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Caro professor, Já passamos pelas etapas de Mobilização, Iniciativa e Planejamento do Programa SuperAção Jovem. Até este momento, você convidou seus alunos a se aproximarem da leitura, praticando importantes habilidades na oficina de Hora da Leitura. Identificar os mitos que os afastam da leitura e propor soluções para combatê-los. Escolher livros com base em suas preferências, com o apoio dos colegas e do professor. Participar das oficinas de forma mais colaborativa com o professor. Trabalhar em times, solucionando problemas de convívio, interesse, leitura, produção e também cuidando para não deixar nenhum colega para trás. Mobilizar os colegas e a escola para melhorar a leitura em todos os espaços. Praticar estratégias que os permitam controlar a compreensão do texto antes, durante e depois da leitura. Praticar capacidades de leitura que intensificam a compreensão, tais como: antecipar conteúdos, localizar e comparar informações e estabelecer relações entre textos (intertextualidade), levantar e checar hipóteses, fazer inferências locais e globais etc. A leitura livre é um terreno fértil para que os jovens se tornem receptivos à necessidade de aprender a dar sentido aos textos, de utilizar estratégias próprias de leitores proficientes e de apropriar-se da língua portuguesa de uma maneira especial, cultivando e aperfeiçoando o gosto pela palavra. Desenvolvendo o gosto pela leitura, certamente lerão mais e, consequentemente, aprenderão a falar e escrever com mais precisão, profundidade e riqueza. Por isso, nas etapas a seguir - Execução e Avaliação - você continuará estimulando-os a praticarem essas capacidades de leitura e os convidará a se aprimorarem enquanto leitores protagonistas. Leia, a seguir, três reflexões que trarão mais sustentabilidade ao seu trabalho. Boa leitura! Praticar estratégias de leitura que desenvolvam capacidades de compreensão e de envolvimento com as leituras escolhidas, de modo que os jovens avaliem e aprimorem suas competências como leitores. Objetivos Etapas Mobilização e Iniciativa Planejamento Execução e Avaliação Apropriação dos Resultados Atividades de Leitura Livre Escola de Tempo Integral / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO Roteiro para estimular a prática da leitura livre e formar leitores protagonistas

A V A L I A Ç Ã O

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Caro professor,

Já passamos pelas etapas de Mobilização, Iniciativa e Planejamento do Programa SuperAção Jovem. Até este momento, você convidou seus alunos a se aproximarem da leitura, praticando importantes habilidades na oficina de Hora da Leitura. Identificar os mitos que os afastam da leitura e propor soluções para combatê-los. Escolher livros com base em suas preferências, com o apoio dos colegas e do professor. Participar das oficinas de forma mais colaborativa com o professor. Trabalhar em times, solucionando problemas de convívio, interesse, leitura, produção e

também cuidando para não deixar nenhum colega para trás. Mobilizar os colegas e a escola para melhorar a leitura em todos os espaços. Praticar estratégias que os permitam controlar a compreensão do texto antes, durante e

depois da leitura. Praticar capacidades de leitura que intensificam a compreensão, tais como: antecipar

conteúdos, localizar e comparar informações e estabelecer relações entre textos (intertextualidade), levantar e checar hipóteses, fazer inferências locais e globais etc.

A leitura livre é um terreno fértil para que os jovens se tornem receptivos à necessidade de aprender a dar sentido aos textos, de utilizar estratégias próprias de leitores proficientes e de apropriar-se da língua portuguesa de uma maneira especial, cultivando e aperfeiçoando o gosto pela palavra. Desenvolvendo o gosto pela leitura, certamente lerão mais e, consequentemente, aprenderão a falar e escrever com mais precisão, profundidade e riqueza. Por isso, nas etapas a seguir - Execução e Avaliação - você continuará estimulando-os a praticarem essas capacidades de leitura e os convidará a se aprimorarem enquanto leitores protagonistas. Leia, a seguir, três reflexões que trarão mais sustentabilidade ao seu trabalho.

Boa leitura!

Praticar estratégias de leitura que desenvolvam capacidades de compreensão e de envolvimento com as leituras escolhidas, de modo que os jovens avaliem e aprimorem suas competências

como leitores.

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Apropriação

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Atividades de Leitura Livre Escola de Tempo Integral / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

E X E C U Ç Ã O E A V A L I A Ç Ã O

Roteiro para estimular a prática da leitura livre e formar leitores protagonistas

© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro das etapas de Execução e Avaliação 7ª série (8º ano) 2

Aprimore o trabalho em times

Você já sabe que uma das estratégias fundamental para envolver os alunos como parte da solução dos problemas de convívio e aprendizagem é o trabalho em times, ou seja, a aprendizagem colaborativa. No Roteiro das etapas de Mobilização e Iniciativa, apresentamos um quadro comparativo entre o trabalho em times e o trabalho em grupos. Vale a pena revê-lo: A maioria das atividades propostas nos roteiros do SuperAção Jovem são planejadas para serem realizadas em times. Você sabe por quê? A ideia é que os jovens se mobilizem para realizarem atividades de leitura que, sozinhos, não teriam forças ou conhecimentos suficientes para enfrentar. Os times funcionam como um espaço de apoio aos jovens, auxiliando-os no aprendizado das estratégias de leitura que estamos propondo: quem já se utiliza das estratégias sem dificuldades auxilia os colegas que necessitam de mais atenção. Além disso, o time também tem outro papel muito importante: o de permitir que a propagação da motivação para ler aconteça. Quando um jovem narra sua experiência com determinado texto, rapidamente mobiliza seus colegas para a leitura. Afinal, que jovem não gosta de contar o que descobriu e não se entusiasma com a paixão do relato do colega? Para continuar exercitando a capacidade dos alunos para o trabalho em times, é importante que você, professor mantenha uma atitude ativa de atenção e monitoramento constante de sua parte para:

Reflexão 1

DE: Trabalho em grupos

Cada membro preocupa-se consigo mesmo

Há um líder que chefia o trabalho dos demais.

As questões relacionais e produtivas não são

trabalhadas pelo grupo.

Tenta-se chegar ao resultado de aprendizagem independentemente do clima de interação

entre os componentes.

Há somente a avaliação global do grupo.

Mesmo que não participe, o aluno pode ser bem avaliado (pelo trabalho dos demais).

As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança, convívio – são alvo

do trabalho do time.

PARA: Trabalho em times

Cada membro se preocupa com o próprio rendimento, com o do colega e com o do time.

A responsabilidade da liderança é compartilhada por todos e, todos os

estudantes têm que cumprir a tarefa.

O resultado de aprendizagem é conquistado contando com a interação positiva entre os

membros do time.

Cada estudante é avaliado pelo próprio rendimento e pelo progresso dos demais. A

partir dessa avaliação, o time deve ser estimulado a ajudar e encorajar aqueles que

precisam.

© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro das etapas de Execução e Avaliação 7ª série (8º ano) 3

Ler construindo sentidos: a importância da interlocução

O ato de ler implica em descobrir e conhecer o mundo. Com ele, desenvolvemos o processo de atribuir sentido às coisas. Basta pensarmos nos inúmeros textos que encontramos no dia-a-dia, enquanto caminhamos: vemos pichações nos muros, nomes de ruas nas placas das esquinas, anúncios de lojas, números das casas, cartazes... Na verdade, quase sem perceber, caminhamos por um universo de signos, ou de símbolos, ou ainda, de sinais. O sentido das coisas nos vem principalmente por meio do olhar, da leitura: a compreensão e a interpretação desses múltiplos signos que enxergamos, desde os mais corriqueiros - como os

Reflexão 2

Identificar como os alunos estão resolvendo problemas relativos à leitura. Os jovens estão atentos a esses problemas, cientes de que faz parte da tarefa buscar soluções para resolvê-los e estão persistindo nessa busca, sem desistir no primeiro obstáculo? Para isso, é fundamental que você circule entre os times enquanto desenvolvem suas tarefas, observando como está a organização e a participação de seus integrantes. Converse com eles sobre as estratégias de leitura que já conhecem para enfrentar desafios relativos a compreensão e exemplifique, quando necessário. Procure sempre deixar claro que cada jovem está construindo sua autonomia enquanto leitor, uma tarefa que exige empenho e persistência, mas que tem resultados gratificantes!

Intervir quando necessário para ajudar os jovens a superar seus desafios e o ‘vilões’ que estão atrapalhando a aprendizagem e o convívio.

Para isso, você precisa conhecer quais são os pontos de força de cada time e seus desafios. Dessa forma, é possível mediar conflitos, apresentando o problema aos jovens e provocando-os a encontrarem soluções. Quando estiver percorrendo os times e sua intervenção for solicitada, faça um esforço para não dar a resposta pronta. Lembre a eles que faz parte da atividade buscar soluções para os problemas de convívio, aprendizagem ou outros que o time esteja enfrentando e estimule-os a buscar essas soluções por eles mesmos, contando com a força do time. Elogie sempre o esforço feito, tanto quanto as habilidades que estão sendo desenvolvidas ou a solução do problema. Na resolução de problemas, o esforço dedicado a encontrar caminhos é tão ou mais valioso do que a resposta certa.

