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A pele é uma barreira mecânica de proteção ao corpo, composta por três camadas: epiderme, derme e tecido conjuntivo subcutâneo ou hipoderme. Qualquer

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• A pele é uma barreira mecânica de proteção ao corpo, composta por três camadas: epiderme, derme e tecido conjuntivo subcutâneo ou hipoderme.

• Qualquer interrupção na continuidade da pele representa uma ferida.

• As feridas podem variar em espessura, pois algumas lesam a pele apenas superficialmente e outras podem até atingir tecidos profundos.

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• FERIDA: É toda e qualquer interrupção da integridade de um tecido ou órgão, causada por agentes físicos, químicos ou mecânicos podendo ser superficial atingindo somente a epiderme (camada mais externa da pele) ou profunda atingindo estruturas e órgãos mais internos.

• O tratamento de uma ferida e a assepsia cuidadosa têm como objetivo evitar ou diminuir os riscos de complicações decorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização.

• A cicatrização da ferida consiste na restauração da continuidade.

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Classificação das Feridas

As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes:

• de acordo com a maneira como foram produzidas;

• de acordo com o grau de contaminação;• de acordo com o comprometimento

tecidual;

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a) Quanto aos agentes

• Ferida traumática, acidental ou contusa: normalmente são provocadas por objetos ou traumatismo de partes moles, geralmente são contaminadas e infectadas.

• Ferida Cirúrgica ou incisa: provocadas por instrumento cortante, geralmente são limpas e suturadas.

• Ferida Lacerada: ocasionada por objetos que provocam perda de tecido e deixam as bordas irregulares.

• Ferida Penetrante: ocasionada por objetos pontiagudos como faca, punhal, geralmente são profundas.

• Ferida Ulcerativa: causada pela hipóxia tissular devido a pressão intensa no local, como escaras ou úlcera de decúbito. Geralmente são infectadas e a lesão internamente é mais extensa que as bordas da ferida.

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Contusas

As feridas contusas são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema.Hematomas.

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Lacerantes

As feridas laceradas são aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro, arame farpado, mordedura canina, acidente onde acontece perda de tecido.

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Penetrante

As feridas perfurantes são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Exemplo: são as feridas por bala (projétil) ou ponta de faca.

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Ulcerada Úlcera de decúbito (escara)

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CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS b) Quanto à profundidade

• Superficial: atinge somente a pele, caracterizada por abrasão ou úlcera. Ex. Escoriação

• Profunda: atinge músculos, vasos, nervos e até ossos, caracterizada pela destruição de tecidos.

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Ferimento superficial

• Escoriação

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Ferimento profundo, com comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão não se

estende até a fáscia muscular. Visualiza-se o osso.

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c) Quanto à contaminação

• Feridas limpas: geralmente são as cirúrgicas, sendo que não foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e genito-urinário. A probabilidade da infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%. Não apresentam inflamação.

• Feridas limpas-contaminadas – são conhecidas como potencialmente contaminadas; nelas há contaminação grosseira, por exemplo nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situações cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas descritos anteriormente. O risco de infecção é de 3 a 11%.

• Feridas contaminadas ou sujas: há reação inflamatória; são as que tiveram contato com terra, fezes, etc. Também são consideradas contaminadas aquelas em que já se passou seis horas após o ato que resultou na ferida. O risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%. Apresentam secreção na lesão sem presença de microorganismos, incluem feridas acidentais, recentes, abertas e cirúrgicas em que a técnica asséptica foi desrespeitada.

• Feridas infectadas: apresentam sinais nítidos de infecção. Apresentam secreção na lesão com presença de microorganismos, geralmente com odor fétido.

Uma mesma ferida pode estar infectada, com tecido de granulação, e com tecido necrótico.

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Feridas limpas-contaminadas

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Feridas infectadas são aquelas nas quais os microorganismos estão presentes na lesão.

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• CICATRIZAÇÃO: é o processo pelo qual ocorre a restauração e o fechamento (cura) de uma lesão ou ferimento, através do tecido conjuntivo em neoformação ou por regeneração dos próprios tecidos afetados.

