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Praça Dom Adauto, nº 75-A (início da Rua Dep. Odon Bezerra), Bairro Tambiá em João Pessoa/PB, CEP 58.010-670 Fone Móvel (0XX83) 993091000 Fone/Fax (0XX83) 32414545 e-mail: [email protected] Home Page www.cfm.adv.br (Salmos 91:7) - Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Excelentíssimo Senhor Juiz Federal 1 de uma das Varas do Trabalho de João Pessoa no Estado da Paraíba. A quem couber por distribuição: SINDOJUS – SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 07.041.813/0001-79, domiciliado na Praça João XXIII, nº 16, Bairro de Jaguaribe, no Município de João Pessoa Estado da Paraíba, neste ato representada pelo seu presidente Benedito Venancio da Fonseca Junior, brasileiro, casado, oficial de justiça, no exercício dos seus direitos 2 , expondo os fatos conforme a verdade e procedendo de forma legal e de boa-fé 3 , por intermédio de seus causídicos 4 legalmente habilitados pela procuração com cláusula ad judicia 5 que segue, vêm à presença de Vossa Excelência propor a seguinte: Ação Coletiva Ação Coletiva Ação Coletiva Ação Coletiva 6 # INSALUBRIDADE - OFICIAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS # em face do Estado da Paraíba, a ser representado pela sua procuradoria, ex vi do Art. 12 Inc. I do CPC e jurisprudência 7 , sediado na Av João da Mata, s/n, Bloco II, 1 CPC Art. Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. 2 CPC Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. 3 CPC Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: I – expor os fatos em juízo conforme a verdade; II – não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; 4 CPC Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 5 CPC Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. 6 CF Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...) III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 7 CÂMARA MUNICIPAL - PERSONALIDADE. A CÂMARA MUNICIPAL É DESPIDA DE PERSONALIDADE JURÍDICA POR SER ÓRGÃO DO MUNICÍPIO; TEM ELA APENAS PERSONALIDADE JUDICIÁRIA, OU SEJA, CAPACIDADE PROCESSUAL PARA RESIDIR EM JUÍZO NA DEFESA DE SUAS EXCLUSIVAS PRERROGATIVAS. ASSIM, OS SEUS SERVIDORES, QUE SÃO SERVIDORES MUNICIPAIS, BEM COMO OS SEUS VEREADORES, QUANDO BUSCAM A TUTELA JURISDICIONAL PARA O RECEBIMENTO, RESPECTIVAMENTE, DE VENCIMENTOS E SUBSÍDIOS, DEVEM DIRIGIR A DEMANDA AO MUNICÍPIO, ESTE, SIM, DOTADO DE PERSONALIDADE JURÍDICA E REPRESENTADO EM JUÍZO, ATIVA E PASSIVAMENTE, POR SEU PREFEITO (ART. 12, INC. II, DO CPC). (Acórdão nº 17795, Relator Des. PACHECO ROCHA, 1º Câmara Cível TJPR).

Ação Coletiva 6666 - sindojuspb.org§ão... · (Salmos 91:7) - Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. ... vincula ao tomador de serviços, nos

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� Praça Dom Adauto, nº 75-A (início da Rua Dep. Odon Bezerra), Bairro Tambiá em João Pessoa/PB, CEP 58.010-670

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(Salmos 91:7) - Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.

Excelentíssimo Senhor Juiz Federal1 de uma das Varas do Trabalho de João Pessoa

no Estado da Paraíba. A quem couber por distribuição:

SINDOJUS – SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

PARAÍBA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº

07.041.813/0001-79, domiciliado na Praça João XXIII, nº 16, Bairro de Jaguaribe,

no Município de João Pessoa Estado da Paraíba, neste ato representada pelo seu

presidente Benedito Venancio da Fonseca Junior, brasileiro, casado, oficial de

justiça, no exercício dos seus direitos2, expondo os fatos conforme a verdade e

procedendo de forma legal e de boa-fé3, por intermédio de seus causídicos4

legalmente habilitados pela procuração com cláusula ad judicia5 que segue, vêm à

presença de Vossa Excelência propor a seguinte:

