Upload
canal-2-comunicacao
View
269
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
revista acomac 51
Citation preview
6 ACOMAC BAHIA
SumárioCanal 2 Comunicação e Eventos Ltda.Rua Rio de Janeiro, 365 - Pituba - Salvador-BACEP - 41830-401 - Telefone 3344-1911 / [email protected] - www.canal2.com.br
Diretor Executivo: Luciano Dórea
Editora-chefe: Cris Montenegro - DRT/BA - [email protected]
Fotografias: Lucas Santos
Textos: Aina Kaorner, Anaísa Freitas, Cris Montenegro, LouiseCibelle, Lucas Sérvio, Márcia Ribeiro e Mariana Passos
Colaboraram nesta edição: Prof. Gretz, Tom Coelho,Maurício Góis e Éden Oliveira (freelancer)
Revisora: Roberto Pires
Projeto Gráfico: Alan Alves
Editoração Eletrônica: Elaine Quirino
Capa: Cosme Arcanjo
Marketing: Teresa Bóve
Guia do Representante e Dep. Financeiro:Mara Machado - Carlos Dórea
Circulação: Bahia e Sergipe
Distribuição: Gratuita
Tiragem: 8 mil exemplares
82
ComunicaçãoComo falar em público
64
TecnologiaInformatização atinge o setor tributário
52Consumo popular em alta
52
24ArtigoA socialização das perdas
24
Presidente: GERALDO CORDEIRO1.º Vice-Presidente: ALFREDO GONZALEZ2.º Vice-Presidente: ALCEU ROBERTO HILTNER FILHO3.º Vice-Presidente: SÍLVIO CORREA1.º Secretário: JAMILE BARBOSA2.º Secretário: PABLO VINICIUSDir. Financeiro: OSMAR ARAÚJOTesoureiro: RUBEM SILVADir. Social: ALVARO VENTIN
DIRETORIA SETORIALMat. Bruto: EDIVALDO COELHOAmiantos: RUBEM SILVAPisos e Revestimentos: JOSÉ BARBOSAElétrica: LUÍS REISHidráulica: GILBERTO CERQUEIRATintas: JOSÉ NEWTONFerragens: ANTÔNIO JOSÉMadeira: ALEXANDRE COHIM
ASSESSORIAS TÉCNICAS
Eventos:DIEGO PAES / PABLO VINICIUS / JOELSON SILVA
Marketing:LUCIANO ARAÚJO / JAMILE BARBOSA / JOELSON SILVA
Interior:BENEDITA CAMPOS / CARLOS ALBERTO PEREIRA JOVENILSON MENESES /ORLEANS MENDONÇA / DEOLINO NERY
Planejamento Estratégico:GILBERTO CERQUEIRA / MILTON ALOI / SÍLVIO CORREA
Conselho Fiscal:Titulares: LUIS REIS / LUÍS ALONSO / JOÃO ANDRADE
Suplentes:MANUEL GONZALEZ / JOSÉ MANUEL MARTINEZMANUEL TRANCOSO
CONSELHO DELIBERATIVOPresidente LUCIANO ARAÚJOVice-Presidente JOSÉ ELOY
CONSELHEIROS:MANUEL BERNARDINO / ANTÔNIO BITTENCOURT / DEONILDO MARTINEZ /JOSÉ GARGUR / MANOEL DURAN /EDMUNDO SOUZA / EDIVALDO COELHOCARLOS ALBERTO PEREIRA
Tel.: (71) 3113-2481 Telefax: 3113-2480Av. Tancredo Neves Ed. Salvador Trade CenterTorre Norte, sala 2215 - CEP 41820-020 - [email protected] / www.acomac-ba.com.br
82
8 ACOMAC BAHIA
Palavra do Presidente
Mantendo o focoO setor de material de construção tem como destaque, em novembro, a 5ª
Convenção da Acomac-BA/17º Ecomac, em Praia do Forte, Bahia. Desde
sua primeira edição, em 1991, o evento vem evoluindo e já se
tornou uma referência no setor, graças ao apoio e à participação das
revendas, indústrias, entidades e outras organizações parceiras. A
cada ano novas conquistas: este ano público recorde, com crescimento
de 25% em relação ao ano anterior. Em um só local e período,
integrantes do setor podem debater, deliberar e se entreter, sempre em
um ambiente aprazível da nossa Bahia. A Acomac-BA, que o promove, com
apoio da Anamaco, reitera os agradecimentos pelo apoio dos
patrocinadores e a confiança de todos os participantes.
O tema central, “O desafio de conquistar o consumidor popular”, é
pertinente à ascensão das classes C, D e E, que formam a maioria da
população brasileira, e que nos últimos anos passaram a ganhar força
como consumidoras, por conta de fatores como a estabilização e o
crescimento da economia, programas assistencialistas e a conseqüente
expansão do poder de compra. Apesar da crise mundial, o foco no tema
do evento permanece atual e estratégico, pois a realidade e também as
projeções indicam que os segmentos populares continuarão a manter sua
importância demográfica e econômica no Brasil.
Também neste período do ano aumenta o movimento no setor de material
de construção, e com ele as expectativas e as ações com vistas a bons
resultados em vendas. Oportuno, ao se falar em boas notícias,
destacar a interiorização das redes locais, seguindo o crescimento da
renda nas outras cidades baianas. A esses empreendedores os
cumprimentos e os votos de sucesso. É dessa forma, com espírito
criativo e gestão profissional, que o setor continuará a se
desenvolver e mostrar seu valor.
Muito obrigado e um bom evento a todos.
Geraldo CordeiroPresidente da Acomac-BA
10 ACOMAC BAHIA
Editorial
Informação ecomemoraçãoChegamos a mais uma edição do maior evento do
segmento de materiais de construção da América Latina.
Falar da programação, do sucesso e dos benefícios
gerados por este para o setor é “chover no molhado”.
Gostaria de destacar nesse espaço a nossa satisfação por
estarmos mais um ano presentes e cada vez mais
antenados para com os acontecimentos durante o
período da convenção. Ao longo desses 10 anos de
parceria já participamos de diversos eventos da entidade.
Motivo de felicidade! Sinal de que estamos no caminho
certo. Com a colaboração da Acomac-BA estaremos com
uma equipe ainda maior cobrindo o evento in loco e
produzindo matérias para a nossa próxima edição da
Revista Acomac-BA. Além disso, agregamos ações
promocionais visando dar uma contribuição ainda maior
a essa entidade que é uma grande parceira da Canal 2.
Preparamos um conteúdo jornalístico mais do que
especial para que vocês, leitores, apreciem nesses dias de
informação e descanso. Aproveito para convidar aqueles
que ainda não acessaram a versão virtual da Revista no
www.canal2.com.br/acomac. Com mais de 15 mil
acessos mensais, a versão virtual da publicação tem
atingido todo o País.
Boa leitura!
Um ótimo evento para todos!
Luciano DóreaDiretor ExecutivoCanal 2 Comunicação e Eventos
Governador recebe convite especial para participar do 17º Ecomac-BA
No dia 21 de outubro, o presidente da Acomac-BA Geraldo Cordeiro, o vice-
presidente Sílvio Correa e o diretor de planejamento estratégico Milton Aloi se
encontraram com o governador baiano Jaques Wagner para convidá-lo a partici-
par da 5ª Convenção da Acomac-BA/17° Ecomac-BA, que acontecerá de 6 a 9 de
novembro no luxuoso Resort Iberostar Bahia Hotel, em Praia do Forte.
O governador prometeu comparecer ao evento. Além do convite, questões fis-
cais e tributárias também foram discutidas.
Crise interrompecrescimento da construção civil
Nos últimos três anos, a cadeia pro-
dutiva da construção viveu um ciclo
de crescimento, que deverá ser inter-
rompido devido à crise financeira
mundial. Essa é a avaliação do presi-
dente da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC), Paulo
Safady. Segundo ele, o setor deverá
fechar o ano registrando crescimento
em torno de 8,5%. O assunto foi
tema de encontro em Brasília no fim
da primeira quinzena de outubro,
entre representantes da CBIC e cen-
trais sindicais.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Editora Canal 2marca presença na FICONS 2008
Sempre antenada com as novi-
dades do mercado da construção
civil, a Editora Canal 2 levou para o
Centro de Convenções de Per-
nambuco, no período de 16 a 20
de setembro, durante a FICONS –
Feira Internacional de Equi-
pamentos e Serviços da Cons-
trução, a Revista Acomac-BA nº
50. Vale salientar que a FICONS é o
mais importante evento regional e
a maior exposição do setor da
construção do Norte e Nordeste.
12 ACOMAC BAHIA
Informes Por Cris Montenegro e Márcia Ribeiro
Jaques Wagner iráprestigiar o evento
Acomac-BA promove cursosobre marketing e vendas
D e 13 a 16 de outubro, a
Acomac-BA, em parceria
com o Grupo Extensa da
Universidade Salvador (UNIFACS), pro-
moveu na Casa do Comércio o curso
Marketing e Vendas, ministrado pelo
professor e administrador de empresas
Cláudio Correia.
O evento teve como objetivo
abordar temas relacionados aos
princípios básicos do assunto,
incluindo tópicos como atendimen-
to, merchandising, conceitos de
marketing, planejamento e compor-
tamento do consumidor.
Tanto funcionários quanto gestores
de indústrias e do varejo acompa-
nharam a carga horária de doze horas,
participando ativamente das aulas,
exercícios e dos processos de avalia-
ção de entendimento. “É a segunda
vez que ministro um curso para a
Acomac-BA e acho muito importante
que os empresários estejam sempre
atentos às novidades, mudanças e
tendências. Tenho certeza que os
resultados serão vistos nas próprias
lojas”, analisou Correia. O professor
conta ainda que, em média, 37 pes-
soas participaram ativamente.
Para Fernando Oliveira Silva, o curso
foi muito proveitoso. “Apesar de o
foco ser em marketing e eu trabalhar
com vendas, pude ter uma dimensão
14 ACOMAC BAHIA
Curso PorAina Kaorner e Márcia Ribeiro
maior do negócio e aprendi muitas
coisas novas”, contou o vendedor da
Ogunjá, que participou pela primeira
vez de um curso sobre esse tema. Já o
vendedor Antonio Carlos Ferreira da
Silva, da Leo Madeiras, também teceu
elogios à iniciativa da Associação. “O
conteúdo é excelente, me fez recordar
vários conceitos e tópicos impor-
tantes”, afirmou. Para a gerente de
vendas Rose Meire dos Santos, da
Madeireira Itapoan, que diz já ter par-
ticipado de outros cursos oferecidos
pela entidade, comentou que estes
sempre a ajudam bastante. “Estou
gostando muito e já estou pensando
nos próximos”, enfatizou.
RESULTADOS POSITIVOS PARA TODOS
“Tenho certeza que os resultados serão vistos nas próprias lojas”, analisa Cláudio Correia
16 ACOMAC BAHIA
Evento PorAina Kaorner Fotos Lucas Silva
Acomac-BA comemora 31 anos
C om apresentação da comédia
O Indignado, dirigida por
Fernando Guerreiro, com
texto de Cláudio Simões e Djaman
Barbosa; interpretada pelo ator Frank
Menezes, e um coquetel, a Acomac-BA
realizou um evento de comemoração
pela passagem dos 31 anos da enti-
dade, no dia 18 de setembro, na Casa
do Comércio.
“Comemorar uma data tão impor-
tante com o teatro foi uma idéia muito
sábia. Hoje em dia, com a crescente
informatização, as pessoas precisam
voltar a ter contato com o artesanal”,
analisou Frank. Já para o presidente da
Acomac-BA, Geraldo Cordeiro, cele-
brar um momento tão especial de
forma tão inusitada é muito gratifi-
cante. “Este é o resultado de uma con-
EVENTO NA CASA DO COMÉRCIO REUNIU ASSOCIADOS E GESTORES
“Comemorar uma data tão importante com o teatrofoi uma idéia muito sábia”. Frank Menezes, ator.
ACOMAC BAHIA 17
tribuição de várias diretorias ao longo
dos 31 anos. Somos uma entidade bas-
tante representativa, unida e preocu-
pada em acompanhar a evolução da
economia”, avaliou Cordeiro.
Segundo o diretor executivo, Antônio
Carlos Martinez, o sucesso da associa-
ção está na união permanente do setor.
“A Acomac-BA completa mais de três
décadas de consagração, o que a
tornou uma referência nacional. Somos
capazes de sentar numa mesa para dis-
cutir assuntos de extrema importância e
continuarmos amigos”, sinalizou.
Associados e gestores participaram
do encontro e aprovaram a iniciativa.
Para o diretor social, Álvaro Ventim, o
momento foi excelente: “Completar
31 anos é uma vitória. Principalmente
do jeito que a entidade está: unida,
forte, coesa e respeitada em todo o
País”, salientou.
“A Acomac-BA tem uma história
construída por vários presidentes, pes-
soas que tornaram cada ano extrema-
mente importante para a associação.
Mas, sem dúvida, a força da entidade
está nos associados”, garantiu o vice-
presidente, Alfredo Gonzáles.
18 ACOMAC BAHIA
Expansão Por Lucas Sérvio
com que a empresa cresça podendoganhar mais volume, rentabilidade econseqüentemente mais valor. Elecomenta ainda que, em contrapartida,a empresa é capaz de gerar maisemprego e desenvolvimento econô-mico e maior qualidade de vida no tra-balho em todas estas novas cidades,movimentando os mercados e tornan-do-os mais eficientes. “No casoespecífico da Dismel os funcionáriosdas lojas do interior terão o mesmoplano de cargos, salários e benefíciosque hoje já temos nas lojas da capital,tais como: seguro saúde, odontológi-co e de vida, plano de gratificaçõespor metas, auxílio acadêmico, dentreoutros”, diz.
Com sete lojas na Bahia e umserviço chamado Caravana das Cores(uma loja itinerante), onde os consul-tores levam os serviços e produtos àscidades mais próximas, a Tintas Alvesse orgulha de ter cinco lojas no interiordo Estado. Segundo o diretor da
Novo cenário do varejo
Com a chegada de novas lojasna capital baiana e com ocrescimento econômico da
população de baixa renda, as empre-sas locais começam a olhar para ointerior da Bahia como um potencialmercado para seu crescimento. Sendoassim, empresas como ComercialRamos, Tintas Alves, Dismel e outrosjá têm filiais em funcionamento ouestão com suas lojas em construção.Cidades como Feira de Santana,Juazeiro, Barreiras, Vitória daConquista, Ilhéus e Itabuna são as quetêm a preferência destas empresas.
Para o gerente administrativo efinanceiro e um dos sócios da empre-sa, Osmar Araújo, este é o principalfoco da Dismel para os próximos cincoanos, começando já em 2008 com oplanejamento estratégico e a aberturade três novas filiais: Juazeiro, Feira deSantana e Vitória da Conquista.
Osmar Araújo destaca que o princi-pal objetivo é ganhar tamanho, fazer
empresa, Carlos Alberto, algumasempresas estão procurando o interiorda Bahia por causa dos baixos custos.
Já a Comercial Ramos inaugurouuma nova loja em Feira de Santana.Outra novidade no mercado baiano éa Ferreira Costa. A empresa, hoje, co-mercializa cerca de 60 mil itens, entremateriais de construção, utilidadespara o lar, ferragens e até pneus paraautomóveis. O grupo é o 10º no ran-king nacional, com expectativa desubir para o 5º com o início das ope-rações em Salvador. De 1999 a 2005ocupou o 1º lugar no ranking dosmaiores e melhores da Revista ANA-MACO da Região Nordeste. O grupoprevê para 2010 a abertura de maisuma loja em outro estado nordestino,ainda não definido. O objetivo échegar a 2012 com 12 grandes lojasna região Nordeste e cerca de três milcolaboradores. Vale salientar que ou-tros municípios baianos estão sendoanalisados.
Feira de Santana é uma das cidades procuradas pelos empresários do segmento de materiais de construção
20 ACOMAC BAHIA
Emprego Colaboração Mariana Passos
Vínculo empregatícioAutônomos e profissionais jurídicos
(PJ) podem ser contratados para
exercerem certas funções dentro da
empresa. Para que isso ocorra legal-
mente, tanto o autônomo quanto o PJ
devem ser contratados para um cargo
com cronograma preestabelecido,
com começo, meio e fim, prestem
serviços para mais de uma empresa e
não compareçam todos os dias no
mesmo horário para trabalhar.
Seguindo esse padrão, os colabo-
radores poderão alegar vínculo empre-
gatício, entrar na Justiça e ganhar o
direito a indenizações.
Ao contratar um PJ, o empresário
não obtém custos. O colaborador tam-
bém conta com vantagens, já que ao
invés de recolher o Imposto de Renda
pela tabela do assalariado, a pessoa
jurídica ganha, em média, 15% do que
recebe em impostos. Já com os
autônomos, o custo para o contratante
é de 20% sobre o total da fatura, valor
que tem de ser arrecadado para o INSS.
Do outro lado do balcão, ele recolhe o
Imposto de Renda pela tabela de
assalariado. Dessa forma, as pessoas
Segundo dados do IBGE, o
número de trabalhadores com
carteira assinada cresceu
aproximadamente 10% em um ano.
Porém, o documento continua sendo o
sonho da maioria dos brasileiros. As
empresas, no entanto, sabem que a
medida é custosa. A carga tributária
sobre os assalariados é alta e chega a
65% do valor recebido pelo colabo-
rador. Isto significa que um empregado
registrado e com rendimentos mensais
de R$ 1 mil custa ao caixa da empresa
quase R$ 1.650. Consequentemente,
muitas instituições não registram seus
funcionários pela CLT – Consolidação
das Leis do Trabalho. Comprovando
isso, outro dado do IBGE mostra que
apenas 43,9% dos trabalhadores
brasileiros têm sua carteira assinada, ou
seja, menos da metade da população.
Para o empresário que sofre com as
despesas adquiridas com a carteira de
trabalho, é bom saber que existem
outras medidas a serem tomadas.
Duas outras formas de contratação
mais econômicas podem ser efetua-
das, desde que feitas sob algumas
observações.
preferem não atuar como autônomo,
pois financeiramente não é proveitoso.
É importante verificar como fica a
motivação dos colaboradores quando
eles são contratados como PJ, pois não
usufruem dos mesmos benefícios que
os empregados com carteira assinada,
como o fundo de garantia, férias e 13º
salário. Nesses casos, especialistas
acreditam que uma medida para ate-
nuar essa diferença é dar algo em troca
para aquele que foi contratado como
PJ. Dessa forma ele se sentirá motivado,
algo fundamental dentro de um am-
biente de trabalho, afinal muitos
empreendedores perdem seus fun-
cionários quando eles não se sentem
valorizados. Assim, pode-se pagar o
mês de férias e dar um 13º salário,
mesmo que o profissional não seja CLT.
Outro fator que precisa ser considera-
do é tentar equilibrar tanto os benefí-
cios dados ao empregado com carteira
registrada quanto ao trabalhador jurídi-
co, pois o salário líquido de um profis-
sional registrado tende a ser inferior ao
de uma pessoa jurídica. Por exemplo,
oferecer cursos de especialização para o
profissional e até pagar suas faculdades.
ContrataçãoCRESCE O NÚMERO DE TRABALHADORES SEM CARTEIRA ASSINADA NO PAÍS
22 ACOMAC BAHIA
Comportamento PorTom Coelho
Ésempre assim. Quando uma
crise qualquer ecoa em uma
empresa, quem paga o pato é
o cafezinho! Explico-me.
Tenho conduzido processos de
reestruturação em empresas ao longo
dos últimos anos. E o receituário para
corporações em conflito passa neces-
sariamente pela redução de custos.
Assim, procuro focar os cortes em
ações significativas, atacando desperdí-
cios e despesas supérfluas, revendo
contratos de fornecimento, cuidando
com atenção das despesas financeiras
e, em especial, coibindo abusos da alta
gestão por meio de uma nova cultura.
Isso significa separar gastos pessoais de
corporativos, no caso de pequenas e
médias empresas, e adotar critérios
mais rigorosos para pagamento de
bônus e concessão de benefícios, nas
empresas de grande porte.
Todavia, há ainda quem inicie um
plano de estabilização pela extinção do
café servido na copa, seguido da sus-
pensão de treinamentos e programas
de qualidade de vida, meio ambiente e
sustentabilidade, propaganda e pro-
moção, e até pesquisa e desenvolvi-
mento. Claro que no final da linha está
projetada uma indefectível onda de
demissões, varrendo a empresa e
assombrando os trabalhadores.
Em tempos de crise propalada como
a que ora experimentamos, quando a
panacéia toma conta não apenas dos
mercados financeiros, mas também da
cabeça dos gestores de empresas,
cegando-lhes diante da realidade dos
fatos e ceifando-lhes a racionalidade,
há que ter ponderação, bom senso,
prudência e visão de futuro.
Porém, a posologia míope adotada
por muitos gestores coloca em um
mesmo saco despesas operacionais e
investimentos. Os aumentos de produ-
tividade auferidos por meio de progra-
mas de capacitação são esquecidos. Os
ganhos intangíveis de médio e longo
prazos decorrentes de programas de
qualidade de vida são desconsiderados.
A melhoria na imagem institucional em
função de ações relacionadas ao desen-
volvimento de uma cultura de sus-
tentabilidade é ignorada.
Iniciativas que demandaram meses ou
anos para serem planejadas, estrutu-
radas e implementadas são abortadas.
Assim, jogam no lixo não somente o
investimento realizado, mas também o
entusiasmo, o comprometimento e as
expectativas das pessoas envolvidas. A
mudança nas regras do jogo desequili-
bra o sistema. A confiança, esteio das
relações, é abalada com severidade.
No exato momento em que a comu-
nicação precisa ser reforçada, campa-
nhas publicitárias são suspensas. Quando
novas tecnologias e processos precisam
florescer, a inovação recrudesce.
Por fim, ocorrem as demissões irra-
cionais, úteis apenas para enviar cérebros
que conhecem o negócio, o mercado e a
empresa para os braços da concorrência.
Não estou minimizando a conjuntu-
ra atual, mas apenas lhe conferindo a
dimensão adequada. A economia so-
frerá uma contração graças ao princí-
pio da profecia auto-realizável: o pes-
simismo vai permear todo o sistema,
reduzindo crédito, investimento e con-
sumo em cadeia.
Algumas atividades sofrerão
retração decorrente de menor deman-
da; a agricultura poderá sofrer perdas
se, por ocasião da colheita, os preços
vigentes não remunerarem o maior
custeio atual da safra; há empresas que
pagarão o preço por terem apostado
em operações com derivativos quando
deveriam ter focado sua atividade-fim.
Mas não me venham com essa balela
de real depreciado porque a cotação
do dólar está há meses aquém de um
patamar mínimo aceitável, nem com
essa retórica de depressão econômica
mundial iminente.
O que falta aos gestores – públicos
e privados – é primeiro questionar
onde, de fato, a crise está aportando.
Depois, identificar as oportunidades
ocultas. E, finalmente, diante da neces-
sidade de ajustes, procurar cortar as
gorduras – e não a carne.
“Em uma crise,quando as pessoassão forçadas aescolher entrediversos tipos deação, a maioriaescolherá a pioração possível.” (Lei de Rudin)
A crise e o cafezinho
24 ACOMAC BAHIA
Artigo PorTom Coelho*
A socialização das perdas
V inte anos após o crash da
Bolsa, em 1987, os merca-
dos financeiros globais
voltaram a estremecer. Desta vez, os
efeitos mais devastadores não foram
sobre os países emergentes. A “bola
da vez” não foi o México, a Rússia ou
o Brasil, como outrora, ou a China, que
certamente ainda terá esta experiência,
mas os Estados Unidos.
Operações financeiras sem lastro e
estupidamente alavancadas, sobreva-
lorização de ativos, expansão irracional
do mercado de derivativos e otimismo
exacerbado, transformaram o
patrimônio de muitos investidores em
pó. Seria a derrocada do capitalismo?
A resposta é: não!
O capitalismo nunca esteve tão
forte. E ficará ainda mais. O american
way of life, representado pela
sociedade de consumo, está chegan-
do com décadas de atraso aos países
emergentes. Para alguns, significa
comer o que não comiam. Para ou-
tros, comer mais e melhor. Daí a
explosão dos preços agrícolas. Para
outros, comprar produtos, satisfazer
a vaidade, buscar conforto e lazer e
alcançar status.
Em nossa nação, uma legião de mis-
eráveis está galgando um degrau na
p i r â m i d e
social.
Os países que formavam a “cortina de
ferro” caminham a passos largos para
mitigar seu atraso imposto pela Guerra
Fria. Na China, troca-se com satisfação
a liberdade de expressão política pela
liberdade de aquisição de bens. E ainda
há todo o continente africano a ser
explorado, evidentemente se seus habi-
tantes não morrerem antes de fome,
guerra ou doença, não necessaria-
mente nesta ordem.
Capitalismo e socialismo, nestes
novos tempos, não são antagônicos,
mas complementares. A evolução do
capitalismo será a possibilidade de
todos terem oportunidades de con-
sumo a partir da iniciativa privada e não
estatal. O comunismo pelo consumis-
mo. Marx deve estar se revirando no
túmulo...
1995. O Brasil instituiu o Proer –
Programa de Estímulo à Reestruturação
e ao Fortalecimento do Sistema
Financeiro Nacional. Dinheiro público
injetado em instituições financeiras fali-
das para evitar um colapso no sistema
financeiro. Ao custo estimado de 2,5%
do PIB, o Banco Central assumiu os pas-
sivos de sete bancos, entre eles
Nacional, Econômico e Bamerindus,
cujos ativos foram transferidos a preço
de banana para Unibanco, Excel e
HSBC, respectivamente.
2008. O Fed, Banco
Central norte-ameri-
cano, adota a mesma
receita para resgatar
a seguradora AIG, as
instituições de crédito hipotecário
Fannie Mae e Freddie Mac, viabilizar a
aquisição do Merrill Lynch pelo Bank of
America, e dar liquidez ao mercado,
numa cruzada de centenas de bilhões
de dólares para varrer de circulação
papéis podres transacionados. É a
socialização das perdas. Os grandes
prejuízos que estão sendo realizados
são o reverso dos grandes lucros auferi-
dos por poucos investidores no passa-
do. Parte substancial destas perdas está
pulverizada nas mãos de pequenos
investidores, inclusive trabalhadores
que detinham ações das companhias
que foram à bancarrota. Dinheiro que
muda de mãos, nada mais.
É dever de qualquer Estado construir
mecanismos de regulação capazes de
proteger não apenas a integridade do
sistema, mas também de pequenos
investidores que não dispõem de infor-
mações privilegiadas e estruturas de
hedge para confrontar momentos de
instabilidade como estes, quando
grandes especuladores deixam um ras-
tro de destruição pelo caminho.
Fundos auto-sustentáveis devem ser
criados. Formados a partir de um
pequeno percentual das transações
realizadas diariamente e geridos pela
autoridade monetária, podem sim-
bolizar a tranqüilidade necessária e sufi-
ciente ao mercado nos períodos de
crise. Mas que fique claro: mesmo estes
fundos estarão sendo bancados, em
última instância, pelo contribuinte,
ainda que em doses homeopáticas.
“ O homem esquece mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio.” (MAQUIAVEL)
Entidades do varejo estãootimistas em relação ao Natal
A penas CNDL vê riscos de
desabastecimento no setor
de eletroeletrônicos e
queda na contratação de mão-de-obra
As principais entidades representati-
vas do comércio varejista no Brasil
estão cautelosas em relação ao
desempenho das vendas no Natal
deste ano. O motivo é a crise finan-
ceira mundial. Mesmo assim, a maio-
ria acredita em um bom Natal, ainda
que quase todas sejam unânimes em
avaliar que o volume de vendas, ape-
sar de positivo, não vai ultrapassar o
apurado em 2007.
