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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano X - Abril de 2009 Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br

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34 - Ano X - Abril de 2009

Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês

Horários e atendimentos

ENDEREÇO da paróquia e conventoAv. Manoel Ribas, 96680810-000 CURITIBA-PrTel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.)Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis)

EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: Das 8h até 18h MISSAS horárioSegunda-feira: 6h30Terça e quarta-feira: 6h30 e 19hQuinta-feira: 6h30 e 18h30Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h Novena: 8h30Sábado: 6h30, 17h e 19hDomingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h

ENTREAJUDAQuinta-feira: 9h, 14h30, 16h30, 19h30 e 21h

BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18hSábado: das 8h às 11h30 e das 14h às 17hTelefone para agendar bênçãos: 3335.1606

Encontros de EntreajudaDepressão, desânimo, obsessões, possessões, soma-tizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades con-jugais, problemas familiares e outros. Participe desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 20,00 (vinte reais), com direito a um material de relax e programação mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail [email protected], celular do Fr Zanini: 9971-8844.

ANIVERSARIANTESNossa comunidade felicita os aniversariantes do mês de maio, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa.

SUGESTÕESCaro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos res-ponder. Mande seus artigos até o dia 25 de cada mês.

Expediente do BoletimPároco: Frei Alvadi P. Marmentini. Vigários paroquiais: Fr. Pedro Cesário Palma, Fr. Ovídio Zanini e Frei Benedito Felix da Rocha. Jornalista responsável: Janaina M. Trindade - DRT nº 6595. Revisor: Frei Dionysio Destéfani. Coordenadoras: Erotides F. Carvalho, Mayra Cr. Armentano Silvério e Janaina Martins Trindade. Colaboradores: Irmãs Vicentinas - Lúcia H. Zouk (Catequese), Rosecler Schmitz, Sueli Rodaski (OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva, Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita de C. Munhoz, Marisa Cremer, Secretárias da Paróquia. Diagrama-ção: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 6.000 exemplares.

Demonstrativo financeiroMarço / 2009

RECEITASDízimo paroquial ......................................................................................................................R$ 55.771,00Ofertas ....................................................................................................................................R$ 17.525,00Espórtulas/batizados/casamentos ............................................................................................R$ 2.055,00Total .....................................................................................................................................................................R$ 75.351,00Dizimistas cadastrados ...........................................................................................................................1.564Dizimistas que contribuíram ........................................................................................................................886

DESPESAS

Dimensão ReligiosaSalários/encargos sociais/vales transp .....................................................................................R$ 11.462,76Plano de saúde dos funcionários/farmácia ................................................................................R$ 725,20Salários dos 4 freis que trabalham na paróquia ..........................................................................R$ 4.470,00Despesas da casa paroquial .....................................................................................................R$ 1.559,64Luz(meses fev e março)/água/telefone .....................................................................................R$ 3.856,57Despesas com correio ..............................................................................................................R$ 496,45Manutenção/combustível/seguro de veículos ............................................................................R$ 1.746,61Manut/compra/móveis/utensílios/equipamentos ......................................................................R$ 976,50Conservação de imóveis/reformas/pinturas...............................................................................R$ 3.311,98Material de limpeza/expediente/xerox .......................................................................................R$ 2.110,60 Revistas/internet/jornal”Ocapuchinho”/ WEB ............................................................................R$ 1.359,29Recarga dos extintores de incêndio ...........................................................................................R$ 444,56Serviços de contabilidade .........................................................................................................R$ 81,50Total .....................................................................................................................................................................R$ 32.601,66

Dimensão MissionáriaTaxa para Arquidiocese .............................................................................................................R$ 6.105,65Taxa para a Província freis Capuchinhos .....................................................................................R$ 5.601,82Material pastoral/catequético ...................................................................................................R$ 1.013,21 Curso diácono ..........................................................................................................................R$ 180,00Transmissão Cel.Entreajuda Rádio Transamérica ........................................................................R$ 5.000,00 Total .....................................................................................................................................................................R$ 17.900,68

Dimensão SocialAção Social Vila N. Sra. da Luz ..................................................................................................R$ 3.000,00(Além das doações de: cestas básicas, alimentos, roupas e outras)Confraternização/café do dízimo ...............................................................................................R$ 1.500,00Total .....................................................................................................................................................................R$ 4.500,00

TOTAL GERAL ......................................................................................................................................................R$ 55.002,34

“No lugar que Javé seu Deus tiver escolhido para fazer habitar o seu nome, aí é que vocês levarão tudo o que eu lhes ordenei: dízimo, donativos, ofertas escolhidas que tiverem prometido como voto a Javé”! (Deuteronômio 12,11)Muito obrigado pela sua partilha e doação em nossa comunidade!

Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais-CAEP

BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO

DE ASSIS

“O Senhor te abençoe e te proteja.

Mostre-te a sua face e se

compadeça de ti.

Volva a ti o seu rosto e te dê a paz”

Quer ser um frei capuchinho?Conheça mais sobre os

freis capuchinhos pelo site: www.capuchinhosprsc.org.br

ORAÇÃO VOCACIONALÓ Deus, que não queres a morte do pecador, e sim, que

se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior nú-mero de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 35

SOLIDÃO DIGITALEm meados de 1996, o número de usuários

da Internet no planeta era estimado em 37 mi-lhões, equivalente a 0,88% da população da época. Doze anos depois, 17,7% do mundo na-vega pela rede de computadores, com um total que passou o primeiro bilhão de usuários. Por pouco tempo, a Internet se tornou parte funda-mental da vida pessoal e profissional de boa parte da humanidade, mas tanto sua importân-cia como os efeitos nocivos ainda não são bem compreendidos.

A comunicação digital é hoje, para muitos, um meio imprescindível que muitos usam para se relacionar. Num mundo globalizado e solitário repleto de informações, as pessoas acabam se distanciando cada vez mais do contato humano, isolando-se no escritório, no quarto, no aparta-

mento, tornado suas relações digitalizadas, fazen-do com que a máquina esteja cada vez mais pró-ximo do seu convívio diário, causando assim uma relação de dependência.

Criamos a máscara da companhia digital. A gente finge que está com amigos. A gente finge que tem amigos, na tentativa que eles façam de conta de serem nossos amigos de verdade.

Muitos são os amigos do ORKUT e MSN, mas são poucos os amigos reais para ouvi-lo, para esta-rem com você. Todos sem paciência e sem tempo. No corre-corre do dia a dia, as amizades ficam lá na pagina inicial do ORKUT e não entram em nossa casa.

É inegável que hoje somos a cada dia mais máquina e menos humanos, pois muitas vezes preferimos mandar um e-mail para um amigo,

felicitando-o pelo seu aniversário ao invés de irmos à sua casa e desejar-lhe os pa-rabéns. Estamos tro-cando a vida real pela virtual.

Uma das doenças que afligem muitos vi-ciados em Internet é o chamado “transtorno de ansiedade social” que se caracteriza, por exemplo, na dificulda-de de ir à escola , de sair de casa, falar em público ou paquerar. Em vez de sair com os amigos, prefere ficar na Internet.

Em vez de ter uma vida social com a fa-mília em um fim de semana, opta por ficar navegando na web.

Se esse jovem tiver problema de fobia ou depressão, ganha um senso de controle que

não teria na vida real. Por isso, a Internet se torna um meio sedutor desse comportamento.

Como nossos jovens estão trocando as conver-sas com pessoas por “chats”, redes de relaciona-mento, jogos on-line, sites pornográficos e a pró-pria Internet, há uma lacuna no desenvolvimento relacional, o que reflete em adolescentes mais tími-dos, com poucos amigos reais, mais consumistas, devido à carência afetiva e elevação dos problemas psicólogos.

A Internet é um meio de comunicação fascinan-te. É importante, porém, aprender, estabelecer rela-ções, saber comunicar-se. Para tirar melhor provei-to, é fundamental manter atitude de controle, onde você, e não determinado site determine como será seu comportamento.

Você é um dependente da Internet ou um soli-tário digital?

Os estudiosos no assunto afirmam que uma pessoa é considerada dependente da Internet se apresenta 5 dos 8 critérios abaixo:

1. Preocupação excessiva com a Internet.2. Necessita aumentar o tempo conectado (on-

line) para ter a mesma satisfação. 3. Exibe esforços repetidos para diminuir o

tempo de uso da Internet.4. Mostra irritabilidade ou depressão.5. Apresenta instabilidade emocional, quando

o uso da Internet é restringido.6. Permanece mais conectado ( on-line) do que

o programado.7. Trabalho, sono e relações sociais ficam em

risco pelo excessivo uso .8. Mente aos outros a respeito da quantidade

de horas conectadas.

Analise e tire suas conclusões. A verdade é que quanto mais máquinas eletrônicas frias co-locamos dentro de nossa casa, mais isolamento e solidão sentimos, porque nenhuma máquina eletrônica suprirá, o amor, o afago, o abraço, o beijo, o calor humano de que todos nós neces-sitamos.

Frei Alvadi Pedro Marmentini, OFMCap Pároco

ATIVIDADES FÍSICAS E SEUS BENEFÍCIOSAs atividades físicas, regulares e com orienta-

ções adequadas, promovem vários benefícios aos praticantes. Esses exercícios aumentam a longe-vidade, melhoram o nível de energia, a disposição e a saúde de um modo geral. Atinge, de maneira positiva, o desempenho físico e intelectual, o ra-ciocínio, a velocidade de reação e o convívio so-cial. Isso quer dizer melhora de qualidade de vida.

No aspecto físico, alguns dos benefícios são: perda de peso e do porcentual de gordura cor-

poral, melhora do diabetes, diminui o colesterol total e aumenta o HDL- (o “colesterol bom”), au-mento de força e tônus muscular e fortalecimen-to de ossos e articulações.

