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A UTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE
VENDA COMO FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO
Kátia Cristine Romeiro Oliveira
Sara Alexssandra Gusmão Franca
Luciana da Silva Moraes
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo demostrar o uso dos métodos de custeio na
formação do preço de venda como ferramenta para a tomada de decisão, à medida
que examinará a importância dos métodos de custeio na formação do preço de
venda, através da pesquisa foi exploratória, visto que envolve um levantamento
bibliográfico, assim proporcionando uma familiaridade com o problema. O
procedimento adotado para a realização desse trabalho no que diz respeito ao
instrumento técnico, foi a pesquisa bibliográfica a qual permiti a análise de um tema
sob novo enfoque ou abordagem, utilizando-se de livros, dentre outros materiais já
publicados. Para uma gestão de custos qualificada é necessário conhecer os
métodos de custeio, uma vez que a utilização do método apropriado irá executar a
necessária informação de negócios que será fundamental no momento da tomada.
Devido à industrialização do mundo e, posteriormente, a competitividade do
mercado de trabalho, é importante que as empresas estejam constantemente à
procura de novas estratégias, esta deve ser distinta e notável pelo mercado, assim,
proporcionar à empresa, vantagens em relação aos seus concorrentes. Uma das
estratégias que podem ser aplicadas pelas empresas é a busca de menores custos,
Bacharelando do 8º Semestre do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB. E-mail: [email protected] Orientadora. Bacharel em Ciências Contábeis, Pós-graduada em Gestão Econômica de Negócios, Professora na Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB e na Universidade do Estado da Bahia – UNEB no Curso de Ciências Contábeis. E-mail: [email protected] Co-orientadora. Bacharel em Ciências Contábeis, Mestre em Gestão Ambiental, Professora e Pesquisadora da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB no Curso de Ciências Contábeis. E-mail: [email protected]
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um fator importante na formação do preço de venda, que é um dos elementos
essenciais para que a empresa tenha o lucro como resultado, e posterior
permanência no mercado.
Palavras-chave: Custos. Métodos de Custeio. Preço de Venda. Margem de
Contribuição.
1. INTRODUÇÃO
A contabilidade, segundo Iudícibus et al. (2010, p.1), foi criada para as
seguintes funções: conciliar, assinalar, agregar, sintetizar e esclarecer os
acontecimentos que atingem as situações patrimoniais, financeiras e econômicas
tanto da pessoa física ou como da jurídica, sejam elas com ou sem fins lucrativos.
Nesse contexto percebe-se o quanto é amplo a utilização das informações
contábeis, no que se refere aos grupos de pessoas que usufruem de tais
informações.
A expansão inicial da contabilidade está agregada ao surgimento do
Capitalismo, o qual está relacionado em reconhecer os direitos individuais, ou seja, a
tomada de decisões da empresa não caberá mais ao governo, os lucros serão
distribuídos aos sócios e cada trabalhador receberá pelo ser trabalho. Em
decorrência da capitalização, mais precisamente pela necessidade de um maior
controle, surgi a Contabilidade de Custos, para contribuir na fixação dos custos dos
fatores, assim indicando o que, como e quando produzir.
O grande desafio das empresas está relacionado em como manter seu
negócio no atual mercado, ainda mais diante do efetivo cenário altamente
competitivo. Toda firma, independentemente de seu porte, necessita continuamente
de novas estratégias, as quais sejam diferenciais notáveis pelo mercado, assim
proporcionando à mesma, vantagens em relação aos seus concorrentes. Para tanto
a gestão de custos tornou-se uma das principais ferramentas, a qual auxilia o gestor
na inserção de um método otimizado para as suas escolhas.
Um dos objetivos da Contabilidade de Custos é fornecer suporte à tomada de
decisões gerenciais no que se refere à definição do preço de venda. Tendo em vista
a importância da qualidade na gestão de negócio, este trabalho tem por intuito
3
apresentar a influencia da utilização do sistema de custeio na formação do preço de
venda, desta forma auxiliando o gestor na tomada de decisão.
Segundo Sousa (2010, p. 8), “O preço de venda é um dos fatores mais
importante para qualquer empresa que deseja ganhar espaço do mercado
competitivo...”. Sendo assim, a empresa que sabe formar corretamente o preço de
venda, terá como resultado o sucesso e consequentemente sua permanência no
cenário socioeconômico, destarte favorecendo a sociedade em geral, através da
geração de oportunidades de empregos.
A Contabilidade de Custo aborda vários métodos de custeio e a escolha do
tema proposto justifica-se pela necessidade do conhecimento destes métodos como
instrumento auxiliador na tomada de decisões, porquanto muitos empresários não
sabem como determinar o preço de venda para os seus produtos, e em decorrência
disso muitas empresas encerram seu exercício em menos de cinco anos de
existência, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
(2012), o qual aponta que “48,3% das empresas brasileiras fecham as portas depois
de três anos de existência”.
