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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAE ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Fundação Minerva - Cultura - Ensino E Investigação Científica A.1.a. Identificação da instituição de ensino superior / Entidade instituidora (proposta em associação): Fundação Minerva - Cultura - Ensino E Investigação Científica A.2. Unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.): Universidade Lusíada A.2.a. Identificação da unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.) (proposta em associação): Universidade Lusíada A.3. Ciclo de estudos: Psicologia do Trabalho e das Organizações A.4. Grau: Mestre A.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data): <sem resposta> A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos: Psicologia A.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF): 3 A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: 31 A.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: 311 A.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau: 120 A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março): 2 anos A.10. Número de vagas aprovado no último ano lectivo: 15 Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em Funcionamento Pergunta A.11 A.11.1.1. Condições de acesso e ingresso, incluindo normas regulamentares Existem mas não são adequadas ou não cumprem os requisitos legais A.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas. As condições de acesso e de ingresso são as determinadas pelo Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março. No entanto, tratando-se de um ciclo de estudos que tem como objetivo a formação de pág. 1 de 19

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAE

ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAECaracterização do ciclo de estudosPerguntas A.1 a A.10

A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora:Fundação Minerva - Cultura - Ensino E Investigação CientíficaA.1.a. Identificação da instituição de ensino superior / Entidade instituidora (proposta emassociação):Fundação Minerva - Cultura - Ensino E Investigação CientíficaA.2. Unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.):Universidade LusíadaA.2.a. Identificação da unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.) (proposta em associação):Universidade LusíadaA.3. Ciclo de estudos:Psicologia do Trabalho e das OrganizaçõesA.4. Grau:MestreA.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data):<sem resposta>A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos:PsicologiaA.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF):3A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF), se aplicável:31A.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável:311A.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau:120A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março):2 anosA.10. Número de vagas aprovado no último ano lectivo:15

Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em FuncionamentoPergunta A.11

A.11.1.1. Condições de acesso e ingresso, incluindo normas regulamentaresExistem mas não são adequadas ou não cumprem os requisitos legaisA.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

As condições de acesso e de ingresso são as determinadas pelo Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 deMarço. No entanto, tratando-se de um ciclo de estudos que tem como objetivo a formação de

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEpsicólogos do Trabalho e das Organizações para a intervenção psicológica ( “Treino de competênciasde avaliação, análise e intervenção nas organizações” e “Avaliação psicológica em contextoorganizacional” ), não podem ser admitidos candidatos sem formação de base em psicologia(min=180 ECTS). A licenciatura em Psicologia ou equivalente legal deve ser expressa como condiçãomínima necessária para o acesso e ingresso neste curso.

Embora na sua pronúncia a Instituição reconhece que já foram admitidos excepcionalmentecandidatos sem formação de base em Psicologia, mas que não foi mais o caso desde 2010, nãoafirma claramente que não serão admitidos no futuro, dependendo tal decisão dos “órgãos daUniversidade Lusíada de Lisboa estatutariamente competentes”.

A.11.2.1. DesignaçãoÉ adequadaA.11.2.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

Conforme às exigências legais.

A.11.3.1. Estrutura curricular e plano de estudosNão satisfaz as condições legaisA.11.3.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

A estrutura curricular e o plano de estudo respondem ao exigido pela legislação geral. Contudo, nãoestão discriminados os ECTS dedicados à dissertação e ao estágio, o que impede de apreciar esteaspecto. Com efeito, para uma formação para intervenção psicológica, o estágio é imprescindível. Aopção de só fazer dissertação não é adequada aos objectivos do CE. Por outro lado, é exigido que ouo estágio, ou a dissertação tenham pelo menos 30 ECTS, o que os elementos fornecidos no RAA nãopermitem apreciar.

Na sua pronúncia a instituição admite introduzir no 2º ano “duas UC obrigatórias, uma UCdenominada ‘Estágio’ com 30 ECTS e outra UC denominada ‘dissertação//projecto’ também com 30ECTs”,

A.11.4.1 Docente(s) responsável(eis) pela coordenação da implementação do ciclo de estudosNão foi indicado ou não tem o perfil adequadoA.11.4.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

A Coordenadora do C. E. é doutora em Psicologia e encontra-se na Instituição em regime de tempointegral. É autora de publicações de relevo e tem concluído, no seu percurso académico, um 2º cicloem Psicologia do Trabalho e Organizações. Contudo, não podemos deixar de realçar que, a partir deDoutoramento, se afastou desta área, a qual já não corresponde ao seu domínio de especialização – oque é patente se considerarmos as suas publicações centradas em questões de Saúde e Bem-Estarda população de Adolescentes, as quais, na pronúncia, são consideradas pela instituição no âmbitoda Psicologia Organizacional, já que os contextos escolares são organizações.

É de sublinhar que o Mestrado tem um grupo de coordenação constituído por 2 docentes com PhDem Psicologia Social, mas sem nenhuma publicação internacional em revistas com revisão por pares,o que torna o seu perfil inadequado para a função.

Pergunta A.12

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEA.12.1. Existem locais de estágio e/ou formação em serviço.SimA.12.2. São indicados recursos próprios da instituição para acompanhar os seus estudantes noperíodo de estágio e/ou formação em serviço.SimA.12.3. Existem mecanismos para assegurar a qualidade dos estágios e períodos de formação emserviço dos estudantes.Em parteA.12.4. São indicados orientadores cooperantes do estágio ou formação em serviço, em número equalificações adequadas (para ciclos de estudos de formação de professores).Em parteA.12.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Em vários momentos do RAA, comentários revelam dificuldades na organização dos estágios (vernomeadamente 8.3.1. e 9.3.2.), o que realça uma fragilidade desta fase importante da formação dosestudantes face à qual a postura não parece suficientemente proactiva.Por outro lado, só há duas instituições referidas para os estágios de 2 dos 5 alunos registados no 2ºano – o que não deixa de reforçar as preocupações já realçadas no ponto A.11.3.2.; e numa delas opsicólogo que assuma o papel de supervisão é especializado em psicologia da educação.

