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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia A RELAÇÃO ENTRE VARIANTES ANTROPOMÉTRICAS NA PREDIÇÃO DE 1RM EM DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS. Bragança Paulista 2010

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Fisioterapia

A RELAÇÃO ENTRE VARIANTES ANTROPOMÉTRICAS NA

PREDIÇÃO DE 1RM EM DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS.

Bragança Paulista

2010

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Jefferson Henrique de Faria

001200700833

Vinícius Maranim Dei Santi

001200701604

A RELAÇÃO ENTRE VARIANTES ANTROPOMÉTRICAS NA

PREDIÇÃO DE 1RM EM DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS.

Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof. Ms. Cláudio Fusaro, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação.

Bragança Paulista

2010

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FOLHA DE APROVAÇÃO

DEI SANTI, Vinícius Maranim & FARIA, Jefferson Henrique. A relação entre variantes

antropométricas na predição de 1RM em diferentes fa ixas etárias. Monografia defendida

e aprovada na Universidade São Francisco pela banca examinadora constituída pelos

professores:

Prof. Ms. Cláudio Fusaro

Profª Dra. Rosimeire Simprini Padula

Prof. Ms. Sérgio Jorge

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Dedicamos este estudo aos nossos familiares e amigos, pois sempre que estávamos com

dificuldade, nos apoiaram e nos deram força para continuar no caminho da vitória,

contribuindo assim para que atingíssemos nossos sonhos pessoais e profissionais.

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AGRADECIMENTOS

A DEUS por mais uma etapa de estudos vencida e mais um passo positivo em

nossas vidas. Agradecemos ao dom da vida e a oportunidade que temos de poder fazer

dela um bem para todos que nos rodeiam.

Aos voluntários do estudo que de uma forma ou outra encontraram uma forma de

reservar um tempo para colaborar com nosso estudo, sendo sempre de boa vontade. Sem

dúvida vocês foram essenciais para nossa formação.

Aos amigos inseparáveis que adquirimos durante o curso. Amigos esses que temos

sempre que manter contato, pois amizades verdadeiras como essas são raras de se

encontrar. Em especial: Cristiano, Kleber, Camilo, Waldemar, Leonardo, Giovani, José Luiz,

Anderson, Edgard e a todas as meninas de nossa turma que sempre estiveram conosco

quando precisamos.

Ao nosso querido e verdadeiro amigo e professor Cláudio Fusaro, pela dedicação,

orientação, ao tempo que nos disponibilizou, e acima de tudo a amizade que firmamos

durante esses anos de estudo e dedicação. Cláudio, você foi um exemplo em nossas vidas,

como pessoa e como profissional. Obrigado!

A Maria Cláudia, pois nos contribuiu com seu imenso conhecimento na área

científica, fazendo com que nosso trabalho se concretizasse da melhor forma possível.

Ao professor Sérgio Jorge, que em tão pouco tempo se tornou tão querido entre

todos do curso, especialmente entre nós, sem dúvida colaborou de forma indispensável para

nossa formação como profissionais.

A professora orientadora Rosimeire Simprini Padula, pelo auxilio metodológico.

Aos funcionários da Universidade São Francisco, que não apenas participaram do

estudo, mais que também recrutaram familiares e amigos para que assim pudéssemos

concluir nossa coleta de dados. Em especial Marli, responsável pelos laboratórios da

odontologia e fisioterapia, Cristiano da Rosa e Natália recepcionista da Clínica de

Fisioterapia, que não apenas participaram, mais foram essenciais para que conseguíssemos

atingir nosso objetivo, pois nunca mediram esforços para nos ajudar.

A todos os demais professores que nos contribuíram com a educação, coisas estas

que não tem preço, sem dúvida se não fossem por todos vocês, não teríamos chegado até

aqui tão preparados como estamos.

A todos, nosso muitíssimo obrigado.

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Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes.

O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano.

(Isaac Newton)

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DEI SANTI, Vinícius Maranim & FARIA, Jefferson Henrique. A relação entre variantes

antropométricas na predição de 1RM em diferentes fa ixas etárias, 2010. Trabalho de

conclusão de curso (Graduação em Fisioterapia) – Curso de Fisioterapia da Unidade

Acadêmica da Área da Saúde da Universidade São Francisco, Bragança Paulista.

RESUMO

Repetição Máxima (RM) é utilizada para medir a força dinâmica de grupos

musculares e determinar uma linha basal de referência para documentar as melhoras na

força muscular induzida pelo treinamento e tem se mostrado um instrumento de medida

seguro e confiável. O objetivo deste estudo foi comparar a RM entre as faixas etárias e

verificar se há diferença quanto à porcentagem relativa ao peso corporal, no membro inferior

dominante (MID) e membro inferior não dominante (MIND). O estudo foi realizado com

oitenta voluntários, sedentários, subdivididos em 4 faixas etárias sendo 10 homens e 10

mulheres em cada faixa. As faixas vão de 18 à 27 anos, 28 à 37 anos, 38 à 47 anos e 48 à

57 anos, todos aparentemente saudáveis. A força muscular foi determinada por meio do

teste de RM através de um exercício de extensão de joelho em MID e MIND, realizando o

teste em uma mesa extensora da marca TÔNUS®. O nível de significância foi estabelecido

em p<0,05. Os resultados mostraram que existe diferença estatisticamente significativa

entre a faixa etária de 48 a 57 anos e as faixas etárias de 18 a 27 anos e 28 a 37 anos no

MID de homens. No MID e MIND das mulheres, as 3 faixas etárias superiores apresentaram

diferença estatisticamente significativa quando comparadas a faixa etária mais baixa. No

MIND de homens houve diferença estatisticamente significativa somente entre a faixa etária

mais alta e a faixa etária mais baixa. Conclui-se que houve diferença nas diferentes faixas

etárias entre os sexos nos MID e MIND.

