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REPORT A REVISTA PARA OS VOITHTIANOS #1 | 2013 INSIGHT TRENS URBANOS PARA A AMÉRICA NO LOCAL BATERIAS PARA A MUDANÇA ENERGÉTICA MARCOS INOVAÇÃO PARA A FABRICAÇÃO DE CELULOSE FOCO RETROSPECTIVA 2012 A QUALIDADE TRIUNFA

A QUALIDADe tRIUNFA - Voith1).pdf6 | report 1/2013 rUBrIK heidenheim Quatro estagiários da Voith em Heidenheim ocuparam os quatro primeiros lugares na competição na-cional (Alemanha)

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RepoRtA REVISTA PARA OS VOITHTIANOS

#1 | 2013

InsIght

TRENS URBANOS PARA A AMÉRICAno LocaL

BATERIAS PARA A MUDANÇA ENERGÉTICAMaRcos

INOVAÇÃO PARA A FABRICAÇÃO DE CELULOSE

Foco RetRospectIva 2012

A QUALIDADe tRIUNFA

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RubRik

EXPEDIENTE

Editor:Voith GmbHComunicação CorporativaSt. pöltener Straße 4389522 Heidenheim, Alemanhawww.voith.com

Responsável:Lars A. rosumek

Redação:Markus Woehl, Gudrun Köpf

Contato com a redação:telefone: +49 73 21 37-69 96Fax: +49 73 21 37-71 07e-Mail: [email protected]

Em colaboração com:Facts & Figures GmbH, uma empresaGruner + Jahr AG & Co KG

Impressão: Leograf Gráfica e editora Ltda.

Referências de fotografias: Dawin Meckel: título, p. 3, p. 4, p. 5, p. 10, p. 17, p. 19, p. 20, p. 29, p. 37, p. 40; Stefanie Aumiller: p. 4, p. 6, p. 43; AeS tietê: p. 4, p. 12-13; Cishoren: S.4, p. 48-49; Getty Images/Stock4B Creative: p. 5, p. 30–31; Zainal Abd Halim/reuters: p. 8; Julian röder: p. 14, p. 26–28, p. 32–33; Wegner: p. 15; Foto VWt: p. 16; Jan Michael Hosan: p. 18; Germany and India 2011–2012: Infinite opportunities: p. 23; action press: p. 32; Andreas pohlmann: p. 33; rüdiger Nehmzow: p. 34–35, p. 46; Langrock/Zenit/laif: p. 36; Jörg Sikorski: p. 39; Christian Wesser: p. 47; pascal SIttLer/reA/laif: p. 49; mauritius images/ib: p. 49; Julien Chatelin/laif: p. 49; Voith: demais materiais fotográficos

Copyright:Cópias ou reprodução de artigos e imagens somente após prévia aprovação por parte da Voith GmbH.

Papel:o papel reciclado respecta Silk 60 foi fabricado de acordo com o pa-drão internacional FSC®. A celulose foi fabricada a partir de florestas certificadas contingenciadas, ou seja, tratadas com responsabilidade.Dessa forma, asseguramos que, na produção de papel, a diversidade das espécies e os procedimentos ecológicos da floresta sejam conserva-dos. o papel foi produzido em uma máquina de papel Voith.

A Voith report é impressa nos idiomas alemão, inglês, português e chinês.

Mais de 400 voithianos estiveram envolvidos na parada de uma refinaria em Gelsenkirchen, incluindo-se planejamento, desmontagem e montagem, reforma e instalação de tubulações. Na imagem, os encarregados Torsten Heller e Bernhard Paul Steinkamp (supervisores de tubulação, da esquerda para a direita). Veja as páginas 16/17.

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EDIToRIal

QUERIDOS VOITHTIANOS,

Geralmente, o mês de fevereiro tem fama de ser um mês cin-zento. Nossa intenção, é dar-lhe uma nova luz: a primeira edi-ção da Voith report neste novo ano. Nesta edição, repas- saremos novamente todos os eventos mais importantes do ano passado. esse ano apresentou muitos desafios para nos-sa empresa, que, apesar do ambiente difícil, teve um bom desempenho e demonstrou, mais uma vez, a sua capacita-ção para o futuro.

Muitos dos artigos nesta report também abordam o mundo de amanhã. Saiba como o Ceo

Dr. Hubert Lienhard vê 2013, na página 10, e quais os planos do novo presidente da diretoria da Voith turbo, Cars-ten J. reinhardt, para esse segmento, em sua entrevista na página 29. A partir da página 26, você poderá ler como os trens urbanos com tecnologia Voith, se tornam cada vez mais importantes no tráfego em grandes cidades americanas. Acompanhe uma viagem para a América do Sul onde, na costa brasileira no oceano Atlântico, a extração offshore de petróleo alcançou novas dimensões com a ajuda da Voith (página 38).

ou então, siga-nos para Chemnitz, onde os engenheiros da Voith engineering Services desenvolvem, em função de contratos com clientes de todas as partes do mundo, os con-ceitos de mobilidade para trilhos e estradas, bem como pla-nejam fábricas inteiras.

esperamos que tenha uma leitura estimulante. Desejamos, ainda, saúde e felicidade para 2013, – e que continuemos a ser uma empresa bem-sucedida e viva.

Atenciosamente,

Lars A. rosumekSenior Vice president Corporate Communications

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RubRik

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FOCO

A QUALIDADE TRIUNFA10 DR. HUbERT LIENHARD

Mensagem aos colaboradores.

12 RETROSPECTIVA 2012Mundial partimos do primeiro Voith-Wassertrecker, no Japão, passando pela Group Conference sobre o futuro do grupo, para chegar aos novos Centros de treinamento, em Heidenheim e na China. A Voith vivenciou vários pontos altos em 2012 – ainda que o ano passado não tenha sido apenas de boas notícias.

24 bOM DESEMPENHO EM UM AMbIENTE CONTURbADOMundial o ano passado não foi fácil para a Voith. embora os principais indicadores tenham sido positivos, eles foram inferiores aos do ano anterior.

ÍNDICE

02 EXPEdiEnTE

03 EdiTORial

06 nOTaS

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rubrik

inSighT

26 PRÓXIMA ESTAÇÃO: FUTUROEua trens urbanos compõem o sistema de tráfego do momento.

29 AINDA HÁ MUITO POR FAZERhEidEnhEiM entrevista com Carsten reinhardt, Ceo da Voith turbo.

30 EMbALAGENS PARA O MUNDO INTEIROMundial os papéis para embalagem estão em alta, desde o papelão ondulado até o papel cartão.

33 A MISTURA CERTAMundial A Voith lançou o programa “Diversida-de e Inclusão”.

nO lOCal

34 SEMPRE ALGO NA RESERVAMundial Usinas rever-síveis viabilizam uma revolução energética.

37 O CLÃ DOS ENGENHEIROSBRaSil A nova série “especialistas na Voith” retrata thomas Scherb de São paulo.

38 ALTA TECNOLOGIA PARA A bUSCA DE TESOUROS BRaSil extração depetróleo no Atlântico: dispendiosa, mas rentável.

40 DE MÃOS DADAS COM O SUCESSOhungRia o modelo de mentoria da Voith está ajudando no desenvol-vimento de novas unidades.

MaRCOS

42 QUANTO MAIS DIFÍCIL, MELHORChEMniTZ Voith engineering Services desenvolve tudo o que roda nas estradas ou sobre os trilhos.

44 NA DIANTEIRASalZgiTTER A nova máscara frontal Galea estabelece padrões de segurança, leveza e flexibilidade.

45 PENSAMENTO INOVADORBRaSil Uma nova ins-talação revoluciona a fabricação de celulo-se – desenvolvida por engenheiros Voith.

PanORaMa

46 DINHEIRO PARA O bEMhEidEnhEiM A Funda-ção Hanns Voith come-mora o seu aniversário de 60 anos.

47 SOMENTE VENCE-DORES NO TOPOgRÃ-BRETanha Quatro Voithianos, quatro mon-tanhas, um objetivo: ser rápido.

47 O NÚMERO ONZE VIVE!hEidEnhEiM Cinco es-tagiários da Voith res-tauraram dois propulso-res Voith Schneider com mais de dez anos de fabricação.

48 PÉROLA DO SULÍndia o colaborador da Voith, tVVS prasad, leva os leitores à sua ci-dade natal, Hyderabad.

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3037

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RubRik

heidenheim Quatro estagiários da Voith em Heidenheim ocuparam os quatro primeiros lugares na competição na-cional (Alemanha) de habilidades de desenho técnico 2012. A medalha de ouro foi para Mathias Ludyga,19 anos, dese-nhista técnico que está no terceiro ano de estágio. A prata foi para Christina Muraschkin, 21 anos. Julia Grossmann, 18 anos, ganhou o bronze, seguida de perto por Julia riek,18 anos, em quarto lugar. “eu realmente não esperava o primeiro lugar, foi uma grande alegria”, diz Mathias Ludy-ga. Acompanhado de suas colegas e de seu instrutor eu-gen Brenner, ele viajou em novembro para a cidade de Sul-zbach, na região de Saarland, onde foi realizada a competição de três dias. Havia uma tarefa por dia a ser executada – “A princípio, estávamos um pouco nervosos”, diz Julia riek amiga de Mathias Ludyga, “mas o nervosismo passou rapidamente.” Não houve muito tempo para cuida-dos pessoais ou medo do palco. os jovens talentos foram diariamente ocupados com suas tarefas – levando em torno de seis horas –, altamente concentrados sob os olhos do júri e da Câmara de Comércio. Algo que não poderia ser

Estagiários vEncEdorEs

diferente: “o nível estava muito acima do que nos exames finais”, disse eugen Brenner. Durante a competição, ele teve a ajuda do seu anjo da guarda e ficou impressionado com a forma sistemática com que os estagiários lidaram com suas tarefas.

No início de julho, o medalhista de ouro Mathias Ludy-ga irá representar a Alemanha no Campeonato Mundial técnico, em Leipzig. Suas colegas da Voith Christina Muras-chkin, Julia Grossmann e Julia riek irão acompanhá-lo.

Isto significa que Ludyga vai seguir os passos de seu instrutor, eugen Brenner, que também participou do Cam-peonato Mundial técnico. em Atlanta (eUA), em 1981, ele ganhou a medalha de ouro na construção em aço. Mesmo naquela época, ele tinha uma característica que agora está passando para os jovens: a capacidade de trabalhar de for-ma focada e orientada para objectivos, desde o início. “De-dique-se inteiramente e não relaxe até cruzar a linha de chegada! “, este é também o conselho que ele deu a seus aprendizes durante a preparação para a competição de 2012. e eles certamente o ouviram. //

A equipe que obteve sucesso na competição de desenhistas técnicos: instrutor eugen Brenner com os estagiários mathias Ludyga, Julia Riek, Christina muraschkin e Julia Grossmann (da esquerda para a direita).

nOTAS

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nOTizen

mUndiAL A Voith Industrial Services ampliou seu portfólio com um novo serviço: a on-Site Machining (“usinagem local”) para clientes dos setores de processa-mento de petróleo e gás, petroquímico, químico e de energia. A empresa agora oferece um serviço 24 horas para execução “in loco”, fazendo reparos de com-ponentes com defeito, como eixos ou flanges danificados, sem a necessidade de remover e transportar as peças quebradas até uma oficina, o que reduz perda e otimiza a utilização dos equipamentos, poupando tempo e dinheiro ao cliente.

