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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
COPPEAD
INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
A V ALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS TERCEIRlZADOS DE INFORMÁTICA : O CASO DE
UMA GRANDE EMPRESA
Ana Silvia Rosas Luiz Antunes
Mestrado em Administração
Orientador: Prof". Frederico A. de Carvalho
Rio de Janeiro, RJ - Brasil
1997
ii
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS DE INFORMÁTICA: O CASO DE UMA GRANDE EMPRESA
Ana Silvia Rosas Luiz Antunes
Tese submetida ao corpo docente do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPEADfUFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre.
Aprovada por:
ProfO FREDERICO A DE CARVALHO Presidente
- I C:Prof
ProfOKLEB fNSTITU
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
1997
\
Antunes, Ana Silvia Rosas Luiz.
Avaliação da qualidade de serviços terceirizados de informática: o caso
de uma grande empresa / Ana Silvia Rosas Luiz Antunes. Rio de Janeiro:
COPPEADIUFRJ,1997.
XIII, 155p. il
Dissertação - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPEAD.
1. Informática. 2. Qualidade de produtos e serviços 3. Terceirização.
4. Tese. (Mestr. - COPPEADIUFRJ). I. Título
iH
A meus pais queridos, Celvia e Almir, que tudo nesta vida
me deram e ensinaram, que souberam priorizar a educação,
minha e de meus irmãos, mesmo em momentos difíceis, e
que com amor construíram a família tão valiosa que tenho.
À memória de meus avós, exemplos de perseverança e
amor, sempre vivos em meu coração.
iv
AGRADECIMENTOS
À Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior - CAPES, pela Bolsa de Pesquisa que muito me auxiliou na
real ização desta pesquisa.
Ao Prof' Frederico de Carvalho, pela oportunidade de desenvolvermos
juntos este trabalho e por todo apoio e incentivo durante a realização
deste.
À Prof' Anna Maria Campos, pela solidariedade e palavras de incentivo
que me ajudaram na busca do tema deste trabalho.
A meu noivo, André, sempre compreensivo, amigo e admirador, e que
com muito carinho me apoiou nesta longa caminhada.
A meus irmãos, Almir Jr. e Maria Claudia, amigos de todas as horas.
À dinda, Elenice, que com palavras de apoio me deu ânimo nas horas
dificeis.
À amiga e pnma Siane, que, com seu exemplo de tranqüilidade e
determinação, muito me incentivou na conclusão deste trabalho.
Aos funcionários da COPPEAD pelo atendimento sempre carinhoso,
amigo e eficiente.
Aos professores da COPPEAD, que contribuíram significativamente para
a minha formação.
Aos amigos da COPPEAD, sempre dispostos a colaborar.
Àqueles que, com paciência e senso de crítica construtiva, me ajudaram na
definição e elaboração do questionário da pesquisa.
v
RESUMO DA TESE APRESENTADA À COPPEADfUFRJ COMO
PARTE DOS REQUiSITOS NECESSÁRIOS PARA OBTENÇÃO DO
GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M. Sc.).
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS
TERCEIRIZADOS DE INFORMÁ TlCA - O CASO DE UMA GRANDE
EMPRESA
Ana Silvia Rosas Luiz Antunes
1997
ORlENT ADOR: Prof. Frederico A. de Carvalho
PROGRAMA: Administração
O presente trabalho se propõe a investigar aspectos da qualidade de
serviços de informática prestados por um fornecedor externo, em uma
grande empresa no Brasil.
A pesquisa foi realizada com usuários dos recursos computacionais e
com administradores da Diretoria de Sistemas da empresa, com os
seguintes objetivos: verificar a qualidade do serviço de informática do
ponto de vista dos usuários; pesquisar possíveis divergências entre
expectativas e percepções dos dois grupos pesquisados com relação ao
serviço de informática; comparar a avaliação que estes grupos fazem de tal
serviço desde a terceirização; e por último, identificar os atributos usados
para avaliar a qualidade do serviço de informática que inluenciaram
positivamente no nível de satisfação geral dos usuários, após a
terceirização.
Os resultados da pesqwsa mostraram que, embora os
administradores da Diretoria de Sistemas reconheçam as expectativas dos
seus clientes, há diferenças signíficativas entre as avaliações que estes dois
grupos fazem do nível de satisfação geral com o serviço de informática
após a terceirização.
Vl
ABSTRACT OF THE THESIS PRESENTED TO COPPEAD / UFRJ AS
PARTIAL FULFILLMENT FOR THE DEGREE OF MASTER OF
SCIENCE (M.Sc.)
EV ALUA TION OF THE QUALITY OF COMPUTER
INFORMATION SERVICES PROVIDED BY NA EXTERNAL
SUPPLIER - THE CASE OF A LARGE COMPANY IN BRAZIL
Ana Silvia Rosas Luiz Antunes
1997
CHAIRMAN : Prof. Frederico A. de Carvalho
DEPARTMENT: ADMINISTRATION
This work intends to investigate the quality of the computer information
services provided by an externai supplier to a large company in Brazil.
The research was conducted with users of the information technology and
with the administrators of the Systems Department. The objectives were:
to verify the quality of the computer information services from the users'
point of view; to identify possible gaps between expectations and
perceptions of the two groups regarding the service; to compare the
evaluations made by the two groups, since outsourcing of the information
service was made; and to identify which attributes of the computer
information service contribute to the general satisfaction of the users.
The results revealed that, a1though the administrators of the Systems
Department recognize the expectations of their customers, there is a
significant difference between the levei of general satisfaction about the
outsourced computer information service between the two groups.
vii
LISTA DE ANEXOS
I - Modelo conceitual proposto por Parasuraman el ai. (1985)
Il- Questionário da pesquisa para usuários
III- Questionário da pesquisa para prestadores de serviços
IV - Análise estatística da hipótese I
V - Análise estatística da hipótese 2
VI - Análise estatística da hipótese 3
VII - Análise estatística da hipótese 4
VIII - Análise estatística da hipótese 5
viii
ix
LISTA DE GRÁFICOS
Pág.
1 - Respondentes por sexo 54
2 - Respondentes por idade 55
3 - Respondentes por formação escolar 55
4 - Respondentes por anos de trabalho na empresa 56
5 - Questionários respondidos por questionários enviados para cada diretoria 56
6 - Respondentes por área de contato em Sistemas 57
7 - Respondentes por função gerencial 58
8 - Serviço percebido com relação à zona de tolerância (pela mediana) 65
9 - Serviço percebido com relação à zona de tolerância (pela média) 67
10 - Hiatos das medianas entre o nível de serviço desejado pelos usuários e a 75
percepção dos administradores do serviço de informática quanto ao nível
de serviço desejado pelos usuários
I I - Hiatos das medianas entre o nível de serviço aceitável pelos usuários e a 79
percepção dos adrninístradores do serviço de informática quanto ao nivel
de serviço aceitável pelos usuários
x
LISTA DE QUADROS
Pág. I - Atributos para avaliar a qualidade de serviço de informática 42
2- Número de questionários enviados e respondidos por diretoria 46
3 - Percepção dos usuários sobre os serviços de informática da empresa 62
4- Nível de serviço de informática desejado pelos usuários 63
5 - Nível mais baixo de serviço de informática que os usuários consideram 64
aceitável
6- Medida de adequação do serviço (MAS) e Medida de superioridade do 69
serviço (MSS) - respostas dos usuários
7- Medida de adequação do serviço (MAS) e Medida de superioridade do 72
serviço (MSS) - respostas dos administradores do serviço
8- Percepção dos administradores de Sistemas quanto ao nível de serviço 74
percebido pelos usuários
9 - Percepção dos administradores de Sistemas quanto ao nível de serviço 76
desejado pelos usuários
lO - Percepção dos administradores de Sistemas quanto ao nível de serviço 77
mais baixo que os usuários aceitam receber
1I - Hiatos entre nível de serviço desejado pelos usuários e a percepção dos 78
administradores quanto ao nível de serviço desejado pelos usuários
12 - Hiatos entre nível de aceitável pelos usuários e a percepção dos 80
administradores quanto ao nível de serviço aceitável pelos usuários
13- Avaliação do serviço de informática desde a terceirização 81
xi
sUMÁRIO Pág.
1 PROBLEMA I
1 .1 Introdução
1 .2 Importância do estudo 3
1.3 Objetivos do estudo 6
1 .4 Delimitação do estudo 7
1.5 O departamento de Sistemas 8
1 .6 Organização do estudo 9
2 REVISÃO DE LITERATURA 11
2.1 Introdução I I
2.2 Terceirização de Sistemas de Informação 1 2
2.2.1 Definição e histórico 1 2
2.2.2 Vantagens obtidas com a terceirização de SI 15
2.2.3 Desvantagens com a terceirização de SI 1 9
2.2.4 Considerações gerais 22
2.3 Conceitos relacionados à prestação de serviço 23
2.4 Conceitos relacionados à qualidade do serviço 25
2.4.1 Introdução 25
2.4.2 Modelo conceitual de Parasuraman et aI. 28
2.4.3 Estudo das expectativas 34
2.4.4 O SERVQUAL adaptado ao novo conceito de expectativas 38
2.5 Atributos relacionados com a qualidade de serviço de informática 41
3 METODOWGIA 43
3.1 Introdução 43
3.2 Hipóteses da pesquisa 44
3.3 Determinação da população e da amostra 45
3.4 Método de coleta de dados 46
3.5 Questionários 48
3.6 Tratamento e análise de dados 50
xii
3.7 Limitações da pesquisa 52
4 RESULTADOS 54
4.1 Caracterização da amostra 54
4.2 Freqüência dos atributos 58
4.2.1 Resultados obtidos com as respostas dos usuários 59
4.2.2 Resultados obtidos com as respostas dos administradores do serviço 71
4.3 Freqüência das avaliações 81
4.4 Testes das hipóteses 84
4.4.1 Teste da hipótese I 84
4.4.2 Teste da hipótese 2 85
4.4.3 Teste da hipótese 3 86
4.4.4 Teste da hipótese 4 87
4.4.5 Teste da hipótese 5 88
5 RESUMO,CONCLUSÔES E RECOMENDAÇÔESPARA 90 PESQUISAS FUTURAS
5.l Resumo
5.2 Conclusões 93
5.3 Recomendações para pesquisas futuras 96
6 BffiUOGRAFIA 97
7 ANEXOS 102
Capítulo 1
1 PROBLEMA
1.1 Introdução
1
"A cada dois ou três séculos ocorre na história ocidental uma grande
transformação . ... Em poucas décadas, a sociedade se reorganiza - sua visão do mundo,
seus valores básicos, sua estratura social e política, suas artes, suas instituições mais
importantes. Depois de cinqüenta aIlOS, existe um novo mundo."
Peter Drucker (J 993)
o período de transformação econômica mundial em que vivemos e a conseqüente
competição intercapitalista vêm exigindo das organizações uma reestruturação dos seus
modelos tradicionais de gestão, bem como uma nova postura empresarial.
Em função da introdução de novas tecnologias de informação, mudanças radicais
estão ocorrendo tanto nas organizações quanto na sociedade, alterando não s6 a forma de
administrar a empresa mas também as exigências dos clientes com relação à qualidade dos
produtos e serviços recebidos.
Em busca de vantagem competitiva, muitas organizações estão diminuindo seus
níveis hierárquicos e promovendo o enxugamento do seu quadro funcional. Num primeiro
momento, a técnica de downsizing, que consistia basicamente na diminuição dos níveis
hierárquicos do organograma da empresa, supriu as necessidades de reorganização desta,
permitindo maior agilidade no processo de tomada de decisão.
Após esse esforço inicial, as organizações começaram a perceber também a
possibilidade de ganho de flexibilidade e competitividade através da transferência de uma
série de atividades secundárias a terceiros, ou seja, contratando externamente tais serviços,
2
permitindo que a empresa concentrasse seus esforços em suas atividades principais, e dessa
forma enxugando-se ainda mais. Assim, a terceirização surgi u como uma nova fonna de
administração, respondendo às necessidades das empresas de redução de custos e às dos
clientes de qualidade de serviço.
A opção pela terceirização vem sendo adotada há bastante tempo pelas empresas,
no Brasil e no exterior, principalmente na área de serviços, mas a intensidade com que vem
sendo feita na década de 90 merece ser destacada.
Dentre as atividades sujeitas à terceirização podemos citar as relacionadas com a
área de Sistemas de Informação (SI): processamento de dados, serviços de gerenciamento
de informação, suporte a hardware e telecomunicações. Devido à crescente sofisticação e
diversidade da tecnologia de informação, além da dificuldade de se recrutar profissionais
com experiência nas novas tecnologias, dificultando sua aquisição, a terceirização de
atividades de informática surgiu como opção no sentido de ajudar as empresas a
acompanharem tais evoluções e a se manterem competitivas.
Esta técnica administrativa apresenta vantagens bem como desvantagens para a
empresa contratante dos serviços e portanto pode se revelar um sucesso ou um fracasso de
acordo com os cuidados tomados antes, durante e depois do processo de transição dos
serviços para a empresa contratada. São muitas as mudanças enfrentadas pela empresa
terceirizada, entre as quais, mudanças estruturais, culturais, de controles e de processos.
Para garantir o bom funcionamento do serviço terceirizado, um dos fatores que
deve ser constantemente reavaliado é a qualidade implícita no fornecimento dos serviços,
pois através de mecanismos administrativos, a empresa poderá atuar de maneira a
influenciar positivamente na percepção dos clientes com relação à qualidade dos serviços
recebidos.
Berry e Parasuraman ( 1995, p.75) afirmam que "as expectativas dos clientes
desempenham um papel central na avaliação do serviço de uma empresa" e que "para
3
conquistar uma reputação pela qualidade do serviço, as empresas devem executar seus
trabalhos em níveis que os clientes sintam estar satisfazendo ou ultrapassando suas
expectativas." Portanto, para qualquer atividade de serviço que se queira avaliar, é de vital
importância compreender os anseios e necessidades dos receptores de tais serviços. Não
basta que o fornecedor do serviço pense estar agradando, pois o cliente é o único capaz de
julgar efetivamente a qualidade do serviço recebido.
Aproveitando a recente experiência de terceirização das atividades de informática
em uma grande empresa no Brasil, serão discutidos no presente trabalho aspectos
relacionados com os níveis de qualidade dos serviços desejado, mínimo aceitável e
percebido, sob o ponto de vista dos clientes dos serviços de informática - ou usuários
(conforme se convenciona chamar o cliente do serviço de informática), e prestadores, bem
como os efeitos da terceirização de tais serviços no nível de satisfação geral dos clientes.
1.2 Importância do estudo
"A explosão dos Serviços". Este é o título do artigo publicado na revista brasileira
Veja, em 15 de maio de 1 996 (p. lIO). O artigo revela que o setor de serviços foi o que
mais cresceu no Brasil em 1 995 e já é responsável por mais da metade das riquezas
produzidas no país, respondendo por 52,3% do PIB nacional. A indústria ficou bem para
trás, contribuindo com um pouco mais de 34% do PIB'.
A importância do setor de serviços, também chamado de terciário, vem
aumentando de forma generalizada nos últimos tempos. É neste setor que as experiências
de terceirização vêm sendo praticadas há mais tempo e, portanto, estão mais amadurecidas.
Tal setor corresponde a um significativo percentual do PIB dos países mais desenvolvidos.
Lobos (1993) relata que o setor de serviços apresentou um espantoso crescimento de 50%
nos últimos dez anos. Aquele autor ressalta que na maioria dos países desenvolvidos, o
t _ Estes dados são provenientes do IBGE, órgão governamental que emite as estatísticas oficiais sobre o Brasil.
4
número de pessoas empregadas em organizações de servIços representa o dobro das
empregadas em todos os outros setores econômicos juntos.
No Brasil, dois fatores são citados freqüentemente como sendo responsáveis por
tal explosão no setor de serviços. A drástica redução da inflação obtida através do Plano
Real é o primeiro deles, permitindo que um grupo de núlhõcs de brasileiros deixasse de
perder dinheiro e começasse a gastar mais. O segundo fator é o processo de terceir.ização,
que começou a ser adotado intensamente pelas empresas no começo da década de 90 e está
a pleno vapor.
Da mesma forma que as empresas vêm dinúnuindo sua folha de pagamento através
da contratação dos serviços de empresas de segurança, faxina, alimentação ou escritórios de
advocacia, também a área de informática é, cada vez mais, alvo de substituição por
empresas especializadas em serviços e tecnologia de informação.
A terceirização de sistemas de informação vem se proliferando mundialmente,
especialmente depois da Eastman Kodak ter transferido para terceiros toda sua operação de
centro de dados, redes e microcomputadores, em 1989.
McFarlan e Nolan (1 995) desenvolveram pesquisas nos Estados Unidos que
indicam que mais da metade de médias e grandes empresas já terceirizaram ou estão
considerando algum tipo de terceirização de suas atividades de tecnologia de informação,
fenômeno que vem acontecendo em escala mundial.
De acordo com a reportagem "A Caminho da Terceirização". publicada na revista
brasileira Informática Exame ( 1 996), o mercado brasileiro de terceirização de serviços de
informática é estimado em 500 núlhõcs de dólares anuais e vem crescendo a uma taxa média
de 30% ao ano, contra os 1 6% verificados nos países mais industrializados. E no mundo,
segundo a empresa americana G2 Research, de Montain View, Califómia, os contratos de
parceria movimentam algo em torno de 1 1 5 bilhões de dólares anuais. (CAMINHO .. . . 1 996)
5
Esta mesma reportagem revela os resultados promissores da pesqUisa
"Terceirização: realidade e tendências no Brasil", realizada pela DRC Infonnações e
Serviços, companhia especializada em levantar infonnações sobre uso de tecnologia. A
sondagem, considerando 258 empresas, a maioria (5 1 ,9%) do ramo industrial e com
faturamento anual que oscila entre 10 milhões e 300 milhões de dólares, mostra que existe
no Brasil um enonne potencial na área de infonnática para a terceirização e que a tendência
a médio prazo é repassar a terceiros tudo o que não se mostrar intimamente ligado ao
negócio principal da companhia.
Para que a empresa terceirizada, isto é, aquela que contratou os serviços
externamente, continue competitiva no seu mercado, o serviço prestado pela empresa
terceirizadora - a prestadora de serviços - precisa atender às necessidades e expectativas
dos clientes, pois a qualidade do serviço está condicionada ao julgamento destes. Segundo
Berry e Parasuraman (Op. cit., p.76), "os clientes avaliam a qualidade do serviço
comparando o que desejam ou esperam com aquilo que obtêm."
Devido à competição cada vez mais intensa a nível mundial, as empresas vêm
procurando dar ênfase na qualidade de seus serviço. Lobos (Op. cit., p.l9) comenta que
"os anos 90 correspondem à década dos serviços" e, portanto, "as organizações
manufatureiras de classe mundial, já semi-igualadas em tennos da qualidade dos seus
produtos, recorrem à diferenciação dos serviços como derradeira anna competiti va. "
Confonne citado por Band ( 1 991, p.2), "nos crescentes mercados globalizados e
incertos dos próximos anos, esse tipo de compromisso com o serviço e qualidade não é
apenas um adorno, é uma necessidade." Segundo Reichheld e Sasser (1990), a
preocupação com a qualidade seria a mais lucrativa maneira de se administrar um negócio.
Mesmo após considerar aspectos financeiros, de qualidade, de produtividade e
focalização para a tomada de decisões na contratação de terceiros, é de fundamental .
6
importância que a empresa se preocupe com o gerenciamento eficiente de tal estratégia e
com a avaliação de sua própria atuação neste cenário.
A importância de se avaliar a qualidade do serviço de informática está no fato de
estarmos passando para um período no qual o conhecimento, adquirido através da
compilação de informações, toma-se o recurso econômico básico, em detrimento dos
tradicionais capital e recursos naturais. Drucker (1993, p. xvi) afirma que "hoje o valor é
criado pela produtividade e pela inovação, que são aplicações do conhecimento ao
trabalho." Portanto, os executivos que tiverem acesso à informação correta, no momento
desejado, levarão vantagem sobre os demais.
1.3 Objetivos do estudo
o presente trabalho se propõe a investigar aspectos da Qualidade de Serviços de
Informática prestados por um fornecedor externo, ou seja, empresa contratada, em uma
grande empresa no Brasil.
Para verificar a qualidade percebida pelos usuários com relação ao serviço de
informática da companhia, o presente estudo visa, em primeiro lugar, a comparar as
expectativas dos usuários com o que eles efetivamente percebem como resultado do serviço
recebido, e dessa forma julgar se eles estão encantados, satisfeitos ou insatisfeitos com tal
serviço.
Numa segunda etapa, este estudo tem a intenção de pesquisar as possíveis
divergências entre o nível de serviço desejado, aceitável e percebido pelos usuários dos
recursos computacionais da empresa, e o nível de serviço que os administradores da
Diretoria de Sistemas pensam que os usuários desejam, aceitam ou percebem. Uma vez que
a existência de um hiato seja confirmada, pode-se identificar e trabalhar tais diferenças de
maneira que os serviços prestados atendam com conformidade às necessidades dos clientes.
7
Em terceiro lugar, o estudo irá comparar a avaliação que os usuários fazem do
serviço de informática desde a terceirização (piorou muito, piorou um pouco, nada mudou,
melhorou um pouco, melhorou muito), com a avaliação correspondente dos
administradores da Diretoria de Sistemas da empresa pesquisada.
Por último, o estudo visa a identificar quais atributos usados para avaliar a
qualidade do serviço de informática influenciaram positivamente no nível de satisfação geral
dos usuários com tais serviços, após a terceirização.
1.4 Delimitação do Estudo
o presente estudo foi realizado em uma empresa instalada no Brasil na década de
60. Por problemas diversos, tais como tempo, custo e acesso aos funcionários, a pesquisa
limitou-se à matriz da empresa, localizada na cidade do Rio de Janeiro.
A empresa optou por se dividir em partes para melhor administrar o seu negócio,
conforme citadas a seguir:
* Matriz .. situada no Rio de Janeiro, é o local onde se encontram os responsáveis
pelas estratégias de negócio e pelo estabelecimento e monitoração dos objetivos e diretrizes
da companhia.
* Regiões .. sob a responsabilidade de um Diretor Regional, coordenam e
administram as atividades de todas as filiais que as compõem. Atualmente somam um total
de 6 regiões.
* Filiais .. possuem a atividade de comercializar os produtos da companhia, bem
como fornecer a manutenção e assistência técnica dos mesmos. Também são responsáveis
pelo atendimento aos clientes e pela busca de novos clientes. Cada filial possui um grupo
de supervisores responsáveis por um número limitado de vendedores, normalmente entre 5
a 20 vendedores, dependendo da sua área de atuação.
8
* Fábricas: executam as atividades industriais, tais como a fabricação, importação
e exportação dos produtos da companhia.
Com relação ao departamento de informática, foco do presente estudo, este foi
terceirizado em agosto de 1994, momento a partir do qual todos os equipamentos da área
foram vendidos e todas as atividades e pessoas transferidas para a empresa contratada, com
exceção do Diretor e de 10 profissionais de nível especialista/sênior.
Este estudo não se propõe a analisar os tipos de problemas que a terceirização de
Sistemas de Informação pretende resolver, nem como as decisões de terceirizar são
tomadas' e nem mesmo a discutir a melhor forma de se fazer um contrato de terceirização.
O foco principal desta pesquisa está nas conseqüências da terceirização nos aspectos da
qualidade dos serviços prestados pelo Departamento de Sistemas às demais unidades
funcionais da Companhia.
1.5 O Departamento de Sistemas
Até o momento da terceirização, a Diretoria de Sistemas de Informação (DSI) da
empresa pesquisada, subordinada à Diretoria de Finanças, Administração e Sistemas
(DEF AS), contava com um quadro de, aproximadamente, 50 funcionários, entre os quais:
gerentes, especialistas, analistas de sistemas sênior, analistas de sistemas pleno e analistas de
sistemas júnior.
Há algum tempo, a DS! vinha sofrendo alterações em sua estrutura, tendo
transferido todo o grupo de sistemas administrativos para a Diretoria de Administração,
também situada sob a DEFAS. Além disso, alguns funcionários haviam deixado a DSI e,
até mesmo a empresa, por não se encaixarem na nova estrutura organizacional da área.
'- Ver referência bibliográfica de Grover e Tcng (1993)
9
o processo de adoção da terceirização se deu efetivamente em agosto de 1994,
período a partir do qual todos os equipamentos e serviços sob responsabilidade da Diretoria
de Sistemas, como por exemplo o desenvolvimento de sistemas, manutenção e melhoria de
aplicações, serviços de rede de telecomunicações e telefonia, passaram para o controle da
empresa contratada.
Os funcionários lotados na OS!, com exceção dos remanescentes ora citados,
foram transferidos para a empresa prestadora do serviço. Alguns porém, resistiram ao fato
e optaram por novos caminhos, tais como: um novo emprego, uma nova atividade
profissional, abertura de um negócio próprio, o retomo à vida acadêmica.
Aqueles analistas de sistemas administrativos, que haviam sido transferidos para a
Diretoria de Administração, também não foram terceirizados inicialmente, em função de tais
sistemas terem sido considerados estrategicamente críticos para os resultados da
companhia, e como tal, o esquema da terceirização deveria se solidificar primeiro, antes que
eles passassem para o controle da empresa contratada. Tal transferência viria a acontecer
um ano mais tarde.
Conforme citado anteriormente, os 1 i funcionários que permaneceram na OS!
incluem: o Diretor e 10 profissionais de nível especialista/sênior. A estes profissionais
caberia controlar as atividades da empresa terceirizadora, garantindo às demais áreas
funcionais da companhia um alto nível de qualidade na prestação dos serviços de
informática, atuar como intermediários entre áreas funcionais e empresa contratada, além de
trabalhar no planejamento estratégico da área de Sistemas.
1.6 Organizacão do estudo
A organização do presente estudo se deu da seguinte manerra: este primeiro
capítulo introdutório aborda a importância do tema, o objetivo da pesquisa, além de
10
informações a respeito da delimitação do escopo do estudo e do departamento de
informática da empresa foco do estudo, antes e depois da terceirização.
No segundo capítulo, foi feito um levantamento sobre o assunto terceirização de
sistemas de informação e sobre os principais conceitos relacionados com Qualidade de
Serviços. Este capítulo também apresenta o modelo de avaliação da qualidade de serviço e
os atributos utilizados na pesquisa para medir a qualidade do serviço de informática.
Em seguida, no capítulo três, discorreu-se sobre a metodologia utilizada na
pesquisa e s6 então, já no capítulo quatro, foram colocados os resultados e suas respectivas
análises.
Por fim, no quinto capítulo, foram apresentadas as pnnclpms conclusões da
pesquisa bem como algumas recomendações para estudos futuros.
Capítulo 2
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Introdução
11
Para poder avaliar a qualidade dos serviços de informática em uma grande empresa
no Brasil, recentemente transferidos para uma empresa contratada e especializada em tais
serviços, e para relacionar os efeitos da terceirização com o nível de satisfação geral dos
usuários dos recursos computacionais, fez-se necessário buscar um emba�amento teórico
relacionado aos seguintes tópicos: terceirização de sistemas de informação e qualidade de
serviços.
Através da compreensão desses conceitos, acredita-se poder melhor compreender
os problemas que ainda persistem na empresa com relação aos serviços de informática,
mesmo após estes terem sido transferidos para uma empresa contratada, e principalmente
poder contribuir com recomendações pertinentes e favoráveis à empresa analisada.
A revisão de literatura relativa a terceirização de sistemas de infonnação irá
abordar aspectos positivos bem como negativos relacionados com a adoção de tal estratégia
administrativa. Entre prós e contras, a terceirização de S I pode ser mais ou menos atraente,
dependendo das necessidades da empresa e das circustâncias nas quais ela se insere.
A respeito da qual idade de serviços, será teita inicialmente uma revisão dos
conceitos principais relativos à prestação de serviços em geral, enfocando característica�
que os diferenciam da fabricação de bens. Em seguida, serão destacados alguns conceitos
relacionados à qualidade de serviços e sua relevância nas organizações. Num terceiro
momento, será apresentado o modelo utilizado na pesquisa como instrumento para medir a
qualidade de serviço. Finalmente, serão apresentados os atributos que influenciam a
qualidade de um serviço de infonnática, utilizados no questionário da presente pesquisa.
