EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA CÌVEL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA/MINAS GERAIS

SUZANA RIBEIRO, brasileira, (estado civil), (profissão), portadora do RG n.º XXXXXXXXX, CPF/MF XXXXXXXXX, residente e domiciliada na (endereço e complemento), por seu procurador que esta subscreve (mandato incluso), com escritório profissional na (endereço e comlemento), onde recebe intimações, vem respeitosamente à digna presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO MONITÓRIA em face de MÁRCIO PAULO RODRIGUES, brasileiro, (estado civil), (profissão), portador do RG n.º XXXXXXXXX e do CPF/MF XXXXXXXXX-XX, residente e domiciliado na (endereço e complemento), pelas razões a seguir expostas:

1. Autora é credora do Réu, pelo valor de R$ 6.350,00 (seis e trezentos e cinqüenta reais). Referente aos seguintes cheques:

000 – no valor de R$ 3.150,00, procedente da conta n.º ... do Banco ... S/A, datado de 22/01/01;

000 – no valor de R$ 3.200,00, procedente da conta n.º ..., o Banco ... S/A, datado de 22/01/01.

2. Referidos cheques não chegaram a ser apresentados ao Banco sacado e encontram-se prescritos, razão pela qual perderam sua executividade na condição de títulos de crédito.

3. Assim, levando em consideração que os títulos portados pela autora não se prestam mais à ação executiva, mas sim à ação monitória, em virtude da prescrição ocorrida , só restou à autora a via judicial para forçar o devedor ao pagamento de seu débito, via esta da qual faz uso por meio da presente ação.

Diante do exposto, requer que Vossa Excelência digne-se de:

a) determinar a citação do Réu para pagar o valor de R$6.350,00 (seis mil e trezentos e cinqüenta reais) no prazo de 15 (quinze) dias e não o pagando, caso queira, oferecer embargos;

b) em não sendo opostos os embargos ou sendo estes rejeitados, determinar a constituição do título executivo judicial, prosseguindo-se a presente ação na forma prevista no Livro II, Título II, Capítulos II e IV do CPC;

c) condenar o Réu ao pagamento das custas processuais, honorários advocatícios e demais despesas processuais ou consectários jurídicos.

d) ao final, julgar procedente a presente ação.

Dá-se à causa o valor de R$ 6.350,00 (seis mil e trezentos e cinqüenta reais).

Nestes termos,Pede deferimento.

(nome da cidade), (data)

(nome e assinatura do advogado)OAB______________

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª VARA CÌVEL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA/MINAS GERAIS

Processo n.º: 702.000.000

MÁRCIO PAULO RODRIGUES, brasileiro, (estado civil), (profissão), portador do RG n.º XXXXXXXXX e do CPF/MF XXXXXXXXX-XX, residente e domiciliado na (endereço e complemento) nos autos em epígrafe da ação monitória movida em seu desfavor por SUZANA RIBEIRO, brasileira, (estado civil), (profissão), portadora do RG n.º XXXXXXXXX, CPF/MF XXXXXXXXX, residente e domiciliada na (endereço e complemento), por seu procurador que esta subscreve (mandato incluso), com escritório profissional na (endereço e comlemento), onde recebe intimações, vem respeitosamente à digna presença de Vossa Excelência, a tempo e modo apresentar EMBARGOS AO MANDADO DE PAGAMENTO na forma das razões adiante aduzidas:

PRELIMINARMENTEImpossibilidade jurídica do pedido

Os autos cuidam de ação monitória fundada em débitos realizados aleatoriamente na conta corrente do requerido, sem a menor comprovação e sem a sua autorização.

A impropriedade da ação monitória para o caso é evidente. O pedido monitório exige uma dívida certa e líquida, mas que não enseje ação executiva . Não é, portanto, qualquer dívida que legitima o pedido monitório. A certeza e a liquidez são requisitos imprescindíveis. Os débitos apresentados pela autora são unilaterais e a sua comprovação depende de prova , pelo que só poderão ser reclamados através do procedimento ordinário em que a cognição se faz presente.

A carência da ação deve ser decretada, com a conseqüente extinção do processo, pois não há, nos autos título hábil para o procedimento monitório. Os extratos de conta corrente, cujos lançamentos contábeis são inexplicáveis e infundados, não atestam a correção desses lançamentos, dependendo, portanto, de dilação probatória para verificação da certeza e liquidez da obrigação.

MÉRITO

Ultrapassada a preliminar, no mérito, melhor sorte não assiste à autora . Os débitos apresentados são de valores ínfimos, cujo prazo prescricional é de dois anos ao teor do artigo 178, § 7º, inciso II. O prazo precricional é contado da data em que foi contraída. O requerido, desde 1988, não tem negócios com a autora, de tal sorte que, qualquer débito que lhe possa ser apresentado só pode ser antecedente àquele ano.

De outro lado, se ultrapassada a preliminar de mérito antes argüida, à autora, ainda sim, não assiste razão absurda na cobrança que faz.

Demonstrando que apenas os títulos que têm liquidez, certeza e exigibilidade, mas sem força executiva, legitimam o manejo da ação monitória, tem-se a conclusão de que, no mérito, a improcedência do pedido é manifesta.

A prova escrita que, necessariamente tem de instruir o pedido monitório , deve mostrar, de plano, a certeza e a liquidez do débito, pois a obrigação deve portar, de início, esses atributos, pois um possível acertamento não é possível em sede de Embargos.

A inexistência de autorização desautoriza qualquer lançamento em sua conta corrente e não legitima nenhum dos valores apresentados à cobrança.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o Réu o acolhimento das razões retro expostas, para o fim de julgar procedente os embargos e determinar a EXTINÇÃO do feito, nos termos do artigo 267, inciso VI, do CPC, com as condenações de estilo.

No mérito, se a tanto se chegar, sejam acolhidos os EMBARGOS para julgar improcedente o pedido monitório, tudo com as condenações de praxe, inclusive honorários de advogado.

Nestes termos,Pede deferimento.

(nome da cidade), (data- 17 de agosto de 2000)

(nome e assinatura do advogado)OAB______________