Ação ColetivaAção ColetivaAção ColetivaAção Coletiva6666 # INSALUBRIDADE - OFICIAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS #

em face do Estado da Paraíba, a ser representado pela sua procuradoria, ex vi do

Art. 12 Inc. I do CPC e jurisprudência7, sediado na Av João da Mata, s/n, Bloco II,

1 CPC Art. Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código.

2 CPC Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

3 CPC Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: I – expor os fatos em juízo conforme a verdade; II – não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;

4 CPC Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

5 CPC Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.

6 CF Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...) III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

7 CÂMARA MUNICIPAL - PERSONALIDADE. A CÂMARA MUNICIPAL É DESPIDA DE PERSONALIDADE JURÍDICA POR SER ÓRGÃO DO MUNICÍPIO; TEM ELA APENAS PERSONALIDADE JUDICIÁRIA, OU SEJA, CAPACIDADE PROCESSUAL PARA RESIDIR EM JUÍZO NA DEFESA DE SUAS EXCLUSIVAS PRERROGATIVAS. ASSIM, OS SEUS SERVIDORES, QUE SÃO SERVIDORES MUNICIPAIS, BEM COMO OS SEUS VEREADORES, QUANDO BUSCAM A TUTELA JURISDICIONAL PARA O RECEBIMENTO, RESPECTIVAMENTE, DE VENCIMENTOS E SUBSÍDIOS, DEVEM DIRIGIR A DEMANDA AO MUNICÍPIO, ESTE, SIM, DOTADO DE PERSONALIDADE JURÍDICA E REPRESENTADO EM JUÍZO, ATIVA E PASSIVAMENTE, POR SEU PREFEITO (ART. 12, INC. II, DO CPC). (Acórdão nº 17795, Relator Des. PACHECO ROCHA, 1º Câmara Cível TJPR).

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6º Andar, Bairro de Jaguaribe, no Município de João Pessoa Estado da Paraíba, CEP:

58015-000, bem como contra o Poder Judiciário do Estado da

Paraíba/Tribunal de Justiça da Paraíba, representado pelo presidente do

Tribunal de Justiça, nos termos do Art. 12 VI do CPC, Art. 1º da Lei Complementar

Estadual nº 96/10, Art. 22 da Resolução 40/96 TJPB e Art. 91 da Constituição

Estadual Paraibana, em face da autonomia administrativa e financeira e da sua

personalidade judiciária, data maxima vênia, sediado na Praça João Pessoa, s/nº,

Centro, CEP 58013-902 em João Pessoa na Paraíba, com base nos argumentos

fáticos e jurídicos8, a seguir, delineados.

“esto brevis et placebis” - Sê breve e agradarás.

Dos Fatos e Fundamentos Jurídicos9

Da Previsão Legal e Competência

Ab initio, nos termo da Súmula 736 STF10, resta evidenciado que a

competência para processamento e julgamento dos pedidos aqui expostos

(insalubridade a servidor público), é da justiça especializada do trabalho, sendo,

inclusive, esse o entendimento jurisprudencial, mesmo após a tensão dialética

instaurada pela ADIn 3.395-MC, vez que superada pela Reclamação 3.303/PI,

sendo este o entendimento do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, vejamos.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO.

1. DESCUMPRIMENTO DE NORMAS TRABALHISTAS RELATIVAS À

SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE DOS TRABALHADORES. REGIME

JURÍDICO ESTATUTÁRIO. SÚMULA 736/STF. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA

DO TRABALHO. Nos termos da Súmula 736/STF, "compete à Justiça do Trabalho

julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas

trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores". Não se diga

que a Súmula 736/STF encontra-se superada, uma vez que, nos autos da Rcl

3303/PI, a própria Suprema Corte, em composição plenária, já ratificou a

aplicabilidade do referido verbete, mesmo após a decisão proferida na ADI 3.395-

MC. Precedente da SBDI-2/TST. 2. ENTE PÚBLICO. SERVIDORES PÚBLICOS.

