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A PRÁTICA DOCENTE: O Ensinar e Aprender 1 Cícera Maria Gomes de Albuquerque 2 Fadhia Gonçalves El Souki 3 Resumo: O artigo discute a necessidade do domínio de saberes indispensáveis à prática dos educadores centrando- se, principalmente, nos estudos de Freire (1996)e Garrido (1999). Objetiva-se, abordar as exigências necessárias ao ato de ensinar que se dão na mediação do educador entre os conteúdos e os discentes, que deverão apreendê-los para que, assim, possam dar significados concretos mediatizados pelo mundo, como sujeitos históricos-sociais. O texto focaliza o ensino a partir do saber-fazer docente dentro do contexto escolar, no qual o educador refletindo sobre suas práticas cotidianas, deve buscar os meios necessários para desenvolver um bom trabalho, com estratégias de ensino que possam estar de acordo com as exigências sociais, mas, principalmente que faça sentido aos anseios dos discentes como sujeitos do processo de aprender. INTRODUÇÃO Este artigo é fruto de nossas inquietações, e surgiu a partir da vivência como estagiárias em salas de aulas de pré-escolar e de 1ª à 4ª série, de Escolas Públicas Municipais, na Cidade de Belém, tornando-se foco de reflexão de nossas discussões como alunas do Curso de Pedagogia – Ciência da Educação, na UNAMA. Ele também, refere-se às nossas leituras sobre os saberes que permeiam a prática educativa dos professores no seu locus de trabalho. Pretendemos contribuir para a discussão dos saberes necessários à prática dos educadores, entendendo que estes saberes constituem o cerne da formação e da prática docente, e interferem decisivamente para o sucesso ou fracasso do processo de ensino-aprendizagem na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. A prática do educador Alguns teóricos, entre eles Freitas (2002), enfatizam que as reformas educativas atuais colocam os educadores em confronto com dois desafios: reinventar a escola como local de trabalho e reinventar a si mesmo como pessoas e profissionais da educação. Isto é um indicativo de que os educadores precisam não apenas colocar em questão, o reinventar suas práticas educativas, no sentido de repensar suas atitudes, concepções, métodos e conhecimentos sobre o processo de aprendizagem do discente, como também reinventar suas relações profissionais que começa com a observação de sua postura em relação ao outro. 1 Artigo produzido para publicação na Revista Lato & Sensu, sob orientação do Prof. Dr. Emmanuel Cunha. 2 Aluna graduanda do Curso de Pedagogia – Ciência da Educação e auxiliar de pesquisa do Projeto Conselhos Escolares: Uma Experiência de Democratização de Educação na Amazônia, pela SUPEX/UNAMA. 3 Aluna graduanda do Curso de Pedagogia – Ciência da Educação e monitora da disciplina de Prática Pedagógica II A e B, pela Universidade da Amazônia/UNAMA.

A Prática Docente Infantil

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A PRÁTICA DOCENTE: O Ensinar e Aprender1

Cícera Maria Gomes de Albuquerque2

Fadhia Gonçalves El Souki3

Resumo: O artigo discute a necessidade do domínio de saberes indispensáveis à prática dos educadores centrando-se, principalmente, nos estudos de Freire (1996)e Garrido (1999). Objetiva-se, abordar as exigências necessárias aoato de ensinar que se dão na mediação do educador entre os conteúdos e os discentes, que deverão apreendê-los paraque, assim, possam dar significados concretos mediatizados pelo mundo, como sujeitos históricos-sociais. O textofocaliza o ensino a partir do saber-fazer docente dentro do contexto escolar, no qual o educador refletindo sobre suaspráticas cotidianas, deve buscar os meios necessários para desenvolver um bom trabalho, com estratégias de ensinoque possam estar de acordo com as exigências sociais, mas, principalmente que faça sentido aos anseios dosdiscentes como sujeitos do processo de aprender.

INTRODUÇÃO

Este artigo é fruto de nossas inquietações, e surgiu a partir da vivência como estagiárias

em salas de aulas de pré-escolar e de 1ª à 4ª série, de Escolas Públicas Municipais, na Cidade de

Belém, tornando-se foco de reflexão de nossas discussões como alunas do Curso de Pedagogia –

Ciência da Educação, na UNAMA. Ele também, refere-se às nossas leituras sobre os saberes que

permeiam a prática educativa dos professores no seu locus de trabalho. Pretendemos contribuir

para a discussão dos saberes necessários à prática dos educadores, entendendo que estes saberes

constituem o cerne da formação e da prática docente, e interferem decisivamente para o sucesso

ou fracasso do processo de ensino-aprendizagem na educação infantil e nas séries iniciais do

ensino fundamental.

