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ACELERANDO A ESCOLARIZAÇÃO
Em nome do que?
ACELERANDO A ESCOLARIZAÇÃOEM NOME DO QUÊ?
Tema : Políticas Públicas educacionais o discurso oficial e as conseqüências sobre o processo de escolarização - Discurso oficial X aplicação prática.
Texto: PATTO, Maria Helena Souza. Acelerando a escolarização: em nome do quê? e Democratização do ensino e políticas públicas: desafios para a pesquisa. In: Exercícios de Indignação – escritos de Educação e Psicologia. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2005. p 17 a 28 e 57-67
NOVA REFORMA EDUCACIONAL
Desejos para a melhoria da escola pública:Fim da reprovação como mecanismo
punitivoCrítica da medicalização para responder dificuldades de escolarizaçãoParticipação da escola como causadora das dificuldades de escolarizaçãoOutra organização das salas de aulaConsiderar as diferenças de ritmo dos
alunosColaboração de professores e alunos nas
práticas pedagógicas
PESQUISAS
Realizadas na rede pública (ensino fundamental )Mestrado da PUC -1990Doutorado da USP - 1994
Objetivos (entender): As práticas no cotidiano escolar Como as escolas recebem as propostas impostas? Resultados:
Resistência a mudançaApropriação de situações anteriormente
vividas (zona de conforto)
RAZÃO DOS RESULTADOS NEGATIVOS
Dinâmica institucional difícil na escola Problemas entre os diferentes níveis
hierárquicos Resistência passiva e ativa às mudanças
traduzidas em :Solidão, desamparo, raiva, corpo mole e
duroCorporativismoDefesa de privilégiosDefesa de poderSentimento de impotênciaFatalismo
RESPONSABILIZAÇÃO
Inimizade entre professores e alunos
Psicologia que naturaliza o social através da psicometria que:Confirma o preconceito social e racialProva que pobres e não brancos são menos capazes
ESTE PRECONCEITO INVIABILIZA AS PROPOSTAS CONSTRUTIVISTAS
Porque o aluno não terá espaço para atuar no seu processo pedagógico
O construtivismo define o aluno como sujeito de seu desenvolvimento como agente de seu processo de aprendizagem, como construtor do conhecimento
PROPOSTAS DE IMPLANTAÇÃO DE CLASSES DE ACELERAÇÃO
Reincidência de novos problemas Pesquisa recente pede nova reflexão e
relata:Ser indispensável pessoas de fora do
sistema para acompanhar as mudanças
Estas classes passaram a ser vistas como perigosas tornando-se foco de “indesejáveis”
Houve desaceleração no processo da aprendizagem
CRITICAS AS CLASSES DE ACELERAÇÃO
Medida provisória para remediar a defasagem série-idade
Reprovação – adolescentes em classes de crianças (Como ensinar adolescentes com exemplos infantis?)
Preconceito social de todos os envolvidos
Descrença dos alunos na escola e no professor
Classes superlotadas Diversidade de crianças e problemas
GRAVES SINTOMAS DA POLÍTICA EDUCACIONAL
Altos índices de reprovação Defasagem série-idade Objetivo dos projetos
Manipulação dos sintomas Regularização do fluxo dos alunos
Relato de uma representante da Secretaria de educação no Colóquio Classes de aceleração:
“ Se um só aluno aprendeu a ler e escrever
já me dou por satisfeita como educadora”
RESULTADO DESTAS PRÁTICAS
DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO E
POLÍTICAS PÚBLICAS
DESAFIOS PARA A PESQUISA
DEMOCRATIZAÇÃO
Democratizar = tornar democrático= processo em direção a
Humanização da vida social Significa dizer, a partir do que existe,
que não é isto que é bom A política publica educacional tem sido
democratizante?Quanto do dinheiro vai para a escola
publicaSociedade fincada na desigualdade
NECESSIDADES DE PESQUISAS URGENTES
Da Microfísica do poder no processo sucessório nas secretarias e no ministério da EducaçãoProjetos não acabados por causa das
mudanças de governo Da Relação entre a pesquisa acadêmica e a
política educacionalMaior dificuldade encontrada nos
resultados da Implantação do ciclo básico na rede estadualAcabar com a reprovação(1ª e 2ª série e aumentar o tempo para alfabetizar)
RESULTADOS NEGATIVOS DAS PESQUISAS SOBRE O CICLO BÁSICO
Professor executa decisões das quais não participouDesrespeito ao que sabe fazer o leva a agir de
acordo com as velhas práticasGerador de velhos rótulos – Criança
deficiente mental leve, passa a ser pré-silábicaRelação penosa entre professores e alunos
(preconceito contra os pobres) Ilusão tecnicista: genética da leitura e da escrita
de base teórica piagetiana como a bola da vezAluno visto como mais lento de acordo com os
estágios operacionais
REFLEXÃO
Essa lentidão dos alunos repetentes é efeito do “mau ensino” ou causa de “dificuldades de aprendizagem” inerentes ao aluno?
TEMAS IMPORTANTES A SEREM PESQUISADOS
Estudos etnográficos (descrever um povo na sua vivência) das reformas e projetos governamentais
Pesquisa de acompanhamento das reformas mesmo que abolidas por governos anteriores
Entender e denunciar mecanismos sutis de exclusãoEncobertos pela promessa de inclusão
escolar que não podem cumprir, quer pelas mentiras que o respaldam, quer pelo assistencialismo que os orienta
REFORMAS EDUCACIONAIS
Como são:
Intenção reformista de tecnocratas
Política econômica de corte de gastos na área social
Como devem ser: Em prol de
movimentos sociais reivindicatórios
Atenção as agencias financiadoras das pesquisas (dinheiro publico)
Olhar para a utopia da democratização
VISIBILIDADE AO DESCOMPROMISSO DEMOCRÁTICO
Precariedade de pesquisas calcadas em concepções pedagógicas tecnicistas e políticas
Exagerar é a forma mais adequada de crítica
Somente através da explicitação dos problemas que permeiam a democratização do ensino
REFLEXÃO Num Curso de Medicina, o professor dirige-se ao aluno
e pergunta: Quantos rins nós temos? R: Quatro! Responde o aluno.Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que têm prazer em gozar sobre os erros dos alunos.Traga um molho de feno, pois temos um asno na sala. O aluno faz a replica e é expulso da sala.
O aluno era,o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre: O senhor perguntou quantos rins "nós temos". "Nós" temos quatro: dois meus e dois seus. Tenha um bom apetite e delicie-se com o feno.
REFLEXÃO
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento!Ás vezes as pessoas, por terem mais um pouco de conhecimento ou acreditarem que o tem,acham-se no direito de subestimar os outros... E haja feno !!!
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