HIGIENE E SAÚDE DOS TRABALHADORES. Não há preceito constitucional ou

8 CPC Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.

9 CPC Art. 319. A petição inicial indicará:: (...) III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

10 Súmula 736 STF - Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.

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legal que autorize a Administração Pública a descumprir normas que asseguram a

higidez do meio ambiente de trabalho, que tem, inclusive, proteção constitucional

(art. 200, VIII, da Constituição Federal). De outro norte, a Carta Magna

expressamente estendeu aos servidores públicos o direito à redução dos riscos

inerentes ao trabalho (arts. 7º, XXII e 39, § 3º, da Constituição Federal), sendo certo

que esse direito fundamental dos administrados somente pode se materializar pela

observância de normas concernentes à higiene e medicina do trabalho. O absoluto

descumprimento dessas regras resulta no perecimento desse direito fundamental, o

que não se pode admitir, sob pena de se relegar a dignidade da pessoa humana (art.

1º, III, da Constituição Federal), vértice axiológico da Constituição Federal e do

próprio Estado, a um plano secundário. Agravo de instrumento conhecido e

desprovido. (TST - AIRR: 6971720125110051, Relator: Alberto Luiz Bresciani

de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 14/10/2015, 3ª Turma, Data de

Publicação: DEJT 16/10/2015)

Não podemos olvidar que, as normas relativas ao meio ambiente do trabalho

são aplicáveis a todos os trabalhadores sem importar o regime jurídico que os

vincula ao tomador de serviços, nos termos dos Art. 3º, "a" e "b" da Convenção

155 da OIT11, que trata sobre a Segurança e Saúde dos Trabalhadores.

É certo, também, que a referida convenção, foi devidamente promulgada,

por conduto do Decreto nº 1.254/94, o qual, no seu Art. 1º12, logo não há

dúvidas de que, concessa venia, compete a essa justiça especializada a análise do

pleito de pagamento de insalubridade aos Oficiais de Justiça do Estado da Paraíba.

No mais, resta evidenciado que o Art. 2413 da Lei Estadual 9.586/11

(PCCR do Poder Judiciário Estadual), previa o pagamento da insalubridade, e a

Resolução TJPB 3714 de 25/11/2015, regulamentou o direito a insalubridade,

por óbvio sendo socorrida, analogamente ao que dispõe o Art. 189 da CLT15.

11 Convenção 155 OIT - Art. 3 — Para os fins da presente Convenção: a) a expressão ‘áreas de atividade econômica’ abrange

todas as áreas em que existam trabalhadores empregados, inclusive a administração pública; b) o termo ‘trabalhadores’ abrange todas as pessoas empregadas, incluindo os funcionários públicos;

<https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=conven%C3%A7%C3%A3o%20oit%20155>

12 Decreto 1.254/94 Art. 1º. A Convenção número 155, da Organização Internacional do Trabalho, sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores e o Meio Ambiente de Trabalho, concluída em Genebra, em 22 de junho de 1981, apensa por cópia a este decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém.

13 Lei Estadual 9.586/11 (PCCR) Do Adicional de Insalubridade - Art. 24. O adicional de insalubridade é devido ao servidor na forma e condições da legislação específica.

14 RESOLUÇÃO Nº 37, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2015 - Regulamenta o art. 24 da Lei Estadual nº 9.586, de 14 de dezembro de 2011, e dá outras providências. O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA, no uso de suas atribuições, resolve: Art. 1º O adicional de insalubridade de que trata o art. 24 da Lei Estadual nº 9.586, de 14 de dezembro de 2011, será calculado com base no disposto no Anexo II da referida Lei, sendo devido nos seguintes percentuais: I – dez, vinte e quarenta por cento, no caso de insalubridade, nos graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, condicionados os mencionados percentuais à apresentação de laudo médico pericial aferidor do grau de insalubridade, elaborado por especialista em Medicina do Trabalho. Parágrafo único. Os percentuais fixados neste artigo incidirão sobre o vencimento inicial, Classe Padrão A – I, do

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Da insalubridade

É sabido que o Oficial de Justiça tem como atividade precípua, o

cumprimento dos mandados judiciais, e, no caso da justiça estadual, não é

efetivada a citação ou intimação por carta, sendo certo que o Tribunal de Justiça do

Estado da Paraíba, efetiva as citações e intimações, todas, por Oficial de Justiça, o

que demanda, obrigatoriamente, o trânsito do Meirinho, em veículo próprio, para

cumprimento dos mandados judiciais.