Aprimorar seu próprio conhecimento e prática dessa nova forma de gestão da sala de aula. Você precisa sempre identificar as situações em que agiu como mediador do trabalho em times com sucesso e refletir sobre quais atitudes suas foram responsáveis pelo bom resultado. E o que é um bom resultado? Não é necessariamente ter todos os times trabalhando sem problemas, mas sim times envolvidos e persistindo na resolução dos problemas com crescente autonomia em relação a você. Da mesma forma, quando julgar não ter tido êxito na condução do trabalho em times, é necessário que avalie se os problemas identificados fazem parte do processo de aprendizagem ou se é necessário recorrer ao coordenador pedagógico, à equipe da Diretoria de Ensino ou do Instituto Ayrton Senna.

© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro das etapas de Execução e Avaliação 7ª série (8º ano) 4

nomes de ruas - até os mais complexos - como uma poesia com metáforas e imagens, cujo sentido muitas vezes demoramos a decifrar. No poema que segue, de Paulo Leminski, percebe-se o quanto é essencial para o ser humano buscar significados, tanto para os mistérios do nosso mundo interior, quanto para as coisas e fenômenos do mundo exterior: Buscando o sentido O sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do universo. Relação, não coisa, entre a consciência, a vivência e as coisas e os eventos. O sentido dos gestos. O sentido dos produtos. O sentido do ato de existir. Me recuso a viver num mundo sem sentido. Estes anseios/ensaios são incursões conceptuais em busca do sentido. Pois isso é próprio da natureza do sentido: ele não existe nas coisas, tem que ser buscado, numa busca que é sua própria fundação. Só buscar o sentido faz, realmente, sentido. Tirando isso, não tem sentido. Ler é, ao mesmo tempo, distanciar-se daquilo que está sendo proposto para se apropriar do que está escondido nas entrelinhas de um texto. É assim, pela descoberta dos sentidos e pela atribuição de outros sentidos, que a leitura se torna criativa e produtiva. Do contrário, a leitura será apenas o mero assistir a um desfile de letras, palavras e frases vazias, diante de olhos passivos e sonolentos. Por isso, a finalidade básica das práticas de leitura na escola é ler para compreender os textos. Para instigar e esmerar a compreensão leitora e a participação crítica dos alunos no mundo da escrita é necessário realizar um trabalho de intermediação cognitiva entre textos e leitores, construindo sentidos a partir da interlocução. A você cabe, então, ensinar a ler com compreensão. Como? Praticando leitura e o diálogo em sala de aula, refletindo sobre o texto e respeitando as vivências trazidas, pois as palavras assumem sentido em contextos e não abstratamente. O texto - especialmente o literário - é de natureza incompleta e a apreensão de seu sentido se completa no espaço discursivo criado pelos interlocutores. É importante escutar as opiniões dos alunos sobre os textos, sistematizar ideias geradas, aprender com elas e fornecer significados que os leitores, em função de limitações, não conseguiram destacar. Nesse processo de enriquecimento mútuo, a leitura deixa de ser mera repetição de significados institucionalizados e petrificados, para se constituir em dinâmica viva, produtiva e democrática. Os sentidos do texto não são propriedades privadas do autor ou leitor: são resultados da troca de linguagem. No livro Estratégias de Leitura, Isabel Solé resume bem essa ideia:

“(...) o significado que um escrito tem para o leitor não é uma tradução ou réplica do significado que o autor quis lhe dar, mas uma construção que envolve o texto, os conhecimentos prévios do leitor que aborda os seus objetivos.” (Solé, 1998, p.22)

Isso requer movimentos dinâmicos entre os textos e as experiências de vida dos leitores e vice-versa. Na ausência desses movimentos, a leitura perde vitalidade e dificilmente se encarna na vida de uma pessoa. Ler com compreensão é ampliar horizontes e a leitura de textos literários tem papel fundamental na formação do leitor: ela é capaz de provocar quem lê, colocá-lo no jogo do autor (este escolhe as peças, dá as regras e monta o texto), possibilitar combinações de sentidos e a elaboração de novos textos. O professor deve fomentar o diálogo dos alunos com o texto: observar como leem, abrir espaço para que verbalizem experiências e reflitam sobre elas, ajudá-los a perceber acertos e equívocos das diferentes construções de sentido. Ao invés de impor um único sentido, mostrar possibilidades

© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro das etapas de Execução e Avaliação 7ª série (8º ano) 5

de refinar a leitura, de estabelecer outros sentidos, de compreender contextos e particularidades da língua.1 As atividades propostas na Hora do Desafio são exemplos concretos de ações pedagógicas que possibilitam este exercício. Ao promover a leitura de textos previamente selecionados e dar espaço para o exercício da leitura livre, é dada oportunidade para que os jovens aprendam a conferir sentido a eles, utilizem estratégias de leitores proficientes e se apropriem da língua portuguesa de uma maneira especial, cultivando e aperfeiçoando o gosto pela palavra. E, certamente, aprenderão a falar e a escrever com mais precisão, riqueza e profundidade.

“... se ensinarmos um aluno a ler compreensivamente e a aprender a partir da leitura, estamos fazendo com que ele aprenda a aprender, isto é, com que ele possa aprender de forma autônoma em uma multiplicidade de situações.” (idem, p.47)

Competências e Habilidades Antes de começar a trabalhar com as atividades propostas nessa terceira etapa, vale a pena revisitar o quadro abaixo que traz o rol de habilidades que compõem a proposta do SuperAção Jovem e, no caso de dúvida ou do desejo de se aprofundar em cada uma delas, releia a “Reflexão 3 - Competências e Habilidades”, que está no Roteiro das Etapas de Mobilização e Iniciativa – 7ª série (8º ano), página 5. Ao longo das atividades propostas por este Roteiro, observe continuamente o desenvolvimento dessas habilidades por cada um de seus alunos e registre suas observações no instrumento de monitoramento proposto pelo Instituto Ayrton Senna. Seu registro tem dois objetivos importantes: servir de base para que você dê retornos (feedback) constantes a seus alunos, indicando a eles o quanto estão crescendo nas oficinas; e ser compartilhado com seus colegas, o coordenador pedagógico e o diretor da escola para que seus pares e as lideranças escolares possam levar em conta sua visão sobre o desenvolvimento dos alunos ao adotarem medidas para melhorar o aprendizagem dos alunos.

1 Para uma leitura mais aprofundada sobre este assunto, leia a entrevista com Sírio Possenti em

http://www.presencapedagogica.com.br/capa6/entrevistas/40.pdf

Reflexão 3

Autonomia (Habilidades

para fazer escolhas)

Autoconfiança e Determinação: favorece a autonomia dos estudantes na escola e na vida.

Aprender a SER (Competências pessoais)

Gestão (Habilidades de gestão)

Trabalho em Time: favorece a aprendizagem colaborativa na escola e na vida.

Aprender a FAZER (Competências produtivas)

Leitura

(Habilidades de pensamento)

Leitura: favorece a capacidade de ler por prazer e o uso de estratégias de leitura na escola e na vida.

Aprender a CONHECER (Competências cognitivas)

FORMAÇÃO PARA

HABILIDADE

DIMENSÃO

Colaboração (Habilidades de convívio)

Colaboração e Comunicação: favorece a colaboração

e comunicação dos estudantes na escola e na vida. Aprender a CONVIVER

(Competências relacionais)

© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro das etapas de Execução e Avaliação 7ª série (8º ano) 6

Veja, na página seguinte, o mapa das atividades propostas neste Roteiro, lembrando que a organização deste é feita a partir de uma estrutura composta por cinco momentos, o Módulo do SuperAção, em que estão distribuídas as atividades de leitura livre.

Bom trabalho!

E não se esqueça: Jovem não é problema! Jovem é protagonista 100% leitor! Equipe do Programa SuperAção Jovem

Instituto Ayrton Senna

Como este Roteiro está estruturado?

Expediente: Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna – Presidente Simone André – Coordenadora da Área de Educação Complementar Equipe Superação Jovem – ETI/ São Paulo: Helton Lima e Silvia Mattiazzo –Gerentes de Programas Vanessa Lira – Assistente de Programas Daniela Capelletti– Assistente Administrativo Elaboração de materiais didáticos: Cynthia Sanches e Simone André Consultora em Leitura: Roselene dos Anjos Coordenação de Agentes Técnicos: Renata Monaco Maria Regina dos Santos Agentes Técnicos: Caroline Raniro Cléa Ferreira Juliana Sales Lisandra Saltini Rosimeire Moreira Silvia Lima

© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro das etapas de Execução e Avaliação 7ª série (8º ano) 7

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© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro das etapas de Execução e Avaliação 7ª série (8º ano) 8

Abrace essa Causa

1. Reúna os jovens em roda e esclareça que esta é a primeira atividade das etapas de Execução e Avaliação. Esclareça-os de que essas etapas pedem que eles ponham em prática seu protagonismo e sua capacidade de resolver problemas. Explique que darão novos passos como leitores e protagonistas, trocando mais experiências leitoras e colocando os projetos em prática. Aproveite para reforçar os combinados para o desenvolvimento do trabalho em times e para o bom andamento de sua oficina. Então, apresente o cronograma e a descrição das atividades desta etapa,

1ª aula!