Isso é possível graças às máquinas-ferramentas móveis e modulares que realizam fresagem, torneamento, trituração e perfuração. Com elas, eixos ou flan-ges de bombas, compressores, ventiladores e turbinas podem ser trabalhados diretamente no site do cliente. pode-se, por exemplo, corrigir desbalanceamento decorrente de desgaste. As máquinas da Voith Industrial Services são muito flexí-veis, adaptando-se a equipamentos de vários tamanhos e tipos. A máquina é montada em torno da peça que deverá ser processada. este processo é ainda mais vantajoso para bombas de médio porte, trocadores de calor e reatores. //

eUA Juntas, elas somam 162 anos de experiência em atendimento ao cliente. e agora elas também ope-ram juntas nos eUA: a peak Hydro Services e a divisão de After Market da Voith Hydro foram incorporadas, e passarão a usar o nome de Voith Hydro Services. Se por um lado o nome da empresa é novo, perma-nece a diretriz de continuar prestan-do todos os serviços possíveis e imagináveis ao cliente do setor de energia hidrelétrica. A Voith Hydro Services repara e faz a manutenção de turbinas, geradores e bombas, além de seus componentes e siste-mas completos, substitui compo-nentes antigos, está sempre a pos-tos para atender emergências e sua equipe de especialistas analisa fa-lhas e encontra soluções rapida-mente. e a extensão do país não é problema: a Voith Hydro Services está sediada em Chattanooga, ten-nessee, e conta com outros escritó-rios pelo país, como Springfield, oregon, e York, pensilvânia. o obje-tivo é estar sempre próximo dos clientes. //

dia E noitE

Uma só fontE

Grande demais para a oficina? não há problema! Os especialistas da Voith fazem consertos no local.

nAnTeS Lola ainda não tem dois anos de idade, mas já viajou muito. todos os dias, ela viaja entre as cidades de Le pellerin e Couëron, atravessa o rio Loire, sempre com muitos passageiros a bordo. estamos falando de Lola, a balsa. Uma balsa de duas pontas, para ser exato. Seu nome ilustre, em homenagem ao filme “Lola, a menina do porto”, de Jacques Demy, foi dado na cerimônia de lançamento, em maio de 2011. e, da Voith, ela também recebeu dois Voith Schneider propeller (VSp), que garantem que as manobras de atracação e desatracação na margem do rio ocorram da forma mais suave possível.

No total, a Voith entregou cinco hélices VSps ao Conselho Geral de Loire-Atlantique, que é o operador de serviço de balsa sobre o rio; cada uma delas foi projetada para atingir 470 Kilowatts e uma velocidade de 8,5 nós (cerca de 16 km/h). Duas hélices VSps foram destinadas à embarcação irmã de Lola, ainda sem nome, que está em construção no estaleiro e deverá entrar em fun-cionamento no primeiro semestre deste ano. A quinta hélice VSp permanece disponível como reserva. //

sEgUro até lá

Lola em ação: a balsa Loire utiliza dois Voith Schneider Propeller para cruzar, e fazer manobras de atracação.

nOTAS

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nOTAS

eUROPA Acende-se uma luz para a oMV: nos próximos anos, a companhia petrolífera austríaca deverá substituir a iluminação nos postos de venda de combustível de toda a europa pelo eficiente sistema de energia LeD. o con-ceito de iluminação e o desenvolvimento de produtos foram feitos pela DIW, uma empresa subsidiária da Voith Industrial Services.

Nas filiais da oMV, os pontos de luz permanecerão no teto, sendo subs-tituídos por lâmpadas LeD de longa duração. Além da eficácia do LeD, a oMV também desenvolveu um mecanismo que diminui a demanda de ener-gia para iluminação em até 30%. Como os LeDs não esquentam tanto quan-to as lâmpadas tradicionais, os climatizadores nos postos de venda de com-bustível trabalharão menos. e, apesar de seu menor consumo de energia, a forte iluminação ajuda a realçar a mercadoria nos suportes giratórios conce-bidos pela DIW. //

mUndiAL em 2012, a Voith recebeu prêmios em diversos países. entre ou-tros, a companhia ferroviária alemã (Deutsche Bahn) indicou a Voith para “Fornecedor do Ano 2012” na catego-ria “Carros”. os Serviços Industriais do Grupo conquistaram três prêmios: pelo excelente desempenho na área de segurança, no ano passado, o cliente exxonMobil production Deuts-chland concedeu o prêmio “Safety Award 2011”. Nos estados Unidos, os funcionários da Voith que trabalham na Honda, em Marysville, pela segun-da vez tiveram a honra de receber o título de “Fornecedor do Ano”; em 2012, apenas seis dos 4.500 presta-dores de serviços do Grupo recebe-ram esse prestigioso prêmio. por fim, por seu trabalho com diversas monta-doras de automóveis no país, a Voith ganhou, na Índia, o “prêmio de Lide-rança de produção” na categoria “es-tratégia e Gestão da produção”. //

sUbstitUição obviaPosição dE Pódio

Os novos sistemas de iluminação Led iluminam as lojas de postos de combustíveis da OmV.

no caminHo cErto, com cErtEZaheidenheim o número de acidentes na Voith alcançou uma nova baixa histórica: em um milhão de horas trabalhadas no ano fiscal de 2011/12, no grupo inteiro ocorreram apenas 2,8 acidentes em que um empregado feriu-se tão gravemen-te que, consequentemente, não pode trabalhar por pelo me-nos um dia. No ano fiscal de 2010/11, o número foi de 4,7. A comparação de longo prazo dos números absolutos mos-tra a tendência positiva ainda mais acentuada: em 2006/07 houve 1352 acidentes de trabalho em comparação com apenas 208 em 2011/12. A causa da melhoria é, principal-mente, uma campanha realizada em toda a empresa e que envolveu diversos treinamentos e auditorias. “estou muito orgulhoso de que tenhamos feito progressos nesta área”, diz Hubert Lienhard, Ceo do Grupo. Com isso, a Voith alcançou de forma significativa o objetivo, adotado cinco anos atrás, de ter a ocorrência de menos de cinco acidentes por milhão de horas de trabalho. os gestores do grupo agora querem reduzir esse número, no médio prazo, para menos de dois acidentes. As empresas que atingem esta meta são, em ter-mos de segurança, as melhores empresas do mundo. //

Acidentes de trabalho por 1 milhão de horas trabalhadas

22,8

19,4

13,9

6,74,7

2,8

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12

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nOTAS

Hubert Lienhard, presidente do Con-selho Diretor da Voith GmbH, partici-pou da solenidade no Schwäbisch Gmünd Congress Centrum. para ele, deve ter sido uma grande satisfação perceber que os homenageados abrangem todas as profissões ensina-das na Voith Heidenheim: desenhistas técnicos, técnicos em eletrônica, me-cânicos industriais, técnicos em me-catrônica, mecânicos de projeto e me-cânicos de usinagem, compradores industriais e compradores para comu-nicação de escritórios.

e não apenas na região sudoeste os jovens talentos da Voith comemo-raram vitórias: em 2012, em Krefeld,

heidenheim No último outubro, na homenagem anual da Câmara de Co-mércio e Indústria (IHK) de ostwürt-temberg aos melhores estagiários que se formaram, a Voith Heidenheim teve a satisfação de ver agraciados 26 de seus estagiários. em 2012, 63 estagi-ários da Voith em Heidenheim conclu-íram a graduação. onze obtiveram nota média de 2,5 ou mais e foram condecorados pela IHK; quinze obti-veram no mínimo 1,4 e receberam um prêmio. Isso significa que, 41% dos candidatos da Voith foram premiados. os estagiários da Voith conquistaram 16% de todos os prêmios na área co-berta pela Câmara, um feito inédito.

JovEm talEnto é PrEmiado

23 estagiários concluíram seus estu-dos conseguindo resultados muito bons. Ao contrário de Baden-Würt-temberg, em Norte-Vestfália, os aprendizes não receberam prêmios ou elogios, mas o resultado final fala por si. A pontuação máxima de uma pós-

-graduação é 100. Sete dos estagiá-rios da Voith em Krefeld obtiveram mais de 92 pontos, o equivalente a um premio Baden-Württemberg. ou-tros sete conseguiram de 87 a 92 pontos, o que proporcionaria, na re-gião sudoeste, o recebimento de uma comenda. //

dr. hubert Lienhard com os estagiários que foram homenageados pela Câmara de Comércio.

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FOCO

A primeira edição da nossa “revista para funcionários da Voith”, ainda no início de 2013, está sendo apresentada. eu espero que vocês todos tenham iniciado o ano com saúde e uma grande quantidade de energia.

os últimos 12 meses, pelo que me lembro, se passa-ram com uma velocidade incrível para nós. Não pelo fato de 2012 ter sido um ano muito agitado e difícil para nossa em-presa e para todos os colaboradores da Voith. As interfe-rências do ambiente externo não foram fáceis, pois tivemos de lidar com muitos desafios. principalmente por causa da menor demanda da indústria papeleira, o Grupo teve, no ano passado, um movimento lateral. os pedidos diminuí-ram em comparação ao movimentado ano anterior, e o

Caros Colaboradores e Colaboradoras,

faturamento aumentou apenas ligeiramente. os resultados apresentados têm diminuído, principalmente devido ao cus-to do programa de reestruturação da Voith paper.

os resultados globais do último ano fiscal podem e de-vem nos decepcionar, mas quero enfatizar um ponto: todos os colaboradores da Voith posicionaram-se corretamente em um ambiente muito difícil para a empresa. Nós produzi-mos, apesar dos muitos desafios, um dos melhores resulta-dos operacionais da história da Voith. eu sei que, sem o seu empenho pessoal, sua grande lealdade e sua diligência, isso não teria sido possível. por isso, gostaria hoje de agra-decer pessoalmente, em nome do Conselho Diretor, a to-dos os colaboradores da Voith.

report 1/2013 | 11

FOCO

Como será o ano de 2013? É certo que a crise financeira e dívidas do euro, bem como a mudança estrutural funda-mental no mercado de ações, vão continuar nos ocupando em 2013. Ninguém pode dizer com certeza como a econo-mia global se desenvolverá ao longo dos próximos meses. No entanto, atualmente, não vejo sinais de cenários de cri-ses extremas, como um colapso do euro ou uma recessão global. por outro lado, no entanto, distingue-se o fato de que o grande impulso para o crescimento não virá de nos-sos mercados, mas continuaremos a ter de lidar com uma dinâmica bastante restrita.

É nesse contexto que fizemos nossos planos para 2013. partimos do pressuposto de que este ano também não será fácil para a Voith. Não prevemos um forte cresci-mento para o grupo em 2013, mas um desempenho está-vel. A situação continuará tensa, em particular para a Voith paper. As mudanças fundamentais no mercado de papel e a consequente recessão na indústria papeleira continuarão ser de grande perocupação para nós em 2013.

Nosso amplo portfólio, que atende muitos mercados e indústrias, ajudará nesta situação. podemos dizer que, para todo o Grupo Voith, será uma das nossas principais tarefas utilizar o melhor ritmo de crescimento existente. Há muitas lacunas nos países em que atuamos que podemos preencher, um potencial que deverá ser esgotado em 2013. Nosso objetivo deve ser o de melhorar nossos resultados e estabelecer um desenvolvimento sustentável para a Voith. Uma tarefa importante, neste caso, será a de tornar nossos processos ainda mais enxutos, mais simples e mais eficien-tes – desde a fabricação até a administração. por essa ra-zão, lançaremos o opex, um programa que futuramente será implentado em toda a empresa, com a mesma aborda-gem e intensidade, para torná-la mais rápida e eficiente. peço-lhe, então, que me ajude nessa tarefa e em sua área de trabalho, a fim de mantermos nossos processos e estru-turas tão simples quanto possível, e evitar despesas desne-cessárias, onde quer que ocorram. tudo isso serve para atender ao objetivo central: tornarmo-nos ainda mais atra-ente para nossos clientes; e permarnecermos, indiscutivel-mente, o cliente número um para nossos fornecedores.

