atividade decomparação entre as letras G e J, em busca dereflexões que possam ajudá-las. Para tanto,preparamos um jogo do Stop, com a finalidadede dinamizar a coleta de palavras para a inves-tigação.

JOGO DO STOP (p. 213)Objetivo:

Fazer um levantamento de vocabulário vastode palavras com G/J para a investigação da letra J.

Estratégia: é mais um jogo de Stop. Marque umtempo para realizarem a tarefa e dê as instruções:os espaços devem ser preenchidos pelas sílabasGE/GI, JE/JI em qualquer posição na palavra.

Explique as regras, determine o tempo edeixe que preencham. No momento da corre-ção, divida a lousa em colunas e peça que umrepresentante de cada equipe vá escrevendoas palavras que encontraram. É importanteque a lousa seja organizada de tal forma quetodas as palavras com as quatro sílabas apare-çam simultaneamente na lousa. Caso contrá-rio não será possível visualizar todo o univer-so de palavras para a análise e retirada deconclusões.

Objetivos e orientações específicas – gram

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Palavras corrigidas e pontuação feita, come-ce com eles a análise. Na própria atividade fize-mos perguntas que ajudam a observar aspectosimportantes. Faça-lhes outras de tal forma quepossam concluir que:

• O número de palavras com JE/JI é bem menorem relação a GE/GI. Ora, observar isso é impor-tante, pois, em momento de dúvida, arrisca-se G!

Escreva as palavras obtidas no jogo do Stopem um papel grande para que fiquem afixadas naparede.

Respostas

1. Lista das crianças.

2. a) Há muito mais palavras com GE/GI do que com JE/JI.

b) As sílabas GE/GI podem aparecer em qualquer posi-ção na palavra. JE aparece em menor quantidade,mas também pode aparecer em qualquer sílaba da pa-lavra, e JI quase nunca aparece no meio da palavra.

c) Em caso de dúvida, use G.

QUEM MAIS É DA FAMÍLIA? (p. 214)Objetivo:

Levar os alunos a perceberem que algumaspalavras são formadas de outras, ou seja, perten-cem à mesma família, é importante para que:

a) compreendam mais um elemento do sis-tema da língua;

b) descubram o significado de palavras;c) possam perceber a utilidade desse concei-

to em Ortografia: se a palavra é da mesmafamília, deve ser escrita com a mesma letra.

Estratégia: essa é uma atividade de sistematiza-ção; portanto, reúna-os em equipes e peça querespondam às questões. Se quiser deixar mais di-nâmico, transforme em jogo dando 1 ponto pelaquestão 1 e mais 1 ponto para cada palavra for-mada na questão 2.Vence a equipe que obtivero maior número de pontos.

No momento da correção, procure perce-ber como pensaram em caso de erro. Porexemplo, se concluírem que a palavra que nãofaz parte do conjunto é águia por ser a únicaproparoxítona, peça que releiam a pergunta epercebam que é sempre observando a letra G.

Portanto, essa conclusão não obedece à regra!Agindo assim, além de ortografia você estarádesenvolvendo uma postura fundamental deleitura.

Na questão 2, não se esqueça de partilharcom a classe todas as descobertas de cada equi-pe, ampliando o universo das famílias de pala-vras. Freqüentemente as crianças fazem falsasgeneralizações e começam a pensar que qual-quer palavra parecida é da mesma família. Po-dem achar, por exemplo, que gemer e gemadasão da mesma família porque as duas começampor GEM. Não se assuste, isto é natural. Casoaconteça, peça que verifiquem o significado deuma e outra. Para ser da mesma família tem dehaver algo em comum no sentido. Com esse ra-ciocínio, eles poderão gradativamente ir ajustan-do seu pensamento.

Respostas

1. A palavra segundo, porque é a única que não tem outravogal depois da letra U, ou porque é a única que não écom GUE/GUI.

2. a) jogo — jogador, jogada, jogatina, jogando...b) guerra — guerrear, guerrilha, guerreiro...c) algema — algemar, algemada, desalgemar...d) seguir — seguinte, seguido, prosseguir...e) imagem — imaginação, imaginar, inimaginável...f ) jeito — ajeitar, desajeitado, jeitoso, jeitinho...g) sangue — ensangüentado, sanguinolento, sanguíneo...h) guarda — guardar, guardado, resguardar...

3. Usar a letra que aparece na palavra primitiva em todasas palavras derivadas dela.

O JEITINHO DA QUITÉRIA (p. 215)Objetivos:

• Ampliar os horizontes das crianças para quenão façam falsas generalizações. Nas descober-tas, elas constataram que há poucas palavrascom JI como sílaba interna da palavra. Aconte-ce que, quando a palavra tem J na última síla-ba, ao passar para o diminutivo, o J permanece,ou seja, passa-se a ter JI em sílaba interna. Essaé a constatação que pretendemos que façamao descobrir o jeitinho da Quitéria! O

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• Descobrir que diminutivos com GA e GOtambém sofrem alterações: transformam-seem GUI.

Estratégia: como essa é uma atividade de gera-ção, sugerimos que seja realizada em duplas, emsala de aula. Deixe que resolvam sozinhos e, nomomento da correção, vá polemizando, con-frontando diferentes soluções dadas por eles.Na questão 4 queremos que observem quetambém as sílabas GA e GO, em final de pala-vra, sofrem alteração quando se constrói o di-minutivo. Ex.: lago — laguinho, tanga — tangui-nha, ou seja, acrescenta-se o U e o GA vira GUI,o GO vira GUI. Observar esse detalhe é impor-tante, pois inúmeras crianças omitem o U nosdiminutivos.

Respostas

1. Ela usa palavras no diminutivo.

2. 1. lojinha 5. sojinha2. estojinho 6. esponjinhas3. anjinho 7. canjinha4. laranjinhas

3. Essas palavras estão no diminutivo. Como a palavraprimitiva era com J na sílaba final, ao acrescentar oinho, o J ficou no meio.

4. a) laguinho d) gaguinhob) tanguinha e) empreguinhoc) preguinho f) umbiguinho

Quando elas vão para o diminutivo o GA/GO vira GUI.

3. Atividades de sistematização das

letras G e J

Depois de realizadas as atividades de desco-berta das letras G/J, o professor pode fazer osjogos que se seguem:

BINGO AMBULANTE

Objetivo pedagógico: observar as letras e sé-ries em que as letras G/J podem aparecer.

Objetivo do jogo: uma das duplas ou triosdeve conseguir preencher dez palavras sortea-das com aquelas letras.

1. Reúna a classe em duplas ou trios de forma ater treze equipes.

2. Entregue uma folha de papel para cada equipe,tendo escrita em cima de cada uma a ordemque devem seguir (só palavras com GA emuma; com GUA em outra; com GE; GUE; GI;GUI; GO; GU; JA; JE; JI; GO; JU, sucessivamente).

3. Explique para a classe que você irá sortear aspalavras encontradas por eles na pesquisa eque só irá escrevê-la a dupla que estiver comaquela folha na hora em que a palavra estiversendo ditada. Por exemplo, se a palavra ditadafor agüenta, só a dupla que estiver com a fo-lha do GUE é que irá escrevê-la.

4. A cada três palavras ditadas, todas as equipestrocam de folha, de forma que ao longo do di-tado todas terão passado por todas as folhas.

5. Vence a dupla que preencher a décima pala-vra da folha que estiver com ela no momentodo ditado.

SOLETRANDO

Esse é um jogo interessante para se trabalharcom a imagem mental das palavras e o nome dasletras, tantas vezes confundido com as sílabas!

Objetivo do jogo

Um dos alunos da equipe deve conseguir fa-zer o maior número de pontos em palavras so-letradas corretamente.

1. Reúna a classe em equipes de três ou quatroalunos.

2. Cada aluno deverá ter já pesquisado uma sé-rie de palavras com G ou J que usará para di-tar para os colegas.

3. O primeiro aluno dita sua palavra para o se-gundo, que irá “escrevê-la na cabeça”; depois,soletra-a para o colega. O que ditou a palavrairá escrevendo as letras soletradas de forma aconfirmar ou não a grafia dela.

4. Caso o segundo aluno acerte, ganha o pontoe é o próximo a ditar sua palavra para o joga-dor de número três, que irá soletrá-la.

5. Se um dos alunos soletrar a palavra com erro,o que ditou deve dizer apenas “tem erro”, semapontar onde, e o seguinte é quem irá tentarsoletrá-la. Caso acerte, o ponto será dele.

Objetivos e orientações específicas – gram

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6. Um vai ditando para o outro as palavras atéque o jogo seja encerrado e saiba-se qual é ovencedor.

7. O término pode ser estipulado tanto portempo quanto por número de palavras, con-forme combinação do professor com a classe.

Crie outras atividades, caso ache necessáriosistematizar mais a grafia de palavras com essasletras. Para facilitar, deixamos aqui uma lista depalavras como sugestão:

Com G: gemido, gemedeira, gentalha, gentara-da, algemado, algemar, desalgemar, algeminha, ima-ginado, imaginar, imaginário, imaginação, imagético,imaginável, marginado, marginal, marginalizado,marginalizar, atingido, atingível, atingir, sangrento,sangueira, sanguíneo, sanguinolento, gibi, gelo, mági-co, Egito, regime, geada, girafa, gigante, geringonça,geladeira, agência, gente, margem, urgente, gincana,viagem, bobagem, rugindo, agenda, ferrugem, paisa-gem, fingindo, tatuagem, mugindo, agente, argentino,gentil, colagem, agindo, pingente, carruagem.