12
Esses atributos foram levantados através da literatura e também de entrevistas com
profissionais da área usuária.
2.2 Terceirizacão de Sistemas de Informacão
2.2.1 Definição e Histórico
De acordo com Queiroz (1992, p.ll), "terceirização é uma palavra extensa, que
indica a existência de uma outra empresa, terceiro, que com competência, especialidade,
qualidade e ainda, em condições de parceria, venha a prestar serviços a uma empresa
contratante. "
Com um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, as empresas de forma
geral, mas principalmente as grandes corporações, estão buscando ganhos de flexibilidade e
agilidade através da concentração de esforços em atividades que representem efetivamente
o seu negócio principal (core business), com o objetivo de fazê-lo prosperar
indefinidamente.
Portanto, elas estão procurando deixar para outra empresa especializada as
atividades que, apesar de extremamente importantes para o funcionamento e incentivo ao
seu negócio, não são seus pontos fortes e que podem ser realizadas de uma fonna mais
eficaz e com menores custos pela empresa contratada.
No Brasil, a prática da terceirização foi gradativamente implantada com a chegada
no país das primeiras empresas multi nacionais, principalmente as automobilísticas, através
do tradicional sistema de subcontratação de autopeças. Até então, essa atividade era
conhecida como contratação de serviços de terceiros adotada pelas empresas com o
objetivo de diminuir os custos com atividades pouco significativas, sem a preocupação de se
obter ganhos de qualidade, eficiência, especialização, eficácia e produtividade com os
serviços prestados.
13
Terceirização de SI é o ato de subcontratar de um vendedor externo, todas ou
parte das funções de SI da empresa, como alternativa para desenvolvê-Ias internamente,
com recursos e capacidades próprias.
A estratégia de terceirização das atividades de informática pode envolver a
terceirização de recursos humanos (gerentes. programadores, analistas, especialistas
técnicos etc.), ou de recursos tecnológicos (hardware, software, plataformas tecnológicas
etc.) ou ainda a terceirização de ambos, em diferentes graus. (GROVER e TENG, 1993)
Segundo Lacity e Hirschheim (1993, p.17-18) são as seguintes as taxonomias que
captam as opções de terceirização:
(a) bodv shop: a gerência utiliza a terceirização como um meio para alcançar
demandas a curto prazo. O tipo mais comum é o uso de programadores contratados,
gerenciados pelos empregados da empresa.
(b) gerenciamento de projeto: a gerência terceiriza para um projeto específico ou
uma parte do trabalho de S I. Exemplos de terceirização de gerenciamento de projeto
incluem o uso de vendedores para desenvolver um novo sistema, dar apoio a uma aplicação
existente, lidar com recuperação de desastres, fornecer treinamento, ou gerenciar uma rede.
Nesses casos, o vendedor é responsável por gerenciar e concluir o trabalho.
(c) terceirização tota l : o vendedor é totalmente responsável por uma parte
significante do trabalho de SI. O tipo mais comum é a terceirização total das operações do
hardware (Ex. centro de processamento de dados e/ou telecomunicações). A mais nova
estratégia de terceirização é repassar todo o suporte de hardware e software (incluindo
algumas vezes o desenvolvimento de aplicações) para o vendedor externo.
Conforme citado por Lacity e Hirschheim (Op.eit, p.l7), "os departamentos de
Sistemas de Informação não estão mais experimentando os generosos aumentos no
orçamento que ocorreram nos anos 70 e 80. De fato, em várias empresas, os orçamentos
14
de SI foram diminuídos, deixando os gerentes com o dilema de fornecer o mesmo nível de
serviço com menos dinheiro. Dessa forma, muitas empresas estão considerando o uso da
terceirização como uma solução".
A primeira grande empresa a despertar para a terceirização de suas atividades de
informática foi a Kodak, em 1989. Até então, terceirização de SI era reservada para
pequenas e médias empresas, com departamentos de infonnática problemáticos e mal
gerenciados.
Segundo McFarlan e Nolan (Op. cit), dois fatores influenciaram o crescimento do
processo de terceirização de Sistemas de Informação: o reconhecimento e aceitação de
alianças estratégicas e mudanças no ambiente tecnológico.
Quanto ao primeiro, o valor de alianças estratégicas começou a ser amplamente
reconhecido. Num mundo dinâmico e turbulento, encontrar um parceiro capaz de
complementar uma área de fraqueza, passou a ser sinônimo de estabilidade para empresa.
Além disso, em função de exemplos positi vos de alianças anteriores, as empresas passaram
a se sentir mais confiantes em formar novas alianças. Entretanto, confonne evidenciado por
McFarlan e Nolan (Op. cit., p.l l ) "para que uma aliança seja bem sucedida, é importante
que os dois lados sintam que estão lucrando com ela. Este não é um jogo de soma-zero".
o segundo fator incentivador da terceirização de SI, segundo aqueles autores, está
relacionado com a rapidez do avanço tecnológico. Num intervalo de 20 anos, as empresas
assistiram à passagem da tecnologia de minicomputadores e mainframes, para a era da
information highway, isto é, a comunicação em rede, que surgiu da fusão das tecnologias
de computação e telecomunicação. Portanto, a terceirização surgiu como forma de atender
à enorme pressão e exigência das empresas por acesso à nova tecnologia e pessoas
qualificadas para lidar com ela.
15
2.2.2 Vantagens obtidas com a terceirização de SI
Foi principalmente em busca de vantagem competitiva através da redução de
custos e aumento da qualidade de serviço, que as empresas vêm popularizando a
terceirização da área de Sistemas de Informação, a qual, na maioria das vezes, não
representa a atividade-fim das mesmas.
Tal alternativa está se tomando cada vez mais importante. Muitas empresas estão
adotando a estratégia, a ponto de não possuírem mais profissionais de SI para desenvolver
novos projetos. Outras já se deram conta que tais profissionais não possuem as
qualificações necessárias para construir sistemas que empregam as atuais tecnologias, como
a estrutura cliente/servidor e interfaces gráficas com os usuários. Em outras ainda, os
usuários finais estão ultrapassando os profissionais de SI e desenvolvendo seus próprios
sistemas.
Há dois conceitos fundamentais associados à terceirização: especialização
funcional e economias de escala. Quanto ao primeiro deles, a empresa contratada pode
concentrar as atividades de gerenciamento de SI de vários clientes e, com isso, realizá-I as
de uma forma mais eficiente e eficaz do que as organizações para as quais tais atividades
servem apenas de apoio ao seu negócio principal.
Quando se tem grandes centros de processamento de dados e redes de
comunicação global, onde os investimentos iniciais são enormes e os custos de operação
relevantes, pode-se conseguir economias de escalas substanciais através da terceirização. A
redução de custos é uma conseqüência da diluição dos custos fixos em função de um
volume de processamento maior. Essa vantagem econômica é compartilhada entre o
prestador de serviço e seus clientes.
Os clientes são geralmente beneficiados, uma vez que conseguem se livrar dos
enormes investimentos de capital em tecnologia, além de reduzir significativamente o
número de profissionais de sistemas necessários e suas despesas com taxas de licenciamento
16
de softwares e Iwrdwares. Toda essa redução nos custos dos clientes se deve à economia
de escala obtida com a terceirização de SI.
Muitas empresas buscam na terceirização o acesso à tecnologias emergentes, como
por exemplo, novas metodologias de desenvolvimento, tecnologia cliente/servidor ou
sistemas especialistas. Entretanto, é importante observar claramente as cláusulas do
contrato de terceirização relativo ao que está ou não incluído no preço estabelecido pelo
contrato. Freqüentemente, muitas empresas se decepcionam com a terceirização, pois esta
não fornece automaticamente o acesso esperado a novas tecnologias, cobrando para isso
taxas extras.
Empresas podem ser contratadas para gerenciar, desenvolver, e .implementar a
nova tecnologia; ou, ao contrário, para assumirem os antigos sistemas enquanto a empresa
contratante foca seus recursos internos no desenvolvimento de novas tecnologias; ou
podem fornecer somente expertise técnica enquanto a empresa contratante gerencia e
desenvolve a nova tecnologia por ela mesma; ou ambas as empresas podem se envolver em
verdadeiras parcerias estratégicas, onde riscos e recompensas compartilhadas da nova
tecnologia são estipulados no contrato.
A terceirização de SI também facilita a realocação de conhecimento e experiência
dos profissionais de sistemas. Estes poderão ser reaproveitados em atividades que
adicionam valor à empresa e suas qualificações ficarem ampliadas com o contato com novas
tecnologias. Gerentes de Sistemas de Informação e os profissionais especialistas passam a
ter a oportunidade de alavancar seus conhecimentos e utilizá-los para focar em atividades
com maior prioridade, tais como a criação de novos sistemas de nível estratégico, os quais
irão oferecer vantagens competitivas à empresa. Tal realocação de recursos pode fazer
aumentar a produtividade a curto prazo e criar os fundamentos para o sucesso do negócio
num prazo maior.
17
Esta moderna técnica de gestão empresarial, além de poder trazer benefícios para
as empresas contratante e contratada, pode também apresentar algumas vantagens para a
sociedade como um todo. Ela motiva a criação de novas empresas prestadoras de serviços,
bem como alimenta a identificação de novas oportunidades de serviços a serem
terceirizados. Ela também incentiva a melhoria das empresas existentes no mercado, com
ganhos de especialidade, qualidade e eficiência.
Com a terceirização da área de infonnática passa a existir, além da opção de
escolha do fornecedor do serviço, uma maior cobrança e controle quanto a prazo, pois o
usuário estará pagando efetivamente pelos serviços recebidos.
Grover e Teng (Op. cit., p.37) classificam os fatores que contribuem para a
atratividade e crescimento da terceirização em três grandes categorias: estratégica,
econômica e tecnológica.
q Fatores estratégicos
(a) foco no negócio principal: uma vez que as empresas geralmente desviam a
atenção de suas estratégicas e fundamentais investidas no mercado devido a obstáculos
associados com a crescente complexidade da estrutura de SI, a terceirização pennite que
empresas reorientem seus esforços em direção a questões de mais alto nível.
(b) foco no uso estratégico de tecnologias de informação (TI): como os
departamentos de SI possuem um grupo experiente e eficiente de profissionais de
desenvolvimento, a terceirização pennite que a gerência aloque talentos de SI disponíveis
em atividades de TI que promovam competiti vidade, ao invés de atividades rotineiras de
manutenção e operação de sistemas. Além disso, a terceirização pode melhorar a
flexibilidade e tempo de resposta em atender às necessidades do mercado e requerimentos
internos. Respostas rápidas nesta área estão se tornando uma necessidade estratégica da
competição baseada no tempo.
18
(c) aumento da competência em tecnologia de informação CTn: uma vez que a TI
como fonte de vantagem competitiva penetra toda a cadeia de valores, a terceirização
permite que o recebedor do serviço alavanque a competência de um ou mais fornecedores
do serviço, sem intemalizar toda a competência requerida.
(d) aumento do conhecimento do stafide SI: em função da natureza especializada
da TI, a formação de pessoal qualificado é crítica, especialmente em tempos de mudanças
tecnológicas significativas. A terceirização permite que o recebedor do serviço transfira
esse problema ao fornecedor do serviço, que está numa posição melhor para selecionar,
treinar e gerenciar o pessoal de TI.
q Fatores econômicos
(a) economias de escala e escopo: o desafio atual da gerência de SI é realizar mais,
com menos recursos. Esta pressão é vista como o fator mais significativo que conduz os
interesses corporativos hoje em dia. Um fornecedor de serviços de terceirização pode estar
numa posição de explorar economias de escala em áreas de hardware, software e pessoal,
desde que agrupe projetos de muitos recebedores de serviço. Similarmente, aquele é capaz
de explorar economias de escopo desde que um único fornecedor de serviço se encarregue
de várias tarefas de TI, uma capacidade talvez não disponível para qualquer recebedor de
serviço.
(b) contenção de custo e previsibilidade: com níveis cada vez mais altos de
investimentos em TI, há uma pressão crescente para se afastar de custos corporativos fixos
e indiretos em direção a custos mais diretos e variáveis no controle das operações de TI.
Os custos se tomam previsíveis para o recebedor do serviço, uma vez que sua
responsabilidade sempre recai no fornecedor.
19
Q ,,'atores tecnológicos
(a) acesso à tecnologia de ponta: a terceirização permite que o recebedor do
serviço ganhe acesso imediato ao estado da arte em tecnologia, outrora inacessível . Isto
aumenta a competiti vidade do recebedor na entrega de produtos e serviços.
(b) afastamento do risco de obsolescência: devido a aceleradas mudanças na
natureza da infra-estrutura de TI, o risco de obsolescência é alto. A terceirização permite
que o recebedor do serviço transfira este risco para o fornecedor: este possui a capacidade
de diversificar tais riscos com os vários recebedores de serviços. Entretanto, contratos de
longo prazo devem espalhar este risco de volta para o recebedor.
2.2.3 Desvantagens com a terccirização de SI
Alguns fatores podem tornar a terceirização de SI pouco atraente do ponto de
vista das empresas contratantes e levar à resistência do usuário. São eles, de acordo com
Grover e Teng (Op. cil., p .37-38):
Q Fatores gerenciais
(a) perda de flexibilidade ou controle: do ponto de vista dos executivos de SI, a
terceirização reduz o controle real ou percebido sobre a qualidade do software e também
sobre o tempo de realização de um projeto, uma vez que o trabalho é agora feito por
pessoas que não estão sob supervisão direta.
(b) ameaça a carreiras de longo prazo: a empresa que busca a terceirização,
freqüentemente descobre que muitos profissionais de SI não encontram tarefas adequadas
ou encarreiramento promissor em outras áreas da companhia. De fato, levando em
consideração o deslocamento de pessoal causado pela terceirização, muitos executivos de
SI são desencorajados a avaliar esta opção objetivamente. Na prática, entretanto, existem
20
muitas alternativas, incluindo a demissão de pessoal, o retreinamento ou a absorção do
pessoal deslocado na folha de pagamento da empresa contratada.
Q Fatores relacionados com custo
(a) maiores custos de coordenacão: a terceirização pode requerer mais tempo para
comunicar e coordenar com o fornecedor de serviço, tipicamente, em encontros formais.
Os custos de negociação e monitoração do contrato de terceirização são potencialmente
extensos, indiretos e substanciais.
(b) custos escondidos ou potenciais: custos adicionais podem ser incorridos na
perda ou transferência de empregados, na transferência de licença de softwares e na
renegociação dos contratos.
Q Fatores relacionados com conflitos de interesse
(a) fornecedor do serviço orientado a lucro: em alguns casos, a orientação a lucro
do fornecedor pode não corresponder aos interesses do recebedor do serviço. Alguns
fornecedores estão no negócio de maximizar seus lucros a qualquer custo; isto pode ir em
direção contrária ao interesse do cliente.
(b) confidencialidade dos sistemas e dados: uma vez que o fornecedor do serviço
pode oferecer um sistema customizado, mas semelhante a vários recebedores do serviço,
com alguns concorrentes diretos, uma preocupação é levantada quanto a segurança dos
dados.
Além dos fatores citados acima, outras desvantagens podem estar relacionadas
com o tipo de contrato de terceirização de SI. Geralmente, estes são estruturados tendo em
vista um relacionamento de longo-prazo, normalmente de J O anos. Considerando-se a
velocidade dos avanços tecnológicos e das mudanças no mundo dos negócios, um contrato
fechado nos dias de hoje provavelmente não fará mais o mesmo sentido, ou requererá
ajustes, num pequeno intervalo de 2 ou 3 anos.
21
Outro motivo de freqüente insatisfação da empresa contratante está relacionado
com a formulação de expectativas, não baseadas nas cláusulas do contrato. Muitas
empresas acreditam na terceirização como fonte de acesso a novas tecnologias. Entretanto,
freqüentemente essas empresas são desapontadas, uma vez que a terceirização não forneceu
automaticamente o acesso desejado. Ao contrário, os contratos de terceirização, muitas
vezes incentivam a empresa contratada a manter a velha tecnologia o máximo possível.
No que diz respeito aos funcionários da empresa contratante, na possibilidade de
serem admitidos pela empresa prestadora de serviço, esta última assina geralmente um
contrato de mantê-los por um determinado período, após o qual ela se isenta da obrigação
de empregá-los. Então, tais funcionários transferidos poderão continuar na empresa ou
serem demitidos ao final do prazo. Se isto ocorrer, a empresa contratante corre o risco de
perder pessoas de valor, com conhecimento e familiaridade com suas tecnologias e
atividades de negócio.
Além dos fatores supra citados, se no momento da terceirização alguns
funcionários da empresa contratante resolvem pedir demissão por achar que a adoção desta
estratégia diminui suas possibilidades de crescimento profissional, esta poderá estar
perdendo funcionários importantes. Tal perda complica ainda mais a possibilidade de
revisão da decisão de terceirização.
Outro aspecto dclicado da terceirização tem a ver com a ameaça de oportunismo,
isto é, os prestadores de serviço, à medida que passam a controlar as funções de SI, podem
querer levar vantagem sobre os clientes. Assim, durante a renovação do contrato, as
empresas terceirizadas tenderão a se achar em desvantagem.
2 2
2.2.4 Considerações gerais
Uma vez que a realização da terceirização em um escopo mais abrangente é um
fenômeno recente, fica difícil medir seus impactos a longo prazo, e até mesmo a curto
prazo, pois muitos contratos são mantidos em sigilo. De fonna geral, as conseqüências da
terceirização a longo prazo são fortemente especulativas: alguns prevêem uma economia de
custos considerável enquanto outros alegam que as empresas perderão vantagem
competitiva pois a sabedoria de SI interna desaparecerá.
Segundo Queiroz (Op.cit.), antes de adotarem a terceirização, as empresas devem
identificar as suas áreas de interesse estratégico e também o objetivo do seu negócio, a sua
atividade-fim. Esta, convenientemente separada do que é acessório, as ações de suporte,
caracterizadas como atividade-meio, deve ser mantida sob a gestão das empresas, propondo
para desenvolvimento de projetos de terceirização as atividades-meio.
Benko ( 1992, p.33) sugere algumas questões chaves que devem ser considerada,
para avaliar se a área de Sistemas de Infonnação contribui significativamente para o sucesso
da organização:
mercado?
SI da organização fornece vantagem competiti va ou estratégica para a empresa?
SI pode fornecer à organização um componente que diferencia a empresa no
- SI é simplesmente um serviço de commoditie ?
De acordo com Benko (Op. cit., p.32), "em muitos casos, entretanto, os
executivos estão tentando corrigir problemas que eles não isolaram e quantificaram
adequadamente. Assim, a terceirização pode ou não ser a solução". A citada autora relata
que "a função de SI é muito crítica para muitas empresas de modo a serem deixadas a cargo
de um lançamento de dado". O que não significa dizer que a terceirização deva ser evitada,
mas que as operações de SI devem ser cuidadosamente avaliadas para se detenninar a
2 3
natureza dos problemas e, só então, a melhor maneira de resolvê-los. Segundo a autora,
muito freqüentemente, gerentes concluem que SI é antes de tudo um serviço de commoditie
e, como tal, deve ser obtido ao menor preço possível. (BENKO, 1 992, p.33)
Benko (Op. cit., p.32) afirma que "depois de identificar os problemas de SI, os
executivos podem concluir que as ineficiências podem ser resolvida� internamente. Ou que
parte das funções de SI devem ser terceirizadas e parte deixadas na empresa. E claro que
eles podem decidir terceirizar todas as funções." De qualquer maneira, sugere a autora,
"eles terão obtido importantes insighls de como a performance de SI pode ser aumentada
para ganhos de produtividade e estratégia, e eles saberão que terão tomado suas decisões
baseadas em evidências substantivas e objetivas, tal como outras decisões de negócio são
tomadas."
2.3 Conceitos relacionados à prestação de serviço
Os servIços apresentam algumas características particulares que impactam na
avaliação de sua qualidade. Em primeiro lugar, os clientes não conseguem julgar ou
conhecer um serviço até que ele tenha sido experimentado. Isso acontece porque os
serviços são de natureza intangível. Segundo Berry e Parasuraman (Op. cit., p. l 9-20), "a
intangibilidade faz com que seja mais difícil imaginar e desejar serviços do que
mercadorias." Aqueles autores citam que "para o cliente, a percepção do risco tende a ser
mais elevada em relação aos serviços, porque eles não podem ser tocados, cheirados,
provados ou experimentados antes da compra."
Os serviços exigem também a participação do cliente no momento da produção,
isto é, os serviços são fornecidos à medida que são produzidos, ressaltando assim sua
característica de simultaneidade. Como conseqüência dessa interação, a sensibilidade dos
clientes com relação a qualidade do serviço é fortemente influenciada tanto pelo processo
de produção, isto é, como o pessoal de serviço age, se apresenta e se relaciona, quanto pelo
2 4
resultado em si. De acordo com Zeithaml et ai. ( 1990, p. l 6), "os clientes do serviço estão
sempre na fábrica do serviço, observando e avaliando o processo de produção à medida que
experimentam o serviço."
Olhando pelo lado da empresa prestadora de serviço, em decorrência das duas
características citadas acima: intangibilidade e simultaneidade, aquela não possui uma
forma de inspecionar o serviço antes de fornecê-lo, o que aumenta ainda mais o seu risco.
Tal como afirmam Parasuraman et ai. ( 1985, p.42), "como (serviços) são desempenhos não
objetos, raramente podem ser estabelecidas especificações de fabricação precisas
concernentes a uma qualidade uniforme"
Além disso, a subjetividade implícita na dinâmica de fornecimento do serviço,
principalmente quando sua execução é intensiva em mão-de-obra, faz com que a percepção
do mesmo varie de produtor para produtor, de cliente para cliente, e de situação para
situação, destacando assim a característica de heterogeneidade dos serviços.
(PARASURAMAN et ai., 1985)
Outro desafio enfrentado pela prestadora de serviço é o de supervisionar as
atitudes de seus funcionários, geralmente em contato direto com os clientes e responsáveis
pelo desempenho do serviço.
Segundo Heskett et ai. ( 1 994, p. 123), "a característica de uma organização de
serviço que se destaca é o empenho contínuo que ela devota em se diferenciar em relação
aos principais concorrentes, tanto na qualidade quanto na produtividade de serviço."
Aquele autor ressalta que é saudável que um empresa de serviço não se ache
suficientemente boa.
Berry e Parasuraman (Op. cit., p. 17) afirmam que em serviços "os clientes
compram desempenho" e que "um conceito sólido de serviço é o que dá à companrna
oportunidade de competir pelos clientes; um bom desempenho do conceito de serviço
2 5
consolida a competitividade, atraindo a confiança do cliente e proporcionando um reforço à
marca, à publicidade, às vendas e ao preço."
2.4 Conceitos relacionados à qualidade do serviço
2.4.1 Introdução
Segundo Parasuraman et ai. ( 1985), os pesquisadores encontram uma certa
dificuldade em delimitar e medir qualidade dos serviços, uma vez que estes apresentam
menos características tangíveis que o setor de fabricação de bens. Geralmente, a
tangibilidade dos serviços está limitada ao ambiente físico, aos equipamentos e à própria
pessoa do fornecedor. E a falta de tangibiJidade relacionada aos serviços dificulta que a
empresa perceba os aspectos considerados pejos clientes na avaliação da qualidade dos
serviços.
Conforme citado por Grõnroos (1 982), "quando um provedor de serviços sabe
como (o serviço) será avaliado pelo consumidor, nós poderemos sugerir como influenciar
estas avaliações em uma direção desejada." (PARASURAMAN et ai. , 1 985, p. 42)
Muito do que foi feito para definir, medir e gerenciar qualidade, veio do setor de
fabricação de bens. Na filosofia industrial japonesa, por exemplo, qualidade é sinônimo de
"zero defeitos - fazer a coisa certa já na primeira vez". Crosby ( 1979) define qualidade
como "conformação às exigências" . Garvin ( 1 983) avalia qualidade "contando a incidência
de falhas "internas" - aquelas observadas antes de um produto deixar a fábrica, e de falhas
"externas"- aquelas ocorridas no campo depois de uma unidade ter sido instalada.
(PARASURAMAN el a!. , 1 985, p.4l- 42)
Porém, perceber qualidade de produtos não significa perceber qualidade de
serviços. É mais fácil conseguir que um produto saia sem defeitos da fábrica do que realizar
um serviço corretamente, especialmente quando este exige uma boa parcela de contribuição
2 6
humana, pOIS para avaliar o servIço, o cliente utiliza-se de aspectos subjetivos.
Conseqüentemente, os prestadores de serviço têm dificuldade em compreender os critérios
utilizados pelos clientes na avaliação do serviço.
Alguns estudos foram feitos na tentativa de descobrir uma maneira eficiente de
avaliar a qualidade de serviço. Sasser et aI. ( 1 978) consideraram três diferentes dimensões
da execução de serviço: bens físicos que acompanham o serviço, instalações e pessoal,
destacando que a noção de qualidade de serviço envolve tanto a maneira de fazer quanto o
resultado do serviço propriamente dito. Gronroos (Op. Cil.) postulou que existem dois
tipos de qualidade dos serviços: a técnica, ou seja, o que o cliente efetivamente recebe do
serviço, e a funcional, isto é, a maneira como o serviço é prestado. Lehtinen e Lehtinen
( 1 982) sustentam que a qualidade de serviço é produzida na interação entre um cliente e os
elementos na organização de serviço. (PARASURAMAN et ai., 1 985, p.42-43)
Parasuraman, Zeithaml e Berry desenvolveram o modelo utilizado na presente
pesquisa, e que será explorado separadamente, mais adiante, no item 2.4.2. Estes autores
começaram em 1 983 um programa de pesquisa em qualidade de serviços. Até o momento
do presente estudo, tal pesquisa havia chegado a sua quinta fase, tal como relacionado a
seguir:
o l ' fase: pesquisa qualitativa que resultou no modelo conceitual, para definir
qualidade de serviço do ponto de vista do cliente e especificar os hiatos responsáveis pela
prestação de um serviço de má qualidade.)
o 2' fase: pesquisa quantitativa que deu origem ao instrumento chamado
SERVQUAL, para medir a qualidade dos serviços tal como percebida pelos clientes.4
o 3' fase: pesquisa quantitativa que testou empiricamente as várias relações
existentes no modelo de hiatos extendido.5
'- Ver referência bibliográfica de Parasuraman el ai. (1985) '- Idem (1988)
2 7
q 4' fase: pesquisa qualitativa que serviu de base para o conhecimento da natureza
e estrutura das expectativas dos clientes com relação à prestação de serviços.6
q 5' fase: pesquisa quantitativa que, baseada na definição estrutural das
expectativas estabelecida na fase anterior, desenvolveu um novo fonnato para o
instrumento SERVQUAL 7
Num pnmelro momento, o SERVQUAL consistiu em dois conjuntos de 22
atributos. O primeiro conjunto para detenninar a expectativa do cliente, e o segundo a
percepção deste com relação ao serviço. Numa escala de I a 7, o cliente era solicitado a
ratear suas expectativas e percepções, e o resultado da pesquisa então usado para identificar
hiatos positivos e negativos na perfonnance da empresa, com relação às cinco dimensões
que, segundo os autores, categorizam as expectativas dos clientes com o serviço e,
conseqüentemente, influenciam em suas avaliações do mesmo. São elas:
q Confiabilidade: a capacidade de prestar o serviço prometido de modo confiável
e com precisão;
q Tangibilidade: a aparência fisica de instalações, equipamentos, pessoal e
materiais de comunicação;
q Sensibilidade: a disposição para ajudar o cliente e proporcionar com presteza
um servIço;
q Segurança: o conhecimento e a cortesia de empregados, e sua habilidade em
transmitir confiança e confiabilidade;
q Empatia: a atenção e o carinho individualizados proporcionados aos clientes.
'- Ver referência bibliográfica de Parasuraman e1 al.(l990) '- Idem (1991) '- Idem (1994)
2 8
De acordo com aqueles pesquisadores, enquanto que a confiabilidade está mais
ligada ao resultado do serviço, as outras quatro dimensões se relacionam com o processo,
ou seja, com o momento da execução do mesmo. Quando se trata de corresponder às
expectativas, os clientes geralmente apontam a confiabilidade como sendo a dimensão mais
importante. Porém, várias pesquisas indicam que as dimensões do processo, especialmente
segurança, sensibilidade e empatia, são mais importantes quando se deseja exceder tais
expectativas.
