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A saúde na Região Metropolitana do Rio de Janeiro em maio - 2003 Nº 20050801 Agosto - 2005 Alcides Carneiro - IPP/Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro ISSN 1984-7203 C O L E Ç Ã O E S T U D O S C A R I O C A S PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Urbanismo Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos

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A saúde na Região Metropolitana do Rio de Janeiro em maio - 2003

Nº 20050801 Agosto - 2005 Alcides Carneiro - IPP/Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

ISSN 1984-7203

C O L E Ç Ã O E S T U D O S C A R I O C A S

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Urbanismo Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos

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EXPEDIENTE A Coleção Estudos Cariocas é uma publicação virtual de estudos e pesquisas sobre o Município do Rio deJaneiro, abrigada no portal de informações do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos daSecretaria Municipal de urbanismo da Prefeitura do Rio de Janeiro (IPP) :www.armazemdedados.rio.rj.gov.br. Seu objetivo é divulgar a produção de técnicos da Prefeitura sobre temas relacionados à cidade do Riode Janeiro e à sua população. Está também aberta a colaboradores externos, desde que seus textossejam aprovados pelo Conselho Editorial. Periodicidade: A publicação não tem uma periodicidade determinada, pois depende da produção de textos por partedos técnicos do IPP, de outros órgãos e de colaboradores. Submissão dos artigos: Os artigos são submetidos ao Conselho Editorial, formado por profissionais do Município do Rio de Janeiro, queanalisará a pertinência de sua publicação. Conselho Editorial: Ana Paula Mendes de Miranda, Fabrício Leal de Oliveira, Fernando Cavallieri e Paula Serrano. Coordenação Técnica: Cristina Siqueira e Renato Fialho Jr. Apoio: Iamar Coutinho CARIOCA – Da, ou pertencente ou relativo à cidade do Rio de Janeiro; do tupi, “casa do branco”. (NovoDicionário Eletrônico Aurélio, versão 5.0)

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A G O - 2 0 0 5 1

A SAÚDE NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO EM MAIO - 2003

Alcides Carneiro - IPP/Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Em 2003, na RMRJ, 84,3% das pessoas avaliaram seu estado de saúde como

muito bom ou bom, um índice superior à média nacional que se situou em 78,6%. Merece destaque a desprezível proporção de 2,4% dos entrevistados, que definiram seu estado geral de saúde como ruim ou muito ruim. Entre 1998 e 2003, a auto-avaliação na faixa de muito bom e bom registrou um pequeno crescimento de 1,6 % (gráfico 1). Gráfico 1

O gráfico 2 ilustra um consenso: quanto maior a idade, menor a satisfação com o

estado de saúde, independente do sexo. Até os 20 anos de idade, praticamente não existe diferença na auto-avaliação do estado de saúde entre homens e mulheres, que se mantém com índices sempre superiores a 95% de satisfação.

Dessa idade em diante, começa a cair a auto-avaliação do estado de saúde entre muito bom e bom, queda que é mais rápida entre as mulheres. Quando chegamos à terceira idade, a avaliação de muito boa e boa tem seu pior resultado: apenas 54,7% dos homens e 48,9% das mulheres conseguem manter alto seu nível de satisfação com a própria saúde. Vale destacar que, em termos nacionais, os resultados são homens com 42,3% e mulheres com 39,6%.

Comparação da auto-avaliação do estado de saúde entre 1998 e 2003 - RMRJ

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90% 1998

2003

1998 82,9% 14,3% 2,6%

2003 84,3% 13,4% 2,4%

Muito bom e bom Regular Ruim e muito ruim

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A G O - 2 0 0 5 2

Gráfico 2

Há uma forte correlação positiva entre saúde financeira e física, já que quanto

maior o rendimento, melhor o estado de saúde da população e vice-versa. Das pessoas com rendimento familiar de até um salário, três em cada quatro declararam-se felizes com seu estado geral. Já no grupo com renda superior a 20 salários, os que declaram desfrutar de boa saúde somam 91,0%, ou mais de nove em cada grupo de dez pessoas.

Em termos nacionais, a associação entre renda e saúde apresentou comportamento similar ao constatado na RMRJ. Vale destacar, entretanto, que na comparação entre 1998 e 2003 pode-se apreciar progressos sensíveis na RMRJ, principalmente no estrato de menor renda. As pessoas que declararam um estado de saúde satisfatório saltaram de 58,5% para 74,8%, configurando um crescimento de 28% no curto espaço de cinco anos (gráfico 3).

