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ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR – ABM YARA CORRÊA DOS SANTOS APLICAÇÃO DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA PORTÁTIL NO COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL NO ESTADO DE GOIÁS

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ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR – ABM

YARA CORRÊA DOS SANTOS

APLICAÇÃO DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA PORTÁTIL NO COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL

NO ESTADO DE GOIÁS

GOIÂNIA – GO2015

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YARA CORRÊA DOS SANTOS

APLICAÇÃO DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA PORTÁTIL NO COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL

NO ESTADO DE GOIÁS

Artigo Científico, apresentado à ABMGO, como parte das exigências para conclusão de Curso de Formação de Oficiais e obtenção do título de Aspirante a Oficial, sob orientação do Sr. TC QOC Carlos Borges dos Santos.

GOIÂNIA – GO2015

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YARA CORRÊA DOS SANTOS

APLICAÇÃO DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA PORTÁTIL NO COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL

NO ESTADO DE GOIÁS

Artigo Científico, apresentado à ABMGO, como parte das exigências para conclusão de Curso de Formação de Oficiais e obtenção do título de Aspirante a Oficial, sob orientação do Sr. TC QOC Carlos Borges dos Santos.

Goiânia, ____de___________de 2015

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________OFICIAL PRESIDENTE

_________________________________________________OFICIAL MEMBRO

_________________________________________________OFICIAL MEMBRO

NOTA

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A Deus, pai misericordioso e bom. Sеυ fôlego dе vida еm mіm mе fоі sustento е mе dеυ coragem para continuar nos momentos mais difíceis.

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"Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho,

mais sorte eu tenho."

Thomas Jefferson

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APLICAÇÃO DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA PORTÁTIL NO COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL NO ESTADO DE GOIÁS

Yara Corrêa Dos Santos1

RESUMO

Este trabalho tem relevante importância, sobretudo, no auxilio em tomada de decisões para segurança do bombeiro militar no combate a incêndio florestal no estado de Goiás, no que tange a redução dos riscos provocados pelo comportamento do fogo, uma vez que informações sobre condições meteorológicas são de fundamental relevância para as ocorrências do Corpo e Bombeiros Militar do Estado de Goiás. O objetivo consistiu em avaliar a importância do uso da estação meteorológica portátil no combate aos incêndios florestais no estado, para tanto, foram analisados o bioma do cerrado, a topografia e condições climáticas, assim como a interferências dos mesmos no comportamento do fogo durante os incêndios florestais.

Palavras Chaves: corpo de bombeiros militar do estado de Goiás; incêndios florestais; comportamento do fogo; estação meteorológica portátil.

Cadete do 3° ano do Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, formada em Gestão em Segurança Pública pela Faculdade Unida de Campinas – FacUNICAMPS e Técnica em Meteorologia pela Escola de Especialistas de Aeronáutica - EEAR. Fone: (62) 9948-9167. E-mail: [email protected]

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ABSTRACT

This work is of great significance, especially in assistance in making decisions

for the safety of military firefighter in fighting forest fires in the state at Goiás, regard-

ing the reduction of risks caused by the fire behavior, since information on weather

conditions are of fundamental relevance to the events of the Body and Goiás Military

Fire Department. The aim was to assess the importance of using portable weather

station on combating forest fires in the state, therefore, the cerrado biome were ana-

lyzed, topography and weather conditions, as well as the interference of them in fire

behavior during the events .

Key words: Goiás Military Fire Department; forest fires; fire behavior; portable

weather station.

