9
1 2 A perda dos referenciais em todos os níveis, a relativização ética, o esvaziamento dos valores morais, sociais e religiosos, a endeusação do homem, a exacerbação do espiritualismo, a aridez na verdadeira espiritualidade, a desagregação familiar, o casamento gay, [...] 3 a banalização da imoralidade, o direito personalíssimo, a mercantilização generalizada, que já abrange a religião, o sincretismo nas suas mais variadas sutilezas, misticismo se agigantando, o império do hedonismo, o situacionismo como norma de conduta e a supervalorização de minorias, [...] 4 [...] são características inequívocas de que vivemos em uma sociedade pós- cristã. E o que tudo isso significa. Significa que somos... cristãos evangélicos, porém, igrejamos sob a influência da filosofia pós-cristã, e participamos de uma Comunidade Eclesial, a igreja local, que está absorvida pela influência do pós- denominacionalismo. 5 6 Em meio a este turbilhão de forças centrífugas, pagamos elevado preço para o “crescimento” da igreja evangélica no Brasil.

A perda dos referenciais em todos os - pibpenapolis.com.brpibpenapolis.com.br/adm/pdf/pdfs_100.pdf · influência do pós-denominacionalismo. 5 6 Em meio a este turbilhão de forças

Embed Size (px)

Citation preview

1

2

A perda dos referenciais em todos os níveis, a relativização ética, o

esvaziamento dos valores morais, sociais e religiosos, a endeusação do

homem, a exacerbação do espiritualismo, a aridez na

verdadeira espiritualidade, a desagregação familiar, o casamento

gay, [...]

3

a banalização da imoralidade, o direito personalíssimo, a

mercantilização generalizada, que já abrange a religião, o sincretismo nas

suas mais variadas sutilezas, misticismo se agigantando, o

império do hedonismo, o situacionismo como norma de

conduta e a supervalorização de minorias, [...]

4

[...] são características inequívocas de que vivemos em uma sociedade pós-

cristã.

E o que tudo isso significa.

Significa que somos...

cristãos evangélicos, porém, igrejamos sob

a influência da filosofia pós-cristã, e

participamos de uma Comunidade Eclesial, a

igreja local, que está absorvida pela

influência do pós-denominacionalismo. 5 6

Em meio a este turbilhão de

forças centrífugas,

pagamos elevado preço para o

“crescimento” da igreja evangélica

no Brasil.

2

Este preço fica extorsivo quando

constatamos a falta de uma

“teologia brasileira” que seja realmente

bíblica e teologal.7 8

Diante disso, vejo em

João 13.1João 13.1--1717

três desafios para cada um de nós cristãos, para a igreja, para os

teólogos e para os pastores e líderes deste tempo.

Tais desafios são:

9

1. Consciência 1. Consciência –– vs. 1vs. 1--3.3.

Jesus tinha plena consciência de sua Jesus tinha plena consciência de sua Missão, da brevidade missiológica, Missão, da brevidade missiológica, da proximidade de sua morte e de da proximidade de sua morte e de

sua plena autoridade espiritual e do sua plena autoridade espiritual e do propósito de Deus para a sua vida e propósito de Deus para a sua vida e

sua morte na cruz.sua morte na cruz.

10

11

Jesus tinha plena

consciência de sua missão e

sabia quem era, a que veio e que não tinha tempo

a perder.

Creio que esta clara e objetiva demonstração de consciência da

parte de Jesus deve nos fazer perceber que a necessitamos

resgatar o senso do que é ser uma Igreja Cristã.

12

3

13

Ser cristão é ser IMAGEMIMAGEM de Cristo no mundo.

Ser Igreja é ser CORPO VIVOCORPO VIVO de Cristo na Terra.

Ser membro de uma igreja local é ter a consciência de que somos

membros desse Corpo e que temos uma identidade: Somos CRISTÃOSCRISTÃOS.

14

15 16

Esta reflexão nos ajudará a resgatar a concepção teológica do cristianismo

sobre o que é ser uma Igreja Evangélica neotestamentária..

Por falta desta reflexão teológica estamos à deriva.

17 18

A exemplo de Jesus devemos, teológica e eclesiasticamente, saber

quem somos, o que somos, qual a nossa Missão e o que pregamos.

Assim como Jesus devemos exercer a nossa autoridade espiritual e

consciência teológica na confrontação com a sociedade pós-

cristã e mundanalisada.

4

19

Como Jesus, devemos renunciar o Mundo, pois vamos para o Pai, que

nos “resgatou deste império de trevas”.

Isso só é possível se temos plena consciência teológica do sacrifício de

Jesus por nós na cruz, e de nossa Missão eclesial.

20

2. 2. EmulgênciaEmulgência –– vs. 4vs. 4--11.11.

Emulgente é aquilo que efetua um processo esvaziador ou purificante.

Na medicina o termos emulgente está relacionado as veias e artérias dos rins, que atuam como filtros dos

líquidos que sorvemos.21

Na vida cristã, à luz dos vs. 4Na vida cristã, à luz dos vs. 4--11, 11, emulgênciaemulgência tem a ver com a tem a ver com a

necessidade de purificação do necessidade de purificação do espírito, da mente, da alma e do espírito, da mente, da alma e do corpo de cada salvo, membro de corpo de cada salvo, membro de

uma igreja local.uma igreja local.

22

23

Somos lavados no Somos lavados no sangue de Jesus, sangue de Jesus, que nos purifica que nos purifica de todo pecado, de todo pecado, 1 João 1.7, e na 1 João 1.7, e na água do Espírito água do Espírito Santo, Tito 3.4Santo, Tito 3.4--6.6.

24

Deus nos purificou para vivermos para a sua glória.

