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| Visite nosso site: www.livrariacultura.com.br | ABRIL - 2006 N º 142 Especial DVD Sensibilidade à flor da pele Referência quando o assunto é moda e elegância, Gloria Kalil ressalta a importância de ser civilizado PÁGS. 4 e 5 O editor e tradutor Cláudio Giordano embrenhou-se numa luta hercúlea: recuperar obras relegadas ao esquecimento PÁGS. 8 e 9 Em Férias pagãs, a trilha dos antigos turistas romanos PÁG. 6 Por que, por quê, porque e porquê: Eduardo Martins desfaz a confusão PÁG. 7 O fino do jazz, do clássico e da MPB PÁG. 10 C R I S E ? de reestruturação Associar crise a sofrimento é um equívoco, no entender do médico psiquiatra Paulo Gaudencio. Crises, segundo ele, são processos de adaptação às mudanças que fazem parte da vida. E não apenas são necessárias, como positivas, pois levam à renovação PÁGS. 2 e 3 É tempo

ABRIL - 2006 N 142 E É tempo de reestruturação · 2009-07-26 · à flor da pele Referência quando o ... pre traz consigo uma oportunida-de e um risco. ... pessoas descobriram

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A B R I L - 2 0 0 6 N º 1 4 2

Especial DVD

Sensibilidade

à florda pele

Referência quando o assuntoé moda e elegância, Gloria Kalil ressalta a importânciade ser civilizadoPÁGS. 4 e 5

O editor e tradutor CláudioGiordano embrenhou-senuma luta hercúlea:recuperar obras relegadasao esquecimentoPÁGS. 8 e 9

Em Férias pagãs,a trilha dos antigos turistas romanosPÁG. 6

Por que, por quê,porque e porquê:Eduardo Martinsdesfaz a confusãoPÁG. 7

O fino do jazz, doclássico e da MPBPÁG. 10

CRISE?de reestruturação Associar crise

a sofrimento é umequívoco, no entender do

médico psiquiatra Paulo Gaudencio.Crises, segundo ele, são processosde adaptação às mudanças que

fazem parte da vida. E não apenassão necessárias, como positivas,

pois levam à renovação PÁGS. 2 e 3

É tempo

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Quando se fala em crise, a pri-meira idéia que vem à cabe-

ça é a de sofrimento. Para o médi-co psiquiatra Paulo Gaudencio,entretanto, crise é uma coisa boa.É um processo de ajuste interiorque permite, ao indivíduo, acom-panhar as mudanças que ocorremconstantemente em sua vida.Acontece quando a idéia caminhae a estrutura fica para trás.

“O homem tem idéias de pro-fissão, de amor, de vida. Para con-cretizá-las, precisa de uma estrutu-ra que lhe dê sustentação. Eu meformei, tinha uma idéia de profis-são, abri um consultório. Comecei atrabalhar, aprendi, minha idéiacaminhou e a estrutura ficou defa-sada. O que vai acontecer? Vaihaver uma desestruturação, umareestruturação e um período de pazaté a idéia caminhar de novo e euter uma nova crise e criar novos ali-cerces. Crise é para sempre”, afir-ma o terapeuta, que hoje dirige oInstituto Paulo Gaudencio, prestaconsultoria a empresas, realizaseminários, palestras e tem várioslivros publicados: Minhas razões,tuas razões, Mudar e vencer,Manual do prazer, Manual doprazer para mulheres, Men atWork – Como o ser humanopode se tornar e se manterprodutivo.

Baseado em sua experiênciaclínica de mais de 40 anos, eleconstata que as pessoas reagem deforma diferente às crises. “Algunscaminham com a idéia, outros semantêm estruturados. Quem cami-

nha com a idéia eu chamo dejovem, sem critério de idade. Tenho72 anos e me considero muitojovem, estou desestruturando tudopara reestruturar. Quem é estrutu-rado eu chamo de velho, tambémsem critério de idade. Conheço tan-tos velhos de 30 anos que já che-garam à verdade final, não têm

mais dúvidas, não querem mudarnada no seu relacionamento afeti-vo, na profissão.”

Nas empresas, que vêm pas-sando por transformações numavelocidade incrível, essas discre-pâncias são bastante visíveis, con-forme ressalta o psiquiatra. Suas

estatísticas indi-cam que 30% dosprofissionais acei-tam as mudanças,30% não queremmudar nada e 40%ficam em cima domuro. Se ganhar amudança, os inde-cisos aderem, 10%dos que eram con-trários se conver-tem e 20% aca-bam sobrando.“Cri-se é um impasseconstante entre aminha parte jo-vem, que quer fa-zer um monte demudanças, e a mi-nha parte velha,que reluta em des-montar coisas queforam construídas.

E não é fácil mesmo, pois a genteama as coisas que construiu”,admite. “Mas também não é sofri-mento; é uma mudança, que sem-pre traz consigo uma oportunida-de e um risco.”

Dar ou não um passo à fren-te... Até que a decisão seja toma-da, o processo gera angústia e

ansiedade, não há como evitar:“Fico angustiado quando o impul-so pede uma coisa, a consciênciamanda outra e eu não escolho. Eenquanto não tomo a decisão ficomeio dividido, ansioso. É o medonormal que a gente sente antesque algo aconteça. Sentir umpouco de ansiedade e angústia écoisa do ser humano. Ninguém vaimorrer por causa disso. Ser madu-ro, nesse momento, é agüentar aansiedade e a angústia até que setenha elementos concretos. Tomaruma decisão precipitada acabacom a ansiedade, mas pode trazerarrependimento.”

Paulo Gaudencio observa queas crises podem ser decorrentes defatores internos ou externos. “Sãointernos quando percebo quetenho de mudar alguma coisa naminha forma de trabalhar ou nasminhas relações afetivas, por exem-plo. A maneira como estou agindonão dá mais certo, e eu perceboisso dentro de mim. De repente, aspessoas descobriram que há umestilo gerencial mais eficiente – emvez de berrar, criar condições para ooperacional produzir cada vezmelhor –, e isso implica abandonara estrutura antiga e aprender umoutro jeito de me relacionar com ossubordinados. O convívio com meufilho ou com minha mulher nãoestá legal. Primeiro impulso: aculpa é deles. Mas o que eu estoufazendo para não deixar que sejalegal? O que tenho de mudar paraque volte a ser legal?”

CONJUNTO NACIONALAv. Paulista, 2.073CEP 01311-940São Paulo, SPTel: (11) 3170-4033Fax: (11) 3285-4457

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Direção geral: Pedro Herz Direção executiva: Mara MohmariAssessoria editorial: ML Jornalismo Empresarial - Tel: (11) 3887-1930Jornalistas responsáveis: Lays Sayon Saade (Mtb 10.825) e MiriamSaade Haddad (Mtb 10.496) - e-mail: [email protected] Colaboração especial: Mirian Paglia Costa Projeto gráfico: Idéia VisualImpressão: Editora IBEP. As resenhas são de responsabilidade dasrespectivas editoras.