Assim percebe-se o quanto é importante que o gestor conheça qual o método
de custeio mais apropriado para ser utilizado na sua empresa. De acordo o exposto
é levantado a seguinte problemática: Qual a importância dos métodos de custeio na
formação do preço de venda para as empresas?
Custeio representa a apropriação de custos, nesse caso a importância dos
métodos de custeios é reconhecida pela necessidade de identificar os custos para
que os mesmo sejam integrados ao preço de venda.
O presente trabalho tem por objetivo geral analisar a significância dos
métodos de custeio na formação do preço de venda. E também possui os seguintes
objetivos específicos: Apresentar os diversos métodos de custeio e suas diferenças;
Enfatizar a importância da formação do preço de venda; Evidenciar como a margem
de contribuição auxilia no resultado da empresa, associado ao preço de venda.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. A CONTABILIDADE DE CUSTOS
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Em decorrência do aumento de empresas durante desenvolvimento
tecnológico (Revolução Industrial: época em que quase só existia a Contabilidade
Financeira), sucedeu a necessidade de uma gestão de qualidade, a qual
assegurasse a permanência da empresa no mercado competitivo através dos
investimentos de capitais e do controle de produção. Assim, surgiu o controle de
custos, o qual concede ao gestor conhecer o quanto cada produto ou serviço custa,
auxiliando-o na tomada de decisão, visto que os contadores de custos apontam,
aferem, definem e averiguam os custos.
Uma contabilidade de custos é desenvolvida para atingir finalidades específicas, que podem estar relacionadas com o fornecimento de dados de custos para a medição dos lucros, determinação da rentabilidade e avaliação do patrimônio, identificação dos métodos e dos procedimentos para o controle das operações e atividade executadas, de modo a prover informações sobre custos para a tomada de decisões e de planejamento através de processos analíticos. (CALLADO, Antônio & CALLADO, Aldo, 2003, p. 58-59).
Tão diferente é o modo como a Contabilidade Financeira era feita em meados
do século XVIII. Isto porque, para fazer o levantamento do balanço patrimonial, era
preciso somente a enumeração do estoque, no que diz respeito ao termo físico, uma
vez que os valores em moedas eram levantados conforme a fórmula a seguir: (custo
das mercadorias vendidas = estoques iniciais + compras – estoques finais).
Posteriormente as receitas de vendas eram confrontadas com o CMV, seguido das
demais despesas ocorridas no período. Com isso era levantado o lucro ou prejuízo
da entidade.
No decorrer do tempo, com o advento das indústrias, houve a necessidade de
uma melhor forma para o levantamento do balanço patrimonial, já que dificultou a
utilização dos mesmos critérios da empresa comercial na industrial. E através disso
a contabilidade de custos foi se desenvolvendo, não ficando concentrada somente
nas empresas industriais, uma vez que as empresas comerciais, financeiras,
prestadoras de serviços etc., já usufruem da mesma.
Essa é uma área da contabilidade que concede informações tanto para a
contabilidade gerencial quanto para a financeira. Porquanto ela aprecia e alega as
informações financeiras e não financeiras, referentes à obtenção e ao dispêndio de
recursos pela organização. O foco da contabilidade gerencial é assessorar os
gestores no alcance dos objetivos da organização, através da apreciação e alegação
das informações financeiras, bem como outras informações. Já a contabilidade
5
financeira, centraliza-se nos demonstrativos direcionados ao público externo, no qual
proporciona informações acerca da performance da administração e da companhia
dos acionistas.
Para entendermos mais sobre “custos”, é necessário saber o seu significado
no que se refere à terminologia, pois confunde-se o mesmo como uma despesa.
Para Maher (2001, pg.64), “custo representa um sacrifício de recursos”, já Martins
(2008) afirma que custo é o “gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção
de outros bens e serviços”. Sendo assim, todo valor que é gasto para deixar o
produto pronto para a venda é considerado como um custo.
Gasto é o todo, ou seja, tudo o que gera um desembolso financeiro.
Desembolso é o momento em que se faz um pagamento referente à aquisição de
bem ou serviço. Entretanto, investimento é o gasto que é estocado no ativo. E, por
fim, a despesa ocorre quando um bem ou serviço é consumido direta ou
indiretamente com o intuito de obtenção de receitas, não estando ligado à produção.
Essas terminologias cabem tanto para empresas industriais, com também para as
demais entidades.
A contabilidade de custos classifica os custos quanto aos produtos e quanto
ao volume.
Quanto aos Produtos; Quanto aos produtos os custos podem ser
classificados como diretos ou indiretos. Custos Diretos são aqueles que
estão ligados a determinado produto e/ou serviço, podendo os mesmos
ser identificados sem a necessidade de um rateio, havendo somente uma
medida de consumo. Já os custos indiretos são aqueles relacionados a
determinado produto e/ou serviço, beneficia toda a produção, porém não
identificados a não ser por meio de um rateio.
