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A Política da Sesmaria Sesmaria pedaço de terra devoluta ou abandonada que é tirada de um presumido proprietário para ser entregue a um agricultor ou sesmeiro. No Brasil o direito de conceder este beneficio cabia ao representante do Rei, porém com o estabelecimento das capitanias hereditárias passou para os governantes. Existindo também doação de terra para a igreja.

A Política da Sesmaria

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A Política da Sesmaria

Sesmaria pedaço de terra devoluta ou abandonada que é tirada de um presumido proprietário para ser entregue a um agricultor ou sesmeiro.

No Brasil o direito de conceder este beneficio cabia ao representante do Rei, porém com o estabelecimento das capitanias hereditárias passou para os governantes. Existindo também doação de terra para a igreja.

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Croqui de Fortaleza Ceara

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Planta básica de São Jose de Parnaíba, 1798

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diretrizes

Doação de uma área de sesmaria para um determinado santo, com a conseqüente construção de uma capela e instituição de uma paróquia a seu louvor;

O sesmeiro (concessionário da sesmaria) outorgava à igreja o direito sobre um pedaço de terra;

Nesse sistema (que vigorou até 1850) o sesmeiro pagava o foro para o capitão da capitania, que destinava certa quantia à coroa portuguesa pelo usufruto da terra;

A capelania e seu outorgado (padre ou sacerdote) tinham o direito de repartir a área doada e conceder pedaços de chão quem o solicitasse, iniciando o assentamento urbano;

No geral: o centro era destinado à capela e seu adro, o espaço ao redor se destinava a áreas onde surgiriam o cemitério e o rossio e, caso sobrasse espaço, este era retalhado em pedaços (lotes) àqueles que eram agregados da sesmaria, que pagavam o foro à paróquia;

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Em volta da capela eram construídos o casario e as edificações que compunham uma freguesia, arraial ou vila;

Essa dinâmica das formação das cidades brasileiras foi a força geradora dos nossos primeiros espaços livres públicos: os adros das igrejas;

O adro passa a ser um elo entre a comunidade e a paróquia – o mais importante pólo da vila e o centro da vida sacra e mundana;

Sua estrutura morfológica deu-se a partir da consolidação de edificações em seu entorno;

Posteriormente, todo o tipo de edifícios importantes da cidade passaram a ser implantados nas suas imediações;

Esta forma de distribuição de terra originou um ordenamento espacial com características próprias.

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ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS CIDADES NO BRASIL A expansão das autoridades, novas vilas no

Centro Oeste O historiador da Arquitetura Silvio

Vasconcelos, em seu estudo a origem dos centros Urbanos de Minas Gerais descreve esses primeiros aglomerados de barracos como “ de configuração linear, com elementos dispersos , sem nenhum centro de polarização definido.

Em geral as ruas desses vilarejos eram simplesmente estradas que passavam pela região.

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diretrizes

A povoação era formada por poucas edificações de dimensões variadas,enfileiradas ao longo da única rua do arraial sem preocupação sistemática. Apenas a praça da igreja mostra alguma unidade arquitetural.

Com a descoberta do ouro no interior abriu os olhos dos portugueses para a riqueza potencial do sertão, houve uma tentativa quase imediata de controlar o crescimento urbano.

Os fundadores dessa comunidade deveriam procurar sítios saudáveis , próximos de rios e fonte de água boa, com terreno propicio e próximo as minas de ouro.

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diretrizes

Essa ordem inicial não fez nenhuma referencia ao traçado urbano, o que da a entender que a preocupação primordial nessa região era fixar as pessoas e não criar comunidades ordenadas.

Poucas mineradoras pediam permissão oficial para fundar novos arraiais.

Em todo caso pedir permissão muitas das vezes revelava-se um procedimento democrático e complicado.

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PLANTA BASICA DE SUMIDOURO EM MINAS GERAIS,1732

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Formação das cidades no Brasil Apesar das intenções em contrario da corroa a

maioria das comunidades que foram oficialmente reconhecidas e tituladas como vilas n segunda década do século XVIII, deveram sua origem ao crescimento natural de acampamentos de mineração.

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Formação das cidades no Brasil A responsabilidade pelos melhoramentos urbanos

em Minas gerais era responsabilidade dos governantes, alguns deles conheciam bem as novas normas urbanas.