2 | e-mail: [email protected] | www.livrariacultura.com.br |

LIVRARIA CULTURA NEWS - Abril 2006 Publicação interna da Livraria Cultura

ENTREVISTA

O outro ladoda crise

Paulo Gaudencio: “Amigo não é quem põe nocolo, é quem fala a verdade”

Petr

ônio

Cin

que

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Por outro lado, existem as cri-ses que a gente não pediu, que“caem no nosso colo”, como elediz. Quando se perde o empregoou alguém que se ama, por exem-plo. “Não fui eu que caminhei coma idéia; aquilo simplesmente acon-teceu. Um fato desses desmontauma estrutura. E agora? Ou afundoem sofrimento ou desestruturo ereestruturo para encontrar a pazpor um período – até a idéia cami-nhar e eu ter mais uma crise láadiante. Primeiro passo para areestruturação: não ficar parado. Oburro de Buridan atravessou odeserto, seguiu no oásis morto decansaço, fome e sede e estancouindeciso exatamente na metade dadistância entre a comida e a bebi-da. E de pensar morreu o burro.Não fique parado. Conscientize-sede que, durante um período, teráde agüentar a ansiedade e aangústia e procure enxergar asoportunidades que se abrem. Sevocê foi mandado embora, quemsabe não encontrará um trabalhomais compensador?”

“Quando se perde uma pes-soa querida, é fundamental fazero luto”, alerta. “A dor é muitogrande, mas não adianta se anes-tesiar, pois ela virá um dia maistarde. Sinta essa dor, não finja quenão aconteceu. Não se banhe deendorfina, discuta aquilo, trabalhea perda, o luto. Além disso, vocêterá de lidar com a culpa de conti-nuar vivo. O outro morreu e euestou vivo, sujeito a prazeres sen-síveis como comer, beber, ter umanova vida afetiva e sexual, um tra-balho de que eu goste. Algo den-tro de mim diz ‘que bom que euestou vivo’ e me faz sentir culpa-do, apesar da dor pela perda.Trabalhe também essa culpa. Euperdi, mas estou vivo e tenho odireito de recompor as coisas.”

Para os receosos, o terapeutagarante: “Crise é a coisa mais sau-dável do mundo. É sinal de quevocê está vivo. Se não tem crise,morreu.A idéia não caminhou, vocênão tem mais dúvidas, chegou àverdade final. Durante a crise eutenho ansiedade, um pouco de

angústia, mas tenho um objetivo.Vou perder algumas coisas, porémvou ganhar outras. Se parei, nãoganho mais nada.” O problema dadepressão, segundo ele, não decor-re da crise, e sim de não saber lidarcom a agressividade e colocar limi-te no seu espaço vital. “Há umalinhada que não vale uma briga, aíhá outra e mais outra e, no fim,você está todo amarrado e deprimi-do por linhadas que não valiamuma briga. Você não entra emdepressão quando engole um sapo,você entra em depressão de tantogirino que engole.A agressividade éfundamental, entretanto, é precisousá-la de forma adequada.Tem queser duro na bola, não na canela.”

Ser companheiro em tempo decrise, a seu ver, é incentivar o outroa dar um passo à frente. Essa cam-panha que muitos fazem paraimpedir que o outro entre em crisenada mais é que “um truque parafugir da própria crise pessoal”. Oapoio afetivo é importante, e mos-trar que você não concorda com aforma de agir do outro não signifi-ca que você esteja contra ele.“Amigo não é quem põe no colo, équem fala a verdade. Se estouerrado, amigo é quem fala paramim, inimigo é quem fala de mim,o resto não importa.”

“Se eu quiser me arrumar porfora, preciso de um espelho parapoder enxergar”, diz Paulo Gau-dencio. “Se eu quiser me arrumarpor dentro, preciso ainda mais deum espelho, ou seja, de um amigoque espelhe para mim a minhamaneira de agir, me ajudando aver em que ponto meu comporta-mento é adequado ou inadequa-do. Quando você está em crise,não consegue enxergar mesmo.Portanto, procure pessoas paraconversar, para ouvir uma opiniãosincera. Mas, pelo amor de Deus,não peça conselhos sobre comovocê deve agir. Cada um tem deser dono do próprio destino.Enfrente a crise e não tenha medode se desestruturar, pois certa-mente você vai se reestruturarsempre melhor. Crise é o prenún-cio de uma nova vida.”

VITRINE

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Companhia de BolsoO POVO BRASILEIRODarcy RibeiroPor que o Brasil ainda não deu certo?Quando chegou ao exílio no Uruguai, em1964, o autor procurou responder a essapergunta. O resultado está neste livroque, por meio de uma explanação históri-co-antropológica, aborda a formação dopovo brasileiro e a configuração quetomou ao longo do tempo.

STÁLINA corte do czar vermelhoSimon Sebag MontefioreNesta biografia de Stálin e de seus asses-sores mais próximos, o autor expõe emminúcia a vida cotidiana e os bastidoresdo Kremlin. Revela memórias e diáriosinéditos do líder soviético e de outrasfiguras importantes, trazendo entrevistascom sobreviventes e descendentes des-ses poderosos personagens.

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49 CONTOS DETENNESSEE WILLIAMSTennessee WilliamsNesta reunião de todos os seus contos, oautor – dono de uma narrativa descritacomo “absolutamente envolvente” –apresenta uma galeria de personagensfrágeis, perdidos, insensatos, quase sem-pre vítimas de desejos descomedidos.São construídos com tamanho afeto queapaixonam o leitor de imediato.

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LEMONY SNICKET:AUTOBIOGRAFIANÃO AUTORIZADAOs leitores das Desventuras em série dosórfãos Baudelaire perguntam: Quem éLemony Snicket? Por que em suas rarasfotografias ele está sempre de costas? Porque dedicou a vida ao caso Baudelaire?Com base em documentos secretos eassustadores, a obra esclarece os mistériosque envolvem a vida do autor.

PERSÉPOLIS 3Marjane SatrapiFugindo da violência política e religio-sa em que o Irã estava mergulhado,Marjane embarcou para o exílio na Áus-tria. Neste terceiro volume de sua auto-biografia em quadrinhos, ela narra asgrandes mudanças que enfrentou naadolescência, sozinha num país ociden-tal, obrigada a refazer todas as rela-ções afetivas.

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VITRINE

4 | Livraria Cultura no Shopping Villa-Lobos – São Paulo | [11] 3024-3599 |

O JULGAMENTODE PARISGeorge M. TaberNuma degustação às cegas, promovi-da em Paris no ano de 1976, expertsfranceses elegeram dois vinhos ameri-canos – Stag’s Leap Wine CellarsCabernet Sauvignon e ChateauMontela Chardonnay – como osmelhores do mundo. O autor relata averdadeira história e a extensa reper-cussão desse mítico evento.

A PROMESSA PERRICONENicholas PerriconeCom um programa que ajuda a reverter oprocesso de envelhecimento, o autor mos-tra que a beleza vem mesmo de dentro.Segundo ele, as poderosas substânciaschamadas peptídeos e neuropeptídeos,semelhantes a proteínas, revitalizam a pelee os cabelos, fortalecem o sistema imuno-lógico, entre outros benefícios.

EU APRENDI!Vários autoresOs participantes do reality show OAprendiz 2 relatam passo a passo o quefizeram para conseguir bons resultadosnos desafios profissionais propostos aolongo do programa.As lições que aprende-ram – relatadas neste livro – são práticas eservem de inspiração para obter sucessona carreira e nos negócios.

A CABALA E A PRÁTICADO MISTICISMO JUDAICODavid A. CooperEste livro explica os fundamentos daCabala para o público leigo, incluindoexercícios sobre como aplicá-la nodia-a-dia. O rabino Cooper apresentarelatos inspiradores e ensinamentospreciosos da tradição mística judaica,mostrando como é possível sentir aproximidade de Deus.