O que meu time está lendo? Objetivo da atividade: Verificar quais os livros lidos pelos times e apresentar alguns desses títulos para propagar a leitura na turma. Incentivar os alunos a expor oralmente suas conclusões e a ouvir com compreensão. Materiais necessários: Guia do Leitor Antenado – volume 1; Diários de Bordo. Principais habilidades trabalhadas: Leitura (Gosto) e Trabalho em time.

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Planejando a execução da atividade:

Um dos ‘ladrões do tempo’ que fazem o professor e os alunos perderem preciosos minutos da aula é a falta de planejamento. Por isso, não deixe de planejar cada atividade com atenção e organização. Esta atividade deve ocupar 2 aulas.

Leia o passo a passo e compreenda o caminho pedagógico proposto nesta atividade. Ela se inicia com uma roda para ‘aquecer’ a turma para a nova etapa de trabalho e apresentar o cronograma de atividades aos alunos. A seguir, o professor pede que cada time liste quais foram os livros lidos para que sejam identificadas algumas questões a partir desses dados.

A estratégia de cada time apresentar um livro para a turma com a intenção de propagar a leitura é um excelente exercício que colabora para o desenvolvimento da expressão oral e escrita, provocando uma situação organizada para a escuta e para a aprendizagem, a partir das experiências dos colegas.

Sempre que iniciam uma nova etapa no SuperAção Jovem, você e os jovens têm a oportunidade de rever questões para que os times de trabalho se fortaleçam: tratarem das questões de convívio, reverem vícios do trabalho da equipe, comprometerem-se a superar os pontos que estão prejudicando o trabalho, identificarem e combaterem novos ‘vilões’ que atrapalham a leitura, o convívio e aprendizagem. Lembre-se de que a autonomia dos jovens para enfrentarem e solucionarem essas questões é construída no processo e deve ser estimulada por você.

Esta atividade permite ao professor identificar possíveis dificuldades dos alunos com a leitura e adotar medidas de intervenção. Para isso, é fundamental observar de perto os trabalhos nos times, ouvindo os alunos, ajudando-os a ter foco no desenvolvimento da atividade proposta e procurando compreender os diferentes desafios.

A mediação do professor em toda a realização da atividade é fundamental. Muitas pistas sobre o envolvimento dos jovens com a leitura aparecerão no decorrer dela. Esteja atento ao que os jovens escrevem e falam, exercitando sempre sua presença pedagógica.

© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro das etapas de Execução e Avaliação 7ª série (8º ano) 9

elaborando uma linha do tempo. Para preparar sua fala, utilize os quadros que estão na página 7. Ao final, pergunte-lhes qual atividade mais chamou a atenção e por quê.

2. Depois de ouvi-los, pergunte se perceberam que em todas as atividades os jovens que são comunicadores, propagadores, iniciadores e apreciadores colocarão suas habilidades em prática. Pergunte-lhes se já estão praticando suas habilidades.

3. Pergunte, também, se perceberam que muitas atividades são de autoavaliação daquilo que vêm trabalhando na oficina. Explique por que se autoavaliar é importante para crescer como leitor.

Enquanto lemos e compreendemos, tudo parece automático. No entanto, quando encontramos algum obstáculo que impede a compreensão de determinado trecho, entramos num estado estratégico, caracterizado pela necessidade de aprender, de resolver dúvidas e que nos torna conscientes da nossa própria compreensão.

O leitor proficiente avalia sua leitura, ou seja, sabe quando compreende e, quando encontra algum obstáculo para atingir seu objetivo, não desiste e busca estratégias para alcançá-lo. Portanto, se queremos formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente uma diversidade de textos, precisamos desenvolver em nossos alunos

a capacidade de se avaliar como leitores, identificando suas conquistas e desafios, frequentemente.

Por que a autoavaliação é importante? .

Quando os jovens se descobrem leitores, descobrem também suas particularidades. Há aqueles que preferem contos, outros que preferem ler poesias etc. Ao lado das diferentes preferências de leitura, estimulamos os jovens a se reconhecerem como leitores protagonistas, por isso, durante a realização da etapa de Planejamento, eles descobriram seus perfis de leitor e planejaram como colocar em prática suas tarefas.

Os jovens de perfil iniciador têm uma importante habilidade: possuem maior controle do que leem. Além disso, por serem leitores mais fluentes, são capazes de ajudar e ensinar os colegas que apresentam dificuldades.

Os jovens cujo perfil é propagador são bastante criativos e curiosos. Buscam saber o que seus colegas e professores estão lendo. Têm como principal característica a espontaneidade, a influência e a facilidade de se comunicar com os demais colegas da escola, atuando como multiplicadores naturais.

Já o perfil comunicador pode não ser um leitor fluente e, até mesmo, apresentar dificuldades com a leitura. A maior habilidade dele é sua força de superação. Busca se manter antenado com o que está acontecendo em seu time. Também é um comunicador nato: sabe conquistar seus colegas com seu bom humor.

Por fim, os jovens de perfil apreciador que, normalmente, demandam maior cuidado por parte do professor e do time, pois ainda não conhecem suas preferências de leitura e precisam de apoio na hora de escolher o que ler. Sua principal habilidade é a capacidade de querer se superar para tornar-se um leitor.

Fique atento: os perfis não são fixos: um jovem pode se definir como um ‘apreciador’ e ao mesmo tempo possuir características de um ‘propagador’, por exemplo.

Todas as atividades demandarão que os jovens utilizem suas diferentes características para resolver os mais variados problemas que surgirão durante a leitura.

Praticando habilidades de um leitor protagonista. .

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4. Então, para dar início às etapas de Execução e Avaliação, proponha um desafio: listar os nomes dos livros lidos. Oriente que se reúnam em times e registrem, nos Diário de Bordo, quais foram os títulos lidos pelos seus integrantes até o momento. Estabeleça um tempo para a conclusão da tarefa.

5. A seguir, organize no quadro as seguintes informações:

6. Após essa etapa preliminar de análise dos dados, peça que debatam e registrem os

resultados das questões abaixo em seus Diários de Bordo. Para ganhar tempo, você pode levar filipetas com as questões copiadas para cada time. Estabeleça um tempo para a conclusão da tarefa.

(1) O número de livros lidos pelos times, compondo a quantidade geral de leitura realizada até o momento.

(2) Quais são os cinco títulos mais lidos pela turma. (3) Quem são os jovens que estão superando seus desafios com a leitura. (4) Quem são os jovens que ainda não começaram a ler ou não terminaram a leitura de seu

primeiro livro.

(1) Vocês avaliam que a quantidade de leitura realizada em nossa sala está satisfatória? Por quê?

(2) Quem tem interesse de ler algum dos cinco livros mais lidos pela turma? Por que motivo estes livros despertaram maior interessa da turma?

(3) Os jovens do time que leram mais livros até o momento podem ajudar os colegas a lerem mais?Como?

(4) Para aqueles que ainda não começaram a ler ou não terminaram a leitura do primeiro livro: o que pretendem fazer para iniciar ou terminar a leitura? Gostariam de pedir ajuda a alguém do time ou da sala?

Circule pela sala, sente-se com os jovens, certifique-se de que estão trabalhando na atividade. Remeta os times que fugirem do assunto às quatro questões e aos combinados. Anote opiniões interessantes e pontos de divergência entre eles, para usar como exemplo no momento da socialização das respostas.

Observe a avaliação dos jovens que ainda não começaram a ler ou não terminaram a leitura de seu primeiro livro. É importante cuidar para que superem suas dificuldades para começar ou terminar a leitura, propondo leituras compartilhadas entre eles e os colegas escolhidos para ajudá-los.

É importante, também, identificar se as dificuldades estão relacionadas com a frustração de expectativas em relação à leitura, perguntando, por exemplo: o que motivou a escolha do livro e por que razão ela foi frustrante? O que ele espera encontrar em um livro que o faça levar a leitura até o final? Proponha mudar o gênero textual (ler um livro de poemas, um livro de aventuras, um romance romântico, a biografia de alguém que o interesse etc.).

Estimule os alunos com dificuldades a lerem as ‘orelhas dos livros’ para identificar possíveis pistas que despertem o desejo de ler.

Durante o trabalho em times:

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7. Na aula seguinte, peça a cada time para escolher 1 (um) livro que fez muito sucesso na equipe (pode ser aquele lido por muitos jovens ou por apenas por componente do time, mas do qual todos já ouviram falar, de tanta propaganda que foi feita dele).

