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#3 | 2013 INSIGHT LANÇAMENTO DO VOITH 150+ NO LOCAL USINAS HIDRELÉTRICAS PARA A TURQUIA DESTAQUES ESTREIA AUTOMOBILÍSTICA NA CHINA FOCO EM PETRÓLEO, GÁS E CARVÃO INOVAÇÕES PARA RECURSOS FÓSSEIS REPORT A REVISTA PARA VOITHIANOS

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#3 | 2013

INSIGHT

LANÇAMENTO DO VOITH 150+NO LOCAL

USINAS HIDRELÉTRICAS PARA A TURQUIADESTAQUES

ESTREIA AUTOMOBILÍSTICA NA CHINA

FOCO EM PETRÓLEO, GÁS E CARVÃO

Inovações PaRa ReCURsos FÓsseIs

RePoRtA REVISTA PARA VOITHIANOS

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EXPEDIENTE

Edição:Voith GmbHComunicação CorporativaSt. Pöltener Straße 4389522 Heidenheim, Alemanhawww.voith.com

Responsável:Lars A. Rosumek

Redação:Markus Woehl, Kristine Adams

Contato com a redação:Telefone: +49 7321 37-2228Telefax: +49 7321 37-71 07E-Mail: [email protected]

Em cooperação com:G2 Printmedienmanufaktur GmbH,Munique, Alemanha

Impressão:Leograf Gráfica e Editora Ltda.

Créditos das imagens:Dawin Meckel: Título, p.3, p.6, p.9, p.17,p.18, p.22, p.23, p.24, p.27, p.28Wesser: p.11Jun Hu: p.37Getty Images p. 40/41Fotocommunity: p. 41, parte inferior.Puchner: p. 20/21Voith: todas as outras imagens.

Direitos de Reprodução:A cópia e reprodução de artigos e imagens requer prévia autorização da Voith.

A Voith Report é publicada em alemão, inglês, português e chinês.

Operadora de ponte rolante trabalhando na Voith Hydro em Shanghai.

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REPORT 3/2013 | 3

EDITORIAL

PReZaDos voItHIanos,

Quais serão os grandes desafios e oportunidades para a Voith nos próximos anos? Essa foi uma pergunta central nos sete Encontros Regionais da Voith, realizados em todo o mundo du-rante as últimas quatro semanas de 2013. Esta edição da Voith Report dedica especial atenção a essas conferências, das quais participaram cerca de 1.200 líderes da empresa.

Um dos temas mais importantes nos encontros foi o progra-ma “Voith 150+”, que nos conduzirá ao longo dos próximos anos. Esse é o programa que inclui diversas iniciativas já existentes, ou recentemente lançadas, que prepararão a Voith para os desafios do futuro. Você descobrirá exatamente do que se trata o programa “Voith 150+” a partir da página 20. As próximas edições da Voith Report também trarão informações regulares sobre o “Voith 150+”. A presente edição trata de uma pedra fundamental do programa: relatamos alguns avanços do “Excellence@Voith“ (página 22) e a nova iniciativa de excelência, a “Excelência Administrativa” (pá-gina 25); além disso, também atualizamos o status do Programa Diversidade & Inclusão (página 24).

As mudanças são muitas vezes acompanhadas por decisões difíceis – como as reestruturações planejadas na Voith Paper, que o Dr. Hans-Peter Sollinger, Presidente do Conselho de Administração da Divisão Paper, esclarece em uma entrevista que começa na página 28.

Melhorias contínuas e mudanças também constituem o ponto em comum ao longo de diversas outras histórias nesta Edição. Na seção Foco, a partir da página 8, você lerá por que os produtos e serviços da Voith para a exploração e processamento de petróleo, gás e carvão desempenham um papel tão importante: porque eles precisam ser constantemente adequados a difíceis condições, seja no deserto, no mar aberto ou em baixo da terra. O artigo da página 39 explica como a Voith revolucionou o processo de remoção de tinta de papel reciclável. Por fim, na seção Perfil, que retrata a nossa unidade operacional de Gliwice (página 40), você verá como foram profundas as mudanças nessa cidade polonesa – de acordo com a experiência de um homem que viveu tudo isso.

Eu desejo a vocês que desfrutem da leitura – além de um bom ano novo.

Atenciosamente,

Lars A. RosumekVice-Presidente Sênior de Comunicação Corporativa

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FOCO

08 o MotoR Da MoDeRnIDaDeGLOBAL A Voith oferece todos os componentes – confiáveis e compactos – para a extração, transporte e processamento de petróleo e gás.

10 FeIto PaRa ConDIções eXtReMasOMÃ/EUA/NORUEGA Os componentes da Voith para a exploração de gás e petróleo já foram aplicados no calor e no frio extremos, e tanto no mar como no deserto.

13 os InDestRUtÍveIsCHINA/MONGÓLIA Na mineração, a confiabilidade é tudo – e os acoplamen-tos e tecnologia de válvulas são a sua garantia.

16 MUIta MovIMentaçÃo nas PaRaDasALEMANHA/ANGOLA/NORUEGA Paradas de manutenção em refinarias são um assunto muito delicado – e um tema para os especialistas da Voith.

ÍnDICe

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REPORT 3/2013 | 5

INSIGHT

20 voItH 150+GLOBAL Os Encontros Regionais de 2013

22 UMa eXCeLente esCoLHaGLOBAL “Excellence@Voith” inicia campanha OPEX.

24 InCoRPoRanDo a DIveRsIDaDeGLOBAL Roland Münch: Avança com o programa de D&I .

25 eXCeLÊnCIa no esCRItÓRIoGLOBAL Mais eficiência na Administração da Voith.

26 aPRenDIZaDo PaRa toDa a vIDaGLOBAL Um estágio na Voith significa aprendizado para toda a vida.

28 novo FoCo PaRa os neGÓCIos eURoPeUsEUROPA Entrevista com Hans-Peter Sollinger.

NO LOCAL

30 CoM FoRça PRÓPRIaTURQUIA Para acompanhar o seu surto de crescimen-to, o país aposta em hi-drelétricas.

34 nÓRDICo PoR natUReZaHELSINKI Graças à Voith, os trens da capital finlan-desa são especialmente robustos.

35 no GRanDe RIoCONGO/ANGOLA Dois pro-jetos da Voith contribuirão para aproveitar o gigantes-co potencial africano.

DESTAQUES

36 JUntos soMos FoRtesFOSHAN Com a auto-matização de uma fábrica de carros, a Voith descobre novas dimensões.

38 tUDo De UM ÚnICo FoRneCeDoRGRÃ-BRETANHA Quem sabe de fabricação de papel também entende de tratamento de efluentes – como é o caso da Voith.

39 eLIMInanDo o CInZaALEMANHA/SUÍÇA Os processos de flotação e remoção de tinta dei-xam branco o papel re-ciclado – a série sobre as tecnologias de base do Grupo explicam como a Voith descobriu esse processo.

PANORAMA

40 tRansIçÃo CoM MUIto oRGULHoGLIWICE Wojciech Cyz tem orgulho de sua cidade, que já passou por muito e ainda tem muitos planos pela frente.

02 EXPEDIENTE

03 EDITORIAL

06 NOTAS

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RubRik

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GLOBAL O que realmente conta são clientes satisfeitos. É por isso que a Voith Serviços Industriais está satisfeita por ter recebido três premiações de três clientes diferentes no ano passado. Na China, pela segunda vez consecutiva, a Voith foi escolhida pela Shanghai Volkswagen Powertrain para o prêmio “Fornecedor Ouro” devido à excelente qualidade dos serviços prestados. Pela primeira vez, a Esso da Noruega concedeu um prêmio a um indivíduo: Jan Petersen, supervisor da Voith Ringstedt, na Dinamarca, foi premiado pelos elevados padrões de segurança em uma parada de manutenção.

Por fim, Hamid Boukharta, supervisor da Voith na fábrica da Opel em Rüssels heim, recebeu uma premiação pessoal do cliente General Motors por seu comprometimento independente e incansável. //

SUÉCIA A empresa VG Power AB, já filiada à Voith, passará a se chamar Voith Hydro AB. “Com a mudança de nome, fortalecemos nosso papel dentro da divisão da empresa. Nossa empresa combina expertise específica em geradores com a experiência de longo prazo da Voith em soluções completas para usinas hidrelétricas. Nossos clientes gostam disso”, afirma Stefan Borsos, CEO da Voith Hydro AB, que é sediada em Västerås.

No início de 2013, a Voith adquiriu o controle de todas as ações da VG Power AB, aumentando assim a par-ticipação majoritária de 51% que ela detinha na empresa desde 2006. A Voith Hydro figura entre as principais fornecedoras de tecnologia hidrelé-trica da Suécia, dispondo de grande know-how, em especial nas áreas de novas usinas e na modernização de geradores hidrelétricos. //

vG PoWeR toRna-se voItH HYDRo

Premiação “Golden Supplier” na Shanghai Volkswagen Powertrain.

BOM TRABALHO!

CRAILSHEIM/HEIDENHEIM O Conselho de Administração da Voith Turbo será integrado por dois novos membros: Dr. Frank Gropengießer e Benno Morlock.Gropengießer (Foto 1) é o novo CEO da divisão ferroviária desde meados de outubro. Após completar seu doutorado, o matemático e economista Gropengießer trabalhou na Smithkline Beecham, Phoenix e Vibracoustic. Seu trabalho mais recente foi de CEO da Knorr-Bremse Schienenfahrzeuge GmbH. Com sua extensa experiência na indústria for-necedora do setor ferroviário, Gropengießer tem os melhores pré-requisitos para liderar e desenvolver as tecnologias de trens de acionamento e sistemas de acoplamentos da Voith. Ele sucederá Dr. Norbert Klapper, que deixará a Voith após oito anos de muito sucesso.Morlock (Foto 2) já é membro do Conselho de Administração da Voith Turbo desde abril de 2013. Em outubro, tornou-se CEO da nova divisão de mercado Mineração & Metais, que surgiu da Divisão Industrial juntamente com a nova divisão Energia, Petróleo & Gás. Morlock trabalha na Voith desde 2008, e era responsável pela Unidade de Negócios de Componentes de Partida (start up components). Antes de juntar-se à Voith, o Administrador foi Diretor de Distribuição da Partner Alliances Europe para a Kodak. Ele possui ampla experiência internacional, em especial nas áreas de gerenciamento de produto, vendas e estratégia. //

novos MeMBRos Do ConseLHo De aDMInIstRaçÃo Da tURBo

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NOTAS

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HEIDENHEIM Quando dois especialis-tas se juntam, geral resulta em alguma coisa boa. Neste caso, foi uma linha de produção completa para a fabricação de não-tecidos. A Voith Paper e a es-pecialista em lã Trützschler Nonwovens recentemente juntaram forças para ten-tar realizar isso. As qualidades dos dois parceiros se complementam de forma ideal nesta cooperação: a Voith criou o HydroFormer, que realiza a formação da lã. Já a Trützschler Nonwovens entrou com a tecnologia para o emaranha-mento das fibras com seu AquaJet, um processo de última geração na área de hidroemaranhamento. O produto final são não-tecidos que virão ao mercado como toalhas úmidas de limpeza. Para esta cooperação com a Trützschler Nonwovens, além do HydroFormer, a Voith também entrou com o seu conhe-cimento em sistemas de preparação de massa e de água, conceitos de prensa, vestimentas e calandras. //

DUo novo eM FoLHa

LIMPeZa nos neGÓCIos

Os novos navios de combate a incêndio poderão alcançar até 155 metros cúbicos de água por minuto.