Auto-avaliação do estado da saúde entre muito bom e bom em %, segundo sexo e faixa etária - RMRJ - 2003

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0 a 4 5 a 13 14 a 19 20 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais

faixa etária

HomensM ulheres

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A G O - 2 0 0 5 3

GRÁFICO 3

Quando se compara a RMRJ com as oito RMs restantes (São Paulo, Porto

Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém) pode-se constatar que, no que diz respeito à auto-avaliação satisfatória do estado de saúde, as RMs do Rio de Janeiro e Belo Horizonte apresentam os melhores resultados (gráfico 4). Gráfico 4

Proporção de pessoas que auto-avaliaram seu estado de saúde como bom ou muito bom - Regiões Metropolitanas - 2003

50%

60%

70%

80%

90%

Muito bom e bom 0,8425421 0,8412258 0,8366467 0,8176912 0,8042235 0,7543432 0,7496592 0,7202433 0,5703724

Rio de Janeiro

Belo Horizonte

Porto Alegre

São Paulo Fortaleza Salvador Recife Belém Curitiba

Comparação entre 1998 e 2003 da auto-avaliação do estado da saúde entre muito bom e bom em %, segundo a classe de rendimento mensal familiar - RMRJ

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

Até 1 Mais de 1 a 2 Mais de 2 a 3 Mais de 3 a 5 Mais de 5 a 10 Mais de 10 a 20 Mais de 20

salários mínimos

1998

2003

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A G O - 2 0 0 5 4

Restrição às atividades habituais

A proporção de pessoas que se viram forçadas a interromper suas atividades normais por problemas de saúde, nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa, resumiu-se a apenas 4,1% da população metropolitana (468 mil indivíduos). A média nacional para este quesito atingiu 6,9%, um índice 68% superior ao da RMRJ. Entre 1998 e 2003, a proporção de pessoas que tiveram suas atividades restritas caiu de 4,8 para 4,1%. Gráfico 5

A restrição às atividades é mais severa com os idosos, em função de sua baixa

capacidade de recuperação. O restante dos grupos etários varia entre dois e cinco pontos percentuais (gráfico 6). Gráfico 6

Distribuição da população por restrição de atividades nas duas últimas semanas, segundo o sexo - RMRJ - 2003

0%

20%

40%

60%

80%

100%HomensM ulheres

Homens 96,4% 3,6% 0,0%

M ulheres 95,4% 4,6% 0,0%

Sem restrição Com restrição Sem declaração

Proporção de pessoas que tiveram suas atividades restringidas, segundo os grupos de idade - RMRJ - 2003

0%

1%

2%3%

4%

5%

6%

7%

8%9%

10%

11%

0 a 4 anos 5 a 13anos

14 a 19anos

20 a 39anos

40 a 49anos

50 a 64anos

65 anosou mais

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A G O - 2 0 0 5 5

Sob o prisma da renda, apenas o grupo daqueles que auferem até um salário mínimo de renda familiar comporta-se de forma diversa, com uma proporção um pouco mais de restrição às atividades. O número médio de dias de interrupção das atividades normais no ano atinge 6,2 dias na RMRJ. Em âmbito nacional, esta média cai para 5,4 dias, mostrando uma reversão de tendência, já que em 1998 convivia-se com médias de seis dias na RMRJ e dez dias em plano nacional.

Entre as nove RMs, a RMRJ é a que tem a maior proporção de pessoas que não restringiram suas atividades nas duas últimas semanas (gráfico 7). Gráfico 7 Doenças crônicas reportadas

Um terço (32,3%) da população da RMRJ (gráfico 8) declarou ter pelo menos uma doença crônica, sendo que destes, 45,8%, ou seja, quase a metade, convive com duas ou mais doenças crônicas. A magnitude deste índice supera a média nacional de 29,9%. Parte da explicação deve-se à estrutura etária envelhecida da RMRJ, esta fortemente influenciada pelo peso da capital, que sozinha responde por mais da metade da população metropolitana e que tem como uma de suas características a maior proporção de idosos (13%) dentre todos os municípios das capitais.

É sabido que doenças crônico-degenerativas são adquiridas no decorrer da vida e que quanto maior a idade, maior a probabilidade de se contrai-las, passando, a partir desse momento a depender de medicamentos de alto custo e de uso contínuo.