Palavras-chave: Teste de 1RM, força muscular, membro inferior dominante, membro

inferior não dominante, faixas etárias, homem, mulher.

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ABSTRACT

“Maximimum repetition” is used to measure the dynamic forces of the muscular

groups and determine a baseline reference to document the improvements in the induced

muscular strength occurred due to training and has shown to be a safe and reliable

measurement instrument. Te objective of this study was compare the RM between the age

groups and verify any difference concerning the percentage relative to the body weight in the

inferior dominant member (MID) and the inferior non dominant member (MIND). The study

was performed with 80 sedentary volunteers that were subdivided into four main age groups

with 10 man and 10 women in each group. The age groups composed people within the

ages of 18 to 27, 28 to 37, 38 to 47 and 48 to 57 all of which were apparently healthy

people. The muscular strength was determined by means of the RM test by the knee

extension exercise in MID and MIND performing the test of a extensive table of the TONUS

make. The significance level was established at p<0,05. The results have shown a

statistically significant difference between the age groups 48 to 57 years and the age groups

from 18 to 27 and 28 to 37 years in the MID of the male candidates. In the MID and MIND of

the women, the three superior age groups have presented a statistically significant difference

when compared with the lower age group. In the MIND of the man there was a statistical

significance only between the higher and lower age group. It can be concluded that there

was a diference between the age groups and sexes in the MID and MIND.

Key words : 1RM test, muscular strength, inferior dominant member, inferior non-dominant

member, age groups, man women.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12

2. OBJETIVOS ...................................... ............................................................................... 18

3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................ .................................................................... 19

3.1. População do estudo ......................... .............................................................. 19

3.2. Instrumentos ................................ ..................................................................... 19

3.3. Procedimento da Antropometria ............... ..................................................... 19

3.4. Procedimento do Teste de 1RM ................ ...................................................... 20

4. ANÁLISE ESTATÍSTICA ............................ ...................................................................... 21

5. RESULTADOS ..................................... ............................................................................ 22

6. DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 28

7. CONCLUSÃO ...................................... ............................................................................. 31

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................... .................................................................. 32

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................... ........................................................... 33

ANEXOS ............................................................................................................................... 38

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LISTA DE SIGLAS

RM= Repetição máxima.

IMC= Índice de massa corporal.

MID= Membro inferior dominante.

MIND= Membro inferior não dominante.

ADM= Amplitude de movimento.

TCLE= Termo de consentimento livre e esclarecido.

Kg= Quilograma.

m= Metros.

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LISTA DE GRÁFICOS E FIGURAS

Gráfico 1: Porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM para extensão de joelho

das 4 faixas etárias do membro dominante de indivíduos do sexo feminino e

masculino............................................................................................................................... 25

Gráfico 2: Porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM para extensão de joelho

das 4 faixas etárias do membro não dominante de indivíduos do sexo feminino e

masculino................................................................................................................................26

Gráfico 3: Porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM para extensão de joelho

do membro dominante de indivíduos do sexo masculino ..................................................... 27

Gráfico 4: Porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM para extensão de joelho

do membro dominante de indivíduos do sexo feminino ........................................................ 28

Gráfico 5: Porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM para extensão de joelho

do membro não dominante de indivíduos do sexo masculino .............................................. 29

Gráfico 6: Porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM para extensão de joelho

do membro não dominante de indivíduos do sexo feminino ................................................ 30

Figura 1: Posição inicial para o teste de 1RM na mesa extensora ....................................... 45

Figura 2: Realização de extensão unilateral de joelho na mesa extensora ......................... 46

Figura 3: Extensão total de joelho na mesa extensora ......................................................... 47

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1. INTRODUÇÃO

Desempenho muscular refere se á capacidade de o músculo realizar trabalho (força

X distancia). O desempenho muscular é um componente complexo do movimento funcional,

ele é afetado por todos os sistemas corporais, mais especificamente por fatores como as

características morfológicas do músculo, as influências neurológicas, bioquímicas e

biomecânicas, assim como função metabólica, cardiovascular, respiratória, cognitiva e

emocional. Os elementos fundamentais do desempenho muscular são: força, potência e

resistência a fadiga (KISNER et al., 2005).

O movimento ativo do corpo humano é provocado pela contração dos músculos

voluntários. Esse tecido muscular possui propriedades contráteis, que são ativadas por

impulsos nervosos, para fornecer o esforço necessário para mover ou estabilizar as

alavancas do corpo (GARDINER et al., 2001).

Força muscular é a maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo

ou grupo muscular para vencer uma resistência durante um esforço máximo único (KISNER

et al., 2005).

Bittencourt et al. (1986); afirma que grupamentos musculares maiores apresentam

níveis de resistência e força superiores, se comparados com grupamentos musculares

menores.

O desenvolvimento de força muscular é um componente essencial da maioria dos

programas de reabilitação ou condicionamento para indivíduos de todas as idades e todos

os níveis de habilidade (KISNER et al., 2005).

Muitos são os trabalhos que evidenciam a importância da força muscular (Pollock et al.,

1998; Evans et al., 1999; Foldvari et al., 2000; Friedrich et al., 2001). O treinamento desta

variável tem demonstrado ser efetivo na melhoria de várias capacidades funcionais, bem

como no aumento da massa muscular (Abernethy et al., 1995; Pollock et al., 1998; Evans et

al., 1999; Foldvari et al., 2000; Friedrich et al., 2001). Tal fato o torna imprescindível na

prescrição do treinamento direcionado a distintas populações, como, por exemplo, atletas,

indivíduos que apresentam lesões ortopédicas, idosos, ou mesmo aqueles praticantes

saudáveis que visam a promoção da saúde (Pollock et al., 1998; Evans et al., 1999).