Uma das equipes vencedoras: “Runs with Scissors”, da Voith Hydro.

NOTAS

EUA Exercício faz bem para a saúde. As autoridades de saúde dos EUA re-comendam dar um mínimo de 10.000 passos por dia. É por isso que a Voith estimulou a sua equipe norte-americana a participar de uma “caminhada pela América” virtual durante o verão. Na competição, 265 colaboradores americanos e três colaboradores canadenses das divisões Turbo, Paper e Hydro usaram um contador de passos por oito semanas. Durante esse período, cada uma das equipes, com quatro integrantes, teria que dar um mínimo 2.019.200 passos, o que equivale aproximadamente a uma cami-nhada de costa a costa. A equipe com o maior número de passos, a “Três passos e meio”, da Voith Paper, deu um total de 5.700.688 passos – o equivalente a 25.450 diários para cada colaborador. //

saIa anDanDo!

LONG BEACH Oficiais da cidade californiana de Long Beach fecharam um contrato para a construção de dois novos navios de combate a incêndio para o corpo de bombeiros do porto. Eles substituirão os dois antigos navios, “Liberty” e “Challenger”, que vêm operando desde o início da década de 1980 e, assim, contavam com tecnologia ultrapassada. A propulsão dos novos navios será realizada por propulsores Voith Schneider (VSP). Com uma capacidade de até 155 metros cúbicos de água por minuto para a extinção de incêndios, eles estarão entre os na-vios de combate a incêndio com maior capacidade do mundo.

Mas é no quesito de manobrabilidade que residem as maio-res expectativas em relação a estes sucessores. Duas das quatro bombas de combate a incêndio trabalharão com os motores que também acionam os VSPs. Em operações, a potência dos VSPs é limitada a 25%, ficando o restante à disposição das bombas. Isso permite posicionar os navios com baixo consumo de combustível ao mesmo tempo em que eleva a potência das bombas sem requerer motores adicionais. O primeiro dos dois navios estará pronto em meados de 2014. //

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FOCO

Petróleo, gás e carvão continuam sendo insubstituíveis como fontes de energia e matérias-primas básicas para a indústria. A economia mundial e as sociedades do mundo atual dependem da disponibilidade de recursos fósseis e seus derivados. Com sua tecnologia e expertise, a Voith garante que o seu abastecimento não pare.

ConDUZInDo novos DesenvoLvIMentos

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FeIto PaRa ConDIções eXtReMasSeja no deserto, oceano ou em planícies extensas, petróleo e gás são frequentemente extraídos, transportados e processados em regiões especialmente inóspitas. E nesses ambientes, componentes da Voith impressionam por sua confiabilidade, durabilidade e rentabilidade.

FOCO

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1 Os variadores Vorecon também são utilizados em plataformas de petróleo em alto mar.

2 Uma planta de proces-samento de gás no deserto de Omã – um local inóspito que im-põe grandes desafios à tecnologia.

a extração de gás no deserto de Omã é um desafio – e não só para as pessoas, que precisam suportar os trabalhos mais difíceis debaixo de tempestades de areia e temperaturas de até 60 °C. As máquinas também precisam suportar

esse clima inóspito. As tecnologias da Voith demonstram toda a sua capacidade nessas condições – e um bom exemplo disso é o variador de velocidade variável Vorecon. Confiável, à prova de explosões e compacto, ele agora está novamente ope-rando em Omã. Uma empresa estatal encomendou quatro Vorecons para ampliação de uma planta de processamento de gás, onde eles serão utilizados para controlar a velocidade dos turbocompressores para a exploração de gás a partir de 2014.

“A pressão natural disponível no campo de exploração de gás muitas vezes não é suficiente para continuar a operar a planta processadora”, explica Alexander Schust, Gerente da Área de Vendas da Voith Turbo. “Os compressores que instalamos agora aumentam a pressão, permitindo a exploração do que resta de gás no campo de petróleo.” O Vorecon é um variador de velocidade. Sem ele, os compressores operariam constantemente à carga máxima, e não teriam condições de reagir a variações mínimas nos parâmetros operacionais. Assim, seria necessário diminuir a vazão do gás, o que reduziria a rentabilidade da operação da planta. Isso poderia ser comparado a alguém dirigindo um carro à máxima velocidade e ao mesmo tem-po frear para respeitar o limite de velocidade, ao invés de manter uma velocidade controlável somente usando o acelerador.

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FOCO

As engrenagens planetárias de velocidade variável Vorecon da Voith podem ser aplicadas de forma versátil como, por exem-plo, na exploração de petróleo off shore e em plataformas de exploração de petróleo.

Seja no meio do deserto, no frio congelante ou no mar, os componentes utilizados para a extração, transporte e pro-cessamento de óleo e gás precisam ser robustos, confiáveis, compactos – e rentáveis. E a Voith fornece esses componentes, a partir de sistemas de acionamentos através de instrumenta-ção elétrica e tecnologia de controle para sistemas hidráulicos. Entre eles estão os variadores de velocidade para compres-sores e bombas, acoplamentos de membrana e limitadores de torque para turbinas, além dos propulsores e Voith Inline Thrusters para o acionamento seguro de navios de apoio. Em especial, a exploração de petróleo em mar aberto destaca a versatilidade de produtos como o Vorecon da Voith. A empre-sa petroleira brasileira Petrobras, por exemplo, utiliza esses variadores de velocidade em navios FPSO no Atlântico e além disso, na área offshore, também utiliza os produtos da Voith para assegurar a manobrabilidade precisa e segura de navios especiais.

A confiabilidade conta – também nos EUA, onde a explo-ração de petróleo passa por um surto de crescimento. Nas proximidades da cidade de Baker, no estado de Montana, um novo componente da Voith que está sendo usado pela primeira vez foi criado para desempenhar um papel funda-mental: o acoplamento TurboCool. Ele regula a rotação dos ventiladores no sistema de resfriamento da usina de bombea-mento. Isso porque, no motor Diesel a gás, os compressores dos pistões e o gás natural explorado precisam ser mantidos a uma temperatura constante.

A característica especial do acoplamento é que produção de refrigeração é determinada de acordo com a demanda – uma melhoria significativa em comparação com equipamentos

acionados convencionalmente. “Até então, era necessária uma equipe para desligar a estação de funcionamento e regular manualmente as pás do ventilador,” afirma Stefan Hutzenlaub, Gerente de Projetos da Voith Turbo, “e isso era caro e inflexível”.

Como o TurboCool é acionado mecanicamente pelo motor a gás, ele não requer uma rede elétrica e, além disso, a transmissão de potência é isenta de desgaste – tornando-a ideal para aplicações em regiões isoladas, como as grandes planícies de Montana. Condições climáticas extremas, com verões quentes e invernos frios, tampouco representam um problema, já que, graças a sua variação automática de velo-cidade, o sistema de resfriamento não esquenta e nem esfria.

A planta de Baker é o primeiro teste crítico do TurboCool, que já havia passado por diversos testes anteriormente. Hutzenlaub está satisfeito com as experiências em Montana: “O acoplamento atendeu a todas as expectativas; os clientes estão entusiasmados.”

A fase de teste do acoplamento limitador de torque Safeset, por outro lado, já terminou há muito tempo. Ele foi desenvolvido há cerca de 30 anos pela Voith Turbo em Hudiksvall, na Suécia, e continua a ser o estado da arte em sua categoria.

No campo de gás offshore de Troll, perto da costa no-rueguesa, dois Safesets instalados nos compressores onshore garantem uma exploração contínua de gás natural liquefeito. No caso de torques demasiadamente elevados, os acoplamen-tos de segurança interrompem a transmissão de potência no trem de acionamento, minimizando assim outros prejuízos que poderiam ser causados – bem como o tempo de parada de produção. “Nossos acoplamentos limitadores de torque vão um passo além dos outros da categoria”, afirma Daniel Myrgren, Gerente de Vendas e Marketing da Voith Turbo em Hudiksvall. “Eles se adequam à carga máxima no trem de acionamento e, além disso, são extremamente precisos”. Para completar, também são muito robustos: “Recentemente, recondicionamos um modelo com 18 anos de idade, e o testa-mos novamente no campo. Ele operou com a mesma precisão de sempre.” //

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FOCO

Um tambor de corte realiza a extração subterrânea de carvão, que é então trans-portado por transportadores de correntes.

Para os engenheiros da Voith, condições ambientais extremas estão no dia-a-dia, e não seria diferente na mineração. Os especialistas asseguram a confiabilidade, com produtos que resistem às mais severas condições.

InDestRUtÍveL

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U m dia absolutamente normal na mina de carvão de Sandaogou, a 700 quilômetros a oeste de Pequim: a algumas centenas de metros embaixo da terra, mine-

radores extraem carvão das paredes sobre uma esteira de sete metros de altura e 350 metros de largura. Grandes fragmentos de pedras e carvão caem sobre o transportador de correntes, que movimenta o material para o transportador de correia propriamente dito. De vez em quando o acionamento desapa-rece completamente sob os fragmentos. Repetidamente, blo-cos de pedra ou carvão se prendem na carcaça do tambor de corte, que às vezes provoca o bloqueio do sistema. E é então que a máquina enfrenta o seu teste mais rigoroso, que é con-seguir liberar suas correntes dentro de poucos segundos após

acionada novamente. “Toda a energia do acionamento preci-sa ser direcionada para a corrente”, afirma Bernhard Schust.

“Isso exige enorme momento de torque – que precisará ser injetado cuidadosamente.” Como Vice-presidente de Vendas da Voith Turbo, Schust é responsável pelo componente que torna isso possível: o acoplamento hidrodinâmico que, con-forme a necessidade, absorve o momento de torque máximo do motor, transmitindo-o para a corrente. Sem o acoplamen-to, levaria alguns dias para os trabalhadores desobstruírem o equipamento e colocarem a máquina bloqueada em operação novamente. “Isso seria uma catástrofe”, afirma Schust. “Já que o mau funcionamento de apenas um elo da corrente transpor-tadora deixaria toda a produção parada.” E a consequência

FOCO

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seria uma enorme queda de faturamento. É por isso que os motores simplesmente não podem parar; a esteira e o aciona-mento precisam trabalhar de forma confiável continuamente.