Com J: jiló, pajem, hoje, jeitoso, jipe, majestade,cafajeste, berinjela, nojento.

Módulo XII — L, O, U em final depalavra (p. 217 a 227)

Algumas considerações

A análise dos textos das crianças de 2a sériede nossa amostra revelou-nos que eles têm mui-ta dificuldade em tomar uma decisão quando es-sas três letras aparecem no final das palavras.Essa constatação levou-nos a preparar uma es-tratégia que visa ajudá-las a descobrir caracterís-ticas do sistema ortográfico da língua que pos-sam ser úteis para tomarem uma decisão emmomentos de dúvida.

A estratégia de investigação é um pouco lon-ga e repleta de detalhes, portanto deve ser rea-lizada em etapas, em dias diferentes. Além disso,pressupõe que a criança conheça o sistema detonicidade, o que implica que seja realizada ape-nas depois que os alunos tiverem trabalhadocom esse conteúdo da forma como está pro-posto neste mesmo livro, no módulo VII –Tonicidade e acentuação, p. 150 a 179.

1. Cá entre nós...

Antes de nos lançarmos à investigação comas crianças, vamos observar um pouco o sistemada língua e o pensamento delas ao fazerem astrocas dessas três letras para podermos conhe-cê-las melhor.

Pegue ao acaso palavras que terminem comL, O, U e observe que:

1. antes da letra L só pode aparecer vogal;

2. antes da letra O aparecem tanto vogais (pa-vio) quanto consoantes (tribo).

3. antes da letra U também podem aparecer tan-to vogais (correu) quanto consoantes (urubu).

Considerando-se essas características do sis-tema ortográfico e analisando a qualidade doserros cometidos pelas crianças em final de pala-vra, podemos observar que há um “sistema depensamento” que organiza os erros cometidos.Observe que:

1. Quando aparece consoante + O (tribo), elestrocam o O por U (escrevem “tribu”), mas sefor consoante + U (urubu), não costuma havertroca (eles não costumam escrever “urubo”).

2. Uma vez que a consoante nunca aparece antesdo L, nessa posição, o conflito L/U não acontece.

3. Quando temos vogal + O (pavio), eles trocamtanto por L quanto por U (aparecem pavio,“paviu”, “pavil”).

4. Quando encontramos vogal + U (correu), amesma confusão entre as três letras acontece.Encontramos correu, “correo”, “correl”.

Acreditamos que a letra “geradora da confu-são” seja o U, pois tem tanto o som do O quan-to do L, levando-os a estender a dúvida para L/O.

2. Análise da letra L em final de

palavra

Para ajudá-los a organizar todo esse univer-so, propomos a seguinte estratégia:

1. Como lição de casa, peça que os alunos pes-quisem em revistas e jornais palavras termina-das por L e tragam-nas para a sala de aula nodia seguinte. O

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2. Reúna-os em equipes (três ou quatro alunos),diga-lhes que juntem todas as palavras encon-tradas e pintem o L final de uma cor e a letraanterior de outra.

3. Terminada a pintura, peça que observem aspalavras e descubram tudo o que há em co-mum entre elas. Poderão observar que:a) antes do L sempre aparece uma vogal, nun-

ca uma consoante;b) todas as vogais podem aparecer indiferen-

temente;c) o som do L é parecido com o som do U;d) se não houver acento na palavra termina-

da por L, ela será oxítona;e) se houver acento, a tônica será a sílaba

acentuada;f) há muitas palavras terminadas pela letra L.g) outras descobertas, se houver.

Terminadas as descobertas, peça-lhes que guar-dem as palavras em um envelope para que possamser utilizadas novamente em outro momento.

A postura do professor ao desenvolver a es-tratégia já foi explicada quando da descrição doprocedimento com a letra G, e, portanto, nãovoltaremos a descrevê-la.

3. Análise da letra U em final de palavra

Uma vez que as crianças sempre verificamque o som do L é parecido com o do U, em ou-tro dia peça que pesquisem e tragam para a salade aula palavras terminadas em U.

1. Reúna-os em pequenas equipes, copiem aspalavras encontradas em retângulos de papelque serão oferecidos por você. Depois de co-piadas as palavras, peça-lhes que pintem o Ufinal de uma cor e a letra anterior de outra.

2. Concluída a pintura, peça-lhes que observemas palavras e digam o que perceberam.Verifi-carão que antes do U podem aparecer tantoconsoantes quanto vogais.

3. Peça-lhes que organizem as palavras em doisgrupos: consoante + U e vogal + U.

4. Diga-lhes para observarem inicialmente ape-nas as palavras que têm consoante + U e fa-zerem as descobertas.

Consoante + U

Os alunos verificarão que:a) antes do U pode aparecer qualquer con-

soante;b) se a palavra não for acentuada, ela será oxí-

tona;c) não há um número muito grande de pala-

vras terminadas por consoante + U;d) outras descobertas que porventura fizerem.

Registre todas as descobertas na lousa epeça que copiem no caderno, destacando bemcom caneta ou lápis colorido para facilitar a lo-calização e serem usadas como fonte de pes-quisa.

Vogal + U

Em outro dia, peça-lhes que observem as pa-lavras do grupo vogal + U e registrem suas des-cobertas.

Os alunos verificarão que:a) todas as vogais podem aparecer, menos o U;b) há muitas palavras que querem dizer algo

“que já aconteceu” (as crianças da 2a sérieainda não trabalham com o conceito deverbo, nem têm a noção de tempo total-mente construída, mas já são capazes decomeçar a pensar nessas questões).

Ao fazerem essa verificação, peça-lhes que di-gam mais palavras que indicam “algo que já acon-teceu” e vá escrevendo na lousa conforme foremfalando.

Depois que muitos verbos no passado e na3a pessoa do singular (ele) estiverem escritos,peça-lhes que observem na lousa e façam desco-bertas.

Os alunos verificarão que:a) terminam sempre por U, nunca por L;b) estão no passado, ou são coisas que já

aconteceram;c) aparecem antes as vogais E, I, O;d) não aparecem as vogais A, U.

Para ampliar a possibilidade de decisão emcaso de dúvida entre as duas letras, preparamosa atividade PIRANDO COM A PIRÂMIDE.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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PIRANDO COM A PIRÂMIDE... (p. 217)Objetivo:

Levar os alunos a observar que o plural das pa-lavras terminadas por L se forma tirando-se o L eacrescentando-se IS, enquanto o das palavras termi-nadas por U acrescenta-se apenas o S, ficando US.

Estratégia: antes de pedir que façam a atividade,converse com eles sobre pirâmides, Egito, fa-raós... Pergunte se alguém assistiu ao filme O Prín-cipe do Egito, da DreamWorks, e vá retomandoos aspectos históricos que estão implícitos nele.Depois, peça que em duplas resolvam a ativida-de até o final.

No momento da correção, ouça suas conclu-sões e amplie a investigação perguntando:“Na pi-râmide encontramos palavras terminadas por AL,EL, IL. Será que essa regra também vale para pa-lavras terminadas por OL e UL? Quem se lembrade alguma?”. Vá escrevendo as palavras sugeridaspor eles na lousa, acrescente outras de que vocêse lembrar e faça a passagem do singular para oplural junto com eles. Ao ampliar, poderão gene-ralizar : “Todas as palavras terminadas em L, qual-quer que seja a vogal anterior, fazem o plural emIS”. Peça que registrem a descoberta no caderno.

Esse conjunto de relações, em que Gramáticae Ortografia dão sustentação uma à outra, possi-bilita que as crianças cresçam compreendendoque a língua é uma teia de relações e não um con-junto de fatos isolados.

Respostas

1. QUALPAU

LO CALCHA PÉUTRO FÉU

CA PI TALBE RIM BAUIN FAN TIL

BA CA LHAUMU NI CI PAL

CON TI NEN TALU NI VER SALIM POS SÍ VEL

IN TE LEC TU AL

2. a) As pirâmides eram monumentos que abrigavam os tú-mulos dos faraós. Os alunos poderão dar outras expli-cações, a partir de outras perspectivas de que estejampartindo. Aceite-as, nosso objetivo é a troca, a am-pliação do horizonte.

b) Ouça as crianças e conte o que souber. Depois vá àbiblioteca com elas para pesquisar, converse sobrefilmes que se passam no Antigo Egito, etc.

3. A palavra LOCAL se encaixa no grupo das palavras quefazem plural em IS.

4. Segredo da pirâmide: as palavras terminadas em U fa-zem o plural em US; as palavras terminadas em Lfazem o plural em IS.

4. L, O, U em final de palavra

Feita a atividade da pirâmide, pode-se conti-nuar procedendo à reflexão sobre os erros, sóque agora em outro pólo: a confusão O-U-L,centrada na letra O. Para tanto, peça-lhes quepesquisem em jornais e revistas palavras termi-nadas por O e tragam para a classe.

