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1 A UTILIZAÇÃO DAS COLORAÇÕES SEMIPERMANENTES EM TRABALHOS REALIZADOS PELO PROFISSIONAL CABELEIREIRO Suellen Corassa 1 Valmiria da Silva Krauel 2 Denise Kruger Moser 3 Marli Machado 4 Resumo: O mercado da beleza busca constantemente inovações em produtos para satisfazer as necessidades dos consumidores. Homens e mulheres freqüentemente buscam uma mudança na aparência física, a qual pode ser realizada pela mudança de cor dos cabelos, clareando, escurecendo, mesclando cores. Os produtos colorantes são alvo constante de pesquisas e investimentos no mercado cosmético. Porem as técnicas utilizadas para tais mudanças também devem ser uma preocupação constante do profissional que atua nessa área: o cabeleireiro. Existem dois tipos de colorações muito utilizadas por este profissional, a coloração permanente e a coloração semipermanente. Esta pesquisa teve o enfoque sobre a coloração semipermanente e suas técnicas de aplicação. Foram aplicados com cinqüenta profissionais da área, um questionário, buscando identificar qual o entendimento deste profissional sobre o conceito e as técnicas desenvolvidas no seu cotidiano, utilizando a coloração semipermanente. Percebeu-se após a analise dos resultados que o conhecimento e o entendimento sobre a coloração semipermanente é multivariado, observou-se que na sua maioria este profissional não sabe o conceito exato e as técnicas de aplicação que podem ser desenvolvidas na aplicação da coloração semipermanente. Percebe-se ainda que existe uma resistência muito grande deste profissional em aprofundar os seus conhecimentos na área da cosmetologia, uma vez que, somente os conhecimentos empíricos nos dias de hoje não são suficientes para a formação de um profissional na área capilar. Palavras-chave: Coloração semi-permanente; Técnicas de aplicação; Cabeleireiro 1 INTRODUÇÃO No mercado da beleza a busca por um diferencial na cor dos cabelos é alvo de constantes pesquisas pelas indústrias cosméticas, mas a necessidade do 1 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. [email protected] 4 Co-orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected]

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A UTILIZAÇÃO DAS COLORAÇÕES SEMIPERMANENTES EM TRABALHOS REALIZADOS PELO PROFISSIONAL CABELEIREIRO

Suellen Corassa1

Valmiria da Silva Krauel2 Denise Kruger Moser3

Marli Machado4

Resumo: O mercado da beleza busca constantemente inovações em produtos para satisfazer as necessidades dos consumidores. Homens e mulheres freqüentemente buscam uma mudança na aparência física, a qual pode ser realizada pela mudança de cor dos cabelos, clareando, escurecendo, mesclando cores. Os produtos colorantes são alvo constante de pesquisas e investimentos no mercado cosmético. Porem as técnicas utilizadas para tais mudanças também devem ser uma preocupação constante do profissional que atua nessa área: o cabeleireiro. Existem dois tipos de colorações muito utilizadas por este profissional, a coloração permanente e a coloração semipermanente. Esta pesquisa teve o enfoque sobre a coloração semipermanente e suas técnicas de aplicação. Foram aplicados com cinqüenta profissionais da área, um questionário, buscando identificar qual o entendimento deste profissional sobre o conceito e as técnicas desenvolvidas no seu cotidiano, utilizando a coloração semipermanente. Percebeu-se após a analise dos resultados que o conhecimento e o entendimento sobre a coloração semipermanente é multivariado, observou-se que na sua maioria este profissional não sabe o conceito exato e as técnicas de aplicação que podem ser desenvolvidas na aplicação da coloração semipermanente. Percebe-se ainda que existe uma resistência muito grande deste profissional em aprofundar os seus conhecimentos na área da cosmetologia, uma vez que, somente os conhecimentos empíricos nos dias de hoje não são suficientes para a formação de um profissional na área capilar. Palavras-chave: Coloração semi-permanente; Técnicas de aplicação; Cabeleireiro 1 INTRODUÇÃO

No mercado da beleza a busca por um diferencial na cor dos cabelos é alvo

de constantes pesquisas pelas indústrias cosméticas, mas a necessidade do

1 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. [email protected] 4 Co-orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: [email protected]

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conhecimento das técnicas corretas e aplicação devem ser respeitadas, buscando

desta forma uma preservação da fibra capilar.

As pesquisas na área de estética capilar ainda são pouco desenvolvidas e

exploradas, encontram-se disponíveis no mercado, diversas revistas especializadas

sobre cabelos, tendências, moda, técnicas, mas de uma forma empírica não tendo

uma relação com o universo acadêmico.