Ajude-nos a desenvolver a empresa. Isso só será pos-sível se você, do seu ponto de vista, abordar de forma aberta a melhor forma de executar as coisas com seus em-pregados ou supervisores. Mesmo que a economia global seja difícil de prever, temos muito em nossas próprias mãos, muitas coisas que podemos mudar por nossa conta. Nossa história já provou, muitas vezes, que os colaboradores da Voith são capazes de mover montanhas: um exemplo claro,

para mim, é a segurança. em 2006, tivemos 1.352 aciden-tes e, durante o ano passado, foram somente 208. Isso sig-nifica menos 1.144 acidentes graves! 1.144 colaboradores saudáveis. por que a taxa de acidentes tem diminuído de forma tão clara? porque nós nos empenhamos com força e de forma consistente. em 2006, estávamos bem acima da taxa de acidentes dos outros anos. Agora, seis anos depois, estamos no caminho para o topo. Isso mostra que nossa própria força pode fazer grandes mudanças. As condições são favoráveis: a Voith é financeiramente saudável. Somos uma empresa familiar independente, cujos proprietários es-tão totalmente por trás de sua empresa. Isso nos traz liber-dade de negociação. podemos enfrentar os desafios futu-ros e, ativamente, operar em uma posição vantajosa. Isso é o que precisamos, e o que vamos fazer em 2013: observar de perto a evolução e, se necessário, responder de forma rápida e decisiva às mudanças do mercado.

Com o seu compromisso, sua experiência e sua lealda-de vamos superar os desafios à frente. eu sei que posso contar com o seu apoio para tornar este Grupo ainda mais poderoso, aberto e eficiente em 2013. estou ansioso para trabalhar com você neste começo de ano e desejo, a você e família, duas coisas: saúde e felicidade.

Atenciosamente,

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FOCO | RETROSPECTIVA 2012

o ano de 2012 nos mostrou novamente que o mundo está mudando mais rápido do que nunca, e a Voith está contribuindo para formatar essa mudança, porém, mantendo-se fiel a seus altos padrões. No ano que terminou, a empresa impressionou com inovações, ganhou muitos contratos e prêmios e investiu no futuro.

a QUalIdade TrIUNFa

report 1/2013 | 13

FOCO | RETROSPECTIVA 2012

a QUalIdade TrIUNFa

Barragem da usina hidrelétrica UHE Água Vermelha, no rio Grande, Brasil. A Voith recebeu um pedido para recuperar os geradores, turbinas e sistemas eletromecânicos, bem como substituir uma grande parte deles.

FOCO | RETROSPECTIVA 2012

14 | report 1/2013

A Voith assina com a Irkutskenergo – maior empresa priva-da de energia da rússia – um contrato para a substituição de seis rotores Francis da usina hidrelétrica de Bratsk, na Sibéria oriental. os novos rotores, que possuem um diâme-tro de 6 metros e foram projetados para gerar 255 mega-watts cada um, serão fabricados pela Voith em St. pölten. A usina de Bratsk é a maior de seu tipo no rio Angara, na Si-béria. Com capacidade instalada de 4.500 megawatts, a usina fornece energia para a cidade de Bratsk e sua fábrica de alumínio. (1)

A SCA Hygiene products GmbH encomendou à Voith as ins-talações completas de uma fábrica de papéis tissue. A nova linha Voith tM 5 será instalada na localidade de Kostheim, perto de Mainz. ela é capaz de produzir cerca de 60.000 toneladas/ano de papel toalha de alta qualidade. (2)

JANEIRO

FEVEREIROA Voith turbo Scharfenberg ganhou um dos maiores pedidos da sua história: a empresa fornecerá 260 máscaras fron-tais, 260 engates automáticos e 2.070 engates semi-permanentes para o trem expresso ICx da Siemens/Bombardier. Na Deutsche Bahn, o trem ICx deverá substituir gradualmente os antigos In-tercitys e eurocitys, a partir de 2016. (3)

pela primeira vez na história, a Voith pegou um crédito chinês: um consór-cio de bancos de Xangai concedeu um empréstimo à Voith de 2,25 bilhões de yuans de renminbi (aproximadamente 270 milhões de euros). Com isso, a empresa ficará mais independente das variações cambiais. Nos próximos anos, a Voith pretende investir cerca de 400 milhões de euros na China e ex-pandir o número de seus colaborado-res em torno de 5.000 pessoas.

2 3

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FOCO | RETROSPECTIVA 2012

(1) A Voith produzirá seis rotores Francis para a usina hidrelétrica de Bratsk, na Sibéria Oriental. As unidades serão fabricados em St. Pölten.

16 | report 1/2013

FOCO | RETROSPECTIVA 2012

ABRIL

MARÇONo porto da cidade japonesa de Iwaki, o primeiro rebocador marítimo Voith no Japão fez a sua estreia. o navio foi projetado para assistência portuária, operações de manobras, rebocagem e utiliza 2 Voith Schneider propeller. Além disso, o “Shiano” é o primeiro re-bocador com comando totalmente eletrônico. (1)

A empresa indiana Bank Note paper Mill India escolheu a Voith como forne-cedora de duas máquinas para produ-ção de papel-moeda para Mysore, Ín-dia. o projeto compreende duas linhas de produção completas, inclusive to-dos as vestimentas de máquina. Cada uma das máquinas pode produzir 6.000 ton/ano. (2)

A Voith assumiu os trabalhos de repa-ros globais e manutenção com parada total por seis semanas em uma refina-ria em Gelsenkirchen. Até 430 colabo-radores trabalharam na reforma mecâ-nica das instalações de óleo bruto e na área de energia, fornecendo cerca de 1.400 horas/homem - sem um úni-co acidente de trabalho e sem vaza-mentos na fábrica. (3)

A Voith recebe um pedido para o for-necimento de 60 Vorecon - variadores de velocidade combinados com redu-tores planetários, destinados à petrolí-fera brasileira petrobrás. eles serão destinados à extração de óleo offsho-re a partir de um dos maiores poços do mundo, localizados na camada do pré-Sal.

1

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FOCO | RETROSPECTIVA 2012

MAIOem um fórum do segmento de peque-nas Centrais Hidrelétricas (pCH), na cidade austríaca de Zell am See, a Voith apresentou o StreamDiver, uma miniturbina que pode ser instalada em barragens já existentes. o StreamDi-ver permite gerar energia de forma ecológica em rios de pequeno porte onde não é possível construir usinas hidrelétricas convencionais.

A Voith recebeu um dos maiores pedi-dos individuais da história para o for-necimento de transmissões automáti-cas Voith DIWA para ônibus da empresa SBS transit, de Cingapura. 1.000 ônibus de um e de dois andares deverão ser equipados com estas transmissões, e ainda existe a opção de equipar outros 200 ônibus. A utili-zação em Cingapura se deve ao tráfe-go intenso, com constante “stop-and- go”, e às condições climáticas ex- tremas, o que exige bastante da tec-nologia.

2 3

A máquina pM 1 da Stora enso volta a operar em eilenburg, Saxônia, após a reforma feita pela Voith, – que aumen-tou a capacidade de produção de pa-pel jornal em cerca de 10%.

A Voith paper anuncia sua reestrutura-ção: devido à queda da demanda para papel gráfico e às baixas pers-pectivas de longo prazo para máqui-nas de papel gráfico, a direção decide adotar medidas de adaptação. parti-cularmente, foram afetados os locais de produção na Alemanha e na Áus-tria, onde 670 empregos serão elimi-nados. Demissões desnecessárias serão evitadas, e os cortes de empre-gos são socialmente aceitáveis.

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(1) Compromisso total: funcionário da Voith montando uma tubulação em uma usina a carvão, em Mannheim.

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JULHO

JUNHO

Cerca de 500 líderes da Voith vindos de 31 países, discutiram as oportuni-dades e os desafios futuros durante os três dias da Group Conference 2012, em Heidenheim. Sob o lema “our Future Starts Now“, a Conferên-cia explorou o tema da mudança pela qual o mundo passará até o ano de 2020, e que papel a Voith pode ter na definição dessa mudança. A Group Conference ocorre a cada três anos. (2)

A Voith entrega oito eixos cardan para o sistema de elevação de navios que está em construção na represa das três Gargantas, na China. esse siste-ma é responsável em garantir que os navios possam superar a diferença de altura na barragem, de forma segura e confiável. Com uma altura de elevação de até 113 metros, esse sistema de elevação de navio será o maior do mundo, após a sua conclusão.

Uma equipe da Voith Industrial Servi-ces recebeu um grande pedido para a usina termoelétrica de carvão mineral de Mannheim, que deverá ser moder-nizada até 2015 através da construção de uma nova unidade de carvão mine-ral. os colaboradores da Voith estão planejando, produzindo e montando dutos com um peso de até 2,5 tonela-das por metro no resfriador de água principal e secundário. o start-up e a entrega ao cliente serão realizados dentro do prazo estabelecido. (1)

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SETEMBROAGOSTONa IAA, a Voith apresentou o conceito tecnológico elvoDrive – um acionamento serial híbrido para linhas de ônibus. o elvoDrive pode ser combinado com diferentes fontes de energia e transmite a potência necessária de maneira total-mente elétrica. ele reduz o consumo de combustível e as emissões e possibilita, por exemplo, rodar nos centros das cidades livre de emissões. (2)

A Voith Hydro comemorou o aniversário de 135 anos em York, na pensilvânia (eUA). Nossa filial de York é um dos maiores produtores do setor hidrelétrico na América do Norte. por ser a única fábrica especializada na produção de turbinas nos estados Unidos, a unidade dispõe de seu pró-prio centro de pesquisas e testes. (3)

A Voith foi contratada para a modernização da usina hidre-létrica “UHe Água Vermelha”, no rio Grande, Brasil. o valor do contrato é de aproximadamente 80 milhões de euros. A Voith realizará uma manutenção geral nos geradores e tur-binas, além dos sistemas eletromecânicos associados, que serão, em grande parte, substituídos.

A State Grid Corporation of China, maior companhia de energia da China, encomendou à Voith quatro unidades para a sua usina hidrelétrica reversível localizada em Hongping, no sudeste do país. o contrato supera os 70 mi-lhões de euros. Cada uma das unida-des reversíveis produzidas pela Voith terá uma potência de 300 megawatts. Após a primeira etapa da obra, a ser concluída em 2015, a usina gerará um total de 1.200 megawatts. Na foto: funcionário da Voith Hydro de Xangai. (1)

Além disso, a Voith recebeu um pedi-do da empresa Vorarlberger Illwerke AG para a modernização da usina re-versível de Kops I, nos Alpes austría-cos. o escopo do pedido inclui três turbinas pelton duplas e componentes dos reguladores. Com a moderniza-ção, a potência de Kops I aumentará dos atuais 247 para 276 megawatts.

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OUTUBROo inicio das obras para o novo centro de treinamento da Voith em Heidenheim foi celebrado com o lançamento da pedra fundamental. No total, a Voith está investindo 16 mi-lhões de euros no centro de treinamento. A inauguração está prevista para o fim de 2013. Atualmente, a Voith treina cerca de 180 jovens, em 13 profissões. (4)

A presidente do Brasil, Dilma rousseff, inaugura a usina hi-drelétrica de estreito, localizada no rio tocantins. A usina possui um total de 1.087 megawatts de potência instalada. entre outros equipamentos, a Voith forneceu para a usina a maior turbina Kaplan em operação no Brasil, além do siste-ma de controle Hycon, um produto desenvolvido pela Voith.

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NOVEMBRO

DEZEMBRO

A relação diplomática entre Alemanha e Índia completou 60 anos, o que foi comemorado pelos dois países na “Indo German Urban Mela”, uma feira realizada em diversas cida-des indianas. A Voith foi representada na Urban Mela como “City partner” (parceiro da Cidade) de Délhi, com um estan-de próprio onde apresentou as suas atividades na Índia, dentre elas as da filial da Voith turbo em Hyderabad, que, em 2012, comemorou seu jubileu de prata pelos 25 anos de existência. (1)

teve início a construção do novo centro de treinamento da Voith na região de Kunshan, no sul da China. o início da obra foi celebrado com o lançamento da pedra fundamen-tal, com a presença de Hubert Lienhard, presidente do Conselho Diretor do Grupo Voith GmbH. A Voith está inves-tindo cerca de 7,3 milhões de euros no novo centro de trei-namento, a ser inaugurado em 2014 e que será o maior lo-cal de treinamento da Voith fora da Alemanha. Com isso, a Voith pretende suprir a crescente necessidade de colabora-dores qualificados na China. (2)

em uma conferência de imprensa, a Voith apresentou os resultados relati-vos ao ano fiscal encerrado. A empre-sa teve um bom desempenho, apesar do complicado ambiente do mercado, e está apostando no futuro, acima de tudo. em comparação com o ano an-terior, a Voith ampliou os investimen-tos em 29%, para 272 milhões de eu-ros.

