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TRABALHO ESCOLAR SOBRE ANTONIO GRAMSCI
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A Vida De Antonio Gramsci Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Antonio Gramsci
Filosofia do século XX
Escol
a/Tr
adiçã
o:
marxismo, marxismo ocidental, bolchevismo
Data
de
nasci
ment
o:
22 de janeiro de 1891
Local
:
Ales, Sardenha, Itália
Data
de
faleci
ment
o
27 de abril de 1937 (46 anos)
Local
:
Roma, Lácio, Itália
Princ
ipais
política, ideologia, cultura
inter
esses
:
Ideia
s
notá
veis
hegemonia cultural, guerra de posição, a distinção entre intelectuais "tradicionais" e "orgânicos"
Trab
alhos
notá
veis
Cadernos do Cárcere
Influ
encia
do
por:
Alighieri, Bergson, Croce,Engels, Hegel, Labriola,Lenin, Luxemburgo,Maquiavel, Marx, Mosca,P
areto, Sorel, Trotsky, Vico
Influ
ência
s:
Althusser, Anderson, Aricó,Arrighi, Bauman, Berman,Bobbio, Bourdieu, Butler,Castoriadis, Couti
nho, Eco,Eagleton, Fernandes, Freire,Garaudy, Hall, Hardt, Harvey,Hobsbawm, Konder, Laclau,L
osurdo, Mariátegui, Mouffe,Negri, Pasolini, Portantiero,Poulantzas, Said, Vianna,Žižek, Wallerstei
n, West,Williams
Parte da série sobre o
Marxismo
Trabalhos[Expandir]
Sociologia[Expandir]
Economia[Expandir]
História[Expandir]
Filosofia[Expandir]
Representantes[Expandir]
Crítica[Expandir]
v • e
Antonio Gramsci (Italiano: [anˈtɔːnjo ˈɡramʃi] ( ouvir); Ales, 22 de janeiro de 1891 —Roma, 27 de abril de 1937) foi um filósofo marxista, jornalista, crítico literário epolítico italiano. Escreveu sobre teoria política, sociologia, antropologia e linguística. Foi membro-fundador e secretário-geral do Partido Comunista da Itália, e deputado pelo distrito do Vêneto, sendo preso pelo regime fascista de Benito Mussolini. Gramsci é reconhecido, principalmente, pela sua teoria da hegemonia cultural que descreve como o Estado deve usar, nas sociedades ocidentais, as instituições culturais para conservar o poder.
Índice
[esconder]
1Biografia
2Obras
3Teoria
o 3.1Hegemonia e bloco hegemónico
3.1.1A hegemonia na história italiana
o 3.2As classes subalternas
o 3.3Consciência de classe
o 3.4O partido político
o 3.5Os intelectuais e a educação
o 3.6Literatura nacional popular
o 3.7A crítica a Croce
o 3.8Materialismo histórico
o 3.9O Estado e a sociedade civil
o 3.10Historicismo
o 3.11Crítica do economicismo
4Influências
o 4.1Pensadores importantes para Gramsci
o 4.2Pensadores influenciados por Gramsci
5Críticas às ideias de Gramsci
o 5.1Aspectos positivos ressaltados por alguns autores
o 5.2Aspectos negativos de acordo com outros autores
6No Brasil
o 6.1Nos meios académicos
o 6.2Influência nos partidos políticos: o anti-centralismo
7Ver também
8Referências
9Ligações externas
Biografia[editar | editar código-fonte]
Antonio Gramsci nasceu no norte da ilha mediterrânea da Sardenha. Era o quarto dos sete filhos de Francesco Gramsci. Sua família passou por diversas comunas da Sardenha até finalmente instalar-se em Ghilarza.
Em 9 de agosto de 1898, seu pai foi preso sob a acusação de peculato, concussão efalsidade ideológica e, em 27 de outubro de 1900, foi condenado à pena mínima de 5 anos, 8 meses e 22 dias de cadeia, com a atenuante do pequeno
valor, pena que seria cumprida emGaeta. Sem poder contar com os ganhos do pai, a família Gramsci viveu anos de extrema miséria, que a mãe enfrentou vendendo sua herança e trabalhando como costureira. [1] [2]
Tendo sido um bom estudante, Gramsci venceu um prêmio que lhe permitiu estudar literaturana Universidade de Turim. A cidade de Turim, à época, passava por um rápido processo deindustrialização, com as fábricas da Fiat e Lancia recrutando trabalhadores de várias regiões da Itália. Os sindicatos se fortaleceram e começaram a surgir conflitos sociais-trabalhistas. Gramsci frequentou círculos comunistas e associou-se com migrantes sardos.