Vários mecanismos podem regular os resultados do treinamento, dependendo de

volume e intensidade dos exercícios. Pode haver aumento na força sem aumento de massa

muscular, e hipertrofia muscular sem aumento na força. O treinamento de força e resistência

em uma mesma sessão comparada com dias separados prejudica o desenvolvimento de

força, mas não a hipertrofia muscular (AKIMA et al., 1999; SALE et al., 1990; TESCH and

LARSSON, 1982).

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A hipertrofia das fibras musculares e o aumento do recrutamento de unidades

motoras no músculo fazem com que aumentem a força muscular. Exercício com resistência

mecânica é um exercício ativo onde a resistência é feita através de utilização de

equipamentos ou aparelhos mecânicos. A vantagem desse método em relação ao método

manual é que a quantidade de força pode ser mensurada e aumentada progressivamente

com o tempo, já o manual não pode ser mensurado devido à força ser aplicada por uma

força externa sem medida fixa da resistência aplicada (VOGEL et al., 1988; BANDY et al.,

1990).

A hipertrofia e força muscular estão associadas a treino de alta intensidade e

microlesão no músculo, e em um esforço de adaptação a novos patamares de exigência,

aumenta a produção de mRNA que sinaliza para aos ribossomos sintetizarem mais proteína

(ANTONIO e GONYEA, 1993; FOLLAND et al., 2001; HIGBIE et al., 1996; MATVÉIEV et al.,

1986).

Existem vários fatores que contribuem na hipertrofia e força muscular, sendo os hormônios

de significativa importância. A testosterona influencia positivamente o aumento de massa e

força muscular, e o treino intenso por si só aumenta a liberação da testosterona sérica

(HIGBIE et al., 1996; HAKKINEN et al., 2001; ROOYACKERS et al., 1997).

Diferentes resultados são encontrados na literatura para alteração hormonal e

hipertrofia muscular. O aumento de força e hipertrofia pode acontecer sem alteração

hormonal induzida pelo treinamento sugerindo que outros fatores contribuíram para estas

adaptações, mesmo sem alteração hormonal. (HAKKINEN et al., 2001).

A incorporação do treinamento de força, por outro lado, não traz benefícios somente

para atletas, mas também para o público geral de várias idades. Para este público o

treinamento de força pode ser utilizado no intuito de alcançar saúde, qualidade de vida,

profilaxia, recuperação e estética (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 1998a;

2002).

A velocidade com que um músculo se contrai e produz uma força resultante é a

relação entre a força e a velocidade são os dois fatores que afetam a potência muscular

(KISNER et al., 2005).

Como o trabalho pode ser produzido em um período de tempo muito curto ou

prolongado, a potência pode ser expressa por um único disparo de atividade de alta

intensidade ou por disparos repetidos de atividades musculares menos intensa (KISNER et

al., 2005).

Outros fatores como a capacidade de ativação neural, difusão dos impulsos entre os

hemisférios cerebrais, estabilização postural, aprendizagem na coordenação, modulação

aferente, redução da atividade do antagonista, motivação e tipo de fibra muscular envolvida

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devem ser levados em consideração (KANEHISA & MIYASHITA, 1983; RUTHERFORD &

JONES, 1986; LYNCH et al., 1999; DE RUITER, 1999; ZHOU, 2000).

Resistência muscular a fadiga é a habilidade de um músculo contrair-se repetidamente

contra uma carga, gerar e manter tensão e resistir a fadiga por um extenso período de

tempo (KISNER et al., 2005).

Os elementos essenciais são sempre contrações musculares de baixa intensidade,

numerosas repetições e de força, a adaptação dos músculos ao treinamento de resistência

ocorre mediante aumentos em sua capacidade oxidativa e metabólica, o que permite melhor

transporte e uso de oxigênio (KISNER et al., 2005).

A fadiga muscular (local) é a resposta diminuída do músculo ao estímulo repetido e

evidencia-se por uma diminuição progressiva na amplitude dos potenciais das unidades

motoras. Isso ocorre durante o exercício quando um músculo se contrai repetidas vezes,

seja estática ou dinamicamente, contra uma carga imposta (KISNER et al., 2005).

De acordo com SCHMIDTBLEICHER et al., (1992), as correlações entre a força

máxima e a taxa de produção de força em contrações concêntricas e isométricas aumentam

com o aumento da resistência externa na contração concêntrica. Sendo assim as maiores

correlações quanto à força máxima e a taxa máxima de produção de força entre o modo

isométrico e concêntrico podem ser encontradas quando a resistência externa no modo

concêntrico for próxima da força isométrica máxima. Baseado nesse fato, foram

determinados a força máxima (FMAX); o tempo até se atingir a força máxima (tFMAX),

definido como o intervalo entre o início do movimento vertical, ou seja, o momento em que a

força vertical era maior do que o peso, e o momento da realização da maior força; a taxa

média de produção de força (G = FMAX/ tFMAX) e o tempo até se atingir a G (tg). Todas

essas variáveis foram determinadas separadamente para os MMII direito e esquerdo. Neste

estudo, o membro inferior preferido para chutar a bola sera considerado dominante e o

membro inferior de suporte não dominante.

Os exercícios resistidos são muito eficientes para o aumento da força, aumentar a

resistência e aumento da potência (ROSE. 1982; BANDY. 1990).