A fundição da Voith Hydro em São paulo recebeu a “premiação Gestão de Fornecedores Nacionais” como melhor fornecedor na categoria “Ma-téria-prima”. A premiação é promovi-da pela prensas Schuler S/A, a filial brasileira da fabricante de prensas alemã Schuler Group.

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(1) O pavilhão da feira “Indo German Urban Mela”, em Dehli, iluminado na noite.

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No ano fiscal de 2012, a Voith enfrentou grandes desafios. o faturamento teve um ligeiro aumento, e a entrada de pe-didos diminuiu. o desenvolvimento global moderado tam-bém se refletiu nos resultados: embora todas as divisões da empresa tenham apresentado os principais resultados po-sitivos, o movimento foi em um nível muito inferior ao do ano anterior. Apesar da difícil situação de mercado em al-gumas áreas e dos custos de reestruturação da Voith pa-per, o grupo alcançou um lucro líquido de 114 milhões de euros em 2012 – consideravelmente menor do que no ano anterior. Mas isso é uma indicação clara da rentabilidade e

saIr-se beM eM UM aMbIeNTe dIFÍCIlo ano fiscal passado não foi fácil para a Voith. os indicadores de desempenho foram positivos, mas a um nível inferior ao do ano anterior.

força da estrutura da Voith. Continuamos a não ter dívida líquida, e a quota de capital próprio aumentou em 4,5%: atualmente, 23,1%.

Novos pedidos totalizaram 5,7 bilhões de euros, uma que-da de 10% abaixo do forte ano anterior. Há duas razões principais para este declínio: em primeiro lugar, o nível de novos negócios na Voith Hydro voltou ao normal. em 2011, recebemos vários grandes projetos de hidrelétricas, como, por exemplo, Belo Monte e teles pires que, no valor de vá-rias centenas de milhões de euros, não ocorrem todos os

Total de encomendas € 5.703 milhões

Voith Industrial Services

19 %

Voith turbo 27 %

Voith Hydro 23 %

Voith paper 31 %

por divisão

America 27 %

Alemanha 19 %

resto da europa 24 %

Ásia 28 % outros

2 %

por região2011/12

114

2009/10

121

2010/11

200

O lucro do grupo depois de impostos

€ em milhões

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anos. e em segundo lugar, a situação na Voith paper deixou claramente a sua marca. Não houve grandes contratos para máquinas de papel gráfico. este mercado desabou comple-tamente e não vai voltar. Além destas mudanças estrutu-rais, a situação agravou-se devido à desaceleração econô-mica na indústria de papel. Muitos clientes cancelaram ou suspenderam pedidos já colocados.

o faturamento ainda aumentou ligeiramente em 2%, para 5,7 bilhões de euros em 2012. três das nossas quatro divi-sões contribuíram para esse crescimento: Voith Hydro ( 7%), a Voith Industrial Services ( 9%) e a Voith turbo (2%). A Voith paper sofreu quedas significativas em faturamento no mercado de máquinas de papel gráfico, que não puderam ser compensadas pelas boas vendas de Fabrics & rolls. Como consequência, o resultado do faturamento da Voith paper caiu em cinco por cento. No entanto, a Voith paper ainda contribuiu em 30% na participação no faturamento do grupo, seguida pela Voith turbo (27%), a Hydro Voith (23%) e Voith Industrial Services (19%).

tanto o faturamento quanto os pedidos estão distribuídos uniformemente nas principais regiões econômicas: Améri-ca, Ásia, Alemanha e europa. Isso é bom, e este é um obje-tivo estratégico que sempre temos em mente. Mesmo que, na era da globalização, a economia mundial esteja cada vez

mais interligada e não haja região que possa ser completa-mente desassociada do clima econômico mundial, vale ain-da considerar o seguinte ponto: a distribuição regional uni-forme de seus negócios faz da Voith uma empresa estável para diferentes desenvolvimentos econômicos, em diferen-tes regiões do mundo

em todo o Grupo, no exercício de 2011/12, foram criados 1.636 novos postos de trabalho. o número de empregados aumentou em 4%, para um total de 42.327 pessoas. o maior aumento de colaboradores ocorreu na Ásia, onde to-das as divisões da empresa contrataram funcionários num total de 920. Na América do Norte, a força de trabalho cres-ceu em 460 pessoas. A Alemanha registrou um declínio de 110 funcionários, enquanto o resto da europa teve um acréscimo de 350 postos de trabalho. Como antes, a maior parte da força de trabalho está empregada na Voith Indus-trial Services (19.984). Na Voith paper trabalham 9.819 fun-cionários. A Voith turbo tem 6.363 colaboradores e a Voith Hydro, 5.087. A Voith manteve, no ano passado, um alto índice de vagas para estagiários, fornecendo aos jovens uma oportunidade excelente de aprendizado: em todo o mundo, nos anos de 2011/12, foram empregados pela Voith mais de 1.200 aprendizes e estagiários.

A receita total 5.724 bilhões de €

Voith Industrial Services

19 %

Voith turbo 27 %

Voith Hydro 23 %

Voith paper 30 %

por divisão

America 27 %

Alemanha 21 %

resto da europa 26 %

Ásia 24 % outros

2 %

por região

Total de colaboradores 42.327

Voith Industrial Services

47 %

Voith turbo 15 %

Voith Hydro 12 %

Voith paper 23 %

por divisão

America 27 %

Alemanha 41 %

resto da europa 18 %

Ásia 13 %

outros 1 %

outros 3 %

por região

RubRik

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PRÓXIMA PARAdA: futuRo

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os eUA adoram carros, mas esse grande amor está começando a se desgastar: em certas áreas metropolitanas a mobilidade está em seu limite, devido ao tráfego pesado. por isso, cada vez mais cidades estão considerando sistemas modernos de transporte público como solução.

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InsIght

adotar um sistema ferroviário moder-no, agora são 34 em todo o país. Os sis-temas ferroviários urbanos ainda re-presentam somente 4,7% das viagens no transporte urbano, mas vêm cres-cendo de maneira constante.“ O tráfe-go em muitas cidades simplesmente atingiu o limite”, diz Kevin Simms, vi-ce-presidente da divisão ferroviária da Voith Turbo em York, Pensilvânia, “e os sistemas ferroviários são muitas ve-zes as soluções mais eficientes e efica-zes. Eles podem ser bem integrados

Em grandes cidades como Chicago encontra-se uma conexão inteligente de diferentes sistemas de transporte.

Passageiros no highliner, trem que faz parte do sistema de trânsito Metra, em Chicago.

o s Estados Unidos são a terra do transporte individual: em nenhum outro país há tantos

carros por família –, em média, dois veículos. O carro é uma expressão da liberdade pessoal e o meio de transpor-te escolhido para fazer compras, lazer, viagens, e, claro, para ir ao trabalho – 85% dos norte-americanos vão para o trabalho com o seu próprio carro e passam horas em engarrafamentos cada vez maiores das grandes cidades. Motivo suficiente para que os líderes

políticos recoloquem o assunto em pauta.

Muitas cidades estão promovendo o transporte público e têm introduzido no mercado urbano os chamados VLTs - veículos leves sobre trilhos, compara-dos aos sistemas ferroviários vistos na Europa. A Voith fornece a tecnologia necessária para manter o mercado em movimento.

Um mercado que ainda é jovem. Em 1981, San Diego tornou-se a pri-meira cidade dos Estados Unidos a

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InsIght

à infraestrutura existente e o investi-mento inicial é relativamente baixo, porque não há a necessidade de cons-trução de túneis”.

Os municípios podem investir, de uma só vez, em uma frota com tecnolo-gia de ponta da Voith. Atualmente, os sistemas ferroviários de nove cidades americanas utilizam veículos Siemens S70, que têm as transmissões fabrica-das e entregues pela Voith, em Hei- denheim. Um desses sistemas é o San Diego Trolley, que deu início, há mais de 30 anos, à era do transporte ferrovi-ário moderno nos EUA. Diariamente, ele é utilizado por 94.300 passageiros, o que o torna o sexto sistema VLT em número de passageiros de todo o país. O transporte é muito popular também em outras cidades: “Toda vez que um novo sistema de trens leves entra em operação nos EUA, o número de passa-geiros geralmente se revela muito maior do que o esperado”, diz Simms. O alto nível de aceitação entre a popu-lação mostra que a expansão dos siste-mas de transporte ferroviário tem futu-

ro e por isso Kevin Simms é otimista. Ele prevê um crescimento acentuado da Voith nos próximos dois anos, pois o momento está bom em termos de pedi-dos, e não só para componentes do sis-tema ferroviário. “Atualmente, esta-mos trabalhando em um pedido de 656 transmissões para os novos trens da Metra, o sistema de trânsito de Chica-go”, diz Simms. As novas transmissões Voith são montadas e testadas em York onde 150 colaboradores asseguram que as peças atendam a alta exigência da Metra.

Além disso, a Voith atualmente desen-volve eixos de transmissões e conjuntos completos de rodas para 364 vagões, que visam substituir a frota antiga do metrô de Washington D.C., inclusive com opção para mais 392 veículos. A montagem e os testes em série também são feitos em York.

Simms está particularmente orgu-lhoso com o pedido: “somos a primeira empresa a introduzir um sistema de dissipação de energia para veículos fer-roviários nos EUA e, portanto, defini-

mos novos padrões de segurança”. Em York, a Voith produziu 234 embrea-gens e elementos laterais de absorção de energia para 117 trens. Eles serão entregues ao operador da rede Metro-link, na Grande Los Angeles.

A viagem em trens metropolitanos é, ainda hoje, mais seguro e mais confiá-vel do que em automóveis particulares. Os passageiros do primeiro bonde do mundo, que começou a funcionar em 1832, tinham que lidar com paradas devido à fome ou ao cansaço, pois os bondes eram puxados por cavalos. O local da estreia foi nada mais, nada me-nos do que a cidade de Nova York, que, depois, tornaria-se a cidade do auto-móvel. //

shane Weaver (esquerda) Lawson e Mike na Voith em York, onde os eixos de transmissão são montados e testados.

James Michonski durante a montagem final das transmis-sões.

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Como é esse programa de sucesso?Junto com meus colegas do Conselho da Voith turbo, lan-çamos o programa “Vt2020”. Com o “Vt2020”, aumenta-remos nosso crescimento através de uma presença ainda

mais forte nas regiões em crescimento do mundo, através do desenvolvimen-to de mais produtos inovadores e da expansão de nosso negócio de servi-ços. Ao mesmo tempo, queremos melhorar a nossa competitividade aprofundando nossas atividades opeX, reduzindo especificamente nossos custos de materiais e fortale-cendo nosso portfólio de produtos, além de continuar expandindo nossa confiabilidade em termos de qualida-

de e de entrega. Além disso, é uma questão de otimização de nossas despesas administrativas.

Como você faz isso? Decidimos realizar nosso programa com colaboradores ex-perientes da Voith turbo de todas as divisões e sem apoio externo. Na primeira fase, nós observamos os pontos fortes e fracos das diferentes áreas e estabelecemos metas para o futuro. Agora, queremos instalar o programa com solidez em nossas empresas e regiões e começar a implementar.

Qual a sua mensagem para os funcionários da turbo para 2013?talvez você conheça o ditado: “quem deixa de querer me-lhorar, deixa de ser bom”. Vamos, juntos, trabalhar ativa-mente para um futuro de sucesso! //

Reinhard, como foi sua adaptação à Voith?Carsten Reinhardt os primeiros meses foram muito emo-cionantes. Desde a minha chegada, em julho, eu viajei mui-to para aprender sobre a nossa organização global, nossas pessoas, produtos e clientes. eu já pude reunir insights profundos, vindos de nossos locais na Alemanha, na China, no Brasil, nos eUA e na Índia. em todos os lugares, conheci pessoas fascinantes.