Procurando dar continuidade à pesquisa realizada pelas acadêmicas Silva e

Nardelli (2011) do curso superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da

Universidade do Vale do Itajaí, sobre colorações semipermanentes, uma vez que o

enfoque foi de uma revisão bibliográfica, este estudo foi desenvolvido através da

aplicação de um questionário para conhecer os recursos utilizados pelo profissional

cabeleireiro quando da utilização da coloração semipermanente e qual o conceito e

entendimento que estes profissionais tem sobre essa coloração.

Diante destas reflexões e em virtude da escassez de material bibliográfico

disponível, esta pesquisa teve uma abordagem qualitativa com característica

descritiva e exploratória onde por meio do instrumento de pesquisa, e questionário,

o qual foi aplicado com cinqüenta profissionais da área abordando varias questões

sobre a coloração semipermanente.

Espera-se que o resultado dessa pesquisa venha contribuir com conteúdo

referencial para novos estudos nas áreas de estética capilar e afins, e, possa

incentivar novas pesquisas nesta área, ainda muito carente de informações técnico-

cientificas.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O mercado cosmético no Brasil segundo dados do SEBRAE (2010),

demonstrou um crescimento de 15,2% em vendas no mês de março de 2010,

comparado ao mesmo período de 2009. Conforme Clebicar (2005) 56% das

mulheres brasileiras tingem os cabelos, colocando desta forma as tinturas capilares

em segundo lugar no ranking de categoria de produtos que mais crescem no setor,

perdendo apenas para os condicionadores.

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Coloração de cabelos é uma transição antiga, comum entre os persas,

hebreus, gregos e romanos. O uso da henna, uma tintura de planta que ocorreu

naturalmente, data da terceira dinastia do Egito, 4.000 anos atrás. Os egípcios

misturavam a planta lawsonia (henna) com água quente e colocavam o material na

cabeça para produzir uma cor de cabelo laranja-avermelhado. Tinturas metálicas

contendo acetato de chumbo, obtidas mergulhando pentes de chumbo em vinho

azedo, eram usadas pelos homens romanos para cobrir cabelos cinza. Mulheres

romanas, por outro lado, tentaram clarear seus cabelos aplicando lixívia, seguido de

exposição ao sol (GOMES, 1999).

O autor relata que o conceito moderno de tinturas permanentes de cabelo

data de 1883, quando Monnet patenteou um processo para coloração de peles

usando p-fenilenediamina e peróxido de hidrogênio. Plumas e cabelos foram tingidos

mais tarde, em 1888, e as primeiras aplicações em seres humanos aconteceram em

Paris, em 1890, e em St.Louis, Missouri, em 1892 .

Mas as colorações evoluíram desde aquela época e hoje se tem a disposição

no mercado cosmético uma imensa e variada gama de oferta de colorações tanto

permanentes quanto semi permanentes que permitem ao profissional cabeleireiro o

desenvolvimento de diversas técnicas para a coloração artística dos cabelos como

também um produto específico para processos de descoloração da fibra capilar que

se encaixa nas técnicas da coloração.

Segundo Kalopissis; Boulogne (1994) as colorações permanentes são

recursos disponíveis para a coloração capilar, permitindo uma modificação notável e

durável da cor natural, com obtenção de uma nuance mais escura ou mais clara que

a original em toda a gama das nuances possíveis, quer sejam proximas do natural

ou fantasias. A coloração permanente assegura excelente cobertura dos cabelos

brancos não somente nas nuances naturais, mas também em número muito grande

de cores. Ela permite também a iluminação e a coloração de forma simultânea.

Para Halal (2011 apud SILVA; NARDELLI; MOSER, 2011) as colorações

semipermanentes também conhecidas como demi-permanentes, depositam cor de

longa duração sem o poder de clarear a cor natural do cabelo. Elas podem ser

utilizadas para cobrir fios brancos ou realçar pigmentos dos cabelos. Normalmente

duram entre quatro e seis semanas. Colorações de oxidação semipermanente, em

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geral são mais suaves que as permanentes. Promovem a oxidação dos corantes

entre as camadas de cutícula e com pouca interação com o córtex, por exercerem

baixo poder de dilatação da estrutura externa. Normalmente são menos alcalinas e

são misturadas a reveladores (agente oxidante) de baixo volume.