ECONOMETRIA BÁSICADamodar GujaratiEste livro expõe os métodos da econome-tria tradicional (método de análise dedados estatísticos) e suas limitações demaneira simples, ilustrando com exem-plos reais, resolvidos passo a passo.Fornece ainda um estudo da econometriade séries temporais e enfatiza a interpre-tação dos conceitos de forma intuitiva.

N inguém é chique se não forcivilizado. A frase tornou-se

o slogan da consultora de modaGloria Kalil. Seja nas dicas que elatransmite na rádio Eldorado e naspalestras que profere constante-mente, seja no conteúdo de seusite, livros e artigos em jornais erevistas, seu conselho essencialpara aqueles que se preocupamcom a melhor maneira de se apre-sentar e de se relacionar com osoutros é: acima de tudo, seja ele-gante na maneira de agir.

Para a consultora, o primordialé estabelecer a ética no cotidiano:“Vivemos num mundo extrema-mente narcisista, com as pessoasvoltadas para o próprio umbigo.Está na hora de olhar também paraos outros e seguir uma dinâmica deinteração, de civilidade. A etiquetarepresenta a norma de convivênciacom o outro, com o lugar onde semora, com o seu redor. É o princípioda civilidade. Ninguém é chique senão tiver essa interação. Não adian-ta só estar com uma roupa bonita.Chique não é aparência, não é ima-gem, é comportamento.”

Paulistana, de família tradicio-nal, Gloria freqüentou o requintadoColégio Des Oiseaux, das cônegasde Santo Agostinho, convivendocom a elite da cidade. Já formadaem sociologia e política, resolveu sededicar ao jornalismo, onde acabouenveredando para o lado da moda.Na década de 1970, casada com oindustrial Roberto Kalil, começou atrabalhar na Scala d´Oro, que, naépoca, era uma das mais renoma-das tecelagens brasileiras.

Não demorou muito para quese tornasse um nome de destaque

na área. Inovadora, ela trouxe parao Brasil a griffe italiana Fiorucci,uma das primeiras linhas de jeans emoda jovem no país. O sucesso damarca representada pelos dois anji-nhos foi enorme. “Foi uma épocaintensa, em que fabricamos as rou-pas, tivemos lojas próprias e fran-quias. Eu, que tinha conhecimentoda matéria-prima, do tecido, passeia entender também do produtofinal. Infelizmente, em 1993, amarca quebrou na Itália e tivemosde encerrar nossas atividades.”

A partir daí, Gloria passou a sededicar integralmente à consulto-ria de estilo e negócios de moda.“Assim como a etiqueta, a modaera considerada fútil, até as pes-soas perceberem que é parte docomportamento, de um sistema derenovação permanente que faz omundo capitalista girar”, observa.“Esse sistema não diz respeitoapenas à roupa. Não há uma ati-vidade que não precise estar per-manentemente se renovando paracontinuar provocando desejo. Aroupa revela a personalidade dequem a usa, como qualqueropção, aliás – é uma oferta imen-sa e a pessoa escolhe aquela quemelhor a representa.”

De um projeto criado para oSenac, saiu seu primeiro livro, Chic,em 1997, e, pouco mais de um anoapós, Chic Homem. Foram doisbest sellers que, juntos, já venderammais de 200 mil exemplares. Seuterceiro livro, Chic(érrimo) modae etiqueta em novo regime,lançado em 2004, enfatiza, numtom de agradável bate-papo, o res-peito pelas outras pessoas, indican-do os caminhos para a boa convi-

Elegância é,mais que tudo,uma atitude

GLORIA KALIL

GENTE QUE FAZ A CULTURA

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vência. Com uma edição primo-rosa, acaba de ser lançado tam-bém em Portugal. Além disso, aautora participou de um dos pri-meiros quadros de moda da TVbrasileira, no programa Mais Vo-cê, comandado por Ana MariaBraga na Rede Globo, e criou oprimeiro site na internet sobre otema: www.chic.com.br.

Atualmente, além de viajar portodo o Brasil ministrando palestrase dar consultoria de negócios, elafornece dicas de moda e etiquetaaos ouvintes da rádio Eldorado, oque lhe rendeu o prêmio Revelaçãoem rádio 2005, da AssociaçãoPaulista de Críticos de Arte (APCA).“Nesta altura da vida profissional,ganhar um prêmio de revelaçãodemonstra que a gente nunca párade se renovar e de aprender”, res-salta, anunciando seu mais recenteprojeto: um grande seminário sobremarketing de moda, que será reali-zado em São Paulo no final deabril. O evento vai reunir nomes dedestaque no cenário brasileiro einternacional.

Sua versatilidade a leva a atin-gir um público bastante diversifica-do. “Não tenho dificuldade nemem falar nem em ouvir”, reconhe-ce. As dúvidas, conforme constata,são as mais banais possíveis: “Porincrível que pareça, uma das maio-res dificuldades que os homensenfrentam é escolher a cor de meiamais adequada. Sabe-se lá por queuma pecinha tão pequena conse-

gue deixá-los tão desesperados!Entre as mulheres, algumas per-guntas não falham, como se osapato deve ser igual à bolsa e porque a madrinha não deve vestirroupa preta para ficar no altar.”

É sobretudo através da obser-vação que a consultora desenvolveas idéias para os temas que costu-ma abordar.“É o que eu vejo, o quesinto”, diz. “Faz parte de mim pres-tar atenção nos costumes, no queas pessoas pensam, quais as suasdificuldades, em que as coisasmudaram e elas não estão perce-bendo. Tudo é assunto quando setrata de comportamento: um pro-grama de TV, aquilo que se ouve ouse lê no jornal, a maneira como aspessoas falam, filmes, peças de tea-tro, livros...”

Por gosto e para se manteratualizada, Gloria Kalil faz questãode ir a concertos, exposições dearte, cinema, teatro, além de viajar eler muito. Vai com freqüência àslojas da Livraria Cultura, tanto noShopping Villa-Lobos como noConjunto Nacional. “É onde costu-mo me abastecer de livros”, comen-ta. “A Livraria Cultura tem umaimensa vantagem sobre as outras: oexcelente atendimento. Mais doque vendedores, dispõe de consul-tores que ajudam a encontrar o quea gente procura e dão dicas precio-sas sobre as novidades. Além disso,se o livro não está disponível nomomento, eles providenciam e en-tregam em casa.”

VITRINE

5| Entre no Cultura por e-mail para receber nossa programação de eventos: |www.livrariacultura.com.br/culturaporemail

O VELHO QUEACORDOU MENINORubem AlvesPrimeira parte das memórias de um dosintelectuais e educadores mais reconhe-cidos no país. Rubem Alves divide com osleitores as lembranças de sua infânciaem Minas Gerais, apresentando sua fa-mília e seus agregados, em tom de agra-dável intimidade.

O CAMINHO DA VINCIHuck FinnUma viagem imaginária pelos esconderi-jos da obra O Código Da Vinci, de DanBrown. Com riqueza de detalhes, o autorapresenta os lugares que ambientaram atrama – desde os menos conhecidos,como Castel Gandolfo e Chapter House,até os famosos Vaticano e Catedral deNotre-Dame.

A PELE FRIAAlbert Sánchez PiñolCom um enredo repleto de intrigas eaventuras, esta obra leva o leitor a seidentificar com o protagonista e viven-ciar intimamente alguns dos princi-pais questionamentos da condiçãohumana – a lucidez e a loucura, a rejei-ção e o desejo, a crueldade e o amor, omedo e a esperança.