O processo de cicatrização é complexo e todas as fases estão relacionadas, sendo que cada lesão tem sua particularidade nesse processo.

O que é importante é que se saiba o que está acontecendo, para que se possa avaliar a indicação da melhor intervenção, mas que fique claro que todo o processo de cicatrização é extremamente complexo e inter-relacionado.

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TIPOS DE CICATRIZAÇÃO

• Cicatrização por primeira intenção: quando as bordas de uma ferida são aproximadas, como nas suturas.

• Cicatrização por segunda intenção: quando a ferida cicatriza sozinha sem a aproximação das bordas. Geralmente é um processo mais lento.

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FATORES QUE INFLUENCIAM NA CICATRIZAÇÃO • Idade: quanto mais idoso, menos flexíveis são os tecidos; existe

diminuição progressiva do colágeno, o que dificulta a cura de uma ferida.

• Localização e tipo da ferida: Feridas em áreas mais vascularizadas e em áreas de menor mobilidade e tensão cicatrizam mais rapidamente do aquelas em áreas menos irrigadas ou áreas de tensão ou mobilidade (como cotovelos, nádegas, joelhos).

• Nutrição: Uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois deprime o sistema imune e diminui a qualidade e a síntese de tecido de reparação. As carências de proteína e de vitamina C são as mais importantes pois afetam diretamente a síntese do colágeno.  

• Medicamentos: Os corticosteróides, os quimioterápicos e os radioterápicos podem reduzir a cicatrização de feridas, pois diminuem a resposta imune normal à lesão, retardam e alteram a cicatrização.

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• Doenças prévias ou crônicas Ex. Diabetes: A síntese do colágeno está diminuída na deficiência de insulina; devido à microangiopatia cutânea, há uma piora na oxigenação; a infecção das feridas é preocupante nessas pacientes.

• Corpo Estranho na Ferida: Implantes de silicone, válvulas cardíacas artificiais, material de curativo ou qualquer outro corpo estranho pode retardar o processo de cicatrização, por serem inertes.

• Hemorragia: O acúmulo de sangue propicia células mortas que precisam ser removidas, bem como o surgimento de hematomas e isquemia. Isso provoca dor e lentifica o processo de cicatrização.

• Obesidade: a camada de tecido adiposo espessa, dificulta o processo de cicatrização.

• Perfusão dos Tecidos e Oxigenação: Doenças que alteram o fluxo sangüíneo normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das células, assim como a dos componentes do sistema imune do corpo.

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• Edema e Obstrução Linfática: Dificultam a cicatrização pois diminuem o fluxo sangüíneo.

• Infecção: A infecção é definida como uma concentração bacteriana. Dificulta a cicatrização.

• Hiperatividade do Paciente/ estresse: A hiperatividade dificulta a aproximação das bordas da ferida. O repouso favorece a cicatrização. O estresse pode tornar a cicatrização mais lenta. Segundo pesquisadores americanos, o estresse desacelera a resposta do sistema imunológico aos danos sofridos pelo corpo.

• Tabagismo - A nicotina é um vasoconstritor, levando à isquemia tissular, sendo também responsável por uma diminuição de fibroblastos e macrófagos. O monóxido de carbono diminui o transporte e o metabolismo do oxigênio. Clinicamente observa-se cicatrização mais lenta em fumantes.

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FASES DA CICATRIZAÇÃO

• Fase inflamatória (até 72 horas): reação vascular com presença de eritema, calor, edema e dor. A função desta fase é o controle do sangramento e a limpeza do tecido, uma outra reação que acontece é a vasodilatação pela ruptura das terminações nervosas, por uma ação reflexa a vasoconstrição. A migração de leucócitos irá fazer a ação de limpeza e defesa, principalmente os neutrófilos. Os monócitos substituem os neutrófilos para gerar os macrófagos, que realizam a fagocitose, para que ocorra um bom processo de cicatrização.