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Sumário

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................9

2 REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................................................11

2.1 Bioma Cerrado......................................................................................................................11

2.2 Incêndio Florestal.................................................................................................................12

2.2.1 Material combustível....................................................................................................13

2.2.2 Topografia.....................................................................................................................14

2.2.3 Condição Climática.......................................................................................................14

2.2.3.1 Vento........................................................................................................................16

2.2.3.2 Umidade Relativa......................................................................................................18

2.3 Estação Meteorológica Portátil............................................................................................19

3 METODOLOGIA.............................................................................................................................23

4 CONCLUSÃO.................................................................................................................................24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................................25

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1 INTRODUÇÃO

O estado de Goiás está localizado no Centro-Oeste Brasileiro e tem

como vegetação nativa predominante o Cerrado. De acordo com Cardoso et

al. (2009) esse bioma é o segundo maior do país e cerca de um quinto de

toda sua extensão geográfica pertence ao estado de Goiás.

O bioma Cerrado é muito susceptível ao fogo devido está geralmente

distribuído em regiões de clima seco e quente de estações bem definidas

entre seca e chuvosa. O acúmulo anual de biomassa seca, de palha, acaba

criando condições tão favoráveis à queima que qualquer descuido com o uso

do fogo, ou a queda de raios no início da estação chuvosa, acabam por

produzir incêndios (COUTINHO, 2006).

Os incêndios que ocorrem no bioma cerrado estão baseados na

perfeita assimilação dos fatores que influenciam o comportamento do fogo,

pois pode se precisar quais os esforços e medidas a serem tomadas, quais os

meios mais indicados para o eficiente combate de cada tipo de incêndio, bem

como pode se prever os riscos que os combatentes vão encontrar e as

formas de saná-los. (CARVALHO, 2009).

No combate aos incêndios florestais presenciam-se por vezes

situações extremas, onde se perspectivam enormes danos, justificando assim

um esforço maior na tentativa de controlar a situação. Essa motivação,

combinada com o elevado stress e desgaste físico, pode induzir os elementos

numa maior exposição ao risco, ignorando que a tragédia mais provável que

dali pode advir, é um acidente com a própria equipe. (MARTINS, 2013).

Como a propagação do fogo em vegetação é dinâmica e sofre

mudanças abruptas decorrentes da alteração das condições meteorológicas,

a guarnição de bombeiros militares respondedora deverá ficar atenta. Ela

deve aproveitar as eventuais diminuições da intensidade do fogo causadas

por mudanças de vento, aumentos de umidade ou reduções de temperatura

locais, planejando, inclusive, caso haja condições de segurança, o emprego

do combate noturno, devido às condições serem mais favoráveis em

decorrência da diminuição da temperatura diária e aumento da umidade

relativa do ar, característicos desse período da noite. (CBMERJ, 1997)

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Logo, visando à segurança do bombeiro militar do estado de Goiás,

esse trabalho propõe o uso de uma estação meteorológica portátil para medir

os parâmetros meteorológicos que influenciam o comportamento do fogo em

um incêndio florestal, de tal forma, que as condições de segurança nas

operações no âmbito do CBMGO sejam alcançadas. Para isso, faremos uma

revisão da literatura abordando o bioma do cerrado, incêndio florestal,

comportamento do fogo e a aplicação da estação meteorológica portátil no

combate a incêndio florestal.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Bioma CerradoDe acordo com o Neto (2008), o Bioma é um grande ecossistema

uniforme e estável com fauna, flora e clima próprio, adaptado a diferentes

regiões do planeta. Ex.: florestas temperadas, florestas tropicais, campos,

desertos, cerrado.

A vegetação do Cerrado é caracterizada por árvores de até 20 m de

altura e arbustos de pequeno e médio porte dispostos em maior ou menor

grau de dispersão sobre um estrato herbáceo. No sentido lato, reconhecem-

se cinco fisionomias distintas, relacionadas a seguir em ordem de conteúdo

de biomassa (do menor ao maior): campo limpo, campo sujo, campo cerrado,

cerrado stricto sensu e cerradão (GOODLAND, 1972; COUTINHO, 1990). Figura 1: Tipos fisionômicos do bioma Cerrado.

Fonte: (COUTINHO,1990)

De acordo com a Norma Operacional 03 do CBMGO (2010), o solo do

cerrado goiano se destaca pela deficiência em nutrientes e pelos altos teores

de ferro e alumínio, abrigando plantas de aparência seca, na maioria arbustos

esparsos sob uma manta de gramíneas, armazenando em seu subsolo

reservas significativas de água doce.