Halal (2011) ainda enfatiza que muitas colorações semipermanentes utilizam

agentes alcalinizantes não amoníacos e alguns podem usar agentes oxidantes

diferentes do peróxido de hidrogênio. Um dos agentes alcalinizantes mais

encontrados nestas colorações é a monoetanolamina. O dano causado a fibra

capilar pode ser menor em função da concentração tanto do agente alcalinizante e

baixos níveis de oxidação, mas não deixa de ter sua ação. Prover uma matizagem aos cabelos naturais ou descorados, mas com uma tonalidade que, se ela é superior a da coloração temporária, é geralmente inferior a da coloração dita permanente. Estas tinturas resistem bem aos enxampuamentos e possuem uma tonalidade que pode durar ate quatro semanas. Os objetivos buscados por estas tinturas são variados. Podem citar-se entre os mais importantes: trazer reflexos de fantasia a cor natural da cabeleira; camuflar os primeiros cabelos brancos no tom natural; desamarelar os cabelos cinzas ou brancos, etc. Os corantes utilizados devem, portanto, apresentar, uma boa afinidade pela ceratina, uma solidez e uma resistência ao atrito e a luz suficientes.(KALOPISSIS; BOULOGNE 1994, p. 155).

A diferença entre a coloração semi-permanente e as colorações permanentes,

segundo Abraham et al. (2009) é destacada em função da presença do agente

alcalinizante: a amônia. A amônia atua elevando o pH do fio, o que provoca seu

intumescimento. Com isso, o produto consegue penetrar profundamente através da

cutícula, podendo chegar ao córtex

Segundo Silva; Nardelli; Moser (2011) em geral, a coloração semipermanente

sai do cabelo com cinco ou seis aplicações de xampus, o brilho acaba e o cabelo

cinza começa a aparecer, sendo necessário a reaplicação do mesmo. Como estes

corantes não são verdadeiramente permanentes, nem são completamente

removidos com uma ou duas lavagens com xampu, eles são denominados

semipermanentes.

Para a empresa Alfa Parf Milano (2011) a coloração semipermanente permite

as seguintes realizações de trabalhos:

• Para clientes que não querem utilizar produtos com amônia;

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• Para alterar discretamente os cabelos naturais;

• Para dar luminosidade e intensidade de cor em cabelos naturais;

• Para colorir cabelos brancos de (60 a 100%);

• Para neutralizar mechas ou em trabalhos com balayage;

• Para uniformizar áreas coloridas com coloração permanente;

• Para reavivar uma cor cosmética utilizando logo em seguida a

processos de alisamento ou permanente;

• Para reavivar cabelos opacos e descoloridos danificados.

A coloração semi-permanente possui um variado leque de cores disponíveis,

apenas de determinadas empresas, aquelas que são de venda exclusiva para

profissionais, a linha comercial ainda possui uma limitação na oferta da variação das

cores. A diluição da base com o oxidante deverá ocorrer na proporção de um por

dois, ou seja, para uma medida da base duas medidas do oxidante. Quando se

tratar de coloração de cabelos brancos deverá ser usada a diluição de um por um

(ALFA PARF MILANO, 2011). A coloração semi-permanente como apresentado

anteriormente tem sua atuação somente entre as camadas da cutícula e córtex não

tendo sua penetração em função da utilização de agente oxidante de baixa

volumagem (máximo 10 volumes ou 3%), não colorem de forma eficaz os cabelos

brancos e não devem possuir o agente alcalinizante a amônia,e sim a ethanolamida

ou monoetanolamida para esse fim (HALAL, 2010 apud SILVA;NARDELLI;MOSER).

A forma de aplicação, em sua maioria é definida pela empresa cosmética,

sendo que algumas sugerem aos cabelos que irão receber a coloração sejam

previamente lavados e que a mesma seja aplicada com os cabelos úmidos. Outras

já sugerem que os cabelos estejam sujos com um determinado grau de oleosidade

para a proteção da fibra capilar. Outra atividade que pode ser realizada pelo profissional cabeleireiro

utilizando as colorações e produtos descolorantes são as colorações artísticas, as

quais podem fazer uso de técnicas com diversas denominações, como por exemplo

balayage, mechas, marmorização, mechas invertidas, meio do processo de

descoloração parcial da cor dos cabelos ou com a mistura de coloração simultânea.

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Segundo Maia; Mota (2009) a descoloração é um processo em que há

remoção parcial ou total da melanina natural dos fios do cabelo. Sendo o que

ocorrem em luzes, reflexos e mechas, nomes dados de acordo com a técnica

utilizada para descolorir os fios parcialmente.