Proporção de pessoas que não restringiram suas atividades nas duas últimas semanas em relação ao total da população - Regiões Metropolitanas

- 2003

80%

85%

90%

95%

100%

Sem restrição 0,958605 0,941275 0,939199 0,938556 0,933277 0,933262 0,932541 0,923548 0,899571

Rio de Janeiro

Belo Horizont

São Paulo

Fortaleza Salvador Curitiba Recife Porto Alegre

Belém

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A G O - 2 0 0 5 6

Gráfico 8

O gráfico 9 compara 1998 com 2003, mostrando a redução na prevalência de

doenças crônicas em todas as idades. A exceção dá-se exclusivamente com os idosos, onde cresceu a proporção de doenças crônicas. Gráfico 9

Proporção de pessoas que têm ou não doenças crônicas - RMRJ - 2003

Não tem doença crônica67,6%

Sem declaração

0,0%Tem doença

crônica32,3%

Proporção de pessoas que têm doenças crônicas, segundo os grupos de idade - RMRJ - 1998 e 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

1998 12,2% 11,1% 11,4% 25,1% 47,5% 65,6% 78,6%

2003 8,7% 7,6% 9,8% 20,6% 43,5% 62,0% 80,0%

0 a 4 anos

5 a 13 anos

14 a 19 anos

20 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 64 anos

65 anos ou mais

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Gráfico 10

Já sob a ótica de gênero, vale lembrar que apenas nos grupos mais jovens,

existem mais homens que mulheres, fruto de uma relação internacional de cento e três meninos nascidos para cada grupo de cem meninas. No grupamento de idosos, a razão dos sexos, ou seja, a relação entre os contingentes de homens e mulheres conhece seu maior desequilíbrio, com 64 homens para cada grupo de cem mulheres. Essa é a explicação para os diferenciais de doenças crônicas entre os sexos, principalmente com o avançar da idade (gráfico 11). Gráfico 11

Proporção de pessoas com doenças crônicas por sexo - RMRJ - 2003

Homens39%

Mulheres61%

Proporção de pessoas com doença crônica em relação ao total da população, segundo sexo e faixa etária - RMRJ - 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

0 a 4anos

5 a 13anos

14 a 19anos

20 a 39anos

40 a 49anos

50 a 64anos

65 anosou maisfaixa etária

Homens

M ulheres

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A variável renda parece não influir tanto neste tipo de doença, pois não transparece nenhuma correlação significativa entre renda e ser portador de doença crônica (gráfico 12).

Gráfico 12

Na comparação entre regiões metropolitanas no que diz respeito a doenças

crônicas, a RMRJ só é comparável à de Porto Alegre, em função da estrutura etária envelhecida (gráfico 13). Gráfico 13

Proporção de pessoas portadoras de doenças crônicas, segundo o rendimento mensal familiar em salários mínimos - RMRJ - 2003

28%

30%

32%

34%

36%

38%

Até 1 saláriomínimo

M ais de 1 a 2saláriosmínimos

M ais de 2 a 3saláriosmínimos

M ais de 3 a 5saláriosmínimos

M ais de 5 a 10saláriosmínimos

M ais de 10 a20 saláriosmínimos

M ais de 20saláriosmínimos

Proporção de pessoas que declararam não ter doenças crônicas em relação ao total da população - Regiões Metropolitanas - 2003

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

Sem crônicas 0,601861 0,67387 0,67476 0,676423 0,68663 0,687487 0,691562 0,757243 0,758881

Porto Alegre

Belo Horizont

Curitiba Rio de Janeiro

São Paulo

Recife Belém Salvador Fortaleza

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Cobertura dos planos de saúde

A RMRJ contava, em 2003, com cerca de 3,6 milhões de pessoas cobertas por plano de saúde, que respondiam por 32% do total da população. Ou seja, aproximadamente um em cada três habitantes da região não dependia mais apenas de atendimento público (gráfico 14). Em termos nacionais, a relação é de um cidadão coberto por algum plano de saúde para cada quatro que vão depender exclusivamente da estrutura pública de saúde.

Quando se compara o comportamento desta variável entre 1998 e 2003, na RMRJ verifica-se um pequeno recuo, enquanto no país houve expansão na cobertura da população. Na RMRJ o contingente dos que têm plano de saúde caiu de 3,7 para 3,6 milhões (vale lembrar que nesses cinco anos a população metropolitana continuou crescendo), enquanto no país aqueles que têm plano de saúde passaram de 38,7 para 43,2 milhões de indivíduos. Esses resultados merecem ainda uma análise detalhada. Gráfico 14

O diferencial de quem tem plano de saúde entre os sexos não pode ser

qualificado como expressivo: mulheres 32,9% e homens 30,6%. A média nacional mantém praticamente a mesma relação, porém com índices de cobertura sempre inferiores: 25,7% mulheres e 23,1% homens.

Quando se observa a faixa etária, entretanto, a maior participação feminina fica mais nítida (gráfico 15).

Proporção de pessoas cobertas ou não por plano de saúde - RMRJ - 2003

Cobertos32%

Não cobertos

68%

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A G O - 2 0 0 5 10

Gráfico 15

Entre os que têm rendimentos de até um salário mínimo apenas 4,4% dispõem

de um plano de saúde, provavelmente vinculado ao seu empregador. No outro extremo da escala, na faixa daqueles que percebem vinte salários ou mais, a proporção dos cobertos por planos é multiplicada por vinte, atingindo 89,3%.