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POR QUE OS HOMENSTÊM TETAS?Mark Leyner e Billy GoldbergOs autores respondem a perguntas que aspessoas só têm coragem de fazer ao médicodepois do terceiro martíni. São mais de 100dúvidas, que vão de esquisitices do corpo – oque é uma remela e por que o bocejo conta-gia, por exemplo – a questões sobre drogas eálcool, como: Bebidas alcoólicas matam neu-rônios? Por que bêbados roncam tão alto?

CHINAO renascimento do impérioCláudia TrevisanO que se esconde por trás desse país desuperlativos: o mais populoso do mundo,o que cresce mais rapidamente e setransforma de maneira mais radical emtempos recentes? A jornalista traça umpanorama da China hoje, mesclando-ocom crônicas que retratam hábitos doschineses, como dançar na rua ou ter gri-los de estimação.

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VITRINE

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CRISTÓVÃO COLOMBOJúlio VerneO imaginativo escritor Júlio Verne se inte-ressou e narrou o roteiro de aventuras deColombo, uma personalidade que tangenciaa esfera da lenda: o extraordinário acompa-nha seus feitos, como a trajetória peloOceano Atlântico rumo ao desconhecido, ea audácia lhe confere o traço de homemsingular.

O GUARDADORDE REBANHOSE OUTROS POEMASPoemas completosde Alberto CaeiroFernando PessoaOs poemas de Alberto Caeiro,apresentadospor Álvaro de Campos e Ricardo Reis, hete-rônimos de Fernando Pessoa. O processocriativo,na visão de seus “outros eus”,abrenovas perspectivas para a leitura de Pessoae aprofunda o conhecimento sobre o fenô-meno da heteronímia que ele idealizou.

AS ORIGENS E ESSÊNCIADA MAÇONARIAFernando PessoaA partir de estudos relacionados à parteoculta da Maçonaria, Fernando Pessoaaborda o tema com profundidade e desen-voltura. Um texto esclarecedor sobre a ori-gem e os fundamentos da Ordem, suasrelações com a cabala judaica e com outrasordens iniciáticas e esotéricas.

JUSTIÇA E DEMOCRACIACecilia Caballero Lois (org.)Com base no liberalismo igualitarista deJohn Rawls, Ronald Dworkin e BruceAckerman, no comunitarismo de MichaelWalzer e Charles Taylor e na teoria crítico-discursiva de Jürgen Habermas, são deba-tidas as questões mais prementes da atua-lidade: democracia e justiça, Constituição edireitos fundamentais, entre outras.

ONDINAFriedrich De La Motte-FouquéÀ beira de um grande lago, nas imedia-ções de uma floresta misteriosa, situa-sea cabana de um pobre pescador. Em plenaIdade Média, esse recanto é o cenário doamor imperecível entre um homem e umaninfa. Publicada em 1811, a obra é umhino de louvor à natureza e à pureza desentimentos.

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No século V a.C., Marco Agri-pa, herói de guerra romano,

convocou os mais eminentes cien-tistas e lhes forneceu arquivos comcoordenadas do Exército Imperial.Seu objetivo? Fazer um meticulosolevantamento de todos os domí-nios de Roma. O resultado: o Mapade Agripa, de uma exatidão semprecedentes, retratando rios, ca-deias de montanhas, portos, cida-des... Mas foram as estradas, quese estendiam feito artérias até oscantos mais remotos da civilização,e as rotas de navegação, se entre-cruzando sobre o azul do MarMediterrâneo, que tornaram talmapa notavelmente moderno. Erao impulso que faltava aos romanospara dar início ao que, a partir deentão, seria chamado de turismo.

As revelações são de TonyPerrottet, em Férias pagãs – Natrilha dos antigos turistas ro-manos. Para ele, a pesquisa acercado tema significou o começo de umroteiro inusitado: seguir os passosdesses viatores ou peregrinatores,nomes dados aos viajantes daépoca. Com o trunfo de Agripa emmãos, “não só era possível localizarfacilmente um lugar famoso – diga-mos, o Colosso de Rodes ou as ruí-nas de Tróia –, mas também deter-minar a que distância ficava de Ro-ma e a melhor rota de viagem parachegar até lá”. Perrottet dirigiu-seentão para Roma, Nápoles, Grécia eilhas do Mar Egeu e fez um minucio-so relato que mescla presente e pas-sado, sempre com boas doses dehumor e ironia.

Com mais de 400 páginas, olivro traz uma série de informaçõessobre o modo de vida dos antigose os locais percorridos. Conta, porexemplo, que a maioria dos turistaspioneiros era jovem (entre 20 e 30anos) e tinha uma tendência estu-diosa. “Faziam pesquisas para mo-nografias enquanto estavam em

suas jornadas – sobre religião, arte,astronomia ou história”. Os viajan-tes costumavam se ausentar pordois a cinco anos de sua terra natale, nesse percurso, “visitavam tem-plos luxuosos – equivalentes aosnossos museus modernos, repletosde maravilhosos artefatos”.

Atenas era uma das atraçõesmais cobiçadas, considerada “o altarda alta cultura”. Um local abençoa-do pela natureza, “com panoramasque se estendiam até o mar cintilan-te”, e aprimorado pela arte dos gre-gos. Eram tantas estátuas quealguns visitantes costumavam dizerque a cidade tinha “uma segundapopulação de mármore, toda pinta-da de cores alegres, com olhos demarfim e íris detalhadas para darexpressão aos rostos”. Perrottetnarra suas peripécias para conferirde perto como sobreviveram os ins-piradores templos e esculturas.

Já em Pompéia, ele relata que,em meio a dúzias de pessoas, se viu“vasculhando as paredes em buscade antigas gravuras de órgãos geni-tais masculinos, que outrora indica-vam o caminho dos bordéis para ma-rinheiros”.Trata-se de um ritual turís-tico importante nesse célebre portoromano, soterrado por uma chuva decinzas vulcânicas em 79 d.C.

Após tantas curiosidades a res-peito de costumes, tradições e per-sonalidades históricas (há três apên-dices que contextualizam o leitor),percebe-se que os excursionistasromanos não eram tão diferentesassim dos atuais. Recorriam a guiasturísticos para poder ver de perto ocabelo em forma de serpente deMedusa ou a espada de Ulisses e, sefosse necessário, hospedavam-seem estalagens de beira de estrada.Os destinos mais disputados?Grécia, Ásia Menor e Egito, eleitoscomo “as terras amadas dos erudi-tos”. Assim como continuam sendoaté hoje, segundo o autor.

CURIOSIDADES

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Viajando com osantigos

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A ARTE DA POLÍTICAA história que viviFernando Henrique CardosoO ex-presidente Fernando HenriqueCardoso analisa o período que vai doregime militar até o momento em quetransmite o poder ao principal adversáriopolítico. Revela os bastidores do governo,o funcionamento das instituições e oslimites do cargo presidencial.

A TERCEIRA TRADUÇÃOMatt BondurantEntre relíquias sagradas, línguas perdi-das e uma seita bizarra com poder sobrea vida e a morte, encontra-se o egiptólo-go e criptógrafo Walter Rothschild.Obcecado por encontrar a chave para oenigma da Estela – um caminho para aimortalidade –, ele acaba se tornandovítima de uma sinistra conspiração.