É a oxidação de pigmento melânico granuloso, naturalmente escuro que se

transforma em pigmento difuso mais claro. O cabelo descolorido adquire cor amarela

(enxofre, sulfuroso) ou vermelha (ferro, ferruginoso). Se a despigmentação continua

por mais de 60 minutos, chega ao máximo, ficando o cabelo branco e ou ainda

levemente amarelado (MANSUR; GAMONAL, 2004).

Segundo Baby et al. (2011) a descoloração é um processo que altera o

conteúdo de melanina natural existente no córtex da fibra capilar. O processo ainda

não é totalmente compreendido, para a realização da descoloração utilizam-se

soluções alcalinas de peróxido de hidrogênio com concentração superior a 12%.

Porém segundo recomendação das indústrias fabricantes de colorações capilares

poderão ser utilizados nestes processos o oxidante de ou peróxido de hidrogênio de

até 12% (L’ÓREAL, 2011; ALFA PARF 2011). Pereira (2001) ressalta que este

processo pode danificar a fibra capilar.

O grau de descoloração ocorre de acordo com o tempo de contato, cabelos mais escuros exigem maior tempo. A descoloração envolve duas fases, na primeira ocorre dispersão e dissolução dos grânulos de melanina e na segunda ocorre uma lenta descoloração. Na fase de dispersão e dissolução ocorre a destruição de diferentes ligações que mantém a estrutura das partículas de pigmento, na fase da lenta descoloração, as estruturas poliméricas da melanina são quebradas ( MAIA;MOTA, p. 243, 2009).

Diversos danos podem ser causados por este processo, a reação de

oxidação não altera somente os grânulos de melanina, ela também destrói algumas

pontes de dissulfeto dentro das queratinas provocando o enfraquecimento da

estrutura da fibra (DAWBER; NESTE, 2004; PEREIRA, 2001).

Outros danos ocorridos na fibra capilar em decorrência do processo de

descoloração são chamados dentro da tricologia como tricorrexe nodosa, tricoptilose

e triconodose (MANSUR; GAMONAL 2004; DAWBER; NESTE, 2004; PEREIRA,

2001). Os resultados de uma descoloração dependem da habilidade de um bom

profissional e da qualidade do cabelo.

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Como resultado final estas mechas descoloridas assim como outras coloridas

podem apresentar cores indesejáveis e com o recurso da coloração semi-

permenente pode-se corrigir os problemas resultantes do processo de descoloração.

Contudo vale salientar que o conhecimento da ação deste tipo de coloração e

as possibilidades de resultados em aplicação nas mais variadas situações, devem-

se ao conhecimento do profissional cabeleireiro, o qual deve buscar atualização

permanente, não somente em relação às possibilidades das técnicas, mas munido e

embasado no conhecimento técnico-científico sobre colorações capilares.

3 METODOLOGIA

A pesquisa teve como objetivo principal, verificar o entendimento que o

profissional cabeleireiro possui sobre a coloração semi-permanente e quais as

atividades realizadas utilizando este tipo de coloração nos serviços prestados em um

salão de beleza. O estudo foi desenvolvido e baseado em uma pesquisa de caráter

qualitativo, Flick (2004) afirma que a pesquisa qualitativa tem como aspectos

essenciais a escolha correta dos instrumentos de trabalho, das teorias a serem

utilizadas para análise e reflexão do pesquisador, além de ampla possibilidade de

abordagens e metodologias.

E neste processo investigativo, esta pesquisa caracterizou-se como

exploratória e descritiva, visto que “explora” , descreve, explica e formula predições

sobre os acontecimentos do mundo que nos rodeiam e tem ainda como objetivo

maior familiarização com o problema, visando torná-lo mais explícito ou a construir

hipóteses. O objetivo principal foi o aprimoramento de idéias ou a descoberta de

intuições (GIL, 2002). O autor ao conceituar a pesquisa descritiva, diz que a mesma

descreve as características de uma determinada população ou fenômeno, ou então

estabelece relações entre variáveis e que permite a utilização de instrumentos de

pesquisa adequados aos objetivos propostos.

Desta forma como desenvolvimento desta pesquisa além de uma revisão

bibliográfica foi aplicado um questionário com um grupo de cinqüenta (50)

cabeleireiros, com formação técnica ou tecnológica, do sexo masculino ou feminino,

os quais responderam a um questionário com treze perguntas semi-estruturadas,

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pertinentes aos conceitos da coloração semi-permanente, assim como as técnicas

utilizadas.