Na comparação de 2003 com 1998 podemos constatar que, para os que percebem mais de 2 salários mínimos, foi ampliada a parcela dos que possuem plano de saúde. Em contrapartida as pessoas com menores rendimentos reduziram significativamente sua participação em relação ao total de população de sua faixa de renda (gráfico 16). Gráfico 16

Proporção de pessoas que têm plano de saúde em relação ao total da população, segundo sexo e faixa etária - RMRJ - 2003

25%

30%

35%

40%

0 a 18 anos 19 a 39 anos 40 a 64 anos 65 anos ou maisfaixa etária

Homens

M ulheres

Proporção de pessoas que têm plano de saúde , segunda a classe de rendimento mensal familiar - RMRJ - 1998 e 2003

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Até 1 saláriomínimo

M ais de 1 a 2saláriosmínimos

M ais de 2 a 3saláriosmínimos

M ais de 3 a 5saláriosmínimos

M ais de 5 a10 saláriosmínimos

M ais de 10 a20 saláriosmínimos

M ais de 20saláriosmínimos

1998

2003

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A G O - 2 0 0 5 11

A auto-avaliação do estado de saúde das pessoas que têm ou não plano de saúde mostrou um resultado surpreendente, pois praticamente não existe diferença entre estes dois universos e o gráfico/tabela 17 mostra isso muito bem. Gráfico 17

Na comparação entre as Regiões Metropolitanas a do Rio de Janeiro se

posiciona como uma espécie de mediana, separando a distribuição em duas partes iguais.

Voltando à proporção de pessoas que têm ou não planos de saúde, na comparação entre as regiões metropolitanas a do RJ posiciona-se no meio do gráfico, ao lado da de Curitiba (gráfico 18). Gráfico 18

Auto-avaliação do estado de saúde entre as pessoas que têm ou não plano de saúde - RMRJ - 2003

0%

20%

40%

60%

80%

100%Tem planoNão tem plano

Tem plano 86,5% 12,0% 1,5%

Não tem plano 83,2% 14,0% 2,7%

Muito bom e bom Regular Ruim e muito ruim

Proporção de pessoas que declararam ter plano de saúde em relação ao total da população - Regiões Metropolitanas - 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Tem plano de saúde 0,4174431 0,3906272 0,3408118 0,319104 0,3184398 0,285358 0,2684411 0,2444271 0,2088106

São Paulo

Porto A legre

Belo Horizonte

Curitiba Rio de Janeiro

Belém Salvador Recife Fortaleza

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A G O - 2 0 0 5 12

Vale destacar que a pesquisa estimou em 43,2 milhões o contingente de brasileiros cobertos por planos de saúde, sendo que 34,2 milhões vinculados à iniciativa privada e os restantes 9 milhões ligados a instituições de assistência ao servidor público.

Uma observação interessante é a de que 50,1% dos planos contam com a participação do empregador em seu pagamento.Os restantes 49,9% são pagos diretamente pelo titular.

Um contrato típico abrange os serviços de consulta e internação normalmente vinculadas a uma rede autorizada (49,1%). Poucos permitem a facilidade de reembolso por consultas a médicos ou estabelecimentos não conveniados (0,2%).

Variava entre R$ 50,00 e R$ 200,00 o valor das prestações mensais de um plano de saúde. Apenas em 2,0% dos casos o valor do plano superava os R$ 500,00. Vale lembrar que os últimos três parágrafos se referem a dados nacionais, já que as tabelas metropolitanas não disponibilizam estas informações. Tipo de estabelecimento de saúde normalmente procurado pelas pessoas

A teoria de atendimento público de saúde divide as ações em atendimento primário, secundário e especializado.O primário é aquele característico dos postos ou centros de saúde, que dependendo da avaliação do clínico geral de plantão, vai encaminhar o paciente a um ambulatório ou a um hospital especializado.

O suplemento especial de saúde da PNAD de 2003 procurou investigar qual o tipo de serviço normalmente utilizado pela população. Os resultados da pesquisa para a RMRJ parecem transmitir bem essa diversidade de tipologia de atendimento (gráfico 19).

A pesquisa mostrou que 81,0% das pessoas declararam ter acompanhamento de um serviço de saúde de forma contínua. Estes 9,2 milhões têm preferência ou maior facilidade de acesso ao posto ou centro de saúde (42,0%) quando precisam de atendimento médico. A segunda maior procura foi por consultórios particulares (28,6%), demanda esta provavelmente apoiada nas facilidades que um plano de saúde particular permite aos seus filiados. Como terceira opção mais cotejada ficaram os ambulatórios, que atenderam 24,8% dos pacientes. Pronto-socorro e emergências responderam por apenas 4,4% dos atendimentos. O gráfico mostra o que mudou na distribuição dos tipos de serviço entre 1998 e 2003.