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FASES DA CICATRIZAÇÃO• Fase proliferativa (1 a 14 dias): inicia a

proliferação do tecido conjuntivo, ocorre a formação de granulação, composta por colágeno e vasos sangüíneos. Após ocorre a angiogênese (a formação de uma nova vascularização).

• CONTRAÇÃO - o fibroblasto contrai essa ferida para que haja um encolhimento.

• EPITELIZAÇÃO - feita pela migração de células epiteliais que vão da periferia para o leito da ferida, acontece sob esse tecido de granulação e essa epitelização só acontece em meio úmido.

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FASES DA CICATRIZAÇÃO

• Fase de maturação (de 72 horas até meses ou anos): final do processo e cicatrização. A ferida é fechada pelo tecido conjuntivo, se observa uma cicatriz contraída que de início é fina e pálida e que posteriormente se transforma em uma cicatriz madura hipo ou hiperpigmentada, com aparência mais grossa e mais dura do que a pele, ela nunca tem 100% de força tênsil em relação à pele.

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Processo de Cicatrização

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 Cicatrização

• Cicatrização: Fenômeno pelo qual se garantem a restauração e o fechamento de uma lesão, de um ferimento, ou da perda de substâncias dos tecidos.Cicatriz: Marca, depois da cura, de um ferimento.

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-Mancha ou mácula: área circunscrita de coloração diferente da pele que a circunda, no mesmo plano do tegumento e sem alterações na

superfície, pode ter várias formas e tamanhos. Pode ser observada em várias dermatoses como: vitiligo, psoríase, cloasma gravídico, manchas

hipercrômicas da estase venosa crônica, telangiectasia.

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Pápulas: elevações sólidas da pele, de pequeno tamanho (até 0,5 cm de diâmetro), superficiais, delimitadas, com bordas facilmente

percebidas. Podem ser da cor da pele circundante, rósea, castanha ou arroxeada. Observa-se na: leishimaniose, verrugas, erupções

medicamentosas

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Tubérculo: elevações sólidas circunscritas de diâmetro maior que 0,5 cm, de consistência mole ou firme.

Observa-se na: sífilis, sarcoidose, tumores.

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Nódulos: formações sólidas de pequeno tamanho, localizadas na hipoderme; os limites, em geral, são imprecisos e a

consistência pode ser firme, elástica ou mole.

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Queratose: modificação circunscrita ou difusa da espessura da pele, que se torna mais consistente, dura e inelástica, em conseqüência de espessamento da camada córnea.A superfície, em geral, é áspera e esbranquiçada. Encontra-se na: queratose senil, queratotermia, mal perfurantes plantares,etc.

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Pústula: vesícula ou bolha com conteúdo purulento. Pode surgir na: varicela, queimaduras,

piodermites.impetigo.

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Vegetações: lesões sólidas, salientes, cônicas, lobulares, filiformes ou em forma de “couve-flor”; de consistência mole e agrupadas em maior ou menor quantidade. Observam-se na: leishmaniose, sífilis, condiloma acuminado, neoplasias.

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Edema: Acúmulo de liquido no espaço intersticial. A pele torna-se lisa e brilhante

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- Vesícula: pequena elevação circunscrita da pele que contém líquido seroso em seu interior, não ultrapassando 0.5 cm de diâmetro. Observa-se nas: queimaduras, pênfigo, eczemas, varicela. - Bolha: elevação da pele contendo liquido seroso em seu interior, com diâmetro maior que 0,5 cm. Encontramos nas queimaduras de2º grau, pênfigo, piodermites.

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Abscesso: coleções purulentas, proeminentes, circunscritas, flutuantes, de proporções variáveis.

Comuns nas úlceras por pressão.

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- Crosta: formação proveniente do ressecamento de exsudato do tipo seroso, hemático ou purulento que recobre uma área cutânea previamente lesada. Visíveis no eczema, psoríase, impetigo. - Úlcera: perda delimitada das estruturas que constituem a pele, podendo atingir estruturas mais profundas. Exemplo: úlcera por estase da insuficiência venosa.