Desta forma em 1714, aproveitando a oportunidade da destruição de Ouro Preto por um incêndio, a câmara local determinou que no futuro as casas das ruas que dessem na praça principal medidas e alinhadas com o objetivo de criar uma vista de conjunto mais regular na parte central da vila

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Formação das cidades no Brasil Dois anos antes a câmara tinha decretado que

todos que quisessem construir dentro do Perímetro da vila tinham que obter uma permissão previa do governo Municipal , de modo que as novas ruas pudessem ser construídas em alinhamento.

Desta forma a região sul de Minas Gerais começa a assumir um caráter quase Urbano.

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Formação das cidades no Brasil Novas explorações de bandeirantes penetram

para o Oeste em direção a Goiás e Mato Grosso em busca de riquezas minerais.

Em 1727 uma aglomeração de casas simples o titulo de vila portuguesa , sob denominação de Bom Jesus de Cuiabá .

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FIGURA PLANTA BASICA DE CUIABA,1777

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Cuiabá era a única aglomeração urbana da região Oeste,

As ordens de 1736, requeriam a criação de uma comunidade segundo o modelo retilíneo prescrito.

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Depois da década de 1770 foram expedidas ordens para criação de um plano diretor para Vila Boa, para evitar no futuro as irregularidades, uma planta da cidade.

1783, indica que o núcleo central apresentava

uma falta de ordem, novos lotes recém-delineados seguiam um padrão.

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PLANTA BASICA VILA BOA, GOIAIS, 1782

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Planta de Vila Boa mostrando o realinhamento aproximadamente, 1782

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Detalhe de Vila Bela, 1773

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Planta básica de Vila Bela, 1780

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Planta de Mariana, em Minas Gerais, após a reconstrução, 1746-1747

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PRINCIPIO DA CONSTRUÇÃO DE SÃO PAULO E SUL Uma das melhores indicações da reação

entusiástica que a nova política urbana suscitou entre os administradores portuguesa foi sua rápida propagação por todas as regiões da Colônia.

No Sul os primeiros passos com relação a

aplicação dos planos foram dados com o programa de renovação dos centros urbanos existentes.

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PRINCIPIO DA CONSTRUÇÃO DE SÃO PAULO E SUL No ano de 1730 a política portuguesa foi

direcionada para a formação de novas comunidades, com o objetivo de preservar as zonas sulinas dos Espanhóis.

Foi nesse período que a coroa portuguesa financiou um extenso programa de imigração européia, contratando engenheiros para projetar e administrar as colônias subsidiadas.

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PRINCIPIO DA CONSTRUÇÃO DE SÃO PAULO E SUL Uma situação havia ocorrido em São Paulo.

Com a partida de tantos paulistas em demandados campos auríferos, o centro da urbe (promovido a categoria de cidade em 1711), “ havia perdido a noção de espírito coletivo e havia sofrido um grande abandono da vida municipal.

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PRINCIPIO DA CONSTRUÇÃO DE SÃO PAULO E SUL Durante este período um grande terreno

municipal reservado para uso da comunidade e parte do patrimônio da cidade foi parcelado e concedido a particulares.

Esta pratica estava bastante entranhado que ate o capitão mor da cidade tinha tirado partido.

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PRINCIPIO DA CONSTRUÇÃO DE SÃO PAULO E SUL Em 1720, Raphael Pires , ouvidor geral

da capitania de São Paulo, viajou para o sul, visitando as aglomerações urbanas existentes no Estado, com a finalidade de introduzir melhoramentos e reformar essas vilas .

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PRINCIPIO DA CONSTRUÇÃO DE SÃO PAULO E SUL

O regimento de 1747 era um modelo de uniformidade e ordem:

As ruas deveriam ser traçadas com no mínimo 30 pés (1 pé = 30,48 cm; 30 pés = 9,144 m) de largura;

Dever-se-ia demarcar uma praça quadrada de 500 palmos (110m) de lado (aprox. o comp. de um campo de futebol);

O objetivo deveria ser desenhar em grande escala utilizando-se ao máximo o espaço disponível e obter uma perspectiva grandiosa;

As casas deveriam ser construídas em boa ordem, deixando-se entre elas e atrás delas um espaço demarcado suficiente para plantio de pomares-hortas;

Era preciso construir, antes da chegada dos imigrantes, duas ou três dessas casas para servirem de abrigos temporários até o resto da cidade ser edificado;