Em poucas palavras, como você re-sumiria suas recentes impressões sobre a Voith turbo?Com presença em tantos mercados e setores diferentes, a Voith turbo é muito ampla. Isso é bom! Nosso modelo de negócios tam-bém traz consigo uma complexidade que devemos domi-nar. É realmente impressionante o crescimento conquistado por nossa divisão nestes últimos anos. Nossos produtos são únicos e têm demanda mundial. Nossos funcionários estão ligados à “sua Voith” com o máximo empenho e pai-xão.

Quais são seus planos para 2013? O que está no topo da sua agenda?para mim é importante estarmos juntos novamente e nos concentrarmos totalmente no negócio e em nossos clien-tes. em curto prazo, vamos fazer de tudo para cumprir as previsões do exercício 2012/13 neste difícil ambiente do mercado. Ao mesmo tempo, queremos garantir o sucesso da Voith turbo ao longo prazo. Queremos continuar a cres-cer e proteger nossa rentabilidade ao longo prazo; em 2013, vamos começar o nosso “programa de sucesso” para os próximos anos.

AIndA há MuIto A seR feItoDesde 1º de julho de 2012, Carsten J. reinhardt é membro do conselho administrati-vo do grupo Voith GmbH e Ceo da Voith turbo. Nesta entrevista, ele, que tem 45 anos de idade, fala sobre seus primeiros meses e seus planos para o futuro.

Carsten Reinhardt é engenheiro graduado (FH) e mestre em ciências da engenharia auto-motiva. ele tem 20 anos de experiência em gestão interna-cional.

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Uma embalagem para o mUndo inteiro

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o papel é a matéria-prima para embalagens de todos os tipos, que prote-gem as mercadorias. por isso, a demanda mun-dial por papel ondulado e cartonagem aumenta continuamente.

no dia 20 de fevereiro de 1872, teve início nos eUA, ainda que sob condi-ções adversas, a história de duas ins-tituições que viriam a ser conhecidas mundialmente. em Nova Iorque, a abertura do Metropolitan Museum of Modern Art (até hoje um dos mais im-portantes museus do mundo) ofusca o ex-oficial naval Luther Childs Cro-well, que recebe a patente nº 123.811 para uma máquina. embora o produto fabricado pela máquina não pudesse competir com a exclusividade das pe-ças de arte em exposição, ele adquiri-ria uma grande importância para mui-tas pessoas: sacos de papel para embalagens de produtos alimentares e do dia a dia.

Desde então, o saco de papel marrom tornou-se um clássico, com exposições próprias. Mas a gama de embalagens modernas que se baseia no milenar papel cresceu de maneira imensurável. Não há quase nada que não seja empacotado em papel: pro-dutos alimentares, medicamentos, presentes, artigos de luxo, produtos do dia a dia, peças de motores, má-quinas de lavar e utensílios domésti-cos. e, para as diferentes aplicações existem também os mais diferentes ti-pos de papel, dentre os quais se des-tacam dois desenvolvimentos: de um lado a demanda de papel liner e miolo para serem convertidos em papelão

O papelão ondulado é o material mais estável e padrão para caixas de mudanças e de transporte de mercadorias em todo o mundo

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mento de produtos da Voith paper. “por isso, o kraftliner é importante principalmente em embalagens de se-gurança de mercadorias mais pesa-das, como na indústria automotiva, por exemplo, em que é necessário transportar peças de motores e de transmissões de uma fábrica para ou-tra.” o miolo ondulado do papelão ajuda a estruturar e manter a distância entre as duas camadas exteriores, im-pedindo que elas se rompam em um empilhamento de caixas.

A demanda por papelão ondulado continua a crescer. De acordo com um estudo da empresa de consultoria Smithers pira, o consumo mundial em 2011 foi de 102 milhões de toneladas. Até 2017, deverá crescer cerca de 27 %, ou aproximadamente 130 milhões de toneladas. Como causa mais im-portante, os analistas consideram os crescentes fluxos globais de merca-dorias, para os quais se exigem em-balagens de transporte. A Smithers pira nota uma tendência de cresci-mento semelhante do papel cartão: a

ondulado, que cresce continuamente, uma vez que ele desempenha uma função cada vez mais importante no transporte mundial de mercadorias e na embalagem de alimentos. por ou-tro, cresce a demanda por papel car-tão com impressão de qualidade, que é usado, por exemplo, em embala-gens rotuladas de alimentos ou em caixas dobráveis; e, cada vez mais, em embalagens de produtos nobres, como perfume ou joias. Seja qual for a necessidade dos fabricantes de dife-rentes tipos de papel, a Voith desen-volve tecnologias e máquinas para to-dos os segmentos.

por exemplo, os fabricantes de papel ao redor do mundo utilizam má-quinas Voith para produzir as várias camadas do papelão ondulado. A ca-mada exterior é conhecida como tes-tliner quando é feita a partir de aparas de papel e kraftliner quando fibras vir-gens são predominantemente utiliza-dos. “Fibras virgens são mais estáveis do que papel recliclado”, diz thomas ristl, chefe do processo de gerencia-

principal causa decorre das necessi-dades do consumidor tipicamente ur-bano, que compra cada vez mais pro-dutos congelados e pratos prontos em embalagens de cartão, porque economizam tempo.

“o papel cartão é um produto que pode ser impresso, estampado, reves-tido e aplicado em todas as formas possíveis; com isso, o papel cartão se presta à embalagem de cosméticos, produtos de saúde, cigarros ou produ-tos alimentares”, diz thomas ristl. o papel cartão é fabricado a partir de fi-bras virgens ou papel reciclado e se compõe, como o papelão ondulado, de várias camadas, com diferentes características. A Voith desenvolveu uma tecnologia que ajuda a minimizar a utilização de matéria-prima branque-ada (e mais cara) na camada externa: o DFCoat. “trata-se de um agregado de revestimento em cortina que, tal como uma cascata de água, é distri-buído uniformemente sobre o papel, podendo assim substituir uma cama-da de fibras branqueadas”, diz ristl.

As muitas possibilidades para refi-nar e personalizar o papel cartão tor-naram esse material interessante tam-bém para os fabricantes de bens de consumo de alta qualidade. Marcas como tommy Hilfiger ou Marc o’polo fazem de suas embalagens de cartão para perfumes, pequenas obras de arte; acompanhando a forma do fras-co, as embalagens têm um brilho me-tálico, apresentam cunhos e estam-pas e, ainda, são estáveis. o fabricante de máquinas fotográficas Leica apresentou sua câmera com-pacta X1 em um papel cartão preto--fosco e cintilante, cuja estética justifi-ca o preço de compra: 1.500 euros.

Uma pechincha quando compara-da com outros artigos de luxo, em que a embalagem em si já é o produto. em 2012, a grife Jil Sander apresentou o mais caro saco de papel do mundo, por 290 dólares. o que Luther Childs Crowell teria achado disso? //

seja de papel cartão elegante ou de papelão ondulado: As máquinas de papel Voith produzem a matéria-prima para todos os tipos de embalagens.

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Roland, porque a Voith precisa de um programa de D&I?Inúmeros estudos comprovam as van-tagens da D&I para as empresas. No entanto, já no início do nosso trabalho neste projeto, procuramos entender quais as vantagens que um programa de D&I traria especificamente na Voith. por isso, em primeiro lugar definimos qual seria o foco da análise. também foi importante entendermos as dife-renças regionais dentro da empresa.

Como está evoluindo o projeto?Já designamos gestores e patrocina-dores da D&I para cada região. Agora eles estão avaliando os números, da-dos e fatos, discutindo com os cola-boradores e líderes em grupos de foco e trabalhando as primeiras ideias.

MUnDIAL estudos internacionais mos-tram que empresas que apostam em um quadro de funcionários heterogê-neo vencem os desafios do mundo globalizado com maior sucesso. por isso, a Voith iniciou um abrangente programa denominado “Diversity & In-clusion” (D&I), ou Diversidade e Inclu-são. A Diversidade consiste em garan-tir variedade e heterogeneidade. o objetivo do programa é tanto respeitar a diversidade dos colaboradores como promover o potencial que existe em um quadro de funcionários multi-facetado e diversificado. e é justa-mente isso que vem com o termo “in-clusão”: a diversidade e as diferenças são reconhecidas e vistas como opor-tunidades. A diversidade e a inclusão estão sendo analisadas no presente momento nas diversas regiões em que a Voith opera.roland Münch, membro do Conselho de Administração Corporativo e presi-dente do Conselho de Administração da Voith Hydro, é o “patrocinador mundial” do projeto. Na entrevista a seguir, ele explica essa iniciativa.

a miStUra Certaparalelamente, entrevistamos colabo-radores de todas as regiões de manei-ra anônima. os resultados dessa aná-lise estão sendo avaliados, e estamos planejando as primeiras ações. Mas de uma coisa já temos certeza: a D&I é relevante para a Voith. estamos con-vencidos de que vale a pena consoli-dar a D&I em nossa cultura empresa-rial.

Como a diversidade será, de fato, promovida na Voith?Daremos liberdade para a formulação e a implantação de metas às diferen-tes regiões, pois nossa análise mos-trou que cada região tem diferentes abordagens e prioridades em relação à D&I. Como não existe uma receita única para a D&I, levaremos essas va-riações em consideração. Isso não significa que vamos deixar as regiões sozinhas durante a implantação; ofe-receremos todo o suporte para que elas possam desenvolver cada projeto regional com sucesso, e para isso tra-balharemos em estreita cooperação com elas.

A diversidade é uma meta fundamental da Voith. A empresa também quer expandir o número de mulheres em posições de liderança.

Dr. Roland Münch, presidente do Con-selho de Adminis-tração da Voith Hydro, é responsá-vel pelo programa Mundial de Diversi-dade e Inclusão.

No LocaL

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Sempre algo na reServaAs usinas hidrelétricas reversíveis são as baterias da revolução energética. elas conseguem armazenar a energia produzida por usinas eólicas e solares e atender a picos de demanda, contribuindo assim para a estabilidade e a segurança do fornecimento da energia em redes sensíveis.

e 14 de novembro de 1908, em Heidenheim, entrava em ope-ração a primeira usina hidrelétri-

ca reversível da Alemanha. Naquela época, contudo, ninguém a chamaria assim, já que, em realidade, ela havia sido construída para equipar um labo-ratório de pesquisa de turbinas hidráu-licas montado por Friedrich Voith.

O filho do fundador da Voith era um homem visionário, não há dúvida. Apesar disso, ele provavelmente não sabia que o princípio por trás daquela

a central hidrelétrica reversível de Langenprozelten, em Gemünden (baixa Franconia) no distrito de Main-Spessart tem uma tarefa específica: fornecer eletricidade exclusivamente para a rede autárquica da Deutsche Bahn (DB). A central hidrelétrica aten-de principalmente a picos de carga, resultantes das fortes variações de de-manda da rede DB, que se eleva espe-cialmente em feriados. o coração de Langenprozelten se compõe de duas

ELETRIcIDaDE VERDE PaRa a FERRoVIÁRIa

instalação viria a constituir, 100 anos mais tarde, a base de um dos tipos de usina mais promissoras do futuro.