O pecado não deve mais dominar a nossa mente, a nossa teologia, os

nossos desejos, a nossa “doutrina” e nem o nosso corpo.

Nada justifica a recusa de purificação e de santificação.

5

25

Nada justifica a insistência

contumaz de permanência no pecado, no personalismo teologastro e

no doutrinismo.

Jesus disse a Pedro: Se eu não te purificar, “não

tens parte comigo”.

O legalismo é diabólico, mas a

postura pecadeira

também o é. 26

27

Se já somos purificados do “pecado capital”, devemos permitir que Jesus lave nossos “pés”, nossa teologia e

nossa eclesiologia a cada dia.O pós-cristianismo da pós-

modernidade tem maculado a igreja pós-denominacional e, creio, pós-

teológica, mas “apaixonada” por um teologismo desvirtuoso. 28

29 30

3. Obediência 3. Obediência –– vs. 12vs. 12--17.17.

6

Estes versos estabelecem parâmetros bem definidos para o cristianismo, para a teologia, para a igreja local, para cada pastor, para cada líder e

para cada cristão.

31

A asseveração é:

Jesus é MESTREMESTRE e

SENHORSENHOR.

Ou seja, ele é o único Deus e o

grande “Eu Sou” “Eu Sou” da igreja local.

32

A assertiva do vs. 13 deixa claro que Jesus nos ensina sobre PENSAR,PENSAR, SERSER,

SENTIRSENTIR e FAZERFAZER a Igreja, a Comunidade Eclesial, e o próprio

Cristianismo.

Jesus diz que é nosso DEVERDEVER uma conduta cristã pautada na integridade espiritual, teologal, moral e social, vs.

14. 33 34

Há uma ordem

expressa do Senhor no

vs. 15:“FAÇAM “FAÇAM

COMO LHES COMO LHES FIZ”.FIZ”.

35

Aprendemos com o Mestre, mas

devemos OBEDIÊNCIAOBEDIÊNCIA

ao nosso Senhor.

Como cristãos evangélicos, devemos renunciar a opção personalista e

humanista da sociedade pós-cristã, assumindo o compromisso de uma incondicional obediência ao Senhor

de nossas vidas.

36

7

37

Jesus nos deu exemplo de obediência a Deus e à sua Palavra, de

espiritualidade sadia, de fé, de amor, de humildade, de perseverança, de

santidade, de unção e poder espiritual, de fidelidade, de lucidez

teológica e missiológica e de religiosidade benfazeja.

E ainda, de lambuja, nos deu grandes exemplos de vivência sociocultural, de relacionamentos interpessoais,

de posicionamento acertado na cultura contemporânea, de percepção sociopolítica e de

cidadania.

38

39

Por tudo isso, não temo afirmar que Jesus viveu e morreu como Mestre, mas que ressuscitou como Senhor,

podendo, por isso, exigir de nós obediência.

Não uma obediência cega, fanática, rigorista e esvaziada de compaixão, mas uma obediência que resulte da

compreensão clara sobre a pessoa, o caráter, a divindade e o senhorio de

Jesus.

Diante disso, creio que mesmo Diante disso, creio que mesmo na era pósna era pós--cristã, cristãos cristã, cristãos

verdadeiramente verdadeiramente evangélicos devem ser evangélicos devem ser

identificados pela resignação identificados pela resignação teologicamente lúcida e pela teologicamente lúcida e pela

obediência obediência espíritoespírito--

emocionalemocional incondicional e incondicional e sadia.sadia.

40

41

Sejamos obedientes ao nosso Senhor para que desfrutemos as bênçãos, a

FELICIDADEFELICIDADE, prometida por ele a seus discípulos, vs. 17.

Amados, a sociedade pós-cristã é geradora de neuroses, conflitos e

desilusões.42

8

43

A desagregação familiar se desmorona em uma geração de rebeldes,

desajustados e drogados.

A divinização do homem escraviza o ser na mais retumbante crise

existencial, que fragiliza ainda mais a humanidade.

44

A mentalidade pósA mentalidade pós--cristã nos faz cristã nos faz reféns da violência desordenada e reféns da violência desordenada e

confina a nossa sociedade nas confina a nossa sociedade nas masmorras do inferno.masmorras do inferno.

O ideário pós-cristão torna as pessoas e nossa sociedade ainda mais carentes

da graça salvadora de Cristo. 45 46

O teologismo pós-cristão nos desorienta e fortalece o monstro do

pós-denominacionalismo, que desfigura de sua real e bíblica

identidade a igreja local.

A frouxidão ética deste tempo

furta à Igreja a sua real beleza; a SANTIDADESANTIDADE.

47 48

A negação dos valores da cruz

torna o ser ainda mais necessitado

do Cristo crucificado e do amor de Deus

manifestado na crucificação de

Jesus.

9

49

Por isso...

Como Igreja, pastores, teólogos e líderes, na vivência eclesial, no

PENSARPENSAR, SERSER, SENTIRSENTIR e FAZERFAZER igreja local.

Devemos desenvolver cada vez mais a nossa CONSCIÊNCIACONSCIÊNCIA cristã.

50

Devemos permitir a ação EMULGENTE EMULGENTE do Espírito Santo em nossas mentes,

vidas, ministérios e igreja.

Devemos ser OBEDIENTESOBEDIENTES a Jesus Cristo, à sua Palavra e à nossa

Missão.

51

Se desejamos ser relevantes na pregação do evangelho, bem como

verdadeira e autenticamente cristãos evangélicos na sociedade

demonizada e no mundo pós-cristão, eis aí o nosso verdadeiro e grande

desfio.

Que Deus nos ajude.

Amém.

52