Sua situação financeira, no entanto, não era boa. As dificuldades materiais moldaram sua visão do mundo e tiveram grande peso na sua decisão de filiar-se ao Partido Socialista Italiano.
Gramsci, em Turim, tornou-se jornalista. Seus escritos eram basicamente publicados em jornais de esquerda como o Avanti (órgão oficial do Partido Socialista). Sua prosa e a erística de suas observações lhe proporcionaram fama.
Sendo escritor de teoria política, Gramsci produziu muito como editor de diversos jornais comunistas na Itália. Entre estes, fundou, juntamente com Palmiro Togliatti, em 1919, o L'Ordine Nuovo - e contribuiu para La Città Futura.
O grupo que se reuniu em torno de L'Ordine Nuovo aliou-se com Amadeo Bordiga e a ampla facção Comunista Abstencionista dentro do Partido Socialista. Isto levou à organização do Partido Comunista Italiano (PCI) em 21 de janeiro de 1921. Gramsci viria a ser um dos líderes do partido desde sua fundação, porém subordinado a Bordiga até que este perdeu a liderança em 1924. Suas teses foram adotadas pelo PCI no congresso que o partido realizou em 1926.
Em 1922 Gramsci foi à Rússia representando o partido e lá conheceu sua esposa, Giulia Schucht, uma jovem violinista com a qual teve dois filhos.
Esta missão na Rússia coincidiu com o advento do fascismo na Itália e Gramsci - que a princípio havia considerado o fascismo apenas como uma forma a mais de reação da direita - retornou com instruções da Internacional no sentido de incentivar a união dos partidos de esquerda contra o fascismo. Uma frente deste tipo teria idealmente o PCI como centro, o que permitiria aos comunistas influenciarem e eventualmente conseguirem a hegemonia das forças de esquerda, até então centradas em torno do Partido Socialista Italiano, que tinha uma certa tradição na Itália, enquanto o Partido Comunista parecia relativamente jovem e radical. Esta proposta encontrou resistências quanto à sua implementação, inclusive dos comunistas, que acreditavam que a Frente Única colocaria o jovem PCI numa posição subordinada ao PSI, do qual se tinha desligado. Outros, inversamente, acreditavam que uma coalizão capitaneada pelos comunistas ficasse distante dos termos predominantes do debate político, o que levaria ao risco do isolamento da Esquerda.
Em 1924, Gramsci foi eleito deputado pelo Vêneto. Ele começou a organizar o lançamento do jornal oficial do partido, denominadoL'Unità, vivendo em Roma enquanto sua família permanecia em Moscou.
Tumulo de Gramsci em Roma
Em 1926, as manobras de Stalin dentro do Partido Bolchevique levaram Gramsci a escrever uma carta ao Komintern, na qual ele deplorava os erros políticos da oposição de esquerda(dirigida por Lev Davidovitsch Bronstein e Zinoviev) no Partido Comunista Russo, porém apelava ao grupo dirigente de Estaline para que não expulsasse os opositores do Partido. Togliatti, que estava em Moscou como representante do PCI, recebeu a carta, abriu-a, leu-a e decidiu não entregá-la ao destinatário. Este facto deu início a um complicado conflito entre Gramsci e Togliatti que nunca chegou a ser completamente resolvido. Togliatti divulgaria a obra de Gramsci após sua morte, mas evitou cuidadosamente qualquer menção às simpatias de Gramsi por Trotsky.
Em 8 de novembro de 1926, a polícia italiana prendeu Gramsci e o levou à prisão romana deRegina Coeli. Posteriormente, ele seria condenado a 5 anos de confinamento na remota ilha deÚstica. No ano seguinte, foi condenado a vinte anos de prisão em Turi, próximo a Bari (Puglia). Sua saúde neste momento começava a se degradar rapidamente. Em 1932, um projeto para a troca de prisioneiros políticos entre Itália e União Soviética, que poderia dar a liberdade a Gramsci, falhou. Em 1934, sua saúde estava seriamente abalada, e ele recebeu a liberdade condicional, após ter passado por alguns hospitais em Civitavecchia, Formia e Roma. Gramsci faleceu aos 46 anos, algum tempo depois de ter sido libertado.
Obras[editar | editar código-fonte]
A obra escrita de Antonio Gramsci é normalmente dividida cronologicamente em antes e depois da sua prisão pela ditadura fascistaitaliana.