Quanto ao Volume de Produção; No que tange ao volume de produção,
os custos são classificados como fixos e variáveis. Os custos que irão
existir, independentemente da quantidade produzida, são os conhecidos
como fixos. Já os variáveis são aqueles que se alteram na mesma
proporção que a produção, ou seja, quanto maior a produção maior será
os custos.
2.1.1. Métodos de Custeio
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Métodos de custeio são os modos que se usam para apropriar os custos, com
o intuito de fornecer informações essenciais para a gestão empresarial. Na década
de 1920, era utilizado o custeio tradicional. Porém, havia nesse método algumas
falhas, as quais fizeram com o mesmo perdesse a importância que tinha, visto que
não correspondia às necessidades dos gestores.
Para Martins (2010, p.298), as principais deficiências nesse método que
dificulta o processo de melhoria contínua são as seguintes:
Distorções no custeio dos produtos, provocadas por rateios arbitrários de
custos indiretos quando do uso dos custeios que promovem tais rateios; Utilização de reduzido número de bases de rateio, nesses mesmos
casos; Não mensuração dos custos da não qualidade, provocados por falhas
internas e externas tais como retrabalho e outras; Não segregação dos custos das atividades que não agregam valor; Não utilização do conceito de custo-meta ou custo-alvo; Não consideração das medidas de desempenho de natureza não
financeira, mais conhecidas por indicadores físicos de produtividade.
Dentre os diversos métodos de custeios, serão abordados apenas quatro, tais
como: Custeio Baseado em Atividades, Absorção, Padrão e Variável ou Direto.
Custeio Baseado em Atividades
Devido ao avanço tecnológico e, com isso, a grande distinção de produtos
fabricados, os custos indiretos também se elevam incessantemente. Por isso, há a
necessidade de uma melhor separação para esses custos. Para que isso ocorra é
utilizado o Custeio Baseado em Atividades, mais conhecido como ABC (Activity
Based Costing). O método mencionado foi elaborado na Universidade de Harvard,
pelos professores americanos Robert Kaplan e Robin Cooper, por volta dos anos 80.
Está relacionado às atividades que a instituição desenvolve no decorre da produção
de seus produtos. Esse procedimento tem as atividades como objeto fundamental
dos custos, neste caso, dando um tratamento diferente aos custos indiretos.
Para Martins (2010, p. 87), “é um método de custeio que procura reduzir
sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”.
Assim, cada produto fabricado auferirá um fragmento do custo relacionado à parte
que usufruiu determinada atividade. Igualmente, os produtos que utilizarem mais
atividades passarão a ter uma maior parte dos custos indiretos, conforme Maffei
apud Moura Junior et al. (2010, p. 11) afirma acerca do método ABC:
7
[...] almeja atribuir aos produtos individuais a parcela de gastos indiretos consumida por cada um deles. Isto é feito definindo-se as atividades relevantes da empresa, calculando-se o custo de cada uma delas, e então atribuindo este custo aos produtos com base no consumo de cada atividade por parte de cada produto.
Toda execução que envolver o consumo de recursos da empresa, com o
intuito de gerar bens ou serviços, será conhecida como uma atividade.
Para Abbas et al. (2012), a principal vantagem do método ABC está
relacionada ao reconhecimento e ao cálculo das atividades. Estas são as
responsáveis por produzir valor para o cliente. Desta forma, aquelas que não
gerarem valor serão descartadas do processo, por apenas acrescentarem os custos
dos bens e serviços.
Ainda podemos ter várias outras vantagens na utilização desse método.
Destas, pode-se destacar a diminuição dos rateios arbitrários. Devido a essa
diminuição dos rateios, temos os dados gerenciais mais seguros, como também a
identificação dos custos de cada atividade, dentre outros.
No entanto, vale ressaltar que há também algumas desvantagens. Dentre as
várias, destacam-se as seguintes: despesas elevadas para implantação, a precisão
de revisão contínua, dificuldade nas associações das informações entre
departamentos.
Segue abaixo, na figura 1, um esquema do método de custeio, para melhor
compreensão.
Figura I – Esquema do Custeio ABC
Fonte: Adaptado de Parceria Consultores, Controladoria e Finanças.
Custeio por Absorção
Nos itens 12 e 14 do Pronunciamento Técnico CPC 16 que trata da valoração
de estoques, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC está contemplado o
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Custeio por Absorção. O mesmo é oriundo do sistema elaborado na Alemanha no
início do século 20, conhecido por RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit). No
método RKW, eram alocados à produção todos os gastos do período, ou seja, os
custos e despesas.
Provindo dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, o Custeio por
Absorção também é conhecido como custeio integral. Trata-se da associação de
todos os custos de fabricação, diretos e indiretos, fixos e variáveis. Neste caso,
todos os gastos relacionados à produção serão repartidos para todos os produtos
elaborados.
