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Laboratório de Instrumentação Eletrônica
Interruptor Eletrônico por
Palmas
Alunos: Danilo Peres Nobre
Raphael Fidelis Bernardes
Sistemas Dinâmicos e Estáticos
Um sistema representa o conjunto de componentes interconectados, que
apresentam certas relações de causa e efeito e que atuam como um todo, com um
determinado objetivo.
O sistema estático é aquele em que as propriedades descritivas do sistema não variam
com o tempo, podendo variar espacialmente. Já no sistema dinâmico tais propriedades variam
no tempo, podendo também variar espacialmente. Na física matemática e na matemática, o
conceito de sistema dinâmico nasce da exigência de se construir um modelo geral de todos os
sistemas que evoluem segundo uma regra que liga o estado presente aos estados passados.
Exemplo de sistema dinâmico: a mesma viga carregada dinamicamente, ou seja, com
cargas que mudam com o tempo, pois os deslocamentos de seus pontos variam também com o
tempo.
Exemplo de sistema estático: viga carregada estaticamente, isto é, com cargas
constantes, pois os deslocamentos de seus pontos variam espacialmente, mas não com o
tempo.
Interruptor Eletrônico
Seu principio de funcionamento se baseia na utilização de um simples microfone, capaz
de gerar um sinal muito intenso devido à alta freqüência e a intensidade do som propagado
pelo Bater as Palmas ou Estalar os Dedos. Esse sinal deve ser interpretado por um circuito como
um pulso de entrada que está ligado a um flip-flop, o qual será responsável por ligar ou desligar
o interruptor do sistema.
Captação do som e filtragem: para captar o som utilizamos um microfone de eletreto. O
microfone capta a vibração do ar provocado pelo som, transformando essa vibração mecânica
em impulsos elétricos, produzindo ondas de mesma freqüência do som que o gerou. No caso do
microfone de eletreto, o som entra no microfone através de uma abertura na parte de cima do
mesmo e movimenta a folha fina de mylar carregada permanentemente (eletreto) em relação à
armadura fixa. Esse movimento altera a indução elétrica na armadura fixa deste capacitor, que
está conectada no terminal "gate" do transistor interno. Este transistor, um FET amplifica o
sinal e o entrega em seu dreno. O microfone possui polaridade e necessita de uma fonta de
alimentação. Sabendo disso, ele pode ser simulado como uma chave normalmente aberta, que
fecha quando recebe um estímulo sonoro.
Figura 1 - Captação do Som
Em seguida, o sinal gerado passa por um filtro que elimina a componente contínua do
sinal (devido à tensão dc de 5V) e atenua parte da freqüência da fala, já que somente é
desejável que o circuito seja acionado por ruídos muito intensos. Dessa forma, um capacitor de
200 nF já é suficiente para filtrar a componente contínua.
Amplificação do sinal: como o sinal na saída do microfone possui baixas amplitudes, é
necessária uma amplificação.
Figura 2 - Amplificação do Sinal
Espera-se que a saída do amplificador esteja em torno de 4V a 5V. Para garantir um
disparo sem interferência no trigger do nosso temporizador, conectamos um filtro de 680 nF e
uma resistência de pullup de 10k ohm.
Figura 3 – Filtro
Temporização: o circuito do temporizador foi montado com um LM 555 configurado
como um monoestável, já utilizado em práticas anteriores. Seu funcionamento permite elevar a
tensão em sua saída para o valor da alimentação e mantê-la assim por um determinado período
sempre que um pulso surgir na sua entrada de disparo . Nesse caso, a tensão de alimentação
será de 5V, já que a alimentação do circuito é de 5V. Na entrada do trigger do 555 foi conectada
a saída do amplificador. Dessa forma, sempre que o microfone gerar um sinal elétrico capaz de
disparar o 555, a saída permanecera por um período de tempo satisfatório ativada. Para que
essa constante de tempo seja alcançada devemos calcular seus parâmetros de acordo com a
fórmula apresentada abaixo:
T = 1,1 CR
Desejamos um tempo de aproximadamente 8 ms e escolhemos arbitrariamente um
capacitor de 680 nF, temos que R deve ser igual a 10,7k ohm. Considerando esse valor,
usaremos o valor comercial mais próximo e mais comum, que é 10k ohm. Logo, o novo valor
para o tempo será de 7,48 ms. Em sua saída, conectamos mais um filtro de altas freqüência, o
capacitor de 100 nF, e também implementamos um pulldown (resistor de 10k ohm ), buscando
evitar que clocks indesejados apareçam no flip-flop.
Figura 4 – Temporizador
Figura 5 - Filtro de altas freqüências
Acionamento: Utilizamos o CI 4013B que consiste em um flip flop tipo D. Foi ligado na
configuração TOGGLE, onde a saída comuta de estado à cada borda de subida do clock. O clock
é dado pela saída do temporizador.