No aspecto mental, os exercícios melhoram o fluxo de sangue para o cérebro, ajudando na capacidade de lidar com problemas e na recu-peração da auto-estima. Reduz a ansiedade e o estresse, ajudando no tratamento da depressão.

Para finalizar, deixe o sedentarismo de lado,

e tenha uma vida mais ativa no seu dia-a-dia, como subir escadas, passear no parque e quan-do possível caminhar para ir a lugares perto de sua casa. Viva com qualidade de vida.

A “Dança de Salão e Pilates” é boa opção de exercício físico para a terceira idade mostrar que seu espírito será sempre jovem. Rua Jacare-zinho, 45, Bairro Mercês, Curitiba, PR. Telefone 041 33397554. Site: www.vo2sports.com.br.

Ricardo Soter

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36 - Ano X - Abril de 2009

ESTE É UM MÊS ESPECIAL!Mês das Mães, e o Mês de MARIA, a Mãe de Jesus.

A Mãe que Deus escolheu para nos gerar, criar, educar, proteger e amar, não foi por mero acaso.

Maria, através de seu semblante deixa trans-

parecer a divindade de seu Filho muito amado, Jesus. Ela é a Mãe do Puro Amor.

Jesus, na sua agonia, quis entregar-nos como

filhos a Maria, sua Mãe.Ele sabia que – fracos como somos – preci-

saríamos sempre de poderosa intercessão junto d’Ele e também que seria preciso de alguém – semelhante a nós – para nos chamar ao caminho e avisar permanentemente das nossas fraquezas e defeitos, das nossas distrações e da falta de tempo para a oração.

Por isso, no momento de sua morte, do alto da Cruz, quis deixar-nos como mãe a sua Mãe, sabendo que, ao longo dos anos, enviá-la-ia ao mundo, para nos avisar e pedir a oração, a pieda-de e a conversão.

Conhecendo o coração de mãe e, em especial, o coração de sua Mãe, sabia perfeitamente que, ao entregar-nos como filhos a Maria, esta nunca mais deixaria passar um momento que fosse, sem que intercedesse por nós, colocando-nos continu-amente frente ao seu amor e à sua misericórdia.

Sabia bem que a todos Ela estenderia sua mão e mostraria o seu Filho Salvador, na esperan-ça que nem um só dos seus filhos se perdesse.

Jesus conhecia aquele amor de Mãe e sabia que esse amor era inesgotável, pois tinha nascido d’Ele próprio.

Ah, aquela sua Mãe! Jesus via nitidamente to-das as lágrimas que Ela iria chorar por aqueles seus filhos perdidos nas suas fraquezas. E Ele não resistia às lágrimas de sua Mãe!!!

Por isso lhe disse: “Mãe, entrego-te todos como teus filhos e dou-te um coração imenso onde todos caberão, todos os dias”.

O profundo mistério de ser Mãe de Deus a co-loca em posição privilegiada na história da salva-ção, elevando-a acima de todas as criaturas. Po-rém, não podemos esquecer que sua vida foi de ser humana e normal, semelhante à nossa, com as devidas diferenças da época.

Maria é promessa e esperança, ternura e soli-dariedade, bondade e amor. É o veículo direto que nos comunica com seu Filho. É nossa intercessora

A Igreja estabeleceu duas festas de preceito e honra à Virgem Maria, que são: A Festa da Imacu-lada Conceição no dia 8 de dezembro e a Festa da Assunção de Maria aos 15 de agosto. As demais festas celebram os Privilégios de Maria. E são muitas, porque ela é possuidora de muitos títulos.

No segundo domingo do mês de maio, come-moramos o Dia das Mães que, na verdade, é todo dia. Mãe não tem férias, assim como não tiramos férias de Deus. A Mãe exerce sua maternidade até o fim.

Mulheres, a exemplo de Maria sejam mães com docilidade, paciência e serviço, tudo tempe-rado com fartas doses de amor para exercerem o dom nobre desta linda e especialíssima missão: MÃE!

Continuação da “Missa parte por parte”:3. LITURGIA EUCARÍSTICAEsta parte é iniciada com a preparação

do altar e com a oferta do pão e do vinho para que estes sejam transformados em corpo e sangue de Jesus Cristo. As ofertas são oferecidas a Deus com nossas vidas.

As partes da Liturgia Eucarística são: diálogo inicial, prefácio, Santo, Consagra-ção, Orações de intercessão e doxologia final.

O prefácio varia de acordo com o mis-tério que está sendo celebrado (Advento, Quaresma, Páscoa, Natal, Nossa Senhora, Santos e outras festas).

Na Liturgia Eucarística, o sacerdote, em nome da Igreja, faz o mesmo que Cristo

fez na última Ceia. São usadas as qua-tro narrações bíblicas: Mt 26,26-28; Mc 14,22-24; Lc 22,19-20 e 1Cor11,23-25 e é terminada com a doxologia: “por Cristo, com Cristo, em Cristo...“ e no final todos aclamam: “Amém”.

Terminada a Oração Eucarística, se-guem-se o Pai-Nosso, o Rito da Paz, a Fra-ção do Pão, o Cordeiro de Deus e o convite a Comunhão.

Após a distribuição da comunhão, a li-turgia oferece um momento de silêncio para oração pessoal.

Coordenação da Catequese

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 37

A LEITURA ORANTE DA BÍBLIA

Primeira parteNa Conferência de Aparecida, os Bispos da

América Latina e do Caribe recomendaram o méto-do da Lectio Divina, ou a Leitura Orante da Bíblia. Em outubro de 2008, o Sínodo dos Bispos, realiza-do em Roma, mais uma vez chamou a atenção para a importância deste método e o bem que este tipo de leitura bíblica faz ao povo de Deus e à Igreja.

Mas o que é a Lectio Divina ou Leitura Orante da Bíblia?

Este método, ou este jeito de ler a Bíblia, pode ser feito de forma individual ou em grupos. È anti-go e muito utilizado na Igreja. Parte-se do princípio de que a Bíblia não é um escrito qualquer. A Pa-lavra revelada nas Sagradas Escrituras é mensa-gem que nos foi transmitida por Deus. É como se fosse uma Carta de Amor que nosso Bom e Santo Deus quis transmitir ao seu povo amado.

Porém, Deus para transmitir esta mensagem utilizou-se de pessoas, comunidades e estas viviam dentro dos limites e da cultura de de-terminada época. As pessoas e comunidades que acolheram e viveram esta mensagem de Deus eram pessoas como nós: tinham seu tra-balho, suas famílias, seus problemas também. Mas eram pessoas que se abriram para ouvir e escutar a voz de Deus. Ou seja, eram pessoas que tinham espiritualidade e relação amorosa com seu Deus. Faziam e viviam isso através da sua oração, a sua ligação afetiva com Deus.

Ler e escutar a mensagem de Deus na Bíblia continuou sendo um ato de fé, uma necessidade para continuar vivendo e fazendo história do povo de Deus. Porém, a história foi mudando, a cultura mudou, os valores foram mudando também. E a Palavra de Deus escrita continuou com o mesmo

texto, mas para que ela continuasse sendo “viva e eficaz” (Hb 4,12) e Palavra que “permanece para sempre” (1Pd 1,25) era preciso ler e escutar a Pa-lavra de Deus com os mesmos olhos e sentimen-tos daquelas pessoas que haviam vivido e acolhido a Bíblia, para que a mensagem de Deus continuas-se a produzir vida e esperança no meio do povo e da Igreja.

A Lectio Divina ou Leitura Orante da Bíblia é o jeito de ler a Bíblia com espiritualidade, colocando-se diante do Senhor com os mesmos sentimentos daquelas pessoas e comunidades que um dia aco-lheram a Palavra.

Diante das Sagradas Escrituras todos nós so-mos discípulos e discípulas. E a primeira missão do discípulo é escutar (Is 50,4), é “estar com o

Senhor” (Mc 3,14) para ouvir o que Ele quer nos falar e ensinar. Quem escuta a voz do Senhor, sabe também acolher, contemplar, meditar, refletir, inte-riorizar a mensagem recebida. E então fazer esta Palavra transformar-se em vida prática, colocando-se a serviço de Deus, da sua Igreja e dos irmãos.

Vejam os que nos dizem os Bispos: “Entre as muitas formas de se aproximar da Sagrada Escritura

existe uma privilegiada à qual todos estamos convi-dados: a Lectio divina ou exercício de leitura oran-te da Sagrada Escritura. Esta leitura orante, bem praticada, conduz ao encontro com Jesus-Mestre, ao conhecimento do mistério de Jesus-Messias, à comunhão com Jesus-Filho de Deus e ao testemu-nho de Jesus-Senhor do universo. Com seus quatro momentos (leitura, meditação, oração, contempla-ção), a leitura orante favorece o encontro pessoal com Jesus Cristo semelhante ao modo de tantos personagens do evangelho: Nicodemos e sua ânsia de vida eterna (cf. Jo 3,1-21), a Samaritana e seu desejo de culto verdadeiro (cf. Jo 4,1-12), o cego de nascimento e seu desejo de luz interior (cf. Jo 9), Zaqueu e sua vontade de ser diferente (cf. Lc 19,1-10)... Todos eles, graças a este encontro, fo-ram iluminados e recriados porque se abriram à experiência da misericórdia do Pai que se oferece por sua Palavra de verdade e vida. Não abriram seu

coração para algo do Messias, mas ao próprio Messias, caminho de crescimento na “maturidade conforme a sua plenitude” (Ef 4,13), processo de discipulado, de comunhão com os irmãos e de compromisso com a sociedade” (Documento de Aparecida n° 249)

No próximo número, vamos indicar os passos deste método de ler a Bíblia.

Frei Ildo Perondi, OFMCap - [email protected]

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38 - Ano X - Abril de 2009

TRABALHO: A CONSTRUÇÃO DO PARAÍSOCOM AS NOSSAS PRÓPRIAS MÃOS!...