O Cerrado típico é constituído por árvores relativamente baixas (até

vinte metros), esparsas, disseminadas em meio a arbustos, subarbustos e

uma vegetação baixa constituída, em geral, por gramíneas. Assim, o Cerrado

contém basicamente dois estratos: um superior, formado por árvores e

arbustos dotados de raízes profundas, situado entre 15 a 20 metros; e um

inferior, composto por um tapete de gramíneas de aspecto rasteiro, com

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raízes pouco profundas, Na época seca, este tapete rasteiro parece palha,

favorecendo, sobremaneira, a propagação de incêndios. (CODEVASF, 2010)

O clima, do tipo tropical sazonal, pode ser dividido em duas estações

bem definidas: uma seca, que tem início no mês de maio, terminando no mês

de setembro, e outra chuvosa, que vai de outubro a abril. Durante o período

chuvoso, é comum a ocorrência de veranicos, ou seja, períodos sem chuva.

Durante a estação seca, a umidade relativa é baixa e a evaporação alta,

sendo que a precipitação pode ser zero em alguns meses. A temperatura

média anual fica em torno de 22-23 °C. As condições climáticas do bioma

contribuem significativamente para o aumento da ocorrência de incêndios

florestais, que podem ser de origem natural ou antrópica. (MMA, 2011)

2.2 Incêndio FlorestalPodemos citar algumas denominações utilizadas para o termo

“incêndio florestal”, são elas: fogo no mato; fogo em vegetação; queimada;

incêndio rural; incêndio florestal; incêndio ambiental e incêndio de biomassa

vegetal. Na realidade, os termos acima citados, são denominações

encontradas na literatura pertinente ao assunto em questão, que vão resumir

“a propagação do fogo sem controle em qualquer forma vegetativa em um

ambiente natural”. Logo, ao utilizarmos a designação de “incêndios florestais”

não estamos restringindo aos incêndios que eclodem e se propagam em

áreas cobertas de arvoredo, que são mais comumente associadas à ideia de

“floresta”, independentemente de ser natural ou plantada. No nosso conceito

incluímos todos os incêndios que ocorrem em espaços rurais, áreas

florestadas e zonas agrícolas, que podem ser igualmente susceptíveis ao

risco de incêndio. Além disso, a designação dos incêndios florestais varia

naturalmente de um país para outro. Na Europa, o termo forest fire é utilizado

desde há muitos anos pela comunidade científica, com o conceito de

“incêndios em espaços abertos”, ou seja, em “florestas”. Nos Estados Unidos

da América, emprega-se a designação de wildland fires, ou, abreviadamente,

a de wildfires. Estas designações tanto podem ser interpretadas como sendo

referidas a incêndios que ocorrem em áreas “selvagens”, isto é não cultivadas

ou naturais, ou como sendo referidas a incêndios que ocorrem sem controle,

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de uma forma indesejada. Na Austrália utiliza-se a designação de bushfires,

correspondendo ao conceito de espaços abertos cobertos de vegetação

natural, que naquele país recebe a designação genérica de bush. No Brasil, a

expressão “incêndio florestal” ganha maior força ou repercussão na mídia ou

na sociedade quando ocorre fogo fora de controle nos biomas brasileiros.

(CBPMESP, 2010)

Enfim, o incêndio Florestal é todo fogo sem controle que incide sobre

qualquer forma de vegetação, podendo ter sido provocado pelo homem

(intencional ou negligência) ou por fonte natural. O fogo se propaga, de

acordo com as condições climáticas, topográficas e de material combustível

(acúmulo e continuidade), geralmente liberando luz, chamas, fumaça e

grandes quantidades de energia, alcançando altas temperaturas. (FILHO,

2010)

2.2.1 Material combustível

Material combustível é qualquer componente orgânico vivo ou morto,

no solo, abaixo do solo, ou no ar, capaz de entrar em ignição e queimar.