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A G O - 2 0 0 5 13

Gráfico 19

Quando incorporamos a variável renda ao tipo de atendimento, aparece

nitidamente a segmentação deste mercado. Podemos afirmar que, quanto maior a renda, maior o contingente de pessoas atendidas em consultórios particulares. Por outro lado, quanto menor o poder aquisitivo, mais se utilizam os serviços públicos, representados neste momento por postos ou centros de saúde, ambulatórios e prontos-socorros (gráfico 20).

Tipo de serviço normalmente procurado por pessoas quando precisavam de atendimento médico em % - 1998 e 2003 - RMRJ

0%

10%

20%

30%

40%

50%19982003

1998 26,6% 32,1% 35,2% 5,1% 0,7%

2003 42,0% 28,6% 24,8% 4,4% 0,2%

Posto ou centro de saúde

Consultório particular Ambulatório

Pronto-socorro ou emergência

Farmácia, agente comunitário de saúde ou outro

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A G O - 2 0 0 5 14

Gráfico 20 Procurou médico nos últimos 12 meses ?

De uma população de 11,4 milhões, cerca de 7,2 milhões fizeram pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses. O gráfico 21 compara as informações das pesquisas de 1998 e 2003, mostrando um ligeiro aumento na proporção de consultas médicas nestes últimos cinco anos.

Distribuição % do tipo de serviço normalmente procurado pela população, segundo a faixa de rendimento mensal familiar - RMRJ - 2003

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Farmácia, agente comunitário de saúde ou outro

1,1% 0,4% 0,1% 0,1% 0,2% 0,2% 0,1%

Pronto-socorro ou emergência 5,0% 5,4% 4,7% 4,7% 4,1% 2,3% 0,3%

Ambulatório 23,5% 21,8% 24,9% 28,2% 28,1% 22,6% 13,7%

Consultório particular 4,2% 7,5% 14,4% 18,4% 36,8% 61,2% 84,7%

Posto ou centro de saúde 66,4% 64,9% 55,9% 48,6% 30,7% 13,7% 1,3%

Até 1 M ais de 1 a 2

M ais de 2 a 3

M ais de 3 a 5

M ais de 5 a 10

M ais de 10 a 20

M ais de 20

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A G O - 2 0 0 5 15

Gráfico 21

Entre os que procuraram um médico nos últimos 12 meses, a moda encontra-se entre os que fizeram entre uma ou duas consultas, que respondem por 47,3% deste universo. A freqüência das demais classes, tanto para 2003 como também para 1998, pode ser visualizada no gráfico 22. Gráfico 22

Na análise por sexo, fica patente o predomínio feminino nas visitas a

consultórios: 71,4% das mulheres contra apenas 53,8% dos homens. Quando se trabalha exclusivamente com a população dos que se consultaram, chega-se a seguinte relação: três em cada cinco consultas são do gênero feminino.

Ao incorporarmos a variável etária, podemos constatar que ficam nos dois extremos da vida a maior busca de apoio dos serviços de saúde. Tanto no grupo etário

Proporção de pessoas que f izeram ou não uma consulta médica nos últimos 12 meses - 1998 e 2003 - RMRJ

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1 998 2 003

1 998 55,4% 44,4%

2 003 63,2% 36,8%

consultou não consultou

Distribuição do número de consultas médicas realizadas nos últimos 12 meses -RMRJ - 1998 e 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50% 1 998 2 003

1 998 47,3% 31,7% 18,4% 2,4%

2 003 45,0% 31,9% 19,6% 3,2%

1 a 2 3 a 5 6 a 12 13 ou mais

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A G O - 2 0 0 5 16

0 a 4 anos, como também naquele formado por integrantes da terceira idade, pelo menos quatro em cada cinco componentes fez pelo menos uma consulta de saúde (gráfico 23). Gráfico 23

Cotejando a renda das pessoas com a proporção de consultas realizadas,

aparece a correlação entre acesso aos serviços de saúde e o poder de compra da população. O gráfico 24 desenha esta relação para cada um dos grupamentos de renda tanto em 1998, quanto em 2003. Registre-se o crescimento da proporção de pessoas que realizaram consultas médicas em quaisquer das faixas de rendimento nos últimos cinco anos. Gráfico 24

Distribuição % da população que se consultou nos últimos 12 meses, segundo a faixa etária - RMRJ - 2003

50%

60%

70%

80%

90%

0 a 4 anos 5 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 64 anosfaixa etária

Proporção de pessoas que f izeram consulta médica nos últimos 12 meses, segundo a classe de rendimento mensal familiar - RMRJ - 1998 e 2003