Mais um 1º de maio, o do ano 2009. Assistimos, em cadeia nacional, como todos os anos, o emocio-nado discurso do nosso chefe da nação, a homena-gem ao trabalhador brasileiro!

Trabalhador brasileiro, você é muito digno de ho-menagem, neste dia do trabalho, feriado merecido para o descanso, para o laser. Parabéns!

O trabalho é a vocação inicial do homem, é uma bênção de Deus. É engano considerá-lo castigo. A perda do emprego é terrível, pode até levar-nos ao de-sespero, à doença. Ficamos sem o chão debaixo dos nossos pés. O Senhor Deus, que ao final da Obra da Criação do Mundo, viu que tudo era muito bom (Gêne-sis 1,31), como o melhor dos pais, colocou o primeiro homem no Paraíso para que trabalhasse.

O trabalho é direito garantido pela Constituição Brasileira. É também dever, quando o assumimos como emprego em alguma instituição. Para nós, cris-tãos, é meio de santificação neste mundo do trabalho onde, com o estudo e adquirindo prestígio profissio-nal através do aprimoramento da profissão, que cada um escolheu, de acordo com seus dons e aptidões próprias, colocando-as a serviço do bem comum.

O trabalho é o meio para a sobrevivência humana, como diz São Paulo, quem não trabalha, também não coma.

Olhando do alto de um edifício, ou de uma mon-tanha, podemos observar, extasiados, as maravilhas do trabalho do homem na criação. Passamos pratica-mente dois terços da nossa vida trabalhando. Dos 33 anos de Jesus, 30 foram de silêncio e obscuridade, de submissão e dedicados ao trabalho.

É na simplicidade do nosso trabalho habitual e nos detalhes monótonos de cada dia que se encontra a grandeza das decisões, dos trabalhos fantásticos, das obras monumentais, das descobertas científicas, que geram o progresso, os lucros da máquina produtiva.

Todos dependemos da roupa lavada, passada, do café matutino que revigora nossas energias. Depen-demos das tarefas simples, mas indispensáveis, dos empregados domésticos, dos serviçais, como, do por-teiro, da babá que cuida das crianças, dos garis que

zelam pela limpeza pública, dos agentes de saúde que aliviam nossas dores, quando ficamos doentes.

Vemos, com os olhos de Deus, que nenhuma ocupação é em si mesma grande ou pequena. Tudo adquire o valor do Amor com que ele é realizado. É também terapia contra muitos males, dos sentimen-tos, principalmente. No ambiente do trabalho quantas belas amizades fazemos e até encontramos o compa-nheiro para o casamento.

O heroísmo do trabalho está em acabar cada ta-refa com amor, na grandeza das coisas do dia-a-dia, seja ele doméstico, ou executivo, de jaleco, avental, macacão, terno e gravata, tailler, com maquiagem ou de máscara. Enfim, trabalhemos como se todo o trabalho fosse oração: Na cozinha, junto ao fogão, descascando batatas, na fábrica com as máquinas que transformam ferro, metais, lata em eletrodomés-ticos, carros e outros. O trabalho seja executado com o mesmo espírito nos escritórios onde são resolvi-dos problemas complexos e contratos; nos hospitais,

onde são curadas as feridas e dores; nas escolas onde se preparam os cidadãos nos profissionais de amanhã.

É na grandeza da missão de cada um de nós que vivemos o sacerdócio santo, agradável a Deus, mes-mo que nos pareça monótono, rotineiro, sem valor e tarefa vulgar.

Com os olhos da Fé, poderemos transformar o mundo do trabalho, exigindo o cumprimento dos nossos direitos, das leis do trabalho, isto é, salário justo, previdência social, descanso semanal, férias e outros.

As inúmeras vidas heróicas, vividas por Deus, no silêncio e anonimato, sem sair do seu lugar, no trabalho duro diário, principalmente, no campo purifi-cam o coração quando feitos por amor fraterno. Toda esta labuta, construída pelas nossas mãos, nos dará maior liberdade cristã, preparando-nos o Paraíso, na glória eterna.

Erotides Floriani Carvalho

CURSO “EVAA borracha EVA é hoje um dos materiais usados

em artesanato em virtude de sua versatilidade, pra-ticidade e baixo custo, propiciando um trabalho bem acabado, de grande efeito plástico, e, principalmente, que oferece bom retorno financeiro para o artesão.

O Centro Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC), realizou um curso de EVA nos dias 20 a 28 de abril para 45 mulheres da Região CIC, o mesmo aconte-ceu nos três períodos, manhã, tarde e noite. Apren-deram passo-a-passo, a confeccionar diversas mo-delos de flores. O curso objetivou oferecer ao grupo novas formas de geração de renda, principalmente para as mulheres desempregadas que, com certeza,

poderão ganhar seu sustento e ajudar na renda familiar .

No decorrer da semana os grupos confecciona-ram 270 flores, além da diversidade e qualidade do produto.

Mais uma vez nosso agradecimento aos colabo-radores, parceiros , em especial aos dizimistas da Paróquia Nossa Senhora das Mercês pelo carinho e dedicação às famílias vulneráveis à pobreza, que são acompanhadas pelo nosso Centro Social . Nosso muito abrigado aos Freis Capuchinhos da paróquia N. Sra. das Mercês e a todos seus paroquianos.

Frei Carlos G. Vieira, OFM Cap

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 39

O QUE DIZ A LEI

TOQUE DE RECOLHERFalaremos hoje sobre o tema Toque de Recolher.Em SÃO PAULO, quatro anos após ser introduzido

pela primeira vez em uma cidade no Estado, chama-da Fernandópolis, o toque de recolher para menores de 18 anos é apontado pelas autoridades como res-ponsável pela redução de 80% dos atos infracionais e de 82% das reclamações do Conselho Tutelar, no município.

Desde algumas semanas passadas, menores de 18 anos estão proibidos de ficar nas ruas ou em luga-res públicos nos municípios de Itapura e Ilha Solteira, interior de São Paulo.

O toque de recolher varia de acordo com a faixa etária do jovem. Menores de 13 anos, desacompa-nhados dos pais, podem ficar nas ruas até 20h30. Quem tem entre 13 e 15 anos, pode permanecer até às 22h horas, e de 15 a 17 anos, a hora-limite é 23 horas. A ação é para minimizar a onda de violência nessas cidades.

Dalmo de Abreu Dallari, jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da USP, respondeu a seguinte pergunta:

As iniciativas adotadas pelo juiz cumprem um de-ver constitucional?

Muito oportuna e rigorosamente legal a iniciativa do juiz de Ilha Solteira estabelecendo limitações para que menores desacompanhados circulem pelas ruas no período noturno. Não há dúvida de que os meno-res, em tais circunstâncias, encontram-se em situa-ção de risco.

Usando adequadamente os meios legais e con-tando com o apoio do conselho tutelar da cidade, o juiz estabeleceu limitações que dão aos menores a proteção de que necessitam, respeitando seu direito de locomoção, desde que devidamente acompanha-dos por quem lhes dê proteção.

Pela Constituição, é dever da família, da sociedade e do Estado colocar a criança e o adolescente a salvo de toda forma de exploração e violência.

A par disso, está no Estatuto da Criança e do Adolescente que o direito dos menores à liberdade compreende “ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições le-gais”. Assim, as medidas adotadas pelo juiz configu-ram o cumprimento de um dever constitucional e têm amparo em disposição expressa da lei de menores.

Em Teresina, no Piauí, o Presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Álvaro Mota, de-clarou que “O toque de recolher é necessário, é uma medida boa, mas é inconstitucional, fere o direito constitucional de ir e vir”. Álvaro Mota afirmou que a OAB não é contra o toque de recolher feito pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí como me-dida para tentar conter a onda de criminalidade que toma conta do Estado. Defende Álvaro Mota que “É necessário que se procure um meio legal para conter a criminalidade”.

Um grupo de comerciantes que sobrevive do tra-balho na noite está se mobilizando para entrar com ação na Justiça para fazer valer o princípio básico da constituição: o direito de ir e vir, quando e na hora que quiser.

Deve-se lembrar a esses comerciantes que o to-que de recolher é bem claro. É aplicado no caso de menores, não de maiores. Ninguém precisa fechar seu comércio se este estiver regular, exceto se este estabelecimento e seu proprietário estiverem irregu-lares, por exemplo, com a Receita Estadual, Federal, Ministério do Trabalho e da Saúde Pública.

De todos os comentários e notícias aqui apresen-tados, tenho por princípios básicos que o toque de recolher é essencial, fundamental e urgente para a

recuperação e conservação da estrutura familiar. É questão de ordem pública. Não podemos esperar que o Estado providencie concursos públicos, contratação e formação para agentes dos Conselhos Tutelares; adequação de policiais militares, de guardas munici-pais.

As famílias, a juventude, a sociedade têm urgên-cia dessa mudança. Não temos que alegar que é inconstitucional se essa decisão foi tomada em con-sonância com a própria legislação, pelas estatísticas que se apresentam, pelo agravamento dia-a-dia dos crimes perpetrados por adolescentes entre 10 e 17 anos, com requintes de crueldade, entupidos de dro-gas e álcool, matando ou arrastando crianças inocen-tes pelas ruas, deixando traumatizadas, desfiguradas quando não, mortas.

E não adiante vir com discursos moralistas, so-cialmente corretos. Os pais conscientes não deixam seus filhos, aqueles seres que foram gerados com amor e tratados com todo carinho, saírem às ruas à noite para serem mortos numa esquina, num assalto, numa balada, de forma absurda, quando outro ado-lescente pode lhes tirar a vida por causa apenas de uma jaqueta ou um par de tênis moderno.