Os produtos da Voith são criados para essas condições: eixos cardan para rodas de caçambas ou equipamentos de le-vantamento, acoplamentos de partida para britadores, em-pilhadeiras e retomadoras, ou tecnologia de válvulas Valvex para a supressão de poeira e controle do acoplamento de par-tida. A Voith fornece componentes para aproximadamente 20 diferentes aplicações em mineração. Os principais mer-cados são os EUA, China, Brasil, Austrália e África do Sul. Mas, independentemente onde os produtos são utilizados, o estreito contato com clientes é vital para a empresa no de-senvolvimento de soluções completas orientadas a aplicações específicas. “A confiabilidade dos produtos e a capacidade de oferecer suporte de serviços para os mesmos em campo são a chave para o sucesso de nossos clientes”, afirma Schust.

Esse é o caso da mina de carvão de Sandaogou, para a qual a Voith forneceu o acoplamento hidrodinâmico CPC 1600, que a 1.600 kW é capaz de transmitir uma potência 60% superior a acoplamentos usuais de tamanho similar. Graças a isso, a mina pôde aumentar a sua produção em 350 mil to-neladas mensais, mais do que dobrando a capacidade anterior. Desde o comissionamento dos novos transportadores de cor-rentes, em maio de 2012, não houve paradas imprevistas.

Como líder de mercado mundial em acoplamentos hidro-dinâmicos, a Voith está atendendo às crescentes demandas do setor no quesito confiabilidade. Isso porque os turnos de manutenção vêm sendo continuamente reduzidos desde a década de 1980 com o objetivo de aumentar a produção, e as áreas de mineração se encontram em regiões cada vez mais remotas. É raro encontrar mão de obra qualificada, por isso as máquinas precisam ser fáceis de operar, além de conseguirem funcionar sob quaisquer condições.

Atualmente, Schust está trabalhando em uma solução para um cliente da Mongólia que deseja transportar carvão

em transportadores de correia no deserto de Gobi desde a mina até a ferrovia Transiberiana a 33km de distância, sob temperaturas que podem varia de +40°C até -43°C. Em tem-peraturas tão baixas, a correia de borracha endurece, passando a movimentar-se com maior dificuldade, enquanto que a gra-xa para lubrificação dos rolos se torna viscosa. Consequência: potências de transmissão extremamente elevadas acompanha-das de tempos de partida muito longos.

Apesar das elevadas forças de tração envolvidas, os trans-portadores de correia necessitam ser acionados o mais suave-mente possível. A correia é composta de seções de até 300 me-tros de comprimento conectadas em sequência. Quanto mais lenta e, portanto, mais suave, a partida da correia, menor o risco de uma sobrecarga sobre as ligações. “Nossos acopla-mentos de enchimento constante foram otimizados para essa finalidade. E para um controle ainda mais fino de transmissão de potência, desenvolvemos o acoplamento de enchimento controlado”, afirma Schust. Nesse caso, o motor parte sem carga e o enchimento do acoplamento é realizado aos pou-cos. Quanto mais fluido, maior é a transmissão de energia e velocidade de saída.

Antigamente, os acoplamentos operavam principalmen-te com óleo, mas hoje em dia é comum utilizar água, ecológi-ca e amplamente disponível na mineração de carvão. “Devido ao risco de explosão a partir do pó de carvão e gás metano, ela também é mais segura”, afirma Stefan Kröner, Gerente de Vendas Sênior para a tecnologia de válvulas Valvex. As válvu-las Valvex controlam o volume do fluxo de água, contribuindo assim para a minimização do risco de explosão.

Além da robustez e do projeto mais simples das válvulas solenoide, outra vantagem para os clientes é a sua facilidade de manutenção. “Mesmo nos ambientes mais severos”, afirma Kröner, “nossos produtos precisam desempenhar as suas fun-ções da forma mais segura e confiável possível – pois só isso permite uma produção sem interrupções.” //

Na mineração, os acopla-mentos hidrodinâmicos da Voith são componentes vitais nos sistemas de acionamen-to de rodas de caçambas e transportadores de correia.

FOCO

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FOKUS

André Künstler falando por rádio com seus colaboradores na refinaria Holborn.

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FOCO

A precisão e a segurança são o foco quando a Voith Serviços Industriais executa paradas de manutenção em refinarias ou realiza manutenções durante a operação de outros equipamentos.

MUITA MOVI-MENTAÇÃO NAS PARADAS

Muito lentamente, o guindaste eleva o gigante de várias tone-ladas para então descê-lo novamente de enormes alturas com muito cuidado. O que está pendurado no gancho é a seção superior de uma torre de lavagem de gás reciclado – um dos recipientes indispensáveis para o processamento de petróleo em que ocorrem etapas importantes da separação. Esses cilin-dros gigantescos caracterizam a silhueta de todas as refinarias de petróleo – e não seria diferente na refinaria Holborn Europa, em Hamburgo. Entre outras coisas, aqui hoje será feita a subs-tituição de uma parte do meio da torre, “e a parte superior nós colocaremos lá em cima de novo, no final”, afirma o engenheiro André Künstler, Gerente de Projetos da parada de manutenção que a Voith Serviços Industrias realizará nessa refinaria.

Sob o comando de Künstler, os especialistas da Voith re-alizarão um recondicionamento geral da planta. Eles ajudarão a desligar os equipamentos da refinaria, desmontar os compo-nentes e limpar, consertar ou substituir os diversos módulos dos equipamentos. Por lei, todas as refinarias precisam ser subme-tidas a grandes revisões como esta a cada cinco ou seis anos.

Os projetos de parada de manutenção estão entre os prin-cipais serviços que a Voith Serviços Industriais presta para o setor de petróleo e gás. Além destes, os Serviços de campo – prestados durante a fase de operação de uma planta – também desempenham um papel crucial. Em ambas as áreas de atuação, a Voith conta com uma equipe altamente qualificada e dedicada, e que se atenta tanto à qualidade como à segurança dos serviços que prestam.

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FOKUS

Aproximadamente 300 deles foram alocados para esta parada de manutenção em Hamburgo. No jargão técnico, um projeto como este é chamado de “parada de manutenção” – embora não se veja nada parado neste dia de agosto: em todos os cantos, há pessoas parafusando, soldando, furando ou esmerilhando. Nesta refinaria, que processa 105.000 barris de petróleo cru ao dia, a Voith recondicionará, entre outros equipamentos, 14 fornalhas de processo, 52 torres e 15 reatores, além de uma infinidade de recipientes, resfriadores de ar e trocadores de calor.

Onde quer que estejam, os colaboradores da Voith estão em movi-mento com seus uniformes azul e cinza com o logo da Voith estampado nas costas. E todos sabem o que os outros estão fazendo naquele momento. Nessa coordenação tão precisa também estão incluídos os colaboradores contratados de uma série de empresas que prestarão ser-viços debaixo do contrato da Voith: a empresa de guindastes, empresas

Fotos 1-4 Imagens das diferentes paradas de manutenção realizadas pela Voith Industrial Services na Refinaria Holborn Europa, em Hamburgo.

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FOCO

de limpeza, demarcadores e montadores de andaimes. “Por motivos de garantia e de segurança, as áreas de responsabi-lidade são muito bem separadas. Assim, um caldeireiro que trabalhe em um andaime, por exemplo, não tem autorização para levantar uma única peça da estrutura tubular. “Isso deve ser feito pela empresa especializada”, explica Künstler.

O engenheiro de 42 anos é Gerente de Projetos de paradas de manutenção na equipe da Voith desde 1995. A parada de manutenção em Hamburgo é relativamente geren-ciável, afirma Künstler. “Este ano, já estivemos em Roterdã e na Antuérpia, onde tivemos de fazer reformas significati-vamente maiores. Ali tivemos que trocar componentes com peso de 320 toneladas, além de realizar uma infinidade de trabalhos de solda. Até mesmo os amarradores trabalharam muito – cabe a eles assegurar que as cargas deslocadas pelos guindastes estão seguras.”

De acordo com Künstler, a força da Voith reside em sua ampla experiência na reforma de torres, plantas de craque-amento catalítico de fluidos e alquilação, além da reforma de tubulações de fornalhas – “esse know-how nos torna incomparáveis”.

Experiência abrangente também é essencial para tarefas de tanta responsabilidade, já que “cada parada de manu-tenção é única”, afirma Künstler, “sempre há situações im-previsíveis”. É nesse momento que esse nativo da Francô-nia, na Baviera, também demonstra ser multitarefas: ele fala em seu aparelho de rádio o tempo todo, dando explica-ções, instruções, tomando decisões e às vezes até mes-mo entrando nos trabalhos. Como aconteceu quando um componente de 15 toneladas da torre precisou ser posicio-nado pelo guindaste em dois apoios no chão. Um trabalho de verdadeira precisão centimétrica – como tantos outros.

E quem conversa um pouco com os colaboradores da Voith percebe que eles não apenas realizam o seu trabalho com grande precisão, mas que também têm enorme orgulho do que fazem – assim como de sua empresa. Como é o caso do caldeireiro Hanns Giegold, que há 15 anos participa de paradas de manutenção em projetos da Voith. “A gente sempre reencontra as mesmas pessoas. Às vezes a gente se cumprimenta já se abraçando. A atmosfera familiar é uma coisa muito importante na Voith”, ele afirma.

E a experiência dos colaboradores está registrada em seus capacetes: em cada parada de manutenção, o capa-cete ganha um novo adesivo. É assim que se distinguem alguns Voithianos “altamente condecorados”. Holger Breitlauch, Técnico da Segurança do Trabalho, destaca: “O meu recorde foi o ano de 2005. Eu participei de 11 paradas de manutenção em oito países diferentes.” O trabalho de Breitlauch tem importância vital no campo. Antes de chegar ao campo, ele já precisa saber dos perigos aos quais os

colaboradores poderão estar expostos. “Por exemplo, se um trocador de calor precisa ser desmontado, eu combino tudo com a empresa de guindastes para evitar a ocorrência de quaisquer acidentes. Além disso, o planejamento das áreas demarcadas garante que nenhum colaborador in-gresse em áreas de risco. “Nós realizamos até 20 paradas de manutenção por ano. Por isso, a segurança do trabalho deve estar em primeiro lugar”, afirma Gerhard Boll.

Seminários de segurança para o pessoal da Voith são apenas uma das tarefas que ele realiza com sua equipe. “Por meio de treinamentos regulares, conversas de segurança e análise de acidentes, trabalhamos diariamente para me-lhorar a qualificação e a segurança dos colaboradores no trabalho.” E os clientes sabem valorizar isso: nos últimos anos, a Voith recebeu mais de 20 premiações de segurança de seus clientes.