A.12.6. Pontos Fortes.

Nada a assinalar.A.12.7. Recomendações de melhoria.

Alargar a oferta de estágios em função do número de vagas previsto. A CAE reconhece que pode ter havido, como afirma a instituição na sua pronúncia, algummal-entendido, já que os locais de estágio são 7, sendo portanto suficientes.

Analisar melhor a capacidade dos orientadores cooperantes em assegurar convenientemente estafase importante da formação dos estudantes. Na pronúncia, foi esclarecido que todos osorientadores cooperantes têm formação em PTO, menos um. Neste último caso, o aluno foidevidamente acompanhado por um orientador interno, tendo actualmente este local de estágio, umorientador cooperante com formação em PTO.

1. Objectivos gerais do ciclo de estudos1.1. Os objectivos gerais definidos para o ciclo de estudos foram formulados de forma clara.Em parte1.2. Os objectivos definidos são coerentes com a missão e a estratégia da instituição.Sim1.3. Os docentes envolvidos no ciclo de estudos, bem como os estudantes, conhecem os objectivosdefinidos.Em parte1.4. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Os objetivos do Curso foram definidos de modo muito global e a caracterização da sua especificidadeé insuficientemente comentada: sendo o propósito deste Mestrado fornecer uma formaçãopluridisciplinar, convém explicitar como o ciclo de estudos (CE) consegue a sua articulação com oque exige a formação de futuros psicólogos.

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAE1.5. Pontos Fortes.

O caráter pluridisciplinar da formação oferecida.

1.6. Recomendações de melhoria.

Atribuir mais atenção ao fato deste 2º ciclo dar acesso ao título de psicólogo, o que exige definir osobjectivos de modo mais preciso, como exige ainda uma adequação mais atenta dos contributos deoutras disciplinas científicas.

A instituição, na sua pronúncia, considera os objectivo “perfeitamente adequados” e que “dado aolimite de caracteres, não conseguiram os especificar mais”, embora, na pronúncia, os objectivosespecíficos não foram mais desenvolvidos.

2. Organização interna e mecanismos de garantia daqualidade2.1. Organização Interna

2.1.1. Existe uma estrutura organizacional adequada responsável pelos processos relativos ao ciclode estudos.Sim2.1.2. Existem formas de assegurar a participação activa de docentes e estudantes nos processos detomada de decisão que afectam o processo de ensino/aprendizagem e a sua qualidade.Sim2.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

O C. E. encontra-se integrado no IPCE da FCHS. A Faculdade tem um Conselho Escolar compostopor todos os Doutores e por representantes dos alunos e um Coordenador de cada um dos seusCursos. Existe ainda a nível de toda a Universidade um Conselho Científico e um ConselhoPedagógico, este último com representação paritária de alunos e docentes. Todas estas estruturasreúnem com regularidade ao longo do ano lectivo e assumem as funções que lhes estãoestatutariamente distribuídas. Cabe em 1º instância ao Coordenador do curso assegurar-se atravésdos meios colocados ao seu dispor (inquéritos, etc) da qualidade do ensino-aprendizagem.

2.1.4. Pontos Fortes.

Existe uma organização interna bem definida que precisa as competências e responsabilidades decada interveniente neste ciclo de estudos.

2.1.5. Recomendações de melhoria.

Necessidade de alguma simplificação do processo que parece demasiado pesado e complexo.

2.2. Garantia da Qualidade

2.2.1. Foram definidos mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos.

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAESim2.2.2. Foi designado um responsável pelo planeamento e implementação dos mecanismos degarantia da qualidade.Sim2.2.3. Existem procedimentos para a recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódicado ciclo de estudos.Sim2.2.4. Existem formas de avaliação periódica das qualificações e competências dos docentes para odesempenho das suas funções.Em parte2.2.5. Os resultados das avaliações do ciclo de estudos são discutidos por todos os interessados eutilizados na definição de acções de melhoria.Sim2.2.6. O ciclo de estudos já foi anteriormente avaliado/acreditado.Em parte2.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

A garantia da qualidade do C.E. baseia-se na análise do plano de estudos e da sua melhoria atravésde reuniões entre os Responsáveis e os docentes e alunos. Na base destas análises encontram-se osinquéritos realizados semestralmente a alunos e docentes pelo Gabinete de Avaliação e Acreditaçãoda universidade. Os inquéritos avaliam o docente, a unidade curricular e os serviços, instalações erecursos. São analisados pelo Coordenador do Curso, pelo Director da Faculdade, pela Chancelaria epelo Reitor. Cabe a estes juntamente com representantes dos alunos propor, quando se justifique,acções de melhoria. Foi recentemente levada a cabo pela EUA uma avaliação da Universidade.

No caso concreto do Mestrado em Psicologia do Trabalho e das Organizações, além do acimaindicado, são realizadas reuniões com o corpo docente e reuniões com os delegados, espaços estesque promovem a participação activa de docentes e estudantes nos processos de tomada de decisão.

2.2.8. Pontos Fortes.

Sistema de garantia da qualidade partilhado entre as Escolas e a Reitoria.