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- Fístula: trajeto cutâneo através do qual flui exsudato (sero-sanguinolento, purulento). - Escamas: lâminas epidérmicas secas que se desprendem da superfície cutânea. Exemplos: caspa, psoríase, pele ressecada.

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Fissura: perda de substância linear, superficial ou profunda, comprometendo a camada epitelial. Exemplo:

pé de atleta, rachaduras plantares.

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Escara: porção de tecido cutâneo necrosado, insensível, de tamanho variável, de cor escura e

separada do tecido sadio por um sulco.

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• CURATIVO: consiste na limpeza e proteção de um ferimento, com a aplicação de uma cobertura estéril, quando necessário, com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação e/ou infecção.

O tratamento de uma ferida e a assepsia cuidadosa têm como objetivo evitar ou diminuir os riscos de complicações decorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização.

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A preocupação com os curativos das feridas é antiga e vários agentes podem ser utilizados, no entanto é fundamental uma análise detalhada da ferida para a escolha do curativo adequado.

Essa análise deve incluir as condições físicas, idade e medicamentos; localização anatômica da ferida; forma, tamanho, profundidade, bordas, presença de tecido de granulação, presença e quantidade de tecido necrótico e presença de secreção na ferida.

A troca do curativo vai depender da lesão, bem como da indicação médica.

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FINALIDADES DO CURATIVO1. Proporcionar conforto ao paciente2. Remover corpos estranhos 3. Proteger a ferida contra contaminação e infecções 4. Facilitar a cicatrização da ferida 5. Reaproximar bordas separadas 6. Promover hemostasia 7. Favorecer a aplicação de medicação tópica 8. Absorver exsudato e secreções se houver (Exsudato – fluido

inflamatório com elevado teor de proteína e fragmentos celulares.)

9. Fazer desbridamento mecânico e remover tecido necrótico, se houver

10. Reduzir o edema 11. Manter a umidade da superfície da ferida 12. Fornecer isolamento térmico 13. Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida 14. Diminuir a intensidade da dor.

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TIPOS DE CURATIVOS

• Curativo Simples: realizado por meio da oclusão com gase estéril no local do ferimento, mantendo-a seca e limpa, fixando somente nas bordas. Neste curativo não pode haver drenagem de secreções. Geralmente estes curativos são realizados uma vez ao dia ou conforme a orientação médica, bem como o tipo da ferida.

• Curativo Oclusivo: cobertura total da lesão com gase estéril ou chumaço, evitando o contato com o meio externo, a fixação deve ser total. Geralmente apresentam drenagem de secreções. Trocar o curativo sempre que necessário ou conforme orientação médica, bem como as características da ferida.

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TIPOS DE CURATIVOS

• Curativo Úmido: Usado para proteger e irrigar a lesão com determinada solução. Geralmente utiliza-se gase vaselinada, gase com óleos ou nitrofurazona líquida. Ex. Queimaduras

• Curativo Aberto: realizar a limpeza da lesão mantendo-a exposta ao meio externo.

• Curativo Compressivo: Promove a hemostasia no local do ferimento, evitando a hemorragia. Se possível envolver o local com atadura.

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MATERIAL PARA REALIZAÇÃO DO CURATIVO

• Pacote de curativo (uma pinça anatômica, uma pinça kelly ou kocher e uma tesoura)

• Gazes• Esparadrapo ou micropore• Soro Fisiológico 0,9% (morno)• Saco Plástico para lixo• Luvas de procedimento ou estéreis• Se necessário: chumaço, espátulas, ataduras,

medicações tópicas e/ou anti-sépticos (álcool 70%, PVPI). É contra indicado o uso de anti-sépticos em feridas abertas. Em sutura não usar pomadas.

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ETAPAS DO CURATIVO• Preparo do material, do ambiente e do paciente• Remoção do curativo velho, se houver (utilizar a

pinça anatômica ou a mão enluvada) • Limpeza do ferimento (Soro fisiológico 0,9%

morno)• Anti-sepsia ou aplicação de medicamentos, se

houver indicação (medicações de uso tópico, PVPI, álcool 70%,etc)

• Fechamento do ferimento (gase ou chumaço) • Fixação do curativo (esparadrapo, micropore ou

atadura)

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• Um bom curativo começa com uma boa preparação do material.• Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado.