Como prova de sua excelente reputação como especia-lista em paradas de manutenção, a Voith recentemente as-sinou um contrato com uma empresa de energia de renome que lhe permitirá explorar uma nova dimensão em paradas de manutenção. A partir de outubro, ocorrerá a primeira parada de manutenção offshore da Voith, no Atlântico, pró-ximo à costa de Angola, em uma refinaria flutuante próxima a uma plataforma de petróleo. Esta é uma estreia que só pode ser administrada com uma preparação minuciosa, os equipamentos adequados e uma equipe tão qualificada que consiga trabalhar com precisão mesmo debaixo de ondas e tempestades.

Mas a precisão não é necessária apenas nos casos de contratos espetaculares; conta também em serviços contra-tados há tempos, como são os serviços On-site. Diferente-mente das paradas de manutenção, que são limitadas a um determinado espaço de tempo, nos trabalhos On-site, a em-presa trabalha o ano inteiro em refinarias, em plantas quími-cas e petroquímicas, bem como em usinas de eletricidade. Atualmente, estamos frequentemente realizando manuten-ções em tubulações, recipientes, reatores, torres, flanges, bombas, compressores, ventiladores e motores em aproxi-madamente 50 locais. As equipes estão em serviço no cam-po 24 horas por dia, e estão completamente integradas aos processos do cliente.

Esse será o caso da refinaria de Mongstad, na Noruega, onde, além da parte elétrica, a Voith também será respon-sável pela manutenção da parte mecânica para a opera-dora Statoil. A vantagem para os clientes são todas as competências integradas em um único pacote – além da ampla experiência dos colaboradores alocados. Afinal, como sempre, quando a Voith assina um contrato, não contam apenas as qualificações dos profissionais, mas também a sua excepcional capacidade para a resolução de problemas inesperados. //

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Voith 150+

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INSIGHT

Figura 1-5 Imagens dos Encontros Regionais de 2013

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RUMo ao FUtURo CoM o “voItH 150+”

O Voith 150+ é o programa que conduzirá a empresa rumo a essas metas; ele consolida e foca as iniciativas e ações já existentes ou que serão criadas. “O ano de 2017 marcará o aniversário de 150 anos da Voith. O Voith 150+ é o programa que nos levará a esse aniversário e além”, afirma Lienhard. No seu cerne estão os aumentos de efi-ciência devido a otimizações em estruturas e processos, juntamente com a otimização dos portfólios existentes e o criterioso ajuste da cultura da empresa a um ambiente sujeito a mudanças cada vez maiores e mais rápidas.

Por um lado, as medidas incluem as reestruturações em curso e as readequações de capacidade, além do en-cerramento de atividades que não apresentam perspecti-vas estratégicas para o Grupo Voith como, por exemplo, a fabricação de locomotivas. Por outro, o programa também inclui a adequação do portfólio às novas condições de mer-cado e perspectivas de crescimento: “Continuamos muito fortes nos mercados mais desenvolvidos, mas ainda não

Em que direção vai a Voith? Quais os desafios que o Grupo terá de superar nos próximos anos? Como podere-mos alcançar nossas metas? Ao longo dos sete Encontros Regionais realizados em 2013, o CEO da Voith, Dr. Hubert Lienhard, traçou um cenário claro para o futuro da Voith para os cerca de 1.150 líderes da empresa: “A Voith foi, é, e continuará sendo uma empresa de propriedade familiar e in-dependente. Continuaremos a ter quatro fortes Divisões no Grupo no futuro mas, além disso, desenvolveremos novas áreas de negócios no médio prazo. Em todas as Divisões, a Voith estabelecerá raízes profundas nas regiões, atendendo aos seus clientes com produtos locais. Em tudo o que faze-mos, colocaremos o cliente no foco das nossas iniciativas.”

Também em relação a estruturas e processos internos, a Voith estabeleceu metas claras: “Queremos nos tornar uma empresa de referência em nossos mercados não apenas em capacidade de inovação e tecnologia, mas também em relação à satisfação dos clientes e colaboradores e à excelência em todos os processos e qualidade”.

O Programa “Voith 150+” foi lançado ao longo de sete Encontros Regionais realizados em 2013. O Programa, que abrange todo o Grupo, traz respostas aos desafios dos próximos anos.

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Voith 150+

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INSIGHT

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Ao longo de um período de quatro sema-nas entre outubro e novembro de 2013, cerca de 1.150 líderes da Voith foram in-formados sobre o atual desempenho dos negócios da Voith, bem como seu futuro alinhamento estratégico, em uma série de sete Encontros Regionais. “Queríamos uma reunião de trabalho mais compacta, eficiente e econômica. É por isso que decidimos realizar as reuniões de modo a informar as sete regiões diretamente uma após a outra, e assim reduzimos o formato anterior de dois dias para um dia”, afirma Lars A. Rosumek, Diretor de Comunicação Corporativa da Voith. A resposta dos participantes foi muito po-sitiva. “O resultado foi uma boa reunião e uma boa perspectiva da forma como rea-lizaremos as tarefas à nossa frente”, resu-me uma colega americana, representativa dos 1.150  participantes dos Encontros Regionais de 2013. //

OS ENCONTROS REGIONAIS DE 2013

estamos fortes o suficiente nas regiões que apresentarão o maior crescimento nos próximos anos”, afirma Lienhard. Lienhard acre-dita que as oportunidades de desenvolvimento oferecidas pelo portfólio existente estão longe de estarem esgotadas. “Vemos, por exemplo, no segmento de serviços, um potencial significativo para todas as divisões do Grupo.”

Outro importante componente do Voith 150+ é a iniciativa “Excellence@Voith”, que abrange todo o grupo: “A meta é tornar o pensamento em Excelência um padrão em todas as áreas e níveis da empresa. A melhoria contínua se tornará uma condi-ção inerente ao trabalho diário de cada Voithiano. A participação ativa dos colaboradores desempenhará um papel vital para o sucesso do programa Voith 150+. E uma pré-condição para isso é permitir e estimular os colaboradores a discutirem abertamente as oportunidades de melhoria. Esse tema também está incluí-do no programa Voith 150+, no projeto denominado “Speak-up Culture”. “Nesse contexto, a maior prioridade é a liderança: que-remos estimular os colaboradores a discutirem abertamente e a se envolverem continuamente nos processos de melhoria”.

O objetivo que engloba o programa Voith 150+ como um todo é realizar contribuições significativas para podermos alcançar as metas previstas para este ano, fortalecer a capacidade financeira da Voith de forma sustentável para assim explorar a nossa flexibi-lidade estratégica. “Com a execução bem-sucedida dos projetos e das iniciativas do Voith 150+, criaremos os recursos e forças que investiremos no crescimento da Voith.” Todas as iniciativas e projetos do Voith 150+ estão assentados sobre responsabilida-des claras. “Nas reuniões do Conselho de Administração da nos-sa empresa, vamos medir e acompanhar o avanço do Voith 150+ regularmente”, afirma Lienhard, CEO da Voith. //

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Voith 150+RubRik

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INSIGHT

UMa eXCeLente esCoLHaA iniciativa “Excellence@Voith”, adotada em todo o Grupo, foi criada para assegurar que o desempenho de primeira classe se torne um padrão em toda a Voith. E o mais importante para isso é que cada Voithiano deve se envolver na melhoria contínua.

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INSIGHT

Na Voith, já há diversas iniciativas em andamento no âmbito do programa de Excelência Operacional (OPEX). O foco dessas iniciativas é ilustrado por um cartaz instalado nas ruas da fábrica de Heidenheim.

O cartaz mostra dois Voithianos trabalhando, impecavel-mente vestidos com óculos, sapatos e luvas de segurança. Isso porque a segurança do trabalho é o princípio e o fim da redução de acidentes. Vestidos dessa forma, eles estão montando uma transmissão; trabalham de forma eficaz e eficiente ao invés de, por exemplo, saírem de seus postos à procura de componentes ou ferramentas. A mensagem é para reduzir o desperdício, tal como caminhadas ou trans-portes desnecessários e até mesmo retrabalhos que podem ser evitados ou processos inadequadamente organizados. Quem trabalha com o objetivo em mente contribui para agregar valor aos produtos; já quem desperdiça energia ou tempo, diminui o valor dos produtos. Porque o cliente paga por uma transmissão montada com perfeição – e não por esforços desnecessários.

O desperdício também pode ser reduzido por meio de um ambiente de trabalho ordenado e limpo, como o que está retratado no cartaz. O chão está limpo e brilhante, todas as ferramentas necessárias estão organizadas e à mão dos colaboradores em seus postos de trabalho, evitando que eles tenham de ficar procurando por uma ferramenta que precisem em determinado momento. Além disso, a parede atrás dos funcionários ilustra como se faz uma boa gestão do chão de fábrica: informações importantes sobre processos estão afixadas para orientar os colaboradores. Indicadores também ilustram o status dos vários passos de fabricação. Os cartazes também ilustram as tarefas que cada colabo-rador está realizando, quais os pedidos pendentes e encer-rados, quais os possíveis problemas que poderão surgir e quem deverá ser contatado para resolvê-los. Servem ainda de base para os encontros diários entre líderes e colabora-dores, com o objetivo de possibilitar uma maior presença dos líderes no chão de fábrica. Durante as reuniões, procura-se identificar e superar rapidamente os obstáculos diários na área de produção, como quando faltam componentes ou então passos de fabricação anteriores que foram realizados de forma insatisfatória.

No geral, os cartazes ilustram as regras básicas que todos os Voithianos precisam internalizar. Mas o OPEX (foco

em produção e logística) é muito mais do que isso, e inclui a pontualidade de entregas, otimização de almoxarifados e tempos de processamento, elevada produtividade e flexibi-lidade na utilização de máquinas e colaboradores, além da otimização da qualidade de produtos e processos. É por isso que, nos últimos meses, a equipe “Excellence@Voith”, que agora está focada no tema OPEX, desenvolveu uma visão geral juntamente com as divisões do Grupo sobre o quanto algumas fábricas individuais da Voith vêm abordando temas de OPEX com sucesso. E como diminuir o desperdício e obter bons resultados com maior velocidade.

“E com isso pudemos, em primeiro lugar, definir po-tenciais de melhorias individuais para as fábricas”, afirma Jürgen Lochner, Gerente do programa “Excellence@Voith”. “Em segundo lugar, definimos quais os temas que precisa-mos enfrentar conjuntamente no Grupo Voith para levar a empresa como um todo adiante”. A excelente e contínua co-laboração entre as divisões do Grupo e a equipe de Lochner tem sido essencial para isso – porque, seja lá como for, a cooperação traz frutos para ambos os lados: o “Excellence@Voith” integra e consolida as atividades relativas a OPEX que as Divisões do Grupo já haviam realizado anteriormente de forma individual, proporcionando assim soluções de alto valor para as Divisões do Grupo como, por exemplo, na forma de novos métodos. Em encontros regulares, todos os participantes consolidaram o conhecimento das Divisões do Grupo, desenvolveram métodos que poderiam ser aplicados nas diferentes fábricas, e estabeleceram os principais indi-cadores capazes de revelar os avanços do OPEX em todas as áreas e em todos os níveis.