A prática do educador

Alguns teóricos, entre eles Freitas (2002), enfatizam que as reformas educativas atuais

colocam os educadores em confronto com dois desafios: reinventar a escola como local de

trabalho e reinventar a si mesmo como pessoas e profissionais da educação. Isto é um indicativo

de que os educadores precisam não apenas colocar em questão, o reinventar suas práticas

educativas, no sentido de repensar suas atitudes, concepções, métodos e conhecimentos sobre o

processo de aprendizagem do discente, como também reinventar suas relações profissionais que

começa com a observação de sua postura em relação ao outro.

1 Artigo produzido para publicação na Revista Lato & Sensu, sob orientação do Prof. Dr. Emmanuel Cunha.2 Aluna graduanda do Curso de Pedagogia – Ciência da Educação e auxiliar de pesquisa do Projeto ConselhosEscolares: Uma Experiência de Democratização de Educação na Amazônia, pela SUPEX/UNAMA.3 Aluna graduanda do Curso de Pedagogia – Ciência da Educação e monitora da disciplina de Prática Pedagógica IIA e B, pela Universidade da Amazônia/UNAMA.

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Neste contexto, a escola é o espaço social que tem como função específica possibilitar

ao aluno a apropriação de conhecimentos científicos, filosóficos, matemáticos dentre outros,

sistematizados ao longo da história da humanidade, bem como propiciar e estimular o

desenvolvimento de habilidades e competências à produção de um novo saber, que possam

ajudá-lo a compreender as relações, como requisito do seu processo de formação, e que

perpassam as entrelinhas das injustiças sociais, tão presentes em nossa sociedade.

Por isso, faz-se necessário conhecer os problemas que envolvem a prática educativa dos

professores na atualidade, com a intenção de superá-los, pois a escola só torna-se democrática,

na medida em que colabora com uma formação crítica e consciente, voltada para a transformação

social.

A esse respeito, Seber (2000) e Rego (2000) mostram a concepção de teóricos como

Piaget e Vygostky, respectivamente, par quem o conhecimento de modo geral, acontece na

interação constante entre o aluno e o objeto a ser conhecido, tendo o educador como um

mediador desse processo. Neste sentido, o educador precisa contextualizar a sua prática docente,

considerando o aluno como um sujeito integral e concreto, historicamente situado, isto é, um

indivíduo que possui a partir da sua história de vida, um capital cultural (sua bagagem cultural)

construído na interação com o meio em que está inserido, tendo uma identidade que além de

individual, é também coletiva e que o liga a sua classe social de origem.

Sendo assim, é essencial que o educador busque na sua formação permanente,

compreender os princípios e saberes que são necessários à prática educativa. Segundo Garrido

(1999) os educadores devem se apropriar desses princípios, que se dão na medida em que amplia

a consciência de uma práxis transformadora, que deve vir subsidiada pela ética profissional e

pela autonomia sobre o seu saber-fazer, tais princípios se referem ao tipo de identidade

profissional∗ que o educador vai construindo ao longo da sua trajetória de vida.

Quando trata da questão dos saberes necessários à prática educativa, Garrido (1999)

enfatiza três deles: que se referem aos conhecimentos específicos que os educadores

oportunizam aos discentes, proporcionando a estes o desenvolvimento humano e cidadão; os

saberes pedagógicos que são os conhecimentos que os educadores encontram para desenvolver o

processo de ensino nos mais diversificados contextos da ação docente e, por último, os saberes

∗ O termo identidade profissional citado por Garrido (1999) representa algo que está, intrinsecamente, ligada àprática produtiva da essência do homem, como profissional e sujeito historicamente situado nos diversos contexto daformação/ação, considerando contudo, as trocas de experiências, conhecimentos e saberes advindos da subjetividadede cada um.

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da experiência que dizem respeito ao conjunto de conhecimentos e situações que o educador

acumulou durante sua vida. Sobre estes saberes, pode-se dizer ainda que eles resultam dos

encontros e desencontros com as teorias e práticas suas e de outros, de suas indagações sobre a

profissão que exercem e lhes permitem o construírem-se como educadores.

