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ABARÉ :Um modelo de atendimento
para a Amazônia
Dr. Fabio Tozzi-
• Vivem da caça, pesca, coletas da floresta, e lavouras regionais, sendo muito baixa a circulação de moeda ;
Quadro de Exclusão Social e Insuficiência de Políticas
• Doenças simples se tornam graves por falta de intervenção efetiva, com altos índices de desnutrição e mortalidade infantil ;
• Somente 7,5% com acesso ao Ensino Médio completo ;
• 47,5 % da população é menor de 15 anos.
• Já não conseguem garantir a própria subsistência em função dos desmatamentos ;
Criado na Constituição Federal de 1988, o Sistema Único de SCriado na Constituição
Federal de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem como princípios
a universalidade do atendimento, a equidade
das ações, a descentralização dos serviços ea participação social em seu controle.
(SUS) tem como princípiosa universalidade do atendimento, a equidade
das ações, a descentralização dos serviços ea participação social em seu controle.
O Abaré na Atenção Básica de Saúde para os Povos da Floresta
Contexto - resumo
• Baixa densidade populacional
• Grandes distâncias – escassas vias de transporte
• Dificuldade de interiorização – equipe médica –baixa relação médico/habitante
• Pequeno investimento em saúde (reais/habit.)
• Pequena cobertura suplementar
• Baixa arrecadação
• Rede de assistência de saúde pouco aparelhada
• Agravos decorrentes da falta de acesso ao serviço de saúde e infraestrutura/saneamento
• Microregião - índices agravados
Ordenamento territorial
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
EstadosDensidade
DemográficaChefe domicílio ñalfabetizado (%)
Domicílios c /Esgotamentosanitário (%)
Domicílios c/Abastecimento
de água (%)IDH – M
Acre 3,65 29,04 19,50 36,09 0,692
Amapá 3,33 18,07 6,15 50,75 0,751
Amazonas 1,79 22,15 20,00 60,03 0,717
Pará 4,96 23,11 7,40 42,64 0,720
Rondônia 5,80 16,17 3,69 30,75 0,729
Roraima 1,45 17,58 10,71 79,24 0,749
Tocantins 4,17 22,43 2,75 66,26 0,721
Maranhão 17,00 32,00 9,21 52,95 0,647
MatoGrosso 2,77 14,95 15,66 63,67 0,767
Amazônia Legal 4,99 21,72 10,56 53,60 0,721
Brasil 19,92 16,73 47,24 77,82 0,764
Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde financiados por recursos próprios
UF
Federal Estadual Municipal Total
TotalPor
habitanteTotal
Por habitante
TotalPor
habitanteTotal
Por habitante
RO 186 118,95 179 114,39 108 69,17 473 302,50
AC 149 240,86 133 213,93 37 58,86 319 513,65
AM 362 115,01 702 222,89 220 69,78 1.284 407,68
RR 66 172,63 85 221,40 29 76,79 180 470,82
PA 704 102,73 436 63,70 305 44,55 1.445 210,98
AP 77 140,90 142 259,63 28 50,65 247 451,18
TO 187 148,47 186 147,46 112 88,34 485 384,27
MA 636 105,60 374 62,08 231 38,34 1.241 206,02
MT 354 128,68 345 125,35 293 106,42 991 360,45
AmazôniaLegal 2.721 110,99 2.580 105,26 1.361 55,53 6.664 271,78
BRASIL 33.703 180,10 16.032 88,30 16.369 90,15 65.105 358,55
Despesa total em milhões de reais; despesa por habitante em reais.
Fonte: MS/SCTIE/DES/SIOPS/SPO/SE/FNS/IBGE
Cobertura da Saúde Suplementar
UF Beneficiários População%
Cobertura
Rondônia 84.450 1.590.001 5,31
Acre 41.381 703.432 5,88
Amazonas 496.792 3.389.072 14,66
Roraima 9.633 415.281 2,32
Pará 658.449 7.249.160 9,08
Amapá 57.584 636.654 9,04
Tocantins 50.353 1.358.922 3,71
Maranhão 285.237 6.265.077 4,55
Mato Grosso 286.295 2.910.264 9,84
Amazônia Legal 1.970.174 24.517.863 8,04
Brasil 46.225.819 189.335.187 24,41
Fonte: ANS/ Período:Jun/2007
Distribuição Medico por habitanteUF População Ativos Medico/
1.000 Hab
Rondônia 1.590.001 1.259 0,792
Acre 703.432 548 0,779
Amazonas 3.389.072 3.120 0,921
Roraima 415.281 450 1,084
Pará 7.249.160 5.451 0,752
Amapá 636.654 522 0,820
Tocantins 1.358.922 1.443 1,062
Maranhão 6.265.077 3.649 0,582
Mato Grosso 2.910.264 3.195 1,098
Amazônia Legal 24.517.863 19.637 0,801
Brasil 189.335.187 322.556 1,704
Fonte: CFM http://www.portalmedico.org.br/novoportal/index5.aspAcesso nov/2007
Relação Médico/Habitante
• no interior do Pará, observa-se a maior
relação média do país (1/4.466 hab.),
desempenho que resulta do fato de 73,3%
os médicos ativos do estado estarem
concentrados na capital Belém, que reúne
apenas 20,4% da população do estado.