Estes conceitos já existem, porém a literatura é carente no que se refere a

técnicas de aplicação deste tipo de coloração e de alternativas de trabalhos

capilares que podem ser desenvolvidos com a mesma. Como Gil (2002) sugere, o

objetivo principal é o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.

Sendo assim, uma das etapas desta pesquisa foi buscar estas informações

em sites de empresas cosméticas capilares, apostilas de cursos técnicos

caracterizando uma pesquisa documental para relacionar de que forma a coloração

semi-permanente é utilizada no dia a dia de um profissional cabeleireiro.

O conceito não existe sem a técnica e sem a prática, portanto o objetivo é de

complementar e apresentar de uma forma global as possibilidades da coloração

semi-permanente.

4 RESULTADO E ANÁLISE DOS DADOS

Iniciando o processo de analise das respostas obtidas da aplicação do

questionário e seguindo o mesmo, apresentam-se abaixo os resultados compilados.

Primeiramente foi analisada a formação profissional do cabeleireiro, se

formado em curso técnico, tecnólogo ou outro. Dos cinquenta entrevistados 14% têm

formação em Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética, 78% tem

formação técnica e 8% tem a pratica profissional como formação.

Grafico 1 – Formação profissional

Fonte: Dados da pesquisa

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Além da formação profissional foi necessário saber qual o tempo de atuação

na área. Dos cinquenta entrevistados 27% estão na area há mais de quinze anos,

18% entre onze a quinze anos, 24% entre seis a dez anos e 31% entre um e cinco

anos. Com estas informações e fazendo uma relação com as respostas pode-se

observar que, desde o mais antigo na área até o mais novo não tem um

entendimento coerente sobre a coloração semi-permanente. Esperava-se com a

analise deste item identificar que os mais novos na área teriam um conhecimento

mais recente e coerente com a literatura existente, porem isto não ocorreu. Grafico 2 – Tempo de atuação na área

Fonte: Dados da pesquisa

Diante da diversidade de colorações disponíveis no mercado cosmético e

tendo a coloração classificada pelo seu grau de oxidação, tentou-se compreender

qual o conceito que o profissional cabeleireiro tem sobre a coloração semi-

permanente ou tonalizantes, como são chamados dentro da linha comercial.

Entendo o conceito da coloração semi-permanente como uma coloração de baixa

oxidação, não possui o agente alcalizante “amônia”, e sim outro agente mais suave

denominado ethanolamida, com um tempo menor de duração, aproximadamente de

cinco a oito lavagens, possui moléculas intermediárias, sendo que, sua fixação e

deposição está entre o córtex e cutícula, que em via de regra deve ser preparado

com oxidante de no máximo até dez volumes. As respostas obtidas foram as mais

variadas e um percentual mínimo destes profissionais que tem este conhecimento.

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Os demais demonstraram pelas respostas que não entendem o que vem a ser

coloração semipermanente.

a) Cinco dos entrevistados entendem que a coloração semi-permantente é uma

coloração: cor que maqueia os fios, dá brilho e maciez. b) Onze dos entrevistados entendem que a coloração semi-permantente: é uma

coloração sem amônia. c) Doze dos entrevistados entendem que a coloração semi-permantente é uma

coloração : Com pouca duração. d) Dez dos entrevistados entendem que a coloração semi-permantente é uma

coloração: menos agressiva. e) Apenas dois dos entrevistados entendem que a coloração semi-permantente

é uma coloração que: possui baixa oxidação. f) E os dez restantes dos entrevistados não responderam, entendendo-se dessa

forma que não sabiam o conceito correto deste tipo de coloração.

Diante das respostas apresentadas observou-se e constatou-se de que o

profissional cabeleireiro ainda necessita de um conhecimento mais aprofundado com

relação aos conceitos fundamentais da cosmetologia básica e aplicada.

Dando continuidade a analise do questionário, buscou-se relacionar os trabalhos

realizados com a coloração semi-permanente. Segundo Alfa Parf Milano (2011) a

coloração semi-permanente permite as seguintes realizações de trabalhos:

• Para clientes que não querem utilizar produtos com amônia;

• Para alterar discretamente os cabelos naturais;

• Para dar luminosidade e intensidade de cor em cabelos naturais;

• Para colorir cabelos brancos de (60 a 100%);

• Para neutralizar mechas ou em trabalhos com balayage;

• Para uniformizar áreas coloridas com coloração permanente;

• Para reavivar uma cor cosmética utilizando logo em seguida a

processos de alisamento ou permanente;

• Para reavivar cabelos opacos e descoloridos danificados.