As usinas hidrelétricas reversíveis têm uma longa história mas, mais do que isso, elas têm um grande futuro as-sociado ao surto de crescimento de ge-ração de eletricidade a partir de ener-gias renováveis no mundo. As usinas reversíveis constituem a tecnologia mais conveniente, tanto do ponto de vista econômico como técnico, para se armazenar a eletricidade produzida por

fontes de energia como a eólica e a so-lar. Além disso, elas também desempe-nham um importante papel na estabili-zação e na segurança do abastecimento das redes, já que seu potencial pode ser utilizado rapidamente. Essas vantagens decorrem da forma como essas usinas hidrelétricas funcionam: quando há ex-cedentes de eletricidade, as turbinas bombeiam água para o reservatório su-perior da usina; e quando há grande demanda de eletricidade, a água escoa de volta para as turbinas, gerando ele-tricidade. E a Voith faz a sua parte para garantir que as usinas reversíveis pos-sam operar de forma confiável: a em-presa fornece toda a tecnologia para novas usinas reversíveis, bem como moderniza e recupera instalações exis-tentes em todo o mundo.

Um dos projetos mais recentes é um pedido feito à Voith pela maior companhia de energia da China, a Sta-te Grid Corporation of China. A Voith fornecerá quatro unidades, cada

turbinas-bomba da Voith, que operam de forma confiável desde 1976. po-rém, mesmo a mais robusta das tec-nologias precisa, um dia, ser recondi-cionada. por isso, a Voith começou a reparar os geradores em agosto de 2012. Uma serviço de muita responsa-bilidade, pois, enquanto uma das máquinas, de 700 toneladas, continu-ava girando, a outra foi desmontada e remontada com a mesma rapidez – o que só é possível de ser feito por

quem está minuciosamente familiari-zado com os planos de projeto de uma máquina exclusiva e única. “Ain-da que a máquina tenha sido construí-da há mais de 40 anos, nós conhece-mos até hoje cada detalhe”, diz Alexander Schechner, líder de manu-tenção da Voith Hydro. o conhecimen-to valeu a pena: pontualmente no Na-tal, ambos os geradores estavam novamente prontos para continuar a operação e atender ao tráfego. //

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No LocaL

a água armazenada na represa de Kops, no vale de Montafon, move as turbinas das usinas reversíveis de Kops I e II.

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uma com 300 megawatts de potência, para a central hidrelétrica reversível de Hongping, no sudoeste do país. Na primeira etapa de expansão, a ser finali-zada em 2015, a usina reversível terá uma capacidade de 1.200 megawatts. Já quando a expansão for concluída, a ge-ração de Hongping será de até 2.400 megawatts, o que a colocará entre as maiores usinas reversíveis do mundo. Essa é a mesma potência gerada pela usina reversível de Guangzhou, locali-zada na província de Guangdong, e que já opera com quatro turbinas forneci-das pela Voith. “Na China, nossas tecnologias fazem uma contribuição significativa para a garantia do abaste-cimento de energia e a preservação de recursos. Assim, a empresa está ajudan-do a promover o desenvolvimento con-tínuo do país no que tange a energias renováveis”, afirma o Dr. Roland Mün-ch, presidente do Conselho de Admi-nistração da Voith Hydro.

Também na Europa, a maioria dos países está se focando em energias ver-des e usinas reversíveis no longo prazo. Nos países europeus da OECD, está sendo construído e planejado um total de 76 usinas reversíveis. E a Voith ob-serva esse desenvolvimento com aten-ção. Nas palavras de Roland Münch: “Nós acreditamos que a proporção de usinas reversíveis no mercado de ener-gia hidrelétrica como um todo aumen-

tará de forma significativa, de aproxi-madamente 3% para 7%. Dessa forma, as futuras oportunidades para a Voith continuarão muito atraentes nesse seg-mento”.

Para isso, a empresa pode contar com as experiências de projetos recen-tes e bem-sucedidos. Um exemplo é a recuperação da central hidrelétrica re-versível de Rodund II, em Vorarlberg, na Áustria. Em julho de 2009, um in-cêndio paralisou toda a operação dessa usina, e já em fevereiro de 2012 a usina voltou a operar com uma turbina-bom-ba de 295 megawatts de potência e um gerador de 345 megavolt-ampéres for-necidos pela Voith.

A operadora, a empresa Vorarlber-ger Illwerke AG (VIW), há muito tem-po mantém uma relação de confiança com a Voith. Um exemplo disso é que a Voith forneceu três conjuntos de má-quinas para a central hidrelétrica de Kops II, a maior usina reversível em caverna do mundo. Além disso, há al-guns meses a empresa recebeu um pe-dido da VIW para ampliar e moderni-zar a usina reversível de Kops I. O valor desse contrato é de aproximada-mente 16 milhões de euros.

Um valor como esse certamente teria deixado contente o pioneiro da usina reversível, Friedrich Voith, já que, além de tudo, ele também era um grande homem de negócios. //

a Deutsche Bahn, empresa ferroviária alemã, utiliza uma rede elétrica própria para alimentar seus trens.

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o que distingue nossos colabora-dores dos da concorrência? para thomas Scherb, a resposta é clara: “competência, motivação e perseve-rança”. três características que tam-bém se aplicam ao brasileiro, que tem 49 anos de idade, e que são a razão para que ele esteja no comando do Innovation Center em São paulo des-de 1998, onde está o coração da pes-quisa e desenvolvimento da Voith no domínio dos produtos de papel para a higiene, como lenços de papel, toa-lhas de papel ou guardanapos. tho-mas Scherb estabeleceu e influenciou o think tank. Sob a sua égide, foi de-senvolvida a exclusiva e mundialmente conhecida tecnologia AtMoS, que

possibilita a produção de papel tissue premium, muito macio e absorvente, com fibras virgens ou 100% recicla-das. A inovação traz vantagens eco-nômicas para o cliente pois reduz o consumo de fibra em até 30% e o de energia em até 50%, em comparação a tecnologias similares existentes.

porém, até o processo atingir a excelência, todos os participantes ti-veram que suar muito a camisa. “Nos sete anos de desenvolvimento, tive-mos que lidar com muitos contratem-pos”, disse thomas Scherb, “mas o esforço foi finalmente recompensado. e o longo caminho até o lançamento no mercado deixou mais uma vez cla-ro o que é a coisa mais importante

que aprendi na Voith: sozinho não se consegue absolutamente nada, mas com uma equipe na qual todos dão o seu melhor, tudo é possível”.

thomas Scherb fala com a experi-ência de quem tem 25 anos de traba-lho na Voith – ele nunca teve um outro empregador, e por uma boa razão: “eu permaneci todos esses anos na Voith porque sou feliz em trabalhar em uma empresa que persegue tão persisten-temente a inovação e a criatividade, e onde a excelência é sempre uma obri-gação.”

No início de sua carreira, em 1987, thomas Scherb cresceu como estagi-ário na Voith paper em São paulo; em 1991, passou dois anos em Hei- denheim, onde desenvolveu o sistema ModuleJet onQ com controle de dilui-ção. Não precisou aprender alemão, pois fala a língua fluentemente. Seu avô, Dr. otto Scherb, veio da Áustria e participou ativamente da elaboração da fábrica da Voith no Brasil. A tradi-ção continua: o pai de thomas Scherb, depois de se formar, fez um estágio em Heidenheim, na Alemanha, onde conheceu sua esposa alemã e levou-a para o Brasil. “Nossa história familiar está intimamente ligada à empresa”, diz Scherb; “pode-se até dizer que ela não existiria sem a Voith. e o entusias-mo pela tecnologia está no nosso san-gue – para mim sempre esteve claro que eu seria um engenheiro”. //

Thomas Scherb, gerente do Innovation center, em São Paulo.

o clã de engenheiroS este é o título da nova série de reportagens da Voith Report sobre colaboradores que se tornaram especialistas de renome em suas áreas. A história do primeiro deles com a Voith vai muito além da simples relação profissional.

o ESPEcIaLISTa Na VoITh

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Se você voar de helicóptero do Rio de Janeiro para o atlântico, não verá nada além de. água por centenas de quilômetros. porém, de repente, surgem construções enor-mes no meio do mar, com guindastes com lanças, torres vermelhas e brancas e helipontos. estas são as plataformas flutuantes, usadas pela petrobras para fazer a extração de óleo a partir de depósitos na assim chamada camada do pré-Sal, no subsolo marinho. existem vários campos de pe-tróleo em uma área de cerca de 800 km de comprimento por 200 km de largura ao longo da costa brasileira, que, nos próximos anos, transformarão o país em um grande produtor de petróleo. estima-se um total de cerca de 50 bilhões de barris de matéria-prima.

A escalada de produção de petróleo em alto-mar (off--shore) ganha importância mundial: um em cada três barris dos quase quatro bilhões de toneladas de petróleo bruto extraídos em 2011 já vieram de depósitos afastados do continente, e essa tendência é crescente. o petróleo é uma necessidade urgente, porque a demanda global por energia está crescendo 1,3% ao ano, segundo a Agência Interna-cional de energia. A demanda pressiona os preços para cima, o que viabiliza a produção off-shore, tecnicamente mais complexa. Graças à tecnologia moderna, hoje vale a pena promover a extração em depósitos de difícil acesso, cuja exploração, até recentemente, não era rentável.

para tanto, brocas serão inseridas a milhares de metros de profundidade, onde a temperatura aproxima-se do pon-to de congelamento. As brocas devem penetrar quilômetros de crosta espessa de rocha para alcançar o petróleo. elas são dirigíveis e capazes até mesmo de cavar horizontal-mente na rocha, ou em curvas, para desviar de camadas

No caminho para o topo

No meio do Atlântico, a centenas de quilôme-tros da costa do Brasil, a petrobrás descobriu vários campos de petróleo na chamada cama-da pré-sal. especialistas estimam que estes depósitos estejam entre os mais ricos da terra. Com base na produção de petróleo offshore, o Brasil será, nos próximos anos, um dos maio-res produtores de petróleo do mundo.

Mais informações sobre a produção de petróleo no pré-sal sob www.petrobras.com

Montagem do Vorecon em crailsheim: ao fundo, dois mecânicos industriaisManuel Drescher e anke Weible, à frente os designers Igor Wedel e Eric Schill com Frazdilon Duarte (da esquerda).

ALTA TECNOLOGIA PARA A CAÇA AO TESOUROem meio ao oceano, a 7.000 metros de profundidade a petrobrás enfrentará um grande desafio com a ajuda da tecnologia Voith.

São PauloBrasil

os campos de petróleo

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rochosas especialmente duras. Nesse processo, ocorrem extrema pressão e altas temperaturas – uma grande res-ponsabilidade para a tecnologia, principalmente na costa do Brasil, onde o óleo encontra-se enterrado até sete mil metros abaixo de pedra, água e sal.

A Voith dá sua parte de contribuição tecnológica para enfrentar o desafio: atualmente, estão sendo produzidos, em Crailsheim e em São paulo, 60 Vorecon – variadores de velocidade combinados com redutores planetários – que entrarão em ação em embarcações especiais ao longo da costa brasileira. essas pequenas fábricas separam a mistu-ra de petróleo, gás e água bombeada em seus componen-tes. o óleo é armazenado em navios, o gás é comprimido e bombeado de volta às profundezas, para uso posterior – uma inovação, pois até então o excesso de gás era fre-

quentemente queimado. esta nova abordagem só é possí-vel graças ao Vorecon Voith: é possível controlar a velocidade dos compressores e garantir sempre a pressão certa. os grandes variadores foram projetados para as con-dições adversas no Atlântico, sendo robustos, compactos e praticamente indestrutíveis.

e é bem possível que, ao longo prazo, as 60 unidades produzidas para a petrobras tenham mais o que fazer: a petrolífera quer investir mais de 270 bilhões de dólares, até 2020, na produção off-shore e na exploração e desenvolvi-mento das reservas de petróleo da camada do pré-Sal. //

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RubRikNo LocaL

A Voith Industrial Services conta com especialistas em diferentes áreas, interessados em compartilhar seus conhecimentos com os colegas de outros sites – como acontece agora, em que promovem a formação de uma forte equipe para a nova fábrica de uma montadora de automóveis.