Os princípios definidos para o acompanhamento científico e pedagógico do ciclo de estudos

2.2.9. Recomendações de melhoria.

Tendo em conta o número de estudantes inscritos neste ciclo de estudos, os princípios geraisdefinidos parecem desnecessários: o diálogo direto entre os seus protagonistas é suficiente paraperceber os pontos fortes e encontrar soluções para os pontos fracos deste Mestrado.Alguns problemas poderão talvez ser melhor analisados assim, nomeadamente o modo de gestão dadisciplina do 2º ano dita de “Estágio e relatório final/Trabalho de projecto/Dissertação” - que não serevela tão claro como indicado no RAA e parece ter contribuído ao facto de não se ter registadonenhum estudante a finalizar o Curso.

Na pronúncia a instituição atribui este atraso na finalização do curso ao facto deste CE só ter tidoinício em 2009/2010 e não apresenta estratégias para ultrapassar esta fragilidade.

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3. Recursos materiais e parcerias3.1. Recursos materiais

3.1.1. O ciclo de estudos possui as instalações físicas necessárias ao cumprimento sustentado dosobjectivos estabelecidos.Sim3.1.2. O ciclo de estudos possui os equipamentos didácticos e científicos e os materiais necessáriosao cumprimento sustentado dos objectivos estabelecidos.Em parte3.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

O C.E. possui instalações suficientes em termos de salas de aulas que se encontram devidamenteequipadas. O acervo bibliográfico da Biblioteca é relativamente escasso no que diz respeito a esteCurso: seria importante um investimento em obras mais recentes na área. Foi no entanto feito umesforço pela Instituição para permitir o acesso a bases de dados de revistas on-line.

3.1.4. Pontos Fortes.

As condições físicas das instalações e o acesso online a bases de dados bibliográficos.

3.1.5. Recomendações de melhoria.

Um investimento em obras mais recentes na área.

3.2. Parcerias

3.2.1. O ciclo de estudos estabeleceu e tem consolidada uma rede de parceiros internacionais.Em parte3.2.2. O ciclo de estudos promove colaborações com outros ciclos de estudo dentro da suainstituição, bem como com outras instituições de ensino superior nacionais.Sim3.2.3. Existem procedimentos definidos para promover a cooperação interinstitucional no ciclo deestudos.Em parte3.2.4. Existe uma prática de relacionamento do ciclo de estudos com o seu meio envolvente,incluindo o tecido empresarial e o sector público.Sim3.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

O C.E. tem protocolos estabelecidos com diversas universidades estrangeiras e dentro do ProgramaErasmus com uma universidade alemã, uma francesa e uma italiana mas nem os docentes nem osestudantes deste ciclo de estudos, parecem tirar daí algum proveito. Existem também contactosinstitucionais com outras Universidades portuguesas.

3.2.6. Pontos Fortes.

Nada a assinalar.

3.2.7. Recomendações de melhoria.

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEAs parcerias com universidades internacionais e nacionais correspondem a uma estratégia global daUniversidade, transversal aos vários ciclos de estudos. A dinâmica criada apresenta claras vantagenspara todos os docentes e discentes. Mas não parecem contemplar suficientemente a especificidadedeste Mestrado. Convém, estar mais atento às possibilidades de desenvolvimento de projectos deinvestigação e da mobilidade de estudantes e docentes deste ciclo de estudos em particular.

A instituição concorda e afirma ter havido uma evolução neste sentido com a apresentação de 3candidaturas para financiamento (articulados com a Psicologia da Saúde).

4. Pessoal docente e não docente4.1. Pessoal Docente

4.1.1. O corpo docente cumpre os requisitos legais.Não4.1.2. Os membros do corpo docente (em tempo integral ou parcial) têm a competência académica eexperiência de ensino adequadas aos objectivos do ciclo de estudos.Em parte4.1.3. O número e o regime de trabalho dos membros do pessoal docente correspondem àsnecessidades do ciclo de estudos.Em parte4.1.4. É definida a carga horária do pessoal docente e a sua afectação a actividades de ensino,investigação e administrativas.Não4.1.5. O corpo docente em tempo integral assegura a grande maioria do serviço docente.Sim4.1.6. A maioria dos docentes mantém a sua ligação ao ciclo de estudos por um período superior atrês anos.Em parte4.1.7. Existem procedimentos para avaliação da competência e do desempenho dos docentes do ciclode estudos.Em parte4.1.8. É promovida a mobilidade do pessoal docente, quer entre instituições nacionais, querinternacionais.Em parte4.1.9. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

O corpo docente é composto por 11 docentes dos quais 6 são doutores em Psicologia e deste grupo 5encontram-se em tempo integral na Instituição. A larga maioria assegura um número apreciável dehoras de docência noutros C.E., tornando a sua participação neste Mestrado algo acessória. Poroutro lado, a carga lectiva excessiva pode justificar a fragilidade da produção científica da maioriados docentes que se resume num total de 2 artigos em revistas internacionais indexadas em basesde dados de reconhecido mérito (4 outros da autoria da docente coordenadora, não se situam naárea do CE), algumas publicações em Atas de encontros científicos internacionais, alguns artigos emrevistas nacionais, livros e capítulos de livros na sua larga maioria nacionais. A área do Ciclo deestudos não sendo a da área de investigação da docente coordenadora, a produção científica docorpo docente não garante aos estudantes um quadro de referência mais próximo do exigido a nívelinternacional.