Figura 6 – Acionamento
Liga-se uma resistência em série com o LED e com o microfone para limitar a corrente
que passa por eles.
Limitações
As limitações às quais o circuito está sujeito dizem respeito às limitações de seus
próprios componentes.
O microfone é unidirecional, ou seja, o som deve incidir diretamente sobre sua parte
superior. Além do mais, a distância e a freqüência do som possuem grande influência. No caso
da freqüência, a limitação foi imposta pelo projeto, para filtrar freqüências que não sejam a do
bater de palmas ou estalar de dedos.
Para os componentes passivos (capacitores e resistores), pode-se considerar que não há
limitações, uma vez que as tensões e correntes utilizadas estão na faixa de operação desses
componentes.
Para os componentes ativos, às limitações estão relacionadas à freqüência de operação,
tensão de alimentação, tensão de entrada e saída (que pode levar à saturação do componente),
à temperatura de operação. A alimentação é feita com ± 5V, com fontes simétricas, de forma
que não foge à faixa de operação de nenhum dos componentes. O ganho fornecido ao sinal, o
mantém entre 4V e 5V, o que também não resulta em saturação de nenhum componente.
Sendo assim, a única limitação efetiva diz respeito ao poder de captação do microfone.
Modelo Matemático
Figura 7- Circuito Completo
Analisando a Figura 7, pode-se supor um modelo matemático baseado na teoria de
circuitos elétricos e eletrônica digital. Tratando o microfone como uma chave, verifica-se como
se comporta o circuito nas duas situações: chave aberta e chave fechada.
O circuito amplificador é um inversor. Seu ganho é simplesmente :
Pode-se pensar no circuito do temporizador também como uma chave. Sempre que o
trigger for ativado, sua saída será ou 0, ou 5V. Essa saída, representará o clock do flip-flop. A
tabela verdade de um flip-flop tipo D é:
D Q Qo
0 X 0
1 X 1
Ao ligar-se a saída barrada na entrada, a comutação entre estados é garantida. Assim, o
flip flop também pode ser modelado como uma chave, que abre ou fecha à cada pulso de clock.
O LED nada mais é do que um diodo emissor de luz. Ao vencer sua tensão de polarização
(2V), ele conduz e emite luz.
Pode-se deduzir portanto que o modelo matemático para o circuito apresentado, pode
ser descrito pela seguinte equação:
( ) ( 1)
( ) ( 1)
( )
( ) ( 1)
( ) ( 1)
0 ,
0 ,
2 ,
2 ,
t t
t t
t
t t
t t
in out
in out
outin out
in out
v se V v e V v
v se V v e V vV
v se V v e V v
v se V v e V
−
−
−
−
= 0 = 0
= 1 = 2 =
= 1 = 0
= 0 = v
2
Onde:
( )toutVrepresenta a tensão de saída atual do circuito
( )tinV representa a tensão de entrada atual do circuito
( 1)toutV− representa a tensão de saída do estado anterior ao atual do circuito
Portanto, como podemos perceber, o tensão de saída do circuito do acendedor de palmas será
de 2v caso o microfone seja ativado e o sinal de saída esteja previamente em nível lógico baixo,
acendendo assim o LED e de 0v caso o microfone seja ativado e o sinal de saída esteja previamente em
nível lógico alto, apagando o LED.
Simulações
Para verificação do funcionamento do circuito e para que se fossem possíveis testes e
ajustes prévios à compra de componentes e montagem do circuito em uma PCI (placa de
circuito impresso), foram realizadas algumas simulações computacionais utilizando-se o
software MULTISIM da Natonal Instruments© para tal finalidade.
As simulações estão em anexo a este relatório e o gráfico representando as saídas do
circuito estão dispostos a seguir:
Figura 8- Saídas do circuito
Nota-se portanto que, como já dito, o sinal de saída do circuito é representado por uma
onda de forma quadrada, visto que é justamente a comutação do sinal de ligado e desligado de
saída do FLIP-FLOP tipo D e que aciona ou não o LED.
Conclusões
Através deste relatório, apresentou-se o projeto de um interruptor eletrônico ativado
por palmasutilizado neste caso específico para acender ou apagar um LED.
Seu principio de funcionamento baseia-se na utilização de um microfone de eletreto
que é capaz de gerar um sinal propagado pelo bater as palmas ou estalar os dedos. Esse sinal
deve ser interpretado por um circuito como um pulso de entrada que está ligado a um flip-flop,
o qual será responsável por ligar ou desligar o interruptor do sistema.
Neste relatório apresentou-se o princípio de funcionamento do circuito passo a passo
do projeto, além da apresentação das suas limitações, do seu modelo matemático e das
simulações efetuadas.
Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_din%C3%A2micos – Sistemas dinâmicos
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090223070131AAHwaIz – Sistemas
estáticos e sistemas dinâmicos?
http://www2.eletronica.org/projetos/interruptor-eletronico-controlado-por-som/ – Interruptor
Eletrônico Controlado por Som