De mãos DaDas com o sucesso

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No LocaLo mecatrônico Boldizsár Habran (à esquerda) e o eletricista Zsolt Funcionário da Voith Szabó, funcionário da Voith na fábrica da Daimler em Kecskemét.

e m novembro de 2010, Jörn Brand aceitou um dos maiores desafios de sua vida profissional:

antes, gerenciava a limpeza técnica da Voith Industrial Services na fábrica da Daimler em Untertürkheim; desde en-tão, assumiu o desafio de trabalhar, nos próximos 2 anos, para que a Voith pos-sa ajudar o cliente Daimler a construir a nova fábrica da Mercedes-Benz em Kecskemét, Hungria.

A Daimler planeja produzir, den-tre outros modelos, o novo Classe B e contratou os serviços industriais da So-ciedade Húngara da Voith Industrial Services. Para fazer um trabalho de qualidade, a Voith irá aprimorar seu know how na Hungria e entender me-lhor as necessidades do cliente. Para isso, vieram para Kecskemét especialis-tas de outras unidades da Voith, que es-tão familiarizados com grandes clien-tes, a fim de compartilhar seus conhecimentos com os colegas húnga-ros, como uma espécie de “mentores”.

o modelo de patrocínio sem frontei-ras da transferência de conhecimento mostrou-se eficiente para novas enco-mendas. Executivos como Jörn Brand trabalham no plano operacional e montam uma equipe de profissionais para trocar experiências com o pessoal da nova unidade, tornando os colegas autoespecialistas. “No entanto, nunca houve tantas áreas de trabalho e locais envolvidos como em Kecskemét”, diz Jörn Brand. Os mentores vêm de Sin-delfingen, Kirchseeon, Rastatt, Bratis-lava eslovaca, Polkowice, na Polônia e Győr, na Hungria.

Mas, antes do grande lançamento, Jörn deve executar um trabalho básico juntamente com dois funcionários: montar um escritório, comprar mate-riais e equipamentos e encontrar pes-soal para trabalhar. A Daimler vai colo-

cando as instalações e equipamentos da nova fábrica em funcionamento en-quanto o mentor insere seus novos funcionários nas diferentes áreas espe-cializadas. Os novos colegas aprende-ram a operar o sistema de transporta-dores da sala principal, o depósito central de carroceria e a montagem fi-nal, além de zelar pelas tecnologias de utilidades da planta. Depois da abertu-ra oficial das instalações em março de 2012, será adicionada a limpeza técnica na linha de pintura, robôs e máquinas de solda. Nesse mesmo ano, o Classe B já estará sobre a esteira de produção.

a limpeza técnica das linhas altamen-te sensíveis é particularmente desafia-dora. Praticamente todos os mentores da Voith vieram da fábrica da Daimler em Sindelfingen. Por meses, entraram em ação para transmitirem seus co-nhecimentos: como o robô usa gelo seco para se livrar completamente da sujeira? Como a linha de pintura deve ser limpa? Que recursos especiais exis-tem na operação do equipamento de limpeza?

Existem, ainda, barreiras linguísti-cas. Sandor Farkas, de Kecskemét, bra-ço direito de Brand, lembra: “no início, a comunicação foi complicada, mas com o passar das semanas começou a melhorar.” E Brand acrescenta: “Por isso, temos tomado muito cuidado, para transmitir com clareza os conheci-mentos, através de frequentes demons-trações, exercícios práticos, perguntas e respostas, além da revisão dos exercí-cios práticos e de melhorias”. O hún-garo Viktor Mato, sucessor de Brand, o acompanhou por três meses.

Agora, há um núcleo bem definido com cerca de 220 funcionários locais, que executam todo o processo. O tra-balho foi concluído com êxito e o pa-trocinador Jörn voltou para a Alema-

De mãos DaDas com o sucesso

nha. Ele agora gerencia para a Voith a filial de Sindelfingen, mas permanece sendo o “patrocinador principal” de Kecskemét e já planeja algo novo: “es-tamos convidando as pessoas da Hun-gria para virem a Sindelfingen e conti-nuarem a sua formação aqui”.

E já existe a próxima edição do mo-delo de colaboração da Hungria: não só para os colegas da Alemanha, mas também para Viktor Mato e sua equi-pe, que estarão juntos – pois eles mes-mos são mentores do conhecimento. Mato afirma que “a relação entre nós e os nossos colegas alemães continua. Juntos, ganhamos mais experiência e compartilharemos o nosso conheci-mento com os novos colegas de Kecskemét. Isso é extremamente moti-vador para a minha equipe”. //

assistência à reconstrução, na Hungria

Desde 2012, a Daimler produz na cidade hún-gara de Kecskemét seu carro Mercedes Clas-se B. A Voith tem acompanhado o desenvolvi-mento dos trabalhos desde novembro de 2010, e apoiado seu antigo cliente Daimler com a indústria de numerosos serviços. entre outros, a Voith assumiu a remoção, limpeza de neve, paisagismo e serviços de zeladoria, lim-peza técnica de máquinas e equipamentos, manutenção de sistemas de transporte e ges-tão de edifícios técnicos.

KecskemétHungria

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Marcos

o pedido da changchun railway Vehicles (CrC) da China vem bem ao gosto do Dr. Volkmar Vogel, diretor da Voith engineering Services GmbH, em Chemnitz: os especialistas da Saxônia poderiam construir uma linha comple-ta de bondes elétricos de piso baixo para a metrópole chinesa de Shenyang... no prazo de nove meses? “tive que engolir a seco”, diz Vogel. “Geralmente, algo assim leva pelo me-nos um ano e meio.” Mas o pessoal da engineering Services, que faz parte da Voith Industrial Services, encontrou uma solução criativa.

Enquanto os trabalhos de constru-ção dos engenheiros são executa-dos, as primeiras peças do veículo já vão sendo construídas. A fim de cum-prir o prazo, estão trabalhando de modo paralelo no que, normalmente, é feito em sequência. e ele convida os engenheiros da CrC para cooperação imediata com a Saxônia. Assim, às ve-zes trabalham no projeto até dez es-pecialistas da China junto com 40 co-legas da Alemanha.

os funcionários de Chemnitz es-tão acostumados a grandes desafios. os fabricantes de veículos automoto-

res e veículos sobre trilhos confiam à engineering Services toda a cadeia de geração de valor, do desenvolvimento, cálculo e planejamento à montagem dos protótipos.

Quer seja um fornecedor especia-lizado em bondes buscando um veí-culo que considere alturas de platafor-mas específicas, quer sejam fabricantes de veículos ferroviários que queiram construir trens inteiros; quer se necessite de um especialista que construa um protótipo em tama-nho original de uma cabeça de tração para um novo trem ICe, quer monta-doras de automóveis precisem de aju-da no planejamento de seus proces-sos, a engineering Services está sempre de prontidão para fazer o ser-viço. “Nós somos um fornecedor de soluções”, diz Vogel. “Mera produção é atitude de outros fornecedores”.

Um modelo promissor, como com-prova o desenvolvimento de progra-mas em Chemnitz. Com vendas anu-ais acima de 30 milhões de euros e 540 funcionários, os saxões constru-tores de veículos ferroviários jogam na primeira liga de serviços de engenha-ria. o número de funcionários cresce

Quanto mais difícil, melhorNão importa quão incomuns e desafiadoras sejam as necessidades dos fabricantes de veículos rodoviários e ferroviários, os engenheiros da Voith engineering Services de Chemnitz sempre encontram uma solução.

rapidamente. Somente em 2011, foram contratados mais de 100 funcionários.cerca de 110 dos peritos em enge-nharia estão trabalhando atualmente no grande projeto da área ferroviária, um pedido da Bombardier transporta-tion Görlitz para a companhia ferroviá-ria alemã (DB – Deusche Bahn) no qual serão construídos trens de longa distância de dois andares. os funcio-nários desenvolvem carros de controle e reboque, que deverão atingir a velo-cidade de até 160 km/h em áreas re-gionais atualmente classificadas para 120 km/h. “É tecnicamente muito de-safiador, e só podemos implementar a ordem porque trocamos informações constantemente com os especialistas do cliente”, diz o gerente de projeto Ullrich Meixner. portanto, a Voith está diretamente ligada à rede de desen-volvimento da Bombardier, para que os engenheiros tenham acesso a to-dos os documentos necessários. em contrapartida, os clientes têm a contí-nua percepção do resultado dos tra-balhos, o que facilita a tomada de de-cisões. A parceria é tão intensa que os engenheiros da Voith se envolvem até mesmo na liberação dos componen-tes desenvolvidos.

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Marcos

Em ação para o cliente – os funcionários de serviços de Engenharia da Voith. De cima e à esquerda: engenheiro de cálculo Jianwu Guo e designer Matthias Gessell, designer chefe Ullrich Meixner com o designer christian Laarz, modeladores Felix May com Mathias Hubert, a mecânica industrial e construtora Katrin schneider.

tanta responsabilidade pode ser assumida apenas por quem se envol-ve inteiramente com a perspectiva de seus clientes. Isto também se aplica ao papel da Voith como especialista na assim chamada “fábrica digital”. Desde o início dos anos noventa, os engenheiros planejam, implementam e gerenciam instalações e processos de fabricação; por exemplo, para a fábri-ca da Volkswagen, são usados mode-los digitais, simulações e visualizações 3D. Dessa forma, antes de fazer qual-quer investimento, a Voith pode simu-lar e analisar processos de fabricação com sistemas de diferentes fornece-dores de máquinas, a fim de encontrar o modelo que melhor atenda aos re-quisitos.

olhar para o futuro para planejar e agir de modo a encontrar uma estraté-gia exata para cada desafio – são es-tes os principais pontos fortes da en-gineering Services. Isso também se reflete na execução dos pisos rebaixa-dos para a Shenyang: enquanto os engenheiros de Chemnitz trabalham no processo de construção, a CrC já fabrica os primeiros componentes na China, desde o verão. //

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Marcos

Tecnologia literalmente de ponta: a Voith turbo Scharfenberg desenvolveu a Galea, uma nova máscara frontal para veículos ferroviários na qual esta-belece novos padrões em termos de eficiência energética, segurança e ver-satilidade. o sistema frontal foi apre-sentado pela primeira vez em tama-nho original na feira Innotrans do ano passado. ele é quase inteiramente feito de materiais compostos de fi-bras, por isso, a Galea é significativa-mente mais leve do que as máscaras frontais convencionais, em aço. o bai-xo peso reduz o consumo de energia dos veículos e contribui para uma operação econômica e que respeita o meio-ambiente.

A Voith conta com anos de expe-riência em elementos de absorção de energia: os plásticos reforçados com fibra de vidro (Grp) usados frequente-mente absorvem a energia de impacto

melhor do que estruturas metálicas comparáveis e os elementos de ab-sorção estruturais e de energia da máscara frontal do veículo aumentam a segurança passiva do maquinista e dos passageiros. Além disso, o mate-rial da Galea oferece ótima proteção contra incêndios, bem como isola-mento térmico e acústico.

A Galea é adequada para trens com velocidade máxima de 200 km/h. o conceito é tão flexível que pode ser adaptado a todos os chassis de veí-culos atuais. Quem mais se beneficia são fabricantes de pequeno e médio porte, que não possuem um departa-mento de desenvolvimento próprio ou experiência na produção e cálculo de elementos Grp. Ao mesmo tempo, a Galea é, ainda, uma plataforma de tecnologia para outros desenvolvi-mentos. Assim, podem ser integrados conceitos individuais dos elementos

Na diaNteira

Na Innotrans 2012 os visitantes puderam ver a inovadora máscara frontal Galea da Voith. A concepção única baseada em materiais compostos de fibra a faz segura, flexível e leve.

de absorção de energia como solução única e integrada a conceitos de veí-culos existentes.

e também para os operadores de sistemas de transporte, o inovador sistema Galea é atraente: materiais compostos de fibra permitem design bastante variável, contornos aerodinâ-micos, geometrias complexas e su-perfícies de forma livre com custo viá-vel. Dependendo das ideias de design da empresa, a máscara frontal pode, por fim, ser personalizada com logoti-pos e cores para que os operadores fortalecem a identidade da marca e se diferenciem da concorrência. //

a nova máscara frontal do veículo Galea da Voith pode ser adaptada a vários modelos de veículos ferroviários.