No dia seguinte, proceda como sempre:peça-lhes que pintem a letra O do final da pala-vra de uma cor e a letra anterior de outra.Veri-ficarão que:

a) há um número muito grande de palavrasterminadas por O;

b) antes do O podem aparecer tanto vogaisquanto consoantes.

Peça-lhes que separem as palavras em doisgrupos: VOGAL + O e CONSOANTE + O.

Consoante + O

Analisando o grupo de CONSOANTE + O,peça aos alunos que façam um levantamento dasdescobertas.Verificarão que:

a) há muitas palavras com consoantes antesdo O;

b) qualquer consoante pode aparecer;c) o som do O se confunde com o do U

(eles escrevem “bolu” em vez de “bolo”);d) o O não se confunde com o L na situação

CONSOANTE + O; Obj

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e) todas as palavras que não têm acento sãoparoxítonas.

É em cima dessa descoberta que podemostomar uma decisão de quando usar U ou O,quando precedidos de consoante. Para evidenciaresse aspecto, faça com eles um Bingo utilizandopalavras sem acento, terminadas por consoante+ O ou consoante + U. No momento da corre-ção, peça-lhes que organizem as palavras emduas colunas (terminadas por O e terminadaspor U) e, depois, que descubram o que todas aspalavras de cada coluna têm em comum. Desco-brirão que as terminadas por O são paroxíto-nas, e as terminadas por U são oxítonas. Regis-tre a descoberta e parta para as atividades desistematização.

Sugestão de palavras para o Bingo: jacu, pira-rucu, documento, urutu, presunto, assunto, peru,bambu, anu, caju, pano, nascimento, indignado, es-pantalho, carrasco, Pacaembu.

5. Palavras terminadas por vogal + O

Em outro dia, pegue as palavras terminadaspor vogal + O e proceda como sempre, pedin-do-lhes as descobertas.Verificarão que:

a) todas as vogais podem aparecer antes do O;b) a vogal que mais aparece é I (dormitório,

pavio, etc.);c) quase não encontramos palavras com AO;

apareceu apenas caos em nossa amostra.Essa descoberta é importante, pois parecehaver um número maior de palavras ter-minadas em AU (exemplos: bacalhau, ca-cau, pica-pau, etc.);

d) encontramos poucas palavras terminadaspor EO (vídeo, etéreo, térreo, etc.), e todasde nossa amostra eram acentuadas;

e) não há muitas palavras terminadas por EUque não sejam verbos (camafeu, Orfeu,apogeu, etc.), enquanto os verbos termina-dos por EU são abundantes;

f) existem alguns verbos terminados por OO(exemplos: côo, perdôo);

g) em nossa amostra não apareceu nenhumapalavra terminada por UO, mas elas existeme costumam ser verbos na 1a pessoa (recuo,

possuo, incluo, construo); caso não apareçamtambém na amostra das crianças, peça queinvestiguem se palavras terminadas por UOsão pouco freqüentes ou não existem. As-sim, poderão ampliar a descoberta.

Em resumo, podemos:

• diferenciar o uso de consoante + O douso de consoante + U pela tonicidade: seterminar em O será paroxítona, se termi-nar em U será oxítona;

• diferenciar vogal + U de vogal + L peloplural: se terminar em U o plural será US;se terminar em L, o plural será IS;

• diferenciar vogal + O de vogal + U fazen-do dois raciocínios: com vogal + U hámuitas palavras no passado (não use otermo verbo), e há poucas palavras dooutro tipo (não estão no passado); se forvogal + O, há muitas palavras que não es-tão no passado.

• Se for palavra no passado, jamais será ter-minada em L.

QUE FESTA DE ANIVERSÁRIO!!! (p. 219)Objetivos:

• levar os alunos a refletir sobre certos paresde palavras terminadas em O, U, L, que cos-tumam ter suas grafias confundidas;

• fazer os alunos perceberem que a trocade uma letra por outra, mesmo que nãomude o som, altera o significado da pala-vra (abriu/abril). Portanto, muita atenção:mudou a letra, disse outra coisa!!!

Estratégia: reúna os alunos em duplas e peça queleiam e completem o texto com as palavras doquadro. Para completar os espaços, terão de de-duzir a partir do contexto, associando significaçãoe ortografia.

As questões 2 e 3 vão pedir a consciência des-sa relação entre significado e ortografia.

Você pode aproveitar o que for abordado na2a questão para pedir a eles de lição de casa ou-tras palavras que sejam faladas da mesma forma,mas escritas de maneira diferente e com signifi-cados diferentes.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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Respostas

1. (1) Bebel (6) Meu (11) Mel(2) Bebel (7) Riu (12) Mal(3) Mal (8) Bebel (13) Abriu(4) Saiu (9) Bebel (14) Moveu(5) Abril (10) Móvel (15) Bebeu

2. Quanto ao som — Nas palavras rio e riu, abriu e abril,mau e mal o som não muda. Mas em meu e mel, be-beu e Bebel, o último E fica aberto; e em móvel e mo-veu, saio e saiu, muda a sílaba tônica (viram paroxí-tonas); móvel porque é acentuada e saio porque ter-mina em O.

Quanto ao significado — Todas elas têm outro sentido.

3. Esperamos que eles concluam que saber com qual le-tra se escreve a palavra é também ter clareza daquiloque se quer dizer, acertar a letra, a grafia é tambémacertar o sentido da palavra.

CUIDAD(1) COM(2) PES(3)!!! (p. 221)Objetivo:

Promover a sistematização do uso das letrasO, L, U em final de palavra.

Estratégia: essa é uma atividade de manutençãoe deve ser feita individualmente, em casa ou naclasse. Escolhemos esse texto sobre peso demochilas para alertar crianças e professores paraa importância de não sobrecarregar a mochilacom excesso de peso. São cuidados com a saú-de da criança que repercutirão na idade adulta.

Essa atividade pode ser feita individualmente.Nesse momento a criança poderá perceber seintrojetou as descobertas feitas até agora e oque já consegue utilizar.

É importante que, no momento da correção,o professor vá retomando o que eles poderiamter pensado para decidir qual letra usar em cadapalavra. Com esse procedimento retomarão to-das as descobertas mais importantes.

Respostas1. cuidadO 6. aconselháveL2. O 7. muitO3. pesO 8. processO4. muitO 9. desenvolvimentO5. pesO 10. segundO

11. O 21. dO12. máximO 22. seU13. dO 23. corpO14. seU 24. exemplO15. pesO 25. indicoU16. possíveL 26. O17. quantO 27. pesO18. materiaL 28. máximO19. O 29. prejudiciaL20. pesO 30. meiO

QUANTO MAIS, MELHOR!!! (p. 222)Objetivos:

• retomar as descobertas do uso de U ou Oem final de palavras;

• articular grafia e tonicidade na decisãoortográfica;

• ampliar o vocabulário dos alunos.

Estratégia: este é mais um jogo de stop, com asmesmas regras de sempre. Reúna-os em equipese peça que completem a tabela com as letras Oe U. Marque um tempo para completarem astabelas. Terminado o tempo, um representantede cada equipe vai à lousa escrever suas palavrase faz-se a contagem dos pontos. Esperamos quena busca da palavra original (que vale 2 pontos)ampliem o universo vocabular.

Concluída a correção, retoma-se a regra nasquestões 1, 2 e 3.

Respostas1. Pintam as letras e observam.2. São todas paroxítonas (1ª coluna O).3. São todas oxítonas (2ª coluna U).

• Esperamos que digam que para saber se a palavra ter-mina em O ou U é só observar a tonicidade: se for oxítonasem acento, use U; se for paroxítona sem acento, use O.

DUELO... DUELU... OU DUELOL??? (p. 223)Objetivos:

• promover a sistematização do uso das le-tras L, O, U em final de palavra;

• fixar a imagem mental das palavras.

Estratégia: é um jogo dinâmico e divertido. Se pu-der realizá-lo no pátio, melhor. Explique as regraspara eles, e deixe claro que quem errar não será eli- O

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minado. A graça do jogo é a rapidez; ele deve serdinâmico, uma palavra sendo ditada em seguida àoutra. Para isso é importante que o professor leveuma lista pronta. Apresentamos a seguir uma listacom sugestões de palavras.O professor pode esco-lher outras que quiser, mas tomando cuidado paraque sejam sem acento, pois é essa regra que esta-mos sistematizando. Depois... bom divertimento!

Sugestões de palavras para o duelo:

LETRA O LETRA U LETRA Lralado xampu carreteldentro peru melmartelo afundou sinalmeio reapareceu caracoltelhado jaburu igualsorteio angu individualmaio voltou anzolmaravilhoso explodiu animalantigo mingau azulmascarado virou pernilatrasado urubu carrosselpasseio sagu carnavalgrandioso umbu lençolteatro parou internacionallouco valeu cantilmereço bambu especialtropeço anu funil

JOGO-DA-VELHA (p. 225)Objetivo:

É mais uma situação em que a criança preci-sa aplicar seu conhecimento ortográfico comoum meio de conquista de outro objeto: a vitóriano jogo.

O jogo-da-velha pede que a criança desen-volva estratégias de ataque e defesa simultâneas,que cada jogador se descentre e possa antecipara(s) jogada(s) seguinte(s) do adversário, desen-volvendo, dessa forma, todo um processo de in-teligência e atitude diante dos objetos e da vida.