Dessa forma, entende-se que os educadores, desde o princípio da vida acadêmica devem

se assumir, também, como sujeitos inerentes à produção do saber, e assim, definir sobre suas

práticas que o ensinar, segundo Freire (1996:26) “não é transferir conhecimento, mas criar as

possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. Isto indica que não cabe ao educador

transmitir conteúdos acabados, mas sim, oportunizar ao discente que este possa construir e,

também, se apropriar de instrumentos necessários para se situar no mundo como sujeito plural

dotado de valores e crenças. Neste sentido, compete ao educador apontar caminhos aos

discentes, e a estes cabe, como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem, expandir os

conhecimentos necessários a sua formação tanto pessoal como profissional.

Freire (1996:25) também assinala que “não há docência sem discência...”, pois “...quem

ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. É essa interação dialética

professor-aluno, aluno-professor que torna a prática pedagógica um desafio maior e muito mais

prazeroso, na qual se passa a estabelecer vínculos de amizade e respeito muito favoráveis ao

processo ensino-aprendizagem.

A prática educacional deve despertar os alunos e direcioná-los para caminhos mais

solidários, considerando suas relações em convívio com a sociedade, uma vez que esta é injusta

na distribuição desigual dos benefícios sociais. É uma exigência atual que o aluno compreenda o

mundo em que vive e se proponha, como cidadão, a mudá-lo na busca de condições de vida

plena para todos.

Por isso, nas relações sociais atuais que permeiam a escola, não se concebe mais a

transmissão-assimilação de verdades acabadas, que forma sujeitos individualistas e alienados, a

serviço da hegemonia dominante que predomina sobre a estrutura social que ai se apresenta.

Portanto, o modelo tecnicista não serve mais à sociedade contemporânea, visto que os propósitos

de ensinar exigem a convicção de que a mudança é possível. Sobre este aspecto, Freire (1996:87)

assinala que:é preciso porém, que tenhamos na resistência que nos preserva vivos, na compreensãodo futuro como problema e na vocação para ser mais como expressão da naturezahumana de estar sendo, fundamentos para a nossa rebeldia e não para a nossa resignaçãoem face das ofensas que nos destroem o ser. Não é na resignação mas na rebeldia emface das injustiças que nos afirmamos.

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A mudança é algo necessário para a prática educativa, de modo que possa levar o

educador a se conscientizar de que ela é condição sine qua non para reformular as práticas

educacionais existentes, visando uma melhoria na qualidade da educação como totalidade. Isto

indica que a mudança não vem apenas para superar a ineficiência do ensino, mas também serve

para transformar e construir outros caminhos e saberes indispensáveis à ação do educador

consciente e crítico sobre o seu saber-fazer educativo.

A proporção extraordinária com que as práticas docentes vêm repercutindo no campo

das discussões acadêmicas e educacionais, é uma questão abrangente, e à medida em que vem

sendo esclarecida, ela toma uma dimensão mais humana, fazendo com que haja uma

aproximação entre a escola e a sociedade.

Exigências para o ensino

Os aspectos fundamentais para uma prática educativa de sucesso que resulte num

processo eficaz da aprendizagem na educação infantil e em séries iniciais do ensino fundamental,

bem como, para a educação em geral, devem ser ressaltados, para que este sucesso reflita no

processo de aprendizagem discente e para que se ampliem as discussões, a fim de conscientizar

os educadores, articuladores das políticas educativas e demais interessados sobre a importância

do saber ensinar dentro do contexto escolar.

Por isso, procuramos identificar, sob o olhar dos autores mencionados e em função de

nossas observações em campo de estágio que, de fato, não dá para o educador passar

despercebido às exigências necessárias ao ato de saber ensinar, que se dá na mediação desse

educador com os conteúdos e os discentes, que deverão apreendê-los para que, assim, possam

dar significados concretos mediatizados pelo mundo, como sujeitos históricos-sociais. É a prática

educativa bem sucedida do professor que conduz o aluno, direcionando-o pela trajetória de um

processo, no qual construirá seus conhecimentos com base na sua reestruturação psico-cognitiva

e social.