8. Depois de escolhido, oriente-os a seguir o passo a passo da página 34 do Guia do Leitor Antenado- volume 1 (a partir do item 2), e bolar uma apresentação bem criativa para contagiar e deixar a turma com muita vontade de ler o livro.

9. Estipule o tempo para preparação das apresentações, e quando terminarem, reúna-os novamente em roda para assistir ao que foi elaborado pelos times.

10. Termine a atividade propondo uma avaliação oral, a partir das seguintes questões:

11. Ao final desse pequeno debate, explique que, na próxima aula, vocês farão uma nova atividade de contágio de leitura na escola, para que outros jovens possam experimentar as emoções de ser um leitor!

Quem gostaria de contar o que aprendeu ouvindo as histórias dos colegas?

Qual história contada mais interessou a vocês? Quem pretende ler esse livro?

Alguém não compreendeu alguma das histórias e gostaria de fazer perguntas para saber mais?

2ª aula!

Uma das estratégias para estimular o gosto pela leitura é promover rodas de conversa entre leitores. Durante essa atividade, os times puderam verificar quais são os livros mais lidos pela turma e ouvir diversas apresentações sobre os livros “campeões de audiência”. O ato de compartilhar histórias garante o estreitamento da interação dos leitores com o universo literário. Além disso, ao se autoavaliar, cada jovem passa a ter mais consciência de seus êxitos e das limitações que precisam superar para se desenvolverem como leitores.

Como você trabalhou as questões relacionadas aos jovens que estão com dificuldades na leitura? Procurou identificar quais tipos de dificuldades estão tendo? São dificuldades de decodificação ou de envolvimento com o livro escolhido? Caso, em sua turma, você tenha identificado jovens que apresentam defasagens em leitura muito acentuadas em relação aos demais, fique de olho na atividade 3 “Leitura para que te quero”, pois ela contempla um trabalho dirigido junto a esses jovens.

Os times conseguiram realizar uma boa autoavaliação? Os alunos que já são leitores mais fluentes estão se dispondo a ajudar os colegas que apresentam dificuldades? Estão ensinando atitudes e capacidades de leitura? Que indícios você observou que justificam sua resposta?

Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:

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Todos Juntos

1. Reúnam-se em roda e oriente sobre a tarefa que será desenvolvida: uma grande atividade de contágio de leitura na escola! A estratégia será fazer cartazes com os 5 livros mais lidos (que foram identificados na atividade anterior) e espalhá-los pela escola! O objetivo é divulgar para os demais colegas o que eles já descobriram: ler é um grande barato e esses cinco livros valem a pena serem lidos!

2. Cada time preparará um cartaz que tenha a sua cara, mas todos deverão conter os mesmos 5 títulos. Dessa forma, a turma terá diversos cartazes para distribuir pela escola. Oriente-os a ouvir as ideias dos jovens cujos perfis de leitor são comunicador e propagador com atenção.

Em cartaz! Objetivo da atividade: Elaborar cartazes sobre os cinco títulos mais lidos pela turma. Aprender a escrever com intenção. Materiais necessários: Guia do Leitor Antenado – volume 1; Cartolinas e caneta hidrocor; papel colorido e revistas velhas (para fazer os cartazes); Diários de Bordo. Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Leitura: Gosto.

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1ª aula!

Planejando a execução da atividade:

Uma das melhores maneiras de mobilizar os jovens a ler é quando seus próprios colegas os estimulam. Então, sua turma tem o desafio de contagiar a escola por meio de cartazes que divulgam os títulos ‘campeões de audiência’ e motivar a leitura. Esta atividade deve ocupar 2 aulas.

Nessa atividade, seus alunos terão um grande aprendizado: além de atuarem como multiplicadores da leitura na escola terão a oportunidade de aprender a comunicar ideias utilizando o gênero textual ‘cartaz’.

A tarefa de elaborar cartazes para divulgar os cinco títulos mais lidos pela turma colabora para o desenvolvimento da capacidade de selecionar as informações mais relevantes e envolve os times no planejamento e na produção de um gênero textual que exige cuidado estético e que é claramente marcado pela intenção de convencer e contagiar outros leitores.

Aproveite para que sua turma colabore com o espaço da sala de leitura. Converse com o professor responsável por aquele espaço para que alguns cartazes possam ser afixados lá.

Explore a capacidade de escrita dos alunos. Ensine-os como preparar cartazes que tenham a intenção de emocionar e mobilizar os demais jovens da escola a ler o livro que está sendo propagado. O conteúdo do cartaz deve ter informações essenciais como o título do livro e o seu autor, além da pequena síntese do enredo do livro, escrita de forma atrativa. Dê algumas dicas:

1. Escrever o nome dos 5 livros mais lidos, seguidos de um pequeno resumo de cada um.

>>> Continua...

Preparando os cartazes.

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3. Estabeleça um tempo para que preparem os cartazes. Combinem em que locais serão pendurados e peça a autorização do diretor para isso. É importante que alguns cartazes sejam afixados na biblioteca!

4. Proponha uma roda de conversa, perguntando:

5. Para finalizar, informe-os que a comunidade do SuperAção Jovem no Orkut já está no ar! Lá, eles poderão interagir com jovens protagonistas e leitores antenados de várias cidades do Estado de São Paulo, trocar experiências e aprender colaborativamente! Incentive-os a entrar em www.orkut.com/superacaojovem e participar!

O que vocês imaginam que vai acontecer quando os alunos da escola lerem os cartazes? Será que conseguiremos alcançar o objetivo de propagar a leitura na escola?

Como vamos saber se nossos cartazes funcionaram?

2. Escrever um ‘chamamento’ para cada livro citado, tais como: “Pessoas que gostam

de aventura irão certamente gostar deste livro!”; “Se você curte romance, este livro é a sua cara!”; “Mesmo que você não goste tanto de ler, este livro vai prender sua atenção do começo ao fim!” etc.

3. Escrever uma frase-convite, tal como: “Se você quer saber mais sobre os livros indicados ou quer outras dicas de leitura, venha conversar com os alunos da 7ª série!”

Uma boa dica é pedir para que observem cartazes de filmes, identificando os elementos que comumente aparecem para atrair o público. Pesquise exemplos na internet e leve-os para a sala de aula. É importante que o cartaz que será feito pelos alunos contenha imagens e não seja totalmente ‘carregado’ de texto.

Características do gênero textual ‘cartaz’: Informa, instrui e busca persuadir o leitor sobre algum assunto; Geralmente, utiliza a linguagem verbal e não verbal, podendo haver predomínio de

uma delas. O texto escrito é curto, para uma leitura rápida. Apresenta um título com a finalidade de atrair o leitor e definir o assunto. O texto é escrito é conciso, para uma leitura rápida. A mensagem deve ser clara e

objetiva, adequada à finalidade da campanha e ao público a que se destina. Emprega, geralmente, o padrão culto formal da língua.

2ª aula!

Eles demonstraram motivação e colaboração para realizar os cartazes, tomando cuidado com as características específicas do gênero textual “cartaz”? Os cartazes produzidos cumprem a finalidade de propagar a leitura e estimular os demais alunos da escola a se tornarem leitores? Foi possível observar o empenho, a criatividade e o desejo de contagiar outros leitores por meio dos cartazes? Quais indícios revelam isso?

Você observou se todos os jovens participaram da elaboração dos cartazes, trabalhando de forma colaborativa nos times? Os jovens de perfil propagador e comunicador trouxeram boas ideias?

Houve colaboração entre você e seus alunos na escolha do local para fixar os cartazes? Essa escolha foi feita junto com os jovens?

Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:

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1. O objetivo dessa atividade é praticar leitura livre. Portanto, certifique-se de que cada jovem tenha em mãos o livro escolhido. A seguir, identifique aqueles que não estão gostando da leitura ou que estão com dificuldade para ler. Em seguida, pergunte para a turma quem está gostando muito do livro que está lendo e gostaria de compartilhar a leitura. A ideia é que cada jovem que esteja gostando do livro escolhido possa dividir sua leitura com um jovem que ainda não está se saindo bem como leitor.

2. Após a formação de cada dupla de ‘amigos leitores’, sigam para a sala de leitura. Relembre as regras combinadas para o momento de leitura livre.

3. Durante a leitura da turma, dê especial atenção às duplas de ‘amigos leitores’. Observe se os jovens que apresentam fragilidades estão gostando da leitura de seu ‘amigo’. Note como estão trabalhando juntos e dê sugestões: o aluno que está assessorando deve fazer um pequeno resumo para situar o colega sobre os acontecimentos da história; cada um pode ler um trecho em voz alta; após cada página, o aluno com maior controle leitor pergunta se seu colega compreendeu o que foi lido ou se não entendeu algum trecho etc.

4. Minutos antes de terminar o tempo da aula, peça, de maneira delicada, que voltem ao “mundo real”. Formem uma roda e compartilhem as sensações que essa atividade proporcionou: como foi a experiência de ler com um “amigo leitor”? Como está a leitura dos escolhidos? Alguém quer falar um pouco sobre o que está lendo?

5. Repita essa atividade por mais duas aulas.

1ª aula!