Não me interessa a opinião dos outros. A minha é de que aqueles membros do Judiciário que tomaram esta decisão estão certíssimos e têm o meu apoio.

Há uma frase que diz: Nunca perca seu ponto de partida!

Nosso norte e ponto de partida é a FAMÍLIA. Va-mos, então, preservá-la zelando pelos nossos filhos com amor, na união, na caridade e no respeito. Assim os pais preservarão seus filhos e, conseqüentemen-te, estão lutando pelo bem da humanidade.

Valter Kisielewicz Advogado e vice-presidente do CAEP

ACUPUNTURA E GRAVIDEZA ACUPUNTURA, técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), pode ser realizada do início

ao final da gestação, para tratamento de alguns transtornos que aparecem e para os anteriores do período gestacional.

Uma gravidez bem sucedida depende do equilíbrio energético, de um organismo física e emocional-mente equilibrado.

A acupuntura ajuda a manter este equilíbrio, harmonizando a energia dos órgãos, mantendo o orga-nismo da grávida em perfeitas condições para que o período gestacional transcorra da melhor maneira possível.

Hiperemese (enjôos e vômitos) que pode ocorrer no início da gestação, gastrite, má digestão, do-res de cabeça, ansiedade, insônia, dores lombares, são apenas exemplos de algumas indicações do que a acupuntura pode auxiliar a resolver. Os benefícios muitas vezes são observados já a partir das primeiras sessões.

Um trabalho de pesquisa realizado na UNIFESP revelou que com apenas oito aplicações de acupun-tura é possível reduzir o índice de queixas de alterações de humor e sono em 50% das grávidas que participaram da pesquisa.

Dr. Jarbas Accioly R. da CostaMédico Especialista em Acupuntura e Clínica Médica

Rua Capitão Souza Franco, 881 - Cj 31 - Bigorrilho -Próximo a Praça Ucrânia

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40 - Ano X - Abril de 2009

Suely Rodaski (em pé)

A Paróquia Nossa Senhora das Mercês home-nageia, neste dia das mães, as mães paroquianas, benfeitoras, as mães que prestam trabalhos volun-tários e a todas aquelas que, de diversas formas, exercem o papel de mãe.

A maternidade é, sem dúvida, a mais bela e fantástica das obras que Deus criou. Podemos até dizer: - É fazer parte integrante da obra criadora e salvífica de Deus!

Deus, fazendo-se Homem, quis nascer através de uma Mãe. Seu corpo Divino foi lentamente se desenvolvendo por nove meses no ventre mater-no. Imaginemos: tão linda e maravilhosa é a Mãe de Deus, como a nossa. Sua alma, cheia de gra-ça! Seus dedos carinhosos tocando Deus! Seus olhos admiráveis contemplando Deus! Seus lábios cheios de ternura beijando Deus!

Deste modo singelo e puro, fechando os olhos, admiremos nossa mamãe: Santa! Bela! Despren-dida para doar-se sem medidas! Amorosa, o único Amor Incondicional!

É um prazer ver, tocar, beijar nossa mãe aqui na terra...

É doce saudade imaginá-la ao lado de Deus, quando morta, ressuscitada e intercedendo por seus filhos.

De qualquer jeito, viva ou morta, sempre a te-remos perto de nós, nos acompanhando e nos amando.

Desejamos destacar algumas mães especiais da nossa comunidade:

Marise Kosiak Pereira, mãe de três filhos: Luiz Antônio, Alex, Angelita e um neto, Vinicius. Marise dedica três tardes por semana à Ação Social da nossa paróquia. Seleciona todos os donativos, rou-pas, alimentos e outros para serem levados às nos-sas paróquias assistidas de Almirante Tamandaré e da Vila Nossa Senhora da Luz. Uma vez por mês também acompanha a entrega destes donativos.

Suely Rodaski, mãe de dois filhos: Renan e Fa-brício. É Membro da OFS (Ordem Franciscana Se-cular) da Fraternidade das Mercês. Foi uma dos fundadoras do Projeto: Abrace Jesus no Morador de Rua. Ela e os irmãos da OFS lutam, com verdadeiro amor de mãe, para levar um pouco de carinho, afe-to, alimentos aos moradores de rua de nossa cida-de. Suely costuma chamá-los de: Filhos Preferidos.

Mayra Cristiane Armentano Silvério está no séti-mo mês de gravidez. Vai ser mãe pela primeira vez de um garotão. É uma das secretárias da nossa paróquia. Dedicamos uma homenagem especial às mães, nossas funcionárias .

A paróquia Nossa Senhora das Mercês também gostaria de prestar homenagem a algumas formas, diferentes da convencional, de exercer o grandioso papel de mãe.

Marise Kosiak Pereira

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 41

Tálita Jaques Porfírio há três anos é mãe de uma linda menininha chamada Heloísa. Ao contrá-rio da maioria das mães, ela não viu sua barriga crescer, dia-a-dia, mês-a-mês. Tálita, ao lado do ma-rido, Alex, optaram pela adoção, apesar de estarem em perfeitas condições de terem filhos biológicos.

Há algum tempo, antes mesmo da chegada de Heloísa, o casal tinha a intenção de adotar. “No co-meço tive medo de não dar conta da maternidade, mas no momento em que decidimos adotar, não tivemos dúvida de que aquela decisão era a esco-lha certa. Era algo que sempre quisemos, só não sabíamos quando e como”, revela Tálita. O assunto é visto com muita naturalidade pelos dois, pois am-bos têm casos de adoção na família.

A maternidade, por meio da adoção, deu tão bem para Tálita, Alex e Heloísa que a situação vai

se repetir. Em 2010, o casal deseja adotar outra criança.

E quando Deus provém a maternidade em dose dupla, de uma vez só? É o caso de Sabrina Mar-tins Trindade de Lima que engravidou de gêmeas. Quando soube que estava grávida, Sabrina era noiva de Jhonatan. Veio sem esperar, no susto, mas depois, acalmados os ânimos, o que antes era preocupação se transformou em amor para a chegada das gêmeas. Atualmente, com quase três meses, a duplinha, Maria Fernanda e Ana Beatriz, é um encanto só para as famílias Trin-dade e Lima. Hoje, casados, Sabrina e Jhonatan têm a difícil e prazerosa missão de cuidar das duas meninas. Dois bebês juntos dão um traba-lho e tanto, mas não há como negar o encanto divino de gêmeos.

Quis Deus, com sua infinita sabedoria, levar para junto de Si, Thiago Luiz Corrêa Lemes e Caroline Galvan. O jovem casal faleceu em con-sequencia de acidente de carro, há pouco mais de dois meses. Da história deles, restou, além do amor eterno das famílias, João Vitor, um lindo bebê, de sete meses de idade. Fruto do amor dos

pais, o bebê traz alento aos corações de todos os que conviviam com esta família. Diante da dor das perdas dos filhos, Elaine Lúcia da Costa Gonçalves, avó paterna, e Ivanir Galvan, avó materna, decidi-ram, com os maridos, pela guarda compartilhada de João Vitor. Agora, essas duas mulheres, eterna-mente mães, terão a função de serem avós-mães, ou mães-avós, tanto faz. O que, de fato, importa é que Elaine e Ivanir, com a força doada por Deus, criarão o neto com muito amor e sabedoria.

Diante de tantas histórias de mães, não dá para deixar de homenagear uma mãezinha que desfru-

tou da materni-dade por tão pouco tempo, durante o período de gestação e depois por apenas cinco meses. Mes-mo muito jovem, com somente 20 anos, Caroline Galvan exerceu de forma intensa o papel de mãe no pouco tempo de que dispôs. Apesar da pouca idade e de uma gravidez inesperada, Caroline cui-dou do seu bebê, João Vitor, com muita dedicação e maturidade. Já não mais entre nós, como acima se disse, nossa homenagem póstuma a eterna mãezinha Caroline Galvan.

À todas as mães, mães biológicas, mães grávidas, mães sociais, mães benfeitoras, mães adotivas, mães de gêmeos, de trigêmeos, mães-avós ou avós-mães, àquelas que estão junto a Deus, enfim, a todas as mães, a homenagem do jornal “O Capuchinho”. Recebam, como nosso presente espiritual, as

intenções em todas as missas neste seu dia, do-mingo, 10 de maio. Imploramos a bênção de Deus Pai, Filho e Espírito Santo e com a Virgem das Mer-cês, Mãe de Jesus, cantamos: “Minha alma engran-dece o Senhor e meu espírito estremece de alegria em Deus, meu Salvador, porque voltou o olhar até a baixeza de sua serva. Sim, de hoje em diante as gerações todas dirão quanto sou feliz, pois o Todo Poderoso fez em mim grandes coisas. Santo é seu nome”! (Lucas 1, 46-49)

Parabéns! Sejam felizes, hoje e sempre!

Erotides Floriani e Janaína de Castro

Mayra e Rodrigo Silvério.

Tálita e Heloísa.

Elaine, João Vitor e Ivanir.

Sabrina, com as filhas Maria Fernanda e Ana Beatriz.

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42 - Ano X - Abril de 2009

A PAIXÃO DE JESUS SE PROLONGA (II)Amar aos pobres e evangelizá-losDando continuidade ao artigo publicado em nosso boletim de março 2009 sobre a “A Paixão de Jesus se prolonga”, que indicava as ações concretas do”Socorrer”, seguem reflexões sobre a importância de “Amar” e “Evangelizar os empobrecidos”.

Amar os pobresO amor aos pobres é um dos tra-

ços mais comuns da santidade cató-lica.

