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A Política Compensatória para vítimas de tráfico de pessoas, experiência holandesa Clivia Caracciolo 2 1 de junho de 201

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A Política Compensatória para vítimas de tráfico de pessoas,

experiência holandesa

Clivia Caracciolo

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1 de junho de 201

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CBH-ONG brasileira fundada em 1997 para promover a integração cultural

entre brasileiros e holandeses, formada por voluntários-Expansão da missão, devido à demanda dos casos da comunidade,

através do fornecimento de informação, orientação, encaminhamento a profissionais e especialistas e monitoramento dos casos registrados

-Atendimento a casos de natureza jurídica (VIDA LEGAL – não ajuizamos ações), psicossocial (VIDA SAUDÁVEL), gênero, cultura, educação (teses universitárias), migração e reintegração (RETORNO SOB MEDIDA)

-Membro fundador da Plataforma de Organizações Latinas na Holanda (POLH).

-Representante na Holanda da Rede Brasileira na Europa

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CBH e tráfico de pessoasProjeto JOANA

tráfico de pessoas, trabalho forçado e violência doméstica

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Campanhas - Denúncia, identificação, atendimento e monitoramento de casos

envolvendo vítimas brasileiras na Holanda

- Parceria com organizações locais, internacionais e brasileiras, além de colaboração nas ações de investigação e atendimento das autoridades holandesas e brasileiras

- Campanhas de informação e prevenção ao tráfico de pessoas:

• Não volte aos pedaços para o Brasil “ “Brasileira não é souvenir exótico”

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Tráfico de Pessoas na Holanda- Vítimas nacionais e migrantes estrangeiros

- Vítimas nacionais: recrutamento de mão de obra na agricultura, colheita de frutas, flores e vegetais e outros setores principalmente prostituição e através do método LOVERBOYS (exploração de jovens menores de idade e mais recentemente jovens de até 23 anos)

- Vítimas estrangeiras: exploradas nos setores da agricultura, colheita de frutas, vegetais e flores, serviços domésticos, construção civil, HoBaRe e, principalmente, prostituição

- Organizações civis referência: CoMensha e FairWork e agência de mediação Slachtoffer Hulp

- Pena de 8 anos; com agravante, 12 a 15 anos e em caso de morte da vítima 18 anos de prisão

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Compensação para vítimas de tráfico de pessoas na Holanda

- Seguro de vida ou seguro saúde (documentados)- Fundo Nacional de Indenização para crimes violentos

(Schadefonds Geweldmisdrijven) atende vítimas, familiares e testemunhas dentro e fora da Holanda. Célula do Ministério da Justiça

- Confisco de bens do autor do crime após processo judicial

- OIM- NIDOS (menores desacompanhados)

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Fundo Nacional de indenizaçãoMissão:

Pagamento de compensação financeira a vítimas de crimes violentos que sofrem séria lesão física ou psicológica,

reconhecendo assim o dano causado. É uma colaboração para restituir a dignidade abalada.

-Para lesões corporais: cada parte do corpo corresponde a uma quantia máxima

-Para danos mentais e psicológicos: cada caso é um caso

-Pagamento único e se não tiver sido pago compensação de nenhuma outra fonte (à vitima, familiares ou testemunha)

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ONGs indicadas como referência para assistência às vítimas de tráfico de pessoas

- CoMensha/La Strada Internacional: Coordenação nacional de identificação, informação e coleta de dados sobre TP e providencia abrigos às vítimas através da chamada B9 (prevê visto de permanência temporária a VTP e tempo de reflexão). Facilita o trabalho e atuação de outras ONGs e da polícia

- FairWork: fornece informação generalizada e assistência jurídica a migrantes vítimas de exploração trabalhista e/ou sexual e faz lobby para manter o assunto em evidência.

- SHOP: centro de referência, pesquisa e abrigo para a região de Haia. Atende vítimas de exploração sexual e tráfico de pessoas com informação e assistência psicossocial

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CoMensha - 2011-Registrou aumento de 23% nos casos de tráfico de pessoas e potenciais vítimas entre 2010 e 2011: 993 e 1222 respectivamente. Número recorde de pedido para os abrigos e retorno da lista de espera.- Prostituição e agricultura são os setores com mais registro de tráfico de pessoas e abusos trabalhistas-Mais vitimas da Polônia, Hungria e Bulgária na prostituição (mulheres)-Acentuado número de poloneses explorados nos portos (homens)-73% dos casos denunciados vieram da policia holandesa- Parceiros: polícia, redes de acolhimento, redes de assistentes sociais, advogados, NIDOS( agência de custódia para menores asilados)

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La Strada Internacional- Aliança de 8 Ongs européias-Atua na Holanda e no Leste europeu (Polônia, República Checa, Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, Macedônia, Bulgária)-Campanha COMP.ACT – janeiro de 2010 (3 anos) em parceria com a Slavery Internacional e outras 14 organizações européias – em favor do pagamento de indenizações a vítimas de tráfico de pessoas e queda das barreiras que impedem este pagamento

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Problemática e críticas ao fundo de indenização holandês

- Poucas vítimas de TP receberam até agora indenização nestes 25 anos de existência devido a inúmeras barreiras que desestimulam o pedido

- Falta de conhecimento da existência ou falta de vontade de informar aos interessados sobre o fundo de compensação nacional

- Somente há um ano que teve início o confisco de bens do perpetrador para indenizar a sua vítima apesar da medida já estar prevista desde 2000 em legislação europeia

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Recomendações de ONGs na Holanda ao Fundo de Indenizações

- Criação de novos instrumentos para a compensação e simplificação das medidas existentes para facilitar o acesso às indenizações para as VTP-Desenvolver política para ampliar as indenizações a todas as modalidades de VTP-Treinamento para advogados, promotores públicos e juízes para se conscientizarem da possibilidade de indenização- Derrubada de barreiras que interferem nos pedidos de compensação por parte das vítimas-Mais suporte às ONGs que trabalham para a criação de conscientização e acesso ao fundo de indenização-Mais agilidade na avaliação dos pleitos-Manter o tema compensação na agenda política e de organizações internacionais, sindicatos, acadêmicos, comunidade de juristas e diásporas-Divulgação mais intensiva sobre a compensação a VTP

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Vítimas brasileiras

Conclusão da CBH:As vítimas brasileiras não denunciam e muitas vezes não procuram ajuda das autoridades e

ONGs (brasileiras e holandesas) para não se expor e por ter vergonha da situação em que se

encontram. Consequentemente não solicitam indenização do Fundo de Compensação holandês.Caso Brasileiro: assassinato familia xxy + y