Leitura para que te quero! Objetivo da atividade: Estimular a leitura dos livros escolhidos, fortalecer a autoestima e a capacidade dos jovens que apresentam dificuldades com a leitura. Materiais necessários: Livros escolhidos pelos jovens. Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Leitura: Gosto e Leitura: Compreensão.

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Planejando a execução da atividade:

Esta é uma atividade que propicia mais momentos dedicados à leitura livre e deve ocupar 3 aulas.

Realize-a na sala de leitura, a fim de estimular o uso daquele espaço.

Esta atividade também tem o propósito de incentivar os jovens que estão com dificuldades na leitura. A estratégia será um colega atuar como “amigo leitor” (seja ele iniciador ou não) e assumir o apoio direto a um jovem que não está gostando de sua leitura ou que não conseguiu avançar por motivos variados.

2ª e 3ª

aulas!

Os jovens estão dedicando-se aos momentos de leitura livre? Os desafios estão sendo superados? Aqueles com maiores dificuldades gostaram da experiência de ler junto com seus ‘amigos leitores’?

>>> Continua...

Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:

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Mãos à Obra

Ler é superar-se! Objetivo da atividade: Promover o reconhecimento das superações dos jovens, especialmente daqueles que apresentam maiores dificuldades com a leitura. Avaliar as ações já realizadas e se planejar para colocar em prática as tarefas dos diferentes perfis de leitores. Materiais necessários: Cópias do Capítulo 6 (página 1 do Caderno do Estudante), cartolinas, Guias do Leitor Antenado- volume 1 e Diários de Bordo. Principais habilidades trabalhadas: Autoconfiança e Colaboração.

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Eles estão mais envolvidos com as leituras escolhidas? Eles têm vontade de compartilhar o que leram, ao final da aula? A leitura realizada no ambiente da sala de leitura estimulou ainda mais os jovens a ler com prazer?

Foi possível notar quais são as estratégias de leitura que seus alunos estão utilizando antes, durante e depois da leitura? Você tem contribuído ativamente para a incorporação dessas estratégias pelos alunos? No caso dos alunos que atuaram como “amigos leitores” foi possível orientá-los para o uso de estratégias de leitura, tais como: reler as passagens que não foram entendidas, elaborar suspeitas inteligentes sobre o sentido de determinadas frases ou palavras ou formular hipóteses sobre o que acontecerá nas próximas páginas e verificar se elas se confirmaram ou não? É importante que eles compreendam que o sentido de um texto se realiza na interação entre suas próprias ideias, sensações e experiências conjuntamente com as palavras escritas pelo autor.

Você percebeu alguma mudança de comportamento dos alunos em relação ao planejamento da leitura? Estão lendo, também, fora do período de sua oficina? Esse é um importante indicador de que estão se tornando leitores autônomos.

Planejando a execução da atividade:

A primeira parte desta atividade está fundamentada para que você, professor, e os demais alunos apoiem os jovens que enfrentam maiores dificuldades para ler. Para esses, a leitura pode ser, ainda, um ‘bicho de sete cabeças’. Iniciamos a atividade com um pequeno teste a ser respondido por todos reunidos em times. Ao final, terão um pequeno diagnóstico que será o fio condutor do trabalho que se seguirá.

Já a segunda parte da atividade diz respeito às tarefas dos perfis de leitor. Durante a realização das atividades do Roteiro da etapa de Planejamento, os jovens puderam elaborar planos de acordo com o perfil de cada leitor, visando cumprir as missões apresentadas. Retomando e avaliando as tarefas de cada perfil de leitor, os times serão estimulados a debater sobre as ações que foram propostas e o papel de cada um na equipe, avaliando e propondo novas ações. Estão previstos momentos para debate e registro em Diário de Bordo.

Esta atividade deve ocupar 2 aulas.

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1. Reúna os jovens nos times de trabalho. Peça que respondam o teste que está no Capítulo 6 (página 1 do Caderno do Estudante). É um teste rápido, que deve ser respondido individualmente. Então, solicite que escolham seus líderes e que anotem as respostas de cada um nos Diários de Bordo.

2. Observe atentamente o trabalho dos times. Ao final, peça que somem as

quantidades de respostas “a”, “b” e “c” de todos os integrantes, a fim de compor a avaliação geral do time. Reforce a idéia de que ser parte de um time é se responsabilizar por todos. Peça que anotem no Diário de Bordo o resultado geral.

3. Em seguida, converse a respeito do teste: ele contém atitudes que são importantes para que cada um se desenvolva como leitor. Então, valorize aqueles jovens que se superaram na leitura (você já sabe quem são eles. Não é necessário observar os resultados dos testes para identificá-los!). Abra a palavra para que os times possam comemorar com você o desempenho e dedicação desses jovens. Reforce as qualidades de todos os jovens, enfatizando que todos têm tempos diferentes para crescer e que todos podem se tornar leitores. Recolha os Diários de Bordo para que você possa conhecer a autoavaliação dos times.

4. Para dar continuidade à segunda parte da atividade, peça-lhes que escolham seus líderes e oriente-os a resgatarem, em suas pastas, o Capítulo 4 (material utilizado durante o Roteiro da etapa de Planejamento). É importante que eles leiam novamente o que planejaram para cumprir as tarefas de seus perfis de leitores e discutam:

1ª aula!

Esse teste tem como objetivo fortalecer o autoconhecimento dos alunos sobre suas atitudes e habilidades enquanto leitores. Observe que as respostas “a” se referem a atitudes pessimistas e derrotistas em relação à leitura. Provavelmente, o jovem que respondeu à maioria das questões, assinalando a alternativa “a” é um aluno sem motivação e com baixa autoestima. Ele precisa, e muito, sentir que seus colegas e você confiam na capacidade dele.

Aqueles que responderam à maioria das questões escolhendo a alternativa “b” são jovens que estão crescendo como leitores e estão no caminho certo para conquistar a autonomia na leitura e tornarem-se leitores por toda a vida.

Já os que escolheram a maioria das respostas “c” são leitores fluentes que gostam de ler e já contam com estratégias incorporadas para manter o controle da leitura.

Não é necessário que os resultados do teste sejam divulgados para o restante da turma.

O teste.

O teste realizado trouxe informações a respeito de algumas atitudes necessárias para se tornar um leitor mais eficiente. Como seus alunos se autoavaliaram nos quesitos destacados? Eles conseguem identificar a superação de obstáculos na leitura ou a mudança de atitude desde o início do seu trabalho neste ano?

Identifique, lendo os Diários de Bordo, quem são os alunos que responderam às questões do teste, assinalando a maioria das alternativas “a”. Esses alunos precisam ser o foco de seu trabalho e a atividade 6 deste Roteiro será um importante espaço para isso.

Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:

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5. Após o debate, reúna-os em roda para socializar as respostas. Os líderes de cada time serão responsáveis por comunicar para a turma como a sua equipe executou ou está executando as tarefas dos perfis de leitor. Registre no quadro as principais ações realizadas e o que ainda planejam fazer.

6. Fique bastante atento aos jovens de perfil ‘iniciador’. Eles deveriam acompanhar a leitura dos colegas que apresentam maior dificuldade. Discuta com a turma a eficácia da estratégia do ‘amigo leitor’ e se eles têm alguma ideia para melhorar essa estratégia.

7. Para finalizar, incentive-os a colocar em prática as ações planejadas e ainda não realizadas para cada perfil de leitor e, caso seja necessário, combine uma aula para que possam colocar em prática as ações que demandam mais tempo de execução.

2ª aula!

Ganhei de presente Objetivo da atividade: Refletir sobre o processo de leitura, e exercitar a capacidade exposição oral. Materiais necessários: Papel sulfite. Principal habilidade trabalhada: Comunicação.

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(1) Como o iniciador está cumprindo seu planejamento? O que foi feito? (2) Como o propagador está cumprindo seu planejamento? O que foi feito? (3) Como o comunicador está cumprindo seu planejamento? O que foi feito? (4) Como o apreciador está cumprindo seu planejamento? O que foi feito?

Os jovens estão conseguindo cumprir as ações que planejaram para cada perfil de leitor? Em caso negativo, o que você combinou com a turma para reverter essa situação? Pelos relatos apresentados, foi possível avaliar se os jovens foram capazes de avaliar o resultado das ações planejadas? Os jovens ‘iniciadores’ estão satisfeitos com o apoio que estão oferecendo aos colegas que apresentam maiores dificuldades? Eles têm sido procurados para isso? Eles têm pedido a sua ajuda quando necessário?

Dica para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:

Planejando a execução da atividade:

Dando sequência às atividades propostas neste Roteiro, os alunos serão convidados a compartilharem suas experiências leitoras, sendo provocados a refletir sobre o processo de leitura que estão vivenciando e desenvolver a capacidade de falar sobre as experiências de uma maneira mais divertida e criativa. É uma atividade que alia a avaliação da leitura e a capacidade de comunicá-la oralmente.