Combustíveis são encontrados em uma infinita combinação de tipo,

quantidade, tamanho, forma, posição e arranjo, no ambiente florestal. Os

combustíveis do cerrado são classificados também de acordo com sua a

rapidez em queimar que pode ser de queima lenta e rápida. O de queima

lenta gera uma grande quantidade de calor, queimam em superfície e

profundidade e apresentam pequena velocidade de propagação, como

exemplos: troncos de árvores e raízes centenárias. Os de queima rápida são

aqueles que queimam de forma rápida e apresentam as seguintes

características: geralmente apresentam um grande poder de propagação;

oferecem maior perigo no seu combate, acarretando maior atenção para uma

área de segurança ou escape, como exemplos: gramíneas, arbustos, árvores

jovens, etc. (CARVALHO, 2007)

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Figura 2: Combustível de queima rápida no Parque Serra Dourada.

Fonte: (CARVALHO, 2007)

2.2.2 Topografia

Topografia é o formato de superfície da Terra. Quanto mais íngreme a

superfície, mais rápida é a propagação do fogo pelo efeito da convecção e

radiação sobre os combustíveis não queimados. (ICMBio, 2010)

Tendo em vista o fato de que o ar quente sobe, quando se tem um

incêndio em um aclive, o ar quente vai aquecendo os combustíveis que estão

num plano mais alto, fazendo com que seja aumentada sobremaneira à

velocidade de propagação do fogo. É também importante saber que

normalmente o vento sopra no aclive durante o dia, e no declive durante a

noite. Influem ainda na propagação, as condições de topografia, no fato de

que declives muito acentuados podem fazer com que combustíveis

inflamados possam rolar e propagar o fogo. (CBPMESP, 2010)Figura 3: Incêndio no Parque Serra Dourada, Goiás.

Fonte: Assessoria de imprensa CBMGO, 2007.

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A topografia do cerrado local se apresenta bastante acidentada e

íngreme com elevações entre 600 m (Serra de São Francisco) e 1004 m

(Serra Dourada), fator que dificulta segundo o CBMGO o combate a

incêndios. (CARVALHO, 2007)

2.2.3 Condição Climática

Diversas variáveis da condição climática interferem nos incêndios

florestais. Entretanto, a temperatura, a umidade relativa do ar, o vento e a

precipitação são as que mais afetam os incêndios florestais. A combinação

entre elas é que vai determinar os efeitos do clima sobre o fogo. Um exemplo

é o período de chuvas, com altos índices pluviométricos, que reduz quase

que por completo os riscos de fogo. No entanto, nas estações secas, com um

longo período sem chuvas, os riscos de incêndio aumentam muito. (UOV,

2010)Figura 4: Distribuição mensal dos focos de calor encontrados no estado de 2000 a 2011.

Fonte: (BRITO, 2015)

Ao todo foram analisados 92.637 focos de calor sobre o estado de

Goiás entre os anos de 2000 e 2011. Deste total, 80,2% estavam

concentrados nos meses de agosto, setembro e outubro, com 21%, 40,3% e

18,9% dos focos, respectivamente. Deppe et al. (2004) encontraram

resultados semelhantes para o estado do Paraná, com 70% dos focos de

calor concentrados no mesmo período. Para o estado do Mato Grosso, que

possui parte do seu território coberto pelo Cerrado e condições climáticas

semelhantes à de Goiás, Souza et al. (2012) destacam que os meses de

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maior ocorrência de focos de calor estão entre agosto e outubro. (BRITO,

2015)

Para França et al. (2007), o período da seca é caracterizado pelo uso

frequente do fogo por pecuaristas locais para promover o rebrotamento das

forrageiras, fato este que justifica o grande número de focos de calor durante

a época. Possivelmente os meses de agosto a outubro associam condições

climáticas favoráveis para o uso do fogo com o período que pecuaristas o

utilizam para o manejo da terra (KOPROSKI et. al., 2011). Neste sentido,

Soares e Santos (2002) alertam que os incêndios florestais no Brasil estão

concentrados de julho a outubro, pois representa a estação mais seca do ano

em praticamente toda extensão territorial brasileira.