4.1.10. Pontos Fortes.

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEA consciência da fragilidade do corpo docente deste Mestrado em termos de publicações foi patenteno decorrer da visita da CAE. Foi referido que a Instituição se encontra a elaborar um Regulamentode Avaliação dos Docentes onde a investigação é valorizada e ainda a criação de incentivos,nomeadamente através de subsídios. No RAA é também realçada a obrigação contratual dosdocentes da produção de um mínimo de 2 publicações científicas por ano.

4.1.11. Recomendações de melhoria.

A consciência da fragilidade do corpo docente deste Mestrado em termos de publicações, acimaapontada, não foi evidente na pronúncia, embora a instituição afirma terem sido criadas condiçõespara permitir o investimento dos docentes na investigação e melhorar a sua produção científica, semcontudo as especificar.

Ora, o corpo docente necessita de se organizar e de investir significativamente ao nível dainvestigação para aumentar a produção científica. Para tal será importante um plano estratégicocom a definição de linhas de investigação e a (eventual) articulação com outros grupos ou redes deinvestigação nacional e/ou internacional, no sentido de promover as melhores condições paraconseguir captação de financiamento externo para a realização de investigação.

Reduzir a carga lectiva dos docentes, bem como o número e a diversidade das disciplinas de que sãoresponsáveis, pode criar condições que permitem aos docentes atingir as metas definidas em termosde investigação.

4.2. Pessoal Não Docente

4.2.1. O pessoal não docente tem a competência profissional e técnica adequada ao apoio àleccionação do ciclo de estudos.Sim4.2.2. O número e o regime de trabalho do pessoal não docente correspondem às necessidades dociclo de estudos.Sim4.2.3. O desempenho do pessoal não docente é avaliado periodicamente.Sim4.2.4. O pessoal não docente é aconselhado a frequentar cursos de formação avançada ou deformação contínua.Em parte4.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

O pessoal não docente parece eficaz, empenhado nas suas tarefas e competente para as efectuar.Sentem -se apreciados pelos seus superiores hierárquicos e pelos docentes. São incentivados aprosseguir estudos e frequentam cursos de formação organizados pela própria Instituição. Existe umsistema de avaliação de desempenho pelo qual todos são anualmente avaliados. Embora aspossibilidades de formação contínua ainda sejam reduzidas, há abertura por parte da Universidadepara apoiar a melhoria das habilitações literárias dos seus funcionários.

4.2.6. Pontos Fortes.

Empenho revelado pelos funcionários na realização das actividades que lhes são atribuídas e no seupapel na captação de alunos.

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAE4.2.7. Recomendações de melhoria.

Concretizar o projecto da Universidade de melhoria das habilitações literárias dos seus funcionários,bem como outras formas de formação contínua.

5. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem5.1. Caracterização dos estudantes

5.1.1. Existe uma caracterização geral dos estudantes envolvidos no ciclo de estudos, incluindo o seugénero, idade, região de proveniência e origem sócio-económica (escolaridade e situaçãoprofissional dos pais).Em parte5.1.2. Verifica-se uma procura do ciclo de estudos por parte dos potenciais estudantes ao longo dosúltimos 3 anos.Não5.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Registou-se apenas 5 alunos para cada ano do curso, tendo este iniciado em 2009/2010, com 20vagas.

5.1.4. Pontos Fortes.

Nada a assinalar.

5.1.5. Recomendações de melhoria.

Esclarecer a questão do número de vagas abertas para o Mestrado: 15 referidas em A.10 ou 20 em5.1.3. (RAA).

Analisar as razões da falta de procura deste CE.

5.2. Ambiente de Ensino/Aprendizagem

5.2.1. São tomadas medidas adequadas para o apoio pedagógico e o aconselhamento sobre opercurso académico dos estudantes.Sim5.2.2. São tomadas medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica.Sim5.2.3. Existe aconselhamento dos estudantes sobre a possibilidade de financiamento e de emprego.Sim5.2.4. Os resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes são usados para melhorar o processode ensino/aprendizagem.Em parte5.2.5. A instituição cria condições para promover a mobilidade dos estudantes.Em parte5.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAENo apoio psico-pedagógico, os alunos contam, para além dos docentes, com o Gabinete deAconselhamento Psicológico e Promoção da Saúde. Cabe ao Coordenador do C.E. com o apoio doNúcleo de Estudantes organizar no início do 1º semestre sessões de esclarecimento com os alunossobre os objectivos do curso, os recursos disponíveis na Universidade.

O Gabinete de Estágios, Saídas Profissionais e Empreendedorismo dá apoio personalizado aos alunosna busca de emprego e estágios e desenvolve actividades de relacionamento com o tecidoempresarial. A Instituição adopta medidas para apoiar os estudantes que tenham dificuldadesfinanceiras, por ex., reduzindo o valor das propinas.

Quanto à mobilidade internacional a Instituição promove o intercâmbio de alunos no espaço europeu(Programa Erasmus). Contudo no C.E. em apreço a mobilidade de alunos se resume ao registo de umestudante estrangeiro e a mobilidade dos docentes é fraca. O RAA invoca a falta de disponibilidadede docentes (8.4.4.).

5.2.7. Pontos Fortes.

Existência de várias estruturas de natureza institucional de apoio aos estudantes e disponibilidadedos docentes e não-docentes para apoio direto aos estudantes.

O apoio da Instituição na procura de alternativas para os estudantes com dificuldades financeiras.

5.2.8. Recomendações de melhoria.

Adequar melhor as estruturas de apoio existentes à especificidade deste 2º ciclo.