Por se tratar de uma atividade que desenvolve a oralidade, oriente os alunos a respeitarem a fala dos colegas, ouvindo-os atentamente.

Esta atividade deve ocupar 1 aula.

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1. Organize uma roda com a turma e, em seguida, solicite aos alunos que preencham as lacunas das frases que você anotar no quadro, colocando nos espaços em branco frases e/ou palavras que completem o sentido do texto. OBS.: não apague as frases do quadro. pois elas serão retomadas no passo 3.

2. Após terminarem de preencher as lacunas, explique aos alunos que vocês farão uma brincadeira a partir das frases anotadas no quadro e que eles terão que preenchê-las, desta vez, oralmente. Para iniciar a brincadeira, cada um deverá anotar, numa folhinha de papel avulsa, uma letra qualquer, com exceção de K, W e Y. Solicite que as letras escolhidas sejam mantidas em segredo para que a brincadeira não perca o efeito surpresa.

3. Em seguida, anote, antes da primeira frase da lousa: “Ganhei de presentes a letra ____”. Explique, então, que eles deverão preencher novamente os espaços em branco das frases anotadas no quadro, mas desta vez as frases e/ou palavras que completarão os sentidos precisam começar com a letra que eles ganharão de presente.

4. Para começar o jogo, escolha um dos alunos da roda para iniciar a brincadeira. Peça a ele que eleja um colega para receber a letra que ele anotou de presente e preencher oralmente as frases anotadas no quadro. Explique que o colega escolhido deverá ler as frases do quadro, preenchendo as lacunas!

5. Encerre a brincadeira, avaliando a atividade: este exercício ajudou a pensar mais um pouco sobre o processo de leitura que a turma está experimentando? Ao serem obrigados a reformular suas frases utilizando as letras que ganharam os alunos tiveram que buscar mais subsídios para avaliar os livros e as leituras que realizaram até agora?

Quando escolho um livro para ler, espero encontrar ___________ porque _________. Prefiro livros __________________________________. Não gosto de livros que ____________ porque ________________________. O que mais me dificulta a leitura é _______________ porque ________________. Para me concentrar na leitura, gosto de ______________________________.

Na medida do possível, cada aluno escolhido deverá encontrar maneiras de dizer o que escreveu no início da atividade de outra maneira, utilizando a letra que lhe foi dada de presente. No caso de não conseguir manter a ideia escrita, ele deve inventar um jeito de preencher a lacuna modificando o sentido original, mas mantendo a lógica e a coerência da frase anotada no quadro.

Depois de preencher oralmente as frases do quadro, o jovem escolhido deve ler o que escreveu inicialmente e dar continuidade à brincadeira, escolhendo outro colega para receber a sua letra de presente.

O mesmo procedimento deverá ser seguido até que todos os alunos recebam uma letra de presente. Ou seja, você deve orientar os jovens a escolher sempre quem ainda não ganhou sua letra.

O funcionamento do jogo:

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1. O objetivo dessa atividade é praticar leitura livre. Portanto, certifique-se de que cada jovem esteja com o livro escolhido em mãos. Sigam para a sala de leitura e convide aqueles que apresentam maiores dificuldades para ler junto com você.

Os alunos conseguiram, na medida do possível, parafrasear as anotações feitas, buscando improvisar a sua fala? Eles conseguiram manter a coerência das frases mesmo tendo que preenchê-las no improviso? Houve cooperação dos colegas durante a realização da atividade?

A turma manteve a atenção e o respeito às falas de cada um? Nos momentos em que houve necessidade, você interveio de modo a auxiliar os alunos que tiveram dificuldades para se manifestar oralmente?

Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:

1ª aula!

Leitura para que te quero! Objetivo da atividade: Estimular a leitura dos livros escolhidos, fortalecer a autoestima e a capacidade dos jovens que apresentam dificuldades com a leitura. Materiais necessários: Livros escolhidos pelos jovens. Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Leitura: Gosto e Leitura: Compreensão.

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Planejando a execução da atividade:

Esta é mais uma atividade dedicada à prática da leitura livre e deve ocupar 4 aulas. A estratégia de cuidar dos alunos com maiores dificuldades continua, porém, agora, é o professor quem atuará como ‘amigo leitor’ desses jovens.

Para isso, é necessário que você separe um título que seja de interesse juvenil e adequado ao nível de compreensão desses jovens (dê preferência a um livro de contos, pois vocês poderão ler uma história integralmente e discutir as impressões de cada um após a leitura).

A coleção ‘Para Gostar de Ler’ traz bons exemplares de contos agrupados por temas. Sugerimos que você verifique as expectativas dos alunos e escolha aqueles que, de primeira mão, atraiam o interesse deles.

Reúna-se com esse grupo e apresente os títulos escolhidos por você, mostrando as capas e justificando por que os escolheu. Peça-lhes que escolham qual preferem que seja lido e levantem suspeitas inteligentes a partir do título do livro, ou do conto escolhido.

>>> Continua...

Lendo com os alunos com dificuldades de leitura.

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2. Minutos antes de terminar o tempo da aula, peça-lhes, de maneira delicada, que

voltem ao “mundo real”. Formem uma roda e compartilhem as sensações que essa atividade proporcionou: do que mais gostaram e o que gostariam de fazer em uma aula de leitura, para ser ainda melhor.

3. Incentive-os a continuar lendo os livros escolhidos em casa e repita essa mesma atividade por mais três aulas.

2ª a 4ª

aulas!

Procure deixá-los à vontade, lembrando-lhes que podem interromper a leitura, caso não compreendam alguma palavra ou frase. Nesse caso, releia o trecho e estimule-os a formular hipóteses sobre o significado de determinada palavra ou frase a partir do sentido geral.

Utilize também estratégias para atrair a atenção dos jovens, como interromper a leitura em um trecho chave e questioná-los sobre o que acontecerá depois etc.

Ao final, faça uma pequena avaliação com eles. Pergunte se gostaram da experiência, se gostaram da leitura e ofereça títulos similares para que possam ler sozinhos.

Fortaleça a motivação e autoestima desses jovens, elogiando a capacidade e as qualidades deles, pois todos podem se tornar leitores antenados!

A estratégia dos “amigos leitores” está trazendo resultados concretos para os jovens que apresentam mais dificuldades? Como foi a sua interação com esse grupo de jovens? Existe um clima colaborativo entre os alunos da turma?

Foi possível observar se o envolvimento dos jovens com a leitura está aumentando? Indicadores como o número de livros lidos, trocas de experiências entre leitores, frequência na sala de leitura e mesmo conversas informais sobre livros são importantes para verificar a motivação e o prazer dos jovens para ler!

Os jovens que apresentam mais dificuldades na compreensão da leitura estão conseguindo utilizar as estratégias de leitura e conquistando autonomia? Continue estimulando os “amigos leitores” a ajudarem seus colegas.

Os alunos que você acompanhou se envolveram com a leitura escolhida? Levantaram suspeitas inteligentes relevantes? Mostraram interesse em ler os títulos sugeridos por você?

Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:

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Conquistas e Desafios

1. Reúna a turma em roda para fazer a avaliação das atividades e aprendizagens conquistadas nas etapas de Execução e Avaliação. Para começar, escreva no quadro o nome de cada atividade realizada neste Roteiro e promova uma conversa, para que cada jovem possa dizer, livremente, de qual atividade mais gostou.

2. A seguir, solicite que se reúnam em times e escolham seus líderes. Peça-lhes que debatam, nos times, sobre as perguntas abaixo e registrem suas conclusões no Diário de Bordo. Estabeleça um tempo para o cumprimento dessa tarefa.

3. Após o término do tempo combinado, peça que cada líder leia a resposta de seu time para cada questão. Registre no quadro os pontos mais significativos.

4. A seguir, solicite que leiam as páginas 35 e 36 do Guia do Leitor Antenado – volume 1 para realizar a avaliação proposta. Estabeleça um novo prazo de tempo

A leitura é o nosso projeto Objetivo da atividade: Avaliar as atividades e os aprendizados das etapas de Execução e Avaliação. Materiais necessários: Diário de Bordo e Painel do Leitor.

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a. Quais benefícios a atividade ‘Em cartaz’ proporcionou para a escola? b. Quais benefícios a atividade ‘Leitura para que te quero!’ proporcionou para vocês? c. O que aprenderam executando as tarefas do perfil de leitor? d. Quem são os colegas que mais os ajudaram a superar seus desafios? Por quê?

1ª aula!

Planejando a execução da atividade:

Ao final das etapas de Execução e Avaliação, apresentamos uma atividade para avaliar os resultados obtidos ao longo do trabalho na oficina de Hora da Leitura. É fundamental que você leia, antecipadamente, a atividade ‘A leitura é o nosso projeto’, nas páginas 35 e 36 do Guia do Leitor Antenado- volume 1. Esta atividade deve ocupar 2 aulas.