O que essa colaboração traz de concreto pode ser visto em uma fábrica da Voith Turbo: os projetos e workshops desenvolvidos em conjunto permitiram, por exemplo, otimizar o tempo de preparação das máquinas de 30 a 50 por cento – um resultado que motiva os colaboradores das fábricas a trabalharem nos temas do OPEX com ainda mais energia e velocidade. //

1 Tudo em seu lugar: o cartaz da iniciativa “Excellence@Voith”.

2 Trabalho limpo – na Voith em Garching.

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No começo de 2013, a Voith Report relatou o início do programa válido para todo o grupo de Diversidade & Inclusão (D&I) para a promoção da diversidade entre colaboradores. O Dr. Roland Münch, membro do Conselho de Administração do Grupo e CEO da Voith Hydro é o “patrocinador mundial” do projeto, e fala sobre os avanços realizados ao longo dos últimos meses, bem sobre os próximos passos.

Dr. Münch, na última entrevista so-bre D&I, o senhor falou que valeria a pena implantar o assunto de D&I na cultura da nossa empresa. Como o senhor pretende fazer isso?Acima de tudo, queremos conscienti-zar os colaboradores de que a D&I é um assunto vital e importante para a Voith. Diversidade, diferentes culturas e experiências aumentam a criativida-de de grupos e promovem visões e abordagens diferentes para soluções. E tornam a Voith mais resistente a crises. Assim, a D&I nos faz avançar tanto em termos humanos como nos negócios. Para assegurar a dissemi-nação dessa iniciativa, nos próximos meses os Gerentes Regionais de D&I e suas equipes serão treinados em workshops. Em seguida, eles trans-mitirão o seu conhecimento a todos os líderes da Voith. Esse processo fará com que a iniciativa não se limite apenas a questionamentos teóricos,

mas que envolva aspectos práticos sobre como podemos integrar a Diversidade & Inclusão em nosso tra-balho cotidiano.

Que outras atividades estão sendo realizadas atualmente?As regiões identificaram diferentes áreas prioritárias para as atividades que estão sendo iniciadas agora. Uma área de interesse conjunto para todas as regiões é o aumento do número de mulheres em posições de liderança. A forma como lidamos com diferentes faixas etárias entre os colaboradores também é um assunto importante.

Como será organizado o trabalho do projeto?Os projetos terão, acima de tudo, um foco regional, isto é, os Gestores da D&I introduzirão as suas atividades em suas respectivas regiões. No en-tanto, também garantimos que seja

disponibilizado know-how já existente na empresa em áreas específicas de conhecimento. Por exemplo, temos especialistas nas áreas de Equilíbrio entre Trabalho e Vida Pessoal, Gestão de Saúde ou Recrutamento que po-dem aconselhar e dar suporte técnico aos nossos Gestores de D&I, seja em assuntos como modelos flexíveis de trabalho, integração de deficientes físicos ou o desenvolvimento de cam-panhas inovadoras para o recruta-mento de novos colaboradores. //

IMPLantanDo a DIveRsIFICaçÃo

O Dr. Roland Münch é CEO da Divisão Voith Hydro desde 2008. Desde o início da sua implantação, Münch, de 54 anos de idade, é responsável pela iniciativa.

INSIGHT

Os Gerentes de D&I nas regiões

China: Yanbin ZhouEuropa: Bernd Gueldenberg, Paul NicholsonÍndia: Rajeev KambojAmérica do Norte: Somasundram PillaiAmérica do Sul: Ligia Palma

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Mostrar o que há de melhor em to-das as áreas da empresa: esse é o lema da iniciativa “Excellence@ Voith”, que foi iniciada há alguns meses e fu-turamente deverá se estender para todo o Grupo. Os projetos e ações da iniciativa “Excellence@Voith” estão di-vididos em seis grandes áreas princi-pais (veja diagrama acima).

Na primeira área, Excelência Ope-racional (OPEX), realizamos alguns avanços nos últimos meses (leia so-bre eles também no artigo das páginas 22/23 desta edição). No começo de ou-tubro do ano passado, foi dado o pon-tapé inicial às atividades da área “Exce-lência Administrativa”, o próximo passo na introdução do “Excellence@Voith”.

A Excelência Administrativa estará focada no trabalho realizado nos es-critórios com o objetivo de otimizar to-das as atividades administrativas. Isso deverá reduzir a complexidade dos

processos internos ao mesmo tempo em que assegura a utilização das ca-pacidades administrativas com maior eficiência e menores custos. A experi-ência e conhecimento dos colaborado-res desempenharão o papel mais im-portante nesta iniciativa, uma vez que o “Excellence@Voith” depende das ideias e da cooperação entre todos os Voithianos – que estão sendo incluídos nas ações de melhorias desde o início.

O primeiro marco da Excelência Ad-ministrativa é o projeto “Mapa 360”. O próprio nome já indica o seu objetivo: com uma visão panorâmica de 360°, esta iniciativa de excelência tem o ob-jetivo de avaliar a administração da Voith, também em comparação com outras empresas. Dessa forma, pro-curaremos identificar quais as áreas com os maiores potenciais de melho-rias nos temas de eficácia e eficiência. Para isso, examinaremos as áreas de

Recursos Humanos, Finanças e Con-troladoria, TI, Organização, Marketing, Gestão de Qualidade e de Risco, Su-primentos e Gestão do Imobilizado, dentre outras. A avaliação se estende-rá primeiramente a cerca de 100 em-presas da Voith escolhidas como re-presentativas de todas as quatro Divisões do Grupo e da Holding. Os primeiros resultados dessa avaliação deverão estar disponíveis em março de 2014.

De modo análogo às atividades de OPEX, as ações no âmbito da Exce-lência Administrativa também exigirão uma estreita cooperação entre as Di-visões do Grupo e a equipe de projeto. Assim, os responsáveis pela realização do “Mapa 360” serão os Diretores Fi-nanceiros (CFOs) das respectivas Di-visões do Grupo. A Gestão do Proje-to será realizada por Dietmar Schmid, Stefan Pfau e Jürgen Lochner. //

A iniciativa “Excellence@Voith” sobe ao próximo nível: os pro-cessos de administração da empresa também precisam tornar-se mais eficientes. Em breve, procuraremos identificar onde se encontram os maiores potenciais de melhorias.

eXCeLÊnCIa no esCRItÓRIo

Operations Excellence

(OPEX)

Purchasing & Supply Chain

Excellence

AdministrationExcellence

HR Excellence

R&D/Engineering Excellence

Sales Excellence

EXCELLENCE@VOITH

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INSIGHT

aPRenDIZaDo PaRa toDa a vIDaequipe obteve o suporte técnico dos colaboradores do cen-tro de treinamento da Voith, em Heidenheim: os profissionais e aprendizes ajudaram na fabricação dos componentes ro-tativos, bem como nos trabalhos de solda e brasagem. Esse exemplo mostra o comprometimento que os jovens dedicam à Voith no dia a dia, sejam eles estudantes ou aprendizes. Os aprendizes da Voith frequentemente rece-bem prêmios ou menções honrosas em concursos profis-sionais, além de alcançarem excelentes notas em provas fi-nais. Muitos deles fazem parte do “Club 100” da Câmara de Comércio e Indústria de Württemberg Oriental. Esse clube só aceita aprendizes que tenham obtido o resultado máxi-mo de 100 pontos em pelo menos uma matéria na prova final – em 2012, 34% dos membros do clube eram Voithia-nos. O exemplo mais recente é do aprendiz Stefan Wöhrle: entre todos os estudantes de desenho técnico que concluí-ram aprendizado, este jovem de 21 anos obteve o melhor

resultado, em toda a Alemanha, na prova final da Câmara de Comércio e Indústria realizada no verão de 2013.

No atual ano fiscal, a empresa está treinando cerca de 900 jovens em

carreiras comerciais e administrativas na Alemanha. E esse número aumenta continuamente – juntamente como a cres-cente demanda por jovens em todas as áreas da empresa. Os aprendizes de mecânicos de usinagem, mecatrônicos ou operadores de máquinas ou equipamentos da empresa, contudo, não são treinados apenas em sua futura ocupa-ção. Alguns aprendizes da Voith têm se dedicado a levantar recursos para a criação de uma oficina-escola em uma al-deia no Nepal. A oficina permitirá que as crianças aprendam um ofício, melhorando assim as suas oportunidades futuras. No ano que vem, alguns desses jovens Voithianos viajarão pessoalmente ao Nepal para trabalhar com as crianças.

A Voith busca um objetivo semelhante com o seu apoio ao Projeto Formare, no Brasil. Esse projeto promove a inte-gração de jovens carentes do bairro do Jaraguá à sociedade. Em cursos de 10 meses de duração com aulas ministradas por voluntários da empresa, todos os anos a Voith prepara 20 jovens para entrarem no mercado de trabalho por meio desse projeto. No final do curso, eles recebem a certifica-ção de Assistentes de Sistemas e Serviços Industriais, além de adquirirem maior confiança em si mesmos e em suas capacidades, o que talvez seja mais importante para eles. //

A área de energia solar poderia inspirar-se em cinco jovens adolescentes, estudantes da Universidade de Educação Cooperativa de Baden-Württemberg (DHBW), em Heiden-heim, que concluíram a etapa prática de seu curso na Voith. Na final da edição deste ano do jogo de simulação de ne-gócios “PrimeCup”, Franziska Bauer, Madeline Möbius, Robert Oßwald, Volker Kampf e Moritz Möhlen kamp gerenciaram tão bem uma empresa de energia solar de ca-pital aberto, que terminaram a compe-tição em terceiro lugar – entre um total de 600 equipes e 3.600 participantes de todo o país. Este é apenas um exemplo do excepcio-nal trabalho de treinamento promovido pela Voith. A em-presa oferece a seus alunos e aprendizes uma qualificação profissional sólida, e promove o amadurecimento técnico e pessoal desses jovens. Um elemento central no treinamen-to é a aplicação prática do conteúdo – algo que caiu mui-to bem para a equipe do “PrimeCup”: “O foco da adminis-tração da empresa tinha de ser a sustentabilidade”, afirma Robert Oßwald, “e nisso, sentimos que estávamos jogando em casa”. A sustentabilidade é um assunto onipresente e muito vivido na Voith, que vem sendo colocado em prática e, dessa forma, marca as experiências que os alunos e es-tagiários vêm adquirindo.