Esse método é utilizado na Auditoria Externa, mesmo não sendo lógico
devido ao rateio arbitrário. É obrigatória sua utilização na apuração do resultado e
para o balanço. Também é adotado pela legislação comercial e fiscal, como, por
exemplo, para o pagamento do imposto de renda. O conceito fiscal do custeio por
absorção é encontrado no Decreto-Lei nº 1.598/77, art. 13º, § 1º, que diz o seguinte:
Art. 13 - O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou importação. § 1º - O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente: a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou
serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo;
Uma das vantagens na utilização desse método de custeio é que o mesmo
está de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade. Convém lembrar
que não é tão custoso, visto que não necessita separar os custos de manufatura nos
elementos fixos e variáveis, além de ser recomendado na obtenção de soluções a
longo prazo.
Por outro lado, há as desvantagens, tais como: o rateio arbitrário, não oferece
muita informação aos gestores para tomada de decisão e a presença dos custos
fixos no montante, independentemente da existência da produção.
O custeio por absorção pode ser mostrado abaixo na figura 2:
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Figura II – Esquema do Custeio por Absorção
Fonte: Adaptado de Martins, Contabilidade de Custos, 2010.
Custeio Padrão
O Custeio Padrão ou Standard é de origem americana (EUA). Tem como
conceito a predefinição do custo a ser gasto, ou seja, a determinação de um objetivo
que a instituição deseja alcançar.
O Dicionário de contabilidade de Lopes de Sá apud Leone (2000, p. 281)
define o Custeio Padrão como:
Custo determinado a priori, ou seja, predeterminado, e que se fundamenta em princípios científicos e observa cada componente de custos (matérias, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação) dentro de suas medidas de verdadeira participação no processo de produção, representando o quanto deve custar cada unidade em bases raciais de fabricação.
Nesse caso, os custos que devem ocorrer em determinado período são
levantados antes com base em experiências passadas e utiliza experiências
simuladas. Estas serão executadas conforme as condições normais de fabricação,
levando em consideração as perdas e as sobras de materiais que normalmente
acontecem, o ganho ou perda na produtividade que sucedem da mão-de-obra.
Existem dois tipos de custeio padrão. Trata-se do custeio padrão corrente e o
custeio padrão ideal.
Para se calcular Custeio padrão corrente, deve-se considerar as
deficiências da empresa, tais como: desperdícios, problema em algum equipamento,
dentre outros.
Custeio padrão ideal não é calculado levando em conta o mesmo que no
custeio padrão corrente (deficiências da instituição).
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Devido a esses conceitos, o custeio padrão corrente é mais utilizado, uma vez
que seu valor se aproxima mais com a realidade da empresa.
Para Bornia (2002, p.89), o método do custo padrão consiste em:
Fixar um custo padrão, que servirá de referência para a análise dos custos; determinar o custo realmente incorrido; levantar a variação (desvio) ocorrida entre o padrão e o real; analisar a variação, a fim de auxiliar na procura das causas (motivos) que levaram aos desvios.
Verifiquemos a figura 3:
Figura III – Esquema do Custeio Padrão
Fonte: Adaptado de Trevisan & Associados, Custo Padrão, 2005.
A subtração dos erros nos processo produtivos, o alcance das informações
com mais presteza, o controle mais aperfeiçoado, todos esses podem ser
considerados como vantagens na utilização do custeio padrão. Agora, no momento
em que os padrões forem estabilizados como inalcançáveis, as pessoas que
estiverem envolvidas poderão desmotivar-se, prejudicando, assim, o processo
metodológico da organização, sendo essa a principal desvantagem.
Custeio Variável ou Direto
Custeio Variável ou Direto está relacionado à separação dos gastos. Isto
indica a eliminação dos custos fixos, assim tendo como custo de produção apenas
os custos variáveis, aqueles que alteram conforme o volume de produção, sejam
diretos ou indiretos.
Tal método não é aceito legalmente, não só no Brasil como também nos
Estados Unidos, dentre outros países.
11
Segundo Leone (2000, p. 322),
O critério do custeio variável fundamenta-se na ideia de que os custos e as despesas que devem ser inventariáveis (debitados aos produtos em processamento e acabados) serão apenas aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam variáveis em relação a uma medida (referência, base volume) dessa atividade.
Para uma melhor compreensão, vejamos a figura 4:
Figura IV – Esquema do Custeio Variável
Fonte: Adaptado de Costa, Proposta de modelo e implementação de um sistema de apoio a decisão em pequenas empresas, 1998.
No esquema visto, pode-se perceber que os custos fixos são levados
diretamente à DRE como despesa do período. Portanto serão incluídos nos custos
de produção dos bens e serviços, visto que, os mesmos acontecerão
independentemente se houver ou não a produção. Aqui já podemos destacar uma
vantagem na utilização desse método, uma vez que os custos fixos não são
analisados como encargos de um produto específico, mas como dever essencial
para que a empresa possa produzir adequadamente. Outra vantagem é que esse
método determina a margem de contribuição de casa produto, dessa forma
ajudando na tomada de decisão.