Dcsde a publicação Oliginal de Parasuraman, Zeithaml e Berry, muitas críticas ao
SERVQUAL foram surgindo, tanto no nível conceitual quanto no operacional. Dentre os
contestadores de tal instrumento, pode-se citar: Cronin e Taylor ( 1 992), Brown et aI.
( 1 993), Carman ( 1 990), Bolton e Drew ( 1 99 1 ), Babakus e Boller ( 1992), Lewis e Mitchell
( 1 990) e Bouding ef ai. ( 1993). (ROBISON, 1 996, p.3)
Parasuraman, Zeithaml e Berry prosseguiram com suas pesquisas e, levando em
conta os novos resultados e as críticas de outros autores, revisaram então o instrumento
SERVQUAL, utilizado no presente estudo já em sua nova versão, descrito mais adiante no
item 2.4.4.
2.4.2 Modelo conceitual de Parasuraman et aI.
Partindo de uma literatura ainda insuficiente para montar uma base conceitual de
investigação de qualidade de serviço, Parasuraman el aI. ( 1985) realizaram uma pesquisa
exploratória, através de entrevistas com consumidores de quatro categorias de serviço -
operações bancárias, cartão de crédito, corretagem de ações e manutenção e conserto de
produtos - e com executivos de quatro empresas de serviço nacionalmente conhecidas,
representantes de cada uma das quatro categorias. Tal pesquisa visava a conhecer: as
percepções dos administradores e consumidores com relação aos atributos básicos da
qualidade nos serviços e compará-Ias entre si; os problemas e tarefas envolvidos na
2 9
prestação de u m serviço de qualidade; e a possibilidade da formulação de um modelo geral
que explicasse a qualidade do serviço do ponto de vista do consumidor.
A pesquisa cobriu tópicos tais como: razões para satisfação ou insatisfação com o
serviço, descrições de um serviço ideal, significado de qualidade do serviço, fatores
importantes na avaliação da qualidade do serviço, expectativas quanto à execução do
serviço e papel dos preços na qualidade dos serviços.
Uma vez analisadas as entrevistas, alguns padrões consistentes se destacaram e,
embora algumas das percepções tenham sido específicas de cada uma das categorias do
serviços, outras generalidades puderam ser percebidas. Estas generalidades indicaram que
um modelo geral de qualidade de serviço poderia ser desenvolvido.
Uma das mais importantes descobertas a partir das entrevistas realizadas por
aqueles pesquisadores foi a de que existe um conjunto de discrepâncias-chaves, ou hiatos,
com relação às percepções de qualidade de serviço do executivo e às tarefas associadas ao
fornecimento do serviço aos clientes. Esses hiatos podem ser a principal barreira na
tentativa de fornecer um serviço que os consumidores perceberiam como sendo de alta
qualidade.
o modelo de qualidade de serviço proposto por eles pode ser visualizado
graficamente no anexo I .
Na parte inferior do modelo (lado do prestador do serviço), podem ser vistos os
hiatos identificados nas entrevistas com os executivos. De forma geral, o modelo consolida
as sugestões obtidas nas entrevistas com executivos e clientes sobre o conceito de qualidade
de serviço e os fatores que a afetam.
A seguir serão relembrados os hiatos propostos pelo modelo conceitual em
questão:
3 0
c:::> hiato 1 : a defasagem entre as expectativas dos consumidores e as percepções
da administração quanto a estas expectativas.
o ponto chave no fornecimento de um serviço de qualidade é conhecer as
expectativas dos clientes. Estar enganado com relação a estas expectativas pode levar, na
melhor das hipóteses, uma empresa prestadora de serviço a gastar dinheiro, tempo e outros
recursos em aspectos que não são levados em consideração pelos clientes. (ZEITHAML et
ai., 1 990). O cliente decepcionado pode buscar outra empresa da próxima vez, além de
espalhar sua insatisfação para outras pessoas.
Muitas vezes a empresa prestadora de serviço não compreende com antecedência
as reais necessidades de seus clientes, isto é, as características que o serviço deve ter para
atender aos desejos destes, nem as características que traduzem um serviço de alta
qualidade para eles.
Segundo os autores, dentre os fatores que contribuem para esta situação estão: a
falta de orientação para pesquisa de marketing, ou seja, os administradores não se esforçam
para entender as necessidades e expectativas dos clientes; a comunicação inadequada entre
o pessoal de linha e a alta administração; e a existência de muitos níveis gerenciais
separando o pessoal de linha da alta administração.
c:::> hiato 2: a defasagem entre percepções da administração quanto às expectativas
dos consumidores e especificações da qualidade dos serviços estabelecidas pela empresa.
Os administradores vão confrontar-se ainda com um novo desafio: estabelecer
padrões de qualidade de serviço para a organização.
Na tentativa de atender às necessidades dos clientes, os executivos das
organizações encontram freqüentes barreiras que os impedem de fornecer um serviço de
alta qualidade, mesmo quando estão cientes das expectativas dos clientes. Muitas vezes, a
3 1
falta de pessoas treinadas ou de quaisquer outros recursos, as flutuações na demanda, uma
orientação para lucro a curto prazo podem contribuir para essa distorção. Além dos
fatores já citados, a ausência de comprometimento por parte da direção da organização com
a qualidade do serviço também constitui outra barreira.
Q hiato 3: a defasagem entre as especificações da qualidade do serviço e a
prestação real do serviço.
Freqüentemente, a administração compreende as expectativas dos clientes,
estabelece padrões e especificações de qualidade de serviço apropriados mas, mesmo assim,
o serviço prestado não alcança o nível desejado, ou seja, não está de acordo com as
expectativas dos clientes.
Organizações que oferecem serviços altamente interativos, intensivos em mão-de
obra e que se realizam em diferentes localidades são especialmente vulneráveis à defasagem
em questão.
Embora muitas empresas estabeleçam especificações das atividades dos
empregados na prestação do serviço, é bastante difícil controlar e executar as tarefas dentro
desses padrões. Isso acontece porque os serviços são, em sua maioria, prestados por seres
humanos, que apresentam variações constantes em seu comportamento. Ainda, os
empregados podem estar desmotivados ou, até mesmo, não preparados para o exercício de
suas funções.
Outros problemas internos à organização, como por exemplo, a falta de
equipamento ou de tecnologia apropriada para que os empregados realizem suas funções, a
falta de um sistema de avaliação e recompensa apropriado, também podem contribuir para a
ocorrência de tais distorções.
3 2
c:> hiato 4: a defasagem entre a prestação real do servIço e as comunicações
externas sobre o serviço.
Propagandas e comunicações da empresa exercem grande influência sobre as
expectativas dos clientes. Como estas desempenham um papel central na avaliação da
qualidade do serviço, a empresa deve tomar cuidado em não aumentá-las além do que pode
oferecer a seus clientes. A empresa deve certificar-se de não fazer promessas que não
poderá cumprir, pois estaria assim aumentando as expectativas dos clientes e,
conseqüentemente, diminuindo a qualidade do serviço percebido por estes.
As promessas das empresas de serviço estão relacionadas com as atitudes de seus
empregados. Isto é, porque estes não podem ser controlados (como ocorre com as
máquinas que produzem bens físicos), as empresas de serviços correm o risco de prometer
o que não poderão cumprir.
Por outro lado, se a empresa consegue fazer com que o cliente perceba que ela
vem progredindo com relação ao atendimento de seus interesses, este cliente irá
provavelmente perceber o serviço de maneim mais favorável. Essa comunicação é
importante porque os clientes nem sempre estão cientes de tudo que é feito "por trás dos
bastidores" para lhes fornecer um serviço de qualidade.
c:> hiato 5: a defasagem entre o serviço espemdo pelo consumidor e o serviço por
ele percebido.
Para fornecer um serviço que os clientes percebam como sendo de qualidade, as
organizações devem procurar atender às expectativas destes, ou até mesmo superá-las. Os
clientes são os únicos juizes da qualidade do serviço e formam seus julgamentos
comparando o que percebem sobre a performance do serviço com o que esperavam
antecipadamente.
3 3
A magnitude e a direção do hiato 5 terão um impacto sobre a qualidade do serviço
percebida pelo cliente, e dependem, por sua vez, da natureza das defasagens associadas à
empresa, no modelo, isto é, hiatos 1 a 4.
Com relação às dimensões da avaliação da qualidade do serviço, aqueles
pesquisadores afirmam que, independente do tipo de serviço, os critérios utilizados pelos
clientes na avaliação da qualidade dos serviços são basicamente os mesmos. Assim, através
de procedimentos estatísticos e com base nos resultados das entrevistas, eles desenvolveram
um i nstrumento para avaliar a qualidade de um serviço, o SERVQUAL. Tal instrumento
tem por base as cinco dimensões já citadas anteriormente: confiabilidade, sensibilidade,
segurança, empatia e tangibilidade, e 22 atributos relacionados à qualidade de serviço, assim
divididos:
Confiabilidade
1 . Fornecer serviços confonne prometido.
2. Presteza ao lidar com problemas de serviço de clientes.
3. Executar serviços sem erros desde a primeira vez.
4. Fornecer serviços no tempo prometido.
5. Manter registros das transações sem erros.
Sensibilidade
6. Manter os clientes infonnados a respeito de quando os serviços serão realizados.
7. Presteza na prestação do serviço.
8. Vontade de ajudar o cliente.
9. Presteza quanto às solicitações do cliente.
Segurança
lO. Empregados que inspirem confiança aos clientes.
I I . Fazer os clientes se sentirem seguros em suas transações.
12. Empregados corteses.
1 3 . Empregados com conhecimento para responder às perguntas dos clientes.
3 4
Empatia
14. Fornecer atendimento individualizado ao cliente.
1 5. Empregados que lidam com os clientes de uma maneira atenciosa.
16. Considerar os interesses dos clientes em primeiro lugar.
17 . Empregados que compreendam as necessidades dos clientes.
18. Horários de atendimento convenientes.
Tangibilidade
1 9. Equipamentos modernos
20. Ambiente visualmente agradável.
2 1 . Empregados com aparência profissional.
22. Materiais associados com o serviço visualmente agradáveis.
2.4.3 .Estudo das expectativas
Numa fase posterior de sua pesquisa, e motivados pelo fato de que a palavra
expectativa pode ser usada no sentido daquilo que os clientes acreditam que ocorrerá e
também daquilo que eles desejam que ocorra na prestação de um serviço, Parasuraman,
Zeithaml e Berry (PZB) realizaram um estudo multisetorial, visando melhor compreender as
expectativas dos clientes com relação aos serviços.
Com base naqueles resultados, os pesquisadores sugeriram que as expectativas dos
clientes sobre o serviço fossem analisadas em dois níveis di ferentes: o nível desejado -
refletindo o serviço que os clientes esperam receber, e o nível aceitável (ou adequado ou
mínimo tolerável) - que reflete o menor nível de serviço que os clientes estariam propensos
a aceitar. O primeiro nível é um misto do que o cliente acredita que "pode ser" com o que
"deveria ser". O segundo é o que o cliente avalia sobre o que "será" o serviço.
A zona de tolerdncia, tal como mostra a figura a seguir, é delimitada por esses
dois níveis de expectativa e pode variar de acordo com o cliente e, ainda, dependendo da
situação, para o mesmo cliente. Os níveis de serviço desejado e aceitável, e portanto a zona
3 5
de tolerância, variam segundo a dimensão do resultado, a confiabilidade, e segundo as
dimensões do processo - sensibilidade, segurança, tangibilidade e empatia. Espera-se que,
em função do valor que os clientes atribuem à dimensão da confiabilidade, a zona de
tolerância para esta dimensão seja menor c que os níveis de serviço desejáveis e aceitáveis
sejam mais altos. Essa hipótese contribui para o fato de que as empresas encontram
oportunidades maiores de exceder expectativas dos clientes nas quatro dimensões do
processo da prestação do serviço.
alto
nível desejado
zona de tolerância
n ível adequado
baixo
Expectativas
Figura 1 - Expectativas do nível de serviço
o interesse empírico deste conceito é verificar o desempenho de um determinado
serviço com base na opinião dos clientes. Se a percepção destes com relação ao
desempenho do serviço está dentro do âmbito da zona de tolerância, isto é, entre os dois
níveis de expectativas descritos acima, o cliente está satisfeito; se o desempenho estiver
abaixo da zona de tolerância o cliente fICará frustrado, insatisfeito com o serviço e,
finalmente, um desempenho acima da zona de tolerância, atrairá a lealdade do cliente com
o prestador de serviço. Este é o objetivo máximo a ser atingido quando se realiza um
serviço, isto é, atingir a lealdade do cliente.
Zeitharnl et ai. (Op. cit., p. l 8) afirmam, segundo indicações de suas pesquisas de
campo, que "assegurar boa qualidade de serviço é atender ou superar o que os clientes
esperam do serviço"
3 6
Do ponto de vista gerencial, a importância do conceito de zona de tolerância reside
no fato de que é possível administrar as expectativas dos clientes. Através do cumprimento
de promessas de serviço, da execução do serviço de modo confiável e da eficiência na
comunicação com os clientes, a empresa pode criar as bases para conquistar uma intensa
lealdade do cliente, o que se chama de "franquia do cliente" (customer franchise).
No primeiro caso, a empresa pode controlar o que promete a seus clientes. Se
prometer além da sua capacidade, ela estará elevando as expectativas deles, aumentando o
nível superior da zona de tolerância e dificultando ainda mais a obtenção da lealdade do
cliente.
Com relação à confiabilidade, é importante que a empresa se preocupe em fazer
bem o serviço prometido da primeira vez, dado que os clientes consideram a confiabilidade
o fator mais importante na avaliação do serviço. Qualquer problema na execução do
serviço tende a elevar os níveis de expectativa dos clientes durante a fase de recuperação ou
correção do serviço.
Quanto ao desenvolvimento da comunicação com os clientes para compreender
suas expectativas ou explicar-lhes o serviço que recebem, a empresa estará ampliando a
zona de tolerância deles. Sendo assim, trata-se de uma boa fonua de administrar
expectativas.
Conforme citado pelos autores ( 1 995, p.86), "a administração das expectativas
pavimenta o caminho para superá-las." Assim, sugerem que para exceder as expectativas e
conquistar a lealdade dos clientes, as empresas devem trabalhar no sentido da excelência na
prestação do serviço, e aproveitar as oportunidades de recuperação do serviço para
surpreendê-los de modo agradável.
Para Berry e Parasuraman (Dp. cil., p.91), "as expectativas do cliente são os
verdadeiros padrões para avaliar-se a qualidade do serviço. Compreender a natureza e os
3 7
detenninantes dessas expectativas é essencial para assegurar que a execução do serviço
satisfaça ou supere as expectativas."
Aqueles autores identificaram alguns fatores que influenciam a fonnação das
expectativas e das zonas de tolerância dos clientes, tal como os exemplos listados a seguir:
Q o que os clientes escutam de outros clientes, ou seja, a comunicação boca-a
boca proveniente de amigos, vizinhos e conhecidos;
Q as necessidades pessoais de cada cliente, considerando-se suas características
físicas, psicológicas e sociais;
Q situações de emergências pessoais ou mesmo problemas com o serviço inicial;
Q o número de alternativas de que dispõe o cliente;
Q a experiência passada na utilização de um serviço, isto é, exposição anterior do
cliente ao serviço;
Q a comunicação externa do prestador de serviço, isto é, promessas explícitas ou
implícitas de serviço. Neste fator também se inclui o papel do preço na formação da
expectativa do cliente, além da sua influência no momento de escolha do consumidor.
A pesquisa de PZB revelou que as expectativas dos clientes são geralmente de
natureza básica, isto é, eles esperam que as empresas de serviço façam o que elas se
propõem a fazer. Foram encontradas poucas evidências de expectativa� extravagantes ou
extremas.
Segundo a mesma pesquisa, o fator preço influencia nas expectativas, uma vez que
os clientes acham que pagar mais por um serviço é sinônimo de melhor qualidade. Por
outro lado, eles não acreditam que preço baixo seja uma justificativa legítima para um
serviço de baixa qualidade.
3 8
2.4.4 O SERVQUAL adaptado ao novo conceito de expectativas
Levando em conta a nova estrutura das expectativas, PZB iniciaram a quinta etapa
da pesquisa para adaptar o SERVQUAL às devidas mudanças conceituais.
A estrutura do SERVQUAL foi modificada para capturar não somente a
discrepância entre serviço percebido e serviço desejado - denominada medida de
superioridade do serviço (MSS), mas também a discrepância entre serviço percebido e
serviço adequado - denominada medida da adequação do serviço (MAS).
Aqueles autores sugerem que a posição competitiva de uma empresa, do ponto de
vista da qualidade de seu serviço, será detenninada pelos seus pontos de MAS e MSS, tal
como pode ser visto no gráfico a seguir.
Impressões do cliente! Medida de adequação Posição competitiva níveis de expectativa e superioridade do
serviço
MAS ", positivo Lealdade do Cliente Serviço percebido
MSS '" positivo
Serviço desejado =>
MAS ", positivo Serviço percebido
MSS '" negativo Vantagem Competitiva
Serviço adequado =>
Serviço percebido MAS ", negativo Desvantagem Competitiva
MSS '" negativo
Confonne se observa, somente quando as duas medidas MAS e MSS são positivas
é que a empresa possui a verdadeira lealdade do cliente. Quando o MAS ainda é positivo
mas o MSS deixou de ser, a empresa possui uma vantagem competitiva referente à
3 9
qualidade de seus serviços. Essa vantagem, porém, pode ser por pouco tempo, pois,
conforme evidências daqueles pesquisadores, o nível adequado de serviço tende a subir
rapidamente quando os prestadores de serviço prometem e cumprem um nível de serviço
mais elevado. Segundo Berry e Parasuraman (Op. cit., p. 90), "para consolidar sua
vantagem competitiva e reduzir sua vulnerabilidade a ondas que se levantem no nível
adequado de serviço, elas (as empresas) deverào lutar para aumentar sua contagem MAS
favorável e minorar a deficiência em sua contagem MSS."
Se amhas as medidas MAS e MSS sào negativas, a empresa está em desvantagem
competitiva relativa à qualidade de seus serviços. Nessa situação, os clientes não hesitarão
em fazer negócio com qualquer outra empresa, sempre que houver oportunidade.
Para testar empiricamente o novo modelo, Parasuraman et ai. desenvolveram três
diferentes formatos de escalas de mensuração da qualidade de serviços, descritos a seguir.
Q formato de três colunas: este formato apresenta graduações separadas para os
níveis de serviço desejado, adequado e percebido com três escalas idênticas colocadas lado
a lado.
Q formato de duas colunas: ao contrário do SERVQUAL original, este formato
apresenta graduações diretas dos hiatos de superioridade do serviço (MSS) e de
adequabilidade do serviço (MAS), através de duas escalas idênticas, lado a lado (duas
colunas).
Q formato de uma coluna: tal como o formato de duas colunas, este formato
apresenta graduações diretas dos hiatos de superioridade do serviço (MSS) e de
adequabilidade do serviço (MAS). Porém o questionário é dividido em duas partes, a
primeira contendo um conjunto de escalas para o MSS (uma coluna) e a segunda contendo
o mesmo conjunto de escalas para o MAS (uma coluna). Este formato implica, então, na
repetição do conjunto de itens de modo análogo ao que ocorre com a escala SERVQUAL
original.
4 0
Dos três fonnatos, somente o de três colunas é capaz de indicar precisamente a
posição da zona de tolerância e o nível de serviço percebido com relação à zona. Os outros
dois formatos apresentam graduações diretas dos índices MSS e MAS.
Segundo indicações dos resultados dos pré-testes de campo dos questionários, em
cada um dos três formatos, submetidos pelos pesquisadores, tanto os questionários dc uma
quanto de duas colunas apresentaram inconsistência lógica em termos de resultados, pois o
escore MSS médio (nível de serviço percebido comparado com o nível de serviço
desejado) mostrou-se maior do que o escore MAS médio (nível de serviço percebido
comparado com o nível de serviço adequado). Esta inconsistência se deve ao fato de o
nível desejado de serviço representar um padrão mais elevado que o nível adequado de
servIço.
Além desses resultados, os pesquisadores usaram os pré-testes de campo para
medir o grau de facilidade e de confiança dos respondentes quanto ao preenchimento dos
respectivos questionários. O resultado foi o seguinte (PARASURAMAN et ai., 1 994,
p.206):
Questionário de I coluna
Questionário de 2 colunas
Questionário de 3 colunas
Facilidade
6.9
5.4
6.6
Confiança
7.4
6.2
7.4
Confonne revelam os números acima, os questionários de uma e de três colunas
apresentam resultados melhores que o de duas colunas.
PZB também utilizaram uma variedade de critérios para testar a perfonnance dos
três [onnatos de questionário, tais como confiabilidade, validade e poder de diagnóstico.
No que diz respeito a confiabilidade e validade, os resultados estatísticos indicaram valores
satisfatórios para os três formatos. Quanto ao poder de diagnóstico, o formato de três
41
coluna� sc mostrou superior ao de duas colunas, que por sua vez se mostrou superior ao de
uma coluna. (PARASURAMAN el ai., 1 994, p.209-21 8)
Na opinião de Parasuraman et ai. ( 1 994, p.21 7), "a interpretação das taxas de
percepções juntamente com as taxas de expectativas de serviço adequado e desejado, pode
ajudar na formação de um diagnóstico preciso com relação à possíveis deficiências do
serviço bem como na elaboração de esforços de melhoria apropriados. O formato de três
colunas fornece dados mais detalhados - e provavelmente mais precisos - para esses
propósitos do que os outros dois formatos."
Além da mudança no formato do questionário, a nova versão do SERVQUAL
passou a utilizar uma escala de 9 valores na medição dos atributos. Essa nova escala
substituiu a de 7 valores utilizada na versão anterior do modelo, por proporcionar um
intervalo maior de escolhas, necessário para se capturar dois níveis diferentes de
expectativas. O grau I da escala corresponde a uma avaliação baixa do atributo ou um
nível baixo de expectativa, enquanto que o grau 9 é atribuído a uma avaliação alta ou a wn
nível alto de expectativa com relação ao atributo que está sendo avaliado. A letra N deve
ser marcada caso o respondente não se considere capaz de avaliar o atributo
correspondente.
2.5 Atributos relacionados com a qualidade de serviço de informática
Conforme identificado na pesqUisa de Parasuraman, Zeithaml e Berry, os
consumidores tendem a utilizar critérios similares na avaliação da qualidade de um serviço,
qualquer que seja a área de atividade do serviço prestado.
Portanto, para avaliar a qualidade de serviço de informática, foram levados em
conta os 22 atributos do SERVQUAL, além da literatura especializada em informática e de
entrevistas realizadas com usuários de sistemas. Nestas entrevistas, os usuários foram
solicitados a levantar os atributos indispensáveis para medir a qualidade de um serviço de
4 2
informática. Os 22 atributos foram adaptados ao setor que nos interessa estudar e ficaram
então definidos, conforme o quadro seguinte:
QUADRO 1
1 . Cumprimento de promessas de serviço.
2. Presteza no atendimento às reclamações.
3. Execução dos serviços sem erros desde a primeira vez.
4. Fornecimento dos serviços no tempo prometido.
5. Precisão e consistência das informações disponíveis.
6. Informação sobre quando o serviço será realizado.
7. Tempo de resposta/processamento dos sistemas.
8. Definição de pessoas responsáveis para eneaminhamento de problema�.
9 . Presteza quanto às solicitações dos usuários.
10. Empregados que inspirem confiança.
1 1 . Treinamento e capacitação dos usuários nos sistemas.
1 2. Cortesia dos empregados.
1 3. Empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários
14 . Atenção individualizada ao usuário.
1 5 . Boa vontade em lidar com problemas de usuários.
1 6. Empregados criativos, que proponham soluções.
1 7 . Empregados que compreendam as necessidades dos usuários.
18 . Horários de atendimento convenientes.
19 . Existência de equipamentos modernos.
20. Consistência do planejamento e estratégia da área de S istemas.
2 I . Aparência profissional dos empregados.
22. Manuais dos sistema� I bancos de dados disponibilizados, visualmente
agradáveis. claros e auto-explicativos.
A pesquisa de Morgado e Watson ( 1995), e a dissertação de Mestrado de Felberg
( 1 994) também serviram de fonte e confumação para a identificação dos atributos de
avaliação de serviços de informática.
Capítulo 3
3 METODOLOGIA
3.1 Introdução
4 3
Serão descritas no presente capítulo as etapas que se seguiram na avaliação da
qualidade do serviço de informática administrado pela Diretoria de Sistemas de Informação
da empresa pesquisada, a qual passou recentemente por um processo de terceirização de
suas atividades.
Com esta pesquisa pretende-se comparar a percepção dos usuários de sistemas
computadorizados com suas expectativas, bem como comparar tais percepções e
expectativas com as dos administradores de serviços de informática da Diretoria de
Sistemas.
Além disso, a pesquisa visa a obter a opinião de tais usuários com relação a
transferência da prestação de serviço de informática para fornecedores externos através da
terceirização.
As etapas da pesquisa foram as seguintes:
I . definição das hipóteses da pesquisa;
2. determinação da população e da amostra;
3 . escolha do método de coleta de dados;
4. elaboração do questionário;
5. tratamento e análise dos dados.
4 4
3.2 Hipóteses da pesquisa
Foram definidas cinco hipóteses nulas para o estudo. As três primeiras estão
associadas ao hiato 1 do modelo conceitual de medição de qualidade de serviços. A quarta
está relacionada com a avaliação geral do serviço de informática após a terceirização,
comparando opiniões dos usuários com as dos administradores do serviço de informática da
empresa. Finalmente, a quinta e última hipótese busca identificar a influência de cada um
dos atributos de avaliação do serviço de informática na avaliação geral dos usuários
com relação ao serviço percebido após a terceirização (piorou muito, piorou um pouco,
nada mudou, melhorou um pouco, melhorou muito).
Assim, foram defrnidas:
Hl : Não há diferença entre o nível de serviço desejado pelos usuários dos recursos
computacionais de uma empresa de grande porte, e o nível de serviço que os
administradores da Diretoria de Sistemas pensam que os usuários desejam;
H2: Não há diferença entre o nível de serviço aceitável pelos usuários dos
recursos computacionais de uma empresa de grande porte, e o nível de serviço que os
administradores da Diretoria de Sistemas pensam que os usuários aceitam;
H3 : Não há diferença entre o nível serviço percebido pelos usuários dos recursos
computacionais de uma empresa de grande porte, e o nível de serviço que os
administradores da Diretoria de Sistemas pensam que os usuários percebem;
H4: Não há diferença entre a avaliação que os usuários dos recursos
computacionais de uma empresa de grande porte fazem do serviço prestado pela Diretoria
de Sistemas desde a terceirização (piorou muito, piorou um pouco, nada mudou, melhorou
um pouco, melhorou muito), e a avaliação correspondente dos administradores desta
Diretoria;
4 5
H5: Não é possível associar a avaliação que os usuários dos recursos
computacionais de uma empresa de grande porte fazem do serviço prestado pela Diretoria
de Sistemas desde a terceirização (piorou muito, piorou um pouco, nada mudou, melhorou
um pouco, melhorou muito), com o nível de serviço percebido por tais usuários em cada
um dos atributos do serviço de informática.
3.3 Determinação da população e da amostra
A pesquisa foi enviada para 289 usuários dos recursos computacionais, lotados na
matriz e servidos pelos administradores da Diretoria de Sistemas ou por profissionais da
empresa contratada; e para os 11 administradores de tal diretoria.
Destes, 82 retornaram e foram selecionados para análise da pesquisa, sendo 76
provenientes da área usuária e 6 da Diretoria de Sistemas.
A princípio, haviam sido 299 usuários selecionados, porém 10 destes se
encontravam em uma das seguintes situações: licença médica, licença não remunerada,
transferência para alguma filial da companhia ou ainda transferência temporária para outro
país.