Para alcançar benefícios com o treinamento de força é necessário um planejamento que

deve levar em consideração a busca pela adaptação, ou seja, ajustar o organismo ao

ambiente ou meio (exercício), dentro de princípios que considerem a magnitude do estímulo

(sobrecarga), acomodação, especificidade e individualização (ZATSIORSKY et al., 1995).

A arte de treinar ou fortalecer os músculos está em se criar as condições em que

eles sejam chamados a trabalhar com capacidade total contra uma resistência cada vez

maior. Aumento de força e hipertrofia surgem em resposta a um aumento na tensão

intramuscular gerado pelos fatores que se opõem à sua contração. É, portanto essencial

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que tais fatores, que constituem a resistência, sejam aumentados à proporção que a força

dos músculos for melhorando (KISNER et al., 2005).

Para trabalhar a variável citada, a condução do treinamento pode ser realizada de

forma bilateral ou unilateral. A força desenvolvida durante ações bilaterais é menor do que a

soma da força desenvolvida por cada membro (VANDERVOOT et al., 1984). Há diferença

de 9,8% entre a somatória de exercício unilateral versus exercício bilateral para extensão de

membros inferiores (MMII), pois ocorre leve diminuição da ativação neural no recrutamento

de unidades motoras no desenvolvimento de trabalhos bilaterais (CHAVES et al., 2004).

Um número maior de unidades motoras precisa ser recrutado para controlar a

mesma carga em uma contração concêntrica quando comparada com uma contração

excêntrica, sugerindo que um exercício concêntrico tem menos eficiência mecânica que um

exercício excêntrico (DEAN et al., 1988).

As evidências iniciais disponíveis na literatura indicam que as respostas hormonais

ao treinamento de força (ex: aumento da concentração de hormônio do crescimento ou a

taxa testosterona para cortisol) estão bem correlacionadas com mudanças no tamanho do

músculo, assim como sua capacidade de gerar tensão (HAKKINEN et al., 1988).

A repetição do estresse fisiológico imposto pelo exercício realizada no treinamento

físico é correlacionada à alteração na sensibilidade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal

(LUGER, DEUSTER e KYLE, 1987).

Bosco et al. (2000); propões uma associação entre a concentração de testosterona e

a redução da atividade neural durante uma sessão de treinamento de força de alta

intensidade realizado em homens. Em função disso, estes autores concluíram se que a

testosterona (em concentração adequada) poderia compensar a fadiga de fibras rápidas

(presente à medida que a sessão de treino avança), garantindo, assim, menor eficiência

neuromuscular.

O treinamento de força é capaz de melhorar a ativação neural máxima, aumentar à

força máxima isométrica de extensão de perna, aumentar significativamente o resultado de

levantamento de peso total, aumentar à área de fibra do músculo vasto lateral, aumentar o

peso livre de gordura, a circunferência da coxa, a concentração de testosterona, o hormônio

luteinizante (LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH), oferecendo, possivelmente,

condições ótimas para elevar a intensidade do treinamento e assim desenvolver maior força

(UCHIDA et al., 2004).

A comparação entre os exercícios aponta que cargas com níveis baixos de força não

são suficientes para diferenciar o número máximo de repetições, porém com cargas

elevadas estas diferenças podem exercer decisiva influência (FERREIRA et al.,2006).

Fonseca (2007); conclui-se que os resultados obtidos em seu estudo fornecem

valores de referência do desempenho muscular isocinética relacionados não apenas à

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capacidade de gerar torque, mas também trabalho máximo e potência média dos atletas

profissionais do futebol. Além da caracterização do desempenho muscular, o presente

estudo estabeleceu uma comparação entre membro dominante e não-dominante. Nessa

comparação foram observadas assimetrias tanto na articulação do joelho quanto na do

tornozelo. Quando presentes, essas assimetrias foram decorrentes de pior desempenho da

perna não-dominante, sugerindo uma possível influência da dominância no desempenho

muscular. Dados normativos possibilitam a comparação dos resultados do teste de um atleta

com os valores de referência do seu grupo, no intuito de se estabelecer um nível de

desempenho muscular a ser alcançado com o treinamento ou reabilitação. Além disso,

esses dados podem possibilitar o desenvolvimento de estudos que busquem relacionar os

parâmetros de desempenho muscular à incidência de lesões nesse esporte. Esses estudos

possibilitariam o desenvolvimento de intervenções terapêuticas com o objetivo de prevenção

de lesões e suas recidivas.

Um método de documentar a efetividade de um programa de exercícios resistidos e

calcular a carga apropriada para o exercício é determinar uma repetição máxima. Uma

repetição máxima e a maior quantidade de peso (carga) que um músculo pode mover por

meio da ADM. (KISNER et al., 2005).

Consiste em tentar levantar determinado peso com uma carga subjetiva, utilizando-se

equipamentos de musculação. Se o peso for levantado, acrescenta-se de 1 a 5 kg,

dependendo se a execução foi “fácil” ou “difícil”. Espera-se cerca de 3 a 5 minutos entre

uma tentativa e outra. O processo é repetido até a carga máxima (peso levantado uma única

vez) ser obtida (FETT et al., 2003).

Materko (2007) concluiu em seu estudo que modelos obtidos podem ser usados

como ferramentas em potencial para a predição da carga de 1RM em indivíduos com

características físicas e antropométricas similares àquelas descritas aqui. Em conclusão,

baseado nos resultados encontrados, foi possível desenvolver modelos de predição para

carga de 1RM de homens e mulheres usando exclusivamente variáveis antropométricas,

resultando em erros aceitáveis e adequada confiabilidade.