A Associação Brasileira de Lojistas
de Shoppings (Alshop), por exemplo,
que esperava um crescimento entre
10% a 12% para o setor, fará uma
revisão das metas até o próximo dia
31 de outubro. Segundo o presi-
dente da Alshop, Nabil Sahyoun, no
ano passado o setor cresceu 10%. Este
ano estão funcionando 15 novos shop-
pings e a expectativa é que até o fim
de 2008 mais sete sejam inaugurados.
Apesar da expansão, o presidente da
Alshop faz uma ponderação. "O sis-
tema de crédito está restrito e as taxas
de juros, crescendo. Para o Natal, as
empresas já organizaram os seus esto-
ques. Os lojistas que trabalham com
produtos importados são os que mais
sofrerão, já que a taxa de câmbio ainda
não está num patamar real", assinala.
Sahyoun aposta na entrada no 13º
salário, que vai injetar dinheiro na
economia. Além disso, os bancos
estatais estão com uma política de
empréstimos com taxas mais baixas.
"Nós acreditamos que, como o
poder aquisitivo da população
de baixa renda cresceu
bastante, ainda haja
fôlego para as com-
pras de fim de ano."
Segundo estudo da
Alshop, o brasileiro
compra, em
média, de 20 a
25 presentes
no Natal.
Para o secretário de Comércio e
Serviços do Ministério do Desen-
volvimento, Indústria e Comércio
Exterior (Mdic), Edson Lupatini Junior,
este ano o País não sentirá um recuo.
"Eu acredito que, a continuar neste
compasso de atenção e das nossas
bases estarem robustas, estamos ca-
minhando para um bom Natal."
Já a Confederação Nacional dos
Dirigentes Lojistas (CNDL) acredita que
o varejo terá um desabastecimento no
Natal, principalmente em relação aos
eletroeletrônicos. Segundo a assessoria
do presidente da entidade, Roque
Pelizzaro Júnior, o problema também
está relacionado ao câmbio. "O impor-
tador não fará as encomendas natali-
nas com o dólar neste patamar." Ele
acredita que, sem produtos para
vender, os lojistas não irão arriscar nas
contratações temporárias. "O Banco
Central demorou a intervir no mercado
e vender dólares, como fez no início de
outubro", avalia.
Já o consultor técnico do Instituto
para o Desenvolvimento do Varejo,
Emerson Kapaz, não acredita em
desabastecimento do setor de
eletroeletrônicos. "O que está aconte-
cendo é que o setor parou para anali-
sar como o mercado está se compor-
tando e esperar o dólar de referência.
Há lojistas inclusive que estão com seus
estoques de produtos eletrônicos con-
fortáveis para o Natal." Kapaz espera
que o cenário "dê uma arejada" e que
o índice de confiança do consumidor
seja retomado aos poucos.
*Agência Sebrae de Notícias - ASN
26 ACOMAC BAHIA
Compras Por Beth Matias*
28 ACOMAC BAHIA
Consumo Colaboradora Mariana Passos
Consumidor independente
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), 11,07% dos 54,6 mi-
lhões dos brasileiros registrados pelo
censo de 2006 abrigavam apenas um
morador. Em 2016, a estimativa é que
se chegue a 12 milhões de indivíduos.
Ainda segundo a pesquisa, elas tam-
bém são responsáveis por 40% do
aumento das vendas de produtos em
porções individuais. As cidades de São
Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e
Belo Horizonte encabeçam a lista dos
lugares que proporcionam a esse públi-
co uma oferta maior de produtos e
serviços que facilitam suas vidas.
As mulheres representam 53%
dessas pessoas. Segundo especialistas,
isso ocorre, porque elas são as que bus-
cam independência mais cedo. Já os
homens, a partir dos 20 anos, desejam
morar sozinhos ao se separar ou quan-
do passam dos 30. No levantamento do
Ibope Mídia, ambos os sexos
mostraram consumir marcas refinadas
O QUE MUDA NA COMPRA DAQUELES QUE OPTARAM PELA VIDA SOLITÁRIA
O hiperindividualismo é o
nome dado por estudiosos
ao isolamento cada vez
maior dos morados urbanos, que cos-
tumam trocar um filme no cinema por
um filme na TV, ou uma ginástica na
academia por uma caminhada em sua
própria casa. De acordo com Faith
Popcorn, consultora de marketing que
apresentou ao mundo pela primeira
vez o conceito de encasulamento, os
motivos que levam o ser humano a
optar por esse modo de vida podem
variar, levando em conta fatores como
a violência urbana ou até mesmo a
própria comodidade da vida moderna.
O fato dos casamentos estarem duran-
do cada vez menos e o núcleo familiar
estar diminuindo faz com que um
número cada vez maior de pessoas
busque seu próprio canto.
No Brasil, a quantidade de pessoas
que moram sozinhas dobrou nos últi-
mos dez anos e soma mais de seis mi-
lhões. De acordo com os dados do
– 62%. Já 34% evidenciaram que com-
pram produtos por impulso com fre-
qüência no supermercado. O trabalho é
outro setor importante; como muitos
que optam pela vida só, dedicam-se
exclusivamente ao emprego, 33%
daqueles que têm mais de 20 anos se
identificam com a frase “eu só penso
em trabalho” e 52% confessaram se
preocupar consigo mesmos.
COMO FISGÁ-LOS
O Instituto Marketing Analysis Brasil
acaba de lançar um estudo que fez com
oito capitais do país, no qual expõe que
os independentes são consumidores
mais exigentes. Eles olham os melhores
preços e costumam levar em conta a
agregação de preço, qualidade e dura-
bilidade. Com isso, eles não se impor-
tam em gastar com algo mais caro,
desde que o produto também facilite
sua vida, sendo mais durável, mais con-
centrado e em porções menores.
O estudo também comprovou que
42% dos singles vêem as compras
como um lazer, 42% costumam ir a
bares e restaurantes e 36% fazem suas
refeições em redes de fast food com
maior freqüência do que a população
normal. As bebidas alcoólicas também
fazem parte do item de compras da
lista dessas pessoas (45%), assim como
os doces e os chocolates (66%). A
maioria prefere encontrar um único
endereço para tudo que procuram.
Para saber atender bem esse público é
necessário ser cauteloso quanto às suas
necessidades. Trata-se de pessoas dife-
rentes da clientela normal, portanto é
preciso adotar uma comunicação mais
segmentada, que o atinja diretamente.
Atender fora do expediente normal e nos
finais de semana também faz uma
grande diferença. Dessa forma, fica mais
fácil conquistar sua confiança, o que fará
com que a empresa adquira uma estrada
de boas oportunidades de ofertas de pro-
dutos e serviços pela frente.
É vital escolher bem qual subgrupo
dos solitários se deseja trabalhar: com
os jovens ou com os idosos. Seus
hábitos de costumes são distintos, o
que influi na forma de conquistá-los. Os
idosos se preocupam mais com o preço
e comodidade, enquanto os jovens são
mais fiéis a bens duráveis, têm menos
tempo e levam em conta a praticidade.
Para os dois casos é recomendável ter
uma boa variedade de ofertas na quan-
tidade e dimensão certa, já evitar des-
perdício é o que eles mais desejam.
O treinamento da equipe para que se
conheça com profundidade o que a
empresa tem é fundamental para se
promover com segurança uma consul-
toria especial e não uma simples venda.
Por isso, também é válido recorrer a
métodos não convencionais de market-
ing, valorizando assim o tratamento
personalizado. Planos como o de tarifas
especiais, promoções nas compras pela
internet e setorizar parte da loja com
produtos voltados para esse universo
são boas dicas para quem pretender fis-
gar de vez esse consumidor.
Osconsumidores
solteirosbuscam
melhorespreços,
qualidade edurabilidade
30 ACOMAC BAHIA
Ouvidoria Colaboração Mariana Passos
grande aliada às empresas privadas,
que foram percebendo a iminência de
avançarem além dos serviços básicos
de atendimento ao consumidor.
O ouvidor, ou ombudsman, como
também é conhecido, é o responsável
por personalizar o atendimento, e tem
como principal função garantir a
solução dos problemas recebidos. Por
isso, muitos afirmam que ele é o advo-
gado da empresa, formando um elo
entre ela e o cidadão.
Para manter esse funcionário, no
entanto, é viável saber proceder com
tais críticas, pois o ombudsman deve
ter independência e livre passe para
apontar o que julgue importante na
empresa e ter o poder de decisão
sobre isso. Para que a relação seja sa-
tisfatória, o ouvidor deve receber
todas as informações da empresa para
responder ao cliente da forma mais
conveniente. Além disso, ele deve ter
espírito de colaboração, respeitar o
sigilo de ambos os lados, empatia
junto aos consumidores, análise críti-
ca, saber ser persuasivo quando a
ocasião pedir, e ter paciência no seu
tratamento com o público.
A agilidade também é fundamen-
tal, pois nas organizações modernas
qualquer erro pode ser fatal e é pre-
ciso ser rápido para corrigi-lo. A
função do ouvidor não se limita ape-
nas ao público externo, mas ao inter-
no também, já que eles podem cola-
borar com o crescimento do órgão
para qual trabalha. Para esse setor, é
imprescindível que a regra do sigilo
não seja quebrada, pois é o que
estabelece a confiança entre os
dois lados.
Não existe coisa mais descon-
fortável do que ligar para
uma empresa com intenção
de esclarecer alguma dúvida ou
resolver qualquer questão e acabar
ouvindo horas a fio uma gravação com
alguma música, sem conseguir ser, de
fato, atendido. Ou então, quando
finalmente chega alguém, você acaba
saindo da situação da mesma forma
que entrou, às vezes até pior.
Situações desse tipo, especialmente
no Brasil, são, infelizmente, muito
comuns. É o que ratifica a recente
pesquisa divulgada pela consultoria
Accenture, que mostra a nação
brasileira como a mais insatisfeita com
o atendimento que recebe.
Segundo o estudo, o que mais amola
a população é a falta de trato persona-
lizado durante as ligações. Um alerta:
ainda de acordo com a pesquisa, 75%
dos brasileiros estariam dispostos a tro-
car de fornecedor quando não
recebessem o atendimento adequado.
Alternativa
Uma boa possibilidade para
amenizar a fúria dos clientes é dispor
de mais um canal de comunicação.
Dessa forma, surgiu a figura do ouvi-
dor. Proveniente da Suécia, o ouvidor é
o representante direto do cidadão,
cuja principal função é analisar a pro-
cedência de uma manifestação do
cidadão. Assim, eles encaminham
eventuais queixas aos departamentos
responsáveis para que sejam adotadas
as medidas necessárias.
Apesar de ter começado como uma
ajuda direta aos órgãos públicos, a
ouvidoria também tem sido uma
Para que esse serviço tenha efeito
positivo, ele deve ser divulgado. Uma
dica é começar com um ouvidor em
tempo parcial e verificar, com o tempo,
a necessidade de sua ampliação.
Atualmente, o número de cursos,
seminários, congressos, entre outros,
voltados para a ouvidoria tem crescido
bastante no Brasil e tem sido determi-
nante para a melhora deste profissional.
“75% dosbrasileirosestão dispostosa trocar defornecedorquando nãorecebem oatendimentoadequado”
Sabendo escutarCOMO UTILIZAR O OUVIDOR PARA SATISFAZER SEU PÚBLICO
32 ACOMAC BAHIA
Marketing Pessoal Por Márcia Ribeiro
humano é essencial para o crescimen-
to e o resultado positivo de uma
empresa”, afirma. Para ela, a respon-
sabilidade de um líder maior de uma
empresa está diretamente ligada a não
ter um olhar autocrático, para não
dizer ditatorial às vezes. “O medo de
apostar, de ser atropelado e perder
poder faz com que muitas empresas
ainda duvidem do grande investimen-
to que é o seu capital humano, sendo
que este pode se tornar fonte de sus-
tentação de novas sugestões, novos
rumos, outros negócios”, afirma. Para
Lúcia, a velha frase ‘Eu sou o dono’
está totalmente fora de moda, pois
hoje se a empresa não é cuidada por
todos, ela não sobrevive.
É comum vários empresários e
líderes reclamarem que só eles pensam
e resolvem as coisas. Segundo a con-
sultora, se isso acontece sempre em
uma determinada empresa, o
empreendedor deve se perguntar: o
que tenho que mudar? Lúcia acredita
Para saber como anda a
imagem da sua empresa, o
empreendedor deve estar
atento à sua própria imagem. Isso
porque ela está intimamente ligada a
de sua empresa, independentemente
do tamanho ou área de atuação. O
empresário deve se fazer duas pergun-
tas: Como as pessoas me percebem?
Como eu quero ser percebido? Caso
as duas respostas sejam diferentes,
está na hora de mudar a estratégia.
O empreendedor é a personificação
da empresa e sua imagem transmite
aos clientes, fornecedores e colabo-
radores as principais características
pessoais e corporativas. Logo, um
empresário ousado e atualizado trans-
mite a imagem de estar à frente de um
negócio criativo e moderno, enquanto
o metódico e pragmático reflete uma
empresa mais tradicional. Para Lúcia
Castelo Branco, consultora de gestão
de negócios, pessoas e MKT, “o nasci-
mento de uma empresa vem da con-
cepção de um empreendedor que é
visionário, sonhador, que vislumbra,
que aposta, que, enfim, é mola
propulsora de todo um processo. Mas
sonhar só não basta. A hegemonia, a
estruturação da operacionalidade, os
princípios básicos da dignidade, a
aposta no capital humano e o foco em
resultados são a composição maior
que uma empresa necessita”.
A consultora explica ainda que o
desenvolvimento do RH nos últimos
50 anos passou de uma ação buro-
crática para um desenvolvimento
estratégico. “Mais do que nunca sabe-
mos que o investimento no capital
A cara do donoO EMPREENDEDOR É A PERSONIFICAÇÃO DA EMPRESA
E PROJETAR UMA BOA IMAGEM DE SI É CRESCER NOS NEGÓCIOS
Lúcia Castelo Branco, consultora degestão de negócios, pessoas e MKT
ACOMAC BAHIA 33
que, neste caso, a equipe em questão
está utilizando só o lado esquerdo do
cérebro: verbal, analítico, linear, objeti-
vo, matando a maior riqueza que é o
desenvolvimento intuitivo e criativo.
“ P r e c i s a m o s f a z e r c o m q u e
empresários e equipe se unam e par-
tam para o desenvolvimento do lado
direito do cérebro, o não-verbal, ima-
ginativo, relacional, livre, múltiplo,
holístico, qualitativo. Só assim o
empreendedor vai se surpreender e
saber que uma grande saída, idéia ou
solução foi elaborada por um dos seus
colaboradores e descobrir que essa é
uma das maiores sensações que um
dono de empresa ou liderança pode
sentir”, declara.
Segundo a consultora, a genética
empresarial existe a partir do DNA do
seu conceptor. Suas atitudes, compor-
tamentos e até maneiras de se vestir e
falar refletem diretamente no estilo da
empresa. O empreendedor é um mo-
delo a ser seguido e se esse modelo for
bom, o resultado certamente será po-
sitivo e a empresa tende a crescer nos
negócios. Para ela, o grande pulo do
gato é exatamente entender que o
DNA de uma equipe vem do seu líder
maior, que é seu criador.
É possível produzir um estilo próprio
na imagem corporativa, fazer a dife-
rença, sempre analisando o segmento
que a empresa está inserida para não
cometer exageros e obter resultados
opostos aos desejados. O empresário
deve avaliar se sua imagem valoriza o
seu “conteúdo” e se ela realmente
reflete quem ele é ou quer ser. Essa
análise, porém, deve ser feita por pes-
soas que convivem com ele e possam
dar seus pontos de vista. É importante
lembrar que a imagem do empreende-
dor precisa ser compatível com a sua
performance, pois não adianta nada
uma pessoa passar a falsa impressão
aos outros e depois não conseguir
assumir essa imagem. O tiro pode sair
pela culatra, como diz o velho ditado.
“Mais do quenunca sabemos
que oinvestimento nocapital humanoé essencial parao crescimento e
o resultadopositivo de uma
empresa”
34 ACOMAC BAHIA
Comportamento Colaboração Aina Kaorner
Sua empresa pode funcionar sem você
Se você acredita que se um dia precisar faltar na empresa
tudo pode dar errado ou não tem confiança suficiente
para passar um determinado serviço para um sócio ou
funcionário, você precisa rever seus conceitos. Isso é o que ensina o
livro O Mito do Empreendedor, de Michael Gerber (Editora
Saraiva). Nesta obra, o autor ressalta que o empresário
precisa definir e padronizar processos para que
estes possam ser aplicados por outras pessoas,
mesmo sem a presença do dono.
É importante que você trabalhe com uma
equipe de confiança e que saiba
exatamente quais tarefas devem executar.
Saber delegar ocupações é fundamental
para o crescimento da empresa, pois
dessa forma você terá mais tempo para
investir em novas empreitadas, identificar
oportunidades e viabilizar estratégias.
Já dizia o mestre Henri Fayol, teórico
da administração, que o objetivo do
administrador é prever, organizar,
comandar, coordenar e controlar. Se o
proprietário não tiver tempo suficiente
para executar essas tarefas, a empresa
corre um sério risco de desestruturação.
Uma boa estrutura organizacional prevê
uma equipe preparada e com funções bem
delimitadas.
O dono da empresa tem a função de manter o
bom funcionamento da interação dinâmica da
equipe, por isso tenha sempre colaboradores
capacitados e comprometidos com o sucesso do
grupo.
SE A FRASE LHE PARECE ASSUSTADORA, ENTÃO ESTÁ MAIS DO QUE
NA HORA DE OBSERVAR COMO ANDA SEU COMPORTAMENTO NO
AMBIENTE DE TRABALHO
36 ACOMAC BAHIA
Iluminação ColaboraçãoAina Kaorner
cúrio, utilizado nas lâmpadas fluores-
centes. As minilâmpadas ecologica-
mente corretas são capazes de pro-
duzir luz suficiente para iluminar até
fachadas de prédios.
Muitos profissionais do ramo de
engenharia, arquitetura e decoração
já demonstram apreço pela novi-
dade. A prova disso está na recém-
inaugurada Ponte Estaiada, localiza-
da sobre o rio Pinheiros, no Brooklin,
Zona Sul de São Paulo. Projetada
pelos engenheiros Catão Francisco e
Leonardo Pedro Lorenzo, além do
arquiteto João Valente, a obra con-
tém 135 projetores de LED, mecanis-
mo de iluminação já utilizado em
concepções de fora do País.
Dentre as diversas vantagens dos dio-
dos de luz, estão: a resistência a
Novidade em iluminação
No século XIX, o cientista
norte-americano Thomas
Edison juntou filamentos de
carbono com algodão carbonizado e...
Eis que surgiu a lâmpada incandes-
cente de filamento fino de carvão a
alto vácuo! Como dizia o mestre: “Ser
gênio significa 1% de inspiração e
99% de transpiração”, e depois de
129 anos de transpiração dos seus dis-
cípulos, as lâmpadas vêm sendo aos
poucos substituídas pelos LEDs, que
são pequenos emissores de diodos de
luz que se ajustam facilmente em um
circuito elétrico.
Diferentes das lâmpadas comuns, os
LEDs não possuem filamentos que se
queimam e nem ficam muito quentes,
além de não conterem produtos tóxi-
cos em sua composição, como o mer-
VERSÁTIL E RESISTENTE, O LED PROMETE SER UM FORTE CONCORRENTE DAS LÂMPADAS CONVENCIONAIS
impactos, a projeção de diferentes cores
através de uma única lâmpada e a não
emissão de raios ultravioletas e infraver-
melhos. Além da possibilidade de
opções em diversos formatos, eles tam-
bém saem na frente quando o assunto
é economia. Um LED de 3 watts gera
luminosidade equivalente a uma lâmpa-
da de 20 watts e dura de 25 a 70 mil
horas, dez vezes mais do que uma lâm-
pada incandescente.
O único problema das minilâm-
padas está no preço. Todos os bene-
fícios chegam a custar 300% a mais
do que uma lâmpada econômica de
mesma potência. A Philips e a Osram
já estão vendendo o produto no
Brasil e acreditam que a produção
em longa escala poderá reduzir o
custo do produto.
O único problema das minilâmpadas está no preço
Artigo Por Maurício Góis*
do no aquário o ratinho lutou 5 minu-
tos contra a morte. Na segunda, 4
minutos. Na terceira, 3 minutos. Na
quarta, 2 minutos. E lá pela sétima vez
que era atirado aos “vagalhões
oceânicos” do aquário, o ratinho já
caía imóvel, sem lutar para viver,
bebendo água adoidado, e esse com-
portamento tinha uma explicação: o
camundongo sabia que seria salvo,
estava condicionado a ser socorrido na
última hora. Ele não tinha mais
motivos para a ação (motivação). Não
valia a pena agir. Nem havia razão
para usar esforço, vontade, ta-
lento e garra para atingir sua
meta. O cientista havia ensi-
nado que a melhor coisa
da vida é esperar para
ser salvo.
ERA UMA VEZ um cientista
muito sério que fez a seguinte
experiência. Ele pegou um
camundongo pelo rabinho e o jogou
num aquário cheio de água. O
camundongo, é claro, esperneou-se
todo, na luta insana contra a morte. O
cientista fazia isso com um
cronômetro na mão para medir o
tempo de luta do animal com a vida e
registrando os minutos que o
camundongo iria se debater na água
antes de se entregar e morrer. Quando
o ratinho estava quase se entregando,
já estava parado e se afundando,
quase mortinho, o cientista o retirou
rapidamente da água, enxugou o
bichinho e o colocou num lugar bem
quentinho para que se reanimasse.
Ufa! Foi por pouco, o rato estava
salvo! Mas o cientista queria saber
mais. De novo, jogou o ratinho dentro
do aquário. E a história se repetiu: o
animal se debatendo e o cientista com
o cronômetro. De novo salvava o bi-
chinho e, depois, o jogava mais uma
vez na água. No final do dia, o cien-
tista já tinha alguns dados da
pesquisa. Na primeira vez que foi joga-
MORAL DA HISTÓRIA:
Se você é um gerente de venda,
aprenda essa lição. Desenvolva em sua
equipe a arte de pensar. Não resolva os
problemas para eles. Os gerentes
campeões ajudam as pessoas. Os
perdedores as salvam. Faça com que
sua turma levante os dados do proble-
ma e transforme os dados em infor-
mações, as informações em conheci-
mentos e os conhecimentos em ação
vencedora. Se pensar diferente você
acaba ficando
Se você é um gerente pare de pegar seuscamundongos pelo rabo
38 ACOMAC BAHIA
etc. para se ver diferente este proble-
ma e resolvê-lo? Um problema é sem-
pre um desvio entre o que deveria ser
e o que aconteceu, entre o desejável e
o realizável. Na sua opinião, onde
aconteceu o desvio? Que causa, se
eliminada, mata o problema pela raiz?
Se você dividir o problema em partes e
procurar soluções para cada parte iso-
ladamente, ao encaixá-las no todo
você resolve o todo? Na sua maneira
de pensar, o problema antes de ser
interpretado, foi levantado? A solução
do problema deve ser pesquisada
baseada em amostragens ou em
opiniões pessoais isoladas? Se está
difícil encontrar a solução, que tal
redefinir o problema de outra maneira
e começar tudo de novo? E por aí vai.
Da próxima vez que estiver em dificul-
dades, seu vendedor lhe dirá: - Chefe,
tive um problema e vou lhe mostrar a
careca e estressado. Amadureça seu
pessoal. Como fazer isso? É simples.
Seu vendedor camundongo chega
para você e diz: - Chefe, como eu faço
para resolver esse problema de venda?
Responda, desenvolvendo alta per-
formance nele: - Querido, escreva seu
problema numa folha de papel.
Agora, leia-o em voz alta. Ao fazer
assim, você está recebendo de seu
problema três estímulos cerebrais:
visuais, cinestésicos e auditivos.
Estímulos novos podem sugerir visões
novas e soluções novas. Agora use o
método heurístico, isto é, comece a
bombardear seu problema com per-
guntas levantadoras de soluções.
Pergunte: Que informações estão fal-
tando ou sobrando na descrição deste
problema? Eu já vi esse problema
antes? Ele foi resolvido pela maneira
antiga ou moderna? Meu arquivo de
soluções enlatadas resolve esse proble-
ma ou ele é inédito? Se esse problema
fosse uma casa que janelas e portas de
aberturas e saídas eu daria para ele?
Qual a solução que pensaria para ele
se eu, como vendedor, tivesse poder
gerencial? O que pode ser acrescenta-
do, diminuído, invertido, adaptado,
reformulado, combinado, substituído
maneira que eu o resolvi! Hoje o que
mais se valoriza num profissional é o
capital intelectual aliado a talento para
sair de situações inesperadas. Diga à
sua equipe de vendas para pensar
antes de agir. Diga a eles que uma
ação vencedora é o pensamento trans-
formado em garra. Mostre a eles que
quase todos os problemas trazem as
ferramentas para a solução, basta
querer procurá-las. O que eles pre-
cisam é de perguntas-abridoras. Elas
desentopem os bloqueios da mente e
esquentam o cérebro para as boas
idéias. Com uma equipe de vende-
dores pensantes em ação você vira o
jogo da competição, recoloca sua
empresa na direção dos resultados e
trabalha com mais qualidade de vida.
Caso contrário, pegue seus
camundongos pelo rabo e salve-os!
*Maurício Góis é consultor
filiado ao IBCO – Instituto
Brasileiro de Consultores de
Organização desde 1983. Ficou
conhecido nacionalmente como
autor da obra “Chefia e Liderança”
da IOB-INFORMAÇÕES OBJETIVAS,
um best-seller na área por quase
uma década.
“Os gerentescampeões ajudam
as pessoas. Os perdedores as salvam. ”
40 ACOMAC BAHIA
Meio Ambiente ColaboraçãoAnaísa Freitas
com cooperativas que recolhem esses
recicláveis (papel, plástico, metal). O
destino correto do lixo, além de auxiliar
o meio ambiente, pode funcionar como
uma fonte de renda para a comunidade
vizinha;
4- A venda de bens recicláveis sig-
nifica uma redução de custos para
pequenas e médias empresas.
Um bom exemplo é a lâmpada
fluorescente, formada por com-
ponentes reutilizáveis (vidro,
mercúrio, pó fosfórico);
5- Projetos para cap-
tação e reutilização da
água da chuva e painéis
para absorção de ener-
gia solar também repre-
sentam um ganho na receita
final da empresa. Hoje, as peque-
nas e médias empresas podem con-
tratar linhas de crédito para o desen-
volvimento desses projetos;
6- O uso da tecnologia nas tarefas
empresariais ameniza os impactos
negativos sobre o meio ambiente.
Antes, os processos bancários só eram
feitos nas agências, utilizando, assim,
meios de transportes poluentes. Hoje,
através da internet, serviços como con-
tratos digitais e boletos podem ser envi-
ados por e-mail e, até mesmo, serem
assinados virtualmente.
A s empresas modernas têm
adotado práticas que aliem
o bom desempenho no
mercado de atuação e a sustentabili-
dade, através do desenvolvimento de
ações socioambientais. Com seis medi-
das simples, uma corporação pode
manter-se competitiva, conservando
uma relação sadia com os meios sociais
e ambientais.
1- Para manter o desempenho na
produção, atenuando as agressões ao
meio ambiente, um empreendimento
deve planejar as etapas da produção e
oferecer aos seus clientes informações
e serviços orientados para a proteção
do mesmo;
2- Nos ambientes de trabalho de
uma empresa a limpeza deve fazer parte
das ações de otimização do desempe-
nho. Abrir mão de utensílios que há
muito não são utilizados (formulários
antigos, computadores e móveis velhos)
renovam a aparência do ambiente e aju-
dam a mantê-lo organizado;
3- A reciclagem de lixo gerado em
uma empresa é parte da preocupação
com a qualidade de vida e com um
modelo de desenvolvimento racional e
sustentável. O ideal é não esperar que a
prefeitura da cidade incentive ações de
coleta seletiva, mas instituir na empresa
alternativas de descartes e parcerias
Simples idéias reduzem os impactos ambientais
42 ACOMAC BAHIA
Curtas Por Louise Cibelle
Ao contrário do que muitos pensam,
nem sempre uma empresa é responsável
por acidentes de trabalho. Se ela for negli-
gente e omissa em relação à segurança, sim,
terá que arcar com indenizações, mas caso
forneça os equipamentos de proteção adequa-
dos, treine seus empregados para usá-los e
fiscalize o cumprimento das normas, não há
por que considerá-la culpada no caso de um acidente. Em
todo caso, é sempre bom documentar a retirada dos equipa-
mentos e as sessões de treinamento, para o caso de eventuais
processos judiciais.