Graças ao conhecimento prático adquirido, dois outros jovens também se destacaram recentemente: em julho, Julian Fastner e Florian Frühsommer, alunos de engenharia mecânica que trabalham na Voith, fizeram parte de uma equipe da universidade DHBW Heidenheim que ficou em terceiro lugar na competição “Água do mar”, promovida pela Universidade Técnica de Munique. O objetivo da com-petição era desenvolver um equipamento energeticamente autossuficiente para a dessalinização de água do mar. A

Dar oportunidade aos jovens é uma prioridade para a Voith, e o resultado do trabalho dos estudantes e aprendizes da empresa é extraordinário. O foco não se limita apenas à qualificação profissional – a Voith também enfatiza o desenvolvi-mento pessoal.

“ Um aprendizado na Voith é um investimento no futuro”. Hubert Lienhard, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Voith

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INSIGHT

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1 Jovens brasileiros participantes do Projeto “Formare”.

2 Uma equipe forte: profissionais treinando aprendizes na Voith.

3 A Voith também forma jovens em áreas administrativas.

por cento dos estagiários da Voith alcançaram resultados máximos em suas provas finais. 34

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INSIGHT | INTERVIEW

Dr. Sollinger, por que reduzir o número de colaboradores na Europa pela segunda vez em um intervalo tão curto?Como antes, estamos lutando contra as consequências das mudanças estruturais enfrentadas pelo setor papeleiro, que vêm sendo evidenciadas pelo recuo intenso e duradouro na demanda por máquinas de papel gráfico. Nós já havíamos reagido a essas mudanças no ano passado, contudo, as consequências continuam a provocar impactos negativos em nossa Divisão. Além disso, a conjuntura do mercado papeleiro mundial está recuando de forma mais intensa do que esperávamos. Na Europa, vemos que a demanda por novas máquinas permanecerá em um nível tão baixo no longo prazo, que não conseguire-mos mais ocupar as nossas capa-cidades locais. Também em outras partes do mundo, especialmente na China, a demanda por máquinas de papel também recuou. Esse ce-nário foi agravado pelo fato de que o consumo de papel na China não está aumentando da forma como havíamos projetado há poucos me-ses. Em julho de 2013, o renomado instituto de pesquisa de mercado RISI reduziu significativa-mente a sua projeção para o consumo de papel na China em 2014, indo de 123 para 115 milhões de toneladas.

E embora o mercado chinês vá se recuperar, sua de-manda será predominantemente por máquinas de médio porte, compactas e de fabricação local, e não mais por máquinas de grande porte, como as que vínhamos produ-zindo e desenvolvendo primordialmente em nossas unidades europeias. A consequência dessa mudança é que não con-seguiremos mais ocupar as nossas capacidades europeias no longo prazo.

Quais as unidades afetadas?Os cortes afetarão as unidades alemãs e austríacas, que até o momento tinham as novas máquinas e grandes reformas

NOVO FOCO PARA OS NEGÓCIOS EUROPEUS

como o maior foco em seus negócios, e que assim ga-rantiam a ocupação da maior parte de sua capacidade produtiva. As plantas afetadas são Heidenheim, St. Pölten, Krefeld, Ravensburg e Neuwied. Precisaremos adequar as capacidades dessas unidades à menor demanda. Isso nos dá muita pena, mas não há como evitá-lo.

Não há alternativas para essas medidas?O Conselho de Administração não consegue tomar uma decisão tão dura como essa de forma insensível. Se hou-vesse uma alternativa comercialmente viável e sensata, nós a teríamos tomado. Mesmo que isso possa soar estranho

aos colegas cujos postos de traba-lho estão sendo cortados, posso di-zer que, exatamente porque a nossa tradição é a de uma empresa familiar, nós sentimos uma obrigação especial em relação aos nossos colaboradores. Sempre tentamos mantê-los conosco o máximo possível. No entanto, seria uma irresponsabilidade nossa não rea-gir às mudanças que estamos vivendo no mercado. Lamentavelmente, preci-

samos aceitar que o segmento de novas máquinas nunca mais será o mesmo na Europa – e especialmente não no volume que nos permitiria manter ocupadas as nossas uni-dades europeias. Diferente das curtas quedas de vendas pelas quais já passamos em outras ocasiões, o caso agora não é o de uma crise de duração limitada que conseguire-mos contornar. Uma análise do setor como um todo tam-bém confirma isso: nem os nossos clientes e nem os nos-sos concorrentes estão sendo poupados dessas mudanças estruturais, e por isso também estão tendo que se adequar.

Qual o papel que o mercado europeu desempenhará no futuro?Um papel importante, com certeza, mas diferente do que desempenhou até o momento. A Europa tem uma enorme

Há poucos meses, foi oficialmente anunciado que a Voith Paper reduziria outros 800 postos de trabalho em suas unidades europeias. Adequações de capacidades da mesma ordem de grandeza também foram realizadas em 2012. Nesta entrevista, o Dr. Hans-Peter Sollinger, CEO da Voith Paper, esclarece sua visão sobre os motivos para as medidas anunciadas, bem como sobre as perspectivas para a Divisão do Grupo.

Dr. Hans-Peter Sollinger, CEO da Voith Paper, esclarece as mudanças no mercado mundial de papel e os próximos passos para a Divisão do Grupo.

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INSIGHT

base de máquinas instaladas. Isso oferece um grande po-tencial para a nossa divisão de serviços.Em última instância, uma máquina de papel é feita para operar por décadas. No decorrer do tempo, no entanto, elas só são viáveis comer-cialmente se forem adequadamente mantidas e moderniza-das. Esse negócio de Aftermarket, e aqui incluímos tanto as áreas de P&S como de FRS, claramente será o nosso foco para o futuro na Europa. Na Linha de Negócios Projetos, enxergamos um bom potencial em reformas e moderni-zações. Já para máquinas novas esperamos ver um nível muito baixo de demanda e, mesmo assim, concentrado principalmente na área de Tissue. É por isso que precisa-mos nos adaptar para sermos competitivos e lucrativos na região do EOMA (Europa, Oriente Médio e África, ou EMEA, em inglês).

E independente dos acontecimentos no mercado europeu, a Europa, como unidade operacional, continua-rá desempenhando um papel muito importante para nós. É aqui que as nossas três linhas de negócios estão em casa. Suas atribuições são a gestão global de Pesquisa & Desenvolvimento, produtos, e fabricação, além do suporte tecnológico e de vendas para o mundo inteiro. Além disso, é uma responsabilidade das linhas de negócios fortalecer e ampliar a nossa posição como líder tecnológico no setor papeleiro.

Quais as perspectivas da Voith Paper para os próximos anos?Após a adequação das nossas capacidades na Europa, teremos uma organização ajustada ao mercado e um ex-celente ponto de partida para que a Divisão de Serviços da Voith Paper possa desempenhar um papel importante na Europa. Esse negócio, diga-se de passagem, já res-ponde por cerca da metade das vendas da Voith Paper em todo o mundo. Além disso, teremos quatros grandes regiões. Tanto a região da EOMA como a Ásia serão res-ponsáveis por um terço das vendas cada uma. Já as re-giões das Américas do Norte e do Sul contribuirão com o

terço restante das vendas. Também teremos esse mesmo equilíbrio entre as nossas linhas de negócios de Projetos, Produtos & Serviços e Fabric & Roll Systems que, de forma análoga, também contribuirão com um terço das vendas cada uma. Dessa forma, chegaremos a uma distribuição melhor, mais equilibrada e fundamentada em um maior nú-mero de pilares.

Permita-me esclarecer um ponto mais uma vez. Mesmo que à primeira vista possa parecer diferente atualmente, o mercado de papel continua sendo um mercado em cresci-mento, e por isso ele continua a ser um ramo de atividade atraente para nós. Como material, no futuro o papel continu-ará a desempenhar uma função absolutamente fundamental no dia a dia das pessoas em todo o mundo. Isso vale tanto para as aplicações clássicas do papel (como papel higiênico, papel jornal, papel para impressão e escrita ou papel cartão e embalagem) como para as novas aplicações de papel, que ainda estão no início, em sua infância (e incluem, por exemplo, materiais compostos de papel e filmes plásticos que poderão substituir outros materiais de embalagem em indústrias como a alimentícia, por exemplo).

Nós, da Voith Paper, temos uma posição de mercado sólida, um alto grau de reconhecimento, uma excelente reputação e uma grande base instalada de máquinas de papel. Embora tenhamos que superar algumas questões difíceis no momento, o nosso ponto de partida é excepcional para que possamos ter sucesso nesse mercado atrativo e participar de seu crescimento de forma razoável. É nisso que concentraremos toda a nossa atenção ao longo dos próximos meses. //

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NO LOCAL

Juntamente com o desempenho econômico da Turquia nos últimos anos, a demanda por energia também cresce no país – e as usinas com tecnologia Voith ajudam a atendê-la.

CoM eneRGIa PRÓPRIa

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NO LOCAL

M esmo que o seu crescimento econômico tenha desacelerado recentemente, a economia da Turquia ainda está se expandindo. O crescimento anual médio do produto interno bruto do país entre 2002 e 2011 foi de nove por cento,

fazendo da Turquia o país que mais cresceu, depois da China, entre os países do G20 – o grupo das 20 principais economias industrializados e emergentes do mundo. E embora a Turquia também esteja em segundo lugar atrás do Reino Médio, a sua demanda por gás natural e eletricidade é a que mais cresce: o consumo de eletricidade quase dobrou na década passada, indo de 130 para 240 bilhões de quilowatts-hora, e o governo espera um aumento ainda maior.

Infelizmente, a Turquia continua muito dependente da importação de eletricidade. Segundo dados do Ministério de Energia, o país obtém 72 por cento de sua energia do exterior – o que custa caro e contribui para o balanço comercial comercial negativo do país. Mas isso deverá mudar. Ancara deseja se tornar menos dependente dessas importa-ções, e aposta pesadamente na hidrogeração para suprir a demanda elétrica da Turquia. E aqui a tecnologia e experiência da Voith desempenham um papel crucial: na usina da Karge, localizada no rio Kizilirmak, na província de Corum, a empresa será responsável por todo o equipamento eletromecânico, enquanto que na usina de Beyhan 1, no rio Murat, no leste da Turquia, a Voith fornecerá três geradores.

Grande obra no rio Murat, no leste da Turquia: Aqui será construída a usina hidrelétrica de Beyhan 1, que deverá entrar em operação em janeiro de 2015, fornecendo ele-tricidade para cerca de 400.000 domicílios. Para essa usina, a Voith forne-cerá três geradores, além de outros equipamentos.