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Dos cinqüenta entrevistados 37% utilizam a coloração semi-permanente para

a revitalização da cor e brilho nos cabelos, 42% utilizam a coloração

semipermanente para a neutralização de mechas descoloridas, 12% utilizam a

coloração semipermanente entre os intervalos da coloração permanente, 9%

utilizam a coloração semipermanente para outros tipos de serviços como cobertura

parcial de cabelos brancos, neutralização de alisamentos, mechas invertidas. Grafico 3 – Trabalhos realizados com a coloração semipermantente

Fonte: Dados da pesquisa

Quanto à questão número três foi questionado quais as cores que os

profissionais mais utilizam para o trabalho de neutralização de mechas. Embora a

cartela de cores da linha profissional conte com aproximadamente quarenta e sete

variações de tonalidades a disposição dos clientes, 31% dos entrevistados utilizam a

cor 9.21 (louro claríssimo irise acinzentado) e os demais utilizam as cores variando

do 6.1(louro escuro acinzentado) ao 10.21 (louro extra claro irise acinzentado). Com

isto percebe-se que o profissional trabalha especificamente com as técnicas

ensinadas pelas empresas nos cursos técnicos.

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Gráfico 4 – Cores mais utilizadas para neutralização de mechas

Fonte: Dados da pesquisa

Quanto as questões numero quatro e cinco observou-se que 89% dos

entrevistados utilizam a coloração semi-permanente de linha profissional sendo que

11% utiliza-se de coloração semipermanente da linha comercial.

Grafico 5 – Marcas

Fonte: Dados da pesquisa

Nas questões abordadas sobre a utilização do oxidante apenas 4% dos

entrevistados não utilizam o oxidante da mesma marca da coloração, ou seja, não

seguem as recomendações do fabricante que para um melhor resultado deve-se

utilizar a coloração e oxidante da mesma marca, já 18% dos entrevistados já

utilizaram oxidante de volumagem mais alta alterando desta forma a caracterisca da

coloração semi-permanente.

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Grafico 6 – Oxidante mais utlizado

Fonte: Dados da pesquisa

Quando abordado a questão sobre a agressão da fibra capilar, quando da

utilização da coloração semi-permanente, 4% dos entrevistados responderam que a

mesma é mais agressiva, ou seja, que após a utilização, os cabelos se apresentam

mais danificados e com aspecto de ressecamento, enquanto 96% acham a

coloração semi-permanente menos agressiva. Conforme cita Pereira (2001) os

processos químicos são agressivos à fibra capilar podendo ocasionar danos como

por exemplo a tricorrexi nodosa, já Halal (2011) enfatiza que toda a coloração é

alcalina, porém os agentes alcalinizantes mãos suaves como os utilizados na

coloração semipermanente são menos agressivos a fibra capilar.

Grafico 8 – Quanto aos danos a fibra capilar

Fonte: Dados da pesquisa

Para Halal (2011 apud SILVA; NARDELLI; MOSER, 2011) as colorações

semi-permanentes também conhecidas como demi-permanentes, depositam cor de

longa duração sem o poder de clarear a cor natural do cabelo. Elas podem ser

utilizadas para cobrir fios brancos ou realçar pigmentos dos cabelos. Quando

Grafico 7 – Já utilizou oxidante com volumagem maior que 3%

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questionado quanto ao poder de coloração dos fios brancos, 2% dos entrevistados

relataram que a coloração semipermanente permite a coloração completa dos fios

brancos, 28% dos entrevistados relataram que a coloração semi-permanente

permite uma coloração parcial dos fios brancos e 70% dos entrevistados relataram

que a utilização da coloração semi-permanente traz resultados insatisfatórios dos

fios brancos.Porém a literatura a esta questão é um pouco confusa, pois alguns

afirmam que a cobertura ou coloração do cabelo branco se dá em função de dois

fatores: o agente alcalinizante e o oxidante.

Grafico 9 – Qual o resultado para coloração do cabelo branco

Fonte: Dados da pesquisa

Na ultima questão quando questionado sobre qual recurso principal utilizado

para a finalização dos trabalhos realizados com mechas, 80% dos entrevistados

relataram utilizar a coloração semi-permanente, enquanto que 20% utilizam outros

recursos para este tipo de trabalho. Observou-se pelas respostas apresentadas que

os profissionais se limitam ao aprendizado em cursos técnicos não utilizando outros

recursos para este trabalho como a utilização da própria coloração permanente,

xampus com pigmentos, os pigmentos puros, etc.