A SALA DE ÂMBARCatherine Scott-Clark e Adrian LevyNenhum dos tesouros perdidos da arteocidental compara-se em riqueza à Salade Âmbar – presente do imperador daPrússia para Pedro, o Grande, da Rússia,em 1717 –, que teria sido pilhada quan-do os nazistas invadiram Stalingrado. Olivro revela as contradições que cercam ahistória desse ícone da glória russa.

UM STALIN DESCONHECIDOZhores e Roy MedvedevUma nova visão sobre a morte de JosefStalin, a partir dos arquivos abertos apóso colapso da União Soviética. Em 15ensaios, a obra detalha o processo e apolítica para a construção das usinasnucleares, a condução de estratégiasmilitares na Segunda Guerra Mundial eoutros temas controversos.

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A CULTURA DO NOVOCAPITALISMORichard SennettO autor analisa como as mudanças eco-nômicas moldam os valores pessoais esociais e aborda as transformaçõesradicais no trabalho, nas capacitaçõesprofissionais e nos hábitos de consumo.“Burocracia”, “A política do consumo”e outras conferências proferidas naUniversidade de Yale estão reunidasneste volume.

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POR EDUARDO MARTINSO CERTO É...

Eduardo Martins, jornalista, é autor do

Manual de Redação e Estilo, de O Es-

tado de S. Paulo, do livro Com Todas as

Letras – O Português Simplificado e

dos Resumões de Língua Portuguesa.

A s regras práticas existempara simplificar a vida

das pessoas que se empenhamem falar ou escrever de manei-ra adequada. Um grande riscodesse tipo de regra, porém, étentar ser prática demais e, aoinvés de ajudar, dificultar a com-preensão de questões comple-xas de linguagem.

Um bom exemplo desse fatoé o uso das formas por que, porquê, porque e porquê. Aindaexiste quem determine: o porque é separado nas perguntas ejunto (porque) nas respostas.Certo? Nem sempre.

Uma regra mais precisaseria, talvez: usa-se por que, se-parado, sempre que estiveremsubentendidas na frase as pala-vras razão ou motivo. E o por-que, em uma palavra só, nas res-postas. Mesmo assim, há casosque não se encaixam na regra.Então, o melhor é entender cadaum dos diversos porquês.

1) Por que. Usa-se o porque, separado e sem acento, emdois casos: a) Sempre que estive-rem claras ou subentendidasas palavras razão ou motivo.Assim: Por que (razão) você nãochegou antes? / Por que (moti-vo) há tanta violência nas ruashoje em dia? / Não sei por que(razão) você se afastou de nós.(Neste caso, a interrogação é indi-reta. Como se fosse: Por que vocêse afastou de nós?) Outro exem-plo: O ministro não conseguiuexplicar por que (motivo) osjuros não caíam.

b) Emprega-se o por quequando essa forma equivale apara que ou pelo qual, pelaqual, pelos quais e pelasquais: Lutavam por que (paraque) houvesse menos injustiças. /Estavam ansiosos por que (paraque) ela voltasse. / Este é o cami-nho por que (pelo qual) seguiu. /Mataram a cobra por que (pela

qual) a criança fora picada. /Eram os apelidos por que (pelosquais) todos as conheciam.

2) Por quê. É o mesmo ca-so do item anterior, mas o acen-to se impõe quando o por queencerra a frase: Eles erraramtudo na prova. Por quê? / Aempresa os demitiu e eles nemperguntaram por quê (foramdemitidos). / Protestaram, masnão havia por quê (protestar). /Vocês se atrasaram tanto, meuDeus, por quê?

3) Porque. Aparece em doiscasos: a) Nas respostas, quandoequivale a pois, portanto, pelofato de que. Exemplos: Comprelogo a entrada para o espetáculoporque (pois) o teatro vai ficarlotado. / Disse que queria porque(pelo fato de que) queria sair. /Não gostou do livro porque(pois) era difícil de ler. b) Nasperguntas, quando se sugereuma resposta: Você não veioporque perdeu o ônibus? / Elesrecusaram o emprego porque asede da empresa ficava longe?

4) Porquê. É usado quando,como substantivo, substitui (enão deixa implícitas apenas) aspalavras razão, motivo, causae pergunta: Não explicaram oporquê (razão, motivo) da deci-são. / Havia poucas respostas pa-ra muitos porquês. / É uma pes-soa cheia de porquês (pergun-tas). / É bom esclarecer todos osporquês (causas) do caso.

Como se vê, a simplificaçãoexagerada não explica o porque separado em texto semponto de interrogação (trata-sede uma indagação indireta)nem o porque junto em textocom interrogação.

Por que não entenderos porquês?

porquepor queporquêpor quê

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VITRINE

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LI, GOSTEI E RECOMENDO

A história é feita de episódiosnotáveis e das ocorrências

do cotidiano, de grandes persona-gens e de personagens menores,dos que se destacaram em seutempo, mas que a crítica e a trans-formação de valores eclipsaram. Éuma pena as novas gerações nãoterem oportunidade de contatocom boa parte dessa produção lite-rária que ficou relegada ao esque-cimento. O presente não se explicasem o passado. Acho que olhar osque nos antecederam aumentanossa compreensão do mundo.”

Movido por essa constatação,o administrador de empresasCláudio Giordano tornou-se umverdadeiro Dom Quixote em defesada memória histórico-cultural.Depois de 27 anos trabalhandocom computação, decidiu dar umaguinada na vida: montou a EditoraGiordano e iniciou a Coleção Me-mória, com o propósito de publicarobras que propiciam uma visãoampla da cultura universal e foramalijadas dos catálogos das editoras.Resolveu também se dedicar à tra-dução, ganhando inclusive o prê-mio Jabuti de Melhor Tradução/1999 com o livro Tirant Lo Blanc,de Joanot Martorell.

A editora acabou cedendolugar à Oficina do Livro RubensBorba de Moraes, que, criada em1999, passou a desenvolver múlti-plas atividades no meio literário eco-editou dezenas de obras, entreelas: Iracema, de José de Alencar(fac-símile da primeira edição),Lírica italiana, de CláudioManoel da Costa, Crônicas efê-meras, de João do Rio, Cartasna mesa, de Manoel Lobato,Domingo dos séculos, deRubens Borba de Moraes, Cartasaos amigos Caio Porfírio Car-neiro e Fábio Lucas, de João

Antônio, e muitas mais. Sem finslucrativos, a instituição conta comum acervo de 20 mil itens, delivros a manuscritos, entre edi-ções nacionais e estrangeiras.Uma biblioteca curiosa que, decerta forma, espelha o que se leuem diferentes períodos, mostran-do um perfil da sociedade nodecorrer dos anos.

Apesar das dificuldades e doesforço hercúleo para a realizaçãode seu projeto, Cláudio Giordanonão perde o entusiasmo e o dese-jo de garimpar tantas relíquiasque se dispersaram. “Os livrossempre foram meus companheirosinseparáveis, desde a época emque estudei num seminário”,conta. “Neles busquei e continuobuscando o sentido da vida, a des-coberta e o entendimento do quesomos. Existe sim o prazer estéti-co, mas a inquietação existencialse lhe sobrepõe. É pela leitura,precipuamente de obras autobio-gráficas (embora a ficção, a filoso-fia etc. também se prestem a isso),que vou descobrindo minha iden-tidade como ser humano. A convi-vência social com meus semelhan-tes é tão conflitante que dificultaessa descoberta. Leitura, paramim, é busca, diálogo, aprendiza-do, prazer. É como o ar que respi-ro – não saberia viver sem ela.”