Antes da seleção para análise, os questionários passaram por um processo de
filtragem, no qual três foram eliminados devido à inconsistência na marcação das
respostas. Isto ocorreu uma vez que os respondentes de tais questionários haviam
atribuído, para determinados atributos do serviço de informática, um grau maior para o
nível de serviço aceitável do que para o nível de serviço de informática desejado.
Os questionários que retomaram tiveram origem em todas as diretorias da matriz,
assegurando a representatividade da amostra. O quadro a seguir demonstra o número de
questionários enviados e respondidos por diretoria, e suas respectivas proporções com
relação ao total.
4 6
QUADRO 2
DIRETORIA ENVIADOS ENVIADOS ! RESPON RESPONDENTES RESPONDENTES TOTAL l%) DENTES ! ENVIADOS (o/c) ! TOTAL (%1
Presidência! Vice-Presidência 3 1 .0 2 66,7 2,6
Qualidade Satisfação de 3 1 ,0 2 66,7 2,6
Cliente
Relações Externas e 1 9 6,6 5 26,3 6,6 Jurídico
Marketing 7 1 24,6 27 38,0 35,5 Operações
6 2, 1 4 66,7 5,3 Comerciais
Finanças, Administração, e 1 3 3 46,0 32 24,1 42, 1
Sistemas
Recursos Humanos e 54 1 8,7 4 7.4 5,3
Organização
TOTAL 289 100 76 26,3 100
De maneira geral, há urna correspondência razoável entre o percentual de
respondentes e o percentual de questionários enviados para cada diretoria. A maior
discrepância está na Diretoria de Recursos Humanos e Organização, que recebeu 1 8,7%
dos questionários enviados e só colaborou com 5,3% dos que retornaram.
Com relação à Diretoria de Sistemas, foram enviados 1 1 questionários e
respondidos 6, equivalentes a 55% de taxa de retorno. É interessante observar que este
retorno só foi conseguido através do contato pessoal e individual da pesquisadora com cada
um dos 1 1 respondentes, o que demonstra uma baixa motivação dos prestadores de serviço
em responder à pesquisa de qualidade dos serviços que administram.
3.4 Método de coleta de dados
Os dados foram coletados através de questionários enviados diretamente a cada
um dos respondentes. Juntamente com o questionário foi enviada uma carta contendo
todas as orientações necessárias para o preenchimento do mesmo, o motivo da realização
4 7
da pesquisa e os dados dos respondentes (nome, diretoria, área, localização). Estes dados
foram fornecidos pelo banco de dados de Recursos Humanos da Companhia.
Devido à grande quantidade de usuários selecionados para a pesquisa (289), e ao
número de perguntas que se desejava fazer (44 a princípio) e por limitação de tempo, se
considerou inviável fazer entrevistas individuais.
Assim, optou-se por encaminhar questionários a cada um dos usuários, bem como
aos administradores da Diretoria de Sistemas.
Antes porém do envio dos questionários, foi realizado um teste piloto com 5
usuários e com I administrador da Diretoria de Sistemas. Os usuários foram selecionados
intencionalmente de cinco setores diferentes na matriz: operações de administração
comercial, controle de contas a receber, planejamento de marketing, pesquisa de mercado,
compensação e organização. Além disso, a escolha levou em consideração o grau de
instrução, o tipo de trabalho, o relacionamento com a Diretoria de Sistemas e,
principalmente, a personalidade cIÍtica dos entrevistados.
O objetivo do teste piloto era verificar a clareza e simplicidade da orientação para
o preenchimento do questionário e das perguntas em si, e também o nível de aceitabilidade
em responder o questionário.
Ficou evidente com o teste piloto que os funcionários da empresa relutam em
responder questionários longos. Um dos respondentes relatou que em recente pesquisa com
apenas 1 8 perguntas no questionário, o retomo foi de aproximadamente 90%, um resultado
surpreendente em comparação com a média de 25% de retomo das tradicionais pesquisas
internas da empresa com mais de 30 perguntas.
Levando em consideração a cultura da empresa, o questionário ficou reduzido à
metade, tendo sido eliminadas as 22 perguntas quantitativas referentes às percepções e
expectativas dos usuários com relação ao serviço de informática prestado pela Diretoria de
4 8
Sistemas antes da terceirização. No lugar dessas 22 perguntas. entrou uma a respeito do
número de vezes que os serviços de Sistemas foram solicitados no último mês, e outra
sobre a avaliação geral do serviço de informática, desde a terceirização. A mudança foi
muito bem recebida pelos participantes do teste piloto que a haviam sugerido. Na opinião
deles o questionário ficou mais leve. Outras pequenas modificações também sugeridas e
consideradas pertinentes foram incorporadas ao questionário.
Após a realização do teste piloto e alteração dos questionários, estes foram
enviados aos 300 funcionários selecionados para a pesquisa.
3.5 Questionários
O formato do questionário foi elaborado com base no modelo de medição de
qualidade de serviço desenvolvido por Parasuraman et ai. ( 1 994), no formato de três
colunas. Este modelo já incorporava a nova estrutura das expectativas dos clientes,
dividida em dois níveis: o desejado e o aceitável .
Dos três modelos já citados na revisão de literatura, o escolhido para a presente
pesquisa foi o de três colunas, em função das vantagens mencionadas no item 2.4.5 da
presente pesquisa.
Com base em uma escala de 1 a 9, os respondentes indicavam o grau que melhor
representasse suas opiniões com relação à característica do serviço de informática citada.
Para melhor compreensão do formato de três colunas, será fornecido a seguir um
exemplo do procedimento adotado:
4 9
o nível de serviço de O nível de serviço de O n(vel mais baixo de
informática prestado informática que serviço de informática
No que diz respeito a é ... desejo é ... que aceito receber é ...
baixo alto
l. Cumprimento de
promessa de serviço. 1 2 3 4 5 ó 7 8 9 N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Uma vez escolhido o formato do questionário, a próxima etapa no processo de sua
elaboração foi definir os atributos, tomando-se como base os 22 atributos do SERVQUAL
tal como definidos por Parasuraman et aI. (1 994). Estes atributos se encontram
subdivididos em cinco dimensões - confiabilidade, sensibilidade, segurança, empatia e
tangibilidade - confonne dito anteriomlente no .item 2.4.2.
Esses atributos foram adaptados para a realidade do serviço de infonnática, para
que pudessem ser bem compreendidos pelos respondentes. Confonne já citado, realizaram
se entrevistas individuais com cinco usuários, na qual lhes foi solicitado que levantassem os
atributos indispensáveis para medir a qualidade de um serviço de infonnática. Com base na
opinião desses usuários e na l iteratura especializada, foram efetuadas as modificações
necessárias.
A partir da definição dos atributos, o questionário foi confeccionado em duas
versões diferentes: a dos usuários e a dos administradores do serviço de infonnática. Na
versão dos usuários perguntava-se a respeito de suas percepções e expectativas com relação
ao serviço. Na versão dos administradores, perguntava-se o que eles achavam que os
usuários percebiam e esperavam do serviço de infonnática. Estas duas versões dos
questionários aplicados encontram-se no anexo II e UI, respectivamente.
3.6 Tratamento e análise de dados
5 0
Para a realização da análise dos dados coletados através dos 82 questionários, dos
quais 76 eram provenientes da área usuária e os 6 restantes da Diretoria de Sistemas, fez-se
necessário dividir os questionários em duas partes: uma quantitativa - incluindo os dados
demográficos dos respondentes, as respostas do SERVQUAL, e a pergunta sobre a
avaliação do serviço de sistemas desde a terceirização; e outra qualitativa, relativa a
explicação que os respondentes deram para sua avaliação dos serviços administrados pela
Diretoria de Sistemas, desde a terceirização.
Os dados quantitativos dos questionários da presente pesquisa foram mensurados
por uma escala do tipo ordinal e, como tal, serão analisados por métodos estatísticos não
paramétricos. Os elementos da escala ordinal não só são diferentes entre si, mas também
guardam um certo tipo de relação entre eles. Segundo Siegel (1979), uma escala é ordinal,
ou escala de postos, sempre que a relação " > " (maior do que) valer para todos os pares
de elementos, originando assím uma ordenação completa por postos.
Aquele autor afirma que numa escala ordinal, a estatística mais adequada para
descrever a tendência central dos seus valores é a mediana, pois esta não é afetada por
modificações de quaisquer valores abaixo ou acima dela, desde que o número de valores
acima e abaixo permaneça o mesmo. Entretanto, para dar suporte ás observações
pertinentes à qualidade do serviço com relação a cada um dos atributos, calculou-se
também a média de cada um destes.
No tratamento dos dados quantitativos foram utilizados basicamente dois
softwares: o SPSS for Windows, versão 6. 1 e o EXCEL, versão 4.0. Inicialmente, tabulou
se todos os questionários no SPSS, com o devido cuidado na digitação dos dados para
garantir a integridade da pesquisa.
5 1
Desta análise fez parte a caracterização da amostra, tal como será apresentado
adiante no capítulo 4, com o objetivo de melhor compreender as necessidades dos
diferentes segmentos dentro da empresa; a avaliação dos atributos, através do cálculo de
suas freqüências, médias e medianas; e o teste das hipóteses definidas no item 3.2.
As hipóteses foram verificadas através de testes não-paramétricos, que são
geralmente menos poderosos que os paramétricos correspondentes, mas que requerem
premissas de distribuição dos dados mais limitadas. Esses testes são indicados em situações
onde procedimentos paramétricos não são apropriados, por exemplo, quando os dados são
nominais ou ordinais, ou quando dados intervalares possuem distribuição não-normal .
Níveis de significância para certos testes não-paramétricos podem ser determinados
independentemente da forma da distribuição da população, desde que sejam baseados em
uma determinada ordenação (ranks). No caso da presente pesquisa, assumiu-se um nível de
significância de 5% no teste das hipóteses.
Na realização dos testes das hipóteses foram utilizados os seguintes procedimentos
estatísticos:
H1, m, H3: para testar as três primeiras hipóteses, foi utilizado o procedimento
estatístico de Mann-Whitney. Tal procedimento testa a hipótese de que duas amostras
independentes são provenientes de populações que possuem a mesma distribuição. A fonna
da distribuição não precisa ser especificada e uma escala ordinal é suficiente para aplicá-lo.
Assim, este teste se presta perfeitamente para analisar as possíveis diferenças entre opiniões
de usuários e administradores de sistemas, no que diz respeito aos níveis de serviço
desejado, aceitável e percebidos.
H4: para testar a quarta hipótese, também foi utilizado o procedimento de Mann
Whitney. Tal como no caso das três primeiras hipóteses, este procedimento é adequado
8 Ler manual do SPSS para maiores informações sobre teste de hipóteses.
5 2
para analisar as diferenças entre as opiniões de usuários e administradores de sistemas no
que diz respeito à avaliação geral do serviço de informática, desde a terceirização.
H5: a estatística geralmente usada para testar a hipótese de duas variáveis serem
independentes ou não é a Chi-Square Pearson. Este teste mostra, através de uma
tabulação cruzada, que tais variáveis são independentes se a probabilidade de um caso cair
em uma das células é simplesmente o produto das probabilidades marginais das duas
categorias que definem a célula.
Esse teste é adequado para associar a avaliação geral dos usuários do serviço
prestado pela Diretoria de Sistema desde a terceirização com cada um dos atributos
utilizados na avaliação do serviço de informática.
Antes porém de testar esta hip6tese, a variável "avaliação geral" precisou ser
reagrupada em três: piorou, nada mudou e melhorou, assim como a escala de grau atribuído
a cada um dos atributos : I a 3, 4 a 6, 7 a 9.
Para analisar a parte qualitativa dos questionários, utilizou-se o procedimento de
separação das respostas em categorias gerais. Assim, essas categorias e explicações dos
respondentes para suas respecti vas avaliações do serviço de informática, desde a
terceirização, servirão de base para a justificativa dos resultados encontrados no presente
estudo.
3.7 Limitações da pesquisa
No processo de realização da presente pesquisa, verificaram-se algumas limitações
que podem eventualmente distorcer os resultados da mesma.
Em primeiro lugar, conforme mencionado por um dos entrevistados, os usuários
dos serviços de infonnática podem tender a aumentar o grau de serviço percebido, uma vez
que a pesquisa é de caráter externo à empresa, evitando assim que se leve para fora uma
5 3
avaliação ruim d a mesma. Embora atualmente a execução propriamente dita dos serviços
de infonnática seja feita por um fornecedor externo, isto é, por uma empresa terceirizadora,
os usuários respondentes podem temer colocar a reputação da empresa em jogo.
Além disso, há o fato - bastante mencionado na literatura especializada de serviços
- de que os clientes insatisfeitos com a prestação de serviço são os que menos se
manifestam.
No caso da presente pesquisa, os usuários insatisfeitos com os servIços de
infonnática podem achar que nada é feito para melhorar as condições do serviço e que seria
uma perda de tempo preencher o questionário. Assim, os resultados estariam enviesados,
mostrando apenas a opinião daqueles usuários mais satisfeitos e crédulos com relação à área
de Sistemas.
Ao optar por enviar os questionários somente aos empregados lotados na matriz,
já se tinha em mente a possível diferença entre expectativas e percepções destes e daqueles
de outras localidades da Companhia. Isso ocorre em função das diferenças culturais e
ambientais de cada uma das localidades, embora os prestadores de serviço e os recursos
tecnológicos sejam os mesmos.
Outro fator que pode estar impactando o resultado da pesquisa é o fato de a
amostra de respondentes da Diretoria de Sistemas ser pequena, contando com apenas 6
questionários.
Capítulo 4
4 RESULTADOS
5 4
Neste item serão apresentados os resultados obtidos através da pesquisa e suas
respectivas análises, na seguinte seqüência:
4. I Caracterização da amostra
4.2 Freqüência dos atributos
4.3 Freqüência das avaliações
4.4 Teste das hipóteses
4.1 Caracterização da amostra
Com base nos dados demográficos dos respondentes, foi possível identificar o
perfil da amostra de acordo com as seguintes características: sexo, idade, formação escolar,
tempo de trabalho na empresa, diretoria à qual pertence, áreas de maior contato na
Diretoria de Sistemas, e exercício de função gerencial.
Os gráficos que mostram o perfil dos respondentes, com relação às características
citadas acima (e quando necessário, suas respectivas análises) se encontram a seguir:
80%
40%
20%
Gráfico 1 - Respondentes por sexo
5 5
Conforme indica o gráfico anterior, pode-se verificar que o percentual de
respondentes masculino (55%) é um pouco maior que o feminino (45%), sendo a população
pesquisada bastante homogênea a nível desta característica.
33%
Gráfico 2 • Respondentes por idade
o Menos de 20
11 20 . 29
030 . 39
0 40 a 49
[.1 50 0 59
11 Acima de 60
As três faixas de maior concentração são as de 20 a 29, 30 a 39 e 40 a 49 anos.
Nenhum dos respondentes tem menos de 20 anos, nem mais de 60 anos .
63%
0%
Gráfico 3 . Respondentes por formação escolar
• Universo Incompl .
• Unlvers. Compl.
C PÓs-Grad.
!li Mestrado
• Doutorado
A grande maioria dos respondentes possui formação universitária completa.
Através do procedimento estatístico de tabulação cruzada, constatou-se que os 1 3% de
respondentes com formação universitária incompleta encontram-se assim distribuídos: 40%
na faixa de 20 a 29 anos, o que pode representar jovens profissionais ainda em fase de
conclusão do curso universitário; 20% na faixa de 30 a 39 anos e 40% na faixa de 40 a 49
anos.
Gráfico 4 - Respondentes por anos de trabalho na empresa
[!J Menos de 1
IlI En1re 1 e 4
Q Entre 5 e 8
ti Entre 9 e 12
!li En1re 1 3 e 16 li Mais de 16
5 6
Através da análise do gráfico acima, verifica-se que os dois maiores percentuais de
respondentes estão entre os que trabalham na empresa há pouco tempo, isto é, de J a 4
anos, e os que nela trabalham há mais de 16 anos.
180 r:�====�==============���;;;;======I li) 160 +-.g 1 40 t------->,r---------,"--� ... 120 +--------.:�----�-----.: .... c: o 1 00 +-----------�-----� 80 t----------''c-7''.:::. Õ 60 +-------------....1---'" 40 +-----------z 2� t----------- :ifj;t��;:id�t:
VPR QSC REJ MKT OPC FAS RHO
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% .·...,· . H Respondidos _ Enviados --+- % Repond./Enviados
Gráfico 5 - Questionários respondidos por questionários enviados para cada diretoria
Das diretorias pesquisadas, a de Marketing é a única que estava, no momento da
pesquisa, subdividida em quatro. Porém, não foi possível levar em consideração esta
divisão para a montagem do gráfico acima, pois o cadastro utilizado para a realização desta
pesquisa ainda não se encontrava atualizado. Assim, não se sabe ao certo quantas pessoas
receberam o questionário em cada uma das quatro diretorias.
Com relação ao gráfico 5, vale ressaltar que, nas três áreas que apresentam
percentuais de respondentes acima de 65% (Vice-Presidência, Qualidade e Satisfação de
5 7
Clientes e Operações Comerciais), o número de pessoas alocadas é bastante pequeno.
Todas as demais áreas - Relações Externas e Jurídico, Marketing, Finanças, Administração
e S istemas, e Recursos Humanos e Organização - apresentam percentuais de respondentes
abaixo de 40%.
A este baixo percentual de respondentes pode-se atribuir o fato, já mencionado
anteriormente, de que clientes insatisfeitos, em geral, não manifestam sua opinião a respeito
da qualidade dos serviços que recebem. Além deste fato, foi mencionado por alguns
usuários, em entrevistas prévias ao envio dos questionários, que os funcionários da empresa
pesquisada recebem com freqüência questionários diversos e que nem sempre são tomadas
as devidas providências para solucionar os problemas levantados através destes.
351% IJ DiretorialGerência
I3Gr. Desenvolv.
[;J Hei I"Oesk
C Controle da Produç.
IiI Operaç. Computador
11 Suporte/Rede de Micro
Gráfico 6 - Respondentes por área de contato em Sistemas
Verificou-se, a partir do gráfico anterior, que as duas áreas de contato maIS
solicitadas são: help-desk e suporte à rede de micros. Este resultado é perfeitamente
previsível, uma vez que a área de help-desk centraliza todas as reclaInações dos usuários e
repassa os problemas para as pessoas responsáveis. Já a área de suporte à rede de micros é
certaInente bastante solicitada, uma vez que a empresa adotou recentemente este padrão de
tecnologia, transferindo para a rede algumas facilidades antes disponíveis no ambiente de
mainframe, tais como: correio eletrônico, editor de texto, consulta à base de dados etc.
66%
Gráfico 7 - Respondentes por função gerencial
r;s;] �
5 8
o percentual de respondentes com nível gerencial é, sem dúvida, alto, o que
ressalta a importância de avaliar suas expectativas e percepções, pois tratam-se de pessoas
com grande influência sobre suas equipes.
4.2 Freqüência dos atributos
Nesta seção serão apresentados os resultados da tabulação dos dados, ressaltando
se a freqüência com que os graus atribuídos para cada característica do serviço de
infonnática aparecem na amostra pesquisada. Além da freqüência, serão apresentadas suas
respectivas medianas e médias para a percepção dos usuários com relação ao serviço de
informática, o nível de serviço que eles desejam receber e o nível de serviço que eles
consideram adequado.
Em seguida, será mostrada a tabela com as duas medidas da qualidade do serviço e
suas respectivas explicações: a lacuna entre serviço percebido e serviço aceitável, chamada
de medida de adequação do serviço (MAS), e a lacuna entre serviço percebido e serviço
desejado, chamada de medida de superioridade do serviço (MSS).
5 9
4.2.1 Resultados obtidos com as respostas dos usuários
Como nem todos os respondentes preencheram todas as perguntas do
questionário, o total da freqüência varia para cada um dos atributos, ou seja, o total para
cada atributo não contabiliza 76 (número de usuários respondentes) nas tabelas relativas às
respostas dos usuários.
Com base nos dados do quadro 3 (Percepção dos usuários sobre os serviços de
informática), a seguir, pode-se observar que os seis atributos que apresentam as maiores
medianas são: empregados que inspirem confiança (n° 1 0); cortesia dos empregados (n° 1 2);
empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários (n° 1 3); boa vontade em
lidar com problemas de usuários ( 15); existência de equipamentos modernos ( 19) e
aparência profissional dos empregados (2 1) . De acordo com as 5 dimensões da qualidade
propostas por Berry et ai. ( 1 99 1), os três primeiros atributos listados acima se enquadram
na dimensão da segurança, o quarto na dimensão da empatia, e os dois últimos na dos
aspectos tangíveis.
Os argumentos levantados nos questionários, e que apoiam os resultados acima,
são:
- "Os novos contratados com quem me relaciono são de bom nível, mantendo a
boa imagem que tenho da área de Sistemas";
- "Funcionários prestativos";
- "A colocação da rede de micros melhorou um pouco a possibilidade de se fazer
um bom trabalho sem depender do tempo-resposta do mainframe";
- "Houve maior disponibilização de recursos e condições melhores para que se
alcance um bom trabalho";
6 0
Nenhum atributo apresentou mediana abaixo de 5 , mas a qualidade do serviço com
relação a cada atributo só pode ser medida através do posicionamento do serviço percebido
em função da zona de tolerância, para cada um dos atributos.
Dentre os atributos com mediana 5, a mais baixa, estão: cumprimento de
promessas de serviço (1 ), fornecimento dos serviços no tempo prometido (4), informações
de quando o serviço será reali zado (6), consistência do planejamento e estratégia da área de
Sistemas (20). Destes, os dois primeiros se situam na dimensão da confiabilidade, o
terceiro na da sensibilidade e o último não consta da lista daqueles autores, tendo sido
incluído no questionário pelas razões já citadas no item 2.5.
A seguir, apoiando tais resultados, serão listadas algumas das reclamações dos
usuários quanto ao atual serviço de informática da companhia, isto é, após a adoção da
terceirização:
- "Muita quantidade de problemas em backlog";
- "Muita demanda pelos serviços de informática (microcomputadores);
- "Falta de um suporte adequado aos softwares usados na companhia";
- "Sentimento de que tudo é difícil e demorado";
- "Raramente as respostas aos problemas são simples e rápidas";
- "Atendimento ainda deixa a desejar. É muito lento. Quando se chama um técnico
para resolver um problema no micro, este aparece 2 dias depois";
- "Assistência a micros é lenta";
- "É notadamente necessária a contratação de mais técnicos para fazer o
atendimento";
- "O tempo de resposta às reclamações é muito longo";
- "O nível de burocracia é elevadíssimo";
6 1
- "Falta link entre as áreas. Muito tempo para solucionar um problema porque um
'jogava' para o outro";
- "Dificuldade para obter uma definição de pessoas responsáveis para o
encaminhamento dos problemas";
- "Acho difícil identificar o responsável pela solução does) problema(s) que
apresento" ;
De acordo com os dados do quadro 4 (Nível de serviço desejado pelos usuários), a
seguir, os respondentes, em sua grande maioria, optaram por níveis de serviço desejado
acima de 6, o que resultou no valor de mediana 8 para todos os atributos, com apenas uma
exceção - empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários ( 13) - que ficou
com mediana 8,5.
o nível alto das medianas reflete, possivelmente, a política de qualidade seguida
pela empresa, estimulando os funcionários a buscarem sempre um elevado padrão de
qualidade em tudo que fazem e recebem.
Com relação aos resultados do nível mais baixo de serviço de informática que os
usuários consideram aceitável, verificados no quadro 5 a seguir, quatro atributos se
destacaram com a mediana mais alta, de valor 7, quais sejam: empregados que inspirem
confiança ( 1 0), cortesia dos empregados ( 12), existência de equipamentos modernos ( 19) e
aparência profissional dos empregados (21) . Isto significa dizer que os usuários se
mostraram mais exigentes com relação a estes atributos.
É interessante observar que todos estes atributos também estavam no conjunto das
maiores medianas com relação à percepção dos usuários sobres os serviços prestados pelo
setor de informática. Logo, embora os usuários tenham sido mais exigentes com relação a
determinadas características do serviço analisado, eles também as percebem num nível
superior.