Amar os pobres significa sobre tudo respeitá-los e reconhecer sua dignidade. Neles, precisamente pela ausência de outros títulos e distin-ções acessórias, resplandece, em luz mais viva, a dignidade radical do ser humano. “A visão completa da vida humana à luz de Cristo distingue no pobre algo mais do que um necessi-tado, vê um irmão misteriosamente revestido de certa dignidade que obri-ga a tributar-lhe reverência, a acolhê-lo com desvelo, a compadecer-se dele além do mérito” (GCB Montini, “Natale e povertà, discurso de 25-12-59, in II Gesù di Paolo VI, organizado por VL, Mondadori, Milão, 1985).

Essa dignidade do pobre deve ser honrada e respeitada, sobretudo den-tro da Igreja, em nossas assembléias e instituições.

Nossa Igreja é o lugar na terra onde os pobres podem sentir-se em casa, acolhidos e não meramente to-lerados. Infelizmente, não é tão fácil falar sobre esse dever elementar!

Suponhamos – dizia São Tiago aos primeiros cristãos – que em vos-sa assembléia entrem um rico porta-dor de vistoso anel de ouro no dedo e trajado magnificamente e um pobre andrajoso. Se disserdes ao rico: “Tu, senta-te à vontade”, apressando-vos a oferecer-lhe uma cadeira, e ao po-bre: “Tu, fica de pé, ou senta-te ali, ao pé do meu escabelo”, não fazeis exa-tamente o contrário do que faz Deus? De fato, Deus escolheu os pobres do mundo para fazê-los ricos, ao passo que vós des-prezais os pobres e preferis os ricos (cf Tg 2,16).

Amar os pobres significa pedir-lhes perdão. Per-dão por não conseguir acolhê-los com autêntica alegria; pela distância que, apesar de tudo, mante-mos entre nós e eles. Perdão por viver a indignação reflexa e passiva em face da injustiça; pela dema-gogia a respeito deles; por preocupar-nos apenas com nós mesmos, procurando legitimar nossa vida tranquila; por sempre exigir a certeza matemática de; não nos ver pessoalmente envolvidos antes de um gesto qualquer em favor deles; por não reco-

nhecer neles o Tabernáculo vivo de Cristo pobre e menosprezado. Por não ser um deles.

Evangelizar os pobresDepois de amar, socorrer e amparar os pobres, é

preciso evangelizá-los. Foi essa a missão que Jesus declarou como sua por excelência (cf Lc 4,18), con-fiando-a à Igreja. Não devemos permitir que nossa má consciência nos induza a cometer a enorme injustiça de privar da boa nova os que são os seus primeiros e mais naturais destinatários. Talvez aduzindo, como desculpa o provérbio “saco vazio não pára em pé”.

Jesus multiplicava os pães e, si-multaneamente, a Palavra que, às ve-zes se prolongava por três dias, e se preocupava também com a partilha do pão. Não só de pão vive o pobre, mas também da esperança e toda a palavra que sai da boca de Deus.

Os pobres têm o sacrossanto di-reito de ouvir o Evangelho integral, não em edição reduzida, adaptada e de ocasião.

Eles têm o direito de ouvir tam-bém hoje a boa nova: “Felizes os po-bres”. Sim, felizes, apesar de tudo, porque diante deles se abre uma “possibilidade” imensa, vedada ou bastante difícil para os ricos: o Reino.

A adesão ao Evangelho é, sem dúvida, necessária para de fato ter a posse do Reino ou, pelo menos, uma vida moralmente boa e honesta, con-forme os ditames da própria religião ou da própria consciência, para quem não tem a possibilidade de conhecer e Evangelho.

Não é, por acaso, sorte e motivo de felicidade ter, diante de si, aber-ta a possibilidade para transformá-la em realidade?

O homem – ensina certa filosofia de nossos dias – não é só “possibili-dade”; é rico na medida em que são ricas as possibilidades que dispõe. E os pobres têm a possibilidade, que engloba em si todas as possibilida-des e sem a qual as demais possibi-lidades nada são.

Concluamos recordando as duas principais sentenças de Deus que nos serviram de guia. “Feliz aquele que pensa no pobre!” Essa palavra é segui-da imediatamente, no salmo, de uma promessa que a liturgia usou sob a

forma de oração “pelo sumo pontífice”: “O Senhor o protegerá, fa-lo-á viver e o tornará feliz na terra e não o entregará nas mãos dos seus inimigos”.

Essa promessa é para aqueles que resolvem assumir a causa dos pobres. Cristo transformou tal promessa, de terrena em celeste, e de temporal em eterna, quando revelou o que dirá, no último dia, aos que se desvelaram pelos pobres: “Vinde benditos do meu Pai, recebei em herança o Reino que foi preparado para vós desde a fundação do mundo” (Mt 25,34).

Fr Raniero Cantalamessa, OFM Cap

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 43

O TEMPO PASCALEstamos vivenciando o “Tempo Pascal”. Des-

de as celebrações da Páscoa, na noite de Sábado Santo, com a Vigília Pascal, passando solenemente pelo Domingo de Páscoa até a festa de Pentecos-tes (do Espírito Santo), estamos no Tempo Pascal. São, portanto, 50 dias que devem ser celebrados como um “Grande Domingo”, para saborearmos a presença do Senhor Ressuscitado entre nós.

É tempo de alegria e esperança pela nova vida que o Senhor nos conquistou. É tempo de cami-nharmos, não mais como os discípulos de Emaús que, abatidos e sem esperanças, lamentavam ain-da a morte do Senhor (cf. Lc 24,13-27); mas, como eles, iluminados pelas Escrituras e alimentados pela Eucaristia, experimentarmos o Senhor que está vivo e caminha conosco (cf. Lc 24,27-35).

Todo o Tempo Pascal é marcado, não apenas nos domingos, mas também durante os outros dias da semana, pelos textos de Atos dos Apóstolos e do Evangelho de São João.

São trechos que nos mostram a fé das primei-ras comunidades cristãs e dos Apóstolos em Cristo Ressuscitado e nos convidam a fazer da nossa vida uma contínua Páscoa, seguindo fielmente os pas-sos de Jesus e testemunhando-o corajosamente no mundo de hoje.

Trata-se de uma catequese que nos orienta e nos conduz para a verdade primordial de nossa fé (a Ressurreição de Jesus) e nos impele à missão, que é o anúncio do Senhor Ressuscitado.

Na primeira semana do Tempo Pascal, celebra-mos a “Oitava da Páscoa”. Como o mistério da morte e ressurreição do Senhor é extremamente profundo, durante oito dias celebramos esse gran-de mistério como se fosse um único dia, com o objetivo de viver melhor o ponto central de nossa fé: que o Senhor ressuscitou e está vivo entre nós.

O segundo e o quarto domingo do tempo pas-cal, excetuando o domingo de Páscoa e de Pente-costes, são os mais significativos

O segundo domingo porque fecha a grande oita-va pascal; era o dia em que os neófitos (os recém batizados) apareciam solenemente sem as vestes brancas recebidas na Vigília Pascal e eram integra-dos oficialmente na comunidade cristã.

O quarto domingo por ser o dia do Bom Pastor, isto é, de Cristo que, depois de ressuscitado, con-tinua cuidando, alimentando e salvando seu reba-nho, que somos nós.

Vivamos intensamente o Tempo Pascal partici-pando das celebrações, revigorando nossas espe-ranças, libertando-nos do desânimo, do egoísmo, das mágoas, dos medos e comprometendo-nos com a vida nova trazida por Jesus.

Anunciemos Cristo ressuscitado às pessoas através de nossa alegria, de nossas atitudes em defesa da vida, da justiça e da solidariedade. Fa-çamos de nossas vidas uma grande celebração da Páscoa!

Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap.

CARTA A UM AMIGOMeu caro!

Se eu morrer antes de você, peço que me faça um favor:

• Não brigue com Deus por Ele haver me levado (Tg 4, 13-16; Ts 5,18).• Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, por favor, ouça-os e adicione a sua ver-

são (1 Pe 3,10; Lv 19,16).• Se me elogiarem demais, corrija o exagero (2 Tm 2,16).• Se me criticarem demais, peço que me defenda (Tg 1,26).• Se estiverem fazendo de mim um santo (só porque morri) mostre que eu até podia ter um pou-

quinho de santo, mas estava longe de ser o santo que estão querendo me pintar (Rm 3,23).• Se quiserem fazer de mim um demônio, mostre que o mal está bem próximo de todos nós (Pe

5,8-9), mas que a vida inteira procurei me voltar ao Pai (Mt 26,41), a exemplo do filho pródigo (Lc 15,11-32).

• Tenho a esperança de vir a estar pessoalmente com Ele e poder, de alguma forma, interceder por você (Tg 5,16).

E se tiver vontade de falar alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:

• “- Foi meu amigo e me quis mais perto de Deus!” (Pv 17,17).

Aí, se derramar uma lágrima, eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Certamen-te outros amigos farão isso no meu lugar.

E, vendo-me bem substituído, mais tranquilamente irei cuidar de minhas novas tarefas, que serão por Ele atribuídas.

Porém, peço que lembre sempre de dar uma espiadinha na direção de Deus (1 Ts 5,17). Eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.

E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, por meio de Jesus (Jo 14,6), aí, sem nenhum véu a nos separar, vamos viver, na Sua plenitude, a amizade que aqui começamos.

Você crê, não é mesmo? (Jo 3,36)Então reze para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como

quem soube viver para Ele (Tg 5,16).Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu

começo (Pv 27, 9-10).Mas, pensando melhor, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu...Ser seu amigo... Já é o início dele...

Marcos de Lacerda Pessoa

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44 - Ano X - Abril de 2009

MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA

“Azul do céu brilhouO mês de maio enfim chegouOlhos vão se abrir pra tanta corÉ mês de maioA vida tem seu esplendor “

(Almir Sater e Paulo Simões).