Comunicando-seComo ter sucesso na hora das apresentações a clientes e
investidores é algo que todo empreendedor já se questionou
em algum momento da sua vida profissional. A situação é
embaraçosa e um deslize pode pôr tudo a perder. Mas,
mesmo diante das adversidades, a possibilidade de tudo cor-
rer bem é grande. Cursos, lições e técnicas estão aí para aju-
dar. Diante disso, vale a pena ficar atento a algumas dicas:
° Determinar com antecedência os tópicos que serão abor-
dados, repetir o que considerar importante (partindo do pres-
suposto que os interlocutores não tenham lido o material
enviado anteriormente);
° Alinhar apresentação ao perfil dos ouvintes, utilizar exem-
plos e analogias, antecipar respostas de prováveis perguntas,
evitar falar rápido ou devagar demais e utilizar pausas ao se
expressar (dando tempo aos interlocutores absorverem o que
ouviram e a você organizar o raciocínio, possibilitando a
ênfase de frases importantes deixadas para depois do interva-
lo) são detalhes que, se ajustados, contribuirão para um bom
desempenho nessas conturbadas ocasiões.
Reféns do orkut Depois que a moda dos sites de relacionamentos passou a
tomar conta, nem mesmo as empresas e associações estão
a salvo. As comunidades na internet, especialmente no
Orkut, explicitam toda empatia (ou antipatia) que as pessoas
têm por grandes empresas, pequenos empreendimentos e
associações. Opiniões emitidas por consumidores nos meios
virtuais costumam ter um forte efeito multiplicador, isso
porque, na era digital, um único comentário chega instanta-
neamente a milhares de pessoas de uma só vez. É interes-
sante para as companhias monitorarem constantemente o
que é divulgado a seu respeito em canais como o Orkut, o
YouTube e blogs. São mídias novas e eficazes que, ao con-
trário da propaganda tradicional, podem ser isentas de par-
cialidade e, conseqüentemente, retêm maior confiança dos
internautas.
Como não poderia deixar de faltar, a Acomac-BA também
se faz presente on-line. No Orkut existem duas comunidades
relativas à Acomac-BA e 5 relativas à Acomac. Elas não só
expressam opiniões, como também noticiam eventos realiza-
dos pela associação.
Negócio com futuro garantido
Apesar de penoso, falar sobre a morte faz-se fundamen-
tal para empresários que querem dar continuidade ao
negócio. O planejamento da sucessão começa ainda em
vida e para que ele saia conforme a sua vontade não há
como escapar do testamento. O total de bens deve ser divi-
dido em três partes: a meação, que vai para o marido ou a
mulher do falecido; a legítima, destinada aos filhos e netos
(ou aos pais, no caso de não haver descendentes); e a
disponível, que você deixa para quem quiser. Soma-se tudo
o que o empresário poupou durante a sua vida e faz-se a
distribuição. Para o filho que já trabalha na empresa da
família, por exemplo, você pode dar o controle do negócio.
Já para o outro, que escolheu seguir uma carreira distinta,
pode deixar uma participação minoritária e imóveis que lhe
garantam uma renda com o aluguel. Lembre-se que o caixa
da empresa deve estar preparado para mais uma despesa,
pois há um imposto a ser pago sobre herança, que varia
entre 2% e 8%, de acordo com o Estado.
Sem culpa, sem indenização
Destaque
cial da região, a loja programa para alguns
domingos do mês ações promocionais,
criando mais um diferencial diante do
comércio local (abertura da loja aos domin-
gos). Entender bem as necessidades de
cada público pode ser um grande diferen-
cial no mercado. Por isso, a Comercial
Ramos oferece um serviço específico para
agilizar as compras e cotações: Vendas
Externas. Este setor conta com uma equipe
exclusiva, treinada e dedicada, entrega gra-
tuita e presta um atendimento diferenciado
para os segmentos de engenharia civil,
industrial, hospitalar e hoteleiro, além de
condomínios e escolas. É a Comercial
Ramos reforçando sua estrutura para
realizar sempre novas parcerias.
Estrategicamente localizada, a loja de
Feira fica num dos endereços de melhor
acesso da cidade, na Av. Presidente Dutra
com a João Durval. Com fachada impo-
nente e moderno projeto de auto-serviço, a
Comercial Ramos dispõe de estacionamen-
to próprio.
Sempre atenta à importância de uma
forte parceria com os fornecedores e profis-
sionais, a Comercial Ramos oferece treina-
mento para encanadores, eletricistas e pin-
tores, mantendo-os sempre atualizados
com o que existe de mais moderno nas
suas áreas de atuação. Para os arquitetos e
decoradores foi criado um espaço específi-
co com computadores, programas específi-
cos da área e acesso à internet.
A Comercial Ramos, a maior loja
de material de construção do
Estado da Bahia, acaba de
inaugurar uma nova loja em Feira de
Santana. Com mais de 20 anos de expe-
riência em Salvador e duas lojas na cidade
(Av. ACM e San Martin), a Comercial
Ramos dá início a mais uma etapa de suces-
so, desta vez na cidade de Feira de Santana.
A Comercial Ramos consolidou-se como
a casa de material de construção preferida
dos baianos que pensam em reformar ou
construir, tendo sido contemplada sete
vezes em Salvador com o prêmio Top of
Mind. Oferecer soluções para reforma ou
construção aos seus clientes é o principal
objetivo dos sócios da Comercial Ramos,
que primam pela qualidade dos produtos
que comercializam e pelo atendimento às
conveniências de seus clientes.
A loja tem a maior e melhor estrutura físi-
ca da região. São mais de 30.000 itens em
um amplo estoque. Produtos de alto valor
agregado como banheiras tipo spas de
hidromassagem, ar-condicionado Split,
porcelanatos diferenciados, entre outros,
são disponibilizados para pronta-entrega.
Com o compromisso de vender barato, a
Comercial Ramos tem uma política agressi-
va de preços e garante cobrir qualquer ofer-
ta anunciada pela concorrência.
Visando atender o público com mais
comodidade, o horário de funcionamento
será das 8h às 20h. Por acreditar no poten-
Agora tem Comercial Ramosem Feira de Santana
A Comercial Ramos, em parceria com a
Bahia Comunicação, sua agência de propa-
ganda há mais de 5 anos, montou uma
mega campanha publicitária para anunciar
a sua chegada na Princesa do Sertão. Mais
de 100 placas de outdoor com ofertas
arrasadoras foram distribuídas nas estradas
e nas principais avenidas da cidade. Um jin-
gle e um comercial foram gravados com o
cantor Alexandre Peixe e veiculados nas
principais emissoras de TV e rádio.
Para a Comercial Ramos, atuar na cidade
de Feira de Santana é motivo de muito
orgulho e satisfação. Diante disso, escolheu
realizar a sua inauguração no dia do aniver-
sário da cidade – 18 de setembro. Feira
merece esse presente! A inauguração foi
uma grande festa que começou às 6h da
manhã com a tradicional alvorada e queima
de rojões. Às 8h um padre abençoou a loja
numa cerimônia simples e cheia de simbolo-
gias. Durante o dia os fornecedores progra-
maram distribuição de brindes e petiscos. Às
17h a comitiva do prefeito José Ronaldo foi
à loja e brindou com a diretoria a inaugu-
ração, com um fino coquetel.
Acompanhando o crescimento do inte-
rior do Estado, o projeto de expansão da
Comercial Ramos não pára por aí. Já com
endereço definido, em breve a empresa
firma presença na cidade de Vitória da
Conquista. É a Comercial Ramos retribuin-
do aos baianos a confiança depositada ao
logo desses anos.
Computadores Colaboração Márcia Ribeiro
Éuma missão árduaconservar as máquinas daempresa. A pirataria está
cada vez mais presente, rondandoos funcionários e obrigando que sefaça uma boa vistoria nos microsregularmente. O método nãoserve só para vigiar, mas tambémpara saber as reais condições dosequipamentos. Há aplicativosespecíficos, alguns gratuitos, quepermitem fazer uma espécie de‘raio X’ de cada micro. Essavarredura pode ser feita instalandoos aplicativos diretamente em cadamáquina ou no próprio servidor derede, de acordo com o número decomputadores da empresa.Instalados no servidor, ossoftwares permitem fazer umavarredura de toda estação detrabalho, recolhendo asinformações sobre configurações eprogramas dos computadores. Oaplicativo recebe informações dasestações e as armazena em umabase de dados, fornecendográficos e relatórios sobre asituação de cada um doscomputadores abrigados na rede.
Limpeza geral
Conheça alguns softwares que fazem uma inspeção nos equipamentos de sua empresa:
Automatos Express/Virtus: Permite o inventário completo de estações de trabalho eservidores, controle de utilização de softwares, análise de desempenho das máquinas, gerênciade mudanças e monitoria em tempo real, entre outras.O software monitora diversos recursos das máquinas, como processador, memória e ocupaçãode disco e é acessado por meio de um portal de internet. É possível testá-lo por dez dias.Preço: R$ 2 por usuário/mêswww.automatosexpress.com
Easy Inventory/Pointware Informática: Controla todos os equipamentos de suaempresa, envia inventários por e-mail ao administrador da rede, permite acompanhar asalterações e seus históricos por meio de planilhas.Preço: Gratuito www.pointware.com.br
Sandra/Sisoftware: Do inglês System Analyser, Diagnostic and Reporting Assistant, osoftware informa e diagnostica quais são os principais problemas do computador(componentes e softwares). Você pode obter a informação por componente (como está amemória RAM, a placa de vídeo) ou por CPU. Preço: Cerca de R$ 900 para cinco computadores www.sisoftware.net
Hwinfo/Realix Corp.: Monitora os componentes e softwares instalados por computador,gera relatórios na forma de texto, prevê atualizações periódicas. Preço: Gratuitowww.hwinfo.com
OCSInventory/ OCS Inventory Team: Não exige a instalação do software em cadacomputador, o acesso se dá pela página de internet. Controla todos os equipamentos de suaempresa, envia o inventário por e-mail ao administrador da rede, permite acompanhar asalterações e seus históricos por meio de planilhas geradas para o e-mail do administrador.Preço: Gratuitowww.ocsinventory-ng.org
COMO CUIDAR CORRETAMENTE DOS COMPUTADORES DA SUA EMPRESA
46 ACOMAC BAHIA
48 ACOMAC BAHIA
Tecnologia Por Lucas Sérvio
NotebooksModelo: InfoWay Note
W7645
www.itautec.com.br
Eficiência e praticidade são
as principais características
do notebook Itautec InfoWay
Note W7645. A tecnologia
também oferece Windows
Vista, um processador Intel Pentium T2330 de 1,6
GHz, 2 Gigabytes de memória, HD de 160
Gigabytes e tela widescreen de alto brilho que
proporciona excelente definição de imagem.
Preço estimado: R$ 1.899
Modelo: Meganote C2J
www.megaware.com.br
Com processador Intel Core 2
Duo T5550, velocidade do
processador de 1.83 GHz,
capacidade do HD de 160
Gigabytes e memória RAM de
2048 MBytes. O notebook
Meganote C2J Intel da fabricante Megaware ainda
oferece um design atraente, acompanhado de uma
câmera com 1,3 megapixel, bateria de quatro
células e leitor biométrico.
Preço estimado: R$ 2.499
Modelo: Mirax
PR2000
www.mirax.com.br
Leve e com excelente
desempenho na utilização
de softwares, o notebook
Mirax PR2000 possui
processador Intel Core 2
Duo com velocidade de 1.80 GHz, 2MB de cachê e
HD de 160 Gigabytes. O Mirax PR2000 ainda
oferece câmera embutida, entrada coaxial para TV,
saída HDMI e tela ampla de 12,1 polegadas.
Preço estimado: R$ 3.299
Modelo MacBook
Air
www.apple.com.br
Considerado o note-
book mais fino do
mundo e com um
design inovador e atraente. O MacBook Air da
fabricante Apple possui Core 2 Duo de 2.6 GHz,
2 Gigabytes de memória, disco rígido de 80
Gigabytes, tela ampla de 13,3 polegadas e com
duração de bateria de 5h.
Preço estimado: R$ 4.500 a R$ 5.899
Modelo: VAIO VGN
NR260AN
www.sony.com.br
Voltado para o uso
corporativo, o notebook
Sony VAIO VGN NR260AN
possui 1 Gigayte de
memória RAM DDR2, disco
rígido de 160GB, tela de 15,4 polegadas e um
consumo elétrico máximo de 86 watts.
Preço estimado: R$ 3.399
Modelo: Compaq
6515b
www.hp.com.br
O notebook AMD Turion
da fabricante HP oferece
facilidade de transporte
design sofisticado e
elegante. O notebook possui processador AMD
Turion TL58, velocidade do Processador de 1.9
GHz, capacidade do HD de 120 Gigabytes e
memória RAM de 1024 Megabytes.
Preço estimado: R$ 3,790
Internetsem fio
Sem o uso de fios, a rede Wi-
Fi é uma das maneiras de
acessar a Internet, com
velocidade e em qualquer lugar. Além
da wi-fi, outras tecnologias são uti-
lizadas no mercado: o celular 3G (ter-
ceira geração) e o wimax. Com vários
caminhos possíveis, fica a dúvida
sobre como escolher a melhor tec-
nologia para seu empreendimento. O
primeiro passo é aprender como cada
uma delas funciona.
A rede wi-fi utiliza as ondas de rádio,
o usuário também vai precisar de um
roteador que custa cerca de R$ 350. O
equipamento sem fio recebe o sinal e o
decodifica. O sistema permite ao
usuário colocar uma senha para evitar
que outras pessoas próximas não
usufruam da sua conexão.
Já a tecnologia 3G é oferecida
pelas operadoras de celulares: TIM,
Vivo e Claro. As evoluções dos
serviços de telecomunicações móveis
permitem que, através da tecnologia
3G, o usuário acesse a internet em
qualquer lugar que tenha cobertura e
não apenas em ambientes com inter-
net sem fio.
Outra tecnologia sem fio que surge com
potencial para fazer acesso à internet é o
Worldwide Interoperability for Microwave
Access – WiMAX, com algumas caracterís-
ticas parecidas com a do wi-fi. Sua trans-
missão envia informações de um computa-
dor para outro via sinais de rádio. Para uti-
lizar, o usuário precisa de uma antena
receptora para ter acesso à conexão que
vai até o seu computador ou notebook,
conectado via placa de rede.
Tecnologia ColaboraçãoAina Kaorner
T em gente que não con-segue passar um diasequer sem usar o telefone
celular. Com o avanço da tecnologia,as empresas de telefonia móvel ofere-cem cada dia mais opções para tornarindispensável o uso do aparelho. Tirarfotos, escutar músicas, acessar a inter-net, enviar e receber e-mails, consul-tar extrato, assistir à video conferên-cia, localizar pessoas, ver televisão,dentre tantas outras possibilidades,torna o pequeno aparelho um com-panheiro inseparável.
De acordo com a AgênciaNac iona l de Te lecomunicações(Anatel), existem 124 milhões de celu-lares no País. Se você se enquadra noperfil dos que não vivem sem o apar-elho ao lado, vai gostar ainda mais do3GSM World Congress, apresentadoem Barcelona, na Espanha. O quedeveria ser apenas um instrumento decomunicação à distância acaba de setornar uma espécie de dinheiroeletrônico.
O mobile payment (m-payment),ou pagamento pelo celular, já estásendo utilizado em bares, restau-rantes, postos de gasolina e atétaxistas. Mais de 800 milbrasileiros já experimentaram oserviço e garantem agilidadenas transações.
Pague a conta pelo celular
Seguro, rápido e barato, o paga-mento pelo celular diminui o risco declonagem ou roubo de cartão de crédi-to. Pesquisas mostram que há maisusuários de celular do que de contabancária ou cartão, o que pode tornaro m-payment um instrumento facilita-dor na hora da compra. A idéia jámovimentou US$ 10 bilhões no anopassado e a estimativa é de quechegue a US$ 22 bilhões, em todomundo, até 2011. A Oi é a únicaempresa de telefonia móvel que ofere-ce o serviço no Brasil, com sistema depagamento através do bancos HSBC eBanco do Brasil.
Para o lojista o custo também setorna satisfatório, já que os cartões decrédito convencionais cobram em
média R$ 80 por mês para aluguel damáquina de ponto-de-venda, acrescen-tado de 3% e 5% do valor datransação. No pagamento via celularapenas é cobrado o valor de 3%. Anova modalidade também prometefacilitar a compra através de delivery elojas virtuais.
COMO FUNCIONA
Ao comprar um determinado pro-duto, o lojista deverá enviar um torpe-do SMS para o celular do cliente com ovalor do produto. Este deverá ser con-firmado pelo cliente através de umasenha, dentro do seu limite de crédito.A transação dura cerca de 6 a 10segundos. O valor será cobrado nafatura e pode ser parcelado.
ACOMAC BAHIA 50
O NOVO MÉTODO DE PAGAMENTO PRETENDE SUBSTITUIR AS CÉDULAS E CARTÕES DE CRÉDITO
Por Cláudio Elias Conz Espaço Anamaco
O setor de material de construção vemdando fortes indícios de que não seráfortemente abalado pela crise norte-
americana. Desde o início do ano até setembro, ocrescimento foi de 9,8% em comparação com omesmo período do ano passado, enquanto nosúltimos 12 meses o aumento foi de 11%. Os dadossão da Anamaco (Associação Nacional dosComerciantes de Material de Construção) erefletem o desempenho do varejo em volume devendas.
No mês de setembro, houve uma leve acomodaçãona atividade, o que fez com que o crescimentochegasse a 3% sobre setembro de 2007. Essadesaceleração deve continuar em outubro, mas issonão significa que haverá quedas nas vendas.Estamos disputando o bolso do consumidor comoutros setores, principalmente de automóveis,viagens e eletrônicos. Mas estudos comprovam que,conforme as pessoas gastam menos com essascoisas, elas investem mais em suas casas, seja pararealizar uma nova obra ou para alguma reforma.
Estávamos crescendo muito rápido, e com o abaloda crise, vamos desacelerar aos poucos, até nosacomodarmos em um índice mais coerente com arealidade do País. No entanto, não faltarão recursospara as obras que já estão em andamento. Emoutubro, o governo anunciou um pacote de créditode R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões para as empresas dosetor.
Com recursos garantidos, a previsão é de umfechamento positivo para este ano, comcrescimento esperado de 10,2% sobre 2007,quando o faturamento foi de R$ 39,48 bilhões. Asações atuais do governo são provas de que, nosúltimos 15 anos, estamos trilhando um caminho emque a responsabilidade política, em relação àeconomia, permite a continuação dosinvestimentos. Dificilmente, nos próximos três anos,o setor de material de construção crescerá abaixode 10% ao ano.
Mercado da construção deve resistir à crise
Cláudio Elias Conz é presidente da Anamaco
(Associação Nacional dos Comerciantes de Material de
Construção), do Sincomaco (Sindicato do Comércio
Atacadista de Materiais de Construção do Estado de
São Paulo), do IBSTH (Instituto Brasileiro de Serviços e
Tecnologia na Habitação) e do CTECH (Comitê
Nacional de Desenvolvimento Tecnológico da
Habitação - ligado ao Ministério das Cidades). É
também membro do Conselho Curador do FGTS,
representando a Confederação Nacional do Comércio
(CNC) e recentemente assumiu a presidência da
Câmara da Construção da Fecomércio de
São Paulo.
E-mail: presidê[email protected]
ACOMAC BAHIA 51
52 ACOMAC BAHIA
Capa Por Éden Nilo Fotos Divulgação
Consumo popular em alta
A estabilidade da economia
brasileira e o aumento do
consumo popular associa-
dos ao déficit habitacional brasileiro
devem garantir a continuidade da expan-
são do setor de material de construção,
mesmo diante da ameaça da crise finan-
ceira mundial. O trade de material de
construção se prepara para conquistar o
novo consumidor que já chega ávido
para consumir. Saiba mais sobre o que
está acontecendo no mercado consumi-
dor brasileiro e confira informações
importantes para conhecer mais estes
novos consumidores e aproveitar ao
máximo o boom da classe média.
O fenômeno do aumento do con-
sumo popular não é uma particulari-
dade do Brasil. Estima-se que 2 bilhões
de pessoas tenham o seu poder aquisi-
tivo ampliado no mundo até 2030. Em
nosso País, no entanto, essa já é uma
realidade. Entre 2002 e 2008, as classes
C e D juntas cresceram de 56% da
população para 66%, enquanto que a
classe E encolheu de 30,5% da popu-
lação em 2002 para 18,5% em 2008.
Os novos brasileiros da classe C
migraram das classes D e E, as classes A
e B também cresceram, eram 13% em
2002 e passaram para 15,5% em
2008. Vale ressaltar que a única que
diminuiu foi a classe E. Este fenômeno
é reflexo direto dos programas sociais
do Governo Federal e confirma a tese
de que a pirâmide está virando um
retângulo. Os dados foram divulgados
em agosto de 2008 pela Fundação
Getúlio Vargas através da pesquisa “A
Nova Classe Média”, realizada pelo
economista Marcelo Néri no Centro de
Pesquisas Sociais da FGV.
COMO SUA EMPRESA PODE ASCENDER JUNTO COM A CLASSE MÉDIA
Segundo o estudo, somando todos
os consumidores das classes C, D e E,
temos um contingente de aproximada-
mente 160 milhões de pessoas em todo
território nacional, consumindo cerca
de 460 bilhões de reais ao ano. Esse
fenômeno decorre da redução do nível
de desemprego, pela criação de vagas
reais de trabalho com carteira assinada,
e do ligeiro aumento da renda média. O
fato é que 2,15 milhões de famílias
ascenderam na pirâmide de consumo
em todo o País e deixaram as classes
mais desfavorecidas para se abrigar na
classe C. A maioria dos que se deslocou
da base para o meio da pirâmide tem
entre 20 e 29 anos, na sua maioria não
tem nível superior e a região Nordeste
foi proporcionalmente a que mais con-
tribuiu para os novos entrantes da
classe C. Eles gostam de consumir
eletrodomésticos, móveis, lazer e
viagem, computadores, carros, contas
de telefone celular e vestuário, sendo
que por necessidade um terço de sua
renda é gasto no supermercado. De
acordo com o Data Popular, consultoria
especializada em consumo, a massa de
renda em poder da classe C cresceu R$
80 bilhões nos últimos quatro anos.
Temos na Região Metropolitana de
Salvador uma grande carência de
imóveis humanamente decentes para as
classes menos favorecidas. Com o
crescimento da renda dessas classes,
que representam algo em torno de 2,5
milhões de pessoas, deve haver um
fomento no ramo de material de cons-
trução. As pessoas não moram mal
porque gostam, elas não têm recursos
para morar melhor. E mais: uma deman-
da enorme de consumo reprimida prin-
cipalmente em habitação. Até 2030, a
expectativa é que o Brasil tenha um con-
tingente de mais de 230 milhões de
habitantes, cerca de 95 milhões de
famílias. Isso demandará, em duas
décadas, a construção de 37 milhões de
moradias em todo o País, uma média de
1,6 milhão por ano. Atualmente, o
déficit habitacional brasileiro é de 7 mi-
lhões e meio de moradias e, se levarmos
Armando Avena, economista e ex-secretário do Planejamento de Estado da Bahia
ACOMAC BAHIA 53
em conta a qualidade das residências,
esse número pode duplicar.
Pesquisa da Associação Brasileira das
Indústrias de Materiais de Construção
(Abramat), em parceria com a
Fundação Getúlio Vargas (FGV), que
está sendo divulgada recentemente,
aponta para o crescimento da renda
aliado à pujança habitacional formando
um vasto horizonte de negócios em
toda a cadeia produtiva de material de
construção. O cenário é promissor e
nem mesmo a ameaça de uma crise
financeira mundial provocada pela
situação do crédito nos Estados Unidos
estraga o otimismo do setor.
Na Bahia, o crescimento do emprego
e da renda também pode ser observa-
do nos indicadores da capital e do inte-
rior do Estado. Para o economista e ex-
secretário de Planejamento do Estado
da Bahia, Armando Avena, engana-se
quem acredita que o boom dos
empreendimentos imobiliários na Bahia
e em Salvador foi basicamente voltado
para as classes A/B. A classe média,
disse, cresceu como nunca no Nordeste
e em Salvador. “De 2002 a 2008,
saíram da classe baixa 230 mil pessoas,
o que significa dizer que houve um
aumento significativo no mercado não
só para compra de imóveis, mas tam-
bém para todos os outros produtos”.
Segundo dados da FGV trabalhados
pelo economista, a Região
Metropolitana de Salvador tinha 34%
de classe C em 2002 e hoje alcança
41%. “São pessoas cuja renda vai de
R$ 1,1 mil a até R$ 5 mil, com grande
capacidade de compra”, destaca o
economista. O segundo dado impor-
tante é que essa classe ascendente tem
comprado imóveis e está saindo do
aluguel. No primeiro semestre de 2008,
do total de unidades vendidas na
Bahia, 40% é de dois quartos e mais
20% de três quartos, perfil de compra
típico da classe média. Os imóveis de
quatro quartos equivalem a apenas
10% do total de compras. Das
unidades vendidas por financiamento,
61% apresentam valor entre 125 mil a
250 mil. “Os demais dados demons-
tram que o boom imobiliário foi centra-
do na ampliação da venda das classes
média baixa e de imóveis comerciais,
como salas”, completa. Os financia-
mentos da Caixa Econômica Federal até
setembro de 2008 cresceram 108% em
relação aos números de 2007; o
número incrível mostra que os financia-
mentos foram também voltados para a
classe C.
A Bahia cresceu o seu PIB nos últimos
cinco anos mais do que a média
nacional. De acordo com a 4ª
Sondagem Empresarial "A Força do
Estado da Bahia", pesquisa realizada
pela PwC, 22% das empresas entrevis-
tadas registraram mais de mil emprega-
dos em 2007, resultando numa queda
significativa no desemprego na Bahia,
que apresenta índice de apenas 3,7%.
Segundo a Superintendência de Estudos
Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o
desempenho da economia baiana, prin-
cipalmente do setor de serviços e da
indústria, com destaque na construção
civil, resultou no aumento de emprego e
renda para a população, contribuindo
assim para o aumento do PIB (Produto
Interno Bruto) do Estado. Con-
seqüentemente, há um aumento da
massa salarial e a expansão de crédito
54 ACOMAC BAHIA
Capa
para os consumidores. Outra conse-
qüência significativa desse crescimento
é o aumento de habitantes e de opor-
tunidade de emprego no interior do
Estado.
Mercado podeaproveitar melhor osnovos consumidores
Para Armando Avena, não obstante
o crescimento da classe média, faltam
atitudes para aproveitar mais o poten-
cial dos novos consumidores. “O que
vem acontecendo é que muitos seg-
mentos da construção civil não estão
aproveitando adequadamente esse
bom momento, sendo necessário me-
lhorar a estratégia de marketing focado
no aumento da renda do público que
compra imóvel não para investir, mas
para morar e sair do aluguel”, disse.
Nas estratégias de marketing, para o
economista, falta foco. “No ponto de
vista dos produtos, tanto ao comércio
varejista quanto da indústria, é preciso
oferecer produto que esteja de acordo
com a capacidade de compra dessa
nova classe, demandando produtos
diferentes dos fabricados para as clas-
ses A/B”, explica. Para ele, é preciso ter
qualidade, mas não necessariamente
de acordo com a exigência da classe
AB, além do que é fundamental que
seja facilitado o financiamento na
venda. “A classe A/B tem exigências
muito maiores, é necessário que a
indústria e o varejo conheçam melhor a
cara da nova classe média”, conclui.