6 2
QUADRO 3
Percepção dos usuários sobre os serviços de infonnática da empresa
ATRIBUTOS SERViÇO PERCEBIDO
1- Baixo 9- Alto
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Mediana Média I .Cumprimento de promessas de 2 4 5 9 20 1 6 7 9 5,0 5,25
serviço 2. Presteza no atendimento às I 4 4 10 8 1 7 1 8 8 5 6,0 5,84
eclamaçães 3. Execução dos serviços sem erros 2 2 4 10 13
�esde a primeira vez 1 9 16 6 2 6,0 5,6 1
�, Fornecimento dos serviços no 2 4 8 8 16 20 12 4 1 5,0 5,2 1
tempo prometido 5. Precisão e consistência das 2 5 8 9 2 1 14 1 2 6,0 5,86
infonnações disponíveis 6. Infonnação sobre quando o serviço 4 5 7 9 1 8 1 5 8 4 3 5,0 5,01
será reali zado . Tempo de resposta! processamento 2 8 7 9 6 1 6 1 7 4 6,0 5 , 1 0
dos si stemas 8. Definição de pessoas responsáveis 4 5 6 1 0 1 1 1 6 1 3 9 2 6,0 5,32
para encaminhamento de problemas 9. Presteza quanto às solicitações dos 2 2 4 8 la 23 16 8 2 6,0 5,76
usuários 10. Empregados que inspirem 1 1 1 6 7 5 28 1 7 9 7,0 6,77
onfiança 1 1 . Treinamento e capacitação dos 5 1 7 5 14 1 2 1 7 3 3 6,0 5,37
usuários nos sistemas 12. Conesia dos empreaados 1 2 1 5 20 26 1 2 7,5 7,34
13 . Empregados com conhecimento 3 1 2 5 6 1 9 20 1 9 1 7,0 6,26
para tirar dúvidas dos usuários 14. Atenção individualizada ao 3 2 1 3 10 1 8 1 6 1 3 6 6,0 6,25
usuário 15 . Boa vontade em lidar com 1 1 1 5 8 1 7 23 1 1 9 7,0 6,55
problemas de usuários 16. Empregados criativos, que 5 2 3 1 1 1 1 9 1 3 1 4 3 6,0 5,65
proponham soluções 17 . Empregados que compreendam a 2 3 6 9 13 1 5 1 5 1 0 3 6,0 5,64
necessidades dos usuários 18 . Horários de atendimento 1 2 4 6 1 2 1 3 20 1 1 2 6,0 5,99
convenientes 19 . Existência de equipamentos 2 1 6 1 5 16 23 5 7,0 6,84
modernos 20. Consistência do planejamento e 5 3 2 7 1 0 9 12 5 5,0 5 , 1 5
estratégia da área de Sistemas 2 1 . Aparência profissional dos 1 I 4 1 5 32 1 8 8,0 7,8
empreaados 22. Manuais dos sistemas/banco de 4 3 7 9 7 1 6 7 3 5 6,0 5 , 1 8
dados disponibilizados, visualmente ",gradáveis, claros e auto-explicativos
6 3
QUADRO 4
Nível de serviço de informática desejado pelos usuários
ATRIBUTOS NIVEL DE SERVIÇO DESEJADO
1- Baixo 9- Alto
1 2 3 4 5 6 7 8 9 MedIana Média I .Cumprimento de promessas de I l a 33 28 8 8,23
serviço 2. Presteza no atendimento às 2 l a 32 3 1 8 8,23
eclamaçães 3. Execução dos serviços sem erros 2 14 33 25 8 8.09
desde a primeira vez 4. Fornecimento dos serviços no I 7 4 1 26 8 8.23
tempo prometido 5. Precisão e consistência das I 5 34 30 8 8,33
informações disponíveis 6. Informação sobre quando o serviço I 2 1 4 34 23 8 8,03
será realizado 7. Tempo de resposta! processamento 2 1 2 29 27 8 8, 1 6
dos sistemas 8. Definição de pessoas responsáveis 5 8 27 36 8 8,24
para encaminhamento de problemas 9. Presteza quanto às solicitações dos 1 3 9 28 34 8 8,2 1 usuários 10. Empregados que inspirem 8 3 1 36 8 8,37
confiança l I . Treinamento e capacitação dos I 1 4 28 27 8 8,16
usuários nos sistemas 1 2. Cortesia dos empreeados I 8 29 37 8 8,36
1 3 . Empregados com conhecimento 2 9 27 38 8,5 8,33
para tirar dúvidas dos usuários 14 . Atenção individualizada ao 4 1 4 27 26 8 8,06
usuário 1 5. Boa vontade em lidar com 2 l a 3 1 33 8 8,25
problemas de usuários 1 6 . Empregados criativos, que 5 1 1 28 27 8 8,08
!:Jroponham soluções 1 7 . Empregados que compreendam a 2 7 39 28 8 8,22
necessidades dos usuários 1 8. Horários de atendimento 2 l a 40 20 8 8,08
convenientes 1 9. Existência de equipamentos I 8 30 3 1 8 8,30
modernos 20. Consistência do planejamento e I 6 25 22 8 8,26
"stratéeia da área de Sistemas 2 1 . Aparência profissional dos 3 17 27 24 8 8,01
empreeados 22. Manuais dos sistemaslbanco de I 13 20 28 8 8,21
dados disponibilizados, visualmente agradáveis� claros e auto-explicativos
6 4
QUADRO S
Nível mais baixo de serviço de informática que os usuários consideram aceitável
ATRIBUTOS NÍVEL DE SERVIÇO ACEITÁVEL
1- Baixo 9- Alto
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Mediana Média I . Cumpri mento de promessas de I I 8 5 2 1 1 4 8 8 3 5,0 5,55
serviço 2. Presteza no atendimento às 1 4 6 22 1 9 1 2 8 3 6,0 5,81
eclamações 3. Execução dos serviços sem erros 4 5 6 1 9 1 6 1 2 6 6 6,0 5,73 desde a primeira vez 4. Fornecimento dos serviços no temp( I 4 l a 1 5 1 8 1 4 9 4 6,0 5,91
'prometido 5. Precisão e consistência das I I 4 4 1 3 1 9 l a 1 2 6 6,0 6 , 1 4
informações disponfveis 6. informação sobre quando o serviço 4 3 5 1 4 1 5 20 8 4 6,0 5,99
será realizado [7. Tempo de resposta! processamento I 3 5 4 1 4 1 4 1 9 7 3 6,0 5,83
�os sistemas 8. Definição de pessoas responsáveis 3 5 6 [4 1 6 1 3 1 4 5 6,0 6,04
para encaminhamento de problemas 9. Presteza quanto às solicitações dos 2 4 4 1 6 1 6 1 6 1 2 5 6,0 6,15
usuários 1 0 . Empregados que inspirem 1 4 5 1 3 1 3 1 7 1 3 9 7,0 6,41
confiança 1 1 . Treinamento e capacitação dos 4 4 4 1 1 1 5 1 3 1 4 3 6,0 6,04
usuários nos sistemas 12 . Cortesia dos empreoados I 2 I 2 1 5 1 6 1 7 1 6 6 7,0 6,42
1 3, Empregados com conhecimento 1 5 4 8 2 1 1 7 1 6 4 6,0 6,33
Ipara tirar dúvidas dos usuários 1 4. Atenção individualizada ao 2 5 4 1 7 1 4 1 1 1 4 4 6,0 6,04
usuário 1 5 . Boa vontade em lidar com I I 3 5 1 3 1 5 1 6 1 3 7 6,0 6,3
Iproblemas de usuários 1 6. Empregados criativos, que I 9 4 1 4 1 2 1 6 l a 5 6,0 5.96
Iproponham soluções 17. Empregados que compreendam as I 7 3 9 22 1 5 1 3 6 6,0 6,24
necessidades dos usuários 18 . Horários de atendimento I I 5 3 15 1 7 1 4 1 1 5 6,0 6,08
convenientes 1 9. Existência de equipamentos I 4 3 9 1 4 1 6 1 5 8 7,0 6,54
modernos 20. Consistência do planejamento e 2 2 1 7 1 5 14 9 4 6,5 6,39
�stratéoia da área de Sistemas 21. Aparência profissional dos 5 3 1 4 13 1 9 1 3 4 7,0 6,3 1
empreoados 22. Manuais dos sistemas/banco de 1 2 5 1 2 1 5 1 2 1 1 5 6,0 6,25
dados disponibilizados, visualmente aoradáveis, claros e auto-explicativos
'" <I> '8-.!l! Oi � '" <1l 1J <1l c: <1l
"tJ <I> ::!:
8,5
8
7,5
7
6,5
6
5,5
5
4,5
4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1 12 13 14 1 5 16 17 1 8 1 9 2 0 2 1 2 2
Atributos
6 5
Grdfico 8 - Serviço percebido com relação à zona de tolerância (pela mediana)
Conforme pode ser observado no gráfico 8 aCIma, a zona de tolerância dos
usuários com relação ao serviços de Sistemas varia de atributo para atributo. Assim, as
faixas de zona de tolerância mais amplas são referentes aos atributos ( l ) e ( 13), O primeiro
diz respeito ao cumprimento de promessas de serviço, para o qual o nível mínimo de serviço
aceitável apresentou mediana 5, a mais baixa de todas, e o nível de serviço desejado
apresentou mediana 8. O segundo representa o atributo 'empregados com conhecimento
para tirar dúvida� dos usuários', o qual apresentou mediana 6 para o nível mínimo de
serviço aceitável e 8,5 para o nível de serviço desejado, a maior de todas,
A maior amplitude da zona de tolerância reflete mais a boa vontade do usuário em
relaxar seus padrões de serviço. A l iteratura especializada de serviços chama a atenção para
o fato de que o tamanho da zona de tolerância é inversamente proporcional ao grau de
envolvimento do cliente com o serviço que está comprando (JOHNSTON, 1995), Quanto
maior o grau de envolvimento, maior a sensibilidade do cliente à satisfação e insatisfação.
Quando um cliente compra um serviço com pouco envolvimento ou pouca informação
sobre ele, pode resultar numa larga zona de tolerância,
6 6
Berry e Parasuraman (Op. cit.) concordam com a suposição acuna quando
argumentam que o tamanho da zona de tolerãncia é diferente para cada fator de qualidade e
sugerem que, em geral, a confiabilidade é o fator mais importante e, portanto, apresenta a
zona de tolerância mais estreita.
No presente trabalho, os atributos: empregados que inspirem confiança (lO),
cortesia dos empregados ( 1 2), existência de equipamentos modernos ( 19), consistência do
planejamento e estratégia da área de Sistemas (20) e aparência profissional dos empregados
(2 1) . apresentam as faixas de zona de tolerância mais estreitas.
Para os demais atributos, a mediana do nível mínimo de serviço aceitável ficou em
tomo do valor 6, e a do nível de serviço desejado em 8.
Observando-se o nível de serviço percebido pelos usuários, percebe-se que para
nenhum atributo tal nível ficou acima da zona de tolerância. Apenas o atributo aparência
profissional dos empregados (2 1 ) apresentou o nível de percepção do serviço coincidente
com o nível de serviço desejado.
Dentro da zona de tolerância, pode-se notar a percepção dos usuários referente à
cortesia dos empregados ( 1 2), empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos
usuários ( 1 3) e boa vontade em lidar com problema dos usuários ( 1 5), o que demonstra a
satisfação dos usuários com relaçâo a esses aspectos da prestação do serviço de
in formática.
A percepção dos usuários com relação aos atributos: fornecimento dos serviços do
tempo prometido (4), informação sobre quando o serviço será realizado (6) e consistência
do planejamento e estratégia da área de Sistemas (20), encontra-se abaixo da zona de
tolerância, indicando a insatisfação dos usuários nestes aspectos.
6 7
Todos os demais atributos (pode-se dizer, a maioria deles) apresentaram nível de
percepção do serviço coincidente com o nível mínimo de serviço aceitável. Com relação a
tais aspectos da prestação do serviço, os usuários encontram-se à beira da insatisfação.
A seguir está representado novo gráfico da zona de tolerância, agora levando em
consideração a média das avaliações para cada um dos atributos. A partir da análise do
gráfico seguinte, constatou-se a tendência das percepções dos usuários para dentro ou para
baixo da zona de tolerância.
li) CII 10 ." ,!!! Oi > '" li) '" 'ti '" 'ii 'CII :;:
8,5
8
7,5
7
6,5
6
5.5
5
4,5
4 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8 1 9 20 21 22
Atributos
111 Adequado . Desejado • Percebido 1 Gráfico 9 - Serviço percebido com relação à zona de tolerância (pela média)
Com base neste gráfico, os usuários se mostraram satisfeitos com relação aos
seguintes atributos : presteza no atendimento às reclamações (2), empregados que inspirem
confiança (l O), cortesia dos empregados ( 1 2), atenção individualizada ao usuário ( 14), boa
vontade em lidar com problemas de usuários ( 1 5), existência de equipamentos modernos
(1 9) e aparência profissional dos empregados (21 ), pois a média do nível de serviço
percebido se encontra dentro da zona de tolerância para tais atributos.
6 8
Nos outros aspectos da prestação do serviço de infonnática, os usuários estão
illsatisfeitos, pois a média do nível de serviço percebido se encontra abaixo da ZOlla de
tolerâllcia.
Os dados dos quadros a seguir confinnarn as observações dos dois gráficos
anteriores. e mostram a posição competitiva relativa a cada um dos atributos de avaliação
do serviço de informática, defmida pelas medidas de adequação (MAS) e superioridade do
serviço (MSS), já definidas no item 2.4.4.
Da mesma fonna, tais medidas serão inicialmente calculadas com base na mediana
dos níveis de serviço e, em seguida, para verificar as tendência�, serão utilizadas as médias.
Segundo Berry e Parasuraman (Op. cit., p.89), "os pontos de MAS e MSS de uma
empresa detenninarão sua posição competitiva do ponto de vista da qualidade de seu
serviço."
O quadro 6, a seguir, mostra que nenhum atributo apresentou MSS positivo.
Apenas o atributo aparência profissional dos empregados (21) possui MSS nulo, tendo sido
incluído na categoria de lealdade de usuário com a área de Sistemas.
Somente quatro atributos apresentaram MAS positivo: cortesia dos empregados
( 1 2) ; empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários ( 13); boa vontade em
lidar com problemas de usuários (1 5) c aparência profissional dos empregados (2 1 ).
6 9
QUADRO 6
Medida de adequação do serviço (MAS): serviço percebido(A) - serviço aceitável(B) Medida de superioridade do serviço (MSS): serviço percebido(A) - serviço desejado(C)
ATRIBUTOS Medianas Medianas Mediana MAS MSS Posição (A) (Rl CC) (Al - (R) (A) - (Cl Competitiva
I .Cumprimento de promessas de 5 5 8 O -3 Vantagem serv.ko 2. Presteza no atendimento às 6 6 8 O -2 Vantagem eclamações
3 . Execução dos serviços sem erros 6 6 8 O -2 Vantagem �esde a primeira vez fi. Fornecimento dos serviços no temp 5 6 8 -I -3 Desvantagerr prometido 5. Precisão e consistência das 6 6 8 O -2 Vantagem informa«.ões disponíveis 6. Informação sobre quando o serviço 5 6 8 -1 -3 Desvantagem será realizado 7. Tempo de resposta! processamento 6 6 8 O -2 Vantagem kios sistemas 8. Definição de pessoas responsáveis 6 6 8 O -2 Vantagem para encaminhamento de problemas 9. Presteza quanto às solicitações dos 6 6 8 O -2 Vantagem usuários 10. Empregados que inspirem 7 7 8 O - I Vantagem onfiança l I . Treinamento e capacitaçao dos 6 6 8 O -2 Vantagem usuários nos sistemas 12. Cortesia dos empregados 7 ,5 7 8 0,5 -0,5 Vantagem 1 3. Empregados com conhecimento 7 6 8,5 I - 1 ,5 Vantagem
�ara tirar dúvidas dos usuários 14. Atenção individualizada ao 6 6 8 O -2 Vantagem usuário 15. Boa vontade em lidar com 7 6 8 I - I Vantagem
problemas de usuários 16. Empregados criativos, que 6 6 8 O -2 Vantagem
IProponham soluções 17. Empregados que compreendam as 6 6 8 O -2 Vantagem necessidades dos usuários 1 8. Horários de atendimento 6 6 8 O -2 Vantagem convenientes 19. Existência de equipamentos 7 7 8 O - I Vantagem modernos 20. Consistência do planejamento e 5 6,5 8 - 1 ,5 -3 Desvantagerr �stratégia da área de Sistemas 21 . Aparência profissional dos 8 7 8 I O Lealdade k!mpregados 22. Manuais dos sistemaslbanco de 6 6 8 O -2 Vantagem dados disponibilizados, visualmente agradáveis, claros e auto-exQlicativos
7 0
A grande maioria dos atributos apresentou MAS nulo: cumprimento de promessas
de serviço ( 1 ); presteza no atendimento às reclamações (2); execução dos serviços sem
erros desde a primeira vez (3); precisão e consistência das infonnações disponíveis (5);
tempo resposta e de processamento dos sistemas (7); definição de pessoas responsáveis
para encaI1Únhamento de problemas (8); presteza quanto às solicitações dos usuários (9);
empregados que inspirem confiança (lO); treinamento e capacitação dos usuários nos
sistemas ( l I ); atenção individualizada ao usuário ( 14); empregados criativos, que
proponham soluções ( 1 6); empregados que compreendam as necessidades dos usuários
( 1 7); horários de atendimento convenientes ( 1 8); existência de equipamentos modernos
( 1 9); manuais dos sistemaslbanco de dados disponibilizados, visualmente agradáveis, claros
e auto-explicativos (22). Foram incluídos na categoria de vantagem competitiva todos os
atributos que apresentaram MAS nulo ou positivo.
Conforme observado no quadro 6, somente três atributos apresentaram MAS
negativo: fornecimento dos serviços no tempo prometido (4); informação sobre quando o
serviço será realizado (6) e consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas
(20). Com relação a estas características, o Departamento de Sistemas se encontra em
posição de desvantagem competitiva relativa à qualidade de seus serviços.
Observando-se o quadro 7 a seguir, verifica-se que o desempenho de poucos
atributos está acima do nível adequado de serviço. São eles: presteza no atendimento às
reclamações (2); empregados que inspirem confiança ( 1 0); cortesia dos empregados ( 1 2);
atenção individualizada ao usuário ( 1 4); boa vontade em lidar com problemas de usuário
( 1 5) ; existência de equipamentos modernos ( 1 9) e aparência profissional dos empregados
(21) . Dessa forma, para essas características, a empresa pode utilizar a qualidade do
serviço como vantagem competitiva.
Porém, é preciso estar atento, uma vez que, confonne afirmam Berry e
Parasuraman (Op. cit., p.90), "uma contagem MAS favorável pode indicar apenas uma
vantagem passageira". As pesquisas realizadas por aqueles autores verificaram que os níveis
7 1
adequados de serviço são menos estáveis do que os níveis desejados e, portanto, sobem
rapidamente quando os competidores prometem e cumprem um nível de serviço mais
elevado.
Com relação ao desempenho dos demais atributos, todos estão na posição de
desvalltagem competitiva, apresentando tanto o MAS quanto o MSS negativos.
4.2.2 Resultados obtidos com as respostas dos administradores do serviço
Nos quadros seguintes, estão expostos os dados referentes à percepção dos
administradores da Diretoria de Sistemas quanto ao serviço de infonnática percebido pelos
usuários e, também, quanto aos dois níveis de expectativas destes, ou seja, serviço desejado
e serviço aceitável.
Analisando-se as medianas de cada atributo listadas no quadro 8 a seguir, os
administradores do serviço acham que os usuários percebem as seguintes características
como ponto forte do serviço de informática: tempo resposta e de processamento dos
sistemas (7), empregados que inspirem confiança ( 1 0), cortesia dos empregados ( 1 2),
horários de atendimento convenientes ( 18), existência de equipamentos modernos ( 19),
consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas (20) e aparência profissional
dos empregados (2 1 ) .
Porém, comparando estes resultados com os do quadro 3, verifica-se que somente
alguns destes atributos fazem parte dos que apresentam as maiores medianas na visão do
usuários: empregados que inspirem confiança (1 0), cortesia dos empregados ( I 2),
existência de equipamentos modernos (19) e aparência profissional dos empregados (2 1) .
7 2
QUADRO 7
Medida de adequação do serviço (MAS): serviço percebido (A) - serviço aceitável (B) Medida de superioridade do serviço (MSS): serviço percebido(A) - serviço desejado(C)
ATRIBUTOS Médias Médias Médias MAS MSS Posição (A) (B) (C) (A) - (B) (A) - (C) Competitiva
I .Cumprimento de promessas de 5,25 5,55 8,23 -0,30 -2,98 Desvantagem serviço 2, Presteza no atendimento às 5,84 5,81 8,23 0,03 -2,39 Vantagem eclamações
3, Execução dos serviços sem erros 5,61 5,73 8,09 -0, 1 2 -2,48 Desvantagem desde a pri meira vez 4. Fornecimento dos serviços no temp( 5,21 5,91 8.23 -0,70 -3,02 Desvantagem prometido 5. Precisão e consistência das 5,86 6, 1 4 8,33 -0,28 -2,47 Desvantagem informações disponíveis 6. Informação sobre quando o serviço 5,01 5,99 8,03 -0,98 -3,02 Desvantagem será realizado 7. Tempo de resposta! processamento 5, 1 0 5.83 8, 16 -0,73 -3,06 Desvantagem dos sistemas 8. Definição de pessoas responsáveis 5,32 6,04 8,24 -0,72 -2,92 Desvantagem para encaminhamento de problemas 9. Presteza quanto às solicitações dos 5,76 6 , 15 8,21 -0,39 -2,45 Desvantagem usuários 1 0. Empregados que inspirem 6,77 6,41 8,37 0,36 - 1 .60 Vantagem confiança 1 1 . Treinamento e capacitação dos 5,37 6,04 8,16 -0,67 -2,79 Desvantagem usuários nos sistemas 12 . Cortesia dos empregados 7,34 6,42 8,36 0,92 - 1 .02 Vantagem 1 3. Empregados com conhecimento 6,26 6,33 8,33 -0,07 -2,07 Desvantagem
para tirar dú vidas dos usuários 1 4. Atenção individualizada ao 6,25 6,04 8,06 0,21 - 1 ,8 1 Vantagem usuário 1 5. Boa vontade em lidar com 6,55 6,3 8,25 0,25 - 1 ,70 Vantagem
problemas de usuários 16. Empregados criativos, que 5,65 5,96 8,08 -0,31 -2.43 Desvantagem
proponham soluções 17 . Empregados que compreendam as 5.64 6,24 8,22 -0.60 -2.58 Desvantagem necessidades dos usuários 1 8. Horários de atendimento 5,99 6,08 8,08 -0,09 -2,09 Desvantagem convenientes 1 9 . Existência de equipamentos 6,84 6,54 8,30 0,30 - 1 .46 Vantagem modernos 20. Consistência do planejamento e 5, 1 5 6,39 8,26 - 1 ,24 -3, 1 1 Desvantagem estratégia da área de Sistemas 2 1 . Aparência profissional dos 7.8 6.31 8,01 1 ,49 -0.21 Vantagem empreoados 22. Manuais dos sistemas/banco de 5 , 1 8 6,25 8 ,21 - 1 ,07 -3,03 Desvantagem dados disponibilizados, visualmente a�radáveis, claros e auto-explicativos
7 3
Esta análise é importante pois, sendo os clientes os verdadeiros juizes de um
serviço, os administradores devem estar atentos às opiniões destes. Nas palavras de
Albrecht (1994, p.9), "o gerenciamento de serviço não reconhece outro padrão de
qualidade do que a do serviço tal como é percebido pelo cliente." Aquele autor afmna,
ainda, que o último voto é do cliente e que, na realidade, não importa quanto o prestador
pensa que o serviço valha.
Observando-se os dados do quadro 9, que mostra a percepção dos administradores
da Diretoria de Sistemas quanto ao nível de serviço desejado pelos usuários, verifica-se que,
tal como no quadro 4 a respeito do nível de serviço desejado pelos usuários, o valor mais
baixo da mediana é 8.
Isto significa que os adminístradores do serviço de informática estão cientes do
nível de expectativa que reflete o serviço que o cliente deseja receber, isto é , do nível que é
um misto do que o cliente acredita que "pode ser" com o que "deveria ser" .
O quadro 1 O expõe os dados relativos à percepção do administrador quanto ao
nível adequado, ou aceitável, de serviço. A partir da análise dos dados, constata-se que os
administradores pensam que os usuários são mais exigentes com relação às seguintes
caracteósticas do serviço: informação sobre quando o serviço será realizado (6), tempo de
resposta e processamento dos sistemas (7), cortesia dos empregados ( 1 2) e horários de
atendimento convenientes ( 1 8). Pode-se assim dizer, uma vez que as medianas destas
quatro caracteósticas apresentaram o maior valor de 7,5.
Entretanto, somente o atributo referente à cortesia dos empregados ( 12) faz parte
do grupo de maior valor de mediana para o nível de serviço aceitável pelos usuários,
conforme pode ser visto no quadro 5.
7 4
QUADRO S
Percepção dos administradores de Sistemas quanto ao nível de serviço percebido pelos usuários
ATRIBUTOS PERCEPÇÃO QUANTO AO SERVIÇO PERCEBIDO PELOS USUÁRIOS
t- Baixo 9- Alto
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Mediana Média I .Cumprimento de promessas de 2 I 3 6,0 5,67 serviço 2. Presteza no atendimento às 1 1 2 2 4,0 4,5 eclamaçães
3. Execução dos serviços sem erros I 1 2 2 5,0 4,83 ktesde a primeira vez �. Fornecimento dos serviços no I I 2 2 5,0 4,33 tempo prometido 5. Precisão e consistência das 3 2 1 6,5 6,67 informações disponíveis 6. Informação sobre quando o serviço I 2 I 2 5,0 4,83 será realizado 7. Tempo de resposta! processamento I I 2 �os sistemas
I 1 7,0 7,0
8. Definição de pessoas responsáveis 3 I I 1 4,5 3,5 para encaminhamento de problemas 9. Presteza quanto às solicitações dos 1 I 1 2 .1 5,5 4,83 usuários 1 0. Empregados que inspirem I I 1 2 7,0 6,8 confiança I I . Treinamento e capacitação dos 2 I I 2 6,5 6,5
lusuários nos sistemas 1 2. Cortesia dos empreuados I 1 3 I 8,0 7,33 J 3. Empregados com conhecimento 1 I J I 2 6,5 6, 1 7 para tirar dúvidas dos usuários 14. Atenção individualizada ao 2 I J I I 5,0 5,17 usuário 15 . Boa vontade em lidar com 3 I 2 6,0 6,33 problemas de usuários 16. Empregados criativos, que 2 I 3 6.5 6, 1 7 proponham soluções 17 . Empregados que compreendam ru I 2 I 2 5,5 5,5 Irtecessidades dos usuários J 8. Horários de atendimento I 1 I 2 1 7,5 6,83 convenientes 19. Existência de equipamentos 1 1 1 2 I 7,5 6,67 modernos 20. Consistência do planejamento e I 1 I 3 7,5 6,67 "s!ratéoia da área de Sistemas 21 . Aparência profissional dos I 2 2 I 7 ,5 7,33 empreoados �2. Manuais dos sistemas/banco de I I I �ados disponibilizados, visualmente
I I I 5,5 5,0
aoradáveis, claros e auto-explicativos
7 5
Assim, através da comparação entre as percepções dos administradores e a dos
usuários, verificou-se a existência de alguns hiatos, que podem ser vistos adiante, nos
gráficos 10 e 11 .
9
8,8
8,6
8,4
8,2
7,8
7,6
7,4 -1--+--+-+--+--+-+--+--+-_+--+-_+--+-1--+--+---<1--+--+--1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
l_Mediana (A) _Mediana (6) I
Gráfico 10 - Hiatos das medianas entre o nível de serviço desejado pelos usuários (A) e a percepção dos administradores do serviço de informática quanto ao nível de serviço desejado pelos usuárias (B)
Observando-se as diferenças entre as medianas no gráfico acima, percebe-se que
usuários e administradores do serviço de informática concordam com o nível de serviço
desejado por aqueles, nos seguintes aspectos do serviço: execução dos serviços sem erros
desde a primeira vez (3), treinamento e capacitação dos usuários nos sistemas ( 1 1 ), cortesia
dos empregados(l 2), empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários ( 1 3),
existência de equipamentos modernos ( 1 9), consistência do planejamento e estratégia da
área de Sistemas (20), aparência profissional dos empregados (21) e manuais dos
sistemas/banco de dados disponibilizados, visualmente agradáveis, claros e auto-
explicativos (22).