Suas indicações ressaltamalgumas das preciosidades produ-zidas ao longo do tempo:

Apologia de Sócrates, dePlatão – Tenho, em Sócrates, aexpressão consumada do queentendo por ser humano, ou seja,aquele que se distingue de todosos demais seres pelo exercício darazão. Neste diálogo de Platão,eu o vejo no máximo de suahumanidade, coroada na descri-ção de sua morte.

QUEM É LOU SCIORTINO?Ottavio CappellaniUma história de mafiosos passada naCatânia, uma das mais belas cidades daSicília, na Itália, entre o mar e o vulcãoEtna. O misterioso Lou Sciortino é umítalo-americano, criado em Nova York eresidente em Los Angeles, que age comoprodutor de cinema lavando dinheiro deuma organização criminosa.

GILEADMarilynne RobinsonO reverendo John Ames, sabendo que lhesobra pouco tempo de existência, decidedeixar para o filho, que ainda não com-pletou 7 anos de idade, o relato de suavida por escrito. Ao narrar os aconteci-mentos, o clérigo comemora também asvidas de seu pai e de seu avô, igualmen-te religiosos.

COLEÇÃO 40 ANOS,40 LIVROSFazem parte da coleção lançada pela edi-tora Nova Fronteira em comemoraçãoaos seus 40 anos A montanha mági-ca, de Thomas Mann – eleito um dos 100livros mais importantes de todos os tem-pos –, e Os mandarins, de Simone deBeauvoir – obra que assinala o definitivoengajamento político e literário daautora.A série reúne grandes clássicos daliteratura brasileira e mundial.

O CAÇADOR DE PIPASKhaled HosseiniHistória da amizade entre Amir e Hassan,dois meninos que vivem no Afeganistão dadécada de 1970. Amir é rico, bem-nascidoe medroso, enquanto Hassan, analfabeto,é conhecido pela coragem e bondade. Masos dois têm vários gostos em comum,entre eles o de empinar pipas, o que acabaentrelaçando seus destinos.

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A LINHA DA BELEZAAlan HollinghurstUm retrato da juventude yuppie dos anos1980, na Inglaterra governada por Mar-garet Thatcher, a Dama de Ferro. A tramatem como ponto central um jovem daclasse média, Nick Guest, que vai morarem Londres com um colega, cuja família éde origem nobre, e acaba mergulhandonum mundo ao qual não pertence.

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CLÁUDIO GIORDANO

Em busca de tesouros perdidos

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O Pequeno Príncipe, deSaint-Exupéry - É dos livros maisbem concebidos que já li, pelosentido humano, candura, poesia,beleza, expressão formal. Nadanele é supérfluo. Sempre novo acada leitura, não por inesperadasrevelações, mas pela permanênciade sua mensagem.

Os ensaios, de Montaigne - Éuma viagem através do tempo eda cultura, viagem prazerosa,quase gaiata, durante a qualvamos refletindo sobre educação,amor, amizade, glória, sentidos,conversação, livros, medo, cani-bais, solidão, sono, bebida...,sobre a vida, enfim.

Lições de abismo, deGustavo Corção - Pelo conteúdo,forma, força vocabular, estilo es-correito, evocando um Machadode Assis mais inquieto e nervoso,considero este romance ponto altoda literatura brasileira.

Grande sertão: Veredas,de João Guimarães Rosa - Livroúnico na literatura brasileira: ludis-mo verbal deslumbrante, a par deelevado conteúdo humano.

O idiota, de Dostoiévski –Marcou minha juventude, junta-mente com Os demônios. Reen-contrei, por acaso, o exemplarlido em 1962 e percorri passa-gens então assinaladas. Ah, quevontade de relê-lo por inteiro equiçá reencontrar aquela emoçãojuvenil!

Eça de Queiroz/Júlio Po-mar, de Eça de Queiroz – Contémum texto belíssimo, Os mortos, que,com freqüência, envio a amigosabatidos pela perda de entes queri-dos.“Os mortos são felizes”, come-ça ele dizendo...

Uma paixão no deserto, deBalzac - Tem-se, neste conto, umBalzac insuspeito ou insólito, omesmo que se encontra noutra nar-rativa curta, que se costuma rotularde La grande breteche ou A grandeameia. São dois momentos primo-rosos do que chamamos conto.

Fernando Pessoa, aliás,Alberto Caeiro - Talvez sejam ospoemas de Caeiro os de menorexpressão poética formal de todaa obra pessoana, mas são carrega-dos de tal beleza espontânea queapaziguam a alma. Fico feliz quan-do ele diz, por exemplo:

Quem me dera que eu fosse o póda estradaE que os pés dos pobres me esti-vessem pisando...

Quem me dera que eu fosse osrios que corremE que as lavadeiras estivessem àminha beira...

Quem me dera que eu fosse oschoupos à margem do rioE tivesse só o céu por cima e aágua por baixo...

Quem me dera que eu fosse oburro do moleiroE que ele me batesse e me esti-masse...

Antes isso que ser o que atravessaa vidaOlhando para trás de si e tendopena...

Camilo Castelo Branco - Éminha concessão ao puro deleiteverbal. Quem sente a magia e oludismo das palavras e do estilonão pode deixar de lê-lo (qualquercoisa, de preferência textos meno-res), da mesma forma que nãopode deixar de ler GuimarãesRosa, Machado de Assis, ManuelBandeira, Rubem Braga...

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VITRINE

REENCONTROSLinda HowardCom a angústia de não saber o paradei-ro de seu filho, raptado ainda recém-nas-cido, Milla Edge funda uma organizaçãopara encontrar crianças desaparecidas.Dez anos mais tarde, ela recebe um tele-fonema anônimo e, a partir de então,parece estar cada vez mais próxima dacriança – e também da morte.

TEMPORADA DE CAÇAAndrea CamilleriEste livro dá continuidade à intrigantesérie que retrata situações e personagensde uma cidade imaginária: Vigàta, no sulda Itália, em fins do século 19. O autornarra a chegada de um misterioso foras-teiro, que vinte anos antes se apaixonouem segredo pela filha do homem maisrico e respeitado do povoado.

434 páginas R$ 49,00

A ORIGEM DASPALAVRAS PARACRIANÇAS E JOVENS CURIOSOSMárcio BuenoDe onde vêm os esquisitos termosda informática: arroba, mouse,chat? E como surgiram as palavrasazarar, pagar mico e sarado? De-dicada ao público da famosa “idade

dos porquês”, esta obra diverte e ensina com verbetes relacionadosao universo infanto-juvenil.

O VINHEDOBarbara DelinskyA matriarca dos Seebrings – família pro-prietária de um vinhedo em Rhode Island –tem 76 anos e acaba de ficar viúva.Quando anuncia que vai se casar com umempregado, seus filhos e os moradores daregião ficam escandalizados. É aí queNatalie decide escrever suas memórias,mostrando fatos que ninguém conhece.

UMA MULHER,TRÊS AMORESJosephine CoxBen Hunter vive feliz com a esposa Louise.Mas, com a notícia do falecimento do pai,seu irmão Jacob reaparece, certo de queficará com a herança, e tenta conquistar acunhada. É quando um erro terrível põe emrisco tudo o que Ben e Louise mais prezam:o lar, o casamento e suas próprias vidas.