Essa medida de força e consistente com a definição de força muscular “é um termo

amplo que se refere à habilidade do tecido contrátil de produzir tensão e uma força

resultante com base nas demandas impostas sobre o músculo”. Mais especificamente, força

muscular é a maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo ou grupo

muscular para vencer uma resistência durante um esforço Maximo único. A partir da medida

de 1RM, pode-se então calcular a carga inicial para o exercício. DeLorme, por exemplo,

usava 10 RMs (a quantidade de peso que pode ser levantada e abaixada exatamente dez

vezes) (DE LORME et al.,1951 apud KISNER et al., 2005).

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O uso de 1RM para medir a força dinâmica de um grupo ou grupos musculares e

determinar uma linha basal de referência para documentar as melhoras na força muscular

induzidas pelo treinamento é comum e tem se mostrado um instrumento de medida seguro e

confiável para adultos jovens e saudáveis e atletas (KISNER et al., 2005).

Estudos recentes têm indicado aumento significativo na força muscular em testes

repetitivos de 1RM em homens e mulheres jovens, bem como em mulheres idosas, sem

experiência prévia ou recente em exercícios com pesos. Esses resultados indicam que a

falta de familiarização com os procedimentos que envolvem a execução do testes de 1RM

podem comprometer a análise das informações, principalmente em estudos de

acompanhamento (DIAS., et al 2005).

Por outro lado, nenhuma informação adicional tem sido produzida pela literatura ao

longo das últimas três décadas com relação ao comportamento de sujeitos com experiência

prévia em exercícios com pesos durante testes repetitivos de 1RM. Assim acredita-se que

os processos de familiarização nesses indivíduos possam ser mais curtos do que aqueles

observados em indivíduos inexperientes com esse tipo de exercício físico (DIAS et al.,

2005).

A predição da RM não tem hoje um padrão para ser seguido, e nem são levados em

consideração o gênero, a idade e a dominância de membros para a realização do cálculo

para iniciar o teste de 1RM. O presente trabalho visa estabelecer um valor referencial para a

predição da primeira tentativa para cada gênero, idade e dominância ou não dominância de

membros, com isso, diminuindo o número de tentativas para a definição de 1RM.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Mensurar a RM de extensão de joelho de cada indivíduo.

2.2 Objetivo específico

Comparar a RM entre as faixas etárias e gêneros e verificar se há diferença quanto a

porcentagem relativa ao peso corporal, no membro inferior dominante e membro inferior

não-dominante.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 População de Estudo

Oitenta voluntários (40 homens e 40 mulheres), sedentários, foram subdivididos em 4

grupos de 4 faixas etárias da seguinte forma: 10 homens e 10 mulheres de 18 à 27 anos, 10

homens e 10 mulheres de 28 à 37 anos, 10 homens e 10 mulheres de 38 à 47 anos e 10

homens e 10 mulheres de 48 à 57 anos, com IMC entre 18,5 e 28, todos eles

aparentemente saudáveis. Como critério inicial de inclusão os participantes eram

sedentários (atividade física regular menor que duas vezes por semanas) e não tinham

participado de nenhum programa de atividade física ao longo dos últimos seis meses

precedentes ao início do experimento, e não estavam em uso regular de medicamentos

analgésicos, relaxantes musculares ou antiinflamatórios esteróides ou não.

Todos os participantes, após terem sido previamente esclarecidos sobre os

propósitos de investigação e procedimentos aos quais foram submetidos, assinaram um

termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) – Anexo 1.

O estudo será realizado na clínica escola de fisioterapia da Universidade São

Francisco.

3.2 Instrumentos

Uma mesa extensora da marca TÔNUS, contendo regulação de banco e na altura da

resistência.

Uma balança Antropométrica para adulto com capacidade para mensurar até 150 kg

da marca WELMY.

Um estadiômetro de madeira com precisão de 1mm com os procedimentos

recomendados por Gordon et al.(1988).

3.3 Procedimento da Antropometria

A massa corporal foi mensurada em uma balança antropométrica para adulto com

capacidade para 150 kg, sendo da marca Welmy, modelo R-110. A estatura foi determinada

com um estadiômetro com precisão de 2 metros e 10 centímetros da marca JANNY, de

acordo com os procedimentos recomendados por Gordon et al 1988. A partir dessas

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medidas foi calculado o índice de massa corporal (IMC), por meio da relação entre a massa

corporal e o quadrado da estatura, sendo o peso expresso em quilograma (kg) e a estatura

em metros(m).

3.4 Procedimento do Teste de 1RM

A força muscular foi determinada por meio do teste de repetição máxima através de

um exercício em membros inferiores para os músculos extensores de joelho, fazendo as

medidas de força muscular em membro dominante e não dominante, realizando o teste em

uma mesa extensora da marca TÔNUS.

O intervalo entre o exercício foi no mínimo de três minutos, para obter a recuperação

do músculo.

Esse exercício foi escolhido por ser bastante popular em treinamentos com peso em

indivíduos com diferentes níveis de treinabilidade.

Previamente ao início do teste os sujeitos foram submetidos a uma seqüência de

aquecimento de 6 a 10 repetições, com aproximadamente 40% da carga utilizada na

primeira tentativa do teste de 1-RM. O teste será iniciado um minuto após o aquecimento

específico. Os indivíduos foram orientados para tentar completar duas repetições. Caso

forem completadas duas repetições na primeira tentativa, ou mesmo se não for completada

sequer uma repetição, uma segunda tentativa será executada após um intervalo de

recuperação de três minutos com uma carga superior (primeira possibilidade) ou inferior

(segunda possibilidade) aquela empregada a tentativa anterior. A carga será aumentada ou

diminuída de 10 em 10% quanto ao peso corporal. Tal procedimento será repetido

novamente em uma terceira e ultima tentativa, caso ainda não se tenha determinado a carga

referente a uma única repetição máxima na primeira tentativa. Portanto a carga registrada

como 1 RM será aquela na qual foi possível ao individuo completar somente uma repetição

máxima.