7 6
QUADRO 9 Percepção dos administradores de Sistemas quanto ao nível de serviço desejado pelos
usuários
ATRIBUTOS PERCEPÇÃO QUANTO AO SERVIÇO DESEJADO PELOS USUÁRIOS
1- Baixo 9- Alto
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Mediana Média l .Cumprimento de promessas de 2 I 3 8,5 8, 1 7 serviço 2. Presteza no atendimento às I 5 9,0 8,67 eclamaçães
3. Execução dos serviços sem erros 4 2 8,0 8,33 desde a primeira vez �. Fornecimento dos serviços no 3 3 8,5 8,5 tempo prometido 5. Precisão e consistência das 3 3 8,5 8,5 infonnações diSJloníveis 6. Infonnação sobre quando o serviço 3 3 8,5 8,5 será real i zado 7. Tempo de resposta! processamento I 1 4 9,0 8,5 dos sistemas 8. Definição de pessoas responsáveis I 2 3 8,5 8,33 Ipara encaminhamento de problemas 9. Presteza quanto às solicitações dos I I 4 9,0 8,5 usuários 10. Empregados que inspirem I I 4 9.0 8,5 confiança 1 1 . Treinamento e capacitação dos 5 I 8,0 8,17 usuários nos sistemas 1 2. Cortesia dos empreoados I 3 2 8,0 8, 1 7 13. Empregados com conhecimento 3 3 8,5 8,5
!vara tirar dúvidas dos usuários 14. Atenção individualizada ao 1 5 9.0 8,83 usuário 1 5 . Boa vontade em lidar com 3 3 8,5 8,5
Iproblemas de usuários 16. Empregados criativos, que 2 1 3 8.5 8 , 17 Iproponham soluções 17. Empregados que compreendam a 2 4 9,0 8,67 necessidades dos usuários 18. Horários de atendimento I 1 4 9.0 8,5 convenientes 19. Existência de equipamentos 1 4 1 8,0 8,0 modernos 20. Consistência do planejamento e 1 3 2 8,0 8,17 "stratéoia da área de Sistemas 2 1 . Aparência profissional dos 2 4 8,0 7,67 empreoados 22. Manu,"s dos sistemaslbanco de I 4 I 8.0 7,67 �ados disponibilizados, visualmente �pradáveis, claros e auto-explicativos
7 7
QUADRO 10 Percepção dos administradores de Sistemas quanto ao nível de serviço maL� baixo que os
usuários aceitam receber
ATRIBUTOS PERCEPÇÃO QUANTO AO SERVIÇO ACEITÁVEL PELOS USUÁRIOS
l- Baixo 9- Alto
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Mediana Média I .Cumprimento de promessas de I I 3 I 7,0 6 , 1 7
serviço 2. Presteza no atendimento às I I 3 I 7,0 6,33
eclamações 3. Execução dos serviços sem erros I 4 I 7,0 6,50
�esde a primeira vez �. Fornecimento dos serviços no I 4 I 7,0 6,50
tempo prometido 5. Precisão e consistência das I 3 2 7,0 6,83
informações disponíveis 6. Informação sobre quando o serviço I 2 2 1 7,5 7,00
será realizado 7. Tempo de resposta! processamento 1 2 2 I 7,5 7,00
dos sistemas 8. Definição de pessoas responsáveis 1 3 2 7,0 6,67
!lara encaminhamento de oroblemas 9. Presteza quanto às solicitações dos I 4 1 7,0 6,67
usuários !O. Empregados que inspirem I 1 I I 1 7,0 6,60
confiança 1 1 . Treinamento e capacitação dos I 5 7,0 6,33
usuários nos sistemas 1 2. Cortesia dos empreoados I I I 3 7 5 6,67
1 3. Empregados com conhecimento I 4 1 7,0 6,50
para tirar dúvidas dos usuários J 4. Atenção individualizada ao I 1 3 1 7,0 6,33
usuário 1 5. Boa vontade em lidar com I 3 I I 7,0 6,83
problemas de usuários 1 6 . Empregados criativos. que I I I 2 I 6,5 6,00
proponham soluções 1 7. Empregados que compreendam a 1 3 2 7,0 6,67
necessidades dos usuários 1 8. Horários de atendimento I 2 2 I 7,5 7,00
convenientes 1 9. Existência de equipamentos 1 3 2 7,0 6,67
modernos 20. Consistência do planejamento e 1 4 1 7,0 6,50
estratéoia da área de Sistemas 2 1 . Aparência profissional dos 1 3 2 7,0 6,67
empreoados 22. Manuais dos sistemaslbanco de 1 1 3 I 7,0 6,33
dados disponibilizados, visualmente aoradáveis, claros e auto-explicativos
QUADRO 11
Hiatos entre nível de serviço desejado pelos usuários (A) e a percepção dos administradores quanto ao nível de serviço desejado pelos usuários (B)
7 8
ATRIBUTOS Medianas Medianas Hiato das Médias Médias Hiato das (A) (B) Medianas (A) (B) Médias
l .Cumprimento de promessas de 8,0 8,5 -0,5 8,23 8, 1 7 0.06 serviço 2. Presteza no atendimento às 8.0 9,0 - 1 ,0 8,23 8,67 -0.44 eclamações
3. Execução dos serviços sem erros 8,0 8,0 O 8,09 8,33 -0,24 desde a primeira vez �. Fornecimento dos serviços no tempe 8,0 8,5 -0,5 8,23 8,5 -0,27 prometido 5. Precisão e consistência das 8,0 8,5 -0,5 8,33 8,5 -0, 1 7 informações disponíveis 6. Informação sobre quando o serviço 8.0 8,5 -0.5 8,03 8.5 -0,47 será realizado 17. Tempo de resposta! processamento 8,0 9,0 - 1 ,0 8 , 1 6 8,5 -0,34 dos sistemas 8. Definição de pessoas responsáveis 8,0 8,5 -0,5 8,24 8.33 -0,09
Ipara encaminhamento de problemas 9. Presteza quanto às solicitações dos 8,0 9,0 - 1 ,0 8 ,2 1 8,5 -0,29 usuários l a. Empregados que inspirem 8.0 9,0 - 1 ,0 8,37 8,5 -0, 1 3 confiança 1 1 . Treinamento e capacitação dos 8,0 8,0 O 8 , 1 6 8,17 -0,01 usuários nos sistemas 12 . Cortesia dos empreoados 8,0 8,0 O 8,36 8,17 0,1 9 13 . Empregados com conhecimento 8,5 8,5 O 8,33 8,5 -0, 1 7
para tirar dúvidas dos usuários 14. Atenção individualizada ao 8,0 9,0 - 1 ,0 8,06 8,83 -0,77 usuário 15 . Boa vontade em lidar com 8,0 8,5 -0,5 8,25 8,5 -0,25
Iproblemas de usuários 16. Empregados criativos, que 8,0 8.5 -0,5 8.08 8 .17 -0,09
Iproponham soluções 17 . Empregados que compreendam as 8,0 9,0 - I 8,22 8,67 -0,45 necessidades dos usuários 1 8. Horários de atendimento 8,0 9,0 - I 8,08 8,5 -0,42 convenientes 19. Existência de equipamentos 8,0 8,0 O 8,30 8,0 0,3 modernos 20. Consistência do planejamento e 8,0 8,0 O 8,26 8 , 17 0,09 estratéoia da área de Sistemas 2 1 . Aparência profissional dos 8,0 8,0 O 8,01 7,67 0,34 "mpreoados 22. Manuais dos sistemaslbanco de 8,0 8,0 O 8,21 7,67 0,54 dados disponibilizados, visualmente aoradáveis, claros e auto-explicativos
7 9
2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1 12 13 14 15 16 17 1 8 19 20 21 22
I-<>-Mediana (A) -o-Mediana (6) I
Gráfico 11 - Hiatos das medianas entre nível de serviço aceitável pelos usuários (A) e a percepção dos administradores do serviço de informática quanto ao nível de serviço aceitável pelos usuários (8)
Analisando-se o gráfico aCIma, verifica-se que os administradores apenas
concordam com os usuários no que diz respeito ao nível de serviço aceitável, em três
características do serviço de informática: empregados que inspirem confiança ( 1 0),
existência de equipamentos modernos ( 19) e aparência profissional dos empregados (21) .
Com relação às demais características, os administradores atribuíram um grau
superior para o nível de serviço aceitável, mostrando que estão cientes do alto padrão de
qualidade esperado pelos usuários. É interessante observar que, apesar de os
administradores superestimarem o nível de serviço aceitável pelos usuários, a medida de
adequação do serviço (MAS), isto é, a diferença entre serviço percebido e serviço aceitável,
é nula ou negativa para a grande maioria das características do serviço de informática.
QUADRO 12
Hiatos entre nível de serviço aceitável pelos usuários (A) e a percepção dos administradores quanto nível de serviço aceitável pelos usuários (8)
8 0
ATRIBUTOS Medianas Medianas Hiato das Médias Médias Hiato das (A) (B) Medianas (A) (B) Médias
I .Cumprimento de promessas de 5,0 7,0 -2,0 5,55 6,17 -0,62 serviço 2. Presteza no atendimento às 6,0 7,0 - 1 ,0 5,81 6,33 -0,52 eclamações
3. Execução dos serviços sem erros 6,0 7,0 - 1 ,0 5,73 6,50 -0,77 desde a primeira vez 14. Fornecimento dos serviços no tempe 6,0 7,0 - 1 ,0 5,91 6,50 -0,59 Iprometido 5. Precisão e consistência das 6,0 7,0 - 1 ,0 6, 14 6,83 -0,69 informações disponíveis 6. Informação sobre quando o serviço 6,0 7,5 - 1 ,5 5,99 7,00 - 1 ,0 1 será realizado 7. Tempo de resposta! processamento 6,0 7,5 - 1 ,5 5,83 7,00 - 1 , 1 7 dos sistemas 8. Definição de pessoas responsáveis 6,0 7,0 - 1 ,0 6,04 6,67 -0,63
IiJara encaminhamento de Qfoblemas 9. Presteza quanto às solicitações dos 6,0 7,0 - 1 ,0 6, 1 5 6,67 -0,52 usuários !O. Empregados que inspirem 7,0 7,0 O 6,41 6,60 -0,19 confiança 1 1 . Treinamento e capacitação dos 6,0 7,0 - 1 ,0 6,04 6,33 -0,29 usuários nos sistemas 12. Cortesia dos empreoados 7,0 7,5 -0,5 6.42 6,67 -0,25 13. Empregados com conhecimento 6,0 7,0 - 1 ,0 6,33 6,50 -0, 1 7
lPara tirar dúvidas dos usuários 14. Atenção individualizada ao 6,0 7,0 - 1 ,0 6,04 6,33 -0,29 usuário 15. Boa vontade em lidar com 6,0 7,0 - 1 ,0 6,30 6,83 -0,53
Iproblemas de usuários 16. Empregados criativos, que 6,0 6,5 -0,5 5,96 6,00 -0,04
�oponham soluções 17 . Empregados que compreendam as 6,0 7,0 - 1 ,0 6,24 6,67 -0,43 necessidades dos usuários 18 . Horários de atendimento 6,0 7,5 - 1,5 6,08 7,00 -0,92 convenientes 1 9. Existência de equipamentos 7,0 7,0 O 6.54 6,67 -0, 1 3 modernos 20. Consistência do planejamento e 6,5 7,0 -0,5 6,39 6,50 -O, l I
Rstratéoia da área de Sistemas 2 1 . Aparência profissional dos 7,0 7,0 O 6,3 1 6,67 -0.36 Rmpreoados 22. Manuais dos sistemas/banco de 6,0 7,0 �ados disponibilizados, visualmente
- 1 ,0 6,25 6,33 -0,08
aoradáveis, claros e auto-explicativos
8 1
4.3 Freqüência das avaliações
No quadro abaixo estão listadas as avaliações que usuários e administradores
fazem do serviço prestado pela área de informática, desde a terceirização:
QUADRO 13
Avaliação do serviço de informática desde a terceirização
GRUPO AVALIAÇAO
Piorou Piorou um Não Mudou Melhorou um Melhorou
muito pouco pouco muito
Administradores I 5
Usuários 8 24 20 I I 4
Vale observar que dos 76 usuários, 9 não responderam à esta pergunta do
questionário.
o quadro 1 3 mostra que, na opinião dos administradores da Diretoria de Sistemas,
o serviço de informática piorou depois que a estratégia de terceirização foi adotada pela
empresa. Entre os usuários, encontram-se opiniões divergentes, onde 48 % acredita que o
serviço piorou, 30% pensa que nada mudou e 22% acha que o serviço de informática
melhorou com a terceirização.
Quando utilizadas no teste da hipótese 4 da pesquisa, estas avaliações foram
agrupadas nestes três grupos: piorou, não mudou e melhorou, visando facilitar a análise da
referida hipótese.
No levantamento dos dados qualitativos, algumas colocações dos usuários devem
ser consideradas para explicar a maioria do resultado 'piorou' na avaliação da qualidade dos
serviços de informática desde a terceirização :
8 2
- falha n o gerenciamento dos funcionários na empresa contratada; por exemplo,
conforme citado por um usuário, "após um chamado e uma longa espera, aparece sempre
mais de um Funcionário e nem sempre conseguem a solução";
- a saída de profissionais que conheciam os sistemas;
maior número de intermediários entre o usuário e quem efetivamente pode
solucionar o problema;
- novos funcionários da empresa contratada não têm a completa visão dos sistemas
ou problemas da empresa;
- falta de envolvimento da empresa contratada com as prioridades dos usuários e
seus compromissos com a empresa;
- antes da terceirização, os usuários sabiam a quem encaminhar os problemas
diretamente;
não existe mais o compromisso com a empresa; hoje os funcionários são
comprometidos com burocracia e horário;
- antes da terceirização, o relacionamento/contato era mais flexível ;
- falta de pessoal capacitado para dar um bom suporte ao novo ambiente cliente-
servidor;
- funcionário demonstra desconhecer o problema; é necessário falar com várias
pessoas até chegar à pessoa responsável pelo problema;
- usuário desconhece como deve proceder para chegar ao funcionário responsável
que poderia ajudá-lo;
- agora é preciso falar com outra empresa cujos objetivos são diferentes;
8 3
- a empresa prestadora do serviço não estava preparada para u m cliente do porte
da empresa pesquisada, com um nível de exigência altíssimo;
- custo dos serviços prestados é incompatível com a linha adotada no caderno
armazém (orçado);
- não existe mais o relacionamento informal entre usuários e colegas de sistemas,
impedindo o atendimento imediato em caso de emergências;
Quanto à minoria dos respondentes que julgam ter melhorado o servIço de
informática com a terceirização, citam-se a seguir alguns de seus argumentos:
- maior diversificação de especialistas;
- maior número de atendentes;
- atendimento mais imediato e eficiente;
- percebe-se que querem resolver os problemas dos usuários com rapidez;
funcionários prestativos;
- mais funcionários foram disponibilizados para a prestação do serviço;
- trabalhos têm sido feitos dentro dos prazos;
- esforço na área de Sistemas para prestar um melhor serviço;
- os funcionários de Sistemas passaram a ser mais responsáveis e com mmor
comprometimento com o usuário;
8 4
4.4 Testes das hipóteses
4.4.1 Teste da hipótese 1
A partir dos resultados observados no anexo IV, para cada um dos atributos, o
nível de significância observado foi de:
ATRIBUTOS Significância Hipótese 1 . Cumprimento de promessas de serviço 0,9508 não rejeitada
2. Presteza no atendimento às reclamações 0,1 195 não rejeitada
3. Execução dos serviços sem erros desde a primeira vez 0,5408 não rejeitada
4. Fornecimento dos serviços no tempo prometido 0,3465 não rejeitada
5 . Precisão e consistência das informações disponfveis 0,6058 não rejeitada
6. Informação sobre quando o serviço será realizado 0,1 840 não rejeitada
:J. Tempo de resposta! processamento dos sistemas 0,2771 não rejeitada
8. Definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de problema 0,8770 não rejeitada
9. Presteza quanto às solicitações dos usuários 0,4055 não rejeitada
1 0. Empregados que inspirem confiança 0,5428 não rejeitada
1 1 . Treinamento e capacitação dos usuários nos sistemas 0,8600 não rejeitada
1 2. Cortesia dos empregados 0.4688 não rejeitada
1 3. Empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários 0,7463 não rejeitada
14. Atenção individualizada ao usuário 0.0280 rejeitada
15 . Boa vontade em lidar com problemas de usuários 0,5220 não rejeitada
16. Empregados criativos, que proponham soluções 0.83 1 8 não rejeitada
1 7 . Empregados que compreendam as necessidades dos usuários 0,1288 não rejeitada
1 8 . Horários de atendimento convenientes 0,1422 não rejeitada
19. Existência de equipamentos modernos 0,2504 não rejei tada
20. Consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas 0,7 155 nâo rejeitada
21 . Aparência profissional dos empregados 0,2592 não rejeitada
22. Manuais dos sistemas/banco de dados disponibilizados, visual mente 0,3307 nâo rejeitada
agradáveis, claros e auto-explicativos
Com base nos resultados acima, verifica-se que, somente com relação ao atributo
atenção individualizada ao usuário ( 14), há diferença significativa entre o nível de serviço
8 5
desejado pelos usuários e o nível de serviço que os administradores da Diretoria de
Sistemas pensam que os usuários desejam.
4.4.2 Teste da hipótese 2
A partir dos resultados observados no anexo V, para cada um dos atributos, o
nível de significância observado foi de:
ATRIBUTOS Significância Hipótese
I . Cumprimento de promessas de serviço 0,2212 não rejeitada
2. Presteza no atendimento às reclamações 0,2492 não rejeitada
3. Execução dos serviços sem erros desde a primeira vez 0,1725 não rejeitada
4. Fornecimento dos serviços no tempo prometido 0,237 1 não rejeitada
5. Precisão e consistência das informações disponíveis 0,281 4 não rejeitada
6. Informação sobre quando o serviço será realizado 0,09 15 não rejeitada
7. Tempo de respostal processamento dos sistemas 0,068 1 não rejeitada
8. Definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de problema 0,3032 não rejeitada
9. Presteza quanto às solicitações dos usuários 0,3446 não rejeitada
1 0. Empregados que inspirem confiança 0,6941 não rejeitada
1 1 . Treinamento e capacitação dos usuários nos sistemas 0,62 1 7 não rejeitada
12. Cortesia dos empregados 0,5133 não rejeitada
13 . Empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários 0,59 1 1 não rejeitada
14. Atenção individualizada ao usuário 0,5753 não rejeitada
15. Boa vontade em lidar com problemas de usuários 0,3487 não rejeitada
16. Empregados criativos, que proponham soluções 0,9308 não rejeitada
1 7. Empregados que compreendam as necessidades dos usuários 0,3450 não rejei tada
18. Horários de atendimento convenientes 0.1322 não rejei tada
19. Existência de equipamentos modernos 0,7093 não rejeitada
20. Consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas 0,5697 não rejeitada
2 1 . Aparência profissional dos empregados 0,3929 não rejeitada
22. Manuais dos sistemaslbanco de dados disponibilizados, visualmente 0,8202 não rejeitada
agradáveis, claros e auto-explicativos
Observando-se o quadro acima, verifica-se que a hipótese 2 foi aceita para todos
os atributos, não havendo diferença significativa entre o nível de serviço aceitável pelos
8 6
usuários, e o serviço que os administradores da Diretoria de Sistemas pensam que os
usuários aceitam como mínimo,
4.4.3 Teste da hipótese 3
A partir dos resultados observados no anexo VI, para cada um dos atributos, o
nível de significância observado foi de:
ATRffiUTOS Significâncla Hipótese
L Cumprimento de promessas de serviço 0,6538 não rejeitada
2. Presteza no atendimento às reclamações 0,1380 não rejeitada
3. Execução dos serviços sem erros desde a primeira vez 0, 1 745 não rejeitada
4. Fornecimento dos serviços no tempo prometido 0,2866 não rejeitada
5. Precisão e consistência das informações disponíveis 0,2468 não rejeitada
6. Informação sobre quando o serviço será realizado 0,9776 não rejeitada
�. Tempo de resposta! processamento dos sistemas 0,0275 rejeitada
8. Definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de problema 0,2924 não rejeitada
9. Presteza quanto às solicitações dos usuários 0,2766 não rejeitada
10. Empregados que inspirem confiança 0,8938 não rejeitada
l I . Treinamento e capacitação dos usuários nos sistemas 0 , 1877 não rejeitada
12. Cortesia dos empregados 0,8899 não rejeitada
13 . Empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários 0,9200 não rejeitada
14. Atenção individualizada ao usuário 0,2 1 5 1 não rejeitada
15. Boa vontade em lidar com problemas de usuários 0,6558 não rejeitada
16. Empregados criativos, que proponham soluções 0,5964 não rejeitada
17. Empregados que compreendam as necessidades dos usuários 0,97 1 3 não rejeitada
18. Horários de atendimento convenientes 0, 1 850 não rejeitada
19. Existência de equipamentos modernos 0,9105 não rejeitada
20. Consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas 0.0752 não rejeitada
2 1 . Aparência profissional dos empregados 0,333 1 não rejeitada
22. Manuais dos sistemas/banco de dados disponibilizados, visualmente 0,9645 não rejeitada
agradáveis, claros e auto-explicativos
Somente com relação ao atributo tempo de resposta/processamento dos sistemas
(7) houve diferença significativa entre o serviço percebido pelos usuários e o serviço que os
administradores da Diretoria de Sistemas pensam que os usuários percebem,
8 9
tempo de resposta/processamento dos sistemas (7); definição de pessoas responsáveis para
encaminhamento de problemas (8); e consistência do planejamento e estratégia da área de
Sistemas (20).
Com base nos resultados apresentados no item 4.3, sabe-se que 48% dos usuários
acreditam que o serviço de informática piorou com a terceirização, contra 30% que pensam
que nada mudou, e 22% que acham que o serviço melhorou.
É curioso observar que a maioria desses atributos encontram-se nas duas
dimensões de maior criticidade, segundo os pesquisadores PZB: confiabilidade e
sensibilidade; e que estão relacionados diretamente ao fator "tempo".
Assim, quando a maioria dos usuários julgam que o serviço de informática não
melhorou com a terceirização, isto é, piorou ou nada mudou, é porque suas expectativas
com relação as dimensões supra citadas continuam não sendo atendidas.
Capítulo 5
5 RESUMO, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA
PESQUISAS FUTURAS
5.1 Resumo
9 0
o presente trabalho se propôs a investigar aspectos da Qualidade de Serviços de
Informática prestados por um fornecedor externo, em uma grande empresa no Brasil.
Este estudo teve, em primeiro lugar, a intenção de verificar a qualidade percebida
pelos usuários com relação ao serviço de informática da empresa, comparando suas
expectativas com o que eles efetivamente percebem como resultado do serviço recebido, e
dessa forma julgar se eles estão encantados, satisfeitos ou insatisfeitos com tal serviço.
Numa segunda etapa, o estudo visou a pesquisar as possíveis divergências entre o
que os administradores da Diretoria de Sistemas entendem como sendo um serviço de
qualidade prestado a seus usuários e o que estes efetivamente esperam obter de tal serviço.
Uma vez que a existência de um hiato seja confirmada, pode-se identificar e trabalhar tais
diferenças de maneira que os serviços prestados atendam com conformidade às
necessidades dos clientes.
Em terceiro lugar, o estudo objetivou analisar as conseqüências da terceirização de
Sistemas de Informação na qualidade dos serviços de informática prestados às demais áreas
funcionais da empresa.
o estudo se baseou em uma pesquisa realizada efetivamente com 300 empregados
lotados na matriz da empresa, sendo 289 usuários e 1 1 administradores do serviço de
informática. Porém retornaram e foram considerados na análise dos resultados apenas 82
9 1
questionários, 76 provenientes de usuários e 6 de administradores do servIço de
informática.
No que tange aos resultados relativos ao primeiro questionamento da pesquisa, a
posição competitiva da área de Sistemas da empresa, de acordo com os índices de medida
de superioridade do serviço (MSS) e medida de adequação do serviço (MAS), calculados
com base na mediana dos valores, é a seguinte:
q lealdade do cliente (MSS e MAS positivos) : nenhum atr.ibuto apresentou MSS
positivo, indicando que tal departamento não se encontra em situação de lealdade de
usuário com os serviços de informática. Apenas a característica de aparência profissional
dos empregados apresentou MSS nulo, tendo sido incluída nesta categoria.
q vantagem competitiva (MSS negativo e MAS positivo): a Diretoria de Sistemas
se encontra nesta posição com relação às seguintes características do serviço prestado:
cortesia dos empregados. empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários e
boa vontade em lidar com problemas de usuários. Os atributos que apresentaram MAS
nulos, a grande maioria, também foram inseridos nesta categoria, mas vale ressaltar que
estão por um triz da desvantagem competitiva. São eles: cumprimento de promessas de
serviço; presteza no atendimento às reclamações; execução dos serviços sem erros desde a
primeira vez; precisão e consistência das .informações disponíveis; tempo resposta e de
processamento dos sistemas; definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de
problemas; presteza quanto às solicitações dos usuários; empregados que inspirem
confiança; treinamento e capacitação dos usuários nos sistemas; atenção individualizada ao
usuário; empregados criativos, que proponham soluções; empregados que compreendam as
necessidades dos usuários; horários de atendimento convenientes; existência de
equipamentos modernos; manuais dos sistemas/banco de dados disponibilizados,
visualmente agradáveis, claros e auto-explicativos.
9 2
q desvantagem competitiva (MSS e MAS negativos): as seguintes características
podem ser incluídas nesta categoria: fornecimento dos serviços no tempo prometido;
informação sobre quando o serviço será realizado e consistência do planejamento e
estratégia da área de Sistemas.
Para a segunda etapa da pesquisa, foram calculadas as diferenças entre o nível de
servIço desejado, aceitável e percebido pelos usuários dos recursos computacionais da
empresa e o nível de serviço que os administradores da Diretoria de Sistemas pensam que
os usuários desejam, aceitam e percebem. As hipóteses I , 2 e 3 foram testadas, ao nível de
significância de 5%, através de testes estatísticos não-paramétricos e os seguintes resultados
foram verificados:
H I : o nível de serviço desejado pelos usuários só é significativamente diferente
do nível de serviço que os administradores da Diretoria de Sistemas pensam que os usuários
desejam com relação ao atributo atenção individualizada ao usuário (1 4).
H2 : o nível de serviço aceitável pelos usuários é igual ao nível de serviço que os
administradores da Diretoria de Sistemas pensam que os usuários aceitam corno mínimo,
para todos os atributos da avaliação da qualidade do serviço de informática.
H3 : O nível de serviço percebido pelos usuários somente difere do nível de serviço
que os administradores da Diretoria de Sistemas pensam que os usuários percebem com
relação ao atributo tempo de resposta/processamento dos sistemas (7).
Na terceira etapa da pesquisa, foi feita a comparação entre as avaliações que
usuários e administradores da Diretoria de Sistemas fazem da satisfação geral com o serviço
de informática da empresa desde a terceirização (piorou, nada mudou, melhorou). Para
isso, foi testada a hipótese 4, também por procedimentos estatísticos não-paramétricos,
através da qual constatou-se que há diferença significativa entre as respectivas avaliações.
8 7
4.4.4 Teste da hipótese 4
A partir dos resultados observados no anexo VII, o nível de significância
observado foi de:
ATRIBUTO Sil/llificância Hipótese
Satisfação Geral 0,0381 rejeitada
Assim, há diferença significativa entre a avaliação que os usuários fazem do serviço
prestado pela Diretoria de Sistemas desde a terceirização (piorou, nada mudou, melhorou),
e a avaliação correspondente dos administradores desta Diretoria.
8 8
4.4.5 Teste da hipótese 5
A partir dos resultados observados no anexo VIII, para cada um dos atributos. o
nível de significância observado foi de:
ATRIBUTOS Significância Hipótese
I . Cumprimento de promessas de serviço 0,03856 rejeitada
2. Presteza no atendimento às reclamações 0,19087 não rejeitada
3. Execução dos serviços sem erros desde a primeira vez 0,01208 rejeitada
4. Fornecimento dos serviços no tempo prometido 0,01 805 rejeitada
5. Precisão e consistência das informações disponíveis 0,226 1 6 não rejeitada
6. Informação sobre quando o serviço será realizado 0,00720 rejeitada
7. Tempo de resposta! processamento dos sistemas 0,02705 rejeitada
8. Definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de problemaJ 0,01385 rejeitada
9. Presteza quanto às solicitações dos usuários 0,55622 não rejeitada
l O. Empregados que inspirem confiança 0,40351 não rejeitada
1 1 . Treinamento e capacitação dos usuários nos sistemas 0,3 1261 não rejeitada
1 2. Cortesia dos empregados 0,1 5493 não rejei tada
13. Empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários 0,24208 não rejeitada
14. Atenção individualizada ao usuário 0.31784 não rejeitada
15 . Boa vontade em lidar com problemas de usuários 0,76072 não rejeitada
16. Empregados criativos, que proponham soluções 0,42124 não rejeitada
1 7 . Empregados que compreendam as necessidades dos usuários 0,19 168 não rejeitada
18 . Horários de atendimento convenientes 0,08445 não rejeitada
19. Existência de equipamentos modernos 0.37150 não rejeitada
20. Consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas 0,00540 rejeitada
2 1 . Aparência profissional dos empregados 0.61 157 não rejeitada
22. Manuais dos sistemaslbanco de dados disponibilizados, visualmente 0,30188 não rejeitada
agradáveis, claros e auto-explicativos
Os resultados associados ao teste da hipotese 5 indicam que os atributos listados a
seguir influenciaram na avaliação feita pelos usuários, do serviço de informática prestado
pela Diretoria de Sistema após a terccirização. São eles: cumprimento de promessas de
serviço ( 1 ); execução dos serviços sem erros desde a primeira vez (3); fornecimento dos
serviços no tempo prometido (4); informação sobre quando o serviço será realizado (6);
9 3
Enfim, através da hipótese 5, procurou-se verificar quais atributos estariam
influenciando diretamente na avaliação geral dos usuários sobre o serviço de informática
da empresa, após a terceirização, onde 48% acha que o serviço de informática piorou, 30%
que o serviço não mudou, e 22% que o serviço melhorou. Os atributos identificados
foram os seguintes: cumprimento de promessas de serviço (1); execução dos serviços sem
erros desde a primeira vez (3); fornecimento dos serviços no tempo prometido (4);
informação sobre quando o serviço será realizado (6); tempo de resposta/processamento
dos sistemas (7); definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de problemas
(8); e consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas (20). Vale ressaltar a
relação da maioria destes atributos com as dimensões ditas mais críticas pelos autores
PZB: confiabilidade e sensibilidade, e também com o fator 'tempo'.
5.2 Conclusões
As informações coletadas e testadas na presente pesqUIsa mostram que
administradores da Diretoria de Sistemas e usuários concordam, em praticamente todos os
atributos, em relação ao nível de serviço desejado (hipótese I), aceitável (hipótese 2) e
percebido (hipótese 3), porém, discordam no que diz respeito às avaliações do serviço de
informática, após a terceirização (hipótese 4).
Estes resultados eliminam a existência do hiato I do modelo conceitual de
qualidade de serviço proposto por PZB, quando considerados os administradores do
serviço na parte inferior do modelo, isto é, a Diretoria de Sistemas como responsável em
primeiro plano pelo serviço de informática, tal como é a imagem que fica para todas as
demais áreas funcionais da empresa pesquisada. Mas podem indicar a existência de outros
hiatos, relacionados ou não no modelo, conforme explicação a seguir.