Atento à nova tendência do mercado
e suas exigências, com o objetivo de
discutir o perfil do consumo popular e o
que fazer para conquistá-lo, está sendo
organizado o maior encontro do setor
de material de construção da América
Latina — 5ª Convenção da Acomac-
BA/17º Ecomac — no Iberostar Bahia
Hotel, em Praia do Forte, recebendo
mais de 1,2 mil pessoas, de 6 a 9 de
novembro. Como as classes de baixa
renda estão participando, cada vez
mais, das vendas, o desafio é conquistar
o consumidor popular e tornar o seg-
mento ainda mais atrativo. Palestras,
debates e discussões com especialistas
de todo o trade de material de cons-
trução devem trazer novas fórmulas e
idéias que gerem melhores resultados.
Melhores condições de vida
Os gastos com material de construção
cresceram 19% no último ano, de acor-
do com Pesquisa Anamaco/ Latin Panel
2008, que se pautou em oferecer o
máximo de informações possíveis tanto
ao varejo quanto à indústria. “Com a
facilidade de crédito e o ligeiro aumen-
to de renda da população brasileira,
passaram a ter peso no bolso do con-
sumidor setores que propiciam me-
lhores condições de vida, como ves-
tuário, saúde e habitação”, explica o
presidente da Associação Nacional dos
Comerciantes de Material de Cons-
trução (Anamaco), Cláudio Conz.
De acordo com o estudo, o consumi-
dor popular hoje já responde por 71%
do consumo total no País (em todos os
setores da economia). Na região Norte e
Nordeste do Brasil, que abriga 26% da
população brasileira, 55% dos habi-
tantes são das classes D/E. Na Grande
Salvador, 38% da população é da classe
C e 55% das classes D/E.
A pesquisa da Anamaco revela ainda
que 15% da população brasileira mora
em imóveis inacabados; 38% da popu-
lação das classes D/E e 37% da classe C
pretendem reformar nos próximos seis
meses e 42% das classes D/E e 40% da
classe C pretendem construir nos próxi-
mos semestres. “Isso indica que há uma
demanda, que pode não se confirmar
apenas se houver controle do gasto
dessa parcela da população”, adverte
o presidente da Anamaco. Outra situa-
ção não desejada seria uma alteração
na política de redução da taxa de juros
no Brasil, como divulgou entrevista
recente com o presidente da Abramat,
Melvyn Fox.
Já o economista Armando Avena é
otimista: “Naturalmente a crise
econômica mundial pode arrefecer um
pouco esse mercado, mas creio que isso
será momentâneo, pois a demanda
continua aquecida”. Ele destaca que em
2008 o crescimento da construção civil
está garantido e deve fechar o ano com
12 a 13 mil imóveis vendidos na Bahia.
A projeção do próximo ano depende,
segundo o economista, do tamanho da
desaceleração e também das medidas
que o Governo adote para o setor.
“Algumas construtoras vão ficar
descapitalizadas, muitas compraram
terrenos e fizeram outros investimentos,
o que me leva a crer que apesar disso,
embora em patamar menor, o mercado
continuará crescendo”, acredita.
Mas no longo prazo, as perspectivas
são ainda ótimas. Segundo pesquisa da
Associação Brasileira da Indústria de
Materiais de Construção Abramat/FGV,
daqui a duas décadas, ao atender a
demanda do setor, o faturamento das
construtoras saltará de R$ 53,5 bilhões,
em 2007, para R$ 129,6 bilhões, em
2030. Em razão da pujança habita-
cional, as vendas das indústrias de
materiais de construção, que vêm num
crescimento há mais de 20 meses,
devem crescer 4,8% ao ano, em média,
no período considerado. O presidente
da Abramat, Melvyn Fox, ressalta que a
cadeia produtiva da construção civil
integra o ciclo virtuoso no qual se
encontra a economia brasileira, carac-
terizando-se como um dos motores
desse processo. O País cresceu 3,8% na
comparação entre 2005-2006 e 5,4%
ACOMAC BAHIA 55
entre 2006-2007, a cadeia da cons-
trução registrou números ainda mais
expressivos (4,7% e 7,9%, respectiva-
mente). “A conseqüência é um
ambiente de negócios francamente
promissor, com a expansão expressiva
do crédito habitacional, a retomada
gradativa das obras de infra-estrutura e
a forte participação dos investidores
externos nas captações das constru-
toras brasileiras no mercado de capi-
tais”, sinaliza relatório da pesquisa inti-
tulada Perfil da Cadeia Produtiva da
Construção e da Indústria de Materiais.
Destaques:1. Pesquisa da Anamaco revela que
15% da população brasileira mora em
imóveis inacabados; 38% da popu-
lação das classes D/E e 37% da classe
C pretendem reformar nos próximos
seis meses e 42% das classes D/E e
40% da classe C pretendem construir
no próximo semestre.
2. “Avalio o crescimento do con-
sumo popular positivamente, como
elemento de avanço social e oportu-
nidade de negócios, principalmente no
segmento. A construção, ampliação ou
reforma da casa própria é uma das
coisas mais sublimes para as classes D e
E, pois levanta a auto-estima e fica
marcada para sempre”, comenta Paulo
Andion, da Varejo21.
Preparado para o consumidor popular
Publicitário pós-graduado em mar-
keting de serviços e em gestão
estratégica, além de consultor do
Sebrae-DF e BA, CDL e FCDL, Pedro
Overbeck destaca que a classe C foi a
que mais cresceu nos últimos 10 anos.
“Como reflexo imediato, o mercado,
desacostumado a vender para esse
público, teve que se reinventar para
atender uma demanda completamente
nova, de um consumidor que até bem
pouco tempo atrás era visto como um
cliente com pouca capacidade de
pagamento”, disse. Foram-se os tem-
pos de inflação alta, poder de compra
reduzido e sem capacidade de endivi-
damento por falta de crédito disponível
na praça. Para o publicitário, esse con-
sumidor vinha ansioso por poder com-
prar e hoje é disputado por todas as
grandes redes de varejo, respondendo
por grande parte da movimentação do
comércio no País.
“Com mais de 53% da população
sendo da classe C e D, já se percebe que
quase 50% dos produtos de consumo
rápido são comprados por clientes
provenientes desse mercado”, informa
Overbeck. No Nordeste, sublinha, 90%
do mercado de consumo é formado por
pessoas das classes C, D ou E. Esse con-
sumidor já responde pela compra de
quatro em cada dez computadores,
quatro em cada dez celulares, sete em
cada dez financiamentos de casa. “Na
classe C, 25% das pessoas possuem ao
menos um cartão de crédito, 33% pos-
suem conta bancária e pelo menos dois
em cada dez já têm computador”,
detalha.
Muita coisa mudou nos últimos 10
anos. Novos papéis do homem e da
mulher, presença feminina no mercado
de trabalho com maior escolaridade e
em cargos de comando, categorias de
produtos tipicamente de mulheres
sendo consumidas pelo público masculi-
no e vice-versa, há ainda o envelheci-
mento da população, além de mais pes-
soas morando sozinhas e famílias cada
vez menores com mais potencial de
consumo. Para o presidente da
Anamaco, Cláudio Conz, o consumidor
adotou novas posturas, adquiriu uma
visão mais crítica de mercado, é orienta-
do pela publicidade, tem mais acesso às
informações e ficou mais exigente. “Os
nossos concorrentes não são mais as
outras lojas do nosso setor, e sim o celu-
lar, eletroeletrônicos, automóveis”,
explica. Graças às classes C, D e E, o
Brasil é hoje o terceiro maior fabricante
de computador do mundo. A previsão
para este ano é de produzir 13 milhões
de unidades. Estudo recente revela que
51% dos consumidores que fazem
compras na internet são das classes C, D
e E. Basta entrar num ônibus nas
regiões metropolitanas, no final do
expediente, para ver a tecnologia de
celulares touch screen de última ge-
ração a aparelhos de MP5, iPods, head-
phones, bluetooth. Nesse sentido, por
exemplo, as lojas antigas, tipo depósitos
de material de construção, tendem a
desaparecer. O consumidor não aceita
mais comprar num lugar em que não se
sente bem. O diretor de mercado da
Varejo21 e mestre em marketing e
gestão empresarial – Universidade
Internacional de Lisboa – Portugal,
Paulo Cortizo Andion, aconselha ter em
mente que na maioria das vezes a me-
lhora econômica produz também me-
Cláudio Conz, presidente da Anamaco
56 ACOMAC BAHIA
Capa
lhoria no nível de conhecimento e
informação, tornando o consumidor
mais exigente. “Este é um processo
histórico e que precisa ser considerado
na estratégia de serviços para as classes
C,D e E”, ensina Andion.
Para Pedro Overbeck, o ponto de
venda é o local dos sonhos desse con-
sumidor. É o seu parque de diversões.
“Tudo tem que estar à mostra, poder
ser tocado, sentido, conferido, Quanto
mais perto, acessível e agradável me-
lhor”, detalha. Camas em que se pode
sentar sem constrangimento, testes de
produtos, brindes, promotores sorri-
dentes e verdadeiramente simpáticas
são sempre muito bem-vindas. “A
comunicação pede cor, vibração e foco
no que o cliente quer: preço que caiba
no bolso e a sensação de vantagem na
relação comercial”, disse.
O presidente da Anamaco completa:
“O consumidor deve localizar facil-
mente os produtos, ser bem atendido,
fazer compras quando lhe convier, à
noite se for possível. Já temos lojas que
funcionam 24 horas por dia e os
próprios depósitos estão passando por
um período de adequação”. Overbeck
explica, por sua vez, que as lojas de
depósito não são bem-vindas em vir-
tude de um certo “desprezo” pelo con-
sumo. Para ele, os clientes precisam e
adoram ser conquistados e seduzidos,
se deixam convencer com argumentos
fáceis e vantagens perceptíveis, a idéia
do produto à mão, exposto com brilho
e pompa agrada muito. “Fundamental
também é poder levar na hora, sem
burocracia”, finaliza o publicitário que
também é coordenador de
Comunicação da Santa Casa de
Misericórdia da Bahia.
“O lojista está começando a enten-
der que se não mudar o layout de sua
loja e não se preparar para as
mudanças que vêm pela frente,
perderá a batalha para lojas que te-
nham algum diferencial”, conclui
Cláudio Conz.
Lojas satélites nosbairros populares
Um diferencial é a abertura de pontos
de venda em bairros mais populares e
também no interior do Estado, locais
onde anteriormente não era o foco da
empresa.
Segundo o consultor da Varejo21,
Paulo Cortizo Andion, os pontos em
bairros populares devem ter menor
custo, apresentar preços mais acessíveis
e flexibilidade no pagamento. “A quali-
dade deve ser mantida, os produtos
devem estar impreterivelmente dentro
das normas técnicas, o bom atendimen-
to é um dos maiores recursos de uma
loja para fidelizar as classes D e E, o con-
sumidor popular valoriza e merece ser
bem tratado no ponto de venda.
Ademais, isto gera uma propaganda
boca-a-boca fantástica, fundamental
para o sucesso nos negócios nos bairros
populares”, aconselha Andion. O pu-
blicitário Overbeck concorda: “A adesão
ao trabalho de promotores de vendas é
muito maior na classe C. Degustação de
produtos, brindes e descontos são
muito bem-vindos e aceitos com mais
naturalidade”. O novo, para ele, seduz
e encanta. “Ele percebe isso como um
valor agregado do produto. Se sente
bem por poder provar sem pagar e ter
um bom produto à disposição”, explica.
Quanto aos produtos, devem ter carac-
terísticas principais e funcionalidades.
“Estar na moda, se sentir inserido é o
importante”, destaca Overbeck, que
completa: “O nível de detalhe ou de
acabamento é secundário se nas suas
características principais ele cumprir as
expectativas”.
Já o presidente da Anamaco, Cláudio
Conz, ressalta uma nova tendência:
“Lojas menores, de até mil metros
quadrados de área de venda, com
exposição de produtos e um centro de
distribuição para abastecer todas elas. O
consumidor vai até a loja, escolhe o pro-
duto de sua preferência e recebe em
casa no dia seguinte”, disse.
Dismel além das fronteiras
O desenvolvimento das cidades
baianas, aliado à busca pelo mercado,
incentivou empresas a expandirem seu
Dismel: preço compatível com o mercado e qualidade
ACOMAC BAHIA 57
mercado para o interior. Um exemplo é
a Dismel. Depois de quase cinco
décadas atuando em Salvador, a maior
rede de lojas de material de construção
da Bahia investirá cerca de R$10 mi-
lhões em cidades do interior, gerando
em média 200 empregos diretos e 80
indiretos. Segundo o diretor de expan-
são, Cláudio Sampaio, a decisão se deu
pelo destaque do mercado em cidades
do interior, superando as regiões me-
tropolitanas. "Nos últimos anos o País
cresceu como um todo, porém o mer-
cado do interior se desenvolveu signifi-
cantemente e de uma forma mais
madura do que as capitais. Analisamos
o poder de compra da população local
e o potencial de mercado dessas
regiões", explica Sampaio.
A primeira cidade do interior baiano
a ser contemplada com uma filial do
grupo Dismel é Juazeiro. Segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), Juazeiro cresceu em 32% e
o PIB ultrapassa R$ 1 bilhão. Feira de
Santana, a segunda maior cidade da
Bahia, também será beneficiada com a
instalação da rede. De acordo com a
Câmara de Dirigentes e Lojistas de Feira
de Santana, a localização geoeconômi-
ca contribui com as relações comerciais,
agropecuária, indústria e serviços de
apoio urbano. Outra cidade que cresce
e também será contemplada com a
instalação da Dismel é Vitória da
Conquista. Essas cidades terão lojas
com uma área de venda entre 1,5 mil
m² e 2,1 mil m² e 20 mil itens cada. A
expectativa é aumentar em até 50% o
faturamento da Dismel.
“O fenômeno da nova classe C é o
atual combustível do varejo”, afirma a
diretora de planejamento da Dismel,
Lorena Fraga. Ela acredita que a partir
de 2009 a Dismel estará rompendo a
fronteira da Bahia. “As lojas já trarão
consigo todos os novos conceitos apli-
cados ao público popular, mas sem
esquecer das necessidades dos públicos
A/B”, adianta. Lorena lembra que a tra-
jetória da Dismel está intimamente liga-
da ao target A e B, mas devido ao novo
cenário, várias modificações vêm sendo
realizadas, nos últimos anos, com o
intuito de atender a classe C que em tão
pouco tempo se tornou dominante.
Para isso, foram implementadas ações
diferenciadas, como diversificação de
fornecedores, ampliação de mix de pro-
dutos mais econômicos, intensificação
de campanhas promocionais com lin-
guagem popular, condições de paga-
mento compatíveis com a realidade
deste público e realização de pesquisa
de mercado para conhecer seus hábitos
de consumo.
A expansão da base de cliente,
segundo Lorena, requisitou que setores
como marketing e vendas tivessem um
incremento na sua estrutura. “Mais
profissionais qualificados foram con-
tratados, investimentos na área de tec-
nologia, além de intensificarmos o pro-
grama de CRM (Customer Relationship
Management - gerenciamento de rela-
cionamento com o cliente)”, disse.
Lorena confirma que a classe C
evoluiu bastante em seu nível de
exigência. “Hoje ela não busca somente
preço, mas também qualidade no pro-
duto adquirido. Estamos buscando falar
a língua do novo público C, que possui
características bem diferentes de alguns
anos atrás”, compara Lorena. Para aten-
der ao consumidor mais exigente, a
estrutura física e tecnológica das novas
unidades está bastante moderna, a
linha de comunicação foi focada no
varejo e o mix de produtos e serviços
foram adequados a características de
cada região. A composição do mix de
produtos está pautada, segundo ela, em
qualidade, preço e segmento trabalha-
do. “A Dismel contempla produtos para
construção e decoração e sempre bus-
cou parcerias com fornecedores/marcas
de qualidade comprovada e que possi-
bilitem uma composição de preço com-
patível com o mercado. Entrega, vendas
por telefone, diagramação de pisos,
layout de móveis e mostra, são alguns
dos serviços oferecidos aos clientes”,
enumera Lorena.
A iniciativa da Dismel está alinhada
com os conselhos do consultor Paulo
Andion. “As estratégias para compor o
mix de produto devem ser precedidas
de uma pesquisa de mercado na região
e dentro do ponto de venda”, ressalta.
Para ele, o estudo serve de subsídio para
compor um mix de produtos adequado
com o seu público. A pesquisa, sugere,
que pode ser feita de forma cooperada
com os fornecedores que também têm
interesse no assunto, e a estratégia de
comunicação adequada também pode
ser levantada através dos dados colhi-
dos na pesquisas de mercado. “O novo
empreendedor do segmento de mate-
rial de construção sabe que uma
pesquisa bem feita não é despesa, é um
investimento, um instrumento relevante
para uma gestão de sucesso”, defende.
Paulo Andion, consultor da Varejo21
58 ACOMAC BAHIA
Capa
Estratégias para bons negócios
Quando se trata de estratégia
de comunicação no ponto
de venda, a unanimidade é
de que a comunicação deve ser clara e
objetiva. Periodicamente a Dismel reali-
za promoções no seu PDV, colocando
em prática os conceitos de comuni-
cação e merchandising, como relata a
diretora de planejamento. “Veículos
como televisão, rádio, outdoor e inter-
net são os mais utilizados, além do
tradicional Jornal de Ofertas”, cita
Lorena. Para o consultor da Varejo21,
deve-se levar em consideração que a
maioria dos produtos que estão no PDV
não foi exposta na mídia externa, é pre-
ciso um bom merchandising, utilizando
bem os espaços disponíveis e a força de
vendas da embalagem, fundamental
no auto-serviço.
Para Pedro Overbeck, as propagan-
das devem enfocar basicamente o
preço das parcelas e as opções de
parcelamento. Os juros e o valor total
do bem são preocupações secundárias.
As propagandas, ensina, devem ter
vocabulário fácil, irem direto ao ponto e
se valerem de expressões fortes e
chamadas que lhe convidam para ação
imediata: COMPRE, APROVEITE,
CORRA viraram chamarizes obri-
gatórios nesse tipo de anúncio. “Além
disso, itens anteriormente exclusivos de
produtos sofisticados viram febre de
consumo, mesmo que popularizados
ou sem um grande valor agregado,
como geladeiras com água na porta,
que viraram sonhos de consumo,
mesmo em linhas mais populares de
eletrodomésticos”, cita. As “festas de
camisa”, antes exclusividade das classes
mais altas, viraram febre entre esses
consumidores.
Consultor da Varejo21, Andion acon-
selha conseguir uma promotora com o
fornecedor. “O cliente de material de
construção é diferente do consumidor de
supermercado, ele compra com uma
constância bem menor e por isso precisa
ser bem orientado sobre as aplicações e
características dos produtos”, compara.
“A adesão ao trabalho de promotores de
vendas é muito maior na classe C”,
esclarece Overbeck. "Degustação de pro-
dutos, brindes e descontos são muito
bem-vindos e aceitos com mais naturali-
dade. O novo seduz e encanta. Ele
percebe isso como um valor agregado do
produto. Se sente bem por poder provar
sem pagar e ter um bom produto à dis-
posição”, explica Pedro.
Facilitando o pagamento
Uma estratégia perfeita são as facili-
dades no pagamento. “Por estar
tanto tempo fora do mercado, esse
novo consumidor anseia por poder
comprar logo, rapidamente e de uma
forma que ele possa pagar”, adianta
o publicitário Pedro Overbeck. Já o
economista Paulo Andion lembra que
para continuar facilitando o paga-
mento, o varejo vai depender muito
das novas políticas de juros e crédito
do Brasil em função da recente reali-
dade financeira mundial. “Vale citar
que o potencial de consumo das clas-
ses C, D e E é alavancado pelo uso dos
cartões de crédito; 67% dos cartões
emitidos no Brasil estão nas mãos
desta faixa de público”, adverte
Andion.
O Fazendão oferece várias formas de pagamento para atrair a clientela
ACOMAC BAHIA 59
Atento à necessidade de facilitar
pagamento, a Dismel criou novas
condições, onde as parcelas foram
alongadas e o valor mínimo reduzido.
Além de novos financiamentos, todos
os cartões são aceitos, sendo que a
principal facilidade criada é a oferta do
cartão de crédito Dismel/Visa, disponi-
bilizando mais vantagens ao cliente.
Já O Fazendão, localizado no bairro
de Cajazeiras X, em Salvador, oferece
variadas formas de pagamento: “até
12 vezes nos cartões sem juros (Cartão
Próprio da loja ou Visa, Mastercard,
Hipercard, Americam Express,
Nutricash, Good Card, Base Card),
cheque em até 12 vezes sem juros,
crédiário em até 18 vezes, financiamen-
tos pela Caixa Econômica Federal
através do Construcard ou FGTS em até
48 meses, Banco do Brasil através do
Credconstrução até 48 vezes, Bradesco
pelo Projeto João de Barro até 24
vezes”, como enumera Gilberto
Cerqueira, sócio da empresa. Nos seus
20 anos de criação, O Fazendão, acom-
panhando a expansão do bairro, vem
aumentando a oferta de serviços à
medida em que vê crescer o poder
aquisitivo dos clientes. Segundo
Gilberto, ampliou-se a área de atuação,
buscando clientes de outros bairros
com maior poder de compra, atraindo
ainda clientes-empresas. “Ampliamos a
loja e convertemos o atendimento de
balcão para auto-serviço, essa ampli-
ação foi de 500 m² para 2 mil m², e
nosso mix de produtos aumentou de 5
mil itens para 1,5 mil, com atendimen-
to mais sofisticado e técnico”, disse.
“Prezamos também a comunicação
visual da loja, com sinalização interna
por segmento e setor. A mídia através
de TV, emissoras de rádio, carro de
som de boa qualidade e rádios comu-
nitárias também é realizada”, acres-
centa Gilberto.
Para Benê Campos, da Casa Campos,
com sede em Barreiras, na região oeste
da Bahia, assim como acontece na capi-
tal, as classes A e B aglutinaram as
maiores demandas dos últimos anos, o
que influenciou na composição de um
mix de produtos voltado para as necessi-
dades desse público. “Nossa empresa
investiu ainda na criação de uma nova
marca, a Exclusive Acabamentos de Alto
Padrão, como forma de atender com
maior atenção e cuidado os clientes do
segmento A/B”, disse. Hoje, com o
aumento do consumo das classes C, D e
E, algumas ações pontuais estão sendo
tomadas pela Casa Campos. “Fizemos a
definição de linhas de produtos, bus-
camos facilidades de pagamento por
financiamentos, campanhas promo-
cionais recorrentes, além de investimen-
tos ininterruptos em mídia”, cita Benê,
que já se estrutura para iniciar um projeto
de implantação de lojas de bairro aumen-
tando ainda mais a proximidade com as
novas classes consumidoras. “Desde sua
fundação, há 65 anos, a Casa Campos
passou por mudanças estruturais.
Inicialmente, dada a então condição
quase incipiente do comércio local, não
havia segmentação de públicos, a empre-
sa buscava atender às mais diversas
necessidades da população, além daque-
las voltadas à construção, inclusive”,
conta Benê. Após a primeira sucessão
familiar, no final dos anos 70, já com seu
foco voltado exclusivamente a materiais
de construção, o objetivo era atender
toda a demanda de construção que
começava a crescer na região. No início
dos anos 90, a revenda começa a se espe-
Definição de linhas de produtos e facilidades de pagamento porfinanciamentos são algumas das ações realizadas pela Casa Campos
60 ACOMAC BAHIA
Capa
Queda na taxa de miséria
Nordeste lidera na redução da miséria e
crescimento da classe C, mas ainda amar-
ga a menor renda per capta do Brasil. A
região mais pobre do País, no comparativo
entre 2007 e 2002, é líder no crescimento
da Classe C com 4,35% e a frente das
demais regiões do País, segundo dados da
Pesquisa FGV. A renda per capita na
Região Metropolitana de Salvador em
2007 foi de R$ 521,99. Na Bahia, a renda
de todas as fontes cresceu de 2002 a
2007, passando de 256,54 para 317,29,
com uma taxa anual de crescimento de
4,84%. A faixa de miséria nas regiões met-
ropolitanas reduziu também. Em Salvador,
de 2002 a 2008, passou de 38,2% para
25,12%. No Nordeste, a classe C equivale
a 30,03% da população, contra 60,3%
nos estados do Sul. Na variação de
2007/2006, o Nordeste é a região que
mais ampliou sua classe C, com 9,8% de
variação, enquanto a média das demais
regiões foi de 3,29%. No ranking das
regiões que ampliaram sua classe C, de
2002 a 2007, o Nordeste lidera com
7,38%; a região Norte foi segunda, com
4,87%. Na Região Metropolitana de
Salvador (RMS), cerca de quatro de cada
dez pessoas em 2007 pertenciam à classe
C (39,73%).
RENDA PER CAPITA 2007SUL R$ 645,85
SUDESTE R$ 629,29
NORDESTE R$ 309,55
ENTENDENDO CLASSE DE CONSUMO
RENDA MÉDIA POR DOMICÍLIO
CLASSE A E B (MAIS DE 4,6 MIL);
CLASSE C (ENTRE R$ 1,064 MIL E 4,6 MIL);
CLASSE D (DE R$ 768 A 1,1 MIL);
CLASSE E (DE ZERO A R$ 768).
Fonte: “A Nova Classe Média”, agosto de
2008, Centro de Pesquisas Sociais da FGV.
cializar em acabamentos. Com
parcerias consistentes de grandes
indústrias, a Casa Campos passa
a atender, em maior número,
clientes das classes A e B. Nos
últimos anos, na terceira geração
de gestores, as ações de marke-
ting e comunicação ganharam
destaque.
“Hoje, temos em nosso ca-
lendário de eventos e em nossas
ações de mercado trabalhos
claramente voltados para públi-
cos específicos. Assim, no
somatório de ações, con-
seguimos atingir pontualmente
as classes de A a E”, acredita
Benê. Para isso, foram utilizadas
ações como: definição de mix,
investimentos em mídia, treina-
mento de pessoal, criação e
manutenção de programa de
fidelização de profissionais da
construção civil, dentre outras
que, de forma combinada, con-
tribuem com o aumento da base
de clientes. A composição de
nosso mix de produtos da Casa
Costa leva em conta não só a
realidade local, mas também as
tendências de mercado e os
lançamentos que buscamos nas
feiras do segmento e consulta
aos especificadores. Já nas
estratégias de comunicação em
mídia e no ponto de venda, a
empresa partiu inicialmente de
um planejamento de calendário
anual de eventos, atrelado a
negociações com fornecedores e
prestadores de serviços de mídia.
“Para dar suporte a essas ações e
facilitar a aquisição de nossos
produtos oferecemos ainda diver-
sas formas de financiamento,
muitas delas sem juros ou qual-
quer outro tipo de acréscimo”,
explica Benê Costa.
Amor ou ódioCOM RENDA MÉDIA DE R$ 1.100, O MERCADO DE CONSUMO
RÁPIDO ESTÁ NAS MÃOS DESSE NOVO CONSUMIDOR QUE ADORA:
1. Prestação que caiba no orçamento. O preço do bem não importa,
desde que a prestação tenha um valor razoável;
2. Apenas aceita marcas substitutas, mais baratas. Mas busca, sempre
que possível, comprar grandes marcas;
3. Valoriza muito o atendimento competente;
4. Incentiva e acredita muito no boca-a-boca;
5. Valoriza muito o que ganha e adora justificar sua exigência o “suor
para ganhar” seu dinheiro;
6. Acredita muito e dá muito valor à propaganda nas grandes mídias;
7. Adora “oportunidades”, “feirões”, “saldões” e coisas do gênero.
NESSA MESMA PROPORÇÃO, ELE DETESTA:
1. Ser tratado ou chamado de pobre;
2. Produtos sem qualidade ou desconhecidos;
3. Explicações complicadas. Ele detesta imaginar que pode estar sendo
enrolado;
4. Falta de opção para pagamento.
Fonte: Pedro Overbeck
ACOMAC BAHIA 61
Por Márcia Ribeiro Fotos Lucas Silva Argalit
Argalit lança Elit Super,100% acrílica
Em sua reunião anual de inte-
gração, a Argalit apresentou
aos seus convidados, no dia
16 de setembro, seu mais novo pro-
duto: Elit Super, 100% acrílica.