Ao aproximar-se o mês de Maio, consa-grado a nossa Mãe, Maria Santíssima, nosso espírito exulta ao pensar que, em todas as partes da terra, nossa Rainha será homena-geada. Na verdade, é um mês em que, nas igrejas e entre as paredes domésticas, sobe dos corações dos cristãos até Maria a home-nagem mais ardente e afetuosa da prece e da veneração. E é também o mês em que mais copiosos e mais abundantes descem até nós, do seu trono, os dons da misericórdia divina (Paulo VI).

Em Maria, temos sempre o caminho que leva a Cristo. Quem encontra Maria, encontra-se com o próprio Cristo. Por isso, o mês de Maio nos leva a rezarmos com maior inten-sidade e confiança, acreditando que nossas súplicas encontram mais fácil acesso até ao coração misericordioso da Virgem Maria. É

este o motivo pelo qual este mês é consagrado a Maria.

Como dizia frei José Carlos Pedroso, o povo que sonha realizar a uto-pia precisa de uma Mãe, porque é uma imensa família. Maria é a Mãe do povo porque é a Mãe de Cristo, cabeça desse povo.

Segundo Frei José Carlos, ela torna reais os sonhos da multidão que vai sendo organiza-da e lhe dá forças para ser anunciadora eficaz do Reino. Maria também tem uma missão que se realiza com cada um de seus filhos. Humana e pequena ela ensina que Deus escolheu os fracos para confundir os fortes. Daí vem a força interior, força de Deus.

Santa Clara em sua Carta a Inês de Praga escreve: “Assim como a gloriosa Virgem das virgens o trouxe (Jesus) materialmente, assim também você, seguindo os seus passos, espe-cialmente os da humildade e da pobreza, sem dúvida alguma, poderá trazê-lo espiritualmente em um corpo casto e virginal. Você vai conter quem pode conter você e todas as coisas...”.

São Francisco também escreveu: “Santa Virgem Maria, não há mulher nascida no mun-do semelhante a vós, filha e serva do altíssimo Rei e Pai celestial, Mãe de nosso santíssimo Senhor Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo. Rogai por nós com São Miguel Arcanjo e com todas as virtudes do céu e todos os santos junto a vosso santíssimo e dileto Filho, nosso Senhor e Mestre”.

Assim caro (a) amigo (a) leitor (a), seria mui-to bom que nós procurássemos ser pequenos

como a Mãe de Deus, assumindo tarefas mais humildes da família ou do grupo a que perten-cemos. Seria ótimo se nós reconhecêssemos e anotássemos as características do Cristo que vive em cada uma das pessoas mais próximas de nós. Que sejamos mães de Deus nessas pessoas ajudando-as a viver esse Cristo.

Pensemos também nas principais transfor-mações que já foram feitas em nossas vidas pela presença do Espírito de Deus que mora em cada um. E examinemos também por que, em alguns pontos, nós ainda estamos estéreis.

Enfim, irmãos (ãs), é para Maria, que se le-vantam neste mês mariano as nossas súplicas, implorando com maior fervor e confiança as suas graças e os seus favores. E se as graves culpas dos homens pesam na balança da jus-tiça de Deus e provocam os seus justos casti-gos, sabemos por outro lado que o Senhor é “o Pai das misericórdias e o Deus de toda a con-solação” (2Cor 1,3), e que Maria Santíssima foi constituída administradora e dispensadora generosa dos tesouros da sua misericórdia.

Ela, que experimentou as penas e as tribu-lações da terra, o cansaço do trabalho de cada dia, os incômodos e os apertos da pobreza, as dores do Calvário, venha em socorro das ne-cessidades da Igreja e do mundo; acolha benig-na os pedidos de paz que a ela sobem de todos os pontos da terra; ilumine os que dirigem a sorte dos povos; consiga que Deus, dominador de ventos e tempestades, acalme também as tempestades dos corações humanos em guer-ra e “nos dê a paz nos nossos dias”, a paz verdadeira, que se funda nas bases sólidas e duradouras da justiça e do amor; justiça igual, tanto para o fraco como para o forte; amor que afaste o egoísmo, de maneira que a salvaguar-da dos direitos de cada um não degenere em esquecimento ou negação do direito alheio. (Paulo VI).

Frei Benedito Félix da Rocha, [email protected]

Fone: (41)3335 5752(42) 9975 11 10

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 45

O ESPÍRITO DA VIDA

UM DÍZIMO MOTIVADOR

Viver é o impulso poderoso da sobrevivência. Fazemos caminhadas, nos alimentamos, descansa-mos, espairecemos, trabalhamos, vamos ao médi-co, tomamos remédios, agasalhamo-nos com bom gosto, procuramos evitar acidentes e tudo o que nos faz mal a fim de ter vida longa e feliz. É o instinto voltado para nosso bem que devemos exercitar com temperança e bom senso, evi¬tando excessos. É um dom natural que anima todos os seres.

Há pessoas que vivem mal ou vegetam. Parecem baterias estupora¬das. Não se encantam com o que é belo, bom e verdadeiro. Sentem atração pela avacalhação da vida exagerando na comida, bebida, genitalismo, sadismo, orgulho e ausência de Deus. São dominadas pelos espíritos do mal ou códigos mentais negativos de sua cabeça. Suicidam-se len-tamente e caçoam dos que administram com sabe-doria o dom da vida.

Este impulso da vida pode e deve ser vivido à luz da fé como Páscoa ou passagem para a vida eterna. Isto só é possível pela graça divina, ou seja, pelo dom do Espírito Santo que nos é dado no batismo e crisma. Sem o Amor, que fariam o Pai e o Filho? Deus só pode ser trinitário, enfim, família. Viver é conviver com amor e não apenas coexistir isolados.

Estamos celebrando a Festa do Pentecostes que é festa do Espírito Santo, enviado pelo Pai e por seu Filho para conferir beleza e bondade ao Universo e à Igreja de Cristo. Infelizmente, talvez por causa de imagens orientais inferiores às imagens do Pai e do

Filho, mesmo nós, católicos, praticamos pouco a atração e culto ao Espírito Santo.

Para quem tem a imaginação poderosa dos orien-tais à semelhança das crianças, fica bem imaginar o Espírito Santo como vento ou brisa suave, fogo, pomba, consolador. A Bíblia não apresenta conside-rações filosóficas ou abstratas a respeito das Pes-soas Divinas como nós, ocidentais, fomos formados na cultura grega. Sentimos dificuldade para conver-sar com imagens de criaturas não humanas.

Quando vai passear num parque, sente encan-tamento e estética por seus lindos panoramas, por pássaros que gorjeiam, por árvores floridas? Perce-be nelas sinais de Deus? Então, sua atração torna-se transcendência e oração que é típica atividade do Espírito Santo.

Quando encontra pessoas necessitadas e se dedica a elas, ao menos um pouco, dá sinal que o Espírito Santo está agindo em você e faz perce-ber nelas Cristo Jesus. Ao encontrar uma menina ou rapaz, percebe os traços do rosto e da beleza de Deus? Parabéns! É o Espírito Santo que está agindo em seu coração.

O principal efeito de quem vive o Espírito Santo é a esperança feliz da ressurreição. Foi Ele que ope-rou a ressurreição de Cristo Jesus.

Sem o Espírito Santo a vida perde o sentido e caminha para o que é negativo. Isto vem explicar o absurdo das fugas humanas que está assumindo dimensões assustadoras.

Pessoalmente, estou preocupado. Mais de um bilhão de alcoólatras no mundo, milhões de toxico-maníacos, mais de cinquenta milhões de abortos por ano, a falência do sexto mandamento, a corrup-ção organizada dos pais ou padrastos da pátria, a média de trinta mil suicídios por dia, a violência sem controle, estas coisas fazem pensar que o Espírito Santo é o Deus Desconhecido e, por isso, ausente. Pagamos o preço.

A devoção ao Espírito Santo não consiste em práticas dispersivas, mas no cultivo da interioridade. Uma das marcas da humanidade é a falta de vida interior, falta de controle da imaginação que assim se torna louca e só faz mal, enfim, falta do Espírito Santo. Só com Ele é possível o controle interior.

Como devemos praticar a devoção ao Espírito Santo?

Em primeiro lugar, cultive imagens bonitas e hu-manas, como as do Pai e do Filho. Transcenda as imagens bíblicas próprias dos orientais. O amor de-pende de imagens. Relaxe, concentre-se e imagine o Espírito Santo em tudo semelhante ao Pai e ao Filho, menos na razão de sua personalidade. Ele sempre bate na porta do nosso interior para falar co-nosco, passear num parque ou praia, acompanhar a gente nas viagens, ficar ao nosso lado quando ador-mecemos e quando ficamos doentes. É nosso Anjo Maior, o Namorado dos nossos sonhos.

Frei Ovídio Zanini, OFMCap

Em 1974, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançava o livro “Estudos da CNBB”, número 8, Pastoral do Dízimo, no qual fincava os ali-cerces de maravilhoso trabalho pastoral que surgia na Igreja em nosso País.

Passados mais de 30 anos, podemos dizer que estamos ainda no começo da caminhada, mas, tam-bém constatamos que avançamos muito. A descon-fiança do começo, o medo de substituir taxas e fes-tas, tradicionais modelos de arrecadação financeira, por outra pastoral desafiadora foi, aos poucos, dando lugar a esta certeza: o dízimo é bíblico e, portanto, libertador, revelador e conduz a verdadeira conversão.

A experiência, de algumas paróquias ou de algu-mas comunidades isoladas, foi servindo de exem-plo para outras. Interior, sertão, pampa, caatinga, cerrado, florestas, litoral, grandes ou pequenas ci-dades, independente de onde estavam localizadas, as comunidades católicas passaram a conviver com a nova realidade que a pastoral do dízimo ajudava a construir.

Ela – a pastoral do dízimo – continua sendo de-safiadora, mas não é mais novidade, uma desconhe-cida. Agora, são inúmeras as paróquias, dioceses inteiras que dão testemunho da sua importância na transformação da realidade.