Estratégia: organize-os em duplas, garanta quecompreenderam as regras do jogo e deixe-os jo-gar. Vá circulando pela classe para tirar dúvidas.

Respostas

pessoal carnaval temporal totalcruel chapéu sentiu animaltroféu comeu futebol céuNatal mausoléu fiscal pica-paucapital painel réu sumiubacalhau aluguel coral paiolcoronel adormeceu pau farolrecebeu berimbau mingau cacautransferiu degrau espanhol nacionalcoloriu jornal sofreu normal

DESENTORTE ESTAS! (p. 227)Objetivo:

Promover a sistematização do L final.

Estratégia: é o famoso Torto das revistas de cruza-dinhas. Faça a atividade em classe para poder aju-dar os alunos a superar as dúvidas. No início elestentam pular colunas e linhas, o que é proibido pe-las regras do jogo. Faça, se necessário, uma ou duaspalavras com eles na lousa para deixar bem clarocomo proceder. Depois, desentorte estas!!!

O pedido de encontrar outras palavrascomo lição de casa propicia a utilização da mes-ma tabela para uma ampliação da atividade.

Resposta

Palavras terminadas em L que podem ser encontradasno Torto:

MAL SAL CAL POSTAL

FAROL SOL LOCAL FRASAL

ATOL ROL PONTUAL MORAL

TAL FATAL PONTAL NATAL

Outras palavras que podem ser encontradas:FALTA POSTA ROCA LARFRACO COSTA ARCO POSAFALTO (verbo) FRACA FROTA PONTATALA LATA NU SOLOPONTO TALA SOLA ATLASPOSTO SOCA TORA FAROARO ORA CORA MOLAATOLA AMOLO SALTA COLAM

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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PÓLO PONTUA ANTA COLASALTO COLO CALO TOLOSROSTO FATO NÓS UNSCALA MACA MOLAS LOTARASO RALA RATO CÃOALTA FALTA UNTA (verbo)ATOLAM (verbo) NOTA MÃOCÔA (verbo) CAOS CALOTA

Módulo XIII — Letras E e I em final de palavra (p. 228 e 229)

Algumas considerações

As crianças de 2a série ainda escrevem muitaspalavras como falam; por isso, costumam escre-ver “cidadi”, “penti”, etc. Corrigir as palavrasconforme vão aparecendo é uma interferênciaapenas no produto do pensamento da criança,não consistindo em uma possibilidade de trans-formação da hipótese que ela apresenta sobreo sistema da escrita para produzir esse erro.Assim sendo, a estratégia que se segue tem porobjetivo ajudá-la a compreender propriedadesdo sistema ortográfico, para que transforme suahipótese e, em conseqüência, seu produto, ouseja, sua grafia.

Trabalharemos a confusão dessas letras ape-nas quando aparecerem no final das palavras, enão quando aparecem internas a elas ou no iní-cio, porque analisar essa confusão em cada posi-ção da palavra pede raciocínios diferentes, e nãonos é possível trabalhar tudo ao mesmo tempo.Vale também anotarmos aqui que, como o crité-rio de decisão que será utilizado exige o conhe-cimento do sistema de tonicidade, a atividadenão deve ser realizada antes de se ter trabalha-da a tonicidade, da forma como está propostono Módulo VII — Tonicidade e acentuação, p. 69.

Estratégia:

Peça, como sempre, que pesquisem em li-vros, jornais e revistas palavras que terminem emE e palavras que terminem em I. No dia seguin-te, reúna-os em equipes de três a cinco elemen-tos para o trabalho a seguir :

1. Peça-lhes que copiem em papéis cortados emretângulos as palavras encontradas na pesqui-sa. (Ao realizarem a pesquisa, os alunos já farãoa primeira descoberta importante: há muitomais palavras terminadas por E do que por I.)

2. Depois de copiadas as palavras, peça-lhes quepintem o E e o I finais de uma cor, a vogal an-terior de outra, e a consoante anterior de umaterceira cor diferente.

3.Terminada a pintura, peça-lhes que organizem aspalavras em dois grupos: o das palavras termina-das por E e o das palavras terminadas por I.

Peça que analisem agora as palavras termina-das por E e vejam o que podem observar em re-lação a elas.Veja algumas descobertas possíveis:

1. Palavras terminadas por E

1. Em nossa amostragem, observamos que, empraticamente todas as palavras, o E é precedi-do de consoante.

2. Pode aparecer qualquer consoante antes do E.

3. Todas as palavras terminadas por E precedi-do de consoante que não possuíam acentoeram paroxítonas.

4. Quando as palavras terminadas por E são pro-nunciadas, o som do E confunde-se com o do I.

5. Muitas palavras falam de coisas no presente.Exemplo: fale, olhe, etc.

6. Quando apareceu vogal antes do E, foi sem-pre a vogal U. Exemplos: que, entregue, etc.

7. Quando antes do E aparece Õ ou Ã, a palavraé oxítona. Exemplo: compõe, mamãe.

2. Palavras terminadas por I

1. Praticamente em todas as palavras encontradasem nossa amostra o I é precedido de vogal.

2. As vogais que mais aparecem são: A, E, O.

3. Quando o I vem antecedido de consoanteou vogal, a maior parte das palavras fala de al-guma coisa que já aconteceu.

4. Se não tiverem acento são oxítonas.Não se esqueça de pedir que registrem no

caderno as descobertas feitas. Só assim elas po-derão ser fontes úteis de pesquisa em momentode dúvida ortográfica. O

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Após a investigação, poderão ter um instru-mento de decisão: pela tonicidade e pela fre-qüência, para escolher entre um E ou um I nomomento de uma decisão ortográfica.

Atividades de sistematização Veja, a seguir, uma estratégia para ser realiza-

da em classe, que visa à velocidade na decisãoortográfica:

RESPONDA RÁPIDO!!! (um jogo oral)Esse é um jogo rápido, agitado, mas que pro-

picia a rapidez de decisão, necessária para a escri-ta fluente ao longo das situações cotidianas. Pararealizá-lo, deixe a classe organizada em fileiras, ex-plique as regras e peça silêncio. Com barulho, nãoé possível jogar o Responda rápido!!!

O jogo é o seguinte: o professor falará umapalavra da lista que se segue, uma de cada vez, ecada aluno deverá dizer se ela termina com I ouE. Só que isto deve ser feito rapidamente, pois agraça vem justamente da agilidade do jogo. Paraisso acontecer, é importante que as palavras se-jam ditadas em ordem, por fileira ou linha, comovocês combinarem, e que o aluno não tenha tem-po de pensar. O professor fala a palavra e ime-diatamente tem de dizer: I! ou E!

Você pode jogar com algumas variações, quedescreveremos a seguir :

1. Só pela brincadeira, sem contar ponto. Nessecaso, se alguém erra, você só diz que errou epassa para a frente.

2. Contando pontos por fileira, por exemplo.Nesse caso, algum aluno marca os pontos. Sealguém faz a escolha errada, o grupo perdeponto.Vence a fileira que obtiver o maior nú-mero de pontos positivos.

3. O ponto passa para o grupo que percebeu oerro. Essa é uma forma de jogar em que émais difícil manter a disciplina da classe, masque também é interessante. Quando alguémerra, se um aluno de outro grupo percebe oerro e corrige, o ponto fica para o grupo queconseguiu acertar.

Apresentamos a seguir uma lista de palavrascom I ou E na última sílaba retiradas de nossa

amostragem. Você pode utilizá-la, ou construirsua própria lista, ou jogar mais de uma vez e emcada momento utilizar uma lista diferente.

Aqui vai a lista! Todos prontos para dizer I ou E?abacaxi chocolate importante frasesempre nasci comi vaifinalmente conhaque pele paredecacetete ali monte longe basquete esqui sangue quente consoante balde sirene chovecaqui depois uniforme partileite aborreci imprimi liberdadeparente submergi parte timbresofri atribui Acre jabutiremexi meses lacre denteflui saci hoje mexiponte sagüi bisturi estremecicotonete omelete omiti patinetebilhete enorme verde benzipote sumi

Terminado o jogo, contam-se os pontos e, seo professor quiser, poderá criar outros jogospara sua classe. O tempo necessário de sistema-tização é determinado a partir da realidade e danecessidade de seu grupo.

No livro do aluno, preparamos as atividadesa seguir para fazer a sistematização.

I OU E? (p. 228)Objetivo:

Promover a sistematização de palavras termi-nadas por I ou E.

Estratégia: à semelhança do jogo Responda rápi-do!!!, já descrito, selecione dez palavras termina-das por consoante + I e dez terminadas por con-soante + E, todas sem acento e do universo deseus alunos. Embaralhe-as para serem ditadaspara as crianças. Faça o ditado e na hora da cor-reção peça que apliquem a regra descoberta nainvestigação para responder às questões 1 e 2.Acreditamos que eles não terão dificuldade, poisas descobertas e as soluções ortográficas por to-nicidade já não são novidade para as crianças.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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Sugestão de palavras para o ditado: diferente,imprimi, caqui, omelete, ponte, bilhete, estremeci, uni-forme, sangue, parti, quente, jabuti, finalmente, mexi,abacaxi, termine, esqui, acontece, bisturi, sagüi. Casoprefira, escolha outras do universo de seus alunos(não se esqueça de que elas devem ser palavrassem acento).