A terceirização do serviço de informática ressalta a particularidade da presente
pesquisa, e o cuidado que se deve ter ao interpretar o modelo conceitual de qualidade de
serviços de PZB. De fato, quando serviços terceirizados são levados em consideração,
9 4
passam a ser dois os personagens na parte inferior do modelo: o prestador e o
administrador dos serviços. Portanto, esta parte poderá ser melhor analisada se duplicada,
onde teríamos então uma dimensão representada pelo prestador do serviço - a empresa
contratada - e outra pelo administrador do serviço, que no caso da presente pesquisa seria a
Diretoria de Sistemas de Informação, responsável pela qualidade do serviço de informática
perante às demais áreas funcionais da empresa.
Por conseqüência deste desmembramento, novos hiatos poderão ser interpretados,
não só provenientes da segunda dimensão, mas também da relação entre as duas
dimensões e destas com o lado do cliente no modelo de PZB. Assim, o hiato I pode não
existir quando considerado o administrador do serviço na parte inferior do modelo, mas
pode existir quando o prestador do serviço é levado em conta. Da mesma forma, caso a
comunicação externa com o cliente seja feita pelas duas empresas, a contratada e a
contratante, dois hiatos 4 poderão existir. E outras interpretações poderão ser dadas para
os demais hiatos.
Analisando-se o resultado do teste da hipótese 4, no qual são identificados os
atributos que influenciaram na avaliação dos usuários quanto ao serviço de informática
prestado desde a terceirização, pode-se constatar que, dos 47 usuários que julgaram ter
havido mudança com a nova estratégia, 68% acreditam que o serviço de informática
piorou e apenas 32% que melhorou.
Considerando que a maioria dos atributos identificados estão ligados às
dimensões da confiabilidade e sensibilidade do SERVQUAL, as duas mais críticas para a
avaliação da qualidade de qualquer serviço, segundo a literatura especializada, percebe-se
claramente as razões da insatisfação dos usuários. Para pelo menos atender as
expectativas destes, a área de informática precisará trabalhar intensamente e
primordialmente tais dimensões, transmitindo confiança e presteza na execução do
seTVIço.
9 5
Também ficou claro na influência dos atributos: cumprimento de promessas de
serviço (I), execução dos serviços sem erros desde a primeira vez (3), fornecimento dos
serviços no tempo prometido (4), informação sobre quando o serviço será realizado (6) e
tempo de resposta / processamento dos sistemas (7), a importância do fator "tempo" na
avaliação dos usuários.
Mesmo o atributo definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de
problemas (8), está relacionado indiretamente ao fator "tempo". Isto porque, quando o
usuário reclama que não sabe a quem recorrer para encaminhar seus problemas, ele
provavelmente está querendo dizer que não há uma linha direta com alguém que possa
resolver o seu problema da maneira mais rápida possível. Este alguém, na visão do
usuário, poderia quebrar a barreira da burocracia interna e ajudá-lo, mesmo que
informalmente. Quanto a esse problema, a terceirização dos serviços de informática só
veio acentuá-lo, uma vez que os usuários perderam os seus laços de coleguismo com os
prestadores de serviço de informática, agora funcionários de uma outra empresa.
o atributo consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas (20),
também diretamente relacionado com a avaliação que os usuários fazem do serviço de
informática desde a terceirização, pode ser interpretado conforme explicado a seguir.
Conforme levantado nas pesquisas, a área de informática vinha passando por um
momento de transição de tecnologia, de ambiente de mainframe para cliente-servidor.
Esta pode ter sido uma mudança para a qual nem todos os usuários estavam preparados,
principalmente se for levado em conta que 33% dos respondentes trabalham na empresa há
mais de 16 anos, estando assim completamente integrados com o antigo ambiente de
mainframe.
Nesse sentido, a falta de planejamento pode ser percebida pelo usuário no
momento em que a empresa investe em novas tecnologias e softwares que evoluem
rapidamente e novas versões vão surgindo em curto espaço de tempo. A insatisfação dos
9 6
usuários neste ponto, pode estar relacionada com a orientação da área de Sistemas para
produto e não para o cliente, uma vez que esta pode estar tentando seguir tais evoluções,
esquecendo de compreender e satisfazer as reais necessidades de seus clientes. Conforme
citado por Kothler (1994, p.35), "o pensamento orientado para o consumidor exige que a
empresa defina as necessidades do mesmo a partir de seu ponto de vista (do consumidor). "
Por outro lado, um pensamento orientado para o produto significa, no caso da área de
informática, que os administradores estão mais preocupados em acompanhar as evoluções
tecnológicas, do que compreender e satisfazer as reais necessidades dos usuários dos
recursos computacionais da empresa.
5.3 Recomendações para pesquisas futuras
Pesquisas futuras poderão explorar o fato de que para serviços terceirizados,
novos hiatos podem surgir para o modelo conceitual de PZB, decorrentes do fato de
existirem dois personagens distintos no lado inferior do modelo: o prestador do serviço,
isto é, a empresa contratada, quem efetivamente realizará o serviço; e o administrador do
serviço, agente intermediário entre o prestador do serviço e as demais áreas funcionais da
empresa contratante, e responsável em primeiro plano pela contratação e qualidade dos
servIços.
Sabe-se ainda que uma empresa não resolve os seus problemas de qualidade de
serviço através de urna única pesquisa. É importante que ela acompanhe a evolução da
qualidade nos seus serviços para que possa avaliar de perto as conseqüências das ações
tomadas com base no resultado da pesquisa anterior. Os pesquisadores Berry e
Parasuraman (Op. cit, p. 2 19), sugerem a criação de um sistema de informação sobre a
qualidade do serviço. Eles afirmam que "a pesquisa sobre a qualidade do serviço tem
maior probabilidade de influenciar as decisões tomadas quando realizadas de maneira
contínua e diversificada, e quando seus resultados são sistematicamente compartilhados e
discutidos pelos executivos."
Capítulo 6
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
97
ALBRECHT, K . Serviços Internos, São Paulo: Pioneira, 1 994. 1 74p. Tradução A.T.
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1 0 2
ANEXO I
MODEW CONCEITUAL PROPOSTO POR PARASURAMAN ET AL (1985)
"Bxaa B:x;à'
QJENIE
� - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -,
e4arasarndia1es
ANEXO 11
QUESTIONÁRIO DA PESQUISA PARA USUÁRIOS
COPPEAD / UFRJ Pesquisa de Mestrado em Administração de Empresas
Selem bro, 1995
Pesquisa de Qualidade de
Serviços de Informática
Dados Biográficos do Respondent.:
I. Sexo: [ 1 Masculino [ 1 Feminino
2.ldade: [ 1 Menos de20 [ 1 20 a 29 [ ] 30 a 39 [ 1 40 a 49 [ 1 S0 a S9 [ ] 60 ou mais
3.Fonnação: [ ] I· Grau [ ] 2° Grau incompleto [ 1 2·Grau completo [ 1 Universitário incompleto
[ 1 Universitário completo [ 1 Pós·Graduação [ ] Mestrado [ ] Doutorado
1 0 3
4. Tempod.trabalhon.emp ..... : [ ] Menos de I ano [ 1 Entre I e 4 anos [ ] Entre 5 e 8 anos [ 1 Entre 9 e 12 anos [ ] Entre 1 3 e 16 anos [ J Acima de 16 anos
S, Diretoria: [ 1 PresidencialVice Preso [ 1 Qualidade e Satisfação de Clientes [ J ReI. E"emas e Jul'idico
[ 1 Supo"e de Mkt. [ 1 MktlXBS [ ] MktlProd-Publish-Engenharia [ 1 M�'lIRepro
[ 1 Operações Comerciais [ 1 Finanças, Administração e Sistemas [ ] R. H. e Organização
6. Áreas de maioreontato em Sistemas: [ 1 Diretoria/Gerência [ ]Grupo de Desenvolvimento de Sistemas [ 1 Help'Desk
[ ] Controle da Produção [ ] Operação de Computador [ ] Sup011e/Rede de Micro
7. FunçAo Gerencial: [ ] Sim [ ] Não
Inronnaçlles Opcionais: Nome: ________________ __ Cargo: __________________ _
1 0 4
Gostariamos de conhecer suas impressões e expectativas a respeito do serviço de informática prestado recentemente pela área de Sistemas, isto é, após a Terceirização de tais serviços. Por favor, use WD grau de l(baixo) a 9 (alto) para avaliar as
características listadas, marcando com um círculo em cada uma das três colunas, sua avaliação dos três níveis de prestação do
serviço de informática Caso não tenha como avaliar a característica citada, circule a opção N ("não se aplica") na I' coluna.
Apresentamos, logo abaixo, um exemplo preenchido para sua orientação.
No quediz .... peitoa •••
Aparência profissional dos empregados. (EXEMPLO)
Caracteristicas do Serviço de Informática:
I. Cumprimenlo de promessas de serviço.
1. Preste28 no atendimento às reclamsções.
3. Execução dos serviços sem erros desde a primeira vez.
4. Fornecimento dos serviços no tempo prometido.
5. Precisão e consistência das informações disponíveis.
6. Informação sobre quando o serviço será realizado.
7. Tempo de respostafprocessamento dos sistemas.
8, Definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de problemas.
9, Preste28 quanto às solicitações dos usuários.
10. Empregados que inspirem confiança.
11. Treinamento e capacitação dos usuários nos sistemas.
n. Cortesia dos empregados.
13. Empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários.
14. Atenção individualizada ao usuário.
IS. Boa vontade em lidar com problemas de usuários.
J 6. Empregados criativos, que proponham soluções.
17. Empregados que compreendam as necossldades dos usuários.
18. Horários de atendimento convenientes.
19. Existência de equipamentos modernos.
10. Consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas.
11. Aparência profissional dos empregados.
1:1. Manuais dos sistemas/bancos de dados disponibilizados, visualmente agradáveis, claros e auto-explicativos.
o nível de I"nlço de informática pratado é _.
babo elevado
1 2 3 4 5 07 8 9 N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
1 2 3 4 S 6 7 8 9 N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
2 3 4 5 6 7 8 9 N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
o nível de .ervlço de Informática que desejo é _
o uivei mal. balso de s,,"lço de Informática que aceUo receber é 0.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Quantas vezes você precisou dos serviços da área de Sistemas no último mês ?
I ] Nenhuma 1 ] 1 1 ] 2 1 ] 3 1 ] 4 1 ] 5 1 ] 6 1 ] 7 1 ] 8 1 ] 9 I ] 10 ou mais
De maneira gera I, você acha que o serviço prestado pela área de Sistemas, desde a Terceirização '"
I ] Piorou muito I ] Piorou um pouco I ] Não mudou I ] Melhorou um pouco I ] Melhorou muito
Por quê ?
Você gostaria de fazer algum comentário adicional sobre sua experiência com a área de Sistemas? Por favor, use o espaço abaixo para fazer seu comentário.
Agradecemos pelo tempo e cooperação dispensados para responder esta pesquisa.
1 0 5
ANExo m
QUESTIONÁRIO DA PESQUISA PARA PRESTADORES DE SERVIÇOS
COPPEAD / UFRJ Pesquisa de Mestrado em Administração de Empresas
Setembro, 1995
Pesquisa de Qualidade de
Serviços de Informática
Dados Biográficos do Respondente:
[ ] Masculino [ ] Feminino I. Suo:
2. Idade: [ ] Menos de20 [ ] 20 a 29 [ ] 30 a 39 [ ] 40 a 49 [ ] 50 a 59 [ ] 60ou mais
3. Fonnação: [ ] I' Grau [ ] 2'Grau incompleto [ ] 2' Grau completo [ ] Universitário incompleto
[ ] Universitário completo [ ] Pós-Graduação [ ] Mestrado [ ] Doutorado
4. Tempo de trabalho na empresa: [ ] Menos de I ano [ ] Entre I e 4 anos [ ] Entre 5 e 8 anos
[ ] Entre g e 1 2 .nos [ ] Entre 13 e 16 anos [ ] Acima de 16 .nos
5. Ocpartamento: Sistemas
6. Função GereDtial: [ ] Sim [ ] Não
Inronnaçõe50ptionais: Nome: ________________ __ CMgO: __________________ __
1 0 6
1 0 7
Gostariamos de saber o que você acha que os usuários percebem e esperam do atual serviço de infonnática, isto é, após
a Terceirização de tais serviços. Por favor, use um grau de I (baixo ) a 9 (alto) para avaliar as características listadas, marcando
com um círculo em cada uma das três colunas, sua avaliação dos três níveis de prestação do serviço de infonnática. Caso não tenha como avaliar a característica citada, circule a opção N ("não se aplica") na I' coluna. Apresentamos, logo abaixo, um exemplo preenchido para sua orientação. o Rlul de lerviço de O nivel de serviço de O nível mais babo de
No que diz respeito 8 ._
Aparência profissional dos empregados. (EXEMPLO)
Características do Serviço de Infonnática:
1. Cumprimento de promessas de serviço.
2. Presteza no atendimento às reclamações.
3. Execução dos serviços sem erros desde a primeira vez.
4. Fornecimento dos serviços no tempo prometido.
5. Precisão e consistência das informações disponiveis.
6. Informação sobre quando o serviço será realizado.
7. Tempo de resposta/processamento dos sistemas.
8. Definição de pessoas responsáveis para encaminhamento de problemas.
9. Presteza quanto às solicitações dos usuá· rios.
10. Empregados que inspirem confiança.
11. Treinamento e capacitação dos usuári os nos sistemas.
11. Cortesia dos empregados.
13. Empregados com conhecimento para tirar dúvidas dos usuários.
14. Atenção individualizada ao usuário.
15. Boa vontade em lidar com problemas de usuários.
16. Empregados criativos, que proponham soluções.
17. Empregados que compreendam as neces· sidades dos usuários.
18. Horários de atendimento convenientes.
19. Existência de equipamentos modernos.
20. Consistência do planejamento e estratégia da área de Sistemas.
11. Aparência profissional dos empregados.
11. Manuais dos sistemaslbancos de dados disponibilizados. visualmente agradáveis. claros e auto-explicativos.
inrormátlu peuebido inrormátlca que OI uluárl- serviço de Informatic. pelos usuários ê 0.0 o. desejam é o" que o. usuário. aeel
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I 2 3 4 507 8 9 N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 N
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 4 5 6 7 8 9 2 l 4 5 6 7 8 9
2 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 4 5 6 7 8 9 2 l 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 1 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 0 8
De maneira geral, você acha que o serviço prestado pela área de Sistemas, desde a Terceirização •••
I 1 Piorou muito I 1 Piorou um pouco I 1 Não mudou I 1 Melhorou um pouco I 1 Melhorou muito
Por quê ?
Você gostaria de fazer algum comentário adicional sobre sua experiência com a área de Sistemas? Por favor, use o espaço abaixo para fazer seu comentário.
Agradecenws pelo tempo e cooperação dispensados para responder esta pesquisa.
ANEXO IV
ANÁLISE ESTA TÍSTICA DA HIPÓTESE J
- - - - - Mann-Wh í tney U - W í l coxon Rank Surn W Test
D l by USUARIO
Mean Rank
3 9 , 0 4 3 8 , 5 0
U 2 1 0 , 0
Cases
7 1 USUARI O 1 6 USUARI O · O
77 Total
W 2 3 1 . 0
- Mann-Wh i t ney U - Wi lcoxon
D I a by USUARI O
Mean Rank
4 0 , 5 9 4 6 , 08
U 1 9 4 , 5
Cases
75 6
8 1
- Mann-Wh i tney U
D 1 1 hy USUARIO
Mean Rank Cases
3 8 , 62 70 3 7 , 0 8 6
7 6
U 2 0 1 . 5
USUARI O " USUARI O •
Total
W 276 , 5
- Wi lcoxon
USUARIO •
USUARIO •
Total
W 222 , 5
1 O
1 °
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- , 0 6 1 8 , 9508
Rank Sum W Test
Corrected for ties Z 2 -Ta i led P
- , 6086 , 5428
Rank Surn W Test
Corrected for t i es Z 2-Taíled P
- , 1764 , 8600
1 0 9
- - - - - Mann-Wh i tney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
D 1 2 by USUARI O
Mean Rank
4 1 . 49 3 4 . 9 2
U 1 8 8 . 5
Cases
75 USUARIO 1 6 USUARIO · O
8 1 Total
W 209 . 5
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- . 7245 . 4 6 8 8
Mann-Whi tney U - Wilcoxon Rank Sum W Test
D I 3 by USUARIO
Mean Rank
4 1 . 28 4 4 . 25
U 2 1 1 . 5
Casas
7 6 USUARI O 6 USUARI O
8 2 Total
W 2 6 5 . 5
Mann-Whitney U - Wi lcoxon
D 1 4 by USUARIO
Mean Rank Cases
3 7 . 47 7 1 USUARIO -5 7 . 08 6 USUARI O
7 7 Total
U W 104 . 5 3 4 2 . 5
1 O
1 O
Corrected for tias Z 2 -Ta i l ed P
- . 3235 . 7 4 6 3
Rank Sum W Test
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- 2 . 1 9 7 2 . 0 280
1 1 0
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
D 1 5 by USUARI O
Mean Rank Cases
4 1 . 0 7 76 USUARI O • 1 4 7 , 00 6 USUARIO °
8 2 Total
Corrected for tias U \fi Z 2-Ta i l ed P
1 9 5 , 0 2 8 2 , 0 - , 6402 , 5220
- Mann-Whitney U
D 1 6 by USUARIO
Mean Rank Cases
3 8 , 85 7 1 4 0 , 75 6
77
U 2 0 2 , 5
Mann-Whi tney U
D 1 7 by USUARI O
Mean Ronk
4 0 , 49 5 4 , 3 3
U 1 5 1 . 0
Cases
7 6 6
8 2
- Wi lcoxon
USUARI O •
USUARI O
Total
W 2 4 4 , 5
- Wi l coxon
USUARIO •
USUARI O -
Total
W 326 , 0
Rank Sum \fi Test
1 O
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- , 2 124 , 8 3 1 8
Rank Sum W Test
1 °
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- 1 , 5 187 , 1 288
1 1 1
1 1 2
- - - - - Mann -Whi tney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
0 1 8 by USUARIO
Mean Rank Cases
3 8 . 5 1 7 2 USUARIO c 1 5 1 . 3 3 6 USUARI O O
78 Total
Corrected for tias U W Z 2-Ta i led P
1 4 5 . 0 3 0 8 . 0 - 1 . 46 7 6 . 1422
- Mann -Wh i tney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
0 1 9 by USUARIO
Mean Rank Cases
3 9 . 28 70 USUARI O c 1 2 9 . 42 6 USUARIO O
7 6 Total
Corrected for tias U W Z 2 -Tai led P
1 5 5 . 5 176 . 5 - L 1494 . 2504
- Mann-Whitney U - W i l coxon Rank Sum W Test
0 2 by USUARIO
Mean Rank Cases
3 9 . 9 4 7 5 USUARIO 1 5 4 . 25 6 USUARIO O
8 1 Total
Corrected for tias U W Z 2-Ta i led P
1 4 5 . 5 3 2 5 . 5 - 1 . 5567 . 1 195
- - - - - Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Surn W Test
D20 by USUARI O
Mean Rank
3 0 . 75 2 8 . 25
U 1 4 8 . 5
Cases
54 USUARIO 6 USUARIO
60 Total
W 169 . 5
1 O
Exact 2-Ta i led P
. 7456
Corrected for tias Z 2-Ta i l ed P
- . 3645 . 7 155
- Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
D 2 1 by USUARI O
Mean Rank
3 9 . 79 2 9 . 6 7
U 1 5 7 . 0
Cases
7 1 USUARIO 1 6 USUARI O · O
77 Total
W 1 7 8 . 0
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- 1 . 1284 . 2592
Mann-Wbi tney U - Wi lcoxon Rank Sum W Tast
D22 by USUARI O
Mean Rank
3 5 . 1 8 2 7 . 5 0
U 144 . 0
Cases
6 2 6
6 8
USUARIO c 1 USUARIO c O
Total
W 1 6 5 . 0
Exact 2-Ta i lad P
. 37 8 8
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- . 9727 . 3307
1 1 3
1 1 4
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
D 3 by USUARI O
Mean Rank Cases
4 0 . 08 7 4 USUARI O 1 4 5 . 6 7 6 USUARI O c O
80 Total
Corrected for ties U W Z 2-Tailed P
1 9 1 . 0 274 . 0 - . 6 1 15 . 5 408
- Mann-Wh i tney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
D 4 by USUARI O
Mean Rank Cases
4 0 . 3 8 7 5 USUARI O c I 4 8 . 75 6 USUARIO • O
8 1 Total
Corrected for ties U W Z 2-Tai led P
1 7 8 . 5 292 . 5 - . 94 1 5 . 34 6 5
- Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
DS by USUARIO
Mean Rank Cases
3 8 . 16 70 USUARI O c 1 4 2 . 50 6 USUARI O c O
7 6 Total
Corrected for tias U W Z 2-Ta i led P
1 8 6 . 0 255 . 0 - . 5 160 . 6058
1 1 5
- - - - - Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
D 6 by USUARI O
Mean Rank Cases
3 9 . 59 7 4 USUARIO • 1 5 1 . 7 5 6 USUARI O O
80 Total
Corrected for ties U W Z 2-Ta i led P
1 5 4 . 5 3 1 0 . 5 - 1 . 3284 . 1 840
- Mann -Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
D 7 by USUARI O
Mean Rank Cases
3 7 . 7 5 7 0 USUARI O c 1 4 7 . 2 5 6 USUARI O c O
7 6 Total
Corrected for ties U W Z 2-Tai led P
1 5 7 . 5 283 . 5 - 1 . 0869 . 27 7 1
- Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
D 8 by USUARI O
Mean Rank Cases
4 1 . 3 9 7 6 USUARIO • 1 4 2 . 83 6 USUARI O c O
82 Total
Corrected for tias U W Z 2-Ta i led P
220 . 0 257 . 0 - . 1548 . 8 770
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
D9 by USUARIO
Mean Rank
4 0 . 4 3 4 8 . 08
U 1 8 2 . 5
Cases
75 USUAR I O ' 1 6 USUARIO · O
8 1 Total
W 288 . 5
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- . 83 1 8 . 4055
1 1 6
ANEXO V
ANÁLL"iE ESTATÍSTICA DA HIPÓTESE 2
- Mann-Wh i tney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
M 1 by USUARIO
Mean Rank
3 7 . 1 1 4 8 . 25
U 1 4 5 . 5
Cases
69 USUARIO 1 6 USUARIO O
75 Total
W 2 8 9 . 5
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- 1 . 2234 . 2 2 1 2
- Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
M 1 0 by USUARIO
Mean Rank
4 0 . 2 4 4 4 . 40
U 1 6 8 . 0
Cases
75 5
80
USUARI O • 1 USUARIO • O
Total
W 2 2 2 . 0
Exact 2-Tailed P
. 7 140
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- . 3 9 3 3 . 6 9 4 1
- Mann-Wh itney U - W i l coxon Rank Sum W Test
M 1 1 by USUARIO
Mean Rank
3 7 . 1 4 4 1 . 5 8
U 179 . 5
Cases
68 USUARIO 1 6 USUARI O · O
74 Total
W 2 4 9 . 5
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- . 4935 . 62 1 7
1 1 7
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
M 1 2 by USUARIO
Mean Rank
4 1 . 0 3 4 7 . 5 0
U 1 9 2 . 0
Cases
76 USUARI O · 1 6 USUARI O O
W 285 . 0
Corrected for ties Z 2-Ta i l ed P
- . 6537 . 5 13 3
Mann-Whitney U - Wilcoxon Rank Sum W Test
M13 by USUARI O
Mean Rank
4 1 . 1 1 4 6 . 4 2
U 1 9 8 . 5
Cases
7 6 6
82
USUARI O •
USUARI O •