Recomendada para pisos cimentados,
quadras, garagens, lajotas cruas,
calçadas, varandas, telhas de fibroci-
mento e fachadas, a nova tinta acaba
de entrar no mercado. Outra novi-
dade foi o relançamento de outros
produtos da marca, totalmente
repaginados e com novas tecnolo-
gias, como a Acrílica Premium e Vinil
Acrílico, com novas fórmulas e o
Esmalte Sintético, que promete
secagem rápida.
Estavam presentes no evento o pres-
idente do grupo no Brasil, Luiz
Gonzaga Machado, o diretor executi-
vo, Raphael Cassaro Machado, e diver-
sos representantes de vendas de todo
o Estado da Bahia. Durante o coque-
tel, foram apresentadas as novidades
da marca. De acordo com Raphael
Machado, o objetivo do encontro foi
mostrar a nova cara da empresa, que
está promovendo mudanças de posi-
cionamento no mercado e ampliando
sua linha de produtos, com novas tec-
nologias e utilizando matérias-primas
inovadoras que atendem às normas de
qualidade exigidas. O diretor também
conta que a empresa está em proces-
so de implantação da ISO 9000.
“Estamos nos reorganizando para
conquistar o selo de qualidade e pre-
tendemos obter o certificado ISO
9001/2000 no próximo ano”, afirma
Raphael.
Há 20 anos na Bahia, a empresa do
Espírito Santo está otimista com o mer-
cado baiano. Segundo Álvaro Pereira,
diretor de marketing da Argalit, a
construção civil tem crescido muito e
na Bahia o processo está ainda mais
acelerado. “Estamos muito contentes
em participar de um mercado tão
interessante e rico como o de materiais
de construção. Ele está cada vez mais
competitivo e em constante
evolução”, diz Álvaro. O presidente
executivo do grupo concorda com a
afirmação e faz previsões. “Acredito
que a Bahia tem um grande potencial
de novos clientes e novas áreas”, con-
clui Raphael.
Sobre a ArgalitFundada pelo empresário Luiz
Gonzaga Machado, a Argalit iniciou
suas atividades no município de
Cachoeiro do Itapemirim (ES), fabrican-
do argamassa e, atualmente, tem uma
diversificada linha de produtos que vai
desde as tintas PVA, acrílica, texturas,
esmaltes até massa-corrida e solventes.
Dona de uma linha composta por 18
diferentes produtos, a empresa con-
centra suas atividades no negócio de
tintas imobiliárias, produzindo cerca de
60 mil toneladas ao ano para abastecer
o mercado brasileiro.
Hoje, com unidades industriais nos
municípios de Viana e Cariacica (ES) e
em Campos dos Goytacazes (RJ), a
Argalit está entre as 12 maiores fabri-
cantes de tintas do Brasil e comercia-
liza sua linha de produtos para mais de
600 cidades de sete estados do País.
MARCA DE TINTAS TAMBÉM APRESENTA PRODUTOS REPAGINADOS, COM NOVAS TECNOLOGIAS
64 ACOMAC BAHIA
Artigo PorTom Coelho*
Como falar em público
T ratando-se de comunicação,
é impossível deixar de abor-
dar a importância de apren-
der a falar em público.
Pesquisas feitas em diversos países
indicam que o medo de falar em públi-
co é tão significativo que chega até a
superar o medo da morte!
Independentemente de sua posição
profissional ou social, em algum
momento será necessário falar para
uma platéia. Pode ser durante uma
reunião na empresa, na apresentação
de um trabalho acadêmico, durante
um evento social ou mesmo em
ocasiões informais com os amigos.
A boa notícia é que todos nós
podemos aprender técnicas para falar
em público, superando receios e cons-
trangimentos, alcançando êxito na
transmissão da mensagem.
Em 1998 eu nem sequer imaginava
que um dia poderia seguir uma carreira
como palestrante profissional. Na
ocasião, enquanto empresário, identi-
fiquei a necessidade de melhorar minha
comunicação e procurei o Instituto
Reinaldo Polito para fazer seu Curso de
Expressão Verbal. Muitos foram os ensi-
namentos que guardo comigo e aplico
até hoje. E, embora não seja o propósi-
to desta obra, gostaria de compartilhar
algumas dicas práticas que aprendi com
meu mestre e amigo Reinaldo Polito,
indiscutivelmente a maior referência
em oratória de nossos tempos.
1. Domine o tema. Procure falar a
respeito de um assunto sobre o qual
você tenha domínio. Pode ser fruto de
sua experiência pessoal, acadêmica ou
profissional. O fato é que conhecer o
assunto com certa profundidade torna
sua exposição mais original, espon-
tânea e cadenciada, conferindo-lhe
maior tranqüilidade e credibilidade. Em
2005, após apresentar a palestra “Sete
Vidas”, na Adidas do Brasil, o presi-
“Quando falares,procura que astuas palavras
sejam melhoresque o teusilêncio.”
(Provérbio indiano)
dente da empresa, Marcelo Ferreira,
solicitou-me uma palestra sobre admi-
nistração do tempo. Na ocasião,
informei-o de que esse tema não cons-
tava de meu portfólio e que precisaria
prepará-lo. Durante seis meses li uma
variedade de livros sobre o assunto até
estar pronto para discorrer sobre o
tema. Hoje esse é um de meus objetos
de estudo favoritos e a palestra
“Construindo um Dia de 30 Horas” um
dos temas mais requisitados.
2. Conheça seus ouvintes. Saiba pre-
viamente com quem irá falar e busque
informações sobre seu perfil. Cada
audiência demanda uma abordagem
diferenciada, porque tem características
e expectativas próprias. Imagine como
dirigir-se a estudantes e executivos,
jovens e idosos, pós-graduados e pes-
soas com menor instrução. A lin-
guagem e os exemplos seguramente
serão distintos em cada situação.
3. Conheça o espaço físico. Visite
com antecedência o ambiente no qual
irá discursar. Avalie suas dimensões e o
impacto sobre a acústica, a disposição
dos assentos em relação ao palco ou ao
local em que você ficará postado, o
índice de luminosidade, as áreas de cir-
culação. Mais do que tudo isso, perce-
ba o ambiente a fim de sentir-se con-
fortável no momento da exposição. Em
2006, na Celulose Nipo-Brasileira
(Cenibra), fui convidado a ministrar a
palestra de encerramento da Sipat. O
local era improvisado, a fim de permitir
a participação de um maior número de
colaboradores e a tela de projeção era
diretamente afetada pela luz do sol. Por
conhecer essa situação previamente,
alterei o conteúdo de minha apresen-
tação, excluindo imagens e vídeos que
não seriam visíveis naquelas condições,
sem prejuízo à mensagem final.
4. Use a roupa certa. Terno e grava-
ta para homens, tailleur para as mu-
lheres, certo? Não necessariamente.
Dependendo das características do
evento, um traje mais informal pode
ser recomendável e garantia de suces-
so. Já participei de convenções de
empresas nas quais substituí o conjun-
to camisa social, gravata e paletó pela
camiseta com o tema do evento. Isso
gera proximidade e sinergia com os
participantes.
5. Dê colorido à sua voz. Uma
palestra tem como característica o fato
de ser, em essência, um monólogo,
ainda que o conferencista utilize recur-
sos variados, incluindo a participação da
platéia. Por isso, durante a exposição,
alterne a entonação e a velocidade da
voz, ora falando mais alto, ora sussur-
rando; ora discorrendo pausadamente,
ora acelerando as frases.
6. Pronuncie bem as palavras. Além
de pronunciar as vogais em ditongos e
os “r” e “s” em finais de palavras,
atente para evitar o uso de cacofonias
como “né”, “ããã”, entre outros, uma
vez que estes podem comprometem a
qualidade da comunicação. Procure
sempre aprimorar sua dicção, articulan-
do com correção palavras e sons.
7. Cuidado com o vocabulário. A lin-
guagem utilizada na comunicação deve
estar alinhada ao perfil dos partici-
pantes. Assim, jargão profissional e ter-
mos técnicos podem ser utilizados com
seus pares, mas são inadequados para
uma audiência heterogênea. Além
disso, tenha atenção especial em
relação às regras gramaticais, conju-
gação de verbos, concordância, coesão
e coerência textual.
8. Use a expressão corporal. Albert
Mehrabian, professor emérito de psi-
cologia da Universidade da Califórnia
(UCLA), conduziu a partir de 1967
estudos que originaram a Teoria 7-38-
55, publicada no Journal of
Consulting Psychology com o título
“Inference of attitudes from nonver-
bal communication in two channels”.
O estudo indica que no processo de
comunicação somente 7% do
impacto da mensagem decorre de seu
conteúdo, 38% da comunicação ver-
bal (intensidade e velocidade da voz) e
55% da linguagem não-verbal
(gestos, postura, contato visual).
Portanto, o sucesso da comunicação
interpessoal não está naquilo que
você diz, mas em como diz.
9. Conquiste a atenção dos ouvintes.
Olhe com atenção para a platéia, per-
correndo todo o ambiente. Movimente-
se para alterar o campo visual de
atenção. Aproxime-se das pessoas e
procure interagir com elas. Perceba os
sinais emitidos, de interesse ou disper-
são em sua mensagem, alterando,
assim, a abordagem, seja por meio de
inflexão de voz ou de mudança no foco
temático. A ordem é persuadir e cativar
o público. E lembre-se: os primeiros
minutos de sua exposição são funda-
mentais. É o momento em que as pes-
soas estão mais desarmadas e
ACOMAC BAHIA 65
66 ACOMAC BAHIA
Artigo
suscetíveis a serem conquistadas por
você. Em minhas palestras costumo
aliar recursos audiovisuais a fim de ga-
nhar a atenção dos participantes com
sons e imagens que se integrem à
minha voz e ao conteúdo transmitido.
10. Cultive o bom humor. Conduza
sua apresentação com naturalidade e
descontração, transmitindo a men-
sagem desejada de forma agradável,
com tranqüilidade e toques de bom
humor. Um semblante sereno e um sor-
riso autêntico são capazes de quebrar
resistências, mudar opiniões e romper
b a r r e i r a s a p a r e n t e m e n t e
intransponíveis.
11. Cuidado com piadas e desculpas.
Bom humor não remete necessaria-
mente a contar piadas. Todavia, caso
deseje fazê-lo, evite piadas de cunho
político e religioso, pois é grande o risco
de agradar a alguns e ferir outros tan-
tos. Também é aconselhável evitar des-
culpar-se em razão de problemas físi-
cos, por exemplo. Se estiver resfriado,
ao desculpar-se por seu estado no início
da apresentação, fará com que a
audiência concentre-se ainda mais em
seu problema, o qual poderia até passar
despercebido.
12. Planeje o discurso. Começo,
meio e fim. Definir uma estrutura lógi-
ca para sua apresentação ajudará você
a concatenar suas idéias, facilitando o
entendimento da platéia. Faça a aber-
tura informando sobre o que irá falar,
desenvolva o raciocínio e conclua,
trazendo um pequeno resumo antes do
fechamento. Se pretender apresentar
uma solução para um problema,
informe antes qual é o problema.
13. Fale de improviso. Esse é um
reforço da recomendação inicial de se
dominar o assunto que será aborda-
do. É importante ter uma estrutura de
discurso mentalmente definida, con-
forme mencionado, mas não se
apegue a isso como cartilha, e sim
como um guia. Esteja livre para mudar
o conteúdo e a ordem de sua apresen-
tação. E lembre-se de que imprevistos
ocorrem, como problemas técnicos
com equipamentos que podem inter-
ferir em seu desempenho.
14. Responda a perguntas. Coloque-
se sempre disponível para responder
aos questionamentos dos participantes.
É evidente que para fazê-lo você deverá
dominar o tema, mostrando-se
preparado para um eventual debate,
inclusive oriundo de uma platéia hostil.
Mantenha a serenidade e não se aca-
nhe em declinar de perguntas para as
quais desconhece a resposta.
Demonstre uma postura segura.
Momentos preciosos tenho vivenciado
ao término de minhas palestras quando
há a oportunidade de interagir de perto
com os presentes. Minha experiência
tem demonstrado que o questiona-
mento de um corresponde à dúvida de
outros, permitindo-me, inclusive, es-
crever posteriormente sobre o assunto
em pauta.
15. Capriche no encerramento. Uma
mensagem poderosa e consistente ao
término de sua apresentação poderá
ganhar a simpatia dos ouvintes, inclu-
sive daqueles que estiveram reticentes
ao longo de toda a explanação. Sempre
finalizo minhas palestras declamando
um poema com texto alinhado ao tema
apresentado.
Conforme relatei no início, meu intui-
to foi somente compartilhar algumas
sugestões. Essas dicas e muitas outras
podem ser encontradas com maior
detalhamento e riqueza de exemplos
nas obras do professor Reinaldo Polito.
* Tom Coelho, com formação em
Publicidade pela ESPM, Economia pela
FEA/USP, especialização em Marketing
pela Madia Marketing School e em
Qualidade de Vida no Trabalho pela
USP, e mestrando em Gestão Integrada
em Saúde do Trabalho e Meio
Ambiente pelo Senac, é consultor, pro-
fessor universitário, escritor e
palestrante. Diretor da Lyrix
Desenvolvimento Humano, Diretor
Estadual do NJE/Ciesp e VP de
Negócios da AAPSA.
Contatos através do e-mail tomcoe-
Visite: www.tomcoelho.com.br.
Independentemente de sua posição profissional ousocial, em algum momento será necessário falar para
uma platéia. Neste artigo, conheça alguns princípios daarte da oratória.
68 ACOMAC BAHIA
Cartões PorAnaísa Freitas
Lojas investem em cartão próprio
A popularização do uso de
cartões de crédito tem
ampliado o consumo,
especialmente pela oferta de parcela-
mentos mensais do valor da compra.
A novidade fica por conta da oferta
de cartões de crédito da loja, conheci-
da como “embandeiramento” (cartão
de loja em parceria com bandeiras).
No setor de varejo de construção civil,
essa tendência vem sendo bem aceita
pelos clientes de lojas como a
Comercial Ramos. De acordo com
Silvio Corrêa, diretor de marketing,
desde 2006 a empresa oferece um
cartão de crédito com bandeira Aura.
Segundo ele, o perfil de clientes que
possuem o cartão da loja é diversifica-
do, por conta da aquisição imediata,
da isenção de anuidade ou taxa de
adesão e do prazo e números de parce-
las para pagar as compras. “Além
dessas vantagens, o cliente que paga
no cartão Comercial Ramos tem bene-
fícios extras em promoções da rede”,
explica Corrêa.
O uso do cartão da loja gera para as
empresas informações que permitem o
entendimento do perfil de compras
dos clientes. Por esse motivo, a loja O
Fazendão disponibilizou, desde setem-
bro desse ano, seu cartão de crédito
com bandeira Amanco. Nilton Argolo,
analista de crédito, afirma que a loja
conta, até o momento, com 200
clientes dispondo do cartão de marca
própria. “O cartão não possui
anuidade e tem limite de crédito rota-
tivo, facilitando a compra do nosso
cliente”, ressalta Argolo. O analista
explica que o público de posse do
cartão de credito O Fazendão não é
uniforme, mas sim composto por
clientes que já compram há muitos
anos na loja, incluindo aqueles resi-
dentes de outros bairros.
CURIOSIDADEBandeiras: são instituições que
autorizam o uso de sua marca e de sua
tecnologia por emissores e creden-
ciadoras de estabelecimentos. Essas
marcas aparecem nos cartões e nos
estabelecimentos credenciados.
Projeto fixa preços para pagamento à vista ou no crédito
Crédito ou à vista? Legislação
atual proíbe cobrança de
preços diferenciados
O projeto de lei do senador Adelmir
Santana, que trata da fixação de
preços diferenciados para pagamento
à vista ou com cartão de crédito, foi
recentemente aprovado em decisão
terminativa pela Comissão de Meio
Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle (CMA) do
Senado Federal. O projeto, que ainda
depende de aprovação da Câmara dos
Deputados para entrar em vigor, pre-
tende disciplinar um setor que ainda
não é regulamentado.
Além desse projeto, o senador
Adelmir Santana possui mais três pro-
postas para regulamentar o uso dos
cartões de crédito e débito. De acordo
com o parlamentar, o desafio é encon-
trar um caminho que permita utilizar
esses meios eletrônicos de pagamento
de forma mais adequada e justa, como
ocorre nos países desenvolvidos. “É
totalmente viável conciliar os aspectos
de comodidade, modernidade e pro-
gresso do chamado dinheiro de plásti-
co com custos menores para toda a
sociedade”, defende.
Um desses projetos reivindica um
mesmo equipamento para todas as
bandeiras, reduzindo os custos opera-
cionais dos lojistas. Atualmente, nos
balcões das lojas brasileiras existem,
no mínimo, três ou quatro máquinas
de cobranças.
“Nossas taxas são superiores às
taxas norte-americanas e européias,
hoje em torno de 2,2%, e o triplo das
praticadas na Austrália. Os prazos para
o efetivo recebimento dos valores
transacionados ultrapassam 30 dias,
ao passo que nos Estados Unidos é de
apenas 48 horas”, explica o senador.
Aldemir Santana também propõe o
fim da exclusividade de contratos
entre as credenciadoras de cartão de
crédito e as bandeiras. Esse projeto
favorecerá a concorrência entre as
várias credenciadoras e os lojistas.
O quarto projeto objetiva fortalecer
a fiscalização do Banco Central sobre
as administradoras de cartões, pois
essas empresas ainda não são consi-
deradas instituições financeiras.
“Fiscalização e controle no setor não
existem, passam ao largo do órgão
regulador do mercado financeiro que
é o Banco Central. Além disso, a legis-
lação atual não indica nenhum órgão
responsável pela regulamentação téc-
nica desse segmento”, afirma o
senador.
OrientaçãoDe acordo com a Associação
Brasileira das Empresas de Cartões de
Crédito e Serviços (Abecs), foi estabele-
cido no último trimestre de 2007 um
grupo de trabalho com o objetivo de
desenvolver um código de auto-regu-
lação para orientar os diversos agentes
da indústria com relação às melhores
práticas no mercado de cartões.
Segundo a Abecs, o modelo seguirá
o exemplo do trabalho desenvolvido
pela Federação Brasileira de Bancos
(Febraban). O documento já está em
fase final de aprovação e deve ser
lançado em janeiro do próximo ano.
O País tem hoje 466 milhões de
cartões (crédito, débito, loja e rede)
em circulação, que realizaram no
primeiro semestre de 2008 mais de 2,8
bilhões de transações e movimenta-
ram R$ 176,2 bilhões em compras.
Este resultado significa um crescimen-
to de 14% na base de cartões, 20%
no volume de operações e 24% no
valor das compras em relação ao
primeiro semestre de 2007, de acordo
com a Abecs.
Serviço: Assessoria da Associação Brasileira
das Empresas de Cartões de Crédito e
Serviços (Abecs) – (11) 3244-9930
*Agência Sebrae de Notícias
MATÉRIA JÁ PASSOU PELO SENADO E AGORA SEGUE PARA VOTAÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
ACOMAC BAHIA 69
Por Regina Xeyla e Márcia Gouthier* Projeto de Lei
Consultor americano dá a fórmula do sucesso
Nos EUA, apenas 0,1% das
empresas americanas têm fat-
uramento superior a US$ 250
milhões (cerca de R$ 550 milhões) por
ano. No Brasil, a situação é ainda pior.
Aqui, 99% das empresas faturam até R$
2,4 milhões anuais.
Para tentar responder por que algu-
mas empresas crescem mais do que as
outras, o consultor americano Keith
McFarland fez uma pesquisa com 7 mil
empresas e 1.500 executivos de quatro
continentes. O resultado do estudo foi
registrado no livro The Breakthrough,
lançado no início do ano nos EUA e um
dos livros mais vendidos do jornal The
New York Times. A obra ainda não foi
publicada no Brasil.
Nos seus cinco anos de pesquisa,
Keith descobriu que, independente do
setor, os negócios bem-sucedidos têm
muito em comum e listou os seis segre-
funcionários, criando mecanismos para
que eles tenham autonomia para propor
e implementar soluções. Uma dica impor-
tante é estabelecer critérios objetivos de
avaliação de desempenho.
3. Crie em casa uma Usina de
Idéias: para não morrer na praia, uma
empresa não pode perder a capacidade
de inovar, de buscar novos mercados ou
desenvolver projetos originais. A miopia e
inércia são as principais causas da para-
lisia. E diversas vezes as melhores idéias
não vêm do alto escalão, por isso criar
espaços para receber opiniões da
equipe, e estimular os funcionários a
usá-los e organizar concursos de idéias,
com premiações, pode trazer exce-
lentes resultados.
4. Busque inspiração fora de
seus portões: tão importante quanto
fomentar idéias dentro da empresa, é
buscar inspiração fora dela. Não faltam
fontes de conhecimento externo, como
entidades de classe, clientes, fornece-
dores e outros empresários. É muito
importante trocar idéias com outras pes-
soas, sejam elas da mesma área de atua-
ção ou não. Muitas vezes é possível
implantar uma mesma idéia em dife-
rentes segmentos. Uma dica é analisar a
possibilidade de criar um conselho de
administração com alguns membros de
fora da empresa.
5. Aposte cada vez mais alto:
os empresário tendem a se acomodar
depois de conseguir um certo conforto
material, mas para Keith isso é erradíssi-
mo. Para ele, o único caminho para o
dos para crescer. A seguir, acompanhe
cada um:
1. Navegue pelo Triângulo das
Bermudas: o autor afirma que uma
empresa pequena leva vantagem diante
dos grandes quando possui três fatores
imprescindíveis, que ele chama de
Triângulo das Bermudas do mundo dos
negócios – custos reduzidos, proximidade
com o cliente e agilidade. Dica: identi-
fique os três ou cincos custos mais impor-
tantes e, com a participação da equipe,
busque alternativas para reduzi-los.
À medida que a empresa cresce,
porém, essas três vantagens tendem a
sumir, pois os custos sobem,
aumentam os n í ve i s
hierárquicos e há um dis-
tanciamento do dono e
de seus principais fun-
cionários em relação ao
consumidor. É preciso estar
atento a isso, pois segundo
o autor não adianta fazer
mais do mesmo, é pre-
ciso “mudar a receita”
para crescer com con-
sistência.
2. Coroe a empresa, não
o seu líder: o empresário que
se sente o ‘Rei do Pedaço’ não tem vez no
mundo corporativo de hoje. Na visão do
consultor, para romper a barreira do
crescimento, é preciso coroar a empresa e
não o seu líder. Infelizmente os
empreendedores tendem a ser centra-
lizadores, o que muitas vezes inibe os
colaboradores de uma empresa. Outro
fator essencial é motivar e preparar os
72 ACOMAC BAHIA
Livro em destaque Colaboração Márcia Ribeiro
sucesso passa pela disposição de apostar
cada vez mais alto em novos processos,
produtos, mercados ou canais de venda.
O que não significa sair por aí apostando
em tudo. É preciso ter planejamento. O
ideal é montar planos de negócios para
estudar e minimizar os riscos envolvidos e
analisar dados do mercado, a atuação da
concorrência, eventuais limitações,
tamanho do investimento, projeções de
receita, estratégia de marketing, de dis-
tribuição e o que mais for necessário para
simular de forma mais precisa possível os
resultados da nova empreitada.
6. Tire proveito das crises: mais
cedo ou mais tarde, toda empresa
enfrenta turbulências, mas só algumas
conseguem tirar proveito da crise. Muitas
vezes, a partir de um problema, o
empresário astuto consegue encontrar a
solução para o seu negócio. Nem sempre
o alto faturamento significa bons lucros.
Dica: monte um gráfico com a evolução
das vendas e a rentabilidade de seus pro-
dutos ao longo do tempo. Com o estudo
dos dados, analise se é o caso de concen-
trar sua atuação nas áreas responsáveis
pelos melhores resultados. É importante
lembrar que às vezes é preciso dar um
passo para trás antes de andar para
frente.
Novidades da Massacom e TexturarA MASSACOM / TEXTURAR atua há quatro anos no mercado de
argamassas, tintas, texturas e outros produtos de impermeabilizaçãoe acabamento para Construção Civil e esta lançando sempre novosprodutos como o reboco flexível colorido “MASSÚNICA”, novaopção para quem deseja um reboco pronto já na cor desejada e quenão necessita pintar nem aplicar outro material na parede. Estalançando também a Argamassa AC-I Super Liga Acelerada em sacosde 5Kg, Reboco Pronto Normal Acelerado (para 20min.) em saco de5Kg, Argamassa AC-III Acelerada (Para 1 Hora) em saco de 5Kg,Argamassa AC-IIIE Pastilhas Acelerada (Para 20 min.) em sacos de20Kg, Textura Riscada e Rolada (Média e Fina) em sacos de 15Kg.Outra novidade é o impermeabilizante com aditivo cristalizante,chamado de “ADICRIST”, que impermeabiliza as argamassas atravésdo sistema de cristalização. A “Linha Econômica” de tintas PVA /LÁTEX em saco também é um lançamento que deverá alcançar
grande sucesso. O conteúdo equivale a 1 (um) galão de tinta (3,6litros). Há também o “chapisco rolado” que pode ser usado com orolo ou de maneira tradicional. Por ser rico em resina, forma umacamada espessa de chapisco com 2 (duas) demãos e garante aimpermeabilização e embelezamento do ambiente.
A diretoria da MASSACOM afirma que outras novidades virão embreve, como a nova linha de tintas acrílicas/ vinílicas de primeiríssimaqualidade, sempre usando a tecnologia para a melhoria dos seusprodutos e serviços.
Lembra ainda, seu diretor, que a empresa continua produzindotodo tipo de argamassas e concreto em canteiros de obra, com qua-lidade e custo final altamente competitivo.
Aproveitamos também a oportunidade para parabenizar e con-gratular-se com os convencionistas da 5ª CONVENÇÃO ACOMAC-BA e 17ª ECOMAC-BA 2008.
74 ACOMAC BAHIA
Vendas PorTom Coelho
As três faces do respeito em vendas
Um empresário decide ex-
pandir sua atividade mer-
cantil. E, consciente da
importância de um departamento
comercial forte, resolve estruturá-lo
mediante a criação de uma Gerência
Nacional de Vendas e de Gerências
Regionais, além da contratação de
vendedores e representantes por
todo o País.
O processo seletivo é tecnica-
mente o melhor possível. Anúncios
em jornais de grande circulação sem
especificação da empresa con-
tratante; triagem inicial dos currícu-
los recebidos, com base em critérios
predeterminados; dinâmicas de
grupo conduzidas por psicólogos e
em lugar neutro; entrevistas finais
com participação do RH.
Formada a equipe, esta segue
para um trabalho de imersão em um
final de semana, num hotel-fazenda,
num ambiente capaz de promover a
integração de todos, ocasião na qual
os valores, missão e visão da empre-
sa são compartilhados e, fundamen-
talmente, os produtos são apresen-
tados detalhadamente, permitindo o
conhecimento de todas as suas car-
acterísticas técnicas, pontos fortes e
fracos, principais concorrentes e
argumentos de venda.
Findo o treinamento, o exército
está formado. Todos estão ali-
nhados, imbuídos do mesmo senti-
mento e propósitos. Metas estão
estabelecidas. O fardamento é novo,
ACOMAC BAHIA 75
o armamento é adequado. O
empresário está certo de que, em
breve, começará a colher os frutos.