Não podemos olvidar, que no período de 01/05/2013 a 31/07/2013, a

quantidade de mandados judiciais POR OFICIAL DE JUSTIÇA, e não por carta,

conforme informação do TJPB, por conduto da Diretoria de Tecnologia da

Informação (DITEC), foi de 130.047 (CENTO E TRINTA MIL E QUARENTA E SETE)

mandados, com projeção anual de 520188 (QUINHENTOS E VINTE MIL CENTO E

OITENTA E OITO) mandados.

Nos números acima, não foram computados os mandados via PJE (total

aproximado no período de 12.257 mandados).

De todo esse universo de mandados, apenas foram expedidas 550

(quinhentos e cinquenta) cartas, ou seja, a proporção de mandado para carta é de

945:1, ou seja, a cada 945 mandados entregues ao oficial de justiça, apenas

uma carta é confeccionada, ao arrepio de toda legislação federal e estadual.

Não podemos perder de vista, que o labor externo, submetido as

intempéries climáticas, além do uso de motocicleta, também com submissão as

intempéries climáticas, dá ensejo ao pagamento da insalubridade, em grau médio.

Em anexo, segue a Lei de Organização Judiciária do Estado da Paraíba

(LOJE), Lei Complementar Estadual nº 96/10, e na referida norma, podemos

constatar que, conforme consta no Anexos I, fls. 135, 136, 137 e 138, que os

Oficiais de Justiça, especificamente dos interiores, laboram, diariamente, se

deslocando entre municípios circunvizinhos, em motocicleta própria e sob

temperatura escorchante, a exemplo da comarca de Sousa, onde os oficiais de

justiça estadual, são responsáveis, também, pelos municípios de: (1) Aparecida,

(2) Lastro, (3) Marizópolis, (4) Nazarezinho, (5) Santa Cruz, (6) São Francisco, (7)

São José de Lagoa Tapada e (8) Vieirópolis.

respectivo cargo. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Desembargador MARCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE – Presidente.

15 CLT Art . 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

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Ou seja, a exemplo da comarca de Sousa, o oficial de Justiça responde por

Sousa e por mais 8 (oito) municípios, sempre se deslocando entre eles e de

motocicleta e sem qualquer entrega de EPI ou congênere.

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Não se trata de municípios "vizinhos", havendo deslocamentos constantes e

duradouros, sob intempéries, como pode ser observado no mapa de municípios da

Paraíba:

Os meirinhos, enfrentam sol escaldante que muitas das vezes chega a mais

de 40ºC, inclusive, na região de Sousa, é comprovado cientificamente que o sol

incide por mais de 12 horas por dia.

Os oficiais de justiça, passam por lixão (aterros sanitários a céu aberto),

passam por pontes improvisadas, estradas "carroçais" quase que intrafegáveis, são

expostos a réus presos doentes, quando das intimações nos presídios, assim como

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cumprem mandados em hospitais, postos de saúde, UPA, enfim, em todas as

unidades de saúde, sendo expostos a todos os tipos de contaminações, sem,

porém, usarem EPIs.

Em sendo assim, resta patente que os Oficiais de Justiça, se submetem aos

agentes insalubres do tipo calor, poeira, vibração e ainda não há qualquer

cumprimento a NR 21, conforme laudo pericial, elaborado no Processo

Administrativo PA-PRO-2014/01619 TJPA.

O entendimento jurisprudencial, é pacífico, quando da ocorrência, acima dos

limites de tolerância dos agentes insalubres de calor, poeira, vibração e etc, sendo

certo que na função de Oficial de Justiça, esse agentes insalubres se reúnem e

ocorrem cumulativamente no exercício da profissão.