6. Processos6.1. Objectivos de Ensino, Estrutura Curricular e Plano de Estudos

6.1.1. Estão definidos os objectivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) adesenvolver pelos estudantes e foram operacionalizados os objectivos permitindo a medição do graude cumprimento.Sim6.1.2. A estrutura curricular corresponde aos princípios do Processo de Bolonha.Em parte6.1.3. Existe um sistema de revisão curricular periódica que assegura a actualização científica e demétodos de trabalho.Em parte6.1.4. O plano de estudos garante a integração dos estudantes na investigação científica.Em parte6.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Os objetivos do Curso foram definidos na altura da sua criação, conformemente aos princípios deBolonha. Mas ainda não foram objeto de uma revisão. Por um lado, as condições de acesso têm queser revistas para se tornarem compatíveis com o alcanço de tais objectivos. Por outro lado, adefinição desses objetivos é demasiada genérica, não tem procurado valorizar uma especificidade naformação de futuros psicólogos (apostando sobretudo numa formação dita ‘pluridisciplinar’). Oestágio não está devidamente definido e nem sempre orientado por profissionais da área. Aintegração dos estudantes na investigação não é assegurada devido ao nível de investigação dos

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEdocentes na área e também pelo facto de não ter suficientemente enquadrado um objectivo deintegração dos estudantes em atividades científicas. Além disso, no plano da formação emmetodologia de investigação, a disciplina ‘Estatística multivariada’ apresenta conteúdosprogramáticos mais habituais em cursos de 1º ciclo.

6.1.6. Pontos Fortes.

Nada a assinalar.6.1.7. Recomendações de melhoria.

- Uma revisão profunda deste 2º ciclo: dos seus objetivos, da sua especificidade na formação depsicólogos e da sua articulação com projetos de investigação. Não há evidência desta revisão na pronúncia .Na pronúncia, a instituição contesta todas as afirmações apontados na secção seguinte (6.2),considerando que o Plano de estudos, o nível do CE e a bibliografia são adequado; admite mudar osconteúdos de 3 UC, sem contudo apresentar elementos que permitem apreciar a qualidade destamudança.

- Garantir que todos os estudantes tenham oportunidade de fazer um estágio devidamentesupervisionado no decorrer do qual poderão exercitar e pôr à prova as competências adquiridas no1º ano de formação.Esta garantia foi assegurada pela instituição na sua pronúncia.

6.2. Organização das Unidades Curriculares

6.2.1. São definidos os objectivos da aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) que osestudantes deverão desenvolver em cada unidade curricular.Sim6.2.2. Existe coerência entre os conteúdos programáticos e os objectivos de cada unidade curricular.Em parte6.2.3. Existe coerência entre as metodologias de ensino e os objectivos de cada unidade curricular.Em parte6.2.4. Existem mecanismos para assegurar a coordenação entre as unidades curriculares e os seusconteúdos.Em parte6.2.5. Os objectivos de cada unidade curricular são divulgados entre os docentes e os estudantes.Sim6.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

A pluridisciplinariedade só parcialmente é conseguida. A UC ‘Direito do trabalho …” se justifica perfeitamente. Mas a maioria das UC do 1º ano abarca asubárea do estudo da dinâmica organizacional (ver: ‘Diagnóstico e intervenção organizacional’;‘Tópicos avançados de comportamento organizacional’; ‘Psicossociologia do trabalho e dasorganizações’; ‘Gestão estratégica e mudança organizacional’; ‘Liderança e gestão de grupos detrabalho’). Ora, o programa dessas UC apresenta-se próximo do que costuma ser ensinado em cursosde 1º ciclo. A implementação de aulas de recuperação, extra curriculares, pode permitir aosestudantes que o necessitarem recuperar rapidamente o atraso: contribuiria para uma redução donúmero excessivo de ECTS consagradas à esta subárea. O fato é ainda mais preocupante pelaredundância de alguns dos conteúdos programáticos e das bibliografias que, na maioria dos casos,

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEmereciam abertura a abordagens mais recentes e mais inovadoras.

6.2.7. Pontos Fortes.

A pluridisciplinariedade.

6.2.8. Recomendações de melhoria.

1. Revisão do plano de estudo em função dos objectivos de uma formação de futuros psicólogos enão de técnicos de gestão de recursos humanos. Assim, as UCs ‘Erg.e Eng. dos Fatores Hum.’ e ‘T. Aval. e Valid. da Form.’ (com docentes deArquitetura e Economia), apesar do seu interesse, não incluem estudos recentes na área dapsicologia (ex: Psicologia Ergonómica na 1ª UC, ou inexistência de referência a autores como Piagetou Vygotski na 2ª UC. Aliás, no 1º ciclo, há pouca referência à questões importantes em Psic.Desenvolv. do Adulto (fundamental para 2ºciclo em PTO). Fraca atenção a especificidade daPsicologia no programa de ‘Métodos de investigação’ em que a especificidade da prática de pesquisaem ciências sociais é pouco considerada.

2. Reformular o PE, para aprofundar os tópicos a um nível adequados a um 2º ciclo. Os tópicos deavaliação e intervenção Psic. no Trab. e nas Org. devem ser mais desenvolvidos

3. Actualizar e diversificar as referências bibliográficas

(ver 6.1.7.)