40%

50%

60%

70%

80%

Até 1 saláriomínimo

M ais de 1 a 2saláriosmínimos

M ais de 2 a 3saláriosmínimos

M ais de 3 a 5saláriosmínimos

M ais de 5 a10 saláriosmínimos

M ais de 10 a20 saláriosmínimos

M ais de 20saláriosmínimos

2 003 1 998

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A G O - 2 0 0 5 17

Quando a variável analisada é a proporção de pessoas que realizaram consultas médicas, a RMRJ aparece entre as regiões metropolitanas de Fortaleza e Curitiba (gráfico 25). É importante notar que todas as regiões metropolitanas têm resultados muito próximos, variando entre 61% e 69%. Gráfico 25 Com que freqüência se vai ao dentista?

O gráfico/tabela 26 mostra que se manteve praticamente inalterada a situação dos que nunca fizeram uma consulta ao dentista entre 1998 e 2003, ou seja, 1,3 milhão de pessoas residentes do segundo maior núcleo metropolitano do país nunca estiveram em uma cadeira de dentista. Gráfico 26

Proporção de pessoas que realizaram consultas médicas nos últimos 12 meses em relação ao total da população - Regiões Metropolitanas - 2003

50%

55%

60%

65%

70%

Consultas nos 12 meses 0,6144842 0,6321603 0,6468939 0,6584421 0,6593449 0,667958 0,6803476 0,6914642 0,6925875

Fortaleza Rio de Janeiro Curitiba Recife Belo

Horizonte Belém São Paulo

Porto A legre Salvador

Proporção de pessoas que já f izeram ou não uma consulta ao dentista - 1998 e 2003 - RMRJ

0%

20%

40%

60%

80%

100%

19982003

1998 87,2% 12,6%

2003 88,5% 11,5%

Consultou Não consultou

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A G O - 2 0 0 5 18

Mesmo dentro do contexto dos que já fizeram uma consulta dentária, pois dois em cada cinco pacientes não vão ao dentista há pelo menos três anos. Vale lembrar que os dentistas preconizam no mínimo uma visita anual. Logo, dentro do restrito universo dos que já foram ao dentista, temos que praticamente 2/3, ou algo como 6,3 milhões de pessoas estariam fora da proporção que caracterizaria uma ação odontológica preventiva (gráfico 27). Gráfico 27

É na faixa etária de zero a quatro anos que se atingem as maiores proporções

de não consulta ao dentista (83,2%), ou seja, para cada grupo de cinco crianças, somente uma já realizou pelo menos uma consulta ao dentista (gráfico 28). Gráfico 28

Época da última consulta ao dentista - 1998 e 2003 - RMRJ

0%

10%

20%

30%

40%

50%

19982003

1998 33,9% 26,0% 40,1%

2003 36,9% 24,9% 38,2%

menos de 1 ano de 1 a 2 anos Há 3 anos ou mais

Distribuição % da população que nunca consultaram um dentista,segundo a faixa etária - RMRJ - 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

0 a 4 anos 5 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 64 anos 65 anos ou mais

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A G O - 2 0 0 5 19

A correlação com a renda é bastante significativa. Quanto menor a renda, menor a freqüência ao dentista, apesar da muito provável maior necessidade desse tipo de atendimento (gráfico 29). Gráfico 29

Na comparação com as oito Regiões Metropolitanas, a do Rio de Janeiro

aparece no grupo intermediário, como a que apresenta a quarta menor proporção de pessoas que nunca fizeram uma consulta ao dentista (gráfico 30). Gráfico 30

Proporção de pessoas que já f izeram consulta ao dentista, segundo a classe de rendimento mensal familiar - RMRJ - 2003

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

Até 1 saláriomínimo

M ais de 1 a2 saláriosmínimos

M ais de 2 a3 saláriosmínimos

M ais de 3 a5 saláriosmínimos

M ais de 5 a10 saláriosmínimos

M ais de 10 a20 saláriosmínimos

M ais de 20saláriosmínimos

19982003

Proporção de pessoas que nunca f izeram uma consulta ao dentista em relação ao total da população - Regiões Metropolitanas - 2003

0%

5%

10%

15%

20%

Nunca consultou 0,091787 0,1060651 0,1128153 0,1148677 0,1152212 0,1242898 0,1265598 0,1617039 0,1651901

CuritibaBelo

HorizonteRecife

Rio de Janeiro

Porto Alegre

BelémSão

PauloFortaleza Salvador

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A G O - 2 0 0 5 20

Características das pessoas que procuraram por serviço de saúde nas duas últimas semanas

As 1,3 milhão de pessoas que procuraram por serviços de saúde nas duas últimas semanas, por motivo principal de procura, são o objeto do gráfico 31, que também mostra o comportamento das variáveis tanto para 1998, quanto para 2003. Gráfico 31

A pesquisa constatou ser muito baixo o percentual de pessoas que procurou um serviço de saúde e não conseguiu atendimento (1%) (gráfico 32).