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C om fome de músicaboa e brasileira?” A

apresentação já define o perfildo novo CD da Banda Manti-queira, Terra Amantiquira.Neste álbum, lançado cincoanos depois de Bexiga, ogrupo vai do jazz ao baião,com direito a improvisos,percorrendo um repertóriorico e variado. Entre asreleituras, destacam-se Eu e abrisa, de Johnny Alf, Sambada minha terra e Saudade daBahia, de Dorival Caymmi, eQui nem jiló e Último pau-de-arara, de Luiz Gonzaga. Hátambém criações próprias,como Vovô Manuel, de NailorAzevedo, o Proveta, e Santos-Jundiaí, de Edson José Alves.Todas elas dão uma boa idéiado traquejo dos músicos, comarranjos e solos primorosos,além do excelente naipe desopros. Sem dúvida, umaprodução que faz jus à pe-quena, mas valiosa disco-grafia da banda.

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Balanço, criatividade,espontaneidade. Estes trêselementos mostram a queveio o Samba Jazz Trio emseu CD de estréia: Agorasim!. Formado pelo pianis-ta Kiko Continentino, pelobaixista Luiz Alves e pelobaterista Clauton Sales, ogrupo realça o samba, abossa e o jazz das cançõescom seu instrumental capri-chado. Além das compo-sições próprias, a seleçãotraz músicas de Tom Jobim,Milton Nascimento, HeitorVilla-Lobos e Dorival Caymmi.O álbum apresenta aindauma peculiaridade especialdo trio: o músico ClautonSales, conhecido como Ne-guinho, toca trompete ebateria ao mesmo tempo –e com a mesma habili-dade. Inusitado, elegante,‘suingado’...

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Toda a verve do len-dário saxofonista John Col-

trane num álbum ao vivo,precioso para os amantesdo jazz: Live at The HalfNote – One Down, OneUp. O CD duplo é a versãooficial de uma jam sessionmemorável e até agora iné-dita no clube Half Note, emNova York, transmitida co-mo programa de rádio nadécada de 1960. Gravadopelo mesmo quarteto daobra-prima A Love Su-preme – Coltrane (sax te-nor e soprano), McCoy Ty-ner (piano), Jimmy Garrison(baixo) e Elvin Jones (ba-teria) –, esse foi o últimoshow de Coltrane a ser re-gistrado. One Down, OneUp, Afro Blue, Song OfPraise e My Favorite Thingssão as quatro relíquias quecompõem o disco.

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2006 é o ano de co-memoração do centenáriodo compositor clássico Ra-damés Gnattali. Para cele-

brar a data, foi relançado oCD Fernanda ChavesCanaud interpreta Ra-damés Gnattali, com 12temas compostos entre1940 e 1955, executadospela talentosa pianista. Osconcertos – gravados emParis (1991) e no Rio deJaneiro (1992) – realçam oaspecto erudito da obra domestre brasileiro. Desta-cam-se os choros Canhotoe Maneirando, a valsa Vai-dosa, a música Samba can-ção (registrada pela pri-meira vez neste disco) e afolclórica Prenda minha.Sem dúvida, uma homena-gem digna da memória docompositor gaúcho.

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Samuel Barber, Joha-nnes Brahms, Gustav Mahler,Antonin Dvorak, ModestMussorgsky, Maurice Ravel,Carlos Gomes e AlmeidaPrado. Interpretar essa listade autores com obras clás-

sicas tão ricas, intensas ecomplexas é tarefa parapoucos. Mas a OrquestraAcadêmica do FestivalInternacional de Inver-no de Campos do Jor-dão 2005 foi capaz decumpri-la com destreza.Gravado ao vivo no au-ditório Cláudio Santoro ena Sala São Paulo, o CDduplo da 36ª edição doFestival conta com os maistalentosos jovens músicosdo Brasil e da AméricaLatina, regidos pelos céle-bres maestros Kurt Masure Roberto Minczuk. Trazainda a estréia das Varia-ções Sinfônicas, de Almei-da Prado, que acentua ahabilidade de toda a or-questra. A definição final éde Masur: “O melhor do-cumento a respeito do fu-turo da música clássica naAmérica do Sul”.

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MEMÓRIASLÍQUIDASHilda LucasA autora conta a históriade uma família assombra-da pela morte inesperadade uma menina. Apesarda tragédia, o texto enfo-ca a força da vida, mos-trando os caminhos per-corridos pelos persona-

gens para superar o trauma e voltar a viver deforma intensa. Um romance ágil e sedutor, queenleia o leitor até a surpresa final.

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COMOENLOUQUECERSEU HOMEM(MESMO!)Jô Hallack,Nina Lemos eRaq AffonsoAs jornalistas e “PhDs

em comportamento” Jô Hallack, Nina Lemos e RaqAffonso – que criaram o fanzine 02 Neurônio em1997 – tratam, neste livro, de questões muito pre-sentes no universo feminino: trabalho, festas, modae, claro, relacionamentos.

A NAVALHANA CARNEPlínio MarcosEdição fac-símile, commoderno projeto grá-fico, da encenaçãofotográfica de A na-valha na carne, de1968. Além do textoda peça censurada e

fotos do elenco original, a publicação de luxoconta com prefácio de Pedro Bandeira. A obra traztambém as críticas veiculadas na época a respeitodeste marco do teatro brasileiro.

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MULHERESBOAZINHAS NÃOENRIQUECEMLois P. FrankelO livro apresenta osprincipais erros que asmulheres cometem notrabalho e na vida, sabo-tando suas possibilida-des de enriquecimento.Mostra ainda como a lei-

tora pode identificar seu comportamento ao lidarcom o dinheiro e fazer investimentos, ressaltando aimportância da independência financeira.

A CABALA DAASTROLOGIAWilliam EisenPara a Cabala, todos osnúmeros podem ser trans-literados em palavrasque formam uma lingua-gem espiritual, estabe-lecendo a comunicaçãoentre seres de diferen-tes estados de consciên-

cia. Neste livro, a linguagem dos números servepara interpretar e analisar a astrologia à luz daCabala.

A REVOLUÇÃOBURGUESA NOBRASILFlorestan FernandesClássico da sociologia,este livro analisa a expe-riência de redemocratiza-ção brasileira na décadade 1980. A obra começoua ser escrita depois dogolpe militar, que substi-

tuiu o regime democrático pela ditadura. Com suasreflexões, o autor contribui para a compreensão daespecificidade do capitalismo brasileiro.

AS ORIGENS DAMAÇONARIADavid StevensonHistoriador da OrdemMaçônica, o autor en-controu documentos quetransferem da Ingla-terra para a Escócia aorigem da Maçonaria.Nesta obra, são descri-tos a origem, as in-fluências, os rituais, os

princípios éticos, os simbolismos e outros pontos dacultura maçônica.

A DIETA DEMARTE E VÊNUSJohn GrayBaseando-se nas diferen-ças essenciais entre ho-mens e mulheres, o autorelabora combinações dedietas e exercícios quepodem ser fontes de saú-de e relacionamentos du-radouros. Ele explica co-

mo um programa nutricional equilibrado, aliado aocondicionamento físico, pode fornecer o potencialpara uma química cerebral sadia.

ENFIM, JUNTOSAnna GavaldaO livro conta como seentrecruzam as vidas dequatro pessoas que,apesar de não teremnada em comum, aca-bam protagonizandouma história de amor ede amizade: a velhaPaulette; seu neto, umarrogante chef de cuisi-

ne; Philibert, um aristocrata gago; e Camille, umaartista plástica anoréxica.