Vejamos o entendimento dos Tribunais:

RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA. RITO SUMARÍSSIMO. ADICIONAL DE

INSALUBRIDADE. EXPOSIÇÃO AO CALOR DO SOL. POSSIBILIDADE. NR 15 DO MTE.

ANEXO 3. OJ-SDI1-173 DO TST. INAPLICABILIDADE. A OJ-SDI1 -173 do TST somente se

aplica aos casos de radiação não-ionizante, conforme Anexo 7 da NR 15 do Ministério do

Trabalho e Emprego. Constatado pelo laudo pericial a presença do agente "CALOR", em

razão da exposição direta do trabalhador ao Sol durante o curso da jornada laboral, acima do

limite de tolerância previsto no Anexo 3 da NR 15, impõe-se o pagamento do adicional de

insalubridade. Recurso ordinário não provido. RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. A verba honorária é hodiernamente devida em decorrência

da revogação dos arts. 14 e 16 da Lei nº 5.584/70, que conferiam supedâneo legal às Súmulas

219 e 329, restando superada, neste particular, a jurisprudência sumulada do c. TST. Recurso

ordinário provido. (TRT-7 - RO: 47007020035070009 CE 0004700-7020035070009, Relator:

JOSÉ ANTONIO PARENTE DA SILVA, Data de Julgamento: 11/06/2012, Primeira Turma,

Data de Publicação: 27/06/2012 DEJT)

RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO

CALOR. A Corte Regional proferiu acórdão em sintonia com a Orientação Jurisprudencial nº

173, II, da SBDI-1 do TST, ao manter a condenação ao pagamento do adicional de

insalubridade com base na premissa de que a média das temperaturas no local de trabalho

superava os limites de tolerância previstos na no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do

MTE, em função da exposição ao sol. Incidência do art. 896, § 7º, da CLT. Recurso de revista

de que não se conhece. (TST - RR: 747004120075150136, Relator: Walmir Oliveira da Costa,

Data de Julgamento: 25/02/2015, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 27/02/2015)

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - MOTORISTA - VIBRAÇÃO. Depreende-se do laudo

pericial e da norma ISO 2631 que, dependendo da intensidade das vibrações, a atividade pode

ser enquadrada na região A, em que os efeitos não são claramente documentados e/ou

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observados objetivamente; região B, que recomenda precauções em relação aos riscos

potenciais à saúde; e região C, que significa riscos prováveis à saúde. Em respeito ao princípio

da proteção ao trabalhador, que recomenda a adoção da interpretação mais benéfica, deve-se

reconhecer a região B do gráfico apresentado pela ISO 2631 como caracterizadora da

insalubridade, pois revela riscos potenciais à saúde, sendo devido ao reclamante o respectivo

adicional em grau médio. (TRT-3 - RO: 01149201313803003 0001149-45.2013.5.03.0138,

Relator: Rogerio Valle Ferreira, Sexta Turma, Data de Publicação: 14/07/2014 11/07/2014.

DEJT/TRT3/Cad.Jud. Página 303. Boletim: Não.)

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. MOTORISTA. EXPOSIÇÃO A RUÍDOS. Com base na

análise circunstancial destes autos e em vistorias similares já realizadas na empresa reclamada,

concluiu o expert pelo adicional de insalubridade, em grau médio, em razão da exposição

diária e permanente do reclamante (motorista de ônibus) a ruídos acima dos limites de

tolerância previstos na NR 15 do MTE. Mantida a sentença em que deferido o adicional de

insalubridade ao empregado. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. (...). (TRT-10 - RO:

01921201201110000 DF 01921-2012-011-10-00-0, Relator: Mário Macedo Fernandes Caron,

Data de Julgamento: 25/02/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: 20/03/2015 no DEJT)

AMBIENTE DE TRABALHO INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO POR