Todavia, decorridos três meses, os
resultados são pífios. Poucos negócios
fechados, raros clientes fidelizados. A
estrutura corporativa sequer tem seu
custo operacional suportado. O
empresário sente-se traído. E ques-
tiona-se: “Onde errei? Afinal, con-
tratei os melhores profissionais, pro-
curei treiná-los e motivá-los, concedi-
lhes toda infra-estrutura e suporte
possíveis...”
Um profissional de vendas decide
ampliar sua carteira de empresas re-
presentadas. Compra um jornal de
grande circulação no domingo e
sente-se seduzido por um anúncio
muito ponderado, com proposta de
trabalho interessante, porém sem
contratante especificado.
Ele envia seu currículo, é chamado
para uma dinâmica de grupo, depois
para uma entrevista com o diretor da
área, acompanhada de perto pelo
RH. Sua contratação é efetivada e
ele participa de um evento promovi-
do pela empresa em um hotel-fazen-
da, quando confraterniza com seus
novos colegas de trabalho, conhece
os propósitos e diretrizes da com-
panhia, além de tomar ciência de
toda a linha de produtos.
Porém, transcorridos três meses, os
resultados não são satisfatórios.
“Há os quase cegos, pois só enxergam o que querem ver. Há os quase surdos, porque só ouvem a sua própria voz”.(Valmor Vieira)
Vários contatos foram feitos, muitos
clientes potenciais foram cadastrados.
O profissional realizou visitas, efetuou
telefonemas, despachou folders e
amostras. Conquistou algumas con-
tas, mas em número insuficiente para
atender às suas necessidades finan-
ceiras imediatas. Ele recorre à empre-
sa, que lhe nega antecipação de
comissões – menos porque foge da
política de remuneração e mais
porque as metas não foram atingidas.
O profissional sente-se desrespeitado.
E questiona-se: “Onde errei? Afinal,
dediquei-me à empresa, coloquei seus
produtos em novos pontos de venda,
tornando-os conhecidos, vesti a
camisa...”
Onde mora a razão? A verdade está em ambos. Tanto o
empresário quanto o profissional de
vendas sentem-se frustrados por
conta dos resultados em curso muito
embora tenham se empenhado.
Porém, preocupados em encontrar
justificativas, buscam-nas não em si
próprios e menos ainda nas dificul-
dades enfrentadas pelos colegas de
batalha. Buscam apenas transferir
ônus e responsabilidades.
Ao empresário, falta-lhe a sensibili-
dade para compreender que alguns
frutos demoram a amadurecer por
conta da peculiaridade de sua própria
semente. Clientes precisam ser con-
quistados e isso, não raro, demanda
tempo. Além disso, para o profissional
de vendas, infra-estrutura não é tudo.
Mesmo que a empresa lhe disponibi-
lize um veículo, cota semanal de com-
bustível, vale-refeição, material pro-
mocional e de apoio a vendas, enfim,
mesmo com todo este arsenal, há
uma pessoa com necessidades, dese-
jos, anseios e inseguranças por trás
desta armadura. Assim, sem suporte
financeiro e estabilidade emocional,
não há quem tenha disposição de
realizar bons negócios. Por isso,
recomendo aos empresários que
sejam criteriosos e rigorosos na esco-
lha de suas equipes e estejam
preparados para investir nestes talen-
tos o tempo suficiente para que pos-
sam mostrar a que vieram.
Ao profissional de vendas, falta-lhe
a percepção de valor, às vezes
intangível, presente nas ações corpo-
rativas engendradas pela empresa.
Reconhecer os esforços feitos e os
investimentos realizados em termos
de ambiente, qualificação e capaci-
tação. Observar que há outros depar-
tamentos na empresa, prioridades
diversas e um fardo representado
pela elevada carga tributária e juros
extorsivos. E compreender que o
negócio somente se torna perene
quando rentável.
Quando os dois lados, empresário e
vendedor, passarem a enxergar sob
outra ótica e a ouvir outras vozes,
respeitando-se mutuamente, ainda
será preciso que eles se lembrem de
que apenas ofertando produtos e
serviços diferenciados, prestando
atendimento personalizado e su-
perando expectativas, ou seja, apenas
respeitando os interesses do cliente,
será possível prosperar.
76 ACOMAC BAHIA
Negócios Por Maurício Góis*
Como fazer a sua empresa vencer
As empresas vencedoras
possuem o que cha-
mamos de “Fatores de
Resultados de Lucros”. Eles não
dependem do porte da organização
(alguns dados mostram que muitas
empresas grandes deram prejuízos e
muitas pequenas tiveram lucros),
nem da ausência ou presença de
muito dinheiro do negócio (muitas
empresas com muito capital não
tiveram bom retorno de seu investi-
mento e algumas praticamente sem
dinheiro deram lucro), nem de boa
localização (algumas empresas situa-
das em pontos ótimos venderam
menos que outras em pontos tidos
como não estratégicos), nem
do fator preço (algumas
empresas tidas como
“caras” venderam bem,
enquanto outras que me-
xiam nos preços para
baixo não tiveram tanto
êxito como esperavam) e
nem do fator prazo
(algumas empresas que
vendiam à vista tive-
ram mais desempenho do que algu-
mas que, para “facilitar a compra”,
vendiam a prazo). Eles não dependem
também da boa ou má política
econômica do governo, pois muitas
empresas que dependiam da cara da
estabilidade macroeconômica para
lucrar mais, tiveram sucesso em tem-
pos turbulentos, enquanto outras,
que tinham tudo para vencer, naufra-
garam. Bem-vindo ao mundo do
lucro.Vejamos alguns desses fatores
essenciais da empresa vencedora:
1. VENCER É FORTALECER
AINDA MAIS O QUE JÁ ESTÁ
FORTE
Você precisa saber o que o mercado
percebe como o seu melhor, que van-
tagem competitiva você já conquistou
sobre seus concorrentes e trabalhar em
cima disto. O segredo não é fortalecer
o que está fraco, é reforçar ainda mais
o que está forte. Para isso, pergunte:
Qual é o produto ou serviço forte que
vamos fortalecer ainda mais?
2. VENCER É SER TÃO
GÊNIO, A PONTO DE
PERCEBER O ÓBVIO
Talvez você pense que o lucro
sempre aparece quando se cria
uma idéia inédita, materializada
num produto tão sensacional
que as pessoas comprem em
massa, repetidas vezes. É claro
que muitas pessoas ficariam
ricas com idéias inéditas.
ACOMAC BAHIA 77
Porém, a maioria prosperou perceben-
do o óbvio. Uma loja, às vezes não
vende por causa do óbvio: não anun-
cia. Um vendedor vende menos por
causa do óbvio: visita menos. A
McDonalds viu o óbvio quando perce-
beu que as pessoas queriam comida
gostosa em atendimento relâmpago e
em um ambiente muito limpo. A Du
Pont viu o óbvio quando observou que
as pessoas queriam roupas que não
amarrotam e, assim, inventou as fibras
sintéticas. O clips, hem? Que idéia
óbvia! Mas por que você não teve essa
idéia antes? A criatividade consiste em
se enxergar o óbvio às avessas.
3. VENCER É ENTRAR DE
CARONA NO SUCESSO DE
SEU CONCORRENTE
Muitas vezes, você precisa lucrar e
não tem muito tempo para ficar “rein-
ventando a roda”. Não reinventar a
roda significa você não esquecer os ve-
lhos truques do passado que deram
certo e repetir o êxito alheio com cria-
tividade. Tenha um banco de dados
dos sucessos e fracassos do mundo
empresarial. Ser inédito é lucro, mas
saber copiar com benchmarking, ter
um departamento de “chupotécnica”
ou “chuporight” na empresa, é mer-
gulhar num êxito já comprovado. Os
empreendedores orientados para lucro
não são ladrões das idéias dos outros.
São adaptadores criativos do “truque”
alheio que funcionou. Exemplo: se o
seu concorrente faz uma propaganda
onde diz: “Qualidade lá em cima”,
“Preço lá em baixo”, você o copia cria-
tivamente, dizendo: “Qualidade
Superior”, “Preço Inferior”. Se ele
lança o “Brinde Secreto”, você lança o
“Bônus Mistério”. A criatividade
muitas vezes é a moda antiga
redescoberta e reinventada. Saber
copiar (não roubar) é ganhar tempo
em direção ao lucro, aplicando fórmu-
las já comprovadamente eficazes.
4. VENCER É CAÇAR
IDÉIAS DE OURO, PARA
LUCROS DE OURO
Muitos empreendedores com
desempenho de alto impacto nos
lucros são caçadores de idéias de ouro.
Algumas dessas idéias são receitas
inéditas. Outras são repetições de
coisas já comprovadamente funcionais.
Exemplos: l. Cadastrar clientes que
compram à vista (não apenas os a
prazo); 2. Usar um DBM – data base
marketing mantendo todas as infor-
mações sobre os clientes; 3.
Implementar um sistema de marketing
direto (mala-direta, telemarketing e
propaganda com respostas diretas); 4.
Descobrir novos usos para os seus pro-
dutos; 5. Desenvolver uma estratégia
para transformar suspects (clientes
prováveis) em prospects (clientes pos-
síveis) e clientes em freguês; 6.
Fortalecer a marca gerando posiciona-
mento. E dezenas de outras ações.
5. VENCER É VOCÊ
ENCONTRAR SEUS
ELIXIRES DO LUCRO NAS
CARACTERÍSTICAS COMUNS
DOS VENCEDORES
É claro que existem muitas outras
ações para a empresa vencer. Mas há
os chamados fatores comuns mais
fortes que fazem algumas empresas
atingirem mais cedo o sucesso e a for-
tuna. O que faz as empresas terem
sucesso é que elas realizam coisas que
as de fracasso não fazem. Mas que
coisas são essas? As empresas vence-
doras têm uma área de especialização
forte; identificam suas oportunidades
como ninguém; segmentam seu mer-
cado com poucos e transformam esses
segmentos em nichos; desenvolvem
sistemas de informações não apenas
para descobrir o que os clientes estão
comprando, mas por que compram,
como compram e quando compram;
elas sabem que quanto maior é o risco,
pior é a idéia; desenvolvem em suas
equipes a magia da venda adicional e
treinam seus homens com estratégias
que mais se encaixam com o seu tipo
de negócio; entendem que people-
ware é melhor que software ou hard-
ware; e nunca dizem que encantar
clientes é uma idéia ultrapassada. Por
fim, as empresas vencedoras enten-
dem que lucro é cabeça feliz. O que
nem sempre significa dinheiro no
caixa. Quando você coloca sua cabeça
no travesseiro e sua consciência não o
acusa – isto é lucro. Sua empresa pode
até não ser tão vencedora. Mas você é
um profissional vencedor.
“O segredo nãoé fortalecer o que está
fraco, éreforçar ainda
mais o que estáforte. ”
“Uma loja, àsvezes nãovende porcausa do
óbvio: nãoanuncia. Um
vendedorvende menospor causa doóbvio: visita
menos.”
Expansão para o Nordeste
Premiação da Asbea e Anfacer abre inscrições
A Nextel, operadora de telecomuni-
cações móveis focada no mercado corpora-
tivo, anuncia a expansão de sua cobertura
para o Nordeste. Com a iniciativa, a empre-
sa espera lançar seus serviços nas regiões
de Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza
(CE) no primeiro semestre de 2009. A
operadora investirá US$ 100 milhões adi-
cionais ao seu orçamento original no Brasil
em 2008 para aumentar o alcance de seus
serviços e a capacidade de sua rede, além
de financiar a expansão para o Nordeste. A
Nextel ainda prevê investimentos adicionais
significativos em infra-estrutura e despesas
operacionais nos próximos anos para
ampliar ainda mais sua rede e aprimorar seus serviços no País.
“A expansão atenderá às constantes
demandas dos nossos atuais clientes, que
agora poderão utilizar os serviços de
conexão direta da Nextel para falar com
suas filiais, clientes e fornecedores do
Nordeste e de Vitória por um custo fixo ao
simples toque de um botão”, explica Sergio
Chaia, presidente da Nextel Brasil. “O cresci-
mento da economia da região garante
novas oportunidades de negócio para a
Nextel, que, por sua vez, colabora para dar
mais produtividade e economia aos
empreendedores locais”.
NEXTEL LANÇARÁ SEUS SERVIÇOS EM SALVADOR, RECIFE, FORTALEZA E VITÓRIA NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009
A união faz a forçaA Rede Construbahia acaba de fechar parceria comercial com
o Complexo de Marmorarias da Bahia. Para quem não sabe, o
Complexo de Marmorarias segue a mesma linha que a
Construbahia, contando com uma associação de empresários
que desejam melhorar o seu potencial comercial e posicionamen-
to no mercado. Do Estado da Bahia, oito marmorarias têm o
intuito de alcançar suas metas através do associativismo. Essa
nova parceria visa confirmar que médias e pequenas empresas
podem se unir e concorrer com as grandes, pois com a junção de
suas forças têm mais chances de sobrevivem a um mercado cada
vez mais competitivo.
Já estão abertas as inscrições para o prêmio promovido
pela parceria entre a Associação Brasileira dos Escritórios de
Arquitetura (AsBEA) e a Associação Nacional de Fabricantes de
Cerâmica para Revestimento (Ancefer), cujo intuito é valorizar
a utilização de cerâmica na arquitetura brasileira. O prêmio
contemplará a cerâmica direcionada especialmente nas
fachadas de edifícios e nos espaços públicos, visando às obras
finalizadas no espaço de oito anos. Os inscritos poderão ver
seus trabalhos publicados no livro “Uso da cerâmica brasileira
na arquitetura”, editado pela própria Anfacer em três idiomas,
o qual será divulgado nos mais importantes eventos interna-
cionais de arquitetura. Os ganhadores receberão passagens
aéreas e estadia para participarem da feira Coverings/2009,
que ocorrerá em Chicago nos dias 27 a 30 de abril de 2009.
Para saber mais informações pode visitar o site
www.asbea.org.br.
Sergio Chaia, presidente da Nextel no Brasil
Ilbert Lopes Ramos, gestor de negócios da Rede Construbahia,José Roberto Dorneles, diretor presidente do Complexo deMarmorarias da Bahia e Manuel Bernardino da Silva, diretorpresidente da Rede Construbahia.
Informes
78 ACOMAC BAHIA
ACOMAC BAHIA 79
“Casa de ferreiro,espeto de ferro”
Sempre atenta às questões sociais, a Vedacit
Impermeabilizantes realizou uma importante ação junto
ao seu público interno: a reformulação com reboco e
pintura impermeável das casas dos funcionários sortea-
dos. A ação, que começou inicialmente no programa
Abre Coração da Rede Record, funcionou da seguinte
forma: membros da equipe encaminharam as cartas rela-
tando as condições e necessidades das suas casas. Para
participar, além da carta, a casa deveria ser própria.
Através de um trabalho de comunicação interna, cujo
slogan principal era “Casa de Ferreiro espeto de ferro”,
logo, todos da família Vedacit tomaram conhecimento
da ação. Doze cartas foram enviadas e duas pessoas
foram contempladas com a reforma.
SIL comemora Diado Eletricista
Em homenagem ao Dia do Eletricista, comemorado no dia 17
de outubro, a SIL planejou ações de marketing direto e anúncios
que enfatizam sua importância. Dentre estas, a realização de cur-
sos presenciais de qualificação, que abordam a introdução a
“Condutores Elétricos de Baixa Tensão”. O sucesso foi tão
grande que inicialmente eles eram promovidos dentro das reven-
das de construção, mas devido à grande procura nas lojas a
empresa ampliou as possibilidades de participação ao promover
o curso gratuito na Loja Escola do Varejo da Construção Civil
“José Olavo Nogueira” (São Paulo).
A SIL também implantou o “Treinamento on-line”, à dis-
posição dos profissionais no “Espaço Eletricista”, que pode ser
encontrado no site da empresa – www.sil.com.br. O curso tem
um modelo inédito para o setor: são cinco episódios, que levan-
tam os assuntos técnicos que originam as dúvidas mais comuns.
Mercante: entretenimentocom conhecimento
Nos dias 6 e 7 de setembro aconteceu a Primeira Convenção
da Mercante, na Enseada do Caeiro, em Santo Amaro, a 66 km
de Salvador. O evento teve a participação da empresas Suvinil e
Roca. A Mercante garantiu a seus participantes um final de se-
mana proveitoso, unindo a sempre eficiente parceria de lazer e
informação.
O interesse dos profissionais superou as expectativas
ANTES
DEPOIS
Nova linha de embalagens da Prysmian
A Prysmian investe constantemente no
aperfeiçoamento de seus produtos para
apresentar um conceito diferenciado e
exclusivo aos seus clientes. Na sua mais
atual inovação, a empresa modernizou as
embalagens das tradicionais fitas isolantes.
Agora elas são acessórios de alta tec-
nologia e de grande importância quando se
pensa em instalações elétricas de quali-
dade. “As emendas de cabos são
inevitáveis em grande parte dos circuitos
elétricos e não podem representar riscos
para as instalações. A segurança das mes-
mas no sistema de fiação depende basica-
mente da qualificação do eletricista e prin-
cipalmente da qualidade do material
empregado. Para garantir a confiabilidade
necessária às emendas, a Prysmian disponi-
biliza no mercado uma completa linha de
fitas isolantes”, comenta Joel Pugas
Martins, gerente de Produto e Acessórios
da Prysmian Cabos e Sistemas.
As mudanças visuais foram promovidas
na linha de embalagens das fitas isolantes
plásticas P- 22, P- 42 e P- 44 Super que
tiveram suas cores e designs reformulados.
As fitas isolantes plásticas, que são consti-
tuídas com filme à base de PVC e adesivo à
base de resina de borracha, garantem a
prevenção às chamas e proporcionam mais
segurança e comodidade na isolação de
cabos em suas aplicações como ambientes
domésticos, instalações ou exposição e
atuação de raios ultravioletas.
Informes
Há dez anos, o malote inteligente
passou a ser adotado na Bélgica e
reduziu significativamente o número de
assaltos a bancos, farmácias, carros-
forte e postos de gasolina. O produto
importado é distribuído no Brasil pela
franqueada DWA, que atua em
Pernambuco.
Dez casas lotéricas de Recife já tes-
taram e aprovaram o projeto-piloto.
Até o final do ano a novidade também
estará disponível para São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Bahia.
Malote inteligente queimacédulas para inibir assaltos
Colaboração Aina Kaorner
A gora os lojistas podem con-
tar com mais um aliado para
coibir furtos e roubos. A
empresa 3BR lançou no Brasil o malote
inteligente que, caso seja violado,
queima parcialmente as cédulas, solta
muita fumaça e aciona uma sirene.
Algumas versões são equipadas com a
tecnologia GPS, permitindo que as cédu-
las sejam localizadas e trocadas no Banco
Central a partir do número de série.
ENCAIXADO NUMA BASE CHUMBADA NO CHÃO DA LOJA, UM SISTEMA É PROGRAMADO
PARA QUEIMAR AS CÉDULAS CASO NÃO CHEGUEM AO BANCO NO TEMPO PREVISTO
O valor do equipamento é de R$ 9
mil e pode ser financiado pela Caixa
Econômica Federal ou pelo Banco do
Nordeste. Este também pode ser aluga-
do com o custo de R$ 300 por mês.
Com a adoção do novo produto o
preço do seguro tende a baixar signi-
ficativamente, gerando economia e
segurança para o lojista. Com a pre-
visão da implantação de uma nova
fábrica no Brasil, o preço do malote
também irá reduzir, ficando em torno
de R$ 5 mil.
80 ACOMAC BAHIA
ACOMAC BAHIA 81
Por Pedro Overbeck* Artigo
T odas as vezes que falamos de compra e venda de
produtos, a clássica pergunta sobre o que faz um
produto ou serviço vender mais ou menos surge com um
ar de questão do momento. De tempos em tempos, surge uma
resposta salvadora para explicar algo que, de tão óbvio, é quase
inexplicável: existe sim receita para vender mais. Não acredita? Então
comece a anotar:
Pegue uma vasilha bem grande e coloque algumas pitadas de
investimento, adicione suor, energia, várias porções de trabalho,
coloque meio quilo de troca de idéias, quebre e pique alguns
paradigmas em pedaços bem pequenos. Raspe bem toda a
insegurança, coloque sua experiência, tudo o que aprendeu sobre o
negócio na panela, arregace as mangas e mãos à obra.
Depois disso, deixe cozinhar em fogo brando, sem tirar o olho da
concorrência, para não queimar a receita. Treine e motive a equipe,
mexendo com cuidado para não embolar, reduza custos sempre que
possível, lembrando que publicidade é investimento e que o foco no
cliente é o item mais importante da receita. Prepare para servir com
muito prazer e nunca se esqueça que o bolo só cresce com o
fermento na dose certa.
Pense muito bem na embalagem, monte os produtos, distribua
com inteligência, deixe o cliente experimentar para ver se gostou e
faça questão de ouvir o que ele tem a dizer. Se não estiver no ponto
ainda, volte ao forno com a mesma motivação da primeira vez e
ainda mais vontade de acertar. Entregue sempre no prazo que
prometeu, seja competente para cobrar, prepare o molho com várias
opções de crédito e financiamento e aceite com satisfação a opção
que mais agradar ao cliente. Se entregar em casa for mais barato do
que perder a venda, entregue de graça, agregando ainda mais valor
à sua receita.
Não meça esforços para que o cliente saia lambendo os lábios de
tanta vontade de voltar e, principalmente, de contar tudo para todo
mundo que ele encontrar. Não se esqueça de conhecer bem quem
gosta de seu produto, ainda melhor quem o indica e “trate a
pão-de-ló” todos aqueles que voltam á sua loja para provar outra
vez sua receita de sucesso.
A receita é simples e você pode fazer no seu forno, seja ele do
tamanho que for. Parece fácil e na verdade é mesmo. Faça um teste
e comprove. O cheiro que fica no ar é de uma delícia chamada
sucesso e só sorri para os que tentam e não desistem fácil.
Receita de bolo
*Pedro Overbeck Mendonça é graduado
em Publicidade e Propaganda, pós-
graduado em marketing de serviços e em
gestão estratégica, Coordenador de
Comunicação da Santa Casa de
Misericórdia da Bahia e consultor do
Sebrae-DF e BA, CDL e FCDL.
Contato: [email protected]
82 ACOMAC BAHIA
Fiscalização PorAnaísa Freitas
Informatização atinge o setor tributário
Empresas e administrações
tributárias deverão estar mais
próximas com o SPED, Sis-
tema Público de Escrituração Digital.
Trata-se de um novo mecanismo que
integra o PAC (Programa de Ace-
leração do Crescimento) do Governo
Federal, dividido em quatro subproje-
tos: na área de escrituração digital
(Escrituração Contábil Digital e
Escrituração Fiscal Digital) e de docu-
mento eletrônico (Nota Fiscal
Eletrônica e Conhecimento de
Transporte Eletrônico). A primeira área
citada visa criar um arquivo digital que
reúna as informações referentes às
operações, prestações de serviço e
apuração de impostos do contribuinte.
Assim, as declarações e livros
fiscais/contábeis deverão ser agrupa-
dos no menor número possível de
arquivos digitais, eliminando a duplici-
dade de dados enviados às adminis-
trações tributárias e reduzindo as
fraudes. “Nós estamos fazendo um
piloto para o módulo fiscal digital, de
modo que os livros contábeis das
empresas, que antes eram transcritos
de modo manual agora possam ser
transmitidos para os computadores da
Receita Federal, sem haver gastos com
material e impressão de documentos”,
explica Cláudio Meirelles, Supe-
rintendente de Administração Tribu-
tária da SEFAZ-BA (Secretaria Da
Fazenda do Estado da Bahia). Dentre
os principais benefícios que o SPED
trará, ele destaca: “Haverá um maior
controle sobre as declarações que o
contribuinte nos envia, otimizando a
fiscalização, por sua vez, fazendo com
que o Estado disponha de mais recur-
sos para aplicar em itens como saúde e
segurança e, quem sabe, oferecer uma
redução na carga tributária”, diz
Meirelles. Ele ressalta que há uma pre-
tensão da Receita Federal, em comum
com os Estados, de restringir o SPED,
no início, para as grandes empresas,
avançando gradativamente para os
demais segmentos.
A SEFAZ-BA deu início ao projeto
piloto da Escrituração Fiscal Digital
(EFD) e da Escrituração Contábil Digital
(ECD) em junho do ano passado, em-
bora a data da obrigatoriedade do
novo sistema seja 1º de janeiro de
2009, para as grandes empresas. Já a
emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-
e), documento que registra a circulação
de mercadorias ou prestação de
serviços ocorrida entre fornecedores e
contribuintes, já é obrigatória desde
abril desse ano para contribuintes do
segmento de cigarro e combustíveis, e
deverá expandir a obrigação para
empresas de outros ramos no período
de dezembro de 2008 a abril de 2009.
Na Bahia, há 182 grandes empresas
selecionadas até o momento para se
adequarem ao SPED.
O advogado tributarista Marcelo
Nogueira Reis avalia que a sonegação e
a omissão do pagamento de tributos
serão dificultadas com o SPED. “O fisco
terá mecanismos eletrônicos que per-
mitirão confrontar aquilo que o con-
tribuinte informou à
Receita”, enfatiza.
Para se adaptarem ao novo
sistema, as empresas precisarão de
investimentos de alto custo, e a crítica
de Reis é quanto ao fato de que,
provavelmente, o fisco não dará possi-
bilidades das empresas obterem o
aparato tecnológico exigido pelo SPED.
“Acredito que o fisco apenas fixará as
datas para entrar em vigor e multará os
NOVO SISTEMA TRAZ CONTROLE E APRIMORA A FISCALIZAÇÃO
ACOMAC BAHIA 83
empresários que não prestarem essas
informações no prazo determinado”,
preocupa-se o advogado.
Em fase inicial, o SPED entrará em
vigor apenas para as empresas com
lucro real líquido, embora
Geraldo Cordeiro, presidente
da ACOMAC-BA e vice-presi-
dente da CDL-SSA (Câmara
dos Dirigentes Lojistas de
Salvador), alerte aos médios e
pequenos empresários sobre a
tendência futura do novo sis-
tema. Segundo o presidente,
esses empresários vão precisar
ajustar seus sistemas de informáti-
ca para se adequar ao novo
processo de fisco. "O diálogo com
o Estado está em boa sintonia para
se discutir sobre a implantação do
SPED", complementa.
Carlos Fernando Amaral, presidente
da Fecomércio-BA (Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo
do Estado da Bahia), avalia como posi-
tiva essa iniciativa do Governo de inve-
stir em tecnologia para coibir a sone-
gação de impostos. Ainda assim, ele
ressalta a preocupação com as peque-
nas e microempresas sobre o custo na
informatização dos sistemas fiscais.
“Há uma comissão de quatro represen-
tantes do comércio e quatro da
Secretaria que estão em conversação
periodicamente para sinalizar esse e
outros ajustes”, explica Amaral. Com
relação ao possível repasse de custos
ao consumidor, por conta dos investi-
mentos em tecnologia, o presidente
acredita que não deverá existir.
SPEED
PROPOSTA
• Unificar as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de
livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal de empresas
em um único fluxo computadorizado de informações.
BENEFÍCIOS
• Possibilidade de se manter uma atuação integrada dos fiscos federal,
estaduais e, futuramente, municipais, mediante a padronização do banco de
dados dos contribuintes;
• Redução dos custos para o armazenamento de documentos em papel;
• Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um
layout padrão, eliminando a necessidade de dupla digitação das informações;
• Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do
contribuinte;
• Aperfeiçoamento do combate à sonegação.
84 ACOMAC BAHIA
Estudo PorVanessa Brito*
Estudo mostra 21 tendênciasdo setor de comércio e serviços até 2015
Até 2015, o mercado interno
assumirá o papel de motor
da economia brasileira, tor-
nando-se um dos seus elementos mais
dinâmicos, apesar do peso das relações
comerciais externas
O processo crescente de interna-
cionalização da produção mundial em
países em desenvolvimento vai
prosseguir nos próximos anos e a con-
corrência chinesa também. Esse
cenário, junto a uma taxa favorável de
câmbio, deverá estimular a especializa-
ção da economia brasileira. Setores
produtivos com maiores vantagens
comparativas, como baixo custo de
transporte e proximidade do mercado
consumidor, terão boas oportunidades
de negócios.