Dessa forma, o ato de ensinar requer o exercício constante da reflexão crítica sobre as

práticas cotidianas docentes, de forma que também é preciso que se esteja inserido no processo

de formação, a fim de aprimorar os conhecimentos, buscar novos saberes, apreender novas

estratégias de ensino e os mecanismos** de reflexão. Assim sendo, uma prática docente crítica,

** Tais mecanismos apresentados por Perrenoud (2001), favorecem a tomada de consciência pelo próprio educador esão estreitamente complementares entre si.

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desempenha um movimento dinâmico e dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Silva

(1991:54) em suas reflexões questiona e afirma:agora pergunto: quantos são os professores brasileiros que ao iniciarem no

magistério, efetivamente sabem o que e como ensinar? Quantos são corretamentepreparados para analisar as conseqüências de suas opções e do seu trabalho em umaescola? Quantos têm uma vivência com crianças reais, historicamente situadas? Eu diriaque poucos, muito poucos... devido ao caráter excessivamente teórico e livresco dosnossos cursos de preparação e formação de professores.

Concebe-se assim, que temos uma formação teórica para educadores descontextualizada

do que se vive na prática educativa, a qual não oportuniza ao docente desenvolver condições

satisfatórias para que o processo ensino e aprendizagem dos discentes, tenha maiores

probabilidades de sucesso. Dessa forma, o educador precisa, segundo Freire (1996), se esforçar

para conseguir se adaptar às divergências encontradas no seu locus de atuação, uma vez que a

sua formação não lhe oportunizou uma teoria subsidiada pela prática docente.

Sendo assim, ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de

discriminação. Ensinar exige que caia por terra qualquer resquício do velho ditado popular “faça

o que eu digo mas não faça o que eu faço”, pois aquilo que o professor ensina na sala de aula,

que ele seja o primeiro a dar o exemplo.

Segundo Freire (1996) ensinar exige criticidade e ética, pesquisa, humildade, tolerância,

segurança do que se fala, competência profissional, generosidade e compreender que a educação

é uma forma de intervenção no mundo, liberdade de autoridade, querer bem aos educandos e

disponibilidade para o diálogo. Mas, antes de tudo, ensinar exige dos educadores saber escutar.

Para ensinar é necessário um envolvimento maior com a prática pedagógica, que deve ir

muito além do que ensinar o que os sistemas de ensino estabelecem nas grades curriculares.

Porém, acima de tudo, o educador deve ensinar o que os alunos precisam saber, enquanto

sujeitos situados em um determinado momento histórico, buscando assim, despertar neles a

consciência política e cidadã.

Ser professor é mais do que ensinar fórmulas e técnicas, é também educar, formar. A

esse respeito, Nóvoa (1992:24) diz que “não devemos confundir formar e forma-se”. Formar

significa gente pensante, com senso crítico aguçado capaz de perceber e combater as injustiças,

que lute por seus direitos e tenha consciência social para argumenta criticamente com a elite que

hoje esta no poder.

O professor deve, sem dúvida, ter apreciação e afeto por seus alunos, sem esquecer que

é educador. É preciso haver um entrosamento entre o ser profissional e o sentido de

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responsabilidade de cada educador para com a profissão que exerce, respeitando sempre os

saberes que os discentes trazem como algo próprio da sua realidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prática de ensinar deve ser subsidiada pela reflexão-ação-reflexão, a fim de que o

educador possa reinventá-la, tendo como sujeito principal o discente e seus interesses, bem

como, ter em vista a realidade na qual atua, de modo a adequar suas prática e seus saberes

conforme este contexto. Desta forma, este educador estará dando condições para que o discente

possa construir conhecimentos, a partir do processo de ensino-aprendizagem, e que tais

conhecimentos façam sentido à vida prática deste, podendo assim, intervir como cidadão na

sociedade que ai se apresenta.

Assim, cabe aos educadores um papel fundamental à vida em sociedade, mas

principalmente, no que se refere ao discente para e/ou com os quais atuamos, como profissionais

integrantes de um processo sistêmico de educação. A partir deste ponto de vista, o discente é

alvo prioritário, uma vez que compete a cada educador buscar a compreensão e a consciência do

cidadão que se quer formar para a sociedade contemporânea.

Portanto, os saberes necessários à prática docente são indispensáveis à vida do

educador, de forma que este possa desempenhar um trabalho, a partir de uma práxis educativa

comprometida com o saber-fazer docente. E esta práxis requer o exercício diário sobre a ação

docente no locus em que atua, levando-o a trilhar por caminhos que visualizem o ensino como

um trabalho coletivo e integrado à vida da escola.

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