MEIO DE PROVA TÉCNICA REGULAR. ARTIGOS 192 E 195 DA CLT. A Constituição da

Republica Federativa do Brasil de 1988, por meio de seu art. 7o, XXIII, assegura aos

trabalhadores o direito ao "adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou

perigosas". O art. 192 da CLT, que cuida do adicional de insalubridade, dispõe que "o exercício

de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo

Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta

por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo

se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo". Nessa trilha, para a caracterização e

classificação da insalubridade, são necessários conhecimentos técnicos e científicos que podem

não ser familiares ao magistrado, impondo-se a realização de perícia, por profissional

habilitado, para aferição das condições do ambiente de labor (art. 195,"caput"e § 2o da CLT).

"In casu", o laudo pericial concluiu que o Reclamante esteve exposto, ao longo do pacto laboral,

aos agentes insalubres calor, poeira e ruído, sendo este último o único eficazmente neutralizado

pelo fornecimento de EPIs. É certo que o juiz não está adstrito ao laudo pericial (art. 436 do

CPC). Todavia, somente seria possível desconsiderá-lo diante da absoluta incongruência com os

demais elementos dos autos ou diante da produção de prova especialmente robusta, em especial,

prova técnica de igual magnitude, o que não se observa nos autos, de modo que permanecem

incólumes as conclusões técnicas que embasaram a condenação da Ré ao pagamento do

adicional em comento. Recurso da Reclamada a que se nega provimento. (TRT-9 - RO:

01913201356209004 PR 01913-2013-562-09-00-4, Relator: UBIRAJARA CARLOS

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MENDES, Data de Julgamento: 24/02/2015, 7A. TURMA, Data de Publicação: DEJT em 10-

03-2015)

Em face do exposto, é que requer, o sindicato que representa a categoria, a

condenação das Reclamadas, ao pagamento do adicional de insalubridade em grau

médio ou máximo, a ser estipulado pela perícia técnica, conforme entendimento,

acima esposado.

Dos Pedidos16

Ex positis e ex vi legis, requer a Vossa Excelência:

1) A citação/notificação dos(as) Promovidos(as) e que a referida

citação seja realizada por carta (Art. 247 CPC17);

2) Que seja julgado procedente os pedidos para condenar as

Reclamadas ao pagamento do adicional de insalubridade, aos Oficiais de

Justiça do Estado da Paraíba, em grau médio ou máximo, a depender da

perícia técnica.

3) Requer, também, que seja determinado as Reclamadas, a exibição

incidental18 dos documentos abaixo descritos, pois indispensáveis ao

julgamento do mérito e estão na posse das Reclamadas: (1) relação de

todos oficiais de justiça ativos em 2016, (2) relação de todos os mandados

judiciais expedidos no ano de 2015, separado por oficial, comarca e termo

judiciário conforme LOJE, já citada, levando-se em consideração os

mandados pagos, expedidos com gratuidade judiciária e pelo PJE.

4) Requer a condenação do(a) Promovido(a) em custas processuais,

honorários advocatícios19 na base de 20% e demais cominações de estilo.

5) Requer a aplicação dos juros de mora e correção monetária, nos

termos das Súmulas 20020, 36821, 38122 e 43923 do TST, bem como o dies

16 CPC Art. 319. A petição inicial indicará: (...) IV – o pedido com as suas especificações.

17 CPC Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:

18 AGRAVO DE INSTRUMENTO - REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO - EXIBIÇÃO INCIDENTAL DE DOCUMENTOS - INDIVIDUALIZAÇÃO DOS DOCUMENTOS FEITA NA INICIAL - PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO ART. 356 DO CPC - IMPOSSIBILIDADE DE ARGUIÇÃO DE AUSÊNCIA DE DOCUMENTO INDISPENSÁVEL - RECURSO DESPROVIDO. Tendo em vista que os autores/agravados atenderam a todos os requisitos do art. 356, do CPC, para a exibição incidental de documentos, não há que se falar em impossibilidade de prestação jurisdicional pela ausência de documento indispensável. (TJ-PR - Ação Civil de Improbidade Administrativa: 11616707 PR 1161670-7 (Acórdão), Relator: Luís Carlos Xavier, 13ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 1354 09/06/2014)

19 CPC Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria.

20 Súmula 200 TST - JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os juros de mora incidem sobre a importância da condenação já corrigida monetariamente.