O clima é um dos fatores mais importantes para a ocorrência dos

incêndios florestais, tanto no aspecto preventivo, quanto na fase de combate

ao fogo. No aspecto preventivo, o clima impõe mudanças gradativas nas

características do material combustível. Já na fase de combate, os ventos e a

umidade relativa do ar são considerados os mais importantes parâmetros

meteorológicos que afetam a propagação dos incêndios florestais. (UOV,

2010)

2.1 Vento

O vento é o parâmetro meteorológico mais variável e menos previsível

durante um incêndio florestal. Quanto mais rápido for o vento, maior será a

propagação do fogo, porque o vento renova o oxigênio na área de

combustão, aumenta a área de contato do combustível com a alta

temperatura da combustão, desidrata os materiais combustíveis e dissemina

partículas incandescentes que funcionam como novo ponto de ignição. (UOV,

2010)

De forma geral, quanto maior é a velocidade do vento, maiores serão a

intensidade da queima e a velocidade de propagação do incêndio na direção

do vento. Ou seja, o vento induz uma tendência de propagação do fogo.

(PYNE, 1996)

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Conforme relatado em Hargrove (2000), podemos dividir os efeitos da

velocidade do vento em três classes: ventos fracos (WS 0), com velocidades

variando entre 0 a 5 km/h; ventos moderados (WS 1), com velocidades

variando entre 5 a 20 km/h e; ventos fortes (WS 2), com velocidades maiores

do que 20 km/h. Para dessas três classes de velocidades do vento, um fator

de tendência direcional é usado para modificar a probabilidade de

propagação para as células vizinhas. Para WS 0 todos os fatores de

tendências são iguais a 1. Valores maiores de velocidade do vento para WS 1

e WS 2 aumentam a probabilidade de propagação do fogo para células na

direção do vento.

Figura 5: Fatores de tendências e simulação dos efeitos da direção do vento.

Fonte: (PYNE, 1996)

Para sabermos a velocidade e intensidade dos ventos, é utilizado um

aparelho chamado anemômetro. Instrumento que fornece uma importante

informação durante o combate a incêndio. No entanto, normalmente, não se

dispõe desse aparelho no campo e, para estimar a velocidade do vento, usa-

se a escala de Beaufort que fornece, empiricamente, uma estimativa dessa

velocidade. (CBPMESP, 2010)

Em terrenos planos e sem ventos a forma dos incêndios tende a ser

circular. Quando se inicia um vento, a frente do fogo tende a ficar com maior

intensidade e com maior velocidade na direção do vento e a forma do

incêndio passa a ser elíptica. Em áreas de terrenos acidentados, com ventos

irregulares e com combustíveis dispostos de forma heterogênea o fogo

assume uma forma irregular.

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Normalmente é esta a situação encontrada na maioria dos incêndios

florestais. (UOV, 2010)Figura 6: Propagação do incêndio em função do vento.

Fonte: (ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS, 2003)

Por questões de segurança, é fundamental o bombeiro conhecer as

partes de um incêndio. A parte que avança na direção do vento, rapidamente

e com maior intensidade, é chama de frente ou cabeça, mas também

conhecida por linha de fogo. É neste local que o fogo é mais alto. A cauda ou

base está situada em direção oposta. Ela avança lentamente. Os flancos ou

os lados são as laterais do fogo e são identificados como direitos ou

esquerdos em relação à frente do fogo. Observe que com mudanças nas

condições climáticas como a direção dos ventos, a frente pode mudar de

direção. Esta situação é de alto risco porque o fogo pode cercar os

bombeiros. (UOV, 2010)

2..2 Umidade Relativa

A Umidade relativa do ar definida como a relação entre a quantidade

de vapor d’água contido num certo volume de ar (pressão real de vapor

d’água) e a quantidade que este mesmo volume conteria se estivesse

saturado (pressão máxima de vapor d’água). A interação do teor de umidade

relativa com a temperatura do ar atmosférico determina a capacidade de

secagem do material combustível. A UR tanto pode facilitar, quanto pode

dificultar o início e a propagação dos incêndios florestais. (UOV, 2010)Tabela 1: Correlação entre UR e o comportamento do fogo.