Entretanto há a desvantagem. Isto porque esse método não é aceitável na
preparação de demonstração contábeis de uso externo, e para Leone (2000, p. 341)
“as informações do custeio variável são bem plicadas em problemas cujas soluções
são de curto alcance no tempo”, nesse caso não é aconselhável a utilização desse
método caso deseje soluções a longo prazo.
12
2.2. A CONTABILIDADE DE CUSTOS E O PREÇO DE VENDA
Devido à alta competitividade do mercado em que as empresas vivem, sejam
elas comerciais, de serviços ou até mesmo industriais, os custos tornaram-se fatores
importantes na hora da tomada de decisões. Porém, podemos perceber que, diante
dessa competição, somente os custos incorridos não são suficientes para a
definição do preço de venda, mas também é necessário que, além dos custos, a
empresa tenha como base os preços exercidos no mercado em que elas operam.
Vale ressaltar que ter conhecimento dos custos é essencial para que a
entidade saiba se formado o preço, o produto será lucrativo ou não. Aqui
percebemos a importância da contabilidade de custos, a qual, segundo Martins
(2010), “tem duas funções relevantes: o auxilio ao Controle e a ajuda às tomadas de
decisões”, através das informações úteis e tempestivas.
Podemos associar a formulação do preço de venda com o princípio da
continuidade, o qual não prevê o fim da empresa, mas sim que ela continue em
exercício.
2.3. A IMPORTÂNCIA DO PREÇO E VENDA
Além da qualidade dos produtos e/ou serviços, os clientes hoje em dia visam
muito o preço que é oferecido pelas empresas no mercado atual, estão
constantemente atrás de promoções, ofertas, queima de estoque, dentre outros.
Aqui se dá a importância da boa formação do preço de venda, uma vez que é
necessário que a empresa consiga atrair mais clientes para si através de seus
preços e sem obter prejuízo.
Há vários fatores que devem ser utilizados quando preço de venda estiver
sendo formado. Dentre eles, vale destacar o lucro e os custos. Estes devem
prevalecer, e não menos importante, o preço que determinado pelo mercado devido
à competição, como dito anteriormente.
Um fator também muito relevante que influencia na formação do preço de
venda é o valor pelo qual se adquirem as mercadorias. O ideal é que a empresa
tenha ótimos fornecedores, os quais possam oferecer valores oportunos e com
prazos favoráveis.
13
Como exemplo, temos a lei da oferta e demanda. Por ventura, se a demanda
for maior que a oferta, os preços dos produtos tendem a subir, ou, caso contrário, os
preços cairão.
Segundo Cogan (2002), há algumas estratégias de formação de preços. São
elas: estratégias de preços distintos, estratégias de preços competitivos, estratégias
de precificação por linha de produtos e estratégias de preços imagem e psicológica.
Dentre esses, serão destacados:
Estratégias de Preços Distintos: estão envolvidos os descontos relacionados
ao mesmo produto que é oferecido de forma diferente aos clientes. Registra-se a
ocorrência da desnatação - que é a redução do preço do produto à medida que
ele fica no estoque parado (também conhecido com queima de estoque); e do
desconto periódico e randômico. Este corresponde aos periódico cujos
descontos não são previsíveis, ao contrário daqueles cuja característica é
justamente a previsibilidade.
Estratégias de Preços Competitivos: dentro desse grupo está quatro
processos. O primeiro seria igualando a estratégia a competição, até para
salvar-se da competição de preços muitas empresas optam por igualar seus
preços aos dos seus concorrentes. O segundo corresponde a cotar por baixo
do preço da competição. Nesta modalidade, as instituições escolhem preços
inferiores aos da concorrência. Já a opção por líderes de preços e seguidores
são as preteridas por empresas de grande porte, que cotem grande parte do
mercado que determinam o preço, e, assim, as outras tornam seus seguidores.
Por fim, destaca-se o preço de penetração. Trata-se da formação do preço com
a intenção de introduzir o mais rápido o produto no mercado; dentre outros.
2.4. FORMAÇÃO DE PREÇOS BASEADO EM CUSTOS
Aqui trataremos de três métodos existentes para a formação do preço de
venda, são eles: método baseado no custo pleno, no retorno sobre o capital
investido e no custo-padrão, além da aplicação do Mark-up.
2.4.1. Método baseado no Custo Pleno
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Esse método é baseado no Custo Pleno por apurar todos os custos dos
produtos e, posteriormente, acrescentar uma margem de lucro, conforme a figura 5 a
seguir:
Figura V – Custo Pleno
Fonte: Adaptado de Cogan, Custos e Preços; formação e análise, 2002.
Pode haver casos em que os de custos de transformação (composto pela
mão-de-obra e custos indiretos de produção) sejam maiores que os custos de
matérias-primas. Nesse caso, a margem de lucro será aplicada sobre o valor dos
custos de transformação. Isso é o que a figura 6 representa:
Figura VI – Custo Pleno sobre o custo de transformação
Fonte: Adaptado de Cogan, Custos e Preços; formação e análise, 2002.