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Marcos

a planta piloto para a secagem de celulose, construída na Voith em são Paulo, mostra como a celulose pode ser produzida a partir da mais alta qualidade e da forma mais eficiente.

os bons engenheiros estão constan-temente em busca de melhorias para as tecnologias estabelecidas; mas os engenheiros muito bons também questionam princípios básicos nessa hora. Foi assim com os especialistas do Innovation Center da Voith em São paulo, que, desde 2009, vêm desen-volvendo uma máquina piloto para a secagem de celulose, com sistema revolucionário. Já existe uma referên-cia comercial em funcionamento no mercado, com sucesso.

o que torna a instalação extraor-dinária é uma inovação no processo de secagem. Na seção de formação, a água é drenada inicialmente por gra-vidade e baixo vácuo, seguida por uma área de dupla tela que provoca desaguamento por tensão entre telas e rolos e, finalmente, por um elemento de alto vácuo; mais água é extraída da massa por rolos na seção de prensas; e, por fim, quando a folha de celulose chega à área de secagem, ela é con-duzida pelo secador por fluxo de ar e rolos guias. em todas as instalações de produção de celulose do mundo, a folha de celulose se movimenta hori-zontalmente através da área de seca-gem. Isso só não acontece na máqui-na piloto da Voith: nela, a folha é encaminhada verticalmente. Isto eco-nomiza energia, pois a manta não é

conduzida pelo ar quente, como no processo horizontal, mas por meio de rolos guias superiores e inferiores; o ar se destina apenas à secagem, o que reduz o consumo de vapor. por outro lado, a máquina opera com mais efici-ência, pois pode ser limpa em poucos minutos, em caso de quebra – no pro-cesso horizontal, a limpeza leva várias horas.

A recompensa da engenharia da Voith é o sucesso no mercado: desde junho de 2012, um secador vertical

PeNsar de forma iNovadora“por que não imaginamos isto antes?” É uma frase dita com frequência pelas pessoas diante de invenções genais cuja ideia não foi sua. e que se ouvirá sobre o novo e revolucionário processo para secagem de celulose desenvolvido na Voith de São paulo.

opera na empresa brasileira Lwarcel Celulose, em Lençóis paulista. Nessa instalação, a tecnologia inovadora apresenta ainda outra vantagem: o cliente necessitava aumentar urgente-mente a capacidade de secagem, mas não tinha espaço suficiente para uma nova área de secagem... e o secador vertical requer muito menos espaço. No caso desta reforma, a montagem pode ser realizada com a máquina em operação. //

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panorama

Dinheiro para o bema Fundação Hanns Voith é conhecida na região de Heidenheim pela promoção de inúmeros projetos culturais, sociais e educativos. Neste ano, esta organização comunitária comemora o seu 60º aniversário.

h anns Voith, neto do fundador da Voith GmbH, foi uma pes-soa de muitos talentos: após a

Segunda Guerra Mundial, foi ele o res-ponsável pela prosperidade da empresa. Além disso, Hanns Voith se preocupava com o bem-estar dos colaboradores e de seus filhos e fornecia auxílio a comu-nidades carentes. A Fundação Hanns Voith foi criada em sua homenagem, em 1953. Ela continua a promover o espírito de filantropia de Voith e, prin-cipalmente no distrito de Heidenheim, apoia projetos culturais, sociais e eco-lógicos, além de distribuir bolsas para estudantes de ciências naturais, enge-nharia e economia.

O jubileu da Fundação, celebrado no dia 14 de junho com uma festa na Casa de Concertos de Heidenheim, lançou um olhar retrospectivo sobre 60 anos de empreendimentos bem-sucedi-

dos. Apenas no ano de 2012, a Funda-ção Hanns Voith doou um total de 372 mil euros a várias iniciativas e institui-ções de Heidenheim, como a Academia do Futuro, o Simpósio de Escultores, a Escola Waldorf, a Academia de Alunos de Engenharia, a captação de recursos para o Museu de Arte, o Festival de Ópera de Heidenheim e a orquestra Voith. Um total de 20 mil euros serão investidos na restauração do Brenz, en-quanto que as escavações arqueológicas na gruta Vogelherd, em Niederstotzin-gen, receberão uma doação de 40 mil euros anualmente e o parque arqueoló-gico planejado para esse local deverá receber 10 mil euros por ano. Além disso, através da organização de inter-câmbio AFS, a Fundação também dá bolsas de 5 mil euros a alunos que de-sejam realizar intercâmbio de um ano escolar no Brasil ou na China. Em fun-

ção do jubileu, a Fundação iniciará em 2013 uma distribuição anual de prê-mios de incentivo para trabalhos aca-dêmicos de destaque.

A mais nova iniciativa da Fundação Hanns Voith, em parceria com o banco local Sparkasse, é o apoio ao prêmio Cidadão Alemão 2013 do distrito de Heidenheim. O objetivo do prêmio é condecorar cidadãos que se engajaram voluntariamente e de forma especial – como no ideal de Hanns Voith. //

a fundação Hanns Voith apoia estudantes, a orquestra Voith e as escavações arqueológicas na Gruta Vogelherd, onde foram encontradas as esculturas mais antigas da história da humanidade.

Hanns Voith (1885-1971), neto do fundador da Jm Voith.

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panorama

Cinco potenciais mecânicos indus-triais em Heidenheim restauraram duas hélices históricas do Voith Sch-neider propeller (VSp): VSp Nº. 11, do ano de 1931, e VSp Nº 507, de 1947. A de número 11 é proveniente de um barco de passageiros do lago Boden-see; a de número 507, de uma lancha da polícia fluvial francesa. os estagiá-rios Chris Stampfer, Johannes perfahl, Lars Hartmann, paul Mettmann e Ma-rio Kreisel tiveram o suporte do instru-tor Harald Kottmann – e de uma pes-soa capaz de montar um VSp de olhos vendados: Werner Luz. Werner entrou para a Voith em 1955, como aprendiz, e trabalhou 50 anos na em-presa, dos quais quarenta e seis atu-ando mundialmente como montador--chefe da VSp. Seus pupilos levaram

um semestre para desmontar, limpar, polir e remontar um VSp; agora, as aletas do acionamento brilham como se fossem de ouro, e a de número 507 está, inclusive, totalmente funcional.

em breve, todos poderão ver o resul-tado do trabalho com os próprios olhos: a hélice 507 será exposta no foyer do prédio da Voith turbo Schnei-der propulsion, em Heidenheim. //

o número onze vive!

não em primeiro lugar, porém ven-cedores. esta é certamente a verdade para os quatro funcionários da Voith Industrial Services de Warwick que, no verão passado, participaram da famosa competição de caminha-das “Four peaks Challenge”. o objeti-vo era subir rapidamente até os picos mais altos da Inglaterra, escócia, país de Gales e Irlanda do Norte respecti-vamente. paul Nicholson, Adam Hart e Martin Dunne conseguiram cumprir o desafio em 48 horas e 19 minutos, in-cluindo o traslado de carro entre um pico e outro com o colega phil, que foi o motorista. A equipe Voith atingiu a

SomEnTE VEnCEDorES no Topo

o time Voith da Four peaks Challenge: adam Hart, phil rickhuss, martin Dunne e paul nicholson (da esquerda).

os estagiários Johannes perfahl, mario Kreisel, paulo mettmann, Chris Stampfer e Lars Hartmann (em sentido horário, a partir da es-querda inferior) com a hélice VSp restaurada de no. 507.

linha de chegada em sétimo lugar en-tre as 18 equipes participantes; porém, considerando-se somente o tempo de escalada, de 17 horas, 7 minutos e 31 segundos, os rapazes obtiveram o primeiro lugar na votação dos veteranos. eles também conquis-taram o prêmio de “veículo de traslado mais bonito” pela excepcional decora-ção do veículo.

De toda forma, a verdadeira ven-cedora da competição foi outra: a taxa de inscrição paga pelos participantes – mais de 4.000 libras (cerca de r$ 13.300,00) – que será utilizada para auxiliar crianças carentes. //

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PÉROLA DO SUL

tVVS prasad, 44 anos, é gerente de recursos humanos e administrativo da Voith turbo em Hydera-bad. ele leva o leitor da Voith report a uma via-gem nessa cidade colorida e diversificada, com suas muitas atrações.

B em vindo a Hyderabad, a cidade em que nasci e fui criado. Hyde-rabad é a capital de Andhra Pra-

desh, no sul da Índia – com 6,8 milhões de habitantes, é a quinta maior metró-pole do país. O lugar teve um passado conturbado: com seus mais de 400 anos de história antiga, Hyderabad já foi go-vernada por muitas famílias soberanas, dentre as quais os Shahi Qutb, os Mu-ghals e os Nizam. Essa história variada contribuiu para que, em nossa provín-cia, línguas regionais como o urdu e o telugu alcançassem uma alta predomi-nância. Além dessas línguas: muitas pessoas também dominam o híndi e o inglês. Hyderabad é uma cidade colori-da, cunhada por religiões distintas e in-fluências culturais e pela atual migração de pessoas vindas de todas as partes da Índia para trabalharem aqui, por exem-

plo no ramo de TI, que tem grande re-putação.

na verdade, Hyderabad é uma cidade gêmea: Secunderabad foi separada de Hyderabad pelo sistema de lagos Sagar Hussain, que existe desde 1562 e é mui-to popular entre os turistas. Seja como for, os visitantes encontram uma série de atrações em Hyderabad: desde te-souros culturais –, como a antiga cidade fortaleza de Golkonda e a mesquita Charminar – em parques, jardins e mu-seus da cidade, até a cidade cinemato-gráfica de Ramoji e um cinema com uma das maiores telas IMAX do mundo. Hyderabad é também um paraíso das compras, conhecida por suas pérolas, tecidos, moda e artesanato tradicionais, como as pulseiras de vidro. A comida tí-pica de Hyderabad faz sucesso tanto en-

report 1/2013 | 49

panorama

Hyderabad é um centro de moda e de proces-

samento de pano. nos mercados da cidade,

é possível encontrar tecidos e panos de cores

tradicionais.

Críquete na Índia é o esporte número um – milhões de indianos batem bola em seu tempo livre.

tre os moradores, quanto entre os turis-tas. Dum Biryani é uma combinação picante de carne e arroz de grão longo. Todos os anos durante o Ramadã é con-sumido um prato chamado Haleem, composto de carne, trigo e muitas espe-ciarias; naturalmente, o verdadeiro Ha-leem só é encontrado em Hyderabad!

E, para falarmos de esportes, o crí-quete é muito popular em Hyderabad: a cidade conta com diversos estádios para disputas nacionais e internacionais. Hy-derabad também tem uma boa acade-mia de badminton que, nos últimos tempos, formou jogadores de nível mundial. Eu, pessoalmente, gosto de jogar críquete com amigos no fim se-mana ou sair para uma caminhada no-turna no lago Hussain Sagar e desfrutar de um jantar com especialidades regio-nais. //

nosso local

As instalações da Voith turbo estão localiza-das em Nacharam, uma área industrial de Hyderabad. Foi construída em 1987 em um terreno de 20.000 metros quadrados. em nossa fábrica, produzimos acoplamentos hi-drodinâmicos e, atualmente, empregamos 255 colaboradores.eu sou responsável pelos departamentos de recursos humanos e a administração geral da empresa. trabalho na Voith há quatro anos e meio e estou contente de ter celebrado o jubi-leu de prata da nossa filial da Voith turbo em 2012, quando o presidente e Ceo do Grupo Voith, Dr. Hubert Lienhard, em pessoa, inaugu-rou uma placa memorial.

Se você quiser saborear pratos típicos de

Hyderabad, pode escolher entre os muitos

excelentes restaurantes.

a Charminar, uma mesquita com quatro minaretes, é o centro da antiga cidade de Hyderabad. Foi construída em 1591, pelo fundador da cidade, o rei Quli Qutb Shah.

HyderabadÍndia

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