Gráfico 32

Pessoas que procuraram por serviço de saúde, segundo o motivo da procura - 1998 e 2003 - RMRJ

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.00019982003

1998 443 976 684 534 238 789

2003 747 829 410 867 126 785

Doença ou problema

odontológico

Vacinação ou outros atendimentos de

prevenção, pré-natal ou Outros

Proporção de pessoas que procuraram por serviço de saúde e foram atendidas ou não - RMRJ - 2003

Atendidas99%

Não atendidas1%

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A G O - 2 0 0 5 21

A comparação entre as nove Regiões Metropolitanas mostra muito pouca diversidade. Mesmo assim, a RMRJ aparece como aquela com maior procura por doença ou problema odontológico e com a menor na busca por vacinação/outros atendimentos de prevenção, pré-natal ou somente atestado médico. A explicação está, novamente, na estrutura etária envelhecida, especialmente da cidade do Rio de Janeiro (gráfico 33). Gráfico 33

A distribuição de pessoas atendidas nas duas últimas semanas (1,3 milhão)

mostra que o consultório particular foi o que mais atendeu pacientes: 460 mil ou 36%. Os postos ou centros de saúde atenderam 403 mil, os ambulatórios 390 mil e as farmácias e outros apenas 16 mil pacientes (gráfico 34). Gráfico 34

Proporção de pessoas que procuraram por serviço de saúde nas duas últimas semanas, segundo o motivo da procura -

Regiões Metropolitanas - 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60% Doença ou problema odontológico

Vacinação ououtros atendimentosde prevenção,pré-natal ou somenteatestadomédico

Outros

Pessoas que tiveram atendimento nas duas últimas semanas, segundo o tipo de serviço onde foi atendido - RMRJ - 2003

Farmácia, laboratório ou

clínica para exames complementares e

outros1%

Posto ou centro de saúde

32%

Consultório particular de

médico, odonto logista ou

de outros profissionais de

saúde36%

Ambulatório ou consultório de empresa, ou

sindicato, ou de clínica, pronto-

socorro ou emergência ou

hospital31%

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A G O - 2 0 0 5 22

Na RMRJ, entre 1998 e 2005 o Sistema Único de Saúde - SUS passou a liderar o atendimento atingindo 46,7% das pessoas que tiveram atendimento médico nas duas últimas semanas. Os planos de saúde perderam espaço no mercado, caindo sua participação de 39,1% para 35,3% dos pacientes. A parcela da população que paga diretamente pelo atendimento também reduziu sua participação no mercado (gráfico 35). Em termos nacionais a matriz de atendimento médico foi claramente favorável ao setor público, com o SUS se responsabilizando por 57,2% das pessoas atendidas. Os planos de saúde absorveram 26,0% das consultas e finalmente apenas 14,8% dos atendidos pagaram diretamente pela consulta. Gráfico 35

A avaliação para o atendimento médico recebido nas duas últimas semanas pela

população das nove Regiões Metropolitanas teve bons resultados em todas elas. Em Porto Alegre, o maior índice, 90,6% das pessoas qualificaram como bom ou muito bom o atendimento médico recebido. No outro extremo da escala a RM de Belém com 75,5% evidencia que a população também aprovou o atendimento médico recebido. Na RMRJ, 84,9% qualificou como bom ou muito o atendimento a elas dispensado (gráfico 36).

Proporção de pessoas atendidas nas duas últimas semanas, segundo a natureza do atendimento - RMRJ - 1998 e 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50%19982003

1998 39,1% 36,2% 14,9% 9,7%

2003 35,3% 46,7% 12,2% 5,8%

Plano de saúde SUS Pagando consulta Outro

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A G O - 2 0 0 5 23

Gráfico 36 Internações hospitalares

Nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa internaram-se em hospitais metropolitanos do Rio de Janeiro 520 mil pessoas, que respondiam por 4,6% do total da população. Esta participação relativa também é conhecida como coeficiente de internação hospitalar. A média metropolitana é quase 50% menor que a nacional, que se situava então em 7,0 internações por 100 habitantes.

Entre 1998 e 2003 o coeficiente de internação hospitalar da RMRJ apresentou comportamento diferenciado, pois cresceu para a faixa etária 0 a 4 anos e caiu para o grupo que vai de 20 a 64 anos, ou seja aumentou a proporção de internações de crianças e caiu a de jovens e adultos.

O grupo dos idosos se caracteriza como o de maior coeficiente de internação, com o índice atingindo 9,8, ou seja, praticamente um em cada dez idosos se interna pelo menos uma vez por ano.