Vale ressaltar que a forma e a técnica do exercício serão padronizadas e

continuamente monitoradas na tentativa de garantir a eficiência do teste.

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4. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados com homogeneidade de variância foram analisados através da aplicação

do teste estatístico One-Way análise de variância (ANOVA). Comparações múltiplas foram

realizadas aplicando-se o teste de TUKEY. Quando apropriado o teste T foi aplicado. Para

todos os testes o nível de significância foi estabelecido em P<0,05. Os dados foram

apresentados pela média ± o Erro Padrão. O programa Prisma foi utilizado para a realização

dos cálculos estatísticos.

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5. RESULTADOS

O gráfico 1, representa a porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM

para extensão de joelho do membro dominante nas 4 faixas etárias de indivíduos do sexo

feminino e masculino.

Gráfico 1: Porcentagem do peso corporal obtida no T este de 1RM para extensão de

joelho do membro dominante nas 4 faixas etárias de indivíduos do sexo masculino e

feminino.

No gráfico 1, os símbolos “*” indicam resultados significativamente menores (p<0,05,

Teste T) que os induzidos pelos grupos masculinos dentro da mesma faixa etária.

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O gráfico 2, representa a porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM

para extensão de joelho do membro não dominante nas 4 faixas etárias de indivíduos do

sexo masculino e feminino.

Gráfico 2: Porcentagem do peso corporal obtida no T este de 1RM para extensão de

joelho do membro não dominante nas 4 faixas etárias de indivíduos do sexo

masculino e feminino.

No gráfico 2, os símbolos “*” indicam resultados significativamente menores (p<0,05,

Teste T) que os induzidos pelos grupos masculinos dentro da mesma faixa etária.

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O gráfico 3, representa a porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM

para extensão de joelho do membro dominante de indivíduos do sexo masculino.

Gráfico 3: Porcentagem do peso corporal obtida no T este de 1RM para extensão de

joelho do membro dominante de indivíduos do sexo ma sculino.

No gráfico 3, os símbolos “*” indicam resultados significativamente maiores (p<0,05,

ANOVA – Teste Tukey) que o induzido pelo grupo de faixa etária entre 48 – 57 anos.

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O gráfico 4, representa a porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM

para extensão de joelho do membro dominante de indivíduos do sexo feminino.

Gráfico 4: Porcentagem do peso corporal obtida no T este de 1RM para extensão de

joelho do membro dominante de indivíduos do sexo fe minino.

No gráfico 4, o símbolo “*” indica resultado significativamente maior (p<0,05, ANOVA

– Teste Tukey) que o induzido por todos os outros grupos.

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O gráfico 5, representa a porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM

para extensão de joelho do membro não dominante de indivíduos do sexo masculino.

Gráfico 5: Porcentagem do peso corporal obtida no T este de 1RM para extensão de

joelho do membro não dominante de indivíduos do sex o masculino.

No gráfico 5, o símbolo “*” indica resultado significativamente maior (p<0,05, ANOVA

– Teste Tukey) que o induzido pelo grupo de faixa etária entre 48 - 57 anos.

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O gráfico 6, representa a porcentagem do peso corporal obtida no Teste de 1RM

para extensão de joelho do membro não dominante de indivíduos do sexo feminino.

Gráfico 6: Porcentagem do peso corporal obtida no T este de 1RM para extensão de

joelho do membro não dominante de indivíduos do sex o feminino.

No gráfico 6, o símbolo “*” indica resultado significativamente maior (p<0,05, ANOVA

– Teste Tukey) que o induzido pelo grupo de faixa etária entre 48 - 57 anos.

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6. DISCUSSÃO

Para se obter a carga de trabalho ideal para a realização de um programa com

exercícios ativo-resistidos, pode-se utilizar o teste de 1RM. As referências da literatura não

determinam de forma clara e definitiva para uma forma de predizer esta carga de trabalho.

Para a realização do teste de 1RM em um determinado grupo muscular, acredita-se que se

envolva uma boa quantidade de tentativas e erros (KISNER, 2005). Alguns autores sugerem

relação entre algumas variantes antropométricas, como peso corporal e índice de massa

corpórea para se definir a carga de trabalho no teste de 1RM. Segundo PRETINCE (1990),

a atribuição da carga de trabalho para se iniciar um programa de treino resistido baseia-se

na porcentagem de peso corporal e tal porcentagem varia para grupos musculares

diferentes. O autor refere que para a execução de 1RM dos músculos extensores de joelho

deve ser em torno de 20% do peso corporal, porém, segundo KISNER (2005), para se

realizar 1RM para o mesmo grupo muscular, a carga utilizada é de 26,6% do peso corporal.

Entretanto, os resultados encontrados no presente estudo, indicaram que a carga de

trabalho para a execução de 1RM foi maior do que a indicada por PRETINCE (1990) e por

KISNER (2005), atingindo uma média de 101% para indivíduos do sexo masculino e 88%

para indivíduos do sexo feminino. Outro dado extremamente importante que não é levado

em consideração pela literatura para a determinação de 1RM, mas que é evidenciado no

presente estudo é a diferença entre sexos, e a dominância de membros.