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Grafico 10 – Utiliza como recurso principal a coloração semi-permanente para neutralização de mechas

Fonte: Dados da pesquisa

Sendo assim observou-se que em sua maioria os profissionais tem a

preocupação em desenvolver suas atividades com produtos de marcas respeitáveis

no mercado, mas que ainda não possuem um conhecimento mais específico sobre

a composição e ação das colorações sintéticas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Procurado pela transformação dos cabelos nos salões de beleza as

colorações e mechas artísticas são os serviços mais solicitados pelas clientes Um

bom resultado destes trabalhos está não só no produto utilizado, mas o

conhecimento e experiência do profissional cabeleireiro, que deve estar apto a

desenvolver técnicas modernas e seguras, que não venham a danificar a fibra

capilar. Para tanto é necessário um conhecimento do produto, entendendo sua ação,

composição, adversidades e incompatibilidades.

O conhecimento técnico cientifico das colorações existentes e disponíveis no

mercado, é fundamental para um resultado satisfatório e seguro tanto para o cliente

como para o profissional. A coloração semi-permanente ainda é utilizada por muitos

profissionais e conhecida como tonalizante, porém, muitos não fazem a correlação

de que a coloração semi-permanente é o próprio tonalizante.

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Após o final desta pesquisa percebe-se que a grande maioria dos

profissionais cabeleireiros mesmo tendo formação tecnológica na área, não tem o

conhecimento deste tipo de coloração, quanto ao tempo de atuação na área

percebe-se que desde o mais antigo ao mais novo profissional possuem opiniões

muito semelhantes sobre este tipo de coloração. Observou-se durante a pesquisa

que os entrevistados tem o cuidado de utilizar linhas profissionais e não costumam

utilizar outras marcas comerciais em seus atendimentos. Utilizam à coloração semi-

permanente como recurso principal para a finalização dos trabalhos de mechas

artísticas, as quais não obtêm resultados satisfatórios na coloração de cabelos

brancos.

Percebe-se a necessidade de constante atualização do profissional

cabeleireiro em área mais especifica da estética capilar. Cursos de cosmetologia,

livros e outros materiais deveriam ser oferecidos pelas empresas de colorações

capilares capacitando e desenvolvendo o conhecimento e o senso critico deste

profissional.

Contudo chegou-se a uma constatação que levou as pesquisadoras a um

grau de frustração, os profissionais mais antigos na área e com formação técnica

não vêem os cursos tecnológicos como aliados ao conhecimento, muitos deles

consideram-se profissionais completos, sem a necessidade de atualização e a busca

constante de novas informações e novos conhecimentos, constatou-se que durante

a realização da aplicação da pesquisa houve descaso, falta de interesse e de

respeito aos novos profissionais da geração dos cursos de tecnologia reconhecidos

pelo MEC.

REFERÊNCIAS ABRAHAM Leonardo, et al. Tratamentos estéticos e cuidados dos cabelos: uma visão médica. Surgical & Cosmetic Dermatology, v.1, n. 3, p.130-136, 2009. Disponível em: < www.surgicalcosmetic.org.br/public/artigo.aspx? Id=40>. Acesso em: 18 set. 2011.

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ALFAPARF MILANO, Colorações. Disponível em< http://www.alfaparf.com/index.php?method=section&v. id=158> Acesso em 10 nov.2011. BABY, André R. et al. Procedimentos capilares: abordagem de permanentes, alisamentos, descolorações e tinturas. Disponivel em: <http://www.pelesaudavel.org/site/pdfs/Procedimentos%20capilares.pdf> Acesso em 05 set. 2011. CLEBICAR, Tatiana. A cor ideal de cada idade. Revista O Globo, p 24-26, jun. 2005. DAWBER, Rodney; NESTE, Dominique van. Doenças dos cabelos e do couro cabeludo: sinais comuns de apresentação, diagnóstico diferencial e tratamento. São Paulo: Manole, 2004. FLICK, Uwe. Uma introdução a pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman, 2004. GIL. Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. GOMES, Álvaro Luiz. O uso da tecnologia cosmética no trabalho do profissional cabeleireiro. 1 ed. São Paulo: SENAC, 1999. HALAL, John. Tricologia e a química cosmética capilar. São Paulo: Cengage Learning, 2011. L’ÓREAL PROFESSIONAL. Colorações. Disponível em: < http://www.lorealprofessionnel.com.br/_pt/_br/products/index_cat_S.aspx?Catcode=Axe_Salon^Axe_Coloration_S&tc=Navigation^Nav_Produits_et_conseils^Nav_Produits_et_services&. Acesso em 10 nov. 2011. KALOPISSIS, G.; BOULOGNE, J. Produtos cosméticos de embelezamento. In: PRUNIÉRAS, M. Manual de cosmetologia dermatológica. 2 ed. São Paulo: Organização Andrei, 1994. MAIA, Cláudia Pires Amaral; MOTA, Karina Frias. Cuidados com os cabelos. In: KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Ateneu, 2009. cap. 7.1.4, p. 241 – 245. MANSUR, Cristina; GAMONAL, Aloísio. Cabelo normal. In: KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Ateneu, 2009. cap. 7.1, p. 151-163.