Essa atividade também propõe uma autoavaliação dos jovens para elaborarem e organizarem suas experiências até o momento. Isso permite uma avaliação do processo pelo professor e serve para que você acompanhe continuamente o desenvolvimento da turma e registre as informações para usar como referência quando for avaliar os alunos no instrumento de avaliação das habilidades da turma, que será compartilhado com os gestores escolares, com a Diretoria de Ensino e com o Instituto Ayrton Senna

Reflita e elabore a sua avaliação da turma, focando nas habilidades indicadas neste Roteiro. Sua devolutiva para os alunos será importante para estabelecer uma relação de confiança e de exigência com a turma. Procure focar os aspectos positivos da turma e, caso avalie que precisam melhorar em algum ponto, desafie-os a melhorarem, contando com a sua ajuda!

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5. Após o término do tempo, escreva no quadro as habilidades trabalhadas de Execução e Avaliação: Autoconfiança, Determinação, Colaboração, Comunicação, Leitura (Gosto e Compreensão), e Trabalho em Time. É importante que você explique resumidamente o que quer dizer cada uma delas.

6. Peça aos times que observem a lista de habilidades no quadro, debatam e escolham uma habilidade que eles tiveram que usar bastante para crescer como leitor e uma em que eles precisam se aprimorar

7. Na aula seguinte, reúna-os em uma grande roda. Peça aos líderes que leiam as respostas do seu time para as questões de avaliação sobre seus desempenhos em relação ao aprender a ser, conviver, conhecer e fazer. A seguir, peça que leiam quais foram as habilidades escolhidas. Anote-as no quadro e registre-as, também, em seu caderno, pois essas informações são importantes para o seu acompanhamento do desenvolvimento de habilidades dos alunos.

8. Depois, avalie o que você observou durante todo o processo: quem superou suas dificuldades, quem colaborou para valer com os colegas, como os times estão trabalhando cada vez melhor e não deixando ninguém ficar para trás etc.

9. Convide-os a atualizar o Painel do Leitor. Não se esqueça de ‘ler’ este Painel, comemorando os livros lidos! Lembre-os da média de leitura livre entre os estudantes brasileiros: 1,3 livros lidos ao ano. Comemore se a sua turma superou essa média!

10. Explique que, em breve, começará a última etapa do ano: a Apropriação de Resultados, quando acontece o Circuito Ayrton Senna de Juventude. Informe-os que desde 2004 acontece, todos os anos, o Circuito, quando todos os jovens parceiros do SuperAção têm a oportunidade de mostrar para a escola o que é ser protagonista para valer. E, lembre-os de continuarem a participar da comunidade do SuperAção Jovem no Orkut (www.orkut.com/superacaojovem). Antes de passarmos para a próxima etapa, todos serão desafiados a fazer um instigante desafio de leitura colaborativa!

2ª aula!

Enquanto os times estão envolvidos na tarefa, circule pela sala. Observe que na avaliação proposta, os jovens irão refletir sobre seu desempenho em relação a aprender a Ser, Conviver, Conhecer e Fazer. Peça a eles que registrem todos os resultados do debate no Diário de Bordo, conforme está especificado na própria atividade.

Durante a atividade:

O que você observou das avaliações que os jovens fizeram? Conseguiu ler os depoimentos de cada aluno, recolhendo os Diários de Bordo?

Os jovens demonstraram capacidade de avaliar o seu processo como leitores?

As estratégias de leitura utilizadas com os jovens que apresentam maiores dificuldades estão sendo eficientes? Como eles se avaliaram?

Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: :

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Hora do Desafio!

Que tal um desafio de leitura colaborativa para estimular mentes e corações?

Venha ver o pôr do sol Você e os jovens finalizaram as etapas de Execução e Avaliação, parabéns! Certamente seus alunos se transformaram em leitores mais experientes e podem ir ainda mais longe com a sua ajuda. Por isso, é hora do desafio! Objetivo da atividade: Identificar pistas linguísticas para formular e validar hipóteses sobre a sequência de uma narrativa. Materiais necessários: Cópias do Capítulo 7 (páginas 2 e 3 do Caderno do Estudante), cópias do Capítulo 8 (páginas 4 a 6 do Caderno do Estudante) e cópias do Capítulo 9 (página 7 do Caderno do Estudante). Principais habilidades trabalhadas: Formular e checar hipóteses a partir de pistas textuais; Capacidade de produção textual.

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A leitura colaborativa trata-se, conforme os PCNs (BRASIL, 1998, p. 72), de “uma atividade em que o professor lê um texto com a classe e durante a leitura, questiona os alunos sobre as pistas linguísticas que dão sustentação aos sentidos atribuídos”. Esta atividade propõe que a leitura colaborativa seja dirigida pelo professor, mas também deverá ser encaminhada pelos grupos de alunos, visando transformá-la em uma prática autônoma entre os jovens estudantes.

A atividade prevista tem como finalidade desafiar os alunos a mobilizarem capacidades de leitura que normalmente são utilizadas pelos leitores proficientes. A leitura de um texto literário não é utilitária, ou seja, não é motivada por razões nem por necessidades práticas: lemos para a fruição, para ampliar nossas vivências e nossa visão de mundo, pelo prazer de descobrir, para o exercício da linguagem etc. Lemos porque sabemos que esta leitura vai nos envolver de alguma maneira, vai nos alimentar e nos fazer crescer como indivíduos e influenciar na nossa relação com o mundo. Por isso é importante mostrar aos jovens que os textos literários são prazerosos, possibilitam uma compreensão mais ampliada do mundo e das pessoas - e até de nós mesmos -, ampliam nossas possibilidades de criação e de domínio da linguagem. Só dessa forma conseguiremos convencê-los a ver significado na leitura desses textos e a adquirir o hábito de lê-los com autonomia, sem necessidade de mediadores.

O conto escolhido para este desafio possui ingredientes capazes de envolver os jovens na leitura, pois, construído em torno de um mistério que somente é revelado nas linhas finais, traz, parágrafo por parágrafo, elementos textuais que vão sutilmente criando expectativas e exigem o acompanhamento atento do leitor para formular hipóteses e antecipar acontecimentos. Além disso, trata de uma temática que geralmente interessa aos jovens: as relações amorosas, um encontro furtivo de um homem com a mulher que um dia o abandonou por causa de outro homem. Possibilita encaminhar a leitura de

>>> Continua...

Leitura colaborativa e o desenvolvimento da leitura autônoma. .

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1. Reúna os alunos em seus times e peça que escolham um ‘líder organizador’ para encaminhar os trabalhos e um ‘líder relator’ para apresentar as conclusões do time.

2. Distribua, para todos os alunos, as cópias do Capítulo 7(páginas 2 e 3 do Caderno do Estudante) que traz a primeira parte do conto “Venha ver o pôr do sol”, de Lygia Fagundes Telles.

3. Explique que terão como desafio uma atividade de leitura colaborativa em que deverão bancar os detetives, mas com uma tarefa muito especial: aprenderão, com o professor, a encontrar pistas no texto para levantarem ‘suspeitas inteligentes’ bem fundamentadas.

4. Explique para a turma que o texto que será lido é um conto, ou seja, uma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Pergunte quem já leu ou está lendo contos e converse sobre as possibilidades de encontrarmos contos românticos, contos de terror, contos de humor, contos de fada etc.

1ª aula!

modo que os jovens dialoguem com o texto, prestem atenção nas pistas linguísticas e acompanhem ativamente o desenrolar dos acontecimentos validando e reformulando suas hipóteses pela observação da descrição das personagens e do cenário (espaço), bem como do diálogo que se desenrola entre os dois protagonistas.

Observe que o objetivo é que os alunos: elaborem hipóteses (antecipação); e as confirmem ou refutem à medida que avançam na leitura (checagem); identifiquem novas hipóteses e as justifiquem com base no sentido já atribuído e em novas pistas linguísticas; identifiquem o significado de palavras a partir do contexto (inferência local) e identifiquem as intenções da autora. Tanto o conto (pela sua construção) quanto o exercício de leitura colaborativa deste desafio possibilitam ao professor explicitar o movimento de leitura que normalmente é realizado pelos leitores para a construção de sentidos, tornando-se portando um excelente exercício metacognitivo.

Esta atividade deve ocupar até 3 aulas.

Entre as principais características do conto estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total. O conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. Dito de outra maneira, os contos são textos curtos, que devem ser completamente lidos em um só fôlego, em que a economia de palavras exige começo, meio e fim claramente determinados, em busca de envolver o leitor em um enredo muito bem montado para causar-lhe um impacto único e imediato.

No estudo Teoria do conto, Nádia Battella Gotlib, reúne as impressões de diversos estudiosos do conto e chega à seguinte definição: "O segredo do conto é promover o seqüestro do leitor, prendendo-o num efeito que lhe permite a visão em conjunto da obra, desde que todos os elementos do conto são incorporados tendo em vista a construção deste efeito (Poe). Neste seqüestro temporário existe uma força de tensão num sistema de relações entre elementos do conto, em que cada detalhe é significativo Cortázar). O conto centra-se num conflito dramático em que cada gesto, cada olhar são até mesmo teatralmente utilizados pelo narrador (Bowen). Não lhe falta a construção simétrica de um episódio, num espaço determinado (Matthews). Trata-se de um acidente de vida, cercado de um ligeiro antes e depois (Oiticica). De tal forma que esta ação parece ter sido mesmo criada para um conto, adaptando-se a este gênero e não a outro, por seu caráter de contração (Friedman). Gotlib, Nádia Battella, Teoria do conto. 11 .ed. São Paulo Ática, 2006 - 95p. — (Princípios ; 2)

>>> Continua...