São inúmeras as comunidades que passaram a contar com os recursos necessários para sua manu-tenção e seu trabalho de evangelização tendo como única fonte o dízimo.

As que não conseguiram o sucesso desejado, estão revendo suas ações, estudando as orienta-ções e subsídios existentes e disponíveis a fim de dar rumo mais consistente à atuação da pastoral do dízimo. Afinal, quanto mais se estuda a Palavra de Deus, mais se descobre a riqueza do ensinamento nela contido sobre o dízimo.

O dízimo, enquanto pastoral, é riquíssimo de en-sinamentos que levam a todos concreta proposta de conversão e pertença à comunidade. Assim, a mudança de comportamento das pessoas que as-sumem o dízimo em suas vidas e passam a se com-prometer com a proposta do Evangelho, é o resul-tado que se alcança com a evangelização realizada pela Pastoral do Dízimo.

Hoje, graças aos modernos meios de comuni-cação (e a Internet é um deles), podemos avançar ainda mais e mais rapidamente. A troca de infor-mações vai, certamente, nos ajudar nessa missão. Ainda podemos ouvir o Cristo dizendo: “O que vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vos é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados.” (Mt 10,

27). Que ferramenta preciosa temos à nossa dis-posição! Por isso, semanalmente chegaremos até você, caro Padre ou líder de pastoral, com essas “sementes de bênçãos” em forma de pequenos tex-tos de reflexão sobre o Dízimo.

De modo especial, parabenizo a Paróquia Nos-sa Sra. das Mercês, que atualmente tem mais de 1.500 dizimistas fiéis, atuantes nas pastorais com mais de 800 membros, que além de dizimistas, atu-am como voluntários em diversos segmentos de trabalho pastoral, auxiliando os freis capuchinhos.

A paróquia é um dos exemplos na Arquidiocese de Curitiba mostrando que o dízimo é opção certa. Não há festas, quermesses, rifas, bingos e outros meios de angariar os subsídios necessários para as reformas, a manutenção do templo e promover a Evangelização. É o dízimo doado com amor que tudo provê.

Esperamos, sinceramente, ajudar na missão que nos irmana como Igreja, Corpo de Cristo, povo de Deus.

Fraternalmente,Odilmar de Oliveira Franco

Instituto MEAC - Missionários para Evangeliza-ção e Animação de Comunidades

Palmeira – PR – (42) 3252 1894 – 9947 7212www.meac.com.br – [email protected]

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46 - Ano X - Abril de 2009

LIMITES NA EDUCAÇÃO DOS FILHOSSomos as primeiras gerações de pais, decidi-

dos a não repetir, com os filhos, os erros de nossos progenitores.

Com esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que existiram na história.

A questão é que estamos lidando com crianças mais espertas, ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.

Assim, somos a última geração de filhos, que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais, que obedecem a seus filhos.

Os últimos que tivemos medo dos pais e os pri-meiros que tememos os filhos.

Os últimos que crescemos sob julgo dos pais e os primeiros que vivem sob o julgo dos filhos.

E o que é pior: os últimos que respeitamos nos-sos pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com respeito.

À medida que o permissível substitui o autorita-rismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal.

Com efeito, antes se consideravam bons pais, aqueles cujos filhos se comportavam bem, obede-ciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E os bons filhos, e as boas crianças eram formais e veneravam seus pais.

Mas, na medida em que as fronteiras hierárqui-cas entre nós e nossos filhos foram-se desvane-

cendo, hoje, os bons pais são aqueles que conse-guem que seus filhos os amem, ainda que poucos os respeitem. Agora são os filhos que esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira, que respeitem suas idéias, seus gostos, suas pre-ferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os pais os patrocinam no que necessitam.

Quer dizer, os papéis se inverteram: agora são os pais que devem agradar a seus filhos para ga-nhá-los e não o inverso, como no passado.

Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “tudo dar” a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo no passado encheu os filhos

de medo de seus pais, a debilidade do presente os enche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que, durante a in-fância, estamos à frente de suas vidas, como lí-deres capazes de sujeitá-los quando não os pode-mos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.

Se o autoritarismo suplanta, o permissível su-foca.

Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes per-mitirá confiar em nossa idoneidade, para governar suas vidas enquanto forem menores porque vamos à frente, liderando-os e não atrás, carregando-os e rendidos à sua vontade.

É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade, que parece ir à deriva,

sem parâmetros nem destino.Os limites abrigam o indivíduo.Com amor ilimitado e profundo respeito. AMOR-EXIGENTE, uma proposta que educa para

o equilíbrio.

Cecília e Mauro de OliveiraCoordenadores Regionais do AE Curitiba

Informações: (011) 3272-5180 - 3272-3501

e [email protected]

CREIO NA FAMÍLIACreio na família, sustentáculo da sociedade,

instituída por Deus e santificada pelo Sacramen-to do Matrimônio, reconhecendo Deus como Pai e autoridade suprema. Professa a Fé, reza com os filhos e medita a Palavra de Deus, que lhes dá subsídios para enfrentar os reveses do dia a dia.

A família deve respeitar os direitos de cada um: pai, mãe e filhos, dividindo os deveres, tare-fas harmoniosamente, de acordo com a vocação e os talentos próprios de cada um.

A mesa é o lugar dos momentos felizes, onde se celebram os acontecimentos, festas e datas especiais, onde também se divide e se saboreia o pão de cada dia. Assim na paz e na harmonia, no amor e diálogo, educar e não somente corrigir.

Colaboração Cecília e Mauro de Oliveira Coordenadores de Amor-Exigente

PARAPSICOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA (n.º 30)O inverno se aproxima e, como de costume, sur-

gem as campanhas de agasalhos e roupas. Muita gente, no entanto, não consegue separar as roupas que não usa ou que nem servem mais, para encami-nhá-las para a doação. É como se ouvisse uma voz interior dizendo: “Não doe, não jogue fora, você ainda pode precisar disto, guarde”. Esta “voz” é o subcons-ciente manifestando as programações da civilização da carência.

O Subconsciente contém programações que são originárias dos antepassados. Conforme as regiões do planeta habitadas por eles, poderíamos distinguir dois tipos de civilizações: as civilizações da abundân-cia, e as civilizações da carência.

Civilizações da carência são os povos do frio da Europa, Ásia, América do Norte, filhos do deserto ou das montanhas. Estes povos tiveram que trabalhar muito e lutar arduamente para poder sobreviver. O longo e rigoroso inverno era precedido por muito tra-balho, que tinha como objetivo a produção e o arma-zenamento dos bens necessários à sobrevivência.

Roupas e agasalhos tornavam-se indispensáveis, a fim de resistir ao frio, à chuva, ao gelo e aos ventos. Pela mesma razão, era necessário construir sólidas moradias.

Nestas condições, era fundamental definir o que era do indivíduo, da família, ou do grupo. As cercas ou marcos delimitavam as propriedades, os territórios.

Era preciso saber com que recursos se poderia con-tar para garantir a sobrevivência.

Esses povos e seus descendentes preocupam-se com o dia de amanhã porque estão programados pelo medo de que venha a faltar. Eles têm progra-mado em seu subconsciente o fantasma da fome, da falta de agasalho e da ausência de abrigo. Eles foram obrigados pelas circunstâncias a aprender a armazenar cereais, carnes, frutas, etc. Assim surgi-ram as compotas em vidro, as bebidas engarrafadas, as carnes secas e defumadas, o salame e o queijo, todos precursores dos produtos das modernas indús-trias de alimentos.

Conduzidos pelos impulsos mecânicos e cegos do subconsciente, resultantes das programações culturais de seus antepassados, os descendentes das etnias européias foram armazenando bens e riquezas, atingindo as fronteiras do absurdo. O que os move não é a ganância, mas sim o medo de que falte, o medo de que ainda não seja suficiente o que foi conquistado. O que os assusta é o fantasma da carência.

Os herdeiros das programações da carência sen-tem necessidade de ter geladeiras e despensas cheias; pesquisam preços, aproveitam promoções, colecionam roupas, sapatos, jóias e tem dificuldade de se desfazer do supérfluo; estão sempre com muita pressa e não conseguem aproveitar feriados, férias,

momentos de lazer. Os que têm estas programações mentais preci-

sam buscar o equilíbrio no fazer e no ter, precisam evitar o estresse e a preocupação, precisam aprender a participar da festa da vida.

Técnica: Deite-se ou sente-se confortavelmente, fe-che os olhos, não se mexa, concentre-se na respiração por alguns minutos. Faça depois uma meditação ava-liando suas atitudes diante da vida e dos bens mate-riais. Você guarda tudo com a sensação de que aquilo ainda ver ser útil? Você economiza demais com medo de não ter o necessário amanhã? Você tira férias, des-cansa, dedica tempo para si e para a família ou é um escravo do trabalho e do dinheiro? Avalie seu guarda-roupa, sua coleção de calçados e tome consciência de que você não precisa guardá-lo que não usa. Você não precisa deixar-se levar pelos impulsos subconscientes da civilização da carência.

Flávio Wozniack Parapsicólogo - CNPAC nº101

Atendimento: 1. Gratuito (para carentes):

Paróquia das Mercês – 3335-5752 2. Rua Manoel Ribas, 852 - sala 12

3336-5896 9926-5464Cursinho gratuito de Parapsicologia:

Nas quintas-feiras às 19h30 na Paróquia das Mercês.

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 47

CRISE? QUE CRISE? Eu chamo isso de oportunidade!Albert Einstein tinha um conceito muito

interessante sobre crise. Dizia ele: “Não pre-tendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas, porque ela traz progressos”.

De que crise estamos falando: emocional, econômica? “É na crise que nascem as inven-ções, os descobrimentos. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar superado”, assim pensava Einstein.