6.3. Metodologias de Ensino/Aprendizagem

6.3.1. As metodologias de ensino e as didácticas estão adaptadas aos objectivos de aprendizagemdas unidades curriculares.Em parte6.3.2. A carga média de trabalho necessária aos estudantes corresponde ao estimado em ECTS.Sim6.3.3. A avaliação da aprendizagem dos estudantes é feita em função dos objectivos da unidadecurricular.Sim6.3.4. As metodologias de ensino facilitam a participação dos estudantes em actividades científicas.Não6.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Os resultados das avaliações para as várias disciplinas do 1º ano parecem demonstrar a adequaçãodos métodos de ensino. Contudo, as metodologias privilegiadas nas várias disciplinas não foramconcebidas de modo a constituírem momentos de iniciação à pesquisa científica: além da exposiçãode referenciais teóricos, os trabalhos práticos organizam-se quase essencialmente acerca da análisede textos, de estudos de casos ou de exercícios do tipo role playing. O RAA não patenteia trabalhosde campo em organizações reais.

O que ocorre no 2º ano parece particularmente problemático, pela ausência de casos de estudantesque finalizaram o Curso (ver o quadro 7.1.1. do RAA). A ausência de informação sobre os percursosdo 2º ano (estágio e preparação da dissertação final) não permite identificar os aspectos relevantespara a resolução deste problema. A fraca experiência de investigação dos docentes na área do ciclode estudo pode ser uma delas; a sua sobrecarga lectiva outra.

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAE6.3.6. Pontos Fortes.

Nada a assinalar.6.3.7. Recomendações de melhoria.

Analisar cuidadosamente os múltiplos factores susceptíveis de explicar a falta de eficiência do ciclode estudo, nomeadamente: número excessivo de ECTS para matérias que costumam integrar cursosde 1º ciclo; conteúdos programáticos redundantes; insuficiências de matérias próprias à Psicologia;fraca preocupação com o que exige a intervenção dos psicólogos neste domínio, nomeadamente emtermos de diagnóstico, de planeamento das intervenções, da consideração de princípios éticos emmeio empresarial, etc.

Tomar medidas para superar as fragilidades identificadas.

A instituição, na pronúncia, atribui o atraso na conclusão do CE (N+2) ao facto de se ter iniciadosomente em 2009/10, mas não apresenta estratégias para ultrapassar as fragilidades identificadas.

7. Resultados7.1. Resultados Académicos

7.1.1. O sucesso académico da população discente é efectivo e facilmente mensurável.Em parte7.1.2. O sucesso académico é semelhante para as diferentes áreas científicas e respectivas unidadescurriculares.Sim7.1.3. Os resultados da monitorização do sucesso escolar são utilizados para a definição de acçõesde melhoria no mesmo.Sim7.1.4. Não há evidência de dificuldades de empregabilidade dos graduados.Em parte7.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Embora parece claro o sucesso académico nas várias disciplinas curriculares do 1º ano, não háregisto de estudante que tenha concluído o Curso.

Na sua pronúncia a instituição confirma que os estudantes não terminaram no prazo previsto (fimano lectivo 2010-2011) mas dois anos depois (2012/2013).

7.1.6. Pontos Fortes.

Nada a assinalar.

7.1.7. Recomendações de melhoria.

Identificar as razões que explicam os níveis de eficiência extremamente baixos do Ciclo de Estudo.e encontrar estratégias para os ultrapassar.

Além deste ciclo de estudos ser relativamente recente, a instituição, na sua pronúncia, nãoidentificou razões para os seus baixos níveis de eficiência, nem estratégias para melhorar esta

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEsituação.

7.2. Resultados da actividade científica, tecnológica e artística

7.2.1. Existem Centro(s) de Investigação reconhecido(s), na área científica do ciclo de estudos ondeos docentes desenvolvam a sua actividade.Sim7.2.2. Existem publicações científicas do corpo docente do ciclo de estudos em revistasinternacionais com revisão por pares, nos últimos 3 anos e na área do ciclo de estudos.Não7.2.3. Existem outras publicações científicas relevantes do corpo docente do ciclo de estudos.Não7.2.4. As actividades científicas, tecnológicas e artísticas têm uma valorização e impacto nodesenvolvimento económico.Não7.2.5. As actividades científica, tecnológica e artística estão integradas em projectos e/ou parceriasnacionais e internacionais.Em parte7.2.6. Os resultados da monitorização das actividades científica, tecnológica e artística são usadospara a sua melhoria.Em parte7.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Existe uma Unidade de I/D em Psicologia avaliada pela FCT com (Fair). Alguns docentes sãomembros de outras Unidades I/D com avaliação superior. A produtividade dos docentes na área doCE é extremamente fraca: só 2 artigos em revistas internacionais indexadas em bases de dados dereconhecido mérito (outros 4 da autoria da coordenadora, estão fora da área), algumas publicaçõesem Atas, artigos, livros e capítulos de livros na sua larga maioria nacionais. Tal não permite garantirque “o estabelecimento de ensino desenvolva actividade reconhecida de formação e investigação (...)nas áreas científicas integrantes dessa especialidade.”(alínea b) do n.º2 do Art. 57.ºdo DL 107/2008de 25 de Junho)", requisito legal para acreditação de um grau de mestrado, criando dificuldades àintegração dos estudantes na investigação científica que é esperada no 2º ciclo de estudos.

Como a área do CE não é a da docente coordenadora, a projecção deste Mestrado na sociedadeenvolvente, por si só, é fraca.

7.2.8. Pontos Fortes.

Nada a assinalar.

7.2.9. Recomendações de melhoria.

Recomenda-se o desenvolvimento e implementação de medidas que incentivem e forneçamcompetências aos docentes para aumentar o seu envolvimento na investigação e em publicações.

A instituição não aceita a apreciação de “fragilidade” do corpo docente em termos de produçãocientífica. Afirma, contudo, que está “a desenvolver diversas actividades com vista ao maiordesenvolvimento da investigação e produção científica em revistas nacionais e internacionais comrevisão de pares” .