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Fonte: (UOV, 2010)

A umidade relativa age diretamente nas características de inflamabilidade do

material combustível e na propagação do fogo. (UOV, 2010) Tabela 2: Correlação entre UR e o comportamento do fogo.

Fonte: (UOV, 2010)

A determinação da umidade relativa é feita com instrumento

apropriado, denominado psicrômetro. (FILHO, 2010)

Enfim, esses fatores meteorológicos são determinantes do

comportamento do fogo. Quanto mais forte for o vento, mais rápido o fogo se

propagará. O ar seco e a alta temperatura fazem com que os combustíveis

florestais sequem mais rapidamente, favorecendo sua ignição, ativação e

posterior combustão. (IBAMA, 1998)

2.3 Estação Meteorológica Portátil

Estação meteorológica é um local onde são usados diferentes tipos de

instrumentos desenvolvidos para a realização de observações e relatórios

sobre o estado de tempo em várias partes do mundo. (CPTEC, 2010)Figura 7: Estação Meteorológica Automática.

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Fonte:http://www.pce-medidores.com.pt/fichas-dados/images/estacao- meteorologica-pce-

fws20-encomenda.jpg

Os instrumentos meteorológicos são equipamentos utilizados para

adquirir dados meteorológicos (anemômetro/vento, termômetro/temperatura

do ar, pressão atmosférica/barômetro, psicrômetro/umidade relativa do ar e

etc.). (INMET, 2010)

O anemômetro é o instrumento meteorológico usado para medir a

direção e a velocidade do vento. O tipo mais comum é o anemômetro de

conchas de Robinson. O termômetro é o instrumento usado para medir a

temperatura. As diferentes escalas usadas em meteorologia são: Celsius,

Fahrenheit e Kelvin ou Absoluto. O psicrômetro é o instrumento utilizado na

medição da umidade ou conteúdo de vapor de água da atmosfera. (CPTEC,

2010)

Em meados da década de 1980, foram construídas as primeiras estações

meteorológicas portáteis para uma resposta de gestão de emergências com

produtos perigosos. O conceito era entregar dados no local para os respondedores

na cena do incidente, desastre - um conceito revolucionário na época. Logo estes

equipamentos se tornaram ferramentas muito úteis para os bombeiros. (COASTAL,

2008)Figura 9: Estação Meteorológica Portátil Kestrel 4500.

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Fonte: http://www.westernsafety.com/products/KestrelMeters/kestrel2012.html

De acordo com a descrição do equipamento no Manual de Instrução do

Kestrel 4500, pela sua dimensão e escasso peso, é uma verdadeira estação

meteorológica portátil fabricada nos Estados Unidos e que pode ser

empregue qualquer lugar. Com apenas um pressionar de botão são

representadas graficamente todas as informações meteorológicas e com

valores numéricos das medições precisas das condições ambientais mais

importantes como vento, temperatura, umidade relativa, entre outras. Ideal

para bombeiros florestais e outros profissionais que precisam de informações

meteorológicas precisas para tomar decisões cruciais. São utilizadas pelas

Forças Armadas norte-americanas e por diversos órgãos de prevenção e

controle de desastres naturais, como bombeiros e defesa civil, em vários

países.