Entre as pessoas que se internaram, 83 mil, ou 15,9%, se hospitalizaram mais de uma vez no mesmo ano (gráfico 37).

Proporção de pessoas que avaliaram como bom ou muito bom o atendimento de saúde nas duas últimas semanas - Regiões Metropolitanas - 2003

50%

60%

70%

80%

90%

100%

M uito bom e bom 0,9063077 0,8788787 0,8730269 0,8534927 0,8505407 0,8487124 0,8020217 0,7882257 0,7546123

Porto Alegre

CuritibaBelo

HorizonteSão

PauloRecife

Rio de Janeiro

Fortaleza Salvador Belém

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A G O - 2 0 0 5 24

Gráfico 37

Para cada grupo de três pessoas internadas, a proporção é de um homem (36%)

para cada duas mulheres (64%) (gráfico 38). Gráfico 38

O gráfico 39 mostra que o grupo de mulheres com idade compreendida entre 20

e 39 anos é responsável por grande parte das internações, já que esta extensa faixa etária coincide com o momento mais propício às mulheres para engravidarem, o que implica em muitas consultas de acompanhamento da gestação e, finalmente na internação para o parto.

Coeficiente de internação hospitalar nos últimos 12 meses, segundo os grupos etários - RMRJ - 1998 e 2003

0

2

4

6

8

10

M édia 0 a 4 anos 5 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 64 anos 65 anos ou mais

19982003

Proporção de homens e mulheres internados por motivos de saúde nos últimos 12 meses, segundo o sexo - RMRJ - 2003

Homens36%

Mulheres64%

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A G O - 2 0 0 5 25

Gráfico 39

Entre as nove Regiões Metropolitanas pesquisadas pela PNAD a do Rio de

Janeiro chama atenção por ter a mais baixa proporção de pacientes hospitalizados (gráfico 40). Gráfico 40

Em 2003 os planos de saúde cobriram 39,0% das internações, ou seja, duas em

cada cinco internações na RMRJ foi coberta por algum plano de saúde. A evolução na

Pessoas internadas nos últimos 12 meses, segundo sexo e faixa etária - RMRJ - 2003

0

30.000

60.000

90.000

120.000

150.000

0 a 4 anos 5 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 64 anos 65 anos ou mais

faixa etária

Homens

M ulheres

Proporção de pessoas que estiveram internadas pelo menos uma vez nos últimos 12 meses em relação ao total da população - Regiões Metropolitanas -

2003

0%

2%

4%

6%

8%

10%

Internadas 0,0458157 0,0571563 0,0576846 0,0582865 0,0605732 0,0608556 0,0641723 0,0642445 0,0772613

Rio de Janeiro Fortaleza Salvador Recife

São Paulo Curitiba

Belo Horizonte

Porto A legre Belém

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A G O - 2 0 0 5 26

cobertura dos planos de saúde entre 1998 e 2003 cresceu apenas 8,9% no período (gráfico 41).

Gráfico 41

A auto-avaliação do estado de saúde do grupo que sofreu algum tipo de cirurgia

impressiona: 59,6%, ou seja 3/5, classifica sua saúde como muito boa ou boa. O universo dos descontentes, ou seja, aqueles que avaliam sua saúde como

ruim ou muito ruim é de apenas 9,9% do total, ou um em cada grupo de dez pacientes que estiveram internados no último ano.

Na comparação entre 1998 e 2003 podemos constatar que diminuiu a proporção dos que classificaram sua saúde como regular, ruim e muito ruim (gráfico 42). Gráfico 42

Proporção das pessoas internadas que têm ou não plano de saúde - 1998 e 2003 - RMRJ

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

19982003

1998 35,8% 64,2%

2003 39,0% 61,0%

Tem plano de saúde Não tem plano de saúde

Comparação da auto-avaliação do estado de saúde das pessoas que estiveram internadas pelo menos uma vez nos últimos 12 meses -

RMRJ -1998 e 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%19982003

1998 56,4% 30,7% 12,9%

2003 59,6% 30,5% 9,9%

M uito bom e bom Regular Ruim e muito ruim

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A G O - 2 0 0 5 27

Finalmente, o gráfico 43 mostra que as Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo têm as maiores proporções de pessoas internadas sob os auspícios de um plano de saúde. Gráfico 43

Proporção de pessoas que têm plano de saúde e estiveram internadas pelo menos uma vez nos últimos 12 meses

- Regiões Metropolitanas - 2003

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Tem plano de saúde 0,2245453 0,2887393 0,3264858 0,3299789 0,3429189 0,3466503 0,3483657 0,3898313 0,4913409

Fortaleza BelémPorto A legre

Salvador Recife CuritibaBelo

HorizonteRio de Janeiro

São Paulo