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PEREIRA, José. Doenças dos cabelos e do couro cabeludo. São Paulo: Atheneu, 2001. SILVA, Fernanda Arruda da; NARDELLI, Gisele Aparecida; MOSER, Denise K. ANÁLISE DAS ROTULAGENS DE COLORAÇÕES SEMI-PERMANENTES NO MERCADO COSMÉTICO: linha comercial. 2011, 19 fls.Trabalho de conclusão de Curso, Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2011. VÍCTORA, Ceres Gomes; KNAUTH, Daniela Riva; HASSEN, Maria de Nazareth Agra. Pesquisa qualitativa em saúde: uma introdução ao tema. 1. ed. Porto Alegre: Tomo 2000. WILKINSON, J. D. MOORE, R. J. Cosmetologia de Harry. Madri: Edigrafos S.A., 1990.

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APÊNDICES

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Apêndice I – Questionário aplicado com os cabeleireiros.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS- COMUNICAÇÃO, TURISMO E

LASER – CECIESA CURSO SUPERIOR EM TECNOLOGIA EM COSMETOLOGIA E ESTÉTICA

INFORMAÇÕES DA PESQUISA: Título do Projeto: Pesquisador Responsável: Denise krüger Moser Telefone para contato: 47- 9979-0420 Pesquisadores participantes: Suellen Corassa e Valmiria da Silva Krauel Esta pesquisa é parte integrante do Trabalho de iniciação científica das acadêmicas.Trabalho Suellen Corassa e Valmiria da Silva Krauel este apresentado como pré requisito para a obtenção da graduação das mesmas dentro do curso Superior em Tecnologia em Cosmetologia e Estética, da UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí.Esta pesquisa visa permitir as acadêmicas participantes uma maior familiaridade com os estudos realizados dentro da disciplina Cabelos – Colorimetria, a qual faz parte do curriculum do curso Superior em Tecnologia em Cosmetologia e Estética, desenvolvendo o senso de pesquisa, responsabilidade e investigação.

QUESTIONÁRIO

Identificação pessoal:____________________________________________ Email:__________________________________________________________ Formação profissional: ( ) Curso técnico ( ) Tecnólogo ( ) Tempo que atua na área de cabelo:________________________________

1–O que você entende por: coloração semi-permanente ou tonalizante? _______________________________________________________________ 2-Trabalhos que você realiza com a coloração semi permanente: ( ) Neutralização de mechas descoloridas ( ) Coloração utilizada entre os intervalos da coloração permanente ( ) Revitalização da cor e brilho nos cabelos ( ) Outro qual?__________________________________

3–Cores mais utilizadas em seus trabalhos em tonalização de mechas: ( ) 6,1 ( ) 7,1 ( ) 8,1 ( ) 9,21 ( ) 10,21

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4–Marcas de coloração semi permanentes da linha profissional que você utiliza: ( ) Schwarzkopf ( ) Loreal ( )Wella ( ) Alfaparf ( ) Outras: ___________

5-Você utiliza marca da linha comercial? ( ) Sim ( ) Não ( ) Qual?_____________ 6-Você utiliza o oxidante ou revelador específico da linha profissional? ( ) Sim ( ) Não Qual? __________________________________

7-Qual sua opinião quanto a:

a) Fixação de cor:______________________________________ b) Tempo de permanência:_____________________________

8-A coloração semi permanente em sua opinião é: ( ) mais agressiva ( ) menos agressiva 9- Você já usou a coloração semi permanente com oxidação mais alta? ( ) Sim ( ) Não Qual a volumagem do oxidante utilizado? ______________________________ Qual foi o resultado? _____________________________________________

10 - O que você acha da coloração semi permanente ser utilizada em uma cliente com 100% de fios brancos? ( ) Cobertura completa ( ) Cobertura parcial ( ) Cobertura insatisfatória 11– Você utiliza a coloração semi permanente como recurso principal para a neutralização de mechas? ( ) Sim ( ) Não Qual?________________________________________________________