Total
W 2 7 8 . 5
1 O
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- . 5372 . 5 9 1 1
Mann-Wh itney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
M 1 4 by USUARI O
Mean Rank
3 8 . 59 4 3 . 8 3
U 1 8 4 . 0
Cases
71 USUARIO · 1 6 USUARIO · O
7 7 Total
W 2 6 3 . 0
Corxected for tias Z 2-Tailed P
- . 5602 . 5753
1 1 8
- - - - - Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum 'li Test
M 1 5 by USUARI O
Mean Rank Cases ,
3 9 . 82 74 USUARI O 1 4 8 . 9 2 6 USUARI O O
8 0 Total
Corrected for tias U 'li Z 2-Ta i led P
1 7 1 . 5 293 . 5 - . 9370 . 3487
- Mann-Wh itney U
M 1 6 by USUARI O
Mean Rank Cases
3 8 . 9 4 7 1 3 9 . 7 5 6
7 7
U 2 0 8 . 5
Mann-Wh i tney U
M 1 7 by USUARI O
Mean Rank
4 0 . 8 2 50 . 17
U 1 7 6 . 0
Cases
76 6
82
- Wi lcoxon
USUARI O USUARI O
Total
'li 238 . 5
- Wi lcoxon
USUARI O USUARIO
Total
'li 3 0 1 . 0
Rank Swn 'li Test
1 O
1 O
Corrected for ties Z 2-Tai led P
- . 0868 . 9308
Rank Sum 'li Test
Corrected for tias Z 2-Tailed P
- . 9443 . 3450
1 1 9
- - - - - Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
M l 8 by USUARI O
Mean Rank Cases
3 8 . 40 72 USUARI O 1 5 2 . 6 7 6 USUARIO O
78 Total
Corrected for t i as U W Z 2-Ta i led P
1 3 7 . 0 3 16 . 0 - 1 . 5053 . 1 322
Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
M 1 9 by USUARI O
Mean Rank Cases
3 8 . 23 70 USUARI O = 1 4 1 . 6 7 6 USUARI O O
7 6 Total
Corrected for tias U W Z 2-Ta i l ed P
1 9 1 . 0 250 . 0 - . 3728 . 7093
- Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
M 2 by USUARIO
Mean Rank
4 0 . 17 5 1 . 42
U 1 6 2 . 5
Cases
75 USUARIO · 1 6 USUARIO = O
8 1 Total
W 308 . 5
Corracted for tias Z 2-Ta i led P
- 1 . 1 5 2 3 . 2492
1 2 0
- - - - - Mann-Whi tney U - Wi l coxon Rank Surn W Test
M 2 0 by USUARIO
Mean Rank
3 0 . 0 8 3 4 . 25
U 1 3 9 . 5
Cases
54 USUARI O · 1 6 USUARIO O
60 Total
W 205 . 5
Exact 2-Ta i l ed P
. 5 8 8 1
Corrected for t i as Z 2-Ta i led P
- . 5685 . 5697
- Mann -Wh itney U - Wi lcoxon Rank Surn W Test
M 2 1 by USUARIO
Mean Rank
3 8 . 3 8 4 6 . 3 3
U 1 6 9 . 0
Cases
7 1 USUARI O · I 6 USUARI O c O
77 Total
W 2 7 8 . 0
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- . 85 4 3 . 3929
Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Surn W Test
M22 by USUARI O
Maan Rank
3 4 . 83 3 6 . 75
U 1 7 8 . 5
Cases
63 USUARIO c 1 6 USUARI O = O
69 Total
W 220 . 5
Exact 2-Ta i led P
. 82 7 4
Corrected for t i es Z 2-Ta i led P
- . 2273 . 8202
1 2 1
1 2 2
- - - - - Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
M3 by USUARIO
Mean Rank Cases
3 9 . 5 1 7 4 USUARI O c 1 5 2 . 75 6 USUARI O O
80 Total
Corrected for ties U W Z 2-Ta i led P
1 4 8 . 5 3 1 6 . 5 - L 364 1 . 1725
- Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
M4 by USUARIO
Mean Rank Cases
4 0 . 1 4 7 5 USUARIO 1 5 1 . 7 5 6 USUAR I O O
8 1 Total
Correctad for ties U W Z 2-Ta iled P
1 6 0 . 5 3 1 0 . 5 - L 1824 . 2 3 7 1
- Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
MS by USUARI O
Mean Rank Cases
3 7 . 7 1 70 USUARIO • 1 4 7 . 6 7 6 USUARIO O
7 6 Total
Corrected for tias U W Z 2-Ta i led P
1 5 5 . 0 286 . 0 - 1 . 0772 . 28 1 4
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
M6 by USUARIO
Mean Rank
3 8 . 77 5 4 . 92
U 1 2 9 . 5
Cases
73 USUARI O 1 6 USUARIO = O
79 Total
\li 3 29 . 5
Corrected for ties Z 2-Ta í led P
- 1 . 68 7 5 . 09 1 5
- Mann-IIIh ítney U - Wi lcoxon Rank Sum \li Test
M7 by USUARIO
Mean Rank
3 7 . 1 7 5 4 . 0 0
U 1 17 . 0
Cases
70 6
7 6
- Mann-Wh ítney U
M8 by USUARIO
Mean Rank
4 0 . 75 5 1 . 00
U 1 7 1 . 0
Cases
76 6
82
USUARI O =
USUARI O
Total
\li 324 . 0
- Wi l coxon
USUARIO USUARIO
Total
\li 306 . 0
1 O
1 O
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- 1 . 82 4 5 . 06 8 1
Rank Sum 111 Test
Corrected for t i as Z 2-Ta í led P
- 1 . 0296 . 3032
1 2 3
- - - - - Monn -Wh itney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
M9 by USUARIO
Mean Rank
4 0 . 3 1 4 9 . 5 8
U 173 . 5
Cases
75 USUARIO - I 6 USUARI O · O
8 1 Total
W 297 . 5
Corrected for tias Z 2-Tailad P
- . 9451 . 3446
1 2 4
ANEXO VI
ANÁLLfijE ESTATÍSTICA DA HlPÓTESE 3
- Mann-Whi tney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
P 1 by USUARIO
Mean Rank
3 9 . 1 7 4 3 . 42
U 1 9 2 . 5
Cases
72 USUARIO 1 6 USUARIO · O
7 8 Total
W 2 6 0 . 5
Corrected for ties Z 2-Tai led P
- . 4485 . 6538
- Mann-Whitney U - Wi 1 coxon Rank Sum W Test
P 10 by USUARIO
Mean Rank
4 0 . 59 3 9 . 20
U 1 8 1 . 0
Cases
75 USUARI O c 1 5 USUARIO · O
80 Total
W 1 9 6 . 0
Exact 2-Ta i l ed P
. 90 8 0
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- . 1336 . 89 3 8
- Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Tast
P l l by USUARI O
Mean Rank
3 6 . 04 4 7 . 75
U 136 . 5
Cases
67 USUARIO 1 6 USUARIO · O
73 Total
W 286 . 5
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- 1 . 3 1 73 . 1 877
1 2 5
- - - - - Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
-
P 1 2 by USUARIO
Mean Rank
4 1 . 40 4 2 , 7 5
U 220 , 5
Cases
76 USUARIO - 1 6 USUARIO - O
82 Total
W 256 , 5
Corrected for ties Z 2 -Ta i led P
-, 1 3 8 5 , 8899
- - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
P 1 3 b y USUARIO
Mean Rank Cases
4 1 . 5 7 7 6 USUARIO 1 4 0 , 58 6 USUARI O O
8 2 Total
Corrected for ties U W Z 2 -Tai led P
2 2 2 , 5 2 4 3 , 5 - , 1004 , 92 0 0
Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
P 1 4 by USUARIO
Mean Rank Cases
4 0 , 40 72 USUARIO - 1 2 8 , 67 6 USUARIO = O
7 8 Total
Corrected for tias U W Z 2-Tai led P
1 5 1 . 0 172 , 0 - 1 . 2396 , 2 1 5 1
1 2 6
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
P I S by USUARIO
Mean Rank
4 1 . 82 3 7 . 42
U 2 03 . 5
Casas
76 USUARIO ' 1 6 USUARIO · O
82 Total
W 224 . 5
Mann-Whi tney U - Wi lcoxon
P 1 6 by USUARI O
Mean Rank Cases
3 8 . 6 1 7 1 USUARI O • 1 4 3 . 58 6 USUARI O O
7 7 Total
U W 1 8 5 . 5 2 6 1 . 5
Mann-Whitney U - Wi lcoxon
P 1 7 by USUARI O
Mean Rank Cases
4 1 . 5 3 76 USUARIO • 1 4 1 . 1 7 6 USUARIO O
82 Total
U W 2 2 6 . 0 247 . 0
Corrected for ties Z 2-Tailed P
- . 4 4 5 7 . 6558
Rank Sum W Test
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- . 5295 . 5964
Rank Sum W Test
Corrected for tias Z 2-Tailed P
- . 0360 . 9 7 1 3
1 2 7
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
P 1 8 by USUARIO
Mean Rank
3 8 . 04 5 0 . 4 2
U 1 4 4 . 5
Cases
71 USUARI O · 1 6 USUARI O · O
77 Total
W 302 . 5
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- 1 . 3255 . 1850
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
P 1 9 by USUARI O
Mean Rank
3 7 . 4 2 3 8 . 4 2
U 1 9 8 . 5
Cases
68 USUARI O " 1 6 USUARI O c O
7 4 Total
W 230 . 5
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- . 1 124 . 9 105
- Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
P 2 by USUARIO
Mean Rank
4 2 . 08 2 7 . 5 0
U 1 4 4 . 0
Cases
75 USUARIO - 1 6 USUARIO c O
8 1 Total
W 1 6 5 . 0
Corrected for ties Z 2-Tailed P
- 1 . 4 8 3 1 . 13 8 0
1 2 8
- - - - - Mann-Wbitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
P20 by USUARIO
Mean Rank
2 8 . 68 4 1 . 67
U 8 9 . 0
Cases
53 USUARIO 1 6 USUARI O · O
59 Total
W 250 . 0
Exact 2-Ta i led P
. 0 8 1 3
Corrected for t i as Z 2-Ta i l ed P
- 1 . 7790 . 0752
Mann-Whitney U - W i l coxon Rank Sum W Test
P 2 1 by USUARIO
Mean Rank
3 9 . 6 8 3 1 . 00
U 1 6 5 . 0
Cases
7 1 USUARIO · 1 6 USUARIO - O
77 Total
W 1 8 6 . 0
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- . 9679 . 3 3 3 1
- Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
P22 by USUARI O
Mean Rank
3 4 . 03 3 3 . 6 7
U 1 8 1 . 0
Cases
61 USUARIO = 1 6 USUARIO O
67 Total
W 202 . 0
Exact 2 -Tai l e d P
. 97 4 4
Corrected for t i e s Z 2-Tailed P
- . 0 4 4 5 . 96 4 5
1 2 9
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Sum W Test
P3 by USUARIO
Mean Rank
4 1 . 49 2 8 . 3 3
U 1 4 9 . O
Cases
74 USUARIO 6 USUARIO
80 Total
W 170 . 0
1 O
Corrected for ties Z 2-Ta i l ed P
- 1 . 35 8 0 . 1745
- Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
P 4 by USUARI O
Mean Rank
4 1 . 77 3 1 . 3 3
U 1 6 7 . 0
Cases
75 USUARIO 1 6 USUARIO · O
8 1 Total
W 188 . 0
- Mann-Whitney U - Wi lcoxon
P 5 b y USUARI O
Mean Rank Cases
3 8 . 16 71 USUARIO 1 4 8 . 92 6 USUARI O O
77 Total
U W 1 5 3 . 5 2 9 3 . 5
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- 1 . 0657 . 2866
Rank Sum W Test
Corrected for ties Z 2-Ta i l ed P
- 1 . 1582 . 24 6 8
1 3 0
- - - - - Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
P 6 by USUARI O
Mean Rank
4 0 . 0 2 3 9 . 75
U 2 1 7 . 5
Cases
73 USUARI O " 1 6 USUARIO · O
79 Total
W 2 3 8 . 5
Corrected for ties Z 2-Ta i led P
- . 02 8 1 . 9776
- Mann-Wh itney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
P 7 by USUARI O
Mean Rank
3 6 . 39 5 6 . 50
U 9 6 . 0
Cases
69 USUARIO c 1 6 USUARI O · O
75 Total
W 3 3 9 . 0
Corrected for ties Z 2 -Ta i led P
- 2 . 2040 . 0275
- Mann-Whitney U - Wi lcoxon Rank Sum W Test
P8 by USUARIO
Mean Rank
4 2 . 2 7 3 1 . 75
U 1 6 9 . 5
Cases
76 USUARI O - 1 6 USUARIO " O
82 Total
W 1 9 0 . 5
Corrected for tias Z 2-Ta i led P
- 1 . 0528 . 2 924
1 3 1
- - - - - Mann-Whitney U - W i l coxon Rank Sum W Test
P 9 by USUARI O
Mean Rank
4 1 . 79 3 1 . 17
U 1 66 . 0
Cases
75 USUARI O · 1 6 USUARIO O
81 Total
W 187 . 0
Corrected for ties Z 2-Tailed P
- 1 . 0879 . 2766
1 3 2
ANEXO VII
ANÁLISE ESTA TtSTICA DA HIPÓTESE 4
- - - - - Mann-Whitney U - Wi l coxon Rank Surn W Test
STG by USUARIO
Mean Rank
3 8 . 9 7 2 0 . 83
U 1 0 4 . 0
Cases
68 USUARI O 1 6 USUARI O c O
74 Total
W 125 . 0
Corrected for ties Z 2-Ta i l ed P
- 2 . 0738 . 03 8 1
1 3 3
ANExo vm
ANÁLISE ESTATÍSTICA DA HIPÓTESE 5
PCl by STG2
PC1
Count
1
2
3
Co l umn
Total
Chi-Square
STG2
1
8
2 0
3
3 1
4 7 , 0
Value
Pearson 1 0 , 1 1 3 1 4 Likel ihood Ratio 1 1 , 6 7 8 90 Mantel-Haenszel test for 9 , 7 4 7 9 1
linear association
Minimu� Expected Frequency - 2 / 12 1 Cells with Expected Frequency < 5 -
2
2
1 4
5
2 1
3 1 , 8
D F
4 4 1
5 OF
Numb e r o f Mi s s ing Ob s e rvat ions : 1 0
page 1 o f 1
3
8
6
Row
Tot a l
1 0
1 5 , 2
4 2
6 3 , 6
1 4
2 1 , 2
1 4 6 6
2 1 , 2 1 0 0 , 0
Significance
, 03 8 5 6 , 0 1 9 9 1 , 00 1 8 0
9 ( 5 5 , 6 % )
1 3 4
pelO by STG2
PCI O
Pearson
Count
1
2
3
Co1urnn
Tot a l
Chi-Square
Likelihood Ratio Mantel-Haenszel test for
I
linear association
STG2
1
1
1 0
2 0
3 1
4 6 , 3
Value
4 , 0 1 8 4 9 4 , 45695 2 , 6 5 1 2 6
Minimurn Expected Frequency - r 44 8 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 9
2
1
3
1 7
2 1
3 1 , 3
DF
4 4 1
5 OF
page 1 of 1
3
2
1 3
Row
Tot a l
2
3 , 0
1 5
2 2 , 4
5 0
7 4 , 6
1 5 6 7
2 2 , 4 1 0 0 , 0
Significance
, 4 0351 , 3 47 6 8 , 10 3 4 7
9 ( 5 5 , 6 % )
1 3 5
PCll by STG2
P C l l
Count
1
2
3
Co1 umn
Tot al
Chi-Square - - - - - - - - - - -- - - - - - - - -
Pearson
Likelihood Ratio
Mantel-Haenszel test for
I
linear association
Minirnum Expected Frequency
STG2
1
8
1 3
7
2 8 4 6 , 7
Value - - - --- - - ---
4 , 7 6 1 9 0
5 , 0 0 2 7 6
4 , 5 9 2 8 1
- 3 , 0 0 0
Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 1 6
2
3
8
6
1 7 2 8 , 3
DF
4
4
1
2 OF
page 1 o f 1
3
1
6
8
I Row
Tot a l
1 2
2 0 , 0
2 7
4 5 , 0
2 1
3 5 , 0
1 5 6 0
2 5 , 0 1 0 0 , 0
Significance ------ - -----
, 3 1 2 6 1
, 2 8 7 0 1
, 03 2 1 1
9 ( 2 2 , 2 % )
1 3 6
I?C12 by STG2
P C 1 2
Pearson
Count
1
2
3
Co 1umn
Total
Chi-Square
Likelihood Ratio Mantel-Haenszel test for
linear association
STG2
1
1
4
2 7
3 2
4 7 , 1
Value
6 , 6 6 0 90 6 , 67 652
, 00 0 00
Minimum Expected Frequency - , 22 1 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 8
2
8
1 3
2 1
3 0 , 9
DF
4 4 1
page 1 o f 1
3
2
1 3
Row
T o t a l
1 1 , 5
1 4
2 0 , 6
5 3
7 7 , 9
1 5 6 8
2 2 , 1 1 0 0 , 0
significance
, 1 5493 , 15 4 0 0
1 , 00000
5 OF 9 ( 5 5, 6 % )
1 3 7
PC13 by STG2
PC 1 3
Coun t
1
2
3
Column
Total
I STG2
1
5
1 2
1 5
3 2
4 7 , 1
Chi-Square Value
Pearson 5 , 4 7 3 3 6
Like lihood Ratio 6 , 4 60 8 8
Mantel-Haenszel test for 2 , 6 9 7 3 6
linear association
Minimurn Expected Frequency - 1 , 3 2 4
C e l l s with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 8
2
1
1 1
91 2 1
3 0 , 9
DF
4
4
1
Page 1 o f 1
3
5 1
1 0
I
Row
Total
6
8 , 8
2 8
4 1 , 2
3 4 5 0 , 0
1 5 6 8
2 2 , 1 1 0 0 , 0
Significance - - - - - - - - - - - -
, 24 208
, 1 6 7 2 7
, 10 0 5 1
3 OF 9 ( 3 3 , 3 % )
1 3 8
PC14 by STG2
STG2
Count
1
P C 1 4 1 4
2 1 2
3 1 4
Column 3 0 Total 4 6 , 9
Chi-Square Value -------------------- ---------- -
Pearson 4 , 7 1 4 7 0 Likelihood Ratio 5 , 9 8 0 0 7 Mantel-Haenszel test for 2 , 9 5 3 8 3
linear association
Minimum Expected Frequency - 1 , 4 0 6 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations � 1 2
2
2
9
8
1 9 2 9 , 7
DF
4 4 1
3 OF
page 1 o f 1
3
4
1 1
1 5
2 3 , 4
9
Row
T ot al
6
9 , 4
2 5
3 9 , 1
3 3
5 1 , 6
6 4
1 0 0 , O
Significance ------------
, 31 7 8 4 , 2 0 0 6 4 , 08 5 6 7
( 3 3 , 3 % )
1 3 9
PC15 by STG2
P C 1 5
Count
1
2
3
Co 1umn
Total
Chi-Square
STG2
1
2
1 2
1 8
3 2
4 7 , 1
Value
Pearson 1 , 8 64 2 1 Likelihood Ratio 2 , 4 9994 Mantel-Haenszel test for 1 , 3 9 4 12
linear association Minirnum Expected Frequency - , 6 62 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number Df Missing Observations : 8
2
1
8
1 2
2 1 3 0 , 9
DF
4 4 1
3 QF
page 1 o f 1
3
4
1 1
Row
Total
3 4 , 4
2 4
3 5 , 3
4 1 6 0 , 3
1 5 6 8
2 2 , 1 1 0 0 , 0
Significance ------------
, 7 6072 , 6 4 4 65 , 23 7 7 1
9 ( 33 , 3 % )
1 4 0
PC16 by STG2
P C 1 6
Count
1
2
3
Column
Tot a l
I STG2
1
7
1 1
1 2
3 0
4 7 , 6
Chi-Square Value
Pearson 3 , 8 89 0 0
Likel ihood Ratio 3 , 9 1 3 2 9
Mante!-Haenszel test for 2 , 4 1 7 7 2
linear association
Minimum Expected Frequency - 2 , 38 1
Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 1 3
2
2
9
7
1 8
2 8 , 6
DF
4
4
1
3 OF
page 1 o f 1
3
1
5
9
Row
Tot a l
1 0 1 5 , 9
2 5
3 9 , 7
2 8 4 4 , 4
1 5 6 3
2 3 , 8 1 0 0 , 0
Significance - - - - - - - - - - - -
, 42 12 4
, 4 1 7 8 7
, 11 9 9 7
9 ( 3 3 , 3 % )
1 4 1
PC17 by STG2
P C 1 7
Pearson
Count
1
2
3
Co1umn
Tot a l
Chi-Square
Likelihood Ratio Mantel-Haenszel test for
linear association
STG2
1
6
1 8
8
3 2
4 7 , 1
Value
6 , 1 0 1 6 7 6 , 2 67 5 6 3 , 93815
Minirnum Expected Frequency - 2 , 20 6 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 8
2
2
1 0
9
2 1
3 0 , 9
DF
4 4 1
3 OF
page 1 o f 1
3
2
4 1 9
Row
Total
1 0 1 4 , 7
3 2
4 7 , 1
2 6
3 8 , 2
1 5 6 8
2 2 , 1 1 0 0 , 0
Significance
, 1 9 1 6 8 , 1 8 0 0 4 , 0 4 7 2 0
9 ( 3 3 , 3 % )
1 4 2
pe18 by STG2
P C 1 8
Pearson
Count
1
2
3
Column
Total
Chi-Square
Likel ihood Ratio
Mantel-Haenszel test for
STG2
1
6
1 3
1 3
3 2 5 0 , 0
Value
8 , 2 0 2 2 2
1 0 , 4 2 1 3 3
5 , 06063
linear association
Minirnum Expected Frequency - 1 , 4 0 6
Cells with Expected Frequency < 5 -
Nurnber of Missing Observations : 12
2
9
8
1 7
2 6 , 6
DF
4
4
1
3 DF
page 1 o f 1
3
5
1 0
Row
Total
6
9 , 4
2 7
4 2 , 2
3 1 4 8 , 4
1 5 6 4
2 3 , 4 1 0 0 , 0
Significance -- - - ---- - - - -
, 08 4 45
, 03 3 90
, 02 4 4 8
9 ( 3 3 , 3 % )
1 4 3
PC19 by STG2
P C 1 9
Count
1
2
3
Co 1umn
Total
Chi-Square
STG2
1
1
6
2 1
2 8
4 5 , 9
Value
Pearson 4 , 2 63 6 4 Likel ihood Ratio 4 , 64557 Mantel-Haenszel test for , 0 0 0 1 9
linear association
Minimum Expected Frequency - , 68 9 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 1 5
2
2
7
1 0
1 9
3 1 , 1
DF
4 4 1
5 OF
page 1 o f 1
3
3
1 1
Row
Total
3
4 , 9
1 6
2 6 , 2
4 2
68 , 9
1 4 6 1
2 3 , 0 1 0 0 , 0
Signi ficance
, 3 7 15 0 , 3 2 5 6 3 , 98 9 1 1
9 ( 5 5 , 6 % )
1 4 4
PC2 by STG2
PC2
Pearson
Count
1
2
3
Column
Total
Chi-Square
Likel ihood Ratio Mantel-Haenszel test for
l i near association
STG2
1
6
1 5
1 0
3 1
4 6 , 3
Value
6 , 1 1 2 9 4 7 , 7 2 5 3 1 3 , 3 0 4 5 8
Minimum Expected Frequency - 1 , 7 9 1 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 9
2
2
7
1 2
2 1
3 1 , 3
DF
4 4 1
3 OF
page 1 of 1
3
8
7
Row
T o t a l
8 1 1 , 9
3 0
4 4 , 8
2 9 4 3 , 3
1 5 6 7 2 2 , 4 1 0 0 , 0
Significance
, 1 9087 , 10 2 1 7 , 0 6 9 0 9
9 ( 33 , 3% )
'"
1 4 5
PC20 by STG2
PC20
Pearson
Count
1
2
3
Co lumn
Tot a l
Chi-Square
Likelihood Ratio
Mantel-Haenszel test for
STG2
1
5
1 6
3
2 4
5 1 , 1
Value
1 4 , 6 8 6 7 2
1 6 , 7 7 4 61
7 , 9 0 9 4 6
linear association
Mi nimurn Expected Frequency - 1 , 9 1 5
C e l l s with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing observations : 2 9
2
4
3
6
1 3 2 7 , 7
DF
4
4
1
6 OF
page 1 o f 1
3
3
7
Row
Total
9
1 9 , 1
2 2
4 6 , 8
1 6
3 4 , O
1 0 4 7
2 1 , 3 1 0 0 , 0
Significance - - - - - - - - - - - -
, 00 5 4 0
, 0 0 2 1 4
, 00 4 9 2
9 ( 6 6 , 7 % )
1 4 6
PC21 by STG2
PC2 1
Pearson
Count
1
2
3
Co1umn Total
Chi-Square
Likelihood Ratio Mantel-Haenszel test for
linear association
STG2
1
1
2 9
3 0
4 7 , 6
Value
2 , 6 8 6 5 3 2 , 7 60 8 5
, 37 9 1 1
Minimum Expected Frequency - , 2 2 2 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 1 3
2
1
1
1 7
1 9
3 0 , 2
DF
4 4 1
6 OF
Page 1 o f 1 I I I
3
1
1 3
Row
Total
1 1 , 6
3
4 , 8
5 9 9 3 , 7
1 4 6 3
2 2 , 2 1 0 0 , 0
significance
, 61 157 , 5 9861 , 53 8 0 8
9 ( 6 6 , 7 % )
1 4 7
PC22 by STG2
PC22
Count
1
2
3
Col umn
Total
Chi-Square
I STG2
1
6
1 4
4
2 4 4 3 , 6
Value
Pearson 4 , 8 6077
Likelihood Ratio 4 , 7 52 0 9
Mantel-Haenszel t e s t for , 80 6 3 9
linear association
Minimum Expected Frequency - 3 , 309
Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 2 1
2
4
1 0
3
1 7 3 0 , 9
DF
4
4
1
4 OF
page 1 of 1
3
4
4
6
Row
Tot a l
1 4 2 5 , 5
2 8
5 0 , 9
1 3
2 3 , 6
1 4 5 5
2 5 , 5 1 0 0 , 0
Significance
, 30 1 8 8
, 3 1 3 6 9
, 3 6919
9 ( 4 4 , 4 % )
1 4 8
PC3 by STG2
P C 3
Pearson
Count
1
2
3
Co1umn
Total
Chi-Square
Likelihood Ratio Mantel-Haenszel test for
STG2
1
4
2 2
5
3 1
4 7 , 0
Value
1 2 , 8 4 0 6 4 1 4 , 3 1 7 05
9 , 7 98 7 2 linear association
Minimurn Expected Frequency - 1 , 5 91 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 10
2
3
9
8
2 0
3 0 , 3
DF
4 4 1
3 DF
page 1 o f 1
3
5
1 0
Row
Total
7
1 0 , 6
3 6
5 4 , 5
2 3 3 4 , 8
1 5 6 6
2 2 , 7 1 0 0 , 0
Significance
, 0 1 2 0 8 , 0 0635 , 0 0 1 7 5
9 ( 3 3 , 3% 1
1 4 9
PC4 by STG2 STG2
Count
1
PC4 1 6
2 2 2
3 3
2
6
9
6
page 1 o f 1
3
8
7
Row
Total
1 2
1 7 , 9
3 9 5 8 , 2
1 6
2 3 , 9
Co1umn
Total
3 1 2 1 1 5 6 7
4 6 , 3 3 1 , 3 2 2 , 4 1 0 0 , 0
Chi-Square Value
Pearson 1 1 , 9 0 7 2 2 Likelihood Ratio 1 4 , 4 5 6 4 8 Mantel-Haenszel test for 6 , 7 6 4 7 4
linear association
Minimum Expected Frequency - 2 , 6 8 7 Cells with Expected Frequency < 5 -
Nurnber of Missing Observations : 9
DF
4 4 1
3 OF
Si gnificance
, 0 18 0 5 , 00 5 9 7 , 0 0 9 3 0
9 ( 3 3 , 3 % )
1 5 0
PC5 by STG2
PC5
Count
1
2
3
Co 1umn
Total
Chi-Square - ---- ----- - -- - - -- -- -
pearson
Li kelihood Ratio
Mantel-Haenszel test for
l i near association
STG2
1
5
1 5
9
2 9
4 4 , 6
Value -- - - - ----- -
5 , 65 8 2 7
6 , 8 8 9 8 8
4 , 5 5 4 8 4
Minirnurn Expected Frequency - 1 , 615
Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 1 1
2
2
1 2
7
2 1
3 2 , 3
DF
4
4
1
3 OF
page 1 of 1
3
6
9
Row
Total
7
1 0 , 8
3 3
5 0 , 8
2 5 3 8 , 5
1 5 6 5
2 3 , 1 1 0 0 , 0
Significance - -- - ---- -- - -
, 2 2 6 1 6
, 1 4 1 8 2
, 03 2 8 3
9 ( 33 , 3% )
1 5 1
PC6 by STG2
PC6
Pearson
Count
1
2
3
Co1umn
Total
Chi-Square
Likelihood Ratio Mante!-Haenszel test for
STG2
1
1 0
1 5
5
3 0
4 6 , 2
Value
l 4 , 02917 1 3 , 1 4 4 7 6
7 , 9 5 1 8 8 linear association
Minimum Expected Frequency - 3 , 2 3 1 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observations : 1 1
2
3
1 5
2
2 0
3 0 , 8
DF
4 4 1
page 1 of 1
3
1
6
8
Row
T o t a l
1 4
2 1 , 5
3 6
5 5 , 4
1 5
2 3 , 1
1 5 6 5 2 3 , 1 1 0 0 , 0
significance
, 00 7 2 0 , 0 10 5 9 , 00 4 8 0
4 O F 9 ( 4 4 , 4 % )
1 5 2
PC7 by STG2
PC7
Count
1
2
3
Colurnn
Total
chi-Square
STG2
I 1
1 0
1 4
6
3 0
4 8 , 4
Value
Pearson 1 0 , 9 5 7 1 2
Likelihood Ratio 1 3 , 7 0 1 7 6
Mantel-Haenszel test for 8 , 4 2 8 5 0
linear association
Minimum Expected Frequency - 3 , 6 1 3 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missíng Observations : 14
2
6
7
5
1 8
2 9 , O
D F
4
4
1
3 OF
Page 1 of 1
3
5
9
Row
Total
1 6
2 5 , 8
2 6
4 1 , 9
2 0
3 2 , 3
1 4 62
2 2 , 6 1 0 0 , 0
Significance
, 02 7 0 5
, 00 8 3 1
, 00 3 6 9
9 ( 3 3 , 3 % )
1 5 3
PC8 by STG2
PC8
Count
1
2
3
Column
Total
Chi-square
STG2
1
9
1 7
6
3 2
4 7 , 1
Value
Pearson 1 2 , 5 2 4 9 8 Likelihood Ratio 1 4 , 3 4 2 1 1 Mantel-Haenszel test for 10 , 7 8 0 7 3
l i near association
Minimum Expected Frequency - 2 , 8 6 8 Cells with Expected Frequency < 5 -
Number of Missing Observati ons : 8
2
4
1 1
6
2 1
3 0 , 9
DF
4 4 1
3 OF
page 1 o f 1
3
5
1 0
Row
Total
1 3
1 9 , 1
3 3
4 8 , 5
2 2
3 2 , 4
1 5 6 8 2 2 , 1 1 0 0 , 0
Significance
, 01 3 8 5 , 00 6 2 8 , 00103
9 ( 3 3 , 3 % )
1 5 4
PC9 by STG2
P C 9
Count
1
2
3
Co lumn
Total
Chi-Square
STG2
1
4
1 9
9
3 2
4 7 , 8
Value
2
2
1 0
9
2 1
3 1 , 3
DF
Pearson 3 , 0 0 9 5 9 4 Likel ihood Ratio 4 , 2 1560 4 Mantel-Haenszel test for 1 , 3 5 4 7 4 1
linear association
Minimurn Expected Frequency - 1 , 2 5 4 Cells with expected Frequency < 5 - 4 OF
Number of Missing Observations : 9
page 1 of 1
3
9
5
Row
Total
6 9 , 0
3 8
5 6 , 7
2 3
3 4 , 3
1 4 6 7 2 0 , 9 1 0 0 , 0
Significance
, 55 62 2 , 3 7 7 6 1 , 2 4 4 4 5
9 ( 4 4 , 4 % )
1 5 5