Quando houver suspeita sobre a esterilidade do material que deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser descartado.

• Deve verificar ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados corretamente.

• A lavagem das mãos com água e sabão, que deve ser feita antes e depois de cada curativo.

• O instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado; deve ser composto de pelo menos uma pinça anatômica, duas hemostáticas e um pacote de gaze; e toda a manipulação deve ser feita através de pinças e gazes, evitando o contato direto e conseqüentemente menor risco de infecção.

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• O próximo passo é um preparo adequado do paciente. • Este deve ser avisado previamente que o curativo será

trocado, sendo a troca um procedimento simples e que pode causar um pequeno desconforto.

• Os curativos não devem ser trocados no horário das refeições.

• Deve-se usar biombos para garantir a privacidade do paciente.

• Este deve ser informado da melhora da ferida. Esses métodos melhoram a colaboração do paciente durante a troca do curativo, que será mais rápida e eficiente.

• Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas para baixo, prevenindo a contaminação; deve-se usar cada gaze uma só vez e evitar conversar durante o procedimento técnico.

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• Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele.

• Os procedimentos para realização do curativo devem ser estabelecidos de acordo com a função do curativo e o grau de contaminação do local.

• A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se movimentos de vaivém.

• Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida.

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Limpeza é a ação de limpar, limpar é tirar a sujidade e lavar é tirar as sujidades com água. Então, a sujidade da ferida pode ser removida com água ou através de outros métodos.

• A limpeza com solução fisiológica (SF), evita o traumatismo direto da ferida, além de hidratá-la e favorecer a cicatrização.

• A lavagem da ferida com SF, é recomendada, evitando-se a limpeza mecânica, pois atritos excessivos poderão danificar o tecido de granulação .

• A limpeza deve ser feita em jato, ou sob pressão, com o intuito de facilitar a remoção dos tecidos necróticos, perfurando os frascos plásticos de soro com agulha grossa. Facilita a remoção dos tecidos necróticos.

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• Deve-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando houver sujidade) e por fim fixar o curativo com atadura, esparadrapo ou micropore.

• Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à mobilidade (articulações), presença de pêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses locais deve-se utilizar ataduras.

• O esparadrapo ou micropore deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos, desengordurada e seca.

• As bordas do micropore ou esparadrapo devem ultrapassar a borda livre do curativo em 3 a 5 cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e sem dobras.

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TÉCNICA PARA REALIZAR CURATIVO

• 1. Lavar as mãos• 2. Explicar o procedimento ao paciente• 3. Reunir o material para realização da técnica• 4. Proteger o paciente com biombos, se necessário.• 5. Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a

área a ser tratada.• 6.Calçar luvas de procedimento ou estéreis.• 7. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica.• 8. Colocar as pinças com os cabos voltados para a borda do

Campo e as pontas para o centro do campo.• 9. Colocar gazes em quantidade suficiente sobre o campo estéril.• 10. Remover o curativo antigo com a pinça dente de rato ou mão

enluvada

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• 11. Montar a gaze com a pinça Kelly, auxiliada pela pinça anatômica e umedecê-la com soro SF a 0,9%.

• 12. Fazer a limpeza da ferida da área menos contaminada para a área mais contaminada.

• 13. Secar a ferida, nunca voltando a gaze onde já passou.• 14. Colocar solução anti-séptica e/ou medicamentos (pomadas)

na ferida, utilizando uma espátula ou uma gaze.• 15. Retirar o excesso de solução anti-séptica ou pomada com

uma gaze seca.• 16. Fechar a ferida com gaze ou chumaço, conforme a

necessidade.• 17. Fixar o curativo com micropore, esparadrapo ou atadura,

conforme a necessidade e indicação.• 18. Desprezar o material utilizado, corretamente. • 19. Retirar as luvas e lavar as mãos.• 20. Deixar o ambiente em ordem.