Que estilo de vida você escolheu para se tornar quem você é? Em vez de temer os mo-mentos de crise, por que não fazer uma revisão emocional de sua vida, abandonar valores des-gastados e configurar nova maneira de se olhar e olhar as pessoas a sua volta?

Einstein dizia, “...quem atribui à crise seus fracas-sos, violenta seu próprio dom e respeita mais os pro-blemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O incon-veniente das pessoas é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis para seus problemas”.

Estamos vivendo numa urgência frenética como se não houvesse o amanhã. Para muitas pessoas aconte-ce assim, mas para aquelas que cultivam a esperança, vi-ver intensamente o presente é como ter ganho nova opor-tunidade. O que fazer para que isso se realize? Muitas pessoas correm de um lado para outro sem ao menos saber o que querem, o que buscam. Quando se deseja uma vida mais simples, com menos tempo despendido às compras e ao consumo, e mais tempo dedicado às pessoas, à comunidade, está-se buscando a essência da vida, encontrando satisfação nos pequenos gestos, nas coisas simples.

Em tempos de crise, para pessoas com sen-timentos negativos, tudo representa ameaça, problemas, mas, para pessoas otimistas e bem humoradas, as palavras “crise e problema” não existem, mas, tão somente oportunidades.

Albert Einstein sentenciava: “Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma roti-na”. Estamos diante da oportunidade de fazer diferente, criar laços sociais, aumentar nossa rede de relações, conversar mais com as pes-soas, escutar mais, ler bons livros, passear, vi-sitar amigos, observar a natureza, andar a pé,

freqüentar parques. Os bens materiais geram sensação de pra-

zer imediato, mas eles não solucionam nossas frustrações. Diante das frustrações, pessoas se socorrem indo a shoppings, acreditando que esta atitude possa aliviar suas dores.

Hoje, vivemos a era do hedonismo, isto é, do prazer imediato. Não é mais permitido sen-tir dor, então, imediatamente procuramos nas prateleiras das farmácias um remédio que nos livre do sofrimento. Não podemos mais sofrer, não podemos nos frustrar.

Você percebeu como o tempo passou ra-pidamente? Eventos sociais, como, carnaval, dia da mulher, Páscoa, dia das mães, dos na-

morados, dia dos pais, das crianças e o Natal vêm e vão e nem sequer nos damos conta. Por que hoje temos essa sensação? Porque não vivemos intensamente cada dia. Ao contrário, momentos bem vividos nos dão a sensação de dias longos.

No afã de encontrarmos prazer imediato, intensificamos nosso lado consumista, alimen-tado pela mídia e pelo sistema capitalista, po-rém, descobrimos que nesse caminho não en-contramos a fonte de satisfação.

O que fazer, então? Buscar auxílio profissio-nal psicológico para se autoconhecer melhor e saber lidar com os fatos da vida real é uma op-ção. Reinventar, recriar a vida, isso é trabalho

de busca interior de cada pessoa. Com fé pode-mos encontrar oportunidades novas. Trabalhar o “desapego” das coisas. Somos seres muito apegados, especialmente aos bens materiais, e, ao nos despojarmos um pouco disso, no va-zio podemos preencher com novas maneiras de viver.

Consumimos e não percebemos que somos consumidos pela falsa sensação de segurança.

Nos momentos de crise emocional ou eco-nômica podemos encontrar forças e oportuni-dades para agregar e transformar através das nossas atitudes. É o momento de rever concei-tos com os quais convivemos há décadas como se fossem naturais e inevitáveis, mas que, na

verdade, estão obsoletos e desatualizados.

Estabilidade causa estag-nação, acomodação e enges-sa o pensamento humano. Se perdemos a capacidade de olhar para outras perspec-tivas, é o momento de procu-rar auxílio profissional.

Como buscar e encontrar fontes de satisfação? Nas relações humanas, cons-truindo laços afetivos, dedi-cando mais tempo à família, aos amigos. Encontrar a sa-tisfação no aconchego do lar pode render maior grati-ficação emocional à vida. Vi-ver com menos pode render uma vida mais plena.

É preciso conhecer nos-sos próprios desejos para que possamos escolher a maneira como queremos vi-ver. Apoderar-se dos próprios desejos pode não facilitar a vida, pois traz responsabilida-des, mas, por outro lado, nos tornamos autênticos, reais.

Mantenhamos a mão fir-me no leme da nossa vida. Sempre há escolhas: pode-

mos sentar e reclamar da crise econômica, por exemplo, ou podemos ver nela oportunidade para sermos uma pessoa melhor e desafiar nossa criatividade em busca de novas idéias para aquilo que não vai bem.

Concluo com mais esta célebre frase de Einstein: “Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, acabemos com a única crise ameaçado-ra, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”.

Rosecler SchmitzPsicóloga ClínicaCRP-08/10 728

Cel.: (41) 9601 6045

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48 - Ano X - Abril de 2009

FATOS DA VIDA PAROQUIALSemana Santa A Semana Santa iniciou aos 4 de abril com a

distribuição de Ramos em todas as missas. Nos dias 6 e 7 de abril, frei Alvadi Pedro Marmentini presidiu as celebrações da reconciliação.

As cerimônias, que foram realizadas durante a Semana Santa, tiveram participação das pas-torais e movimentos que fazem parte da paró-quia, e significativas presenças de paroquianos e visitantes.

A todos os que participaram e colaboraram para o bom êxito das atividades da Semana San-ta, o sincero agradecimento da paróquia e dos freis Capuchinhos.

Celebração da Entreajuda pelo RádioLembramos que nossa celebração da En-

treajuda está sendo transmitida aos sábados, às 8h, pela Rádio TRANSAMÉRICA LIGHT – FM 95.1. Agradecemos a todos pela audiência e pela procura das gravações na paróquia N. Sra das Mercês.

Feijoada de ConfraternizaçãoO ECC (Encontro de Casais com Cristo) pro-

moverá feijoada em 16 de maio, às 12h, no sa-lão paroquial. O ingresso será no valor de R$ 15,00 (quinze reais). Adquira o seu na secretaria da paróquia.

Encontro de Jovens com Cristo O EJC (Encontro de Jovens com Cristo) convi-

da todos os jovens para participarem do encon-tro a se realizar no final de semana de 30 a 31 de maio. Informações na secretaria da paróquia

pelo telefone 3335-5752.Coral N. Sra das MercêsO Coral N. Sra das Mercês retomou suas ati-

vidades sob a coordenação de Maria Nazareth Ribeiro Lino e do maestro Fábio Eduardo Rolim. Atualmente, são 27 integrantes que compõem o coral e a coordenação aguarda novos interessa-dos! Os ensaios são realizados no salão paro-quial, às 20h nas segundas-feiras.

Vacinação para a Terceira IdadeA pastoral do Idoso, sob a coordenação da

Sra. Denize Toscan, promoverá vacinação contra gripe para a Terceira Idade, em 7 de maio, das 14h às 18h, no salão paroquial.

Secretaria paroquial

FESTA LITÚRGICA DE S. RITA DE CÁSSIA

O Movimento Santa Rita de Cássia da Paróquia N. Sra. das Mercês convida todos a participarem da Festa Litúrgica de S. Rita de Cássia – a Santa das Rosas – para a Solene Celebração Litúrgica, em sua honra, no dia 22 de maio, sexta-feira, às 17h. Será presidida por frei Moacir Antônio Nasato.

A devoção a esta Santa é muito forte em nossa paróquia. O movimento conta com 50 membros, que se reúnem em todas às quartas-feiras, em nossa igreja matriz, às 17h, para rezar a novena perpétua em louvor à Santa. Estas pessoas devotas, nesta ocasião, rezam pela comunidade, pelos doentes e por todos os que pedem e necessitam de graças espe-ciais, principalmente às causas difíceis que a Santa é, de forma especial, a padroeira.

Por ocasião da festa, o movimento tem a tradição de distribuir a todos que participam da Celebração, uma rosa.

Contamos com sua presença! Seja bem vindo!Movimento Sta. Rita de Cássia da Paróquia N. Sra. das Mercês

HOMENAGEM AOS FREIS ANIVERSARIANTESFrei Benedito Félix da Rocha

Frei Benedito é um dos nossos vigá-rios paroquiais. Aniversaria no dia 14 de maio, quinta-feira e completará 56 anos de idade. Neste dia, ele presidirá as celebrações da entreajuda em todos os horários e também a missa em Ação de Graças, às 18h30.

Frei Benedito é ainda novato em nossa paróquia, mas conquistou a to-dos com seu jeito muito compenetrado, mas de formas muito atraentes, cheias de conteúdo religioso, em suas cele-

brações, tanto a entreajuda como as missas. Convidamos os paroquianos e simpatizantes para agradecer a Deus a vida e sua dedicação no sacerdócio!

Frei Moacir Antônio Nasato

Frei Moacir foi nosso vigário paro-quial e coordenador do jornal “O Capu-chinho”, durante vários anos. Hoje, ele mora no convento, mas está sempre ligado à paróquia colaborando, quando for necessário. Aniversaria no dia 24 de maio, domingo. Ele vai celebrar a missa em Ação de Graças no dia 22

de maio, às 17h, nos festejos de Santa Rita de Cássia. Frei Moacir completará 58 anos de nascimento e, em agosto, 9 anos de transplante do fígado. Há três semanas foi submetido à uma ci-rurgia do intestino. Graças a Deus está se recuperando bem. Convidamos a to-dos para rezar por ele, por sua saúde principalmente.

A paróquia N. Sra. das Mercês agra-dece a dedicação dos freis aniversarian-tes. Nestas datas especiais, apresenta a cada um deles os melhores votos e por eles reza, pedindo saúde, a prote-ção e as bênçãos de Deus e Virgem das Mercês! Parabéns! Sejam felizes!Frei Benedito Félix da Rocha

Frei Moacir Antônio Nasato