Características do conto. .

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5. Leia o título do conto ‘Venha ver o pôr do sol’ e solicite aos alunos que indiquem as expectativas que eles têm sobre a história. Pergunte:

6. Depois de conhecer as expectativas dos jovens, leia o texto do Capítulo 7 e solicite que, durante a leitura, eles grifem as passagens que consideram importantes para confirmar ou descartar as expectativas levantadas por eles.

Leia o que outros autores afirmam sobre o conto: “quando seriamente explorada, a história curta é a mais difícil e a mais disciplinada forma de escrever prosa… Num romance, pode o escritor ser mais descuidado e deixar escórias e superfluidades, que seriam descartáveis. Mas num conto… quase todas as palavras devem estar em seus lugares exatos", (Faulkner, citado por R. Magalhães Júnior em A arte do conto: Magalhães Júnior, R. A Arte do Conto , Rio de Janeiro, Bloch, 1972) "Eu valorizo mais o conto como forma literária. Em termos de criação, o conto exige muito mais do que o romance… Eu me lembro de vários romances em que pulei pedaços, trechos muito chatos. Já o conto não tem meio termo, ou é bom ou é ruim. É um desafio fantástico. As limitações do conto estão associadas ao fato de ser um gênero curto, que as pessoas ligam a uma idéia de facilidade; é por isso que todo escritor começa contista". (Moacyr Scliar, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo - 4 de fevereiro de 1996).

Com base no título, que tipo de história será narrada: uma história romântica, uma história engraçada, um conto policial, um conto de fadas, uma história de terror, um mistério?

Busque cativar os alunos para a leitura, procurando fazê-los interagir com o texto de modo a sentirem-se envolvidos pelo jogo que ele provoca. A atividade é introduzida pela ativação do conhecimento prévio sobre o sentido do texto, então, espera-se que as expectativas de leitura apareçam de tal maneira que os adolescentes se sintam estimulados a conhecer a história narrada, afinal, trata-se de um convite para ver o pôr-do-sol: quem será que está convidando? Para quem se dirige o convite? O que é possível pensar sobre alguém que chama outra pessoa para ver o pôr-do-sol? Etc.

A motivação da leitura e a mediação do professor devem levar os alunos a perceberem que os títulos dos textos podem oferecer boas pistas para a ativação do interesse pela leitura do texto literário.

Antes da leitura: o título e os conhecimentos prévios. .

A leitura do início do texto, dirigida e orientada por você, ao mesmo tempo em que chama a atenção para a checagem das hipóteses anteriormente levantadas, deve estimular a formulação de outras a partir da ênfase em pistas textuais dadas pela autora.

Durante esta leitura, você deve dirigir o olhar dos jovens para a maneira como o cenário é cuidadosamente descrito para criar um clima de mistério e suspense, mostrando, por exemplo, a força de sentido dos trechos destacados a seguir:

“tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas iam rareando, modestas casas espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde.”

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Durante a leitura: .

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7. Depois da leitura, peça-lhes que falem se as expectativas que tinham foram confirmadas pelo trecho lido, pedindo-lhes que apontem os trechos do texto que comprovam suas respostas.

8. A intenção de envolver os alunos no jogo proposto pelo texto continua. Após esta conversa, solicite aos líderes, que encaminhem a segunda parte da leitura e que sejam redatores do final da história.

9. Distribua para cada time, duas ou três cópias do Capítulo 8 (páginas 4 a 6 do Caderno do Estudante). Solicite, então, que os times prossigam a leitura do conto e, trecho a trecho, conversem sobre os sinais textuais que aparecem, a fim de tentarem prever o desfecho da história. Deverão sempre ter em mente a pergunta: o que acontecerá no final deste encontro entre Ricardo e Raquel?

10. Após a leitura, informe que o final do conto foi omitido para que e os times

proponham o seu desfecho, buscando ser coerentes com as pistas dadas pela autora e mantendo o seu estilo de escrita. Dê um tempo para que finalizem a atividade (cerca de 20 minutos).

2ª aula!

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Procure chamar a atenção para a descrição feita do cenário e das personagens. Faça perguntas como: de que maneira a autora descreve o cenário? O que é possível saber sobre Raquel? O que é possível saber sobre Ricardo? Quais são os trechos que mostram as características do lugar em que Ricardo e Raquel se encontraram? O que poderia acontecer num lugar como esse?

Aponte, também, os elementos linguísticos escolhidos para envolver o leitor com o comportamento e as outras características dos personagens, que também provocam antecipações sobre o que pode acontecer. Os exemplos destacados mostram alguns destes elementos:

Ricardo: “Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinham um jeito jovial de estudante.” “Ele sorriu entre malicioso e ingênuo.” Raquel: “Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos.”

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Depois da leitura: .

Espera-se que a motivação dada pela leitura do primeiro trecho provoque a curiosidade dos alunos para buscarem o desfecho mais lógico e coerente.

Observe como os times exercitam a leitura colaborativa e a identificação de pistas linguísticas para checar hipóteses e renová-las.

Durante a leitura: .

Esta estratégia possibilitará que, levando em conta as hipóteses discutidas, os grupos proponham a produção de um desfecho, que pode ser resumido em um ou dois parágrafos. Nesta atividade, estão envolvidos, pelo menos, dois exercícios importantes para o desenvolvimento de capacidades: a resolução de problemas e a busca de coerência na produção textual.

Depois da leitura: .

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11. Após a conclusão do trabalho, solicite que os líderes leiam os finais propostos, dando a oportunidade para que os alunos conversem sobre as semelhanças e diferenças entre os relatos.

12. Encaminhe uma conversa com a turma, buscando levar os alunos a avaliarem se os time foram coerentes e se conseguiram manter o estilo da autora no final.

13. Entregue cópias do Capítulo 9 (página 7 do Caderno do Estudante) aos time e leia o final do conto. Conversem sobre as impressões a respeito da história e sobre a construção da narrativa feita pela autora.

14. Em seguida, fale um pouco sobre a autora, buscando enfatizar que a leitura do conto mostra um grande trabalho de planejamento para a sua construção. No quadro abaixo, você encontra algumas informações que podem lhe auxiliar.

15. Esclareça que durante a realização das etapas de Execução e Avaliação, cada time recebeu os Capítulos 6, 7, 8 e 9 de suas histórias como leitores antenados. Solicite que guardem na pasta do time esse material.

Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, em 1923. Como o pai era promotor público, viveu parte de sua infância no interior paulista. Seus estudos, contudo foram feitos na capital. Em 1945, formou-se em Direito. Dessa época são os seus primeiros contos. Depois de viver um tempo na cidade do Rio de Janeiro, Lygia retornou para São Paulo, tornando-se advogada e mais tarde, procuradora do estado. O seu primeiro livro significativo foi o romance ‘Ciranda de Pedra’, publicado em 1954. Em 1970 foi publicado seu grande livro de contos, ‘Antes do baile verde’, no qual está inserido o conto ‘Venha ver o pôr do sol’. E em 1973, a autora lançou ‘As meninas’, um dos grandes romances da literatura brasileira no século XX.

Exímia contista, Lygia trabalha tanto com o conto de atmosfera quanto com o conto anedótico de desfecho inesperado. Sua matéria-prima são crianças em situação de angústia existencial, pais e filhos em conflito e uma infinita galeria de mulheres de todas as idades, vivendo tensões amorosas, solidão e sofrimento. Geralmente, a escritora focaliza um momento particular na vida desses protagonistas, quando uma dramática percepção da realidade ou densas revelações subjetivas se impõem bruscamente à consciência, arrastando-os à dor e à lucidez.

Por vezes, os sentimentos humanos são desenhados com tamanha intensidade que os contos roçam no mórbido e no melodramático. Mas, geralmente, Lygia Fagundes Telles consegue escapar deste risco, produzindo um significativo número de belas histórias curtas, entre as quais se destacam: ‘A confissão de Leontina’, ‘Natal na barca’, ‘Antes do baile verde’, ‘O menino’ e ‘A estrutura da bolha de sabão’.

Sobre a autora: .

Eles utilizaram de maneira adequada as estratégias de antecipação e verificação de hipóteses que foi realizada na atividade antes e durante a leitura? Você avalia que a utilização da suspeita inteligente têm sido um diferencial para melhorar a compreensão do texto pelos alunos?

A leitura do texto envolveu os alunos a querer escrever o desfecho da história? Eles se apoiaram nas pistas textuais presentes no conto para elaborar o final dele?

Eles se interessaram em conhecer outros textos da autora?

Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: :

3ª aula!