Respostas

1. São paroxítonas.

2. São oxítonas.

SAPEANDO INFORMAÇÕES... (p. 229)Objetivos:

• Fazer os alunos observarem que palavrasno presente são escritas com E, e no pas-sado com I.

• Levar os alunos à dedução de significadopelo contexto.

Estratégia: reúna os alunos em duplas e peçaque encontrem as palavras que correspondemaos números do texto, fazendo a dedução pelocontexto. No pedido seguinte, de que passem osegundo parágrafo do texto para o passado, pos-sibilitamos que observem que, quando se alterao tempo (de presente para passado), o E passa aI. Esse é mais um instrumento de decisão em ummomento de dúvida ortográfica.

Ao fazerem a transformação, várias questõesestarão em jogo. Leia os comentários na respos-ta e aproveite para ampliar o trabalho.

Resposta

O sapo sofre muitas mudanças desde o momentoem que nasce até o momento em que morre.

Nasce em forma de larva. Nessa fase, respira pe-las brânquias. Depois ele cresce, perde as brânquiase se transforma num sapo jovem com pulmões, e entãovive em ambiente terrestre.

Para acasalar, o sapo sobe nas costas da fêmea eela o carrega até a água. Lá ela solta os óvulos e o sapoexpele sobre eles uma espécie de líquido para fecun-dá-los.

Segundo parágrafo do texto transformado em primei-ra pessoa no passado:

Nasci em forma de larva. Nessa fase respirei pelasbrânquias. Depois eu cresci, perdi as brânquias e metransformei num sapo jovem com pulmões, e então viviem ambiente terrestre.

Ao fazerem a transformação, é importanteque você ajude as crianças a observar quais as pa-lavras que se alteram, pois também os pronomessão alterados. Peça-lhes que digam quais transfor-mações ocorreram. Poderão observar que:

a) muitas palavras mudaram;b) sumiram as palavras O sapo;c) ele virou eu/se virou me;d) antes as palavras numeradas terminavam

em E e agora terminam em I;e) antes as palavras numeradas eram paroxí-

tonas e agora são oxítonas; e outras ob-servações que as crianças fizerem.

Aproveite ao máximo as colocações que sur-gem espontaneamente para trabalhar a línguaem suas transformações.

Ciclo de vida do sapo1. Acasalamento e fecundação2. Ovos3. Desenvolvimento do embrião 4. Vida em forma de larva (ou girino)5. Saída da água6. Vida adulta

Discuta com os alunos o texto lido. Analisecom eles as transformações pelas quais passa osapo no decorrer de sua vida. Incentive-os a ima-ginar o que sentiriam se fossem um sapo, se es-tivessem no seu lugar e peça que escrevam umtexto em 1ª pessoa, como se fossem um sapo.Ao término dos trabalhos, faça a leitura dos tex-tos produzidos.

Módulo XIV — S e Z em final depalavra (p. 231 a 237)

Algumas considerações

A escolha de S ou Z em final de palavra cos-tuma ser difícil para as crianças, principalmentenos monossílabos. Exemplo: “fes” ou fez? Assim O

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sendo, resolvemos montar uma situação de in-vestigação sobre o sistema ortográfico que pos-sa ajudá-las a tomar uma decisão.

Estratégia: como sempre, inicie a investigaçãopor uma pesquisa em jornais, revistas ou livros,de palavras terminadas por S ou Z. No dia se-guinte, reúna-os em equipes, peça-lhes que jun-tem as palavras encontradas e:

1. Pintem a última letra (S ou Z) com uma cor.

2. Pintem a letra anterior de outra cor (peça queescolham uma cor para consoante e outra corpara vogal).

3. Terminada a pintura, cada equipe organizasuas palavras em dois grupos: o das termina-das por S e o das terminadas por Z, e come-ça a investigação.

1. Descobertas sobre o S

1. Há mais palavras terminadas por S do quepor Z em nossa amostra.

2. A maior parte das palavras que terminampor S está no plural.

3. Há pouquíssimas palavras terminadas por S nosingular.

4. A maior parte das palavras que encontramosterminadas por S no singular é invariável.Exemplos: depois, mas.

5. Antes do S aparecem todas as vogais.

6. A única consoante que encontramos antes doS foi o N, quando a palavra estava no plural.Todas as palavras que tinham o plural termina-do por NS no singular terminavam por M.Exemplo: homem/homens.

7. A maior parte das palavras terminadas por Sé paroxítona.

8. Há um grupo de palavras terminadas por Sque são oxítonas e não indicam plural. Geral-mente indicam a procedência da pessoa.Exemplos: japonês, chinês, freguês (que per-tence a uma mesma freguesia). Essas palavrassempre têm acento.

2. Descobertas sobre o Z

1. Apareceram poucas palavras terminadas porZ em nossa amostra.

2. Nenhuma das palavras estava no plural.Veri-ficamos e constatamos que não existe pala-vra terminada por Z no plural.

3. Apareceram todas as vogais antes do Z. Nãoapareceu nenhuma consoante.

4. Todas as palavras terminadas por Z são oxí-tonas.

5. Algumas palavras terminadas por Z indicamalgo que acontece. Exemplos: fez, diz, produz.

Atividades de sistematização

A partir das descobertas, dirigiremos nossasatividades de sistematização para a relação tonici-dade/ortografia/significação. Observamos tambémque as crianças freqüentemente erram a grafiados monossílabos terminados por S ou Z, o quenos levou a elaborar estratégias utilizando-os.

JOGO DOS SETE ERROS (p. 231)Objetivo:

Desenvolver nos alunos o “olhar do revisor”.

Estratégia: procuramos “fabricar erros” do mesmotipo que eles costumam produzir, obrigando-os arepensá-los. Peça que façam individualmente a ati-vidade a fim de perceber o que já conseguem en-xergar e o que ainda está indiferenciado.

Crie outros textos “fabricando erros” comunspara que os alunos possam identificá-los.

Resposta

Aqui está o texto escrito corretamente (as palavrasque estavam erradas aparecem em negrito):

Era uma vez um menino japonês chamado Kazuo.Ele morava com seus pais numa fazenda muito grandeque ficava atrás de montanhas muito altas.

Depois das aulas Kazuo gostava de passar pela plan-tação de arroz de seu pai para ver a máscara assustadoraque colocaram numa cruz de madeira para espantar os es-píritos ruins.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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S... Z... BINGO!!! (p. 232)Objetivo:

Promover a sistematização da grafia de pala-vras terminadas por S/Z.

Estratégia: a forma de jogar e de contar os pon-tos e os aspectos cognitivos e lingüísticos do Bin-go são os mesmos expostos no Bingo, noApêndice, item Sugestões de jogos ortográfi-cos, p. 107. Ofereceremos apenas a lista com aspalavras. (Ela se encontra nas respostas.) Obser-ve que escolhemos palavras que garantissem asfuturas descobertas. Bom jogo!!!

Terminado o jogo, o fato de classificar as pa-lavras pela tonicidade e observá-las possibilitaráque comprovem o que descobriram na investi-gação: terminadas em AZ, EZ, IZ, OZ, UZ sãooxítonas, em AS, ES, OS são paroxítonas. Nocaso das palavras terminadas em US/UZ e IS/IZ,não é possível utilizar o recurso da tonicidadepara tomadas de decisão na hora de escrever,pois nos dois casos elas são oxítonas. A questão10 foi proposta para que o aluno observasse queas palavras escritas com US costumam estar noplural e as com UZ no singular.

Respostas

4. Palavras para o professor ditar (já organizadas confor-me pedido da questão 4):

proparoxítonas paroxítonas oxítonasnão há antes arroz

contos talvezpires capuzpassas avestruzmulheres ferozvezes embriaguezbolos rapaztodas feliz

5. Todas as oxítonas são sem acento e são terminadas por Z.Todas as paroxítonas são sem acento e terminadas porAS, ES e OS.

6. As letras já estão destacadas na tabela da questão 4.

7. As letras que aparecem antes do S são: A, E, O.

Antes do Z são: A, E, I, O, U.

8. As crianças escreverão com suas palavras. Esperamosque digam algo semelhante a “Se a palavra for oxítona,devo usar Z, se for paroxítona, devo usar S no final daspalavras”.

9. Palavras terminadas por:US UZ IS IZnus avestruz sais matrizurubus cruz cais felizperus luz mais narizmaus cuscuz abacaxis bissetrizdegraus capuz animais imperatrizônibus jabutiscompus varaispus

10. Podem descobrir que as palavras terminadas em:

• US/UZ — são oxítonas (se estiverem sem acento).

• US — estão normalmente no plural.

• UZ — estão no singular.

• IS — a maior parte delas está no plural.

• IZ — todas estão no singular.

Logo, posso concluir que, se a palavra for oxítona eestiver no singular, devo usar Z; se estiver no plural, devousar S.

QUEM NASCE LÁ É...? (p. 234)

Objetivo:

Trabalhar com os adjetivos pátrios termina-dos por S.