2.4.2. Método baseado no Retorno sobre o Capital Investido
O cuidado desse método cuja base recai sobre o Retorno do Capital Investido
é a garantia de um retorno sobre o capital investido através da margem de lucro.
Assim, a empresa estabelece quanto de percentual quer ganhar sobre o capital que
investiu. Para este cálculo, temos a seguinte formula: P= [CT + ( R% x CI ) ] / V,
onde:
P: preço de venda
CT: custos totais
15
R%: percentual do lucro desejado
CI: capital investido
V: volume de venda
Para um melhor entendimento, serve como exemplo a seguinte simulação:
supondo que uma empresa que vende 600.000 lápis por mês, com um capital de
$70.000,00 e seus custos totais sejam $76.000,00, deseje obter 20% de lucro em
cima do seu capital, teremos então o seguinte preço de venda: P= [76.000,00 +
(20% x 70.000,00) / 600.000], P= $0,15. Destarte, essa empresa obterá $14.000,00
de lucro.
2.4.3. Método baseado no Custo-padrão
Conforme o método ancorado no Custo- Padrão, a empresa estabelece o
custo-padrão dela com base em experiências passadas. Leva-se em conta os custos
variáveis e fixos. Estes devem ser separados adequadamente, e, posteriormente,
coloca a margem de lucro desejado. Vale ressaltar que o custo real vai variar em
relação ao custo-padrão, então para que tenha uma boa gestão na utilização desse
método, o ideal é que a empresa se baseie no principio da prudência citado na
Resolução nº 1.282/10, Art. 10, parágrafo único, o qual pressupõe:
O emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SÃO PAULO, 2010).
Identifica-se, como fundamento desse princípio, o seguinte argumento: nunca
anteceder Lucros e sempre antever possíveis Prejuízos. Isto porque se assim
ocorrer, a empresa já estará preparada, e caso aconteça ao contrário, ou seja, a
empresa obter lucro, será mais uma vantagem à mesma.
2.4.4. Aplicação do Mark-up
A palavra Mark-up significa “marcar para cima”. É um índice empregado ao
custo de um bem ou serviço para formar o preço de venda. Ele salda uma série de
contas. É o que se analisa na figura 7 a aplicação do Mark-up:
16
Figura VII – Aplicação do Mark-up
Fonte: Adaptado de Cogan, Custos e Preços; formação e análise, 2002.
2.5. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
A Margem de Contribuição é conceituada como sendo a diferença entre o
preço de venda e a soma dos custos com as despesas variáveis de cada produto. O
valor que der como resultado, ou seja, o valor da margem de contribuição não é o
lucro, mas sim, a garantia para o pagamento dos custos e das despesas fixas e para
a formação do lucro.
Para Martins apud Nascimento (2005, p. 35), margem de contribuição é a:
Diferença entre Receita e soma de Custo e despesa Variáveis, tem a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui para, primeiramente, amortizar os gastos fixos e, depois, formar o lucro propriamente dito.
Para uma maior compreensão, verifiquemos a figura 8:
Figura VIII – Margem de Contribuição Unitária
Fonte: Adaptado de Martins – Contabilidade de Custos, 2010
A importância da margem de contribuição é dada pela necessidade que a
empresa tem de saber qual dos seus produtos e/ou serviços tem uma contribuição
17
maior no pagamento dos custos e despesas fixas e, posteriormente, na obtenção do
lucro. Podemos perceber na figura 5 que o produto “B” possui uma maior
contribuição. Dessa forma, a venda do mesmo dever ser incentivada, e, em seguida,
a venda do produto “C” e, por último, do produto “A”.
A margem de contribuição também é importante. Isto porque mostra se a
empresa está investindo em algum produto em que não vale a pena, uma vez que o
mesmo pode está dando prejuízo à empresa.
Para se chegar à margem de contribuição total, necessário é multiplicar a MC
unitária pela quantidade de produtos e, em seguida, somar com as demais margens.
Esse procedimento é verificável na ilustração que a figura 9 registra:
Figura IX – Margem de Contribuição Total
Fonte: Adaptado de Martins – Contabilidade de Custos, 2010.
2.6. A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO NA TOMADA DE DECISÃO
Acerca do valor assumido pela margem de contribuição na tomada de
decisão, convém destacar o que assevera Souza (2009, p.6):
Alguns pequenos empresários calculam o lucro aplicando o percentual sobre o custo e deduzindo os tributos e comissões, e posteriormente deduz as despesas fixas. Isso pode representar um valor equivocado, pois os ganhos sobre as vendas, não é necessariamente os percentuais aplicados sobre os custos.
Aqui podemos perceber a relevância da utilização da margem de contribuição
na tomada de decisão. Isto porque a mesma mostra a possibilidade de cada produto
e/ou serviço gerar receitas e os custos a eles relacionados. Dessa forma, antes de o
gestor tomar a sua decisão, é necessário conferir quais dos seus produtos são mais
vantajosos para a entidade.
A MC possibilita ao administrador o conhecimento das informações.