No período pré-cárcere, Gramsci escreveu ensaios sobre literatura e teoria política, publicados em jornais operários e socialistas. No Brasil, uma parte desses textos foi publicada no livro Escritos políticos.
Do período passado no cárcere, há duas obras: as Cartas do cárcere, contendo mensagens escritas a parentes ou amigos e que foram posteriormente reunidas para publicação, e os 32 Cadernos do Cárcere, de 2.848 páginas, que não eram destinados a publicação: trazem reflexões e anotações redigidas entre 8 de fevereiro de 1929 e agosto de 1935, quando seus problemas de saúde se agravam. Foi Tatiana Schucht, sua cunhada, que os organizou, sem todavia levar em conta sua cronologia.
Depois do final da guerra, os Cadernos, revisados por Felice Platone, foram publicados pela editora Einaudi – juntamente com as cartas que, da prisão, escrevia a familiares – em seis volumes, ordenados por temas, com os seguintes títulos:
Il materialismo storico e la filosofia di Benedetto Croce 1948
Gli intellettuali e l'organizzazione della cultura 1949
Il Risorgimento 1949
Note sul Machiavelli, sulla política e sullo Stato moderno 1949
Letteratura e vita nazionale 1950
Passato e presente 1951
Foi somente em 1975, graças a Valentino Gerratana, que os Cadernos foram publicados segundo a ordem cronológica em que foram escritos. Também foram reunidos, no mesmo volume, todos os artigos de Gramsci publicados no Avanti!, no Grido del popolo e emL'Ordine nuovo.
Antonio Gramsci foi uma das referências essenciais do pensamento de
esquerda no século 20, co-fundador do Partido Comunista Italiano.
Nascido em Ales, na Sardenha, em uma família pobre e numerosa, filho de
Francesco Gramsci, Antonio foi vítima, antes dos 2 anos, de uma doença que o
deixou corcunda e prejudicou seu crescimento. No entanto, foi um estudante
brilhante, e aos 21 anos conseguiu um prêmio para estudar Letras na
universidade de Turim.
Gramsci frequentou os círculos socialistas e entrou para o Partido Socialista
em 1913. Transformou-se num jornalista notável, um escritor articulado da
teoria política, escrevendo para o "L'Avanti", órgão oficial do Partido Socialista
e para vários jornais socialistas na Itália.
Em 1919, rompeu com o partido. Militou em comissões de fábrica e ajudou a
fundar o Partido Comunista Italiano em 1921, junto com Amadeo Bordiga.
Gramsci foi à Rússia em 1922, onde representou o novo partido e encontrou
Giulia Schucht, uma violinista com quem se casou e teve 2 filhos. A missão
russa coincidiu com o advento do fascismo na Itália. Gramsci retornou com a
missão de promover a unidade dos partidos de esquerda no seu país.
Em 8 de novembro de 1926, a polícia fascista prendeu Gramsci e, apesar de
sua imunidade parlamentar, levaram-no à prisão. Recebeu uma sentença de
cinco anos de confinamento e, no ano seguinte, uma sentença de 20 anos de
prisão em Turi, perto de Bari.
Um projeto para trocar prisioneiros políticos entre a Itália e a União Soviética
falhou em 1932. Dois anos depois, bastante doente, ganhou a liberdade
condicional, para tratar-se em hospitais. Morreu em Roma, aos 46 anos.
Gramsci escreveu mais de 30 cadernos de história e análise durante a prisão.
Conhecidas como "Cadernos do Cárcere" e "Cartas do Cárcere", contêm seu
traço do nacionalismo italiano e algumas idéias da teoria crítica e educacional.
Para despistar a censura fascista, Gramsci adotou uma linguagem cifrada, em
torno de conceitos originais ou de expressões novas. Seus escritos têm forma
fragmentária, com muitos trechos que apenas indicam reflexões a serem
desenvolvidas.
Suas noções de pedagogia crítica e instrução popular foram teorizadas e
praticadas décadas mais tarde por Paulo Freire no Brasil. Gramsci
desacreditava de uma tomada do poder que não fosse precedida por
mudanças de mentalidade. Para ele, os agentes principais dessas mudanças
seriam os intelectuais e um dos seus instrumentos mais importantes, para a
conquista da cidadania, seria a escola.
Gramsci promoveu o casamento das idéias de Marx com as de Maquiavel,
considerando o Partido Comunista o novo "Príncipe", a quem o pensador
florentino renascentista dava conselhos para tomar e permanecer no poder.
Para Gramsci, mais ainda do que para Maquiavel, os fins justificam os meios e
qualquer ato só pode ser julgado a partir de sua utilidade para a revolução
comunista.