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7.3. Outros Resultados

7.3.1. No âmbito do presente ciclo de estudos, existem actividades de desenvolvimento tecnológico eartístico, prestação de serviços à comunidade ou formação avançada.Em parte7.3.2. O ciclo de estudos contribui para o desenvolvimento nacional, regional e local, a culturacientífica e a acção cultural, desportiva e artística.Não7.3.3. O conteúdo das informações sobre a instituição, o ciclo de estudos e o ensino ministrado sãorealistas.Sim7.3.4. Existe um nível significativo de internacionalização do ciclo de estudos.Em parte7.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Embora o Mestrado possa beneficiar de iniciativas globais da Universidade Lusíada (Revista dePsicologia existente na Universidade ; organização de congressos e Workshops ; Projecto Mentoria:Educação pelos Pares, os alunos (mentores) e os docentes (supervisores) prestam apoio a parceirosda comunidade), não foram identificadas actividades próprio ao Mestrado aqui em análise.

Quanto à internacionalização, ela é ainda incipiente entre alunos e quase inexistente para osdocentes deste Curso.

7.3.6. Pontos Fortes.

As iniciativas globais da Universidade.

7.3.7. Recomendações de melhoria.

Apostar mais na mobilidade in e out.

A instituição apresentou, na sua pronúncia, actividades desenvolvidas na área do Mestrado.

8. Observações8.1. Observações:

O plano de estudo deste Mestrado precisa de uma redefinição profunda, além de revisões que sesituam num plano mais formal reveladas a partir da análise do RAA (contradições nas referências aonúmero de vagas; informações pouco claras sobre o modo como é gerida a disciplina do 2º ano ditade “Estágio e relatório final/Trabalho de projecto/Dissertação”; …).Consideramos o número reduzido de estudantes inscritos como revelador das diversas fragilidadesdo Curso: no RAA, foram registados 5 estudantes em cada ano; e no decorrer da visita da CAE,vários comentários deixaram perceber que na realidade são ainda menos.Partindo do principio que se trata de um sinal da pouca apetência para a área por parte dosestudantes que concluíram o 1º ciclo da Licenciatura em Psicologia na Universidade Lusíada deLisboa, podemos avançar no diagnóstico das fontes desta falta de motivação considerando o que estáao seu montante, isto é analisando aspetos do plano de estudos desta Licenciatura. Realçamos assimque a revisão curricular prevista para este 1º ciclo (e a inserção de uma disciplina da área dePsicologia do trabalho e das organizações) dará aos estudantes a oportunidade de melhor

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEcompreender o projeto que subjaz a área do MestradoTodavia, esta medida não será talvez suficiente para desenvolver uma dinâmica mais favorável aoMestrado em análise, nomeadamente em razão da parca referência neste 1º ciclo de estudos àsquestões relacionadas com o desenvolvimento do adulto – o que não deixa de constituir outrafragilidade de uma formação pouca atenta à algumas das principais problemáticas da psicologiacontemporânea e de temáticas atuais da Psicologia do Trabalho e das Organizações.Quanto ao que está à jusante da opção de estudantes para a área de Psicologia do trabalho e dasorganizações, o plano curricular, com a sua valorização de uma perspetiva pluridisciplinar, pode serconsiderado como vantajoso em termos de inserção profissional. Contudo, não se pode esquecer ofato de estar aqui em jogo o título de Psicólogo, atribuído aos estudantes que irão finalizar o Curso.Insistiremos então sobre a necessidade de rever os conteúdos programáticos da maioria dasdisciplinas de forma a contemplarem e aprofundarem os contributos mais recentes dos estudosdesenvolvidos no campo da Psicologia.

Neste sentido, se a Universidade Lusíada de Lisboa decidir prosseguir o projeto da oferta desteMestrado, é indispensável um reforço substancial do contributo de docentes da área e a valorizaçãodo seu diálogo com os colegas das outras áreas solicitadas, além de uma revisão profunda do planode estudo, e das UC que o compõem.Acrescentamos que o estágio terá que ser reorganizado com o mesmo espírito, isto é: criandocondições que permitem a aquisição de competências actualizadas na área da Psicologia do Trabalhoe das Organizações – afastando-se assim de um modelo de formação frequentemente promovido paraprofissionais da gestão de recursos humanos.

8.2. Observações (PDF, máx. 100kB):<sem resposta>

9. Comentários às propostas de acções de melhoria9.1. Objectivos gerais do ciclo de estudos:

Optimizar as relações com as Universidades Lusíada de Angola e São Tomé e outras Universidadesnos PALOP´S, Brasil e Países da América Latina não dispensa da necessária reformulação do Planode estudos. Implementar mais estratégias de disseminação de resultados de investigação exige previamente oreforço do investimento nos projetos de investigação.

Trazer convidados das diversas áreas de investigação e intervenção poderá permitir a melhoraproximação com os contributos mais recentes dos estudos desenvolvidos no campo da Psicologia.

9.2. Alterações à estrutura curricular:

Tornar mais claras as opções inerentes à única disciplina do 2º ano dita de “Estágio e relatóriofinal/Trabalho de projecto/Dissertação”; identificar as opções possíveis e criar condições quegarantem a viabilidade de cada opção. Lembra-se que para este tipo de formação o estágio nãopoderá ser optativo.

9.3. Alterações ao plano de estudos:

Necessidade de rever os conteúdos programáticos da maioria das disciplinas de forma acontemplarem e aprofundarem os contributos mais recentes dos estudos desenvolvidos no campo daPsicologia.