Estratégia: é possível, e provável, que as crian-ças não conheçam muitos dos países citadospor nós. Esse é um excelente pretexto paraampliar o trabalho localizando os países emnosso mapa.Trazer planisférios, globo, conversarcom as crianças sobre a origem de pais e avós,de lugares que já viram ou ouviram falar em fil-mes e livros, fazem o trabalho de Ortografia as-sumir uma dimensão de conhecimento que emmuito o amplia.

A conclusão que esperamos é a de que ascrianças descubram na atividade (ou confirmema descoberta já feita) que os adjetivos pátriossempre terminam por S, nunca por Z, que sãotodos oxítonos e todos acentuados. O

bjet

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Solicite a pesquisa de mais adjetivos pátrioscom a mesma terminação. Oriente os alunos aencontrarem os países correspondentes a essasnacionalidades no mapa-múndi.

Respostas

1. 1. Tailandês 9. Escocês2. Holandês 10. Dinamarquês3. Japonês 11. Paquistanês4. Inglês 12. Finlandês5. Libanês 13. Irlandês 6. Chinês 14. Português7. Francês 15. Polonês8. Norueguês

2. Todas são oxítonas.Todas são acentuadas.Todas são terminadas em ÊS.Todas são palavras que significam origem das pessoas.Apesar de todas terminarem em S, estão no singular.

S OU Z? ZONZA OU SONSA? (p. 236)Objetivo:

Destacar algumas diferenças que facilitam aescolha de grafia de pares de homófonas termi-nadas por S ou Z.

Estratégia: peça que leiam as palavras das duascolunas.Você pode pedir que uma fileira leia umae a outra leia a outra palavra. Eles se divertirão,pois a palavra é igual. A partir dessa situação, aresposta da 1a questão é óbvia. Caso respondamque é porque são difíceis, ajude-os a observar oque as faz serem difíceis. Além de aprofundar aanálise, desenvolve a capacidade de discriminar.

As questões 2 e 3 vão buscar a análise e a re-lação grafia/significado, única forma de decisão dehomófonas.

Respostas

1. Resposta pessoal, mas esperamos que digam que a di-ficuldade é porque o som, se colocarmos S ou Z, é omesmo.

2. a) Semelhanças entre as palavras:• são monossílabas;• são faladas da mesma forma;• todas começam e terminam por consoante.

b) Diferenças entre as palavras da 1ª e da 2ª coluna:• as da 1ª coluna são acentuadas e as da 2ª não;• as da 1ª coluna terminam por S e as da 2ª por Z;• significam coisas diferentes.

CATA-VENTO (p. 237)Objetivos:

• trabalhar com a classificação em busca darelação forma/significado;

• ampliar o número de monossílabos grafa-dos com S ou Z e que costumam trazer di-ficuldade para eles;

• retomar a relação grafia/significação.

Estratégia: acreditamos que, realizada em equi-pe, torne-se mais interessante. Para completar oscata-ventos eles terão de fazer a correspondên-cia do número de letras, espaços e significados.

Ao resgatar o significado das palavras quenão conhecem, discuta com eles todas as queaparecem, a fim de que possam, conhecendo ossignificados, deixar de grafá-las de forma errada eaglutiná-las.

Respostas

vós / nós / pós / sós / cósxis / bis / quistrês / lês / mês / crêsmás / pás / trás / vástraz / faz / paz / jaznus / jus / pus / crusnos / dos / vosluz / cruzvoz / noz / fozdez / fez / vez / tezdiz / fiz / triz / giz

Explore bastante a relação grafia/significado paraque as crianças saibam estabelecê-las ao escrever.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

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Apêndice

Usando o dicionárioO trabalho com o dicionário envolve diver-

sos momentos e vários níveis de dificuldades:

1. Saber que as palavras devem ser procuradaspela 1a, 2a, 3a letra, e assim sucessivamente.

2. Ter certa rapidez para encontrar as palavras(caso contrário, o dicionário torna-se umproblema e não uma solução).

3. Saber que determinadas palavras que o alu-no encontra no texto não estão da mesmaforma no dicionário. Por exemplo: palavrasfemininas usadas no texto encontram-se nomasculino no dicionário; palavras do textousadas no plural e que, no dicionário, estãono singular ; palavras no aumentativo ou dimi-nutivo no texto que estão no grau normal nodicionário; verbos conjugados no texto, queestão no infinitivo no dicionário.

4. Conseguir identificar, diante de várias possibi-lidades de significados de uma mesma pala-vra, qual é o que interessa no texto.

5. Aprender a utilizar o dicionário de forma ple-na, descobrindo a significação das outras in-formações nele contidas, como, por exemplo:abreviaturas que informam classes gramati-cais e as que informam origem e formaçãode palavras; expressões que aparecem emnegrito; diferentes tipos de letras que indicamdiferentes informações; etc.

Na 1a série o trabalho com dicionário estevevoltado para a conquista da ordem alfabética, darapidez na busca e do uso do dicionário comoum recurso de decisão ortográfica. Na 2a sériemanteremos esses objetivos, mas ampliaremos otrabalho com a descoberta das palavras no plu-ral, feminino, etc. e a utilização do dicionáriocomo recurso de descoberta de significado.

A busca da significação no dicionário envol-ve alguns problemas bastante conhecidos dosprofessores:

1. Diante de vários sentidos, os alunos costu-mam não saber qual deles é o que interessaao contexto.

2. A explicação do dicionário é complicada paraa criança.

3. Há um sinônimo da palavra que também édesconhecido para eles.

4. A palavra é utilizada dentro de uma expres-são, mas o dicionário só a apresenta isolada enão define o sentido da expressão tal qualestá no texto.

Sugestões de como lidar com a dificuldade de compreensão da explicação dada no dicionário

Essas questões só serão ultrapassadas gra-dativamente, e nossa postura diante delas podeajudá-los a enfrentá-las com maior ou menordificuldade. Antes de mais nada, é preciso pen-sar que uma das razões de terem dificuldadescom a significação é que eles trabalham na ilu-são de que o dicionário vai responder por elesao problema da significação. Pensar dessa formafaz com que o aluno se coloque em uma pos-tura passiva diante do dicionário, como se o tra-balho de compreensão fosse o de receber enão o de trocar. Com uma atitude passiva é di-fícil haver compreensão.

Uma possibilidade de atuação do professordiante desse problema é a de, antes de o alu-no consultar o dicionário, fazer um trabalho dededução de sentido a partir do contexto noqual a palavra se encontra. Trabalha-se dessaforma com o raciocínio dedutivo, e o aluno,quando for procurar a palavra no dicionário, játerá uma ou mais hipóteses de significação, oumais condições de interpretar a explicação do Ap

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termo dada por ele. Esse recurso não anula adificuldade, uma vez que o conhecimento pré-vio do mundo e da cultura são também essen-ciais, mas, sem dúvida, favorece o trabalho emodifica a postura do aluno diante do conhe-cimento.

Para que ele enfrente as possibilidades desentido, há também na coleção uma propostade trabalho com polissemia no decorrer detodo o livro.

Sugestões de como lidar com a dificuldade de encontrar palavras que estão no plural� feminino�ou grau aumentativo ou no diminutivo

Para a ampliação do trabalho de busca depalavras que não são encontradas da mesmaforma que aparecem no texto, peça aos alunosque procurem no dicionário uma palavra no fe-minino retirada do texto que estiver sendo lido.Diante da dificuldade em encontrar a palavra,lance o desafio “quem acha primeiro”, e, quan-do encontrada, peça ao aluno que expliquecomo a encontrou. Levantada a possibilidadede que as palavras no feminino sejam encontra-das no masculino, dar outras palavras para quepossam conferir.

Quando a palavra, no texto, está no femini-no, no dicionário às vezes é encontrada nomasculino, às vezes no feminino. Peça às crian-ças que listem as palavras que aparecem só nomasculino e as que aparecem no masculino eno feminino, procurando descobrir qual o cri-tério para saberem em que gênero a palavraaparece no dicionário. Análise feita, poderãodescobrir que quando o feminino é regular, ouseja, masculino O/A, o feminino não aparece; sefugir da regra principal, aparece. Assim sendo,não aparece “gata” no dicionário, só “gato”; noentanto, aparecem “boi” e “vaca”.

Proceda da mesma forma em relação ao

singular e ao plural.

Descobertas feitas, registre-as no Caderno

de Descobertas e faça jogos de sistematização.

Por exemplo, faça um jogo de velocidade, pe-

dindo aos alunos que encontrem a palavra “x”,

de tal forma que tenham de decidir com rapi-

dez como ela aparecerá no dicionário e usar

boas estratégias de busca. Porém, o mais impor-

tante agora é que saibam encontrar palavras

dos textos que lêem, o que acontecerá natural-

mente no transcorrer do trabalho de textos.

Em relação aos verbos conjugados, o proble-

ma de busca fica mais difícil de ser resolvido, uma

vez que as crianças de 2a série não trabalham

ainda com classes gramaticais e não têm o con-

ceito, nem de verbo nem de infinitivo. Para abor-

dar esse tópico, propomos que esperem a 3a sé-

rie, quando trabalharão com palavras variáveis.

Ao constatarem que existem palavras que variam

em tempo, sugira que descubram como esse

tipo de palavra é encontrado no dicionário. Caso

não descubram, dê-lhes a solução.