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NO LOCAL

Estas plantas são apenas duas de uma série de usinas hidrelétricas que estão sen-do construídas ou planejadas na Turquia – ou até mesmo que foram concluídas. Atualmente, cerca de um terço da capacidade de geração instalada na Turquia é produzido em hidrelétricas. Não é de se espantar, já que “as condições naturais para isso são muito boas na Turquia”, afirma Artur Pfeiffer, CEO da Voith Hydro em Ancara. “Estima-se o potencial hidrelétrico tecnicamente viável do país em aproxi-madamente 58.000 megawatts, dos quais 45.000 megawatts seriam economicamente viáveis nas condições atuais. No entanto, a potência instalada até o momento soma 20.400 megawatts – o que significa que ainda há muito a crescer.”

A usina de Kargi irá preencher esta lacuna. A potência da usina de 102 mega-watts é o suficiente para abastecer até 150.000 lares com eletricidade. E a tecnologia da Voith torna isso possível: como líder do consórcio, a empresa será responsá-vel pela engenharia, fornecimento e comissionamento de duas turbinas Francis verticais com potência nominal de 51,8 megawatts cada. Além disso, o escopo de fornecimento inclui os geradores da usina, as válvulas de bloqueio e a automação e controle. O cliente é a empresa norueguesa de energia Statkraft.

Segundo Christian Kalt, Gerente de Projetos da Voith no campo, ele e sua equi-pe estão dentro do cronograma: “No final de setembro, havíamos instalado todos os principais componentes de grande porte, e isso nos permitiu iniciar os trabalhos demorados na carcaça do gerador na casa de máquinas antes do que esperávamos.

Segundo Kalt, a usina de Kargi está longe de ser muito complicada tecnicamente. O que é especial neste caso é a cooperação entre os diferentes membros da equipe, provenientes das unidades da Voith Hydro em Ancara, St. Pölten e Västerås. “Nem

Três geradores Voith, com uma potência de 235 MVA cada

400.000 domicílios na região turca de Elazig serão abastecidos com eletricidade ecoamigável

Usina de Beyhan

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NO LOCAL

sempre é fácil conciliar as personalidades dos colegas turcos, austríacos e suecos”, afirma Kalt, “mas nós acabamos nos tornando uma verdadeira comunidade – e temos muito orgulho disso.”

E a Voith Hydro também pode se dar por satisfeita pelo desempenho alcançado na Turquia. A empresa, que vem atuando aqui há mais de 75 anos, conseguiu conquistar uma posição de liderança e, dadas as possibilidades oferecidas pelo país, deseja se envolver cada vez mais. “Mas nós não somos os únicos que querem isso, o mercado turco é limitado, e a concorrência é grande”, afirma Artur Pfeiffer.

Isso apenas torna mais notável o contrato que a Voith assinou com a empresa de energia Kalehan Energy Production para o fornecimento da usina hidrelétrica de Beyhan 1, com valor total de 39 milhões de euros. A Voith é líder do consórcio, e fornecerá três geradores com potência de 235 MVA cada, além dos sistemas de excitação e monitoramento. A monta-gem na obra foi iniciada em agosto de 2013, e em janeiro de 2015 o primeiro gerador deverá entrar em operação. A usina irá produzir eletricidade para cerca de 400.000 domicílios na região de Elazig.

Beyhan 1 é apenas a primeira de uma cascata de quatro usinas que serão construídas no rio Murat. A segunda usina, Upper Kaleköy, está localizada a montante de Beyhan 1, e também será construída para a Kalehan Energy Production. Em agosto, a empresa assinou um contrato para o fornecimento de três turbinas Francis de 202 megawatts de potência cada uma. O valor total do contrato supera os 30 milhões de euros. Nome da empresa que ganhou o contrato: Voith. //

A usina hidrelé-trica de Kargi, localizada no rio Kizilirmak, deverá entrar em operação ainda este ano.

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NO LOCAL

NÓRDICO POR NATUREZA Helsinki recebe 40 novos trens com tecnologia Voith, que são capazes de operar nas condições climáticas extremas da cidade.

Helsinki, pouco antes do final do ano: o sol permanece cerca de 19 horas no céu, e até mesmo quando se põe, o céu não escurece totalmente. As Noites Brancas são um convite para redescobrir a beleza da capital finlan-desa à meia luz. Quem tiver um pouco de tempo pode tomar o trem 3T e 3B e desfrutar dos muitos locais bonitos cobertos pelo trajeto de uma hora, entre ida e volta: a praça do Senado, com seu domo branco imponente, a estação ferroviária central, com sua fachada art nouveau, a torre esbelta do estádio olímpico, a Ópera Nacional.

No entanto, por mais intermináveis que os dias de verão possam parecer aqui, a localização de Helsinki, no extremo norte da Europa, submete a cidade a invernos rigorosos, com presença de

gelo durante longos períodos. É por isso que os veículos ferroviários e a rede de trilhos também precisam su-portar a condições extremas de clima.

O novo veículo ferroviário Ártico de piso baixo atende a essas exigências. O primeiro vagão dessa série foi inau-gurado em 13 de junho pela Helsinki City Transport. O total de 40 veículos previstos são especialmente robustos, econômicos e confiáveis – graças aos seus sistemas de acionamento elétri-cos da Voith. Cada um dos oito eixos do veículo de 27,6 metros de compri-mento é acionado por uma unidade de motor-transmissão com 65 kW de po-tência contínua, e a energia é alimen-tada por dois inversores duplos de tra-ção EmCon. A Voith também forneceu as rodas, eixos e rolamentos dos eixos,

bem como o controle da transmissão e o sistema de diagnóstico dos veículos. Graças ao projeto do seu acionamen-to, o Ártico também consegue operar com o atrito caindo pela metade. Essa força é minimamente suficiente para retornar à garagem, evitando que o veículo tenha de ser rebocado.

O gerenciamento de energia do siste-ma inteligente de frenagem também garante maior eficiência. A energia gerada pela frenagem é retornada à rede elétrica ou então é armazenada em trocadores de calor utilizados para o aquecimento do piso – o que já é um excelente argumento para fazer o tour com o trem, mesmo nos meses escuros, quando as temperaturas em Helsinki facilmente caem abaixo de

-20 °C. //

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NO LOCAL

A água é a origem da vida e ofere-ce uma quantidade de energia prati-camente inesgotável – isso vale es-pecialmente para a África, com seus inúmeros sistemas hidrográficos. O potencial hidrelétrico do continente é estimado em mais de 400 gigawatts, embora apenas 25 gigawatts tenham sido aproveitados até o presente. Com dois novos projetos, a Voith Hydro mais uma vez participará do desenvol-vimento desta tecnologia que poupa recursos. Na República Democrática do Congo, a empresa está moderni-zando a usina hidrelétrica de Inga  I. Dois grupos geradores serão moder-nizados depois de 260.000 horas de

no GRanDe RIo

Diante das cataratas do Inga: dois funcionários da Voith após reunião sobre o projeto.

Turbina Francis da Voith para a usina hidrelétrica de Cambambe I, em Angola.

operação acumuladas desde o início da década de 1970. Depois de sua modernização pela Voith, cada um dos grupos geradores será capaz de gerar 55 megawatts e, graças à nova tecnologia, com maior eficiência.

Em Angola, ainda falta equipar a nova usina de Cambambe II, localizada no rio Cuanza. Recentemente, a Voith modernizou a planta Cambambe I, pro-porcionando um aumento de potência de 40%. Para a nova usina hidrelétrica, a Voith instalará grupos geradores. As-sim, serão acrescentados mais 700 me-gawatts de energia à rede. Isso dobrará a participação da energia hidrelétrica na matriz energética de Angola. //

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DESTAQUES

do Golf e de ambos os modelos da Audi, e ainda pela mon-tagem da estrutura lateral dos dois modelos da Audi. Já os colegas de Shanghai ficarão responsáveis pela estrutura lateral do VW.

“O projeto é uma novidade em diversos aspectos”, afirma Thomas Siegel, Gerente da Automação da Voith em Chemnitz. “A VW e a Audi nunca montaram três modelos diferentes em uma única linha. Nós agora estamos em uma nova dimensão, com um volume de contrato de aproxi-madamente dez milhões de euros, que nos elevou a um novo patamar, além disso, este é o primeiro projeto em que estamos trabalhando para a Audi na China.”

O escopo dos trabalhos, que deverá se estender até meados de 2014, inclui o projeto elétrico, a montagem e o fornecimento dos painéis elétricos, a montagem elétrica da fábrica, a programação dos robôs com as funções de solda, solda a laser, brasagem a laser, manipulação, colagem e vincagem, além do comissionamento. “Em um contrato tão grande quanto este, um cronograma bem planejado desem-penha um papel vital”, afirma Markus Prager, Engenheiro de Projetos da Voith que gerencia o projeto no campo junta-mente com seu colega Lothar Schraps.

Outro desafio é o clima de Foshan: quente e úmido, com temperaturas de até 40 °C no verão. Os Voithianos da uni-dade de Shanghai que estarão em Foshan até o final do ano, junto com seus colegas alemães, devem estar acostuma-dos a essas condições. A equipe de três engenheiros e dez eletricistas será responsável pelo projeto do software e do hardware, a montagem dos painéis elétricos, a instalação elétrica, bem como o comissionamento e otimização da planta.

Charles Gu, Gerente da Automação da Voith em Shanghai, está satisfeito com o andamento dos trabalhos até o momento, pois constituem território novo para a Voith:

“Foshan será o primeiro projeto da VW na China a adotar um novo padrão de linhas de montagem válido para todo o grupo, que é o padrão denominado VASS. Para os nossos colaboradores, não há dúvida de que foi um desafio, mas conseguimos superá-lo graças ao intercâmbio de ideias com os nossos colegas de Chemnitz.”

Quando se fala sobre a China, é impossível escapar ao uso de superlativos – e o Reino dos Recordes agora tam-bém inclui a indústria automobilística. Nos últimos anos, o país se tornou o maior mercado automotivo do mundo, e até o momento não é possível enxergar um fim para esse crescimento. Segundo dados da Associação Internacional dos Fabricantes de Veículos (OICA), a produção de veículos de passageiros em 2012 aumentou em cerca de 7% na comparação com o ano anterior, chegando a 15,5 milhões de unidades. Com isso, a China é atualmente a maior fabri-cante de automóveis do mundo. No mesmo período, toda a União Europeia fabricou um total de 14,6 milhões de carros.

Muitos fabricantes europeus aproveitam a oportunidade oferecida pelo mercado para fabricarem localmente – como é o caso da Volkswagen e da Audi. A joint venture FAW-Volkswagen, constituída por duas empresas alemãs que atuam em conjunto com a empresa estatal chinesa First Automotive Works, opera sete fábricas na China. A mais nova delas está localizada em Foshan, no sul da China. Desde o final de 2013, estão sendo montados ali os modelos VW Golf 7, além dos modelos Audi A3 Sportback e A3 Limousine.