A demanda internacional crescente
por alimentos e biocombustíveis con-
tinuará promovendo a expansão do
setor agropecuário brasileiro. Como
conseqüência, o segmento de serviços
voltados a esse setor poderá crescer
junto às atividades agropecuárias no
interior do País.
Até 2015, o mercado interno
assumirá o papel de motor da econo-
mia brasileira, tornando-se um dos
seus elementos mais dinâmicos, apesar
do peso das relações comerciais exter-
nas. Esse movimento será especial-
mente positivo para o setor de comér-
cio e serviços.
Essas são algumas das tendências do
setor terciário até 2015, apontadas no
estudo ‘A Competitividade nos Setores
ganização do mercado. Como estraté-
gia para sobreviver, os clusters (aglome-
rações territoriais de empresas e
empreendimentos de um mesmo seg-
mento ou setor) serão uma alternativa,
segundo o estudo.
No setor terciário, a entrada de
estrangeiros nos negócios vai elevar o
grau de concorrência empresarial e
estabelecer uma corrida para a moder-
nização dos empreendimentos, espe-
cialmente em termos da incorporação
das tecnologias da informação e comu-
nicação, novas formas de gerir, nego-
ciar, fazer pagamentos, entre outras.
de Comércio, de Serviços e do Turismo
no Brasil: Perspectivas até 2015’, realiza-
do pela Confederação Nacional do
Comércio (CNC) e Sebrae e que foi
divulgado nesta terça-feira (21), no
Sebrae Nacional, às 11 horas.
A situação favorável da atuação
macroeconômica nacional deverá con-
tinuar atraindo empresas estrangeiras
de serviços para o País nos próximos
anos. Esse processo vai impor enormes
desafios às empresas do comércio espe-
cializado e não-especializado, além de
outros segmentos. Fusões e aquisições
de diversas atividades poderão ocorrer.
A reorganização do mercado vai
impactar principalmente aqueles negó-
cios que não se modernizaram, pos-
suem problemas de gestão (às vezes
familiar) ou são integrantes de elos de
cadeias produtivas fragmentadas.
Segmentos de saúde, educação,
limpeza e vigilância serão alvos da reor-
ACOMAC BAHIA 85
de ganhos de produtividade e, conse-
qüentemente, o desenvolvimento do
setor produtivo brasileiro como um
todo. Os entraves ao crescimento do
setor terciário vão ser agravados devido
ao pouco avanço dessas reformas, bem
como a modernização da estrutura pro-
dutiva do País.
Os novos padrões demográfico e
socioeconômico do País vão impactar
sobremaneira o setor terciário. A nova
estrutura do consumo aumentará a
demanda por serviços. O envelhecimen-
to da população vai gerar mercado para
indivíduos com mais tempo disponível e
recursos.
Por outro lado, a estrutura familiar
baseada no maior número de filhos
jovens, com alto poder aquisitivo, que
apenas estudam e permanecem na casa
dos pais, criará o mercado chamado
'time-poor' e 'money-rich' ou aquele
A atuação comercial por meio do sis-
tema de franquia continuará a ser uma
tendência em expansão. Além de viabi-
lizar a organização de redes de comércio
e serviços, com ampla distribuição de
produtos e serviços em diversas regiões
do País, o sistema possibilita às marcas
tornarem-se conhecidas, reduzindo os
riscos de falência, comuns nos negócios
independentes.
Os poucos indícios de que haverá um
salto na qualidade da educação nos
próximos anos vão resultar em falta de
mão-de-obra qualificada. A demanda
por capacitação empresarial e dos tra-
balhadores vai aumentar muito nos
próximos anos. O intenso processo de
reorganização produtiva no País atin-
girá, especialmente, os setores industrial
e de comércio e serviços.
As lentas reformas institucionais con-
tinuarão restringindo as possibilidades
voltado para consumidores que pos-
suem pouco tempo e muito dinheiro.
Nesse caso, as lojas tendem a se con-
centrar em centros ou shoppings – para
ter comodidade, os consumidores não
se incomodarão de pagar mais e
poupar tempo.
Os investimentos reduzidos em infra-
estrutura no País vão agravar os garga-
los já existentes, especialmente no
âmbito da logística, e poderão ocorrer
crises localizadas com conseqüências
para toda a economia. Em decorrência
do aquecimento dos negócios, do con-
sumo de automóveis e da valorização
imobiliária, as cidades terão maiores
congestionamentos. Esse fato poderá
afetar principalmente o setor terciário,
ator atuante e dependente do espaço
urbano, prevê o estudo.
*Agência Sebrae de Notícias- ASN
Veja as 21 tendências apontadas pelo estudo da CNC e do Sebrae:
• Automação e incorporação de tecnologia de informação
• Inovação tecnológica
• Serviços Intensivos em Conhecimento (SIC)
• Demanda de mão-de-obra qualificada
• Avanço do setor privado na educação
• Maior segmentação do mercado
• Concentração espacial
• Arranjos horizontais
• Terceirização
• Mudança da pauta do comércio internacional
• Aumento do investimento estrangeiro direto no setor de serviços no Brasil
• Comércio eletrônico (e-commerce)
• Simplificação de tributos
• Formalização
• Criação de marca própria no comércio
• Franquias
• Mudança do perfil demográfico e poder aquisitivo
• Generalização do uso de meios de pagamento eletrônicos e bancarização
• Aumento da demanda por serviços de segurança
• Especificidades do turismo
• Expansão dos serviços voltados à agropecuária
86 ACOMAC BAHIA
Crescimento Imobiliário Por Márcia Ribeiro
Residenciais, da Rossi e Costa Andrade,
o Città Lauro de Freitas, do OAS
Empreendimentos e Fit Empresarial e o
Supremo Family Club, da baiana Petram
em parceria com as paulistas Tecnisa e
Habitacon.
Todos, além de estarem na mesma
cidade, são voltados para a classe média
e construídos no estilo “condomínios-
clubes”, com infra-estrutura que inclui
segurança 24h e grandes áreas de lazer
e esporte. Os condomínios residenciais
de alto padrão e casas populares tam-
bém crescem a todo vapor em Lauro de
Freitas.
Para a prefeita reeleita Moema
Gramacho, o crescimento imobiliário é
fruto do aumento
d o p o d e r
aquisitivo dos
cidadãos. “É impor-
tante destacar que o
setor imobiliário desco-
briu que construir
imóveis para as classes C
e D é lucrativo, pois
essas camadas por
muito tempo ficaram
fora do mercado, na
medida em que não se
situam entre os que
adquirem casas popu-
lares e também não têm
Lauro de Freitas em expansão
V inculado à principal área de
expansão urbana de
Salvador (Paralela), o mu-
nicípio de Lauro de Freitas também
experimenta esse processo. Geografica-
mente uma continuidade de Salvador, a
cidade se tornou uma das áreas de
maior desenvolvimento urbano e
econômico nos últimos anos, com
grande migração de moradores da ca-
pital e outros locais. O boom imobi-
liário trouxe novas obras e construções
aparecem.
São os casos dos recentes empreendi-
mentos lançados na cidade: Vita
Residencial Clube, o primeiro da marca
Living na cidade, o Arboris Praças
CIDADE VIZINHA EXPERIMENTA BOOM IMOBILIÁRIO QUE DEVE ATINGIR O SETOR DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
renda para os empreendimentos acima
dos 200 mil reais”, afirma. Ainda segun-
do a prefeita, as novas unidades habita-
cionais privadas que estão vindo para
Lauro de Freitas contemplam esses seg-
mentos sociais que podem adquirir
imóveis com prestações mais acessíveis.
Com essa expansão imobiliária, a
cidade tende a receber cada vez mais
moradores. O último censo do IBGE
apontou uma população de 144.492 mil
habitantes. Segundo dados da prefeitu-
ra, a estimativa de cinco anos atrás era
de que em 2008 seriam mais de 146 mil
habitantes. “Portanto, estamos dentro
de um crescimento esperado.
Infelizmente ele se deu de forma desor-
denada por muitos anos e é o que esta-
mos buscando evitar agora”, afirma
Gramacho.
Sua proximidade com a capital é um
dos maiores atrativos, pois alia qualidade
de vida à excelente localização, já que
Lauro de Freitas é praticamente uma
continuação de Salvador e está situada
no meio do caminho entre a Paralela e o
litoral norte. “A cidade cresceu muito
nos últimos três anos e também ampliou
a oferta de empregos. Além disso, o
município oferece melhor qualidade de
vida que a capital e é bem situado
geograficamente”, defende Gramacho.
ACOMAC BAHIA 87
Infra-estrutura Apesar de Lauro de Freitas possuir
uma boa infra-estrutura, com escolas,
restaurantes, supermercados, entre ou-
tros, o boom imobiliário significará um
crescimento populacional e uma ade-
quação nessa nova fase se faz
necessária. Geraldo Cordeiro, presi-
dente da Acomac-BA, explica que quan-
do ocorre um crescimento desse tipo é
bom para todo mundo, mas ele alerta
para o fato de que a infra-estrutura
também precisa mudar e a prefeitura
juntamente com o Estado não têm feito
a sua parte. “Com esse boom imobi-
liário em Lauro de Freitas, é preciso me-
lhorar os acessos, principalmente a
Paralela, ligação entre a cidade e a ca-
pital”, comenta.
Segundo dados da prefeitura, a
cidade já apresenta melhorias significati-
vas de infra-estrutura, mas ainda apre-
senta problemas crônicos em função da
ausência de planejamento anterior e por
apresentar uma pequena área geográfi-
ca, apenas 59 Km². “Por isso, a necessi-
dade de uma melhor utilização do solo,
revendo sua ocupação de forma a uma
melhor distribuição. Neste sentido, além
de termos encaminhado para a Câmara
Municipal um PDDM – Plano Diretor de
Desenvolvimento Municipal, estamos
investindo na criação de vias alternativas
e ampliação de ruas e avenidas, além da
adoção de sentido único em algumas
vias, implantação de alguns viadutos e
também exigimos dos novos empreendi-
mentos contrapartidas de infra-estrutura
de esgotamento, drenagem, pavimen-
tação ou equipamentos públicos, além
de replantio de árvores”, explica a
prefeita.
O PDDM enviado pela prefeitura à
Câmara Municipal foi rejeitado pelos
vereadores em novembro do ano passa-
do. Um dos pontos mais polêmicos do
Plano é a verticalização. A prefeitura
vem autorizando alvarás para cons-
trução de prédios, mesmo com a sus-
pensão do Ministério Público. Para o
presidente da Acomac-BA, Geraldo
Cordeiro, a verticalização muda comple-
tamente o perfil da cidade. “É preciso
ter projetos com critérios e responsabili-
dade”, comenta.
Lojas comemoramcrescimento
Para o presidente da Acomac-BA, o
comércio de materiais de construção em
Lauro de Freitas é bem organizado, com
lojas bem instaladas e com bom atendi-
mento. Geraldo acredita que o cresci-
mento no setor imobiliário vai trazer
benefícios para os lojistas da cidade a
curto, médio e longo prazos. Vicente
Mattos, presidente da Sinduscon-BA,
também concorda. “O segmento da
construção civil é muito especial e o
aquecimento reflete em várias cadeias,
não só o de materiais de construção,
mas também eletrodomésticos, móveis,
administração de condomínios entre
outros, além de otimizar mão-de-obra.
Novas oportunidades vão surgir, princi-
palmente na área de prestação de
serviço. Novos empreendimentos serão
indutores de crescimento e o comércio
de materiais de construção será um dos
mais beneficiados, pois além das novas
construções, também há as reformas”,
afirma.
Segundo Ives Brito, diretor comercial
da Casa Amorim, o aumento residencial
horizontal, ou seja, casas e condomínios
horizontais, trouxe influências positivas
à loja. “Já estamos atendendo a esse
público, que vem movimentando o
comércio local. Mas a verticalização, que
foi autorizada há pouco tempo na
cidade, ainda não trouxe nenhum resul-
tado, pois são empreendimentos novos.
Só começaremos a sentir algum resulta-
do quando esses novos apartamentos
forem entregues a seus proprietários.
Mas nós já estamos preparados para
isso”, conta Ives. Já para Gilson Santos,
gerente e sócio do Lojão Atlântico, não
houve um crescimento nas vendas de
materiais de construção ainda, pois os
novos empreendimentos estão venden-
do muitos imóveis na planta.
“Geralmente essas construtoras com-
pram os materiais em lojas maiores da
capital ou outros estados. Mesmo assim,
o ramo de construção é um bom inves-
timento e esse aumento imobiliários cer-
tamente trará bons resultados para as
lojas de Lauro de Freitas no futuro”,
declara Gilson.
88 ACOMAC BAHIA
Qualidade de vida Colaboração Mariana Passos
levado isso em conta, o que acarreta
em insatisfação da maioria das mu-
lheres quanto a seus trabalhos.
É o que comprova uma pesquisa feita
no início desse ano pela empresa de tec-
nologia e mídia. Nela, 38% das mais de
5.000 brasileiras entrevistadas revelam
estarem descontentes com os seus afa-
zeres, enquanto apenas 14% demon-
stram satisfação. A rotina exigente, na
qual a mulher lida com a vida profissio-
nal e pessoal, é apontada como a prin-
cipal causa para essa insatisfação, já que
é difícil conciliar as duas coisas.
Para ajudar suas funcionárias, as
empresas podem adotar medidas que
dêem assistência na hora de equilibrar
essa duas vidas. Criar um horário flexí-
vel, possibilidade de trabalho à distân-
cia e concessão de benefícios como,
auxílio-creche, por exemplo, podem ser
de grande valia. Especialistas avaliam
que essas posturas são integradas
De olho nelas
Relaxando no trabalho
Nos últimos cinqüenta anos,
as mulheres obtiveram um
grande crescimento no mer-
cado de trabalho. É cada vez mais
comum encontrá-las em cargos impor-
tantes nas mais variadas empresas. Um
estudo recente da empresa de recruta-
mento Catho mostra que, nos cargos
de chefia, o público feminino ocupa
46% das vagas nos negócios com
menos de 50 funcionários. Nos que
empregam mais de 200 pessoas, o
número corresponde a 39%. Já nos
postos de coordenação, as mulheres
respondem a 60% das vagas, enquan-
to nas companhias maiores esse per-
centual cai para 52%.
Todavia, apesar da ascensão do sexo
feminino, as empresas estão com o
desafio de adaptar sua infra-estrutura a
esse público, no qual a grande maioria
não só trabalha, mas também cuida da
casa e dos filhos. As empresas não têm
geralmente em empreendimentos de
grande porte, apesar de as pequenas
serem aquelas com mais mulheres con-
tratadas. Vale lembrar que ao ter a
cautela de adequar o ambiente de tra-
balho para o sexo feminino, a empresa
está demonstrando respeito às peculiari-
dades que ele enfrenta no dia-a-dia.
equipe motivada. Essas práticas já vêm
se tornando comuns em empresas
maiores, mas as de pequeno porte
ainda precisam se familiarizar com o
assunto. Muitos especialistas garantem,
no entanto, que quando uma pessoa
faz uma atividade de relaxamento, ela
retorna ao trabalho com mais capaci-
dade de produção, pois consegue
estruturar melhor suas idéias para o tra-
balho seguinte.
O movimento é tão forte que já sur-
giram empresas especializadas no
assunto, que promovem programas
para o bem-estar daqueles que traba-
Uma empresa sábia tem cons-
ciência de que o bem-estar
do seu funcionário está dire-
tamente relacionado à boa produtivi-
dade de sua organização. Por isso é
fundamental garantir um ambiente no
qual todos os colaboradores sintam-se
bem e sejam respeitados. Alguns
estabelecimentos já adotaram medidas
que privilegiam seu público interno, tais
como ter criado uma sala de descanso
para seus empregados, que possui uma
televisão e um piano, espaço para aulas
de meditação e ioga, entre outros.
Qualquer coisa do tipo garante uma
lham em determinado local. Elas ofere-
cem atividades como shiatsu para pre-
venção do estresse, ginástica laboral e
até atividades temáticas entre os fun-
cionários, de acordo com o intuito da
companhia.
Existem várias maneiras de garantir a
satisfação dos colaboradores; ouvi-los e
verificar quais são suas queixas e críticas
quanto à empresa também é impor-
tante. Assim, cria-se um laço maior,
ampliando também seu respeito pelo
ambiente de trabalho, o que o fará con-
tribuir mais para o crescimento daquele
empreendimento.
Mercado de trabalho Colaboração Mariana Passos
Silvio Corrêa
Silvio Luiz de Azambuja Corrêa
nasceu em Butiá, uma cidade-
zinha do Rio Grande do Sul, de
onde saiu aos 15 anos para dar início a
uma significativa carreira profissional.
Atuou em grandes empresas de dife-
rentes estados até ser convidado para
assumir a operação de uma loja da
Comercial Ramos em Salvador, o que,
para ele, foi uma grande mudança.
Casado há 30 anos, com uma filha que
cursa Administração de Empresas na
Universidade Federal da Bahia (UFBa),
Corrêa acredita que o empreendedoris-
mo vem desde a maternidade. “Desde
que nascemos entendemos que uma
grande parte da nossa vida será guiada
“É PRECISO TER CORAGEM. NÃO É FÁCIL GERIR UM NEGÓCIO”
Perfil do empreendedor Por Louise Cibelle
pelas escolhas que fazemos”, afirma o
empreendedor.
Conhecido por ser um profissional de
decisões rápidas e práticas, Corrêa
entende que cada uma das pessoas que
trabalha com ele tem muito a lhe ensinar.
“Cautela e perfil arrojado devem ser as
principais características do profissional
que quer ser um empreendedor, mas o
seu principal aliado deve ser a intuição e
a visão do mercado como um todo”,
aconselha. Segundo ele, o que deflagrou
esse estilo em si foi a vontade de crescer
e construir uma empresa pioneira no seu
segmento.
Corrêa acredita que a meta de qual-
quer empreendedor é encontrar o limite
entre a oportunidade e o risco. Tem-se
que encontrar um ponto de equilíbrio
para que o próximo passo não desfaça os
muitos outros dados de forma acertada.
O empreendedor fala ainda sobre seu
mais novo desafio, a loja da Comercial
Ramos, em Feira de Santana. “A loja tem
uma enorme estrutura física, além do
compromisso de vender barato. Para
mim, atuar na cidade de Feira de Santana
é motivo de muito orgulho e satisfação”,
destacou Silvio Corrêa.
90 ACOMAC BAHIA
Prevenção Por Lucas Sérvio
clientes já fazem hoje. Através deste
monitoramente constante, a empresa
poderá tomar conhecimento rápido de
qualquer tipo de referência à sua
marca ou nome comercial na internet,
e agir repressivamente, para retirada
daquele conteúdo do ar, minimizando
seus impactos negativos, seguido da
identificação e punição dos respon-
sáveis", diz.
Na visão da advogada Deana
Weíkersheimer, também especialista
no assunto, não existe uma atuação
pro ativa, mas reativa. Ela alerta que
quando isto acontecer, deve procurar
o provedor e exigir, amigavelmente
ou por via do judiciário, a retirada
imediata da informação, sob pena de
multa diária, e o policiamento em
relação às informações subseqüentes,
sob pena de suspensão do próprio
site. "Quem direta ou indiretamente
pratica o ilícito responde por ele. Se o
provedor é o propagador da infor-
mação, cabe a ele, acionado, a obri-
gação de evitar o constrangimento
verificado. Pois para registrar é pre-
ciso saber quem é o infrator. Assim,
como poucos sabem de que pode
envolver o provedor, ficam sem rumo.
Previna sua empresa contra calúnia ou difamação pela web
A criatividade dos crimi-
nosos virtuais é crescente
no Brasil, o que nos faz
deparar, diariamente, com uma série
de condutas ilícitas novas sendo
cometidas. No entanto, com mais
recorrência, podemos citar os crimes
contra a honra e também os crimes
contra o patrimônio (estelionato, furto
mediante fraude e outros), presentes
nas fraudes bancárias. Além de todos
esses crimes virtuais as empresas
devem estar preparadas para identi-
ficar quando forem vítimas de calúnia
ou difamação pela web.
Mas como as empresas podem se
prevenir contra calúnia ou difamação
pela web? Para o especialista em direi-
to eletrônico, o advogado Marcos
Gomes da Silva Bruno, da empresa
Opice Blum, infelizmente não há
forma de prevenção efetiva desse tipo
de ilícito. O advogado comenta que,
no momento, considera a internet
um meio de disseminação rápida
da informação (boa ou má).
"Recomendamos o monitoramento
técnico permanente em relação ao
nome comercial e às marcas da
empresa, como diversos de nossos
Mas pode ser feita denúncia junto à
delegacia", explica.
O consultor de web marketing,
Rodrigo Sampaio, acredita que não
adianta procurar a polícia. "Excluindo a
equipe especializada, a maioria dos
policiais não saberia por onde começar
a rastrear", afirma.
De acordo com o advogado Marcos
Gomes, a calúnia, injúria e difamação
são crimes contra a honra, definidos
legalmente como crimes de ação penal
privada. "Ou seja, a iniciativa de
requerer ao Poder Judiciário a punição
do responsável pelo crime é do próprio
lesado, e não do Estado; diferente-
mente, por exemplo, de um homicídio,
onde o Estado (através do Ministério
Público) é quem age para requerer ao
Judiciário a punição do criminoso". O
advogado diz que neste sentido, na
ocorrência de crimes contra a honra
pela internet, o procedimento mais
correto é, de fato, que a empresa pro-
cure um advogado, que poderá orien-
tá-la em relação às medidas legais
cabíveis, e não necessariamente fazer
qualquer comunicação à autoridade
policial, até porque os reflexos não
estão restritos ao âmbito criminal.
ACOMAC BAHIA 91
PorTom Coelho* Artigo
Uma companhia pode ter um exce-lente sistema de compras, obtendosuprimentos de inquestionável quali-dade, junto a conceituados fornece-dores, pelos menores preços e com osmelhores prazos. Pode apresentar umsistema produtivo perfeitamente afina-do, desde o recebimento da matéria-prima até a expedição do produtoacabado, com certificação, entregapontual e assistência técnica perma-nente. Pode ter estratégias de marke-ting muito bem planificadas, com iden-tidade visual, pesquisas de prospecçãode clientes e desenvolvimento de pro-dutos, DBM, CRM, SAC e uma porçãode outras siglas. Pode contar com umfinanceiro criterioso na concessão decrédito, enérgico na cobrança, respon-sável na aplicação de recursos, dotadode capital próprio e com acesso àsmais diversas linhas de financiamento.Pode dispor de um corpo jurídico pre-ventivo e contencioso, uma contro-ladoria eficiente na gestão tributária eum sistema de informações capaz deinterligar todas as áreas da empresa,possibilitando agilidade na tomada dedecisões. Pode ter uma equipe
O coração da empresa
É comum qualificarmos asempresas como "organismosvivos". E, sob esta ótica,
comparar seu funcionamento ao docorpo humano.
Nossa "máquina", projetada eesculpida por Deus, apresenta umasérie de funções intimamente rela-cionadas. Do sistema digestivo aoexcretor, passando pelo respiratório ereprodutor, a saúde do corpo dependede um equilíbrio dinâmico orquestradopor um órgão fundamental: o coração.Quando ele pára, o corpo padece edesfalece.
No mundo corporativo, acontece omesmo. Os organogramas nos indicama existência de uma série de departa-mentos. Assim, Suprimentos adquirematéria-prima que será processadapela Produção, colocada no mercadopelo Marketing, tudo custeado pelosuporte de Finanças, com apoio doJurídico e da Contabilidade. AInformática sistematiza tudo e emtodos estes setores há pessoas assisti-das por Recursos Humanos.
Mas, qual destes equivale aocoração da empresa?
integrada e sinérgica, alinhada com osvalores da empresa, com políticas deremuneração variável, incentivo,treinamento e avaliação por com-petências, entre outras.
Todavia, mesmo todos estes recursose infra-estrutura não são suficientespara fazer uma corporação prosperar.E isto porque o coração de umaempresa é representado pelo departa-mento de Vendas. É lamentável quetantos empresários não se apercebamdisso!
Ao longo de minha trajetória profis-sional, vi empresas saudáveis se desca-pitalizarem, empresas tradicionaissucumbirem. E, não raro, porquedeixaram de buscar o oxigênio para suaperenidade através de seus profissionaisde vendas. Apenas um departamentocomercial forte, com profissionais quali-ficados, conhecedores de seus clientes eprodutos, adequadamente remunera-dos e incentivados, é capaz de pro-mover o crescimento sustentado deuma empresa.
Vendas é o órgão vital de umaempresa, é o que a impede de morrer.Embora não seja o único...
92 ACOMAC BAHIA
Relacionamento Por Prof. Gretz*
A hora da verdade
D izem que na vida tudo é pas-
sageiro. Exceto o mo-
torista e o cobrador,
completam alguns, mas tam-
bém esses profissionais são
passageiros quando não
estão trabalhando. Assim
como todo corretor e todos
os vendedores em geral,
quando não estão atendendo
clientes, estão sendo atendi-
dos, como clientes.
Mesmo sendo todo mundo
cliente, muitos se esquecem disso
quando estão na sua hora de servir.
Assim como muitos motoristas se
esquecem que em outros momentos são
pedestres. Só quem não se esquece
disso sabe que poucas coisas são tão
passageiras como a lealdade dos
clientes. Fala-se muito em fidelização,
mas na verdade não há cadeira cativa. A
cada dia temos que conquistar, recon-
quistar e manter o que já havíamos con-
quistado. Isso vale até para o casamen-
to! Conheço gente que se vangloria de
ser irresistível conquistador, mas de tem-
pos em tempos acumula uma nova pen-
são alimentícia em suas contas a pagar...
O custo para conquistar um novo
cliente é cinco vezes maior do que o de
manter um cliente antigo. Pare de servir
bem os clientes e você os perderá.
Muitas vezes isso ocorre por um detalhe
que você nem percebe. Sabe aquela
rodinha emperrada do carrinho do
ACOMAC BAHIA 93
supermercado? Ela tem tanta
importância quanto a caríssima de-
coração, o ar-condicionado perfeito
e o impecável controle de estoques.
O elo mais fraco torna-se então a
parte mais importante da corrente,
porque vai ser determinante na ava-
liação do cliente.
Raríssimos são os clientes que
reclamam. Reclamar é chato, é difícil,
as pessoas não se sentem bem quan-
do reclamam, principalmente porque
muitas vezes não adianta. Está
provado que 96% preferem simples-
mente mudar de empresa, ou de
produto, pois é mais fácil mudar do
que reclamar.
Para quem está na linha de frente,
o mais terrível é saber que muitos
motivos de insatisfação do cliente
dependem da retaguarda, dos
setores de atendimento da empresa.
O telefone que demora a ser atendi-
do, a indiferença de quem atende ou
a fórmula robotizada de alguns
serviços, o hábito de passar adiante
um problema sem resolvê-lo. Não há
cliente que goste de sentir-se um
número, como se estivesse falando
apenas com máquinas, ou sentir-se
um iô-iô que é jogado de um setor
para o outro.
Afinal, quem é o cliente?
Para resolvermos situações como
essas, que não dependem apenas do
nosso próprio atendimento, pre-
cisamos saber que a clientela não é
formada somente pelos com-
pradores, mas sim por todos os
envolvidos no processo.
Temos os clientes externos, que
são os consumidores do produto ou
serviço, e todos os segmentos da
sociedade que têm alguma relação
com a empresa.
Mas há também os clientes inter-
mediários - ou seja, os integrantes da
rede de venda, os fornecedores e os
parceiros ou terceirizados.
Não podemos nos esquecer dos
clientes internos, que são os colegas
de trabalho, as pessoas para quem
você repassa ou encaminha serviços.