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAE9.4. Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade:

Estar mais atento ao potencial dos contatos diretos.

9.5. Recursos materiais e parcerias:

Atribuir mais atenção ao que exige a especificidade do Mestrado em Psicologia do Trabalho e dasOrganizações.

9.6. Pessoal docente e não docente:

Criar condições que irão permitir aos docentes outro empenho em projetos de investigação e empublicações em revistas indexadas com difusão internacional.

Concretizar o projecto da Universidade de melhoria das habilitações literárias dos seus funcionários,bem como outras formas de formação contínua.

9.7. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem:

Melhor articulação entre os programas das várias disciplinas.

9.8. Processos:

Revisão profunda do Plano de estudos para captação de alunos e novas fontes de financiamento.

9.9. Resultados:

A Instituição parece estar ciente de muitas das fragilidades do Curso. Convirá integrar as váriasanálises e suas propostas, assim como as opiniões dos diferentes protagonistas envolvidos(atualmente ou potencialmente) para vir a delinear um Curso que esteja à altura de um 2º ciclo emPsicologia.

10. Conclusões10.1. Recomendação final.O ciclo de estudos não deve ser acreditado10.2. Fundamentação da recomendação:

Este ciclo de estudos apresenta pontos fracos em aspectos essenciais, pelo que não deve seracreditado. A instituição na sua pronúncia não apresentou nenhuma informação factualcomplementar que permitisse alterar esta decisão.

Do lado dos aspetos positivos, podemos salientar o carácter pluridisciplinar da equipa docente e daformação dispensada. Trata-se de qualidades inequivocamente relacionadas com uma culturaprópria à Universidade Lusíada de Lisboa e que se refletem também nos grandes princípios dagestão e coordenação dos diferentes cursos que nesta se inserem.

Não é, contudo, suficiente face ao que exige um Mestrado em Psicologia e não compensa asnumerosas fragilidades deste Mestrado em Psicologia do Trabalho e das Organizações, que se

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ACEF/1112/21012 — Relatório final da CAEreflectem no número bastante reduzido de estudantes que se inscrevem e no fraco nível de eficiênciado CE, considerando a inexistência de diplomados até a data da conclusão do RAA e da visita da CAE.

Dessas fragilidades, notaremos aquelas que não foram ultrapassadas, já que a instituição , na suapronúncia, não reconhece:

- a inadequação das condições de acesso que admitem estudantes sem formação inicial emPsicologia, apesar de ser um curso com objetivos profissionalizantes;

- a fraca eficiência do CE, atribuindo o atraso na conclusão do mesmo (N+2) ao facto de ter iniciadosomente em 2009/10;

-o baixo peso das UCs que asseguram a formação em Psicologia do Trabalho e das Organizações, noplano de estudos actual, não havendo introdução de mudança neste plano de estudos;

- o facto das UCs não apresentarem um nível de complexidade e aprofundamento compatível com oque se pode esperar numa formação de 2º ciclo, mas que a instituição considera suficiente na suapronúncia,sem, contudo, evidenciar elementos novos que permitem sustentar tal afirmação;

- a inadequação entre os CV dos docentes e as UCs que leccionam , sem apresentar elementos novosque permitem alterar a avaliação anterior;

- que os conteúdos programáticos não contemplam nem aprofundam os contributos mais recentesdos estudos desenvolvidos no campo da Psicologia do Trabalho e das Organizações, bem como asmetodologias de investigação e intervenção próprias desta área, na maioria das disciplinas: amaioria dos programas dos cursos não foram alterados, com a exceção de 2 UCs obrigatórias (ex.Ergonomia e Engenharia dos Factores Humanos) e 1 opcional (Técnicas de Avaliação e Validação deFormação), sem fornecer elementos que permitiriam apreciar as mudanças nelas introduzidas.

- que não esta assegurado um corpo docente com experiência de investigação científica na área doCE, que apresente uma produção científica substancial, ratificada por pares a nível internacional,nem a sua integração em programas de pesquisa nacionais e internacionais na área do CE. Não sepode deste modo garantir que “o estabelecimento de ensino desenvolva actividade reconhecida deformação e investigação (...) nas áreas científicas integrantes dessa especialidade.”(alínea b) do n.º2do Art. 57.ºdo DL 107/2008 de 25 de Junho)", requisito legal para acreditação de um grau demestrado. A instituição considera esta afirmação “gratuita e ofensiva” mas não apresenta nenhumainformação adicional susceptível de alterar esta avaliação. Não refere evidências que os estudantesestejam integrados nas linhas de investigação dos docentes na área do CE, embora refira quepretende “desenvolver diversas actividades com vista ao maior desenvolvimento da investigação eprodução científica em revistas nacionais e internacionais com revisão de pares”, incentivando,nomeadamente o estabelecimento de parcerias internacionais.

- a inadequação da coordenação do Mestrado: a instituição chamou a atenção pelo facto dacoordenação do mestrado ser assegurada por 2 docentes com PhD em Psicologia Social mas,infelizmente sem nenhuma publicação internacional em revistas com revisão por pares, o que nãotorna o seu perfil adequado para o exercício da função.

A instituição reconheceu a necessidade de distinguir “Estágio e Relatório final/Trabalho de projecto/Dissertação” e considerando a importância dos estágios, introduziu no 2º ano “duas UC obrigatórios,uma UC denominada ‘estágio’ com 30 ECTS e outra UC denominada ‘dissertação//projecto’ tambémcom 30 ECTs”.

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