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aquo, a teor do disposto no Art. 40524 do Código Civil Brasileiro, Art. 24025

do Código de Processo Civil, Súmula 16326 do Supremo Tribunal Federal e

ainda na jurisprudência27 pátria, requerendo, ainda, que seja fixado como

juros legais a taxa SELIC e ainda a correção monetária pelo INPC.

6) Requer com espeque no Art. 5º Inc. LXXIV da CF28, Art. 2º e 4º da

Lei nº. 1.060/5029 30, bem como na Súmula 29 do TJPB31 e na

21 Súmula 368 TST - DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO (redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) - Res. 181/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012 I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998 ) II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010. III - Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição. (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001)

22 Súmula 381 TST - CORREÇÃO MONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA CLT (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 124 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º. (ex-OJ nº 124 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998)

23 Súmula 439 TST - DANOS MORAIS. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL. Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Os juros incidem desde o ajuizamento da ação, nos termos do art. 883 da CLT.

24 CC Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.

25 CPC Art. Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

26 STF Súmula 163 - Salvo contra a Fazenda Pública, sendo a obrigação líquida, contam-se os juros moratórios desde a citação inicial para a ação.

27 PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – OMISSÃO INEXISTENTE – JUROS MORATÓRIOS – TERMO INICIAL – CITAÇÃO – OMISSÃO CONFIGURADA – PROVIMENTO PARCIAL – 1. Inexistindo no V. acórdão embargado omissão quanto aos honorários advocatícios sobre que se deva pronunciar esta Colenda Turma, mas tão-somente, o intuito de infringência do julgado, rejeitam-se os embargos de declaração, no particular. 2. Configurada omissão no aresto recorrido, sanável em sede de embargos declaratórios, é devida a declaração requerida. 3. Os juros moratórios tem como termo inicial de fluência a citação inicial, nos termos dispostos no art. 1.536 do Código Civil de 1916 e 405 do Código Civil atualmente em vigor. 4. Embargos de declaração acolhidos, em parte. (TRF 1ª R. – EDAC 01990234918 – MG – 1ª T. – Rel. Des. Fed. José Amilcar Machado – DJU 28.10.2003 – p. 57).

28 Constituição Federal de 1988 Art. 5. (…) LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

29 Lei Federal 1.060/50 Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho. Parágrafo único. - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.

30 Lei Federal 1.060/50 Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.

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jurisprudência do STF32, requer o gozo dos benefícios da assistência

judiciária, em razão de não estar em condições de pagar as custas do

processo.

7) Requer a Vossa Excelência que todas as publicações ocorram

EXCLUSIVAMENTE em nome do advogado JOÃO ALBERTO DA CUNHA

FILHO, OAB/PB 10705, evitando nulidades processuais futuras, conforme

entendimento sedimentado dos Tribunais33.

Das provas

Pretende provar o alegado por todos os meios em direito admitidos,

senão pelo depoimento pessoal das partes, juntada de novos documentos,

testemunhas e demais provas.

Requer, de logo, a realização de perícia técnica, para apuração da

insalubridade e seu grau.

Valor da Causa

Dá-se a causa o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

Termos em que j. esta aos autos com demais documentos

instrutórios,

Pede deferimento.

João Pessoa, 15 de agosto de 2016.

31 Súmula 29 TJPB: Não está a parte obrigada, para gozar dos benefícios da assistência judiciária, a recorrer aos serviços da Defensoria Pública.