Para ser bem-sucedido com os
clientes externos, você precisa prestar
atenção ao seu cliente interno mais
próximo: o colega da sala do lado, a
secretária, o gerente e os inter-
mediários, inclusive o atendente de
telemarketing, a telefonista, a recep-
cionista, o ascensorista - sem esquecer
da rede de atendimento a quem o
comprador precisará recorrer em qual-
quer necessidade.
É claro que muitas vezes a solução
de um problema não dependerá de
você, mas conhecendo bem a estrutu-
ra de atendimento e mantendo boas
relações com as pessoas-chaves dessa
estrutura você poderá ser um valioso
aliado do cliente final - que assim
saberá com quem contar nas horas
difíceis. Para isso, não custa lembrar
algumas dicas óbvias, porém essen-
ciais à fidelidade do cliente:
o cliente sente-se mais seguro
quando sabe que pode encontrá-lo a
qualquer momento, por isso deixe
sempre com ele o número do seu
celular;
seja preciso em suas informações ao
cliente;
se houver qualquer dúvida ou
imprecisão, certifique-se com os
setores competentes e volte a ligar
para o cliente completando ou retifi-
cando sua resposta;
não espere a última hora para infor-
mar ao cliente sobre o final do prazo
de uma apólice;
procure acompanhar com interesse
a solução de qualquer problema do
cliente, mesmo que não seja de sua
responsabilidade direta; ele ficará
grato e confiante.
O cliente mais importante
Tudo bem. Mas ninguém é super-
homem para ser esse profissional per-
feito e sempre solícito, não é? Aí
chegamos num ponto importante: o
atendimento ao principal cliente. Se
ele não estiver satisfeito, nenhum
outro estará, nenhum outro será real-
mente bem atendido.
Quem é esse cliente especial? Ele
acompanha você a cada dia, desde
que você acorda e olha no espelho,
segue seus passos quando vai para o
trabalho e quando está sozinho no
elevador, quando volta para casa e até
mesmo quando dorme e sonha.
Matou a charada? É você mesmo. E
logo em seguida o seu círculo mais
íntimo: sua família, seus entes queri-
dos. O que vem primeiro? O trabalho,
a família ou o indivíduo? Na verdade,
uma coisa depende essencialmente
da outra. Se você trabalha e realiza-se
como pessoa, e se satisfaz a si
próprio, sentindo-se feliz com sua
vida pessoal, cultivando boas
amizades, compartilhando bons
momentos com sua família, encaran-
do com positividade até mesmo os
momentos difíceis da vida - aí sim
você poderá dar o melhor de si para
os outros, pois o principal cliente está
bem atendido.
*Prof. Gretz é conferencista em todo oBrasil, já fez mais de 3.000 palestras nos
últimos 20 anos, realizando seminários emgrandes empresas e eventos fechados.
94 ACOMAC BAHIA
Saúde Por Ivana Lopes*
Ronco é coisa séria
Oronco é um problema sério
no convívio social e entre
casais. Primeiro se manifesta
através de reclamações por parte do
companheiro e das pessoas que con-
vivem com quem ronca e pode se
estender até ao ponto de levar o casal
a dormir em quartos separados, o que
em geral é um aspecto negativo no
relacionamento.
Outro grande problema de quem
ronca é a alta probabilidade do ronco
vir acompanhado de uma doença séria
denominada Apnéia Obstrutiva do
Sono que atinge cerca de 4% da popu-
lação mundial. Essa doença se carac-
teriza por paradas respiratórias
momentâneas durante o sono cau-
sadas pelo bloqueio da passagem do ar
que vai para os pulmões devido ao
excessivo relaxamento das estruturas
da garganta, podendo causar ataques
cardíacos e derrames.
Quando essas paradas respiratórias
acontecem, o cérebro manda uma
mensagem para que a pessoa saia do
sono profundo e volte a respirar. Esses
sucessivos despertares momentâneos
fazem com que haja o comprometi-
mento na qualidade do sono. Assim,
é comum que as pessoas com essa
doença reclamem de excesso de
sonolência durante o dia, tenham o
humor e o rendimento no trabalho
prejudicados e em alguns casos,
sejam protagonistas de acidentes
automobilísticos pela dificuldade de
concentração.
Essa doença tão grave está receben-
do cada vez mais atenção por parte
dos profissionais da saúde do mundo
inteiro, que tem a clara percepção que
tratando a apnéia eles estão tratando
vários outros problemas de saúde,
como, por exemplo, problemas pul-
monares, cardíacos, diabetes, obesi-
dade, arritmias cardíacas, acidentes vas-
culares (derrames) e até mesmo a
hipertensão.
A Federação Internacional de
Diabetes passou a considerar o ron-
car um dos fatores decisivos para o
desequilíbrio da glicose, já que nos
portadores de apnéia alguns recep-
tores da insulina presente nas células
são inativados, sobrando insulina no
sangue e permitindo que o excesso
de açúcar fique na circulação,
induzindo ao diabete.
Para que a apnéia possa ser correta-
mente diagnosticada, o paciente deve
fazer um exame chamado polissono-
grafia no qual ele passa a noite tendo
seu sono monitorado. Dependendo da
gravidade do problema, será indicado o
tratamento mais adequado. Para casos
muito severos de apnéia o tratamento
costuma ser o CPAP, um equipamento
elétrico que força a entrada do ar man-
tendo as vias aéreas superiores abertas.
O inconveniente é que é preciso dormir
com uma espécie de máscara de
oxigênio, conectada por um tubo a
uma bomba de ar.
Como evolução para o tratamento
do ronco e da maioria dos casos de
apnéia, foi desenvolvida por especialis-
tas norte-americanos a placa intra-oral,
que apresenta bons resultados com
baixo desconforto para os pacientes. A
placa intra-oral funciona posicionando
adequadamente a mandíbula, evitando
desta forma que o tecido relaxado da
faringe bloqueie a passagem do ar.
Além da fácil adaptabilidade dos
pacientes, outro ponto positivo da
placa é que ela é um tratamento con-
servador, ou seja, não agride e é rever-
sível, o oposto de algumas cirurgias que
buscam a solução do mesmo problema.
A placa intra-oral é um tratamento
realizado por dentistas com formação e
treinamento específicos para o trata-
mento de distúrbios do sono. No Brasil,
porém, o número de dentistas que tra-
balham nessa área ainda é muito restri-
to, por isso, pacientes que se beneficia-
riam com o uso da placa muitas vezes
são submetidos a cirurgias invasivas ou
acabam usando o CPAP, considerado
desconfortável para uma grande parte
das pessoas.
Apesar de ser um problema sério, a
Apnéia Obstrutiva do Sono tem trata-
mento e este pode ser simples quando
conduzido por profissionais especializa-
dos. O importante é procurar ajuda,
para o bem de sua saúde e de seu rela-
cionamento. Você vai se sentir muito
melhor e aqueles que convivem com
você não precisarão mais conviver com
seu ronco!
Dra. Ivana Lopes
Croba 2778
Dra. Ivana Lopes
ACOMAC BAHIA 95
Colaboração Louise Cibelle e Aina Kaorner Livros
Aprenda a investir e obter retornoEm Investimentos inteligentes, o consultor financeiro Gustavo Cerbassi prova que alcançar o
número mágico de reunir um patrimônio de um milhão não tem nada de impossível e que, com a
postura certa, podemos multiplicá-lo e transformá-lo em muitos milhões. Com as carreiras cada
vez mais curtas e a vida cada vez mais longa, o livro fala sobre como buscar a independência
financeira e as formas inteligentes de se alcançar o objetivo escolhendo investimentos com os
quais nos sintamos à vontade. Editora Thomas Nelson Brasil, R$ 34,90
Promovendo mudançasEm Resiliência - A transformação como ferramenta para
construir empresas de valor, Eduardo Carmello trabalha
com o seguinte conceito: uma pessoa ou empresa resiliente
é aquela que promove as transformações necessárias para
alcançar seus objetivos e propósitos mais nobres. A partir
daí, o consultor procura mostrar que é possível crescer com
inteligência, mesmo em ambientes de instabilidade, da
mesma forma que se pode aprender e se antecipar às
mudanças. Um dos casos explorados no livro é o da
fabricante de motocicletas americana Harley-Davidson..
Editora Gente, R$ 30,00
Como ConseguirInvestimentos Para o Seu
NegócioJosé Dornelas
Que tipo de empreendedor você é e
como gostaria de ser?
Especialistas em empreendedorismo do
Brasil e dos Estados Unidos ensinam neste
livro a transformar grandes idéias em
negócios de sucesso. Os textos mostram
os principais erros cometidos durante a
busca pela expansão e como desenvolver
melhor o potencial da sua empresa.
Editora Campus, R$ 65,00
Design deEmbalagem - Do
Marketing à Produção Celso Negrão e Eleida
Camargo
Quem deseja conhecer um
pouco mais sobre o segmento de
embalagens vai encontrar nesse
livro uma linguagem clara e
acessível para todos os públicos;
desde estudantes a profissionais
do marketing, design,
publicidade, propaganda e
engenharia. Com textos de
autoria de renomados
professores, a publicação relata
experiências de acadêmicos e
profissionais do ramo, baseada
nos conceitos de marketing,
projeto e produção.
Editora Novatec, R$ 82,00
Foco no VarejoGouvêa de Souza & MD
A Consultora de Distribuição e Varejo, Gouvêa de Souza & MD, em parceria com
consultoras estrangeiras, apresenta uma obra que expõe o que há de mais
inovador nas empresas de varejo no mundo. Tendências, novidades e catálogos
são alguns dos temas abordados como importantes ferramentas de
relacionamento com o consumidor.
R$ 52,80
O Caminho das EstrelasCésar Souza
Neste livro, são apresentados cinco passos
para o sucesso: definir aonde se quer
chegar, reconhecer a estrela que há nos
outros, cuidar do todo, fazer mais que o
combinado e se inspirar pelos valores.
Baseado em histórias de personagens
famosos como Gandhi e empresários bem-
sucedidos, o autor exemplifica caminhos
para alcançarmos nossos objetivos.
Editora Sextante, R$ 19,90
96 ACOMAC BAHIA
Lançamentos Por Cris Montenegro e Mariana Passos
SIL FIOS E CABOS ELÉTRICOS
Embalagens modernasA SIL Fios e cabos elétricos segue a premissa
de alinhar tecnologia avançada e rígido
controle de qualidade, pretendendo suprir às
necessidades dos clientes com segurança,
confiabilidade e garantia. Para comprovar sua
eficiência a empresa acaba de reformular as
embalagens dos produtos Encartelados. Nas
novas embalagens fazem parte os itens mais
utilizados pelo consumidor que vai realizar
uma instalação doméstica, mas não precisa de
grandes metragens para isso.
O material, que vem em cartelas e blister com
selagem perfeita para garantir a
inviolabilidade, também conta com design
específico para deixar o produto
acondicionado mais atraente ao ser exposto
nas gancheiras das lojas.
“Nossa intenção com essa reformulação é
deixar o produto mais bonito e atraente e,
principalmente, levar informações que
auxiliem a comercialização nas revendas, pois
muitos consumidores não querem ser
abordados por vendedores durante suas
compras. Eles querem ler as informações
técnicas e procuram isto nas embalagens. O
melhor de tudo é que as melhorias que
fizemos não se refletiram nos preços finais dos
Encartelados ao consumidor”, informa Pedro
Morelli, gerente de marketing da SIL.
SUVINIL
Adeus ao cheiroA Suvinil acaba de resolver o problema de quem
sofre com o forte cheiro de tinta ao mudar a cor
de algum lugar de sua casa. Ela lança no mercado
a nova Linha de Acrílicos sem Cheiro, que
promete a perda do odor em três horas,
conferindo um maior bem-estar ao consumidor.
Todos se encontram disponíveis em mais de 1.200
cores no sistema SelfColor. As principais tintas da
nova linha são:
Suvinil Acrílico Premium Sem Cheiro:
Indicada para pinturas de superfícies internas e
externas de alvenaria. Sua formulação é única e
promete um ambiente sem cheiro em até três
horas após a aplicação. Produto de alta qualidade,
apresenta grande durabilidade e resistência, assim
como ótima cobertura e rendimento.
Suvinil Limpa Fácil Sem Cheiro: O Suvinil
Lima Fácil faz com que a sujeira saia mais
facilmente e a pintura dure por muito mais
tempo. Sua formulação conta com acabamento
acetinado, o que resulta em um ambiente sem
cheiro em até 3 horas depois da aplicação.
Suvinil Toque de Seda Sem Cheiro:
Assim como os outros produtos, também é
indicado para pintura de superfícies internas e
externas de alvenaria e promete um ambiente
sem cheiro no mesmo espaço de tempo que os
outros da mesma linha. Tem fino acabamento
acetinado, conferindo requinte e sofisticação aos
ambientes.
SUVINIL
O máximo em tudoO novo Suvinil Látex Maxx garante ter 40%
mais rendimento do que as outras versões
de sua linha, sendo, 350m² por lata de
18L/demão, além de ser superconcentrado,
com diluição a 50%. Essa nova evolução da
tinta PVA também consta com fino
acabamento e ótima cobertura.
ACOMAC BAHIA 97
TECNOGRESS
Influência européia Sucesso! Essa é a palavra que pode definir a marca Tecnogres. Sempre
atenta as novas tendências do mercado, a empresa levou representantes
à Itália para conferirem as últimas novidades no âmbito da cerâmica e da
arquitetura. Confira algumas das principais tendências dentre os produtos
da empresa:
45030 e 45040 – porcelanatos com textura acetinada e bem sofisticada.
Foi um dos grandes destaques da feira;
45400 – oferece um toque de clássico junto ao contemporâneo. O
porcelanato é esmaltado branco, bem brilhante, com efeito de semi
polido;
RV 55080 – outro que esteve em evidência esse ano. Vem com
revestimento brilhante com design inspirados nos mármores Travertinos
Italianos;
47010, MR47010 e MQ47010 – porcelanatos produzidos com alta
tecnologia de aplicação a seco, semelhante às pedras naturais de relevos
mais profundos. Seu diferencial é a alta tecnologia de serigrafia;
BR misto – são as diversas cores disponíveis do 10x10 brilhante, com
textura incomparável, cores da última tendência do mercado mundial,
com destaque para o amarelo, laranja e vermelho.
Linha quadra ganha misturadoresmonocomando Ao conceito de referência em design
que acompanha seus produtos, a
linha Quadra, da Meber, agora
agrega o apelo da praticidade. A
coleção de metais sanitários ganha o
complemento dos misturadores
monocomando, trazendo às salas de
banho a comodidade do ajuste de
temperatura e vazão d'água com
apenas um toque. Incrementando a
linha, aparecem os misturadores
monocomando para chuveiro, bidê e
lavatório (na versão de balcão).
Os lançamentos estão entre as
opções de metais para o segmento
de alta decoração que a marca
disponibiliza no portfólio da linha
Studio Meber, com coleções
diferenciadas pela combinação de
design e sofisticação.
98 ACOMAC BAHIA
Associados
CAPITALA & B TINTAS3213-5773 - [email protected]
A LUMINÁRIA3312-5447 - [email protected]
BAHIACABOS3277-6222 - [email protected]
BARREIRAS MAT CONST3257-6250/5458 - [email protected]
BOM DE PREÇO3461-8566 - [email protected]
BRIMAFE3395-1430 - [email protected]
CASA AMÉRICA3356-7055 - [email protected]
CASA ELOY3186-7780 - [email protected]
CASA POPULAR3306-0253 [email protected]
CASA PRONTA3388-1002 [email protected]
CASA SÃO JOÃO3248-1033
CASARÃO DO PISO3381-5927/5810 [email protected]
COMAMPAC2109-3900 - [email protected]
COMERCIAL NOVOLAR3398-2743
COMERCIAL RAMOS2102-7199 [email protected]
CONSTRUPISO3255-8033 - [email protected]
CONSTRUSOUZA3393-3055 - [email protected]
CSA COM. FERRO3385-6308 - [email protected]
DCB DISTR. CIMENTO3301-7999 - [email protected]
DEP. SÃO JERONIMO3215-2180
DISMEL3340-0444 - [email protected]
DR MAT DE CONST.3376-3322 - [email protected]
ELEMATEC3356-7588 - [email protected]
ESCALA MAT DE CONST.71-3304-2965
FARMAC3244-4155
FERRAGENS BOM PREÇO3322-7756
GARGUR3281-7600 - [email protected]
GOMEIA MAT CONSTR3214-8530 - [email protected]
GOYA MAT CONSTR3241-0903 - [email protected]
IRMÃOS QUEIROZ3503-8080 - [email protected]
LEO MADEIRAS3255-3000 - [email protected]
LOJA DO [email protected]
MAD. CRISTO [email protected]
MADEIREIRA BROTAS3418-9999 - [email protected]
MADEIREIRA ITAPON3286-8800 - [email protected]
MADEIREIRA SÃO FELIPE3256-2114 - [email protected]
MADEIREIRAS E TELHAS 71-3362-2922 - [email protected]
MANGUEIRÃO3215-2212 - [email protected]
MASTER MATERIAIS3356-3982
N. P TEXEIRA MAT COST32857132
NERI COML DE TINTAS3521-0098
NOGUEIRÃO3395-0722 - [email protected]
NORDESTÃO3255-2150 - [email protected]
NOVOLAR3521-1573 - [email protected]
O BAIANÃO3381-1605 - [email protected]
O BRASILEIRO3388-1001 - [email protected]
O FAZENDÃO3616-3586 - [email protected]
O REI DA CONSTRUÇÃO3377-6019 - [email protected]
TIJOLINHO3359-1479
OGUNJÁ3276-8666
PARFEL *3316-8700 - [email protected]
PISOS E CIA 71-3389-6706 - [email protected]
PORTINARI3246-8244 - [email protected]
SETÚBAL MATERIAIS3521-1229 - [email protected]
SHOW DE PISOS3257-2992
SJT MADEIREIRA3244-1825 - [email protected]
SUPER D2105-2277 - [email protected]
SUPER LOJA JB3371-4523
TEA TINTAS3234-0355 - [email protected]
TEND TUDO2108-5000 - [email protected]
TERWAL MÁQUINAS3326-8801 - [email protected]
VAREJÃO DAS CORES71-3555-9619 - [email protected]
VIVENDA3244-3399
CORINGA MATERIAIS3301-0235 - [email protected]
CPPS-COM.IND. PREMOLDADOS3239-0508 - [email protected]
ESCALA MAT DE CONST.71-3304-4725 - [email protected]
ESCALA MAT DE CONST.3213-6688
O GIRAFÃO3307-1072 - [email protected]
SILFERMA 3305-0728
TORRES MAT. DE CONST.3395-1384 - [email protected]
INTERIORA CASA DO CONSTRUTORConc. do Jacuipe75 3243-2412
ANDAIMEBarreiras - [email protected]
APOIO DA CONSTAmargosa - 75 3634-2009
ATAKE MAT CONSTItabuna - 73 [email protected]
BELLO FERRAGENSL. de Freitas - [email protected]
BLOCOLARItabuna - 73 [email protected]
CAÇULINHA MAT CONSTItabuna - 73 [email protected]
CAJAZEIRACamacan - 73-3283-1665/[email protected]
CANTEIRO DE OBRASPetrolina - 87 [email protected]
CARNEIRO MAT.DE CONSTCotegipe - [email protected]
CASA AMORIML. de Freitas - [email protected]
CASA AVENIDAJequié - 73 [email protected]
CASA BAHIANACampo Formoso - 74 3641-1455
CASA CAMPOSBarreiras - 77 [email protected]
CASA J. BARROSEntre Rios - 75 [email protected]
CASA O FERRAGEIROPaulo Afonso - 75 3281-3030
CASA PAULINO MAT.Jequié - [email protected]
CASTELOFORTEBom J. da Lapa - 77-3481-5331
CENTRAL DA CONST.F.de Santana - 75 [email protected]
CHALÉ BELA VISTAMucuri - [email protected]
CIMETAL MAT CONST.Canavieiras - 73 [email protected]
CKLL. de Freitas - 3379-0980
COMERCIAL MARKOLuiz Eduardo Magalhã[email protected]
COMTEBRA COMLL. de Freitas - [email protected]
CONLARItabuna - [email protected]
CONSTR. COSTA E SILVAMedeiros Neto - 73 [email protected]
CONSTROLUXIpirá - [email protected]
CONSTRU CASACristopolis - 73-3618-1151
CONSTRUA MAT CONSTRCamaçari3624-2949
CONSTRUFÁCILItabuna - 73-3612-2651
CONSTRUFORT (GLAUBER)Jaguarari - 74-3532-1231
CONSTRULAJE MAT Ipira - 75-3254-2222
CONSTRUMADCamaçari - 71 [email protected]
CONSTRUSHOPEuc. da Cunha - [email protected]
CORTES E RAMOSBoquira - [email protected]
DIMACOL MAT CONSTRCacule - 77 [email protected]
DISMACONAlagoinhas - 75 [email protected]
EXTRA CONSTRUÇÃOItabatã - 73 [email protected]
FERMACON MAT. CONSTR.Barreiras - 77 [email protected]
GUILHERME MATERIAL Poções - [email protected]
HIDRALUZCanavieiras - 73 [email protected]
HIPERLAJECamaçari - 71 3678-1145
IMPACTO CIMENTOSL de Freitas - [email protected]
INTER PISOSJequie - 73 3526-5317
LOBO RURALCamaçari - [email protected]
LOJA AVENIDAIpiau - 73 [email protected]
LOJAS BURITIItabuna - 73 [email protected]
MAD. SIMONICAL de Freitas - [email protected]
MADEIREIRA MARAVILHABom J. da Lapa - [email protected]
MADEIREIRA MIRENNA Jaguarari - [email protected]
MADEIREIRA SERAFIMJuazeiro - [email protected]
MADEIROLEsplanada - 75 [email protected]
MADEMILGuanambi - 77 [email protected]
MAGOLCansanção75 [email protected]
MATECOLS. Mig. das Matas75-3676-2106
MANSÃO DA CONSTRUÇÃOSimões [email protected]
ACOMAC BAHIA 99
MERCANTEFeira de Santana - [email protected]
MONIC HIPERS Sebast do Passé - [email protected]
MP CONSTRUÇÕESCandeias - [email protected]
NACIONAL MADEIRAJuazeiro - [email protected]
NOSSA SRA APARECIDALuís Ed. Mag - 77 [email protected]
O CASARÃOEunápolis - 73 [email protected]
O CASARÃOGuaratinga - Ba (73) 3277-2000
O CASARÃO CONSTRUELETROItabela-Ba (73) 3270-2227
O MANGUEIRÃOL de Freitas - 3369-2743
ORGANIZAÇÃO MACEDOIrecê74 [email protected]
PAI MENDONÇAItabuna - [email protected]
PAMACAlmadina - 73 [email protected]
PASSOS CONSTRUÇÕESRibeira Pombal - 75 [email protected]
PJ CONSTRUÇÕESItabuna - 73 [email protected]
POPULAGE MAT CONSTRCamaçari - [email protected]
POPULAR MAT CONSTR.Porto Seguro - 73 [email protected]
PORTAL DA CONSTRUÇÃ[email protected]
PORTÃO MATERIAISL. de Freitas - [email protected]
PREMAPÁ MAT CONST.Camaçari71 [email protected]
R.E BAZAR MAT CONST E TRANSPEunapolis73 [email protected]
RURAL QUIMICA AGROPECUÁRIA [email protected]
SCHRAMM MATERIAISL. de [email protected]
SOPISOS Ilhé[email protected]
TELEBLOCOS MATERIAISCandeias - 3605-3601
TINTAS ALVESF. de Santana - [email protected]
TOTAL MAT CONSTR.L. de Freitas - [email protected]
VALTER MATERIAIS P/CONSTRUÇÃOFeira de Santana - 75-6322-3121 [email protected]
VAPT BLUEL. de Freitas [email protected]
VIÇOSA MAT. DE CONSTRUÇÃO Nova Viçosa - 73-3208-1435
VILAS BOASJacobina74 [email protected]
WEBER MAT CONSTRCanavieiras - 73 [email protected]
Guia do RepresentanteWALTER MELO REPRESENTAÇÕES
Rua João B. Cerqueira, 251 - 1002 - Bl. C - PitubaCep.: 41.830-580 - Salvador - BA
Telefax.: (71)3353-8404 Cel.: 8859-9040ALTENA BRASIL (Licenciada Targett), ILUMATIC,
ORKKON LUSTRES, VENTILADORES SPIRITContato: WALTER MELO
IN BAHIA REPRESENTAÇÕES LTDA.R. Waldemar Falcão, 227 - Shopping Horto Center - Sala 210
Brotas - Cep.: 40.296-710 Salvador - BA-Telefax.: (71) 3276-0234 Tel.: 3492-8804 Cel.: 9168-1221
email: [email protected]
Contato: ITAMAR MARQUES / LUCIA
STAM UNIÃO MUNDIAL VENTISOL(Fechaduras / Cadeados) (Dobradiças / Ferragens) (Ventiladores / Exaustores)
MANTAC MACX/COLA(mangueiras / tubos) (Argamassa / rejuntes)
DÍNAMO REPRESENTAÇÕES LTDA.Loteamento Marissol II, Q. 12 Rua ItagiCep.: 42.700-000 Lauro de Freitas - BA
Telefax (71) 3378-7330 Cel.: (71) 9967-6721e-mail: [email protected]
CERÂMICA INCESA - BASSANI MADEIRASContato: CELSO SOARES
D MARTINS REPR. LTDAR. Priscila B. Dutra, 263 - Vilas do Atlântico - Quadra
A Lote 24 - CEP - 42700-000Fone / Fax:(71) 3369-0104 - Cel:9982-1510/8127-2277
e-mail: [email protected] (Impermeabilizantes), VIQUA (Torneiras e Plasticos
de engenharia), DUCHA CORONA, MAGNET (Haste de aterramento), INTRAL (Reatores e Luminárias)
Contato: MARTINS
PUMA REPRESENTAÇÕES LTDAAv. Paulo Filadelfor, nº 30 - Vitória da Conquista-BA -CEP: 45050-020 - Telefax: 77 3421-2063 / 77 9135-4860
email.: [email protected] DECA METAIS / SICMOL S.A. / COTTO BAHIA (Cerâmica
Fenix) / CERÂMICA VISTA BELLAContato: JÚNIOR ALMEIDA
LEANDRO DO OESTE REPRESENTAÇÕESTelefone: 75 3223-1780 / 7280 / 77 9115-9788
email.: [email protected] EXPAMBOX (Armários de Banheiro)
UNOCANN (Tubos e Conexões) / ARGALIT
Contato: JORGE LEANDO
ROBERT REPRESENTAÇÕES LTDARua Arthur de Azevedo Machado, 317 - Sala 101
Telefax: 71 3342-7293 / 7284 - 71 8133-2699email.: [email protected]
EUCATEX / FORMICA / EUCAFLOOR /
Contato: ROBERT
DSD REPRESENTAÇÕES Rua Praia de Aratuba, 233 - apt. 702 - edf. Up Tower
Residence - Parque Bela Vista - Brotas - Telefax: 71 3452-3384 / 71 9112-7883 / 9956-4245
email.: [email protected] PHILIPS (Iluminação) PRYSMIAN (Cabos e sistemas)
Contato: DILTON DULTRA
PARA ANUNCIAR:
(71) 3344-1911 / 1624 - CEL: (71) 9207-4337
CONTATO: MARA MACHADO
100 ACOMAC BAHIA
Av. Joana Angelica, 902 - Edf. Forum Empresarial - Salas
603/604 CEP: 40050-001 - Salvador-BA - Tel.: (71) 3241-8466 -
Fax: 3243-5203 Cx. Postal 1829 - e-mail: [email protected]
FECHADURAS - REATORES - INTERRUPTORES
LOUÇAS SANITÁRIAS - LÂMPADAS E LUMINÁRIAS
Contato: ANA LUÍZA / FEITOSA / ANDRÉ
Guia do Representante