Sugestões de como lidar com a dificuldade de compreender expressões encontradas no texto

Quando o que está em jogo é o sentido de

uma expressão, a dedução de sentido pelo con-

texto costuma ser uma estratégia muito eficien-

te. Nos grandes dicionários, aparecem várias

expressões, que poderão ser motivo de investi-

gação para os alunos. Os pequenos dicionários

de bolso já não as têm da mesma forma.

Se, ao longo da 2a série, os alunos puderem

ampliar o uso do dicionário por meio do traba-

lho de investigação de sentidos e estratégias de

busca, propostos na coleção, acreditamos que

irão atingir o nível esperado para a faixa.

Apêndice

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Sugestões de jogos ortográficos para sistematização

1. Jogos de StopOs jogos de Stop são altamente lúdicos, cos-

tumam mobilizar muito as crianças e caracteri-zam-se por pedirem uma tarefa que deverá sercumprida em um prazo curto. Cada um dos ti-pos de Stop propicia uma forma própria de atua-ção e tem um objetivo específico. Assim, o pro-fessor poderá escolher o jogo adequando-o aosconteúdos a serem trabalhados.

Stop ortográfico

Objetivos pedagógicos:

1. Sistematizar dificuldades ortográficas que oprofessor considerar relevantes.

2. Trabalhar com a imagem mental das palavras.

3. Acionar o vocabulário ativo e passivo dosalunos.

4. Revisar conteúdos gramaticais (tonicidade,classes gramaticais e outros).

5. Utilizar as descobertas e regras que os alu-nos tenham feito sobre Ortografia e/ou Gra-mática.

Como jogar: Cada aluno ou equipe deve teruma folha com um quadriculado grande, que po-de variar de tamanho dependendo da faixa etá-ria que estiver jogando.

Por exemplo: Jogo com 16 palavras

1. Pedir aos alunos que façam uma tabela de 4� 4 quadrinhos, que deve ser preenchida daseguinte forma:a) na 1a linha superior, colocam-se as dificul-

dades a serem trabalhadas. É importantenotar que o objetivo do jogo é encontrarpalavras que tenham essa(s) letra(s) ou di-ficuldades, e não palavras que comecemcom elas;

b) na 1a coluna da esquerda, completar osespaços indicando o campo semântico aque as palavras pertencem, e que podemvariar segundo os interesses das crianças.

Os alunos gostam de universos vocabularestais como CEP (cidade, estado ou país), mar-cas de carros, frutas, animais, partes do corpohumano, objetos de uma casa ou de um escri-tório ou, ainda, palavras oxítonas, paroxítonas,proparoxítonas, substantivos, verbos, adjetivos,etc.

2. A um sinal do professor, as equipes devempreencher os quadrados, de acordo com oque é pedido na 1a linha e na 1a coluna.

3. Não vale escrever mais de uma palavra porquadrinho.

4. A primeira equipe que terminar de preenchera tabela deve dizer : “Stop”, e todas as outrasparam imediatamente de escrever.

Exemplo de tabela:

CH Ç SS S X

CIDADESESTADOSPAÍSESANIMAISCARROS

Correção e contagem dos pontos

Para a correção, fazer colunas na lousa, deacordo com o número de equipes. Os alunos de-vem permanecer organizados em equipes, e umaluno de cada equipe se levanta e vai escrever apalavra na lousa, na coluna correspondente à deseu grupo. A cada novo pedido, pode-se solicitarum outro aluno da equipe para escrever na lou-sa, de tal forma que todos possam ir até ela.

Conforme os alunos vão escrevendo suaspalavras, o professor já vai anotando os pontosde cada grupo. Vence o grupo que obtiver omaior número de pontos na tabela.

Para a contagem dos pontos, devem-se ob-servar os seguintes critérios:

• Se dois ou mais grupos escreveram a mes-ma palavra, três pontos para cada grupo.

• Se um único grupo escreveu aquela pala-vra, cinco pontos para esse grupo.

• Se um único grupo conseguiu preencheraquele quadrinho e os outros deixaram embranco, esse grupo recebe dez pontos. Ap

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• Se o quadrinho ficou em branco ou a pa-lavra escrita apresentava algum erro nagrafia, nenhum ponto.

Stop no texto

Objetivo pedagógico:

O objetivo desse jogo é desenvolver a pos-tura do revisor nos alunos, para que possamexercê-la na revisão de seus próprios textos. Pa-ra desenvolvê-la, é preciso aprender a olhar otexto pela forma e não pelo conteúdo.

É um jogo que pode ser realizado nos minu-tos finais da aula, de improviso. É importante queseja repetido com certa freqüência, para queatinja os objetivos pedagógicos estabelecidos.

Como jogar: O professor pode aproveitar otexto que está sendo lido na classe para inter-pretação, por exemplo, e pedir que encontremnesse texto um número X de palavras com umadeterminada letra. Por exemplo, com a letra Hem qualquer posição. Todas as palavras devemser escritas no caderno.

Vence o aluno que conseguir encontrar aspalavras primeiro. Caso haja na classe alguns alu-nos que sejam rápidos demais e nunca deixamos outros chegarem próximos do fim, vá até o 5o

ou o 6o colocado.

É um jogo rápido, que anima muito a classe edesenvolve o papel do revisor nas crianças. Aspalavras obtidas podem servir de universo paraoutras atividades, jogos de dicas, palavras cruza-das, soletrando, caça-palavras, etc.

Stop em colunas

Objetivos pedagógicos:

Essa modalidade de Stop é mais uma formade sistematização interessante para ser desenvol-vida depois de atividades de descobertas sobreo sistema ortográfico. Jamais deve ser jogado co-mo ponto de partida ou sem que tenha sido fei-ta a análise do sistema anteriormente.

O Stop em colunas propicia uma nova des-coberta sobre a série de palavras em que se en-contra uma determinada letra, aguçando o olhar

da criança para esse tipo de propriedade do sis-tema ortográfico. É muito bom para desenvolvera postura do revisor na criança.

Como jogar: Providenciar uma folha de papelsulfite com uma lista de palavras que devem ser or-ganizadas em colunas, de acordo com as dificulda-des indicadas. O procedimento do jogo é simples.

1. Uma vez distribuídas as folhas, o professor fa-la “Já!”, e todos arrumam as palavras nas colu-nas. O professor pode, também, determinarum tempo. Por exemplo: “Vocês têm 2 minu-tos (ou 5 minutos) para preencher a tabela”.Especialmente com crianças menores, essa va-riante tem se mostrado mais eficiente.

2. Quem terminar primeiro e corretamente ven-ce. É importante verificar se o aluno preen-cheu criteriosamente, pois há crianças que, nodesespero de ganhar, fazem qualquer coisa sópara terminar primeiro e impedem que todospossam pensar e aprender.

3. O momento da correção deve ser utilizado pa-ra observar e trabalhar os “erros” dos alunos,e não dizer simplesmente “certo” ou “errado”.

4. A correção ocorre na lousa e não há conta-gem de pontos.Exemplo de uma tabela de Stop em colunascom a letra R:

rapaz acordei drama empurrado aranharicaço selar agressivo arrastou paradoruína perto arranha Araraquara

artigocertezatoparenviarordem

1a coluna: R + vogal 2a coluna: vogal + R 3a coluna: consoante + R + vogal4a coluna: RR entre vogais5a coluna: R entre vogais

Stop de descoberta

Essa variação de Stop é uma atividade muito ri-ca, que permite o trabalho com uma variedade mui-to grande de palavras. O número de palavras pro-postas deve variar de acordo com a série do aluno.

Apêndice

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Objetivos pedagógicos:

1. Trabalhar com a imagem mental da palavra.

2. Acionar o vocabulário passivo do aluno.

3. Desenvolver estratégias de pensamento.

4. Desenvolver estratégias de decisão sobre aortografia da palavra.

5. Sistematizar um determinado aspecto orto-gráfico.

Objetivos do jogo

1. Completar a tabela com a maior rapidez pos-sível.

2. Obter o maior número de pontos ao com-pletar a tabela. Vence o aluno que obtiver omaior total de pontos e não o que terminouprimeiro.

Como jogar

1. Os alunos podem jogar individualmente ouem equipes (não mais que quatro crianças).

2. Cada aluno ou equipe deve encontrar umapalavra que satisfaça as características dadaspela tabela.

3. Quando algum aluno ou equipe termina, fala:“Stop!”, e todos devem parar de escrever. Pro-cede-se, então, à correção na lousa, com aanálise dos pontos obtidos.

4. Após a contagem, indicar o(s) vencedor(es).

Contagem dos pontos• Se mais de um aluno completou com a

mesma palavra, três pontos para cada um.• Se só um aluno (ou grupo) escreveu aque-

la palavra, cinco pontos para ele.• Se só um aluno (ou grupo) preencheu o es-

paço e mais ninguém descobriu uma palavrapara aquela lacuna, dez pontos para ele.

• Palavra com erro de grafia, nenhum ponto.

Não permitir o uso do dicionário ao longodo jogo, para levar os alunos a acionarem as re-gras de ortografia que tiverem construído.

Veja exemplo de tabela do Stop de desco-berta no livro do aluno, atividade DESCOBRIN-DO (página 175, volume da 1ª série).

