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A pequena menina
se ajeita no colo
do seu avô,...
...feito uma ave pequenina
que encontra conforto e
abrigo no calor
de um ninho.
E o avô,ao fitar os olhos
da querida neta, sente que de
alguma forma o seu próprio olhar
tornara-se imortal.
O olhar da neta,
e o olhar do avô – as duas extremidades do tênue fio
da vida.
A fragilidade das mãos, e o suave respirar.
Os sonhos da mãe, e o sono
do filho.
“Dorme”, diz a mãe para o filho pequenino.
“Dorme”, ela diz...
E em cinco letras
é ela capaz de traduzir todo o amor que num certo
momento pode caber num
coração humano.
“Dorme, meu filhinho.
Dorme sossegado.”
“Dorme, que a teu
lado cantarei baixinho.”
“O anjinho da guarda
Que o Senhor te deu,Pode
adormecer,pode
descansar,Que te
guardo eu...”
Dizemos pais, dizemos irmãos, dizemos filhos...
Acreditamos que sabemos
perfeitamente do que estamos
a falar.
E quão pouco paramos para
refletir nas significações,
acepções e sentidos que
tais palavras possuem.
Pais, irmãos, filhos...
Pais, irmãos, filhos...
As pessoas às quais somos unidos
por obra do destino.
A convivência gera laços,no entanto o amor, a admiração
e o carinho necessitam ser construídos.
Amor, respeito e carinho,dia-a-dia cultivados.
Leva tempo, atenção e cuidado arar a terra que fecunda
afeição, ternura e carinho.
Leva tempo, atenção e cuidado arar a terra que fecunda
afeição, ternura e carinho.
O pai e a filha.
A mãe e o filho.
A neta e o avô.
A frágil teia da vida.
Os dias e as noite, o sol e o luar.
As riquezas que jazem escondidas
no fundo das almas.
A nossa capacidade de amar...