Em indivíduos com queixas de sintomas articulares ou que estejam com quadro

clínico susceptível a lesão de tecidos moles, o teste de 1RM não é recomendado. Indivíduos

acima de 60 anos e crianças devem ser visto com bastante cautela quanto à realização do

teste que pode exigir muito destes indivíduos que na maioria das vezes está muito limitado

fisicamente (SHAW et al., 1995; KAELIN et al., 1999; FEIGENBAUM et al., 2003). Em nosso

estudo a faixa etária dos indivíduos selecionados foi de 18 a 57 anos, idade em que ambos

os sexos se encontram em condições físicas que não impedem a veracidade do teste de

1RM, pois segundo a literatura, não é exigido um extremo esforço físico por parte destes

indivíduos. Segundo KISNER (2005), as mulheres atingem seu pico de força na segunda

década de vida, o que é mais precocemente em homens, que por sua vez atingem o pico de

força por volta dos 30 anos. Durante a seleção de voluntários também foram excluídos os

indivíduos com histórico de alterações músculo-esqueléticas conhecidas.

Em um estudo com atletas italianos que praticam futebol, CAPRANICA et al., 1992,

puderam observar que os jogadores apresentam força muscular praticamente similar

quando comparado membro inferior dominante e membro inferior não dominante. Segundo

os autores, tal fato se deve ao motivo de que o membro dominante tem grande importância

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em realizar a atividade funcional como à conclusão e o passe, enquanto que o membro

inferior não dominante também tem fundamental importância exercendo seu papel durante o

apoio total do corpo. Em outro estudo, WANG et al., 2000, avaliando atletas que praticam

vôlei, observaram que a força muscular dos membros superiores apresenta assimetria

quando comparados, sendo uma diferença bastante significativa, devido ao fato do membro

dominante sofrer ações contráteis mais freqüentes em relação ao não dominante.

No presente estudo, os critérios de inclusão determinaram somente indivíduos

sedentários, ou seja, indivíduos que praticassem atividade física no máximo duas vezes por

semana, ou que haviam parado de praticar atividade física em um período mínimo de seis

meses e pudemos observar que nesta condição houve diferença significativa de força

muscular entre os membros inferiores dominante e não dominante tanto para os indivíduos

do sexo masculino quanto para os do sexo feminino, fato que pode ser confirmado por

outros estudos, que demonstraram haver diferença entre os membros superiores e

inferiores, mesmo quando comparados entre si (KROLL, 1965; VANDERVOOT et al., 1984;

SCHANTZ et al., 1989; HOWARD & ENOKA, 1991). Alguns fatores como a capacidade de

ativação neural, difusão dos impulsos entre os hemisférios carebrais, estabilização postural,

aprendizagem na fibra muscular envolvida (KANEHISA & MIYASHITA, 1983;

RUTHERFORD & JONES, 1986; LYNCH et al., 1999; DE RUITER, 1999; ZHOU, 2000)

dever ser levados em consideração. Essas diferenças observadas no presente estudo

também podem ser parcialmente explicadas pela diferença de fibras nos membros

(MORITANI & VRIES, 1979), recrutamento neural diferenciado pelo efeito cruzado

(HAKKINEN et al., 1996; HORTOBÁGYI, 1997) ou pela predominância de utilização de um

membro em detrimento de outro (VANDERVOOT et al., 1984; VANDERVOOT et al., 1987).

Para explicar a diferença entre os indivíduos do sexo masculino e os indivíduos do

sexo feminino, temos dois fatores importantes, sendo um deles o fator hormonal e o outro a

diferença na quantidade de fibras tipo I e tipo II, quando comparamos homens e mulheres. A

testosterona é o principal responsável pelo aumento da massa muscular dos homens e pelo

conseqüente aumento de força muscular. Homens têm concentrações de testosterona em

torno de dez vezes mais que as mulheres (ROOYACKERS & NAIR, 1997). Concordantes

com nosso resultado, HAKKINEN, 1993, demonstrou que quando comparadas diferenças

entre sexos em atletas de basquete, os homens apresentam uma maior força muscular em

relação às mulheres.

HOSTLER et al., 2001, relatam que as alterações na proporção dos tipos de fibras

musculares entre homens e mulheres também podem interferir na capacidade muscular,

uma vez que as mulheres, via de regra, possuem menor diferença na proporção entre fibras

do tipo I e do tipo II quando comparadas com homens, interferindo assim na força entre os

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gêneros. As mulheres possuem uma relação de fibras tipo I / tipo II maior do que os homens

e tem uma área de secção transversa de fibras tipo I e tipo II menor (STEVEN, 2004).

Bosco et al. (2000); propões uma associação entre a concentração de testosterona e

a redução da atividade neural durante uma sessão de treinamento de força de alta

intensidade realizado em homens. Em função disso, estes autores concluem que a

testosterona (em concentração adequada) poderia compensar a fadiga de fibras rápidas

(presente à medida que a sessão de treino avança), garantindo, assim, menor eficiência

neuromuscular.

Conforme as faixas etárias vão aumentando, observamos no nosso estudo que a

força muscular diminui, o que também foi observado por KISNER (2005), pois ele afirma que

em ambos os gêneros as fibras tipo II são substituídas por fibras tipo I com o passar dos

anos, o que aponta um déficit progressivo na força muscular, uma vez que as fibras de

contração rápida (fásicas) são substituídas por fibras de contração lenta (tônicas).

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7. CONCLUSÃO

Através do nosso estudo, conclui-se que:

� Existe diferença estatisticamente significativa entre a porcentagem do peso obtido na

RM para algumas faixas etárias tanto em homens quanto em mulheres;

� Existe diferença estatisticamente significativa entre porcentagem do peso obtido na

RM no membro inferior dominante e não dominante, tanto em homens quanto em

mulheres;

� A predição de 1RM deve ser realizada levando-se em consideração a dominância de

membros, o gênero (masculino e feminino) e a faixa etária do sujeito.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalmente, sugerimos que possa levar em consideração a porcentagem do peso

corporal que segue abaixo, para que seja estabelecida a RM com um número menor de

tentativa.