Caso a tabela seja semelhante a essa, não seesquecer de avisar aos alunos que quando o Raparece em séries como TOR, deve ser a últimaletra da sílaba. Por exemplo: não vale palavra co-mo tora, vale torneira.

Explicar também que o espaço marcado natabela não tem a ver com o número de letras ousílabas que a palavra deve ter.Valem, por exem-plo, torneira, torpedo, torpedinho, torta.

2. Bingo ortográficoObjetivos pedagógicos:

1. Sistematizar a grafia de determinadas palavras.

2. Construir regras ortográficas a partir da ob-servação de elementos lingüísticos.

Como jogar: Durante o sorteio das palavraspelo professor, o objetivo é ser o primeiro acompletar uma linha ou coluna de palavras sor-teadas e grafadas corretamente.

1. Distribuir uma folha com uma tabela ou pediraos alunos que façam uma tabela com 16 ou25 quadrados (4 � 4 ou 5 � 5).

2. Selecionar as 16 ou 25 palavras (depende databela que estiver utilizando), ditas uma a uma,e escrever cada uma em um pedaço de papelcortado. Fechar cada papel e jogar dentro deum saco plástico, para o sorteio.

3. Cada aluno irá escrever a palavra ditada em al-gum lugar da tabela, de tal forma que, ao final,cada um terá uma tabela organizada de formadiferente.

4. Tabelas preenchidas, o professor começa asortear as palavras e os alunos vão assinalan-do em suas tabelas as que saíram. Quando al-guém preencher uma linha, coluna ou diagonalpassando pelo centro, levanta a mão e mostrapara o professor. Se todas as palavras da linhacompletada estiverem corretas, o aluno vence.Se alguma apresentar grafia incorreta, o pro-fessor avisa que há erro, mas não indica onde,e o aluno continua participando com outra li-nha ou coluna. Ap

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5. Como a intenção é aprender e jogar, vencer setorna menos relevante. Portanto, o professorcontinua o sorteio de palavras até quandoachar conveniente para sua classe, não impor-tando quantos vencedores houver.

Correção

A correção deve ser feita na lousa e aprovei-tada como um momento para discussão e refle-xão sobre algum aspecto ortográfico. Por exem-plo, se o objetivo do Bingo for a descoberta dediferenças entre AM e ÃO, ditar no Bingo apenaspalavras com essas duas terminações e que nãotenham acento. No momento da correção, per-guntar aos alunos: “O que há de comum entreas palavras que foram ditadas?” Os alunos costu-mam responder que todas terminam em AM ouÃO. Fazer uma divisão na lousa e corrigir de for-ma que cada terminação fique em uma coluna.Ao terminar de colocar as palavras na lousa, per-guntar para os alunos: “O que todas essas pala-vras têm em comum além do fato de termina-rem em AM?” (A mesma pergunta é feita para aoutra coluna.) Os alunos poderão constatar queas palavras terminadas em AM são paroxítonas, eas terminadas em ÃO são oxítonas, se não tive-rem acento (depois da 2a série, quando já tive-rem visto tonicidade).

A descoberta é registrada no caderno, e aspalavras do Bingo, copiadas no caderno.

3. Jogo das dicasObjetivos pedagógicos:

1. Revisar conteúdos já trabalhados, aplicados auma situação ortográfica.

2. Aprender a ouvir ordens, estando atento aosdetalhes do enunciado.

Como jogar: O objetivo do jogo é descobrirqual é a palavra que está sendo ditada, a partirde dicas dadas pelo professor.

1. É para ser jogado individualmente, com a clas-se toda.

2. Selecionar um número X de palavras com adificuldade que se pretende trabalhar e pro-

por para a classe que, em vez de falar a pala-vra, você dará dicas e cada aluno deverá escre-ver a palavra que imaginou em seu caderno.

3. Utilizar critérios variados para dar as dicas eaproveitar para trabalhar conceitos de todasas áreas. Exemplos de dicas:a) “A palavra na qual estou pensando tem

(número) letras e (número) sílabas e é si-nônimo de...”

b) “É o nome que se dá ao processo de nas-cimento e crescimento de uma semente.”

c) “É um substantivo trissílabo que dá nomea um sentimento que temos quando...”

d) “É um adjetivo que é antônimo de...”, etc.

Esse jogo é muito bom para trabalhar compalavras homófonas (que são pronunciadas damesma forma, mas grafadas de forma diferente),tais como chá e xá, auto e alto, acender e ascen-der, etc. Ao utilizá-lo dessa forma, estaremos re-forçando para as crianças a concepção de queortografia e significado estão relacionados.

Contagem de pontos• Palavra certa no sentido e na ortografia,

dois pontos.• Palavra certa no sentido e errada na orto-

grafia, um ponto.• Palavra errada nos dois, nenhum ponto.

4. Palavras cruzadasObjetivos pedagógicos:

1. Descobrir regras ortográficas.

2. Utilizar conceitos já trabalhados.

Como jogar: O jogo de palavras cruzadas já éconhecido de todos. Podemos utilizá-lo para tra-balhar ortografia e os conceitos que quisermos— basta selecionar as palavras mais interessantespara o assunto a ser tratado.

Para tal, é importante ter em mente que oobjetivo do jogo não é simplesmente ser diverti-do, mas que por meio dele conteúdos lingüísti-cos e psicológicos serão trabalhados.

Pode ser também indicado, como lição decasa, que o aluno monte palavras cruzadas com

Apêndice

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determinada dificuldade ortográfica para que oscolegas respondam. No dia seguinte, todos tro-cam de jogos e um responde o do outro.

A montagem dos jogos exige raciocínio e ca-pacidade de definição, dois elementos importan-tes de serem trabalhados. É interessante que, naprimeira vez, essa atividade seja realizada em sa-la de aula, para que o professor possa auxiliar osalunos nessa descoberta.

5. Soletrando Objetivos pedagógicos:

1. Trabalhar com a imagem mental da palavra.

2. Distinguir as noções de letra e nome da letra.

Como jogar: O objetivo do jogo é conseguirsoletrar a palavra corretamente.

1. Pedir aos alunos que pesquisem, em casa, pa-lavras com uma determinada dificuldade orto-gráfica e tragam para o jogo em classe. Porexemplo, palavras que tenham R, ou que te-nham X, CH.

2. No dia seguinte, a classe deve ser dividida emequipes de três ou quatro crianças, que serão,daí por diante, chamadas de aluno número 1,2, 3, 4, em cada equipe.

3. O jogador número 1 escolhe uma de suas pa-lavras e pede que o jogador número 2 a sole-tre, isto é, deve escrever a palavra na cabeça esoletrá-la letra a letra, na seqüência certa. En-quanto isso, o jogador número 1 (o que ditoua palavra) vai escrevendo cada letra ditada.

4. Quando o jogador número 2 terminar de so-letrar, o número 1 diz se ele acertou ou errou.Se o jogador 2 acertou, ganha um ponto e di-ta uma palavra para o jogador 3. Se o jogador2 errou, o número 1 avisa que está errado e

pede que o jogador 3 soletre a palavra, e oponto será dele (do número 3), caso acerte.

5. O jogo termina após terem sido ditadas todasas palavras selecionadas, ou após um tempodeterminado pelo professor ou combinadocom a classe.

6. Jogo dos animaisObjetivos pedagógicos:

1. Utilizar os conhecimentos gerados nas ativida-des de reflexão sobre uma determinada letra.

2. Trabalhar com a imagem mental das palavras.

3. Utilizar os processos mentais de classificação eseriação a uma situação ortográfica.

Como jogar: O objetivo do jogo é que o alu-no descubra como deve organizar letras móveispara formar as palavras que foram sugeridas pe-las dicas da tabela.

1. Dividir a classe em grupos de quatro alunos eentregar para cada grupo uma tabela juntocom um montinho de letras coloridas já sele-cionadas para formar as palavras. Esse jogopode ser feito com cartolina e canetinha hi-drocor.

2. Organizada a classe, dar as dicas do jogo.Exemplo: “Com essas letras vocês conseguemmontar nove palavras. Todas elas são nomesde animais.Todos os nomes têm a letra H”.

3. Dadas as dicas, pedir aos alunos que descu-bram e organizem as palavras na tabela, en-contrando o lugar certo de cada uma.

Vence(m) o(s) grupo(s) que conseguir(em)organizar a tabela corretamente.

Veja um exemplo, no livro do aluno, ativida-de CAÇA-PALAVRAS COM L (página 181,exercício 3 do volume da 1ª série).

Apên

dice

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Bibliografia para pesquisa teórica

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. O texto: escrita e leitura. Organização e revisão técnica da tradução: Charlotte Galves,Eni Pulcinelli Orlandi, Paulo Otoni. Campinas, Pontes, 1988.

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Garcia, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1973.

Kleiman, Angela. Texto e leitor : aspectos cognitivos da leitura. Campinas, Pontes, 1989.

Koch, Ingedore Villaça. A coesão textual. São Paulo, Contexto, 1991.

Macedo, Lino de. Ensaios construtivistas. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1994.

Orlandi, Eni Pulcinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas, Pontes, 1987.

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Piaget, Jean. A tomada de consciência. Tradução de Edson Braga de Souza. São Paulo, Melhoramen-tos/Edusp, 1977.

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