ESCUTE SEUCORAÇÃOOshoComo ouvir o coração enão se deixar guiar porjulgamentos alheios nu-ma época de posturase atitudes tão contra-ditórias? Como nãocorrer o risco de serinflexível em seu dia-

a-dia? Reunindo várias palestras ministradas aolongo de sua trajetória, a mensagem de Osho ésempre atual: ser fiel à própria essência.

SEXOFANTÁSTICOEM 28 DIASAnne HooperSegundo a terapeuta, aboa alimentação estimu-la o desejo e melhora osexo. Por meio de umadieta especial e de exer-cícios de alongamentoque fortalecem a muscu-

latura e aumentam a elasticidade, é possível termais disposição e criatividade e, assim, alcançarmaior satisfação na vida sexual.

PRELÚDIODA CACHAÇALuís da CâmaraCascudoO autor retrocedeu notempo até as cartas deSá de Miranda (1481-1558), em que há men-ção à cachaça em terraslusitanas e à fartura nasmesas das quintas fidal-

gas. O resultado da pesquisa são abundantes infor-mações relativas à “nossa branquinha”, uma dasbebidas mais populares do Brasil.

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136 páginas R$ 20,00280 páginas R$ 33,00 368 páginas R$ 45,00

OS SAPATOSDE ORFEUJosé Maria CançadoEdição revista da únicabiografia de CarlosDrummond de Andrade.Dividida em três partes,a obra reconstitui, pormeio da história de umdos maiores poetas bra-sileiros, a socializaçãode uma época, mos-

trando como um indivíduo é capaz de se destacarno universo cultural.

PENSAMENTOE AÇÃOO PT e os rumosdo socialismoFlorestan FernandesColetânea de materialproduzido durante cam-panha do Partido dosTrabalhadores, incluin-do um balanço dos dile-mas enfrentados pelo

Brasil no final da década de 1980. O autor mos-tra que reflexão teórica e militância não podemser dissociadas.

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A MOSCA AZULReflexão sobreo poderFrei BettoUma retrospectiva daascensão do Partido dosTrabalhadores ao poder,vinculada à recente his-tória da esquerda noBrasil e no mundo. O au-tor mescla sua trajetóriapessoal à militância po-

lítica e resgata o sonho de uma sociedade maisjusta, com base nos ideais do socialismo. Mais

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Deltora QuestVol. 8O RETORNOA DELEmily RoddaAs sete pedras precio-sas foram recolocadasno Cinturão de Deltora.Agora, Lief, Barda eJasmine precisam en-contrar o verdadeiro

herdeiro do trono, pois somente ele pode usar amagia do Cinturão para acabar com o malignoSenhor das Sombras.

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SOMEmmanuelBerhardO rádio em casa, osgritos no pátio docolégio ou uma bu-zina na rua: vive-mos rodeados desons. Mas como ossons se formam? Osgolfinhos escutam

dentro d’água? As crianças descobrirão esses emuitos outros fenômenos por meio dos divertidosexperimentos sugeridos.

O LIVRODOS SONHOSGabriel ChalitaEm seis capítulos, oautor reúne lições devalores como ética, ge-nerosidade, fraternida-de e cidadania. Suashistórias trazem o am-bicioso rei Midas, agrandeza do negro

Chico Rei, o paraíso perdido de Shangri-lá e osvalores da república de Platão, entre outrostemas e personagens.

O LIVRODO SOLGabriel ChalitaEsta obra apresentapersonalidades memo-ráveis e apaixonantes,que inspiraram mentese corações. Entre eles,Alexandre, o Grande,que construiu um im-pério sem precedentes;

Beethoven, com sua surdez e sua paixão pelamúsica; e o líder pacifista Martin Luther King.

32 páginas R$ 14,00

CRIANDOMENINASGisela PreuschoffPreconceitos, feminili-dade, desenvolvimento,aprendizagem e rela-ções familiares são al-guns dos pontos que apsicóloga e terapeutaalemã aborda. Entre ou-tras dicas, ela ensina a

estimular habilidades espaciais e visuais, a traba-lhar na solução de um problema e a lidar comdinheiro, participando nas contas do dia-a-dia.

SEU FUTUROEM DIREITOMarcela MatosA partir de entrevis-tas realizadas comadvogados bem-su-cedidos, a autora tra-ça um perfil das 25especialidades maispromissoras no Di-reito atualmente. Otrabalho aponta ain-

da as exigências de cada área, dá dicas paragarantir a especialização e sugere bibliografia.

176 páginas R$ 38,00

MERCADOFINANCEIROGilson Oliveira eMarcelo PachecoCom o avanço da compu-tação, das comunicaçõese o aperfeiçoamento domercado financeiro, solu-ções mais sofisticadas sefizeram necessárias. Indi-

cada tanto para leitores familiarizados com oassunto quanto para iniciantes, esta obra conciliateoria financeira e econômica com uma aborda-gem detalhada de diversos produtos.

CORPhillippeNessmannVermelho, azul, ver-de, amarelo – omundo é colorido.Mas o que é a cor?Como se forma oarco-íris? Como osanimais vêem ascores? As crianças

poderão realizar diversas experiências propos-tas neste livro e desvendar esses e outrosmistérios.

PODEROSASérgio KleinOs pais estão se sepa-rando, o irmão caçulaé o garoto mais impli-cante do planeta e aavó passa os dias nacama. Esse é o mundode Joana Dalva, que,aos 13 anos, sonha serescritora. Um dia, amenina faz uma reda-

ção sobre a quase xará Joana D’Arc e provoca umareviravolta na história.

UM SÁBADONO PARAÍSODO SWINGMiguel Icassatti (org.)O jornalista reuniu as40 melhores reporta-gens sobre sexo publi-cadas pela imprensabrasileira. A antologiaconta com nomes como

Walcyr Carrasco, Marcos Rey, Fernando Sabino,Paulo Francis e Ibrahim Sued. Os textos falam dosbastidores de boates, filmes pornôs e sex shops,entre outros.

328 páginas R$ 49,30

CORPO HUMANOCharline ZeitounDe maneira didáticae interativa, comonum documentário,este livro mostra àscrianças o funciona-mento do corpo hu-mano. Cada capítu-lo traz uma expe-

riência prática, que apresenta aos jovens leitoresas leis da respiração, da digestão e da circulaçãodo sangue.

312 páginas R$ 45,90

32 páginas R$ 14,00

184 páginas R$ 33,40

Faça seu pedido pelo site www.livrariacultura.com.br, por telefone ou fax:São Paulo - Conjunto Nacional [11] 3170-4033 • Fax [11] 3285-4457 | São Paulo - Villa-Lobos [11] 3024-3599 • Fax [11] 3024-3570

Porto Alegre [51] 3028-4033 • Fax [51] 3021-1777 | Recife [81] 2102-4033 • Fax [81] 2102-4200 | Brasília [61] 3410-4033 • Fax [61] 3410-4099 Consulte-nos sobre o valor do frete. Pedidos sujeitos a disponibilidade de estoque. Preços sujeitos a alteração sem prévio aviso.

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160 páginas R$ 30,00

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O LIVRODOS AMORESGabriel ChalitaSão apresentados osmais belos contos deamor, da mitologia gre-ga até os dias atuais: apaixão de Eros pelamortal Psique; a histó-ria de um romance im-possível entre um rei e

uma plebéia; e os inesquecíveis casais da litera-tura, como Romeu e Julieta, Dante e Beatriz,Tristão e Isolda.

32 páginas R$ 14,00

208 páginas R$ 36,80

112 páginas R$ 24,80Mais

Cultura

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