Igualmente, auxilia-o na sua escolha entre reduzir ou expandir uma linha de produto,
verificando, assim, se é relevante acatar a determinado pedido ou não.
2.7. FATORES RELEVANTES NA TOMADA DE DECISÃO
18
Há vários fatores que devem ser levados em conta antes da tomada de
decisão. Dentre eles, dentre os principais destacamos um que será, a seguir,
abordado: o ponto de equilíbrio.
A palavra equilíbrio tem a origem latina, vem da palavra aequilibrium, formada
de “aequi” que significa “igual” e “librare” que significa “oscilar”. Nesse caso, o
sentido primeiro abstraído é oscilar igual.
Esse é um conceito das finanças que está relacionado ao grau das vendas
que cobrem os custos totais (fixos e variáveis). No ponto de equilíbrio, a instituição
não ganha e nem perde dinheiro. Passa, então, às vendas do ponto de equilíbrio. Do
mesmo modo, a empresa terá benefício, visto que estará faturando mais.
Segundo Robbins apud Bruni e Famá (2007, p.187), “é nos momentos de
decisão que o seu destino é traçado”. Podemos perceber que a importância do
ponto de equilíbrio na tomada de decisão é dada devido ao conhecimento que ele
nos mostra dos níveis de vendas que precisarão ser auferidos para obter o lucro
desejado.
Na contabilidade, há três tipos de pontos de equilíbrios: contábil, econômico e
financeiro.
2.7.1. Ponto de Equilíbrio Contábil
O ponto de equilíbrio contábil é o valor da receita cobrindo os custos totais,
conforme a figura 10 demonstra a seguir:
Figura X - Ponto de Equilibrio
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Podemos observar, conforme a figura anterior, que o ponto de equilíbrio
dessa empresa é: em quantidade – “100” unidades e posteriormente em valor – “R$
10.000,00”.
2.7.2. Ponto de Equilíbrio Econômico
A diferença entre esse ponto de equilíbrio e o contábil é que nesse deve ser
levado em conta o custo de oportunidade, ou seja, quanto a empresa estaria
ganhando se estivesse investindo em outro produto, ou quanto o dono da empresa
estaria faturando se estivesse investindo em outro negócio.
Para isso, temos a seguinte fórmula, com um custo de oportunidade de R$
2.000,00:
PEE= Custos Fixos + Custo de Oportunidade MC unit.
Considerando o exemplo da figura 10:
PEE= 5.000,00 + 2.000,00 = 140 unid. 50,00
Aqui o ponto de equilíbrio seria 140 unidades, e R$ 14.000,00.
2.7.3. Ponto de Equilíbrio Financeiro
Nesse ponto de equilíbrio, consideram-se os custos ou despesas não
desembolsadas, como, por exemplo: depreciação, amortização e exaustão. São as
despesas que diminuem o resultado econômico, porém não há saída de dinheiro do
caixa.
Sendo assim, ainda considerando o exemplo da figura 10, agora com uma
depreciação de R$ 1.500,00, temos:
PEF: Custos Fixos – Depreciação MC unit.
PEF: 5.000,00 – 1.500 = 70 unid. 50,00
Nessa simulação, o ponto de equilíbrio será 70 unidades, e R$ 7.000,00.
Vale ressaltar que sempre o PEE será maior que o PEC que é maior que o
PEF.
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3. METODOLOGIA
Metodologia é definida pelo caminho a ser percorrido para execução da
pesquisa, ou seja, os procedimentos adotados pelo pesquisador para a realização
de seu trabalho. Segundo Beuren (2004, p. 83), “os procedimentos na pesquisa
científica referem-se à maneira pela qual se conduz o estudo e, portanto, se obtêm
os dados”.
Em relação ao método de abordagem, esta pesquisa aplicou o método
dedutivo. Isto porque é mais generalizado, transformando enunciados universais em
particulares, permitindo, assim, afirmar inexistência de necessidade de uma
experimentação, portanto somente a base teórica é fundamental.
Quanto à natureza da pesquisa, foi utilizada a básica, cujo objetivo é a
geração de novos conhecimentos sem a necessidade de uma aplicação prática, ou
seja, sem finalidades imediatas.
Abordou-se o problema através da pesquisa quantitativa, assim como
qualitativa. Em relação a este último, denota que não há necessidade de transformar
em números as opiniões, tendo em vista que seu foco de interesse é amplo. Já a
pesquisa quantitativa considera que tudo seja quantificável.
Do ponto de vista dos objetivos, a pesquisa foi exploratória, visto que
envolveu um levantamento bibliográfico, assim proporcionando uma familiaridade
com o problema. Nesse caso, o primeiro objetivo foi auferido por meio de um
levantamento bibliográfico acerca da contabilidade de custos, mais especificamente,
sobre os diferentes métodos de custeio. O mesmo foi apresentado no capítulo II.
No que diz respeito ao segundo e terceiro objetivos, foram demonstrados pelo
pesquisador por meio de uma simulação de como formar o preço de venda e a
margem de contribuição, para posteriormente apresentar como a margem de
contribuição associado ao preço de venda auxilia no resultado da empresa. Tais
objetivos foram expostos, respectivamente, nos capítulos III e IV.