Por ano, as linhas de montagem de Foshan deverão produzir entre 150.000 e 200.000 carros. Ali, a Voith será responsável por manter a operação rodando bem, já que a empresa assumiu a automação de diversas etapas da pro-dução da fábrica. A Voith Serviços Industriais de Chemnitz será responsável pelas carrocerias das linhas de montagem

JUNTOS SOMOS FORTESEm nenhum outro lugar do mundo são emplacados tantos carros ao ano como na China. A nova fábrica da VW-Audi na cidade de Foshan, no sul da China, dará a sua contribuição para suprir a essa enorme demanda – e a Voith será responsável por manter a produção rodando bem.

1 Coordenação dos traba-lhos de otimização das esteiras para a linha de montagem 1.

2 Um funcionário da Voith Shanghai testa o tempo de ciclo da linha que monta a lateral interior do VW 370.

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MARCOSMARCOS

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No mercado papeleiro, há uma infi-nidade de fornecedores de soluções para etapas individuais do processo de fabricação de papel. E há empre-sas que fabricam equipamentos para a preparação de massa, e outras que fornecem máquinas de papel. A Voith não só é uma especialista em ambas as áreas, como também oferece sis-temas para o tratamento de efluentes.

E essa é uma combinação muito óbvia já que, quem conhece bem o processo de fabricação de papel, tam-bém tem extenso conhecimento sobre as exigências ambientais que precisam ser cumpridas por fábricas de papel. E é assim que surgem soluções abran-gentes especialmente projetadas para atender a fabricantes de papel. Por

um lado, os sistemas ajudam a as-segurar que os efluentes estejam em conformidade com os valores críticos de descarte de poluentes previstos por lei. Por outro lado, o investimento em uma estação de tratamento de efluen-tes de alta tecnologia precisa ser co-mercialmente vantajoso, gerando uma redução global dos custos envolvidos com o descarte de materiais como, por exemplo, lodos.

E essas são algumas das vanta-gens que vêm beneficiando a Saica, uma das principais fabricantes eu-ropeias de papel corrugado. A Voith forneceu a estação de tratamento de efluentes para a nova fábrica da em-presa, inaugurada em 2012, na cidade inglesa de Partington.

tUDo De UM ÚnICo FoRneCeDoR

Nessa fábrica, são fabricadas cerca de 1.400 toneladas de papel com fibras recicladas. Isso gera uma enorme quantidade de efluentes – a estação de tratamento tem uma ca-pacidade para tratar até 500 metros cúbicos de efluentes por hora. Como qualquer moderna estação biológica de tratamento de água, a planta inclui um estágio anaeróbico, isto é, que opera sem a presença de oxigênio, e uma unidade aeróbica, que são eta-pas de tratamento com oxigênio. O reator anaeróbico Voith-R 2S instala-do em Partington já processa mais de 80 por cento dos efluentes da planta, além de gerar um volume diário de até 26.000 metros cúbicos de biogás, que são utilizados pela Saica para a geração de vapor e energia.

“O cliente está incrivelmente satis-feito com o sistema de tratamento de efluentes; a planta se tornou uma vitrine para nós”, afirma Axel Gommel, Gerente de Projetos para estações de tratamento de efluentes na Voith Paper em Ravensburg. Esse sucesso só pode ser explicado pela ampla experiência que a Voith acumula nessa área: a empresa instalou o seu primeiro R2S em 2007, na fábrica de papel italiana Lucca, e desde então já existem 19 exemplares dessa estação em operação no mundo. //

DESTAQUES

A Voith fornece tecnologias para todas as etapas do processo de fabricação de papel. Uma delas é o tratamento de efluentes.

Peça central do tratamento de efluente na Saica: o reator anaeróbico R2S da Voith.

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DESTAQUES | SÉRIE

Antigamente, na melhor das hipóte-ses, o papel recuperado ficava cinza claro. Mas, atualmente, graças ao processo que remove a tinta do papel impresso, ele pode ficar intensamen-te branco. A Voith foi a empresa que introduziu esse processo na indústria papeleira, e até hoje continua a apri-morá-lo e a estabelecer o padrão do mercado.

A Voith criou essa inovação básica no final da década de 1950, quando os seus engenheiros adaptaram um método de flotação já conhecido na indústria papeleira. Desde então, a flotação vem sendo aplicada, por exemplo, para separar os metais con-tidos em minérios moídos. Isso é feito pela adição de produtos químicos a uma mistura do material sólido e água, formando uma espuma. Partículas repelentes à água, como o ouro ou cobre, se fixam nas bolhas de ar, e en-tão basta escumar essa espuma para obter o material desejado. “A flotação

para a remoção de tinta funciona da mesma forma, com a diferença de que a espuma acumula a tinta de impressão, e são as fibras do papel que ficam limpas”, afirma Herbert Britz, engenheiro da Voith Paper.

A Voith então modificou o pro-cesso, promovendo uma aeração na suspensão de papel e água em que o tamanho das bolhas de ar pode ser controlado – e é isso que permite re-mover uma maior quantidade de tinta.

Em meados da década de 1960, os agitadores que geravam as bolhas foram substituídos por injetores, que aspiravam o ar de forma indepen-dente. O injetor aerava a suspensão uniformemente, com 50% menos tempo e energia, e as células de flo-tação passaram a ter metade de seu tamanho original. Ao invés de retan-gulares, os recipientes para a sus-pensão agora eram redondos, o que uniformizava a pressão em seu interior.

eLIMInanDo o CInZaSem os processos de flotação e remoção de tinta para o papel reciclável o dia a dia seria um pouco mais cinza – e o motivo disso é explicado por este segundo artigo da série sobre as tecnologias de base da Voith.

“Os recipientes elípticos que a Voith desenvolveu na década de 1990 eram ainda mais econômicos”, afirma Britz,

“porque eles aumentaram a superfície da suspensão apesar de um aumento mínimo no consumo de matéria-pri-ma. Durante a parceira técnica com a Sulzer, a Voith contribuiu com as de-nominadas “Células E”. A Sulzer então criou um novo tipo de processo de aeração, com diversos níveis de difu-sores ligados em série. A combinação de ambas as inovações conduziu ao EcoCell e, finalmente, ao seu sucessor, o InjectaCell – a atual referência em sistemas de remoção de tinta.

E agora o marco mais recente: o LowEnergyFlotation (LEF), que reduz o consumo de energia na flotação ao mesmo tempo em que mantém a qua-lidade da massa. Por esse desenvolvi-mento, a Voith recentemente recebeu o prêmio europeu de reciclagem de papel, o European Paper Recycling Award 2013. //

A Voith é líder de mer-cado para plantas de flotação e remoção de tinta de grande porte.

AS RAÍZES DO SUCESSO

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PANORAMA

tRansIçÃo CoM MUIto oRGULHo

Na cidade polonesa de Gliwice, passado, presente e futuro levam uma relação viva – e é isso que caracteriza esta cidade da Alta Silésia, afirma Wojciech Cyz, de 44 anos, Gerente da Filial da Voith Serviços Industriais.

Q uer saber por que eu tenho tan-to orgulho de Gliwice, a cida-de onde nasci e moro? Então

gostaria de convidá-los para me acom-panharem por uma curta incursão pelo passado. No final dos anos 1980, quan-do eu estava cursando o segundo grau, a Polônia ainda era governada pela dita-tura comunista. A economia estava em frangalhos, não havia liberdade e nem perspectivas. Naquela época, eu jamais ousaria sonhar que apenas 20 anos mais tarde eu estaria vivendo e trabalhando em uma sociedade moderna como a que temos hoje, juntamente com pes-soas que estão abertas para o novo.

E não sou nenhuma exceção, os cidadãos de Gliwice têm consciência da história de sua cidade, que foi do-cumentada pela primeira vez em 1276. E eles preservam esse patrimônio – pa-ralelamente ao desenvolvimento eston-teante que vemos em Gliwice como

centro econômico, científico e comer-cial no coração da Europa.

Essa relação de contraste caracteri-za o jeito de ser de Gliwice: por um lado, há numerosos monumentos, museus e a estrutura medieval do centro histó-rico; por outro, estão a Universidade Técnica da Silésia, empresas de alta tecnologia e investimentos realizados por empresas internacionais.

O símbolo da cidade de Gliwice é a sua torre de transmissão de rádio que, com seus 111 metros de altura, é a torre de madeira mais alta do mundo. Ela ganhou uma trágica notoriedade em agosto de 1939, quando um falso ataque à torre serviu de pretexto para a Alemanha atacar a Polônia.

Um ponto de encontro central para os turistas e os quase 190.000 habitan-tes da cidade é o mercado, com suas ca-sas construídas nos tempos da fundação da cidade. Nas tardes quentes de verão,

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PANORAMA

A fonte com chafarizes dançantes fica na frente do prédio da prefeitura, e é um dos símbolos de Gliwice.

depois de um dia de trabalho, todos podem encontrar diversão aqui como, por exemplo, na pista de patinação, que fica aberta o ano inteiro, nos muros de escalada ou na piscina.

Quem preferir um pouco de tran-quilidade, longe da agitação, pode ir a um de seus numerosos parques. No par-que Chopin, por exemplo, está a casa de palmeiras, que abriga cerca de 5.600 ti-pos de plantas provenientes do mundo inteiro, além de animais exóticos. Em suma, Gliwice nunca será um tédio.

E se estiver em Gliwice em um domingo, vá a um jogo no estádio do meu time predileto, o Piast Gliwice. Na última temporada, eles ficaram em quarto lugar na melhor liga da Polônia. Eu espero um dia poder ver um jogo entre o Piast e o Manchester United. E talvez até torcer pelo meu filho Franek – mesmo que ele tenha apenas dois anos de idade atualmente. //

Nossa Unidade

O maior cliente da Voith Industrial Services em Gliwice é a fábrica de automóveis da General Motors, onde são fabricados diversos mod-elos da Opel. Desde o ano 2000 estamos nessa fábrica, onde somos responsáveis pela manutenção, o Gerenciamento da Planta, o gerenciamento do depósito e os serviços de limpeza – e graças à nossa fantástica equipe, temos feito um excelente trabalho por lá. Eu gerencio as atividades da Voith Serviços Industriais na região da Silésia, e trabalho na Voith desde 1998.

Gliwice é uma cidade familiar com bons

entretenimentos segundo o o gerente local

da filial da Voith, na foto, divertindo-se

com a esposa e o filho.

Um jogo no campo do time de futebol Piast

Gliwice – como fã do clube, Wojciech Cyz tem

um assento cativo no estádio.

GliwicePolônia

Page 42: A REVISTA PARA VOITHIANOS RePoRtvoith.com/br/voith-report-3-2013-pt.pdf · participaram cerca de 1.200 líderes da empresa. ... Presidente do Conselho de Administração ... em especial

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