32 ACESSO À JUSTIÇA – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – LEI 1.060, DE 1950 – CF, ART. 5º, LXXIV – A garantia do art. 5º, LXXIV – assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos – não revogou a de assistência judiciária gratuita da Lei nº 1.060, de 1950, aos necessitados, certo que, para obtenção desta, basta a declaração, feita pelo próprio interessado, de que a sua situação econômica não permite vir a Juízo sem prejuízo da sua manutenção ou de sua família. Essa norma infraconstitucional põe-se, ademais, dentro do espírito da Constituição, que deseja que seja facilitado o acesso de todos à Justiça (CF, art. 5º, XXXV). (STF – RE 206.354-1 – 2ª T. – Rel. Min. Carlos Velloso – DJU 02.05.1997)

33 PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL - INTIMAÇÃO - SUBSTABELECIMENTO - AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE PUBLICAÇÃO EM NOME DE DETERMINADO PROCURADOR - PRECEDENTES - 1. Agravo regimental contra decisão que desproveu agravo de instrumento. 2. Acórdão a quo segundo o qual "constando da publicação da sentença o nome de um dos patronos constituído nos autos, via de substabelecimento, nenhuma eiva de nulidade há de comprometer a comunicação judicial, quando mais inexistente no processo pedido expresso no sentido de constar na publicação o nome de determinado advogado da parte para que o ato judicial deva ser dirigido, no sentido de aperfeiçoar a intimação". (...) 4. A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que: - "Havendo pluralidade de advogados da mesma parte e inexistindo pedido para que as publicações sejam efetuadas em nome de advogado específico, não é irregular a intimação onde figure apenas o nome de um deles" (EDCL no RESP nº 526570/AM, DJ 10/04/2006); - "A eg. Corte especial firmou o entendimento no sentido de que a intimação realizada em nome de um dos advogados constituídos nos autos pela parte, e desde que não haja pedido expresso de intimação exclusiva em nome de qualquer outro, é suficiente para a eficácia do ato" (AGRG no AG nº 578962/RJ, DJ 24/03/2006); - "É assente na jurisprudência do e. STJ que havendo substabelecimento com reservas, impõe-se a intimação preferencial do advogado que atuou diretamente no processo. Deveras, torna-se incabível a aplicação do referido entendimento, ante à constatação de que substabelecente e substabelecido possuem o mesmo endereço profissional e mercê da ausência de requerimento expresso, no substabelecimento, para que as intimações dirigissem-se especificamente a um dos patronos" (RESP nº 501264/PR, DJ 19/12/2003). 5. Agravo regimental não-provido. (STJ - AGA 200602791177 - (847725 DF) - 1ª T. - Rel. Min. José Delgado - DJU 14.05.2007 - p. 00263)

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Dr34. João Alberto da Cunha Filho OAB 10705 PB

Dr Mailson de Lima Maciel OAB 10732 PB

Dra Andressa Kalynne Carlos Freire Vilhena OAB 10812 PB

OAB 708-A RN OAB 1020-A PE

Bianca Stella Matias de Araújo OAB 11.325-E PB

Daisy Fernanda Araújo Silva OAB 11.472-E PB

Brunna Rachel Germoglio Gomes Silva OAB 18835 PB

Alcimar Ferreira Dantas Estagiário

CPF 078.094.654-57

Kleber Carvalho Toscano Neto Estagiário

CPF: 068.330.314-79

Marcella Pimenta da Cunha Estagiária

CPF nº 072.714.154-67

34 Lei do Império de 11 de agosto de 1827 que “cria dois cursos de Ciências Jurídicas e Sociais; introduz regulamento, estatuto para o curso jurídico; dispõe sobre o título (grau) de doutor para o advogado” com origem legislativa no Alvará Régio editado por D. Maria I, a Pia, de Portugal, que outorgou o tratamento de doutor aos bacharéis em direito e exercício regular da profissão, e nos Decreto Imperial (DIM), de 1º de agosto de 1825, pelo Chefe de Governo Dom Pedro I, e o Decreto 17.874 de 09 de agosto de 1827 que: “Declara feriado o dia 11 de agosto de 1827”; sendo esta a data em que se comemora o centenário da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Os documentos, acima citados, encontram-se micro-filmados e disponíveis para pesquisa na Biblioteca Nacional, localizada na Cinelândia (Av. Rio Branco) – Rio de Janeiro/RJ.