No que diz respeito ao instrumento técnico, Cervo e Bervian apud Beuren
(2004, p. 86) define a pesquisa bibliográfica com a que,
[...] explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.
21
Diante do exposto, foi aplicada a pesquisa bibliográfica, a qual não é uma
simples iteração do que já foi escrito sobre determinado assunto. Entretanto, permiti
a análise de um tema sob novo enfoque ou abordagem, utilizando-se de livros dos
seguintes autores: Charles T. Horngren et al., Eliseu Martins, Michael Maher, René
Gomes Dutra, Silvio Aparecido Crepaldi, dentre outros.
4. CONCLUSÃO
Mediante os fatos expostos, verificamos que a contabilidade de custos surgiu
com a finalidade de aprimorar a gestão das empresas para que as mesmas
permanecessem no mercado de trabalho. A contabilidade de custo é um tipo de
controle interno das atividades realizadas pelas empresas. Sendo assim, torna-se
indispensável o uso da mesma.
Princípios da contabilidade, tais como: prudência, oportunidade e
continuidade estão relacionadas à importância de uma boa formulação do preço de
venda. O princípio da prudência nos alerta a sermos prudentes quanto às receitas e
despesas. Desta forma, provisiona-se a primeira para menos e a segunda para
mais. Já o de oportunidade é o percentual de lucro que os sócios desejam obter,
enquanto o princípio de continuidade evidencia que a empresa terá sua vida
continuada ao longo do tempo. E, em decorrência da competitividade, a aplicação do
preço de venda como forma de gerar resultados positivos é uma das estratégias
principais para que a empresa continue em exercício.
Atualmente a qualidade do produto não tem sido um fator tão importante
quanto o preço de venda para os consumidores na hora da compra. É importante
submeter-se à lei de oferta e demanda.
A parceria com bons fornecedores favorece a empresa na hora da formulação
do preço. Isto porque através dessa parceria a empresa conseguirá preços adeptos,
e uma boa forma de pagamento. Não se deve esquecer, porém, da qualidade dos
produtos, e de que a empresa não pede ficar preza a um só fornecedor. O ideal é
que ela tenha vários fornecedores, sendo possível a utilização de cotação.
A partir da contabilidade de custos, nasceram os métodos de custeios, os
quais apropriam os custos. De tal modo, esses métodos fazem com que a empresa
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conheça o custo de cada produto e/ou serviço vendido. Custeio representa a
apropriação de custos. Nesse caso, a importância dos métodos de custeios é
reconhecida pela necessidade de identificar os custos para os mesmo serem
integrados ao preço de venda.
Cada método aqui abordado tem suas vantagens e desvantagens. Assim, a
escolha desse sistema, para que o mesmo seja utilizado na empresa, irá depender
tanto do tipo de empresa quanto da finalidade que a empresa determinou ao
escolher esse sistema.
A determinação de qual método utilizar decorre de quem vai receber e o que
vai fazer com as informações, e também qual a sua necessidade, e não menos
importante, qual método é mais rentável. Há várias finalidades na utilização desses
métodos, tais como: controle; produção de dados informativos para fins de tomada
de decisão; ou, então, uma simples avaliação de estoque. A mensuração de estoque
será como auxílio ao gestor da empresa para tomada de decisão.
De modo geral, é essencial que a empresa conheça os custos de cada
produto auferido. Através do conhecimento desses custos, é possível identificar
aqueles que causam maior impacto na atividade operacional da empresa. Assim,
ter-lhe-á como auxílio na formulação de um bom preço de venda, e, dessa forma,
agradando de modo geral, ao consumidor e, consequentemente, à instituição,
através dos lucros adquiridos resultantes das receitas realizadas.
USE OF METHODS OF COSTING THE FORMATION OF SALES PRICE AS A
TOOL FOR DECISION MAKING
ABSTRACT
The current work is aimed to demonstrate the use of costing methods in training of
the sales price as a tool for decision making, as we examine the importance of
costing methods on the training of the sales price, through the research was
exploratory, since it involved a literature, thus providing a familiarity with the problem.
The procedure adopted to conduct this work in relation to the instrument technician,
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was the literature which allow the analysis of a subject in a new light, or approach,
using books, documents, among other materials published there. For a qualified cost
management is necessary to know the costing methods, since the use of the
appropriate method will perform the necessary business information which will be
necessary at the time of decision. Due to the industrialization of the world and
subsequently the competitiveness of the labor market, it is important that companies
are constantly looking for new strategies, this should be distinct and appreciable by
the market, thus provide the company advantages over its competitors. One of the
strategies that can be applied by companies is the pursuit of lower costs, an
important factor in the formation of the sale price, which is one of the essential
elements that the company has profit as a result, and subsequent stay in the market.
Keywords: Costs. Costing Methods. For Sale. Contribution Margin.
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