Estradas região Norte-logica da da Saude Fluvial
Interiorização da medicina :
MODELO DA SAÚDE BÁSICA- Adaptado ao contexto ribeirinho da Amazonia
- Ativo
- Participativo
- Integrado às Políticas Públicas
- Replicável
- Região do Oeste do Pará
- 3 Municípios
- 150 Comunidades
- 30.000 Beneficiários
TERRITORIALIDADE DEFINIDA
UNIDADES MÓVEIS DE SAÚDE
ABARÉ: desde 2006 / Tapajós
NOVO BARCO: 2009-10 / Arapiuns
ABARÉ – PSF Itinerante
- COBERTURA:Rio Tapajós 3 Municípios Santarem
Aveiro e Belterra
- PÚBLICO: aprox. 13 mil Ribeirinhos72 Comunidades
-CUSTEIO ANUAL: R$ 1 milhão
- CUSTO PER CAPITA/ANO: R$ 76,92
PROFISSIONAL
MUNICÍPIOS
AVEIRO BELTERRA SANTARÉM
Médico 1/0 1 1
Odontólogo 1 1 1
Bioquímico 0 0 1
Enfermeiro 1 2 2
Técnico de Higiene dentária 1 1 1
Técnico de Enfermagem 2 3 4
Técnico de Laboratório 1 1 1
Cozinheira 0 0 1
Tripulação 0 0 1
Arte Educador 0 0 0
TOTAL 6/7 9 13
ABARÉ – QUADRO DE RECURSOS HUMANOS
•DVD
ABARÉ – PSF ItineranteAlguns Resultados
Fonte: Brasil, Norte, Pará – DATASUS (2007)Abaré – Sosniski, Cristina (2008), Pesquisa Socioeconômica e de Saúde, e Relatórios do Abaré
POLITICA PUBLICA DE INTERIORIZAÇÂO
A MS 2192 de dez 2010- e portaria n. 2488 de 21 de outubro de 2011 cria as ESF-Fluviais-baseado na
experiência exitosa do AbaréHoje temos 28 USF F na AM e MS
Experiência AbaréIniciou em 2006 pelo Projeto Saúde e Alegria
financiado pela ONG Holandesa TDHCom o objetivo de desenvolver tecnologia de
atenção básica adaptada para Amazônia e populações ribeirinhas
Com objetivo final de transferência para o poder publico integralmente em 2014
Em 2008 após parcerias com Prefeituras de STM Aveiro e Belterra conquista o premio de melhor
experiência exitosa pelo CONASEMSO Ministério da Saúde baseado nesta
experiência cria a MS 2191 que regulamenta as ESF-Fluviais, oferecendo pagamento muito
diferenciado aos municípios da Amazônia e MSDesta forma o modelo Abaré criou um modelo adaptado e adequado à atenção básica das
populações ribeirinhas de toda a Amazônia e MS Hoje 28 equipes já atuam nesta região e a
perspectiva de mais 60 nos próximos 2 anos
Recebe regularmente recursos federais e Municipais- inscrito como ESF fluvial no CNES
dos municípios de STM Aveiro e BelterraApesar do acordo inicial do TDH / PSA e Prefeituras de transferência em 2014 da
embarcação ainda permanece sob a gestão do TDH apesar de estar há 3 anos recebenco os
recursos da MS 2191Existe a necessidade da concretização da posse da embarcação para os Municípios para plena
gestão
O MS através do DAB liberou recursos para a compra do mesmo e também vislumbra a
transformação do mesmo em um hospital escola flutuante que deve desenvolver mais ainda esta
politica publica na Amazônia Hoje na gestão TDH é alugado a prefeitura de
STM , realiza atividades irregulares como aluguel do barco a instituições religiosas para atuação na
área de saúde.Não esta realizando as atividades fins e
acordadas na portaria MS-2191 frente aos municípios de Aveiro e Belterra e irregularmente
no de STM.
CONCLUSÃO
Modelo de atenção básica em saúde, baseado em PSF itinerante, integrado ás políticas publicas de saúde adotado para outras regiões da Amazônia que deve ser integralmente absorvido e gerido pelo poder publico na esfera municipal.