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Figura 8: Estação Meteorológica Portátil SkyWatch Geos 11

Fonte: http://www.ntechusa.com/images/geos11/geos11_color_labels.jpg

De acordo com o Manual de Instrução do SkyWatch Goes 11, esta é

uma estação meteorológica portátil, de alta precisão, concebida 

especialmente para uso intensivo em ambientes de condições extremas. Na

sua fabricação são usados componentes de elevada qualidade. Os sensores

para medição de pressão, velocidade do vento, umidade relativa e

temperatura são fabricados na Suíça. O equipamento é ideal para equipes de

combate  a incêndios na gestão dos riscos florestais e propagação das

chamas. Além de em outras atividades, o equipamento também pode ser

utilizado em ocorrências com produtos perigosos.

Com os parâmetros meteorológicos (vento, temperatura e umidade relativa)

coletados pela estação meteorológica portátil também é possível determinar índices

de perigo de incêndios.

Os índices de perigo de incêndios são números que refletem

antecipadamente a probabilidade de ocorrer um incêndio, assim como a facilidade

do mesmo se propagar, de acordo com as condições atmosférico do dia ou da

frequência de dias. (BATISTA, 1990)

Por exemplo: o Índice de Angstron. Desenvolvido na Suécia, este índice

baseia-se fundamentalmente na temperatura e umidade relativa do ar, ambos

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medidos diariamente às 13 horas. Não é um índice cumulativo. A equação do índice

é a seguinte:

B = 0,05H – 0,1(T – 27)

Sendo:

B = índice de Angstron

H = umidade relativa do ar em %

T = temperatura do ar em °C

Sempre que o valor de “B” for menor do que 2,5 haverá risco de

incêndio, isto é, as condições atmosféricas do dia estarão favoráveis à

ocorrência de incêndios. (BATISTA, 1990)

Recentemente, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal abriu

edital de licitação para compra de estação meteorológica portátil para usar

como meio de fazer com que os bombeiros do Distrito Federal se antecipem à

situação e, assim, procedam com medidas de controle de forma a evitar uma

pior evolução da situação em ocorrências de produtos perigosos. (PREGÃO

LETRÔNICO Nº 35/2013- DICOA/DEALF/CBMDF)

As ferramentas e equipamentos usados no combate aos incêndios

florestais, de acordo com Manual do Aluno do Estágio de Prevenção e

Combate a Incêndio Florestal (2010), devem ser produtivos, eficientes,

versáteis, portáteis, duráveis, simples e padronizados. Logo a estação

meteorológica portátil com suas características anteriormente mencionadas,

se enquadrada nas especificações dos equipamentos usados no combate aos

incêndios florestais se tornando aplicável para o uso do combatente nestas

ocorrências.

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3 METODOLOGIA

O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos do estudo exploratório,

por meio de uma pesquisa bibliográfica, que, segundo Gil (2008, p.50) é

desenvolvido a partir de material já elaborado, constituído de livros e artigos

científicos. Bem como, pesquisas em sites.

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4 CONCLUSÃO

O combate aos incêndios florestais está diretamente relacionado com o

comportamento fogo e seus os fatores condicionantes, não devendo o mesmo

ser efetuado sem uma boa análise dos mesmos.

A força dos ventos influencia diretamente na velocidade de propagação

e na direção do fogo, logo é um fator determinante que devido à sua

variabilidade no cenário do incêndio é difícil de prever. Sendo, desta forma, o

vento uma informação preciosa para o combate.

Já a temperatura e a umidade relativa, embora sejam condições de

tempo mais estáveis, contribuem para uma análise do perigo do incêndio.

O bombeiro deve estar atento ao uso de equipamentos de proteção

individual, equipamentos de proteção coletiva, bem como observar regras

básicas de segurança durante o atendimento das ocorrências.

Portanto, a estação meteorológica portátil é uma ferramenta de grande

utilidade para os  bombeiros militares. Pois a aplicação da estação

meteorológica portátil no combate a incêndio florestal no estado de Goiás

permitirá a previsão das condições de perigo, possibilitando a adoção de

medidas preventivas em bases mais eficientes e auxiliando a tomada de

decisões no cenário das ocorrências.

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