� Para membro inferior dominante de homens em torno de: 110% para a faixa etária

de 18 a 27 anos, 110% para a faixa etária de 28 a 37 anos, 100% para a faixa etária de 38 a

47 anos e 95% para a faixa etária de 48 a 57 anos.

� Para membro inferior não dominante de homens em torno de: 105% para a faixa

etária de 18 a 27 anos, 103% para a faixa etária de 28 a 37 anos, 95% para a faixa etária de

38 a 47 anos e 90% para a faixa etária de 48 a 57 anos.

� Para membro inferior dominante de mulheres em torno de: 110% para a faixa

etária de 18 a 27 anos, 91% para a faixa etária de 28 a 37 anos, 87% para a faixa etária de

38 a 47 anos e 79% para a faixa etária de 48 a 57 anos.

� Para membro inferior não dominante de mulheres em torno de: 101% para a faixa

etária de 18 a 27 anos, 83% para a faixa etária de 28 a 37 anos, 81% para a faixa etária de

38 a 47 anos e 73% para a faixa etária de 48 a 57 anos.

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Anexo 2: Termo de consentimento Livre e Esclarecido .

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

A RELAÇÃO ENTRE AS VARIANTES ANTROPOMÉTRICAS EM

DIFERENTES FAIXAS ETARIAS E O RESULTADO DO TESTE DE 1-RM

Responsável: Professor Ms. Cláudio Fusaro

Rg: 18.621.336 / CPF: 163173248-08

Av. São Francisco de Assis, 218 – Fone: 4034-8133

Bragança Paulista / SP

Eu,................................................................................................................;.......anos; RG...............................................................; Endereço............................................................................................................................................................................................................................................................; abaixo assinado (ou meu Responsável legal............................................................... ......................................................), dou meu consentimento livre e esclarecido para participar do projeto de pesquisa supra-citado, sob a responsabilidade do pesquisador Prof. Ms. Cláudio Fusaro, professor do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco.

Assinando este Termo de Consentimento, estou ciente de que:

1. O objetivo da pesquisa é mensurar a Resistência Máxima (RM) de extensão do

joelho, verificando qual a relação entre a porcentagem do peso corporal e a

quantidade de peso (em Kg) obtidos nas diversas faixas etárias;

2. Neste estudo serei submetido a realizar contrações do músculo quadríceps femoral

resistidas por uma mesa extensora em um único dia de avaliação;

3. Não são esperados resultados prejudiciais a saúde utilizando-se o protocolo proposto.

4. Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a

minha participação na referida pesquisa;

5. Tenho a liberdade de desistir ou interromper a participação neste estudo no momento

em que desejar, sem necessidade de explicações ou motivos, e sem que isto venha a

interferir no seu atendimento na clínica de fisioterapia, não causando prejuízo em

posteriores atendimentos ou cuidados necessários pela equipe de profissionais da

clínica de fisioterapia da Universidade São Francisco.

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6. O pesquisador poderá retirar o voluntário do estudo caso presencie uma das

seguintes razões: não adesão às exigências determinadas no protocolo de estudo;

presença de quaisquer eventos adversos, sintomas, ou sinais de provável dano ou

mal ocasionado ao paciente, que por ventura não tenha feito com que o voluntário

solicitasse a sua retirada, porém, considerada pelo pesquisador como prejudicial à

saúde do voluntário;

7. Os resultados obtidos durante este ensaio serão mantidos em sigilo, e a equipe de

profissionais da clínica de fisioterapia da Universidade São Francisco não identificará

o voluntário por ocasião da exposição e/ou publicação dos mesmos;

8. Poderá contatar o responsável pelo estudo sempre que necessário pelo telefone

(0XX11) 4034-8133, que poderá a qualquer momento contatar o telefone pessoal do

pesquisador: (0xx19) – 8111-0386;

9. O profissional responsável pela pesquisa, componente da equipe de profissionais da

clínica de fisioterapia da Universidade São Francisco o manterá informado e prestará

qualquer tipo de esclarecimento em relação ao progresso da pesquisa, conforme

solicitação do voluntário;

10. Poderá contatar o comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco para

apresentar recursos ou reclamações em relação ao ensaio clínico pelo telefone

(0XX11) 4034-8442 / 4034-8009;

11. Este termo de consentimento livre e esclarecido consta de 2 vias, sendo uma delas

entregue ao voluntário;

12. Caso surja alguma intercorrência deverei procurar pessoalmente a Clínica de

Fisioterapia da Universidade São Francisco, ou solicitar através do telefone da

referida clínica: (0XX11) 4034-8133, que contatem o responsável pelo projeto-

Professor Cláudio Fusaro;

Bragança Paulista,...........de .................................................... de 2010.

________________________________________________

Assinatura do Voluntário ou do Responsável Legal

________________________________________________

Responsável pela Pesquisa

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Anexo 3: FIGURAS.

A figura 1 representa a posição inicial para o teste de 1RM na mesa extensora.

Figura 1: Posição inicial para o teste de 1RM na me sa extensora.

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A figura 2 representa a realização de extensão de unilateral de joelho na mesa extensora.

Figura 2: Realização de extensão unilateral na mesa extensora.

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A figura 3 representa a extensão total de joelho na mesa extensora.

Figura 3: Extensão total de joelho na mesa extensor a.