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20 Março Seg Solenidade litúrgica de São José Haverá missas nas três igrejas conforme horário ferial. 22/23 Março Qua/Qui | Noite da Palavra 24 Março Sex | Jornada "24 horas para o Senhor" (ver cartaz) 25 Março Sáb | Solenidade da Anunciação do Senhor 26 Março Dom |4º Domingo da Quaresma Assembleia Diocesana de Catequistas Tema: FAMÍLIA E EDUCAÇÃO DA FÉNo Externato da Luz, das 9h30 às 17h 1 Abril Sáb | Concerto dos Sons pela Cidade, às 21h30 na Igreja de S. Max Quartetos com Flauta de Mozart Solistas: Nuno Inácio (flauta), Rui Antunes (violino), Sérgio Sousa (viola), Carolina Freitas (violoncelo) 2 Abril Dom | 5º Dom Quar Jornada Diocesana da Juventude 5/6 Abril Qua/Qui | Noite da Palavra 7 Abril Sex | Via-Sacra (Sta. Clara às 18h, Sta. Beatriz às 18h30, S. Maximiliano às 21h) Aconteceu «Neste tempo de caminhada quaresmal, em que também preparamos o Centenário das Aparições e a chegada do Papa Francisco, os jovens da Vigararia Lisboa II, no passado dia 12 de Março, aceitaram o desafio de peregrinar desde a Igreja de S. José dos Olivais até à Igreja de S. Vicente de Fora. Ao longo da caminhada, puderam refletir sobre eles próprios, o outro e a relação entre ambos. Esta última etapa (Eu e o outro - O outro é Dom) não se tratou apenas de reflexão, mas de confiar as suas vidas na mão do outro. Enquanto caminhavam em pares, uns de olhos vendados e os outros com a missão de os guiar, mais curioso ainda, os pares eram constituídos por pessoas de paróquias diferentes e não haveria troca de posições... "Serei guia ou serei guiado?", "Oh, vou agora de olhos vendados...", "Mas como irei confiar numa pessoa que não conheço?"... Estas terão sido algumas das perguntas interiores que terão feito, mas não tiveram medo de arriscar. Será que entregamos as nossas vidas nas mãos de Deus...? O dia culminou com o Terço Diocesano; mesmo com o cansaço, rezamos com Maria de coração cheioSara Almeida «Pudemos conhecer pessoas que se movem pela mesma fé que nós. Além disso, foi engraçado descobrir novos locais da cidade.» Rita Rodrigues «Foi um Domingo muito bem passado, que através das dinâmicas, dos momentos de silêncio, das reflexões e também dos momentos de lazer, ajudaram a fortalecer em cada um de nós a Mensagem de Fátima. Mostrando que cada um de nós é um DOM de Deus.» Pedro Guerreiro Ano VIII N.º 26 | 19 de Março | 2017 Francisco: Papa, há quatro anos Escrevo no dia aniversário da eleição de Jorge Mário Bergoglio a Bispo de Roma e Papa da Igreja católica. Ontem à tarde [Domingo 12 de Março], em visita a uma Paróquia de Roma, Papa Francisco, respondendo às perguntas das crianças, sentado no meio do campo de futebol, disse que se tivesse dado muito dinheiro aos cardeais para ser Papa não teria conseguido, porque quem o escolheu foi o Espírito Santo. Já passaram quatro anos e, ainda hoje, não esquecemos aquele "Buonasera" (boa tarde), no findar do dia 13 de Março de 2013. E, depois da simples apresentação - «os meus irmãos cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo» - o pedido de rezar por ele, o silêncio e o corpo curvado que se deixava abençoar pelos homens e mulheres de todo o mundo. Papa Francisco é amado porque reveste de vida quotidiana o Evangelho; a sua fé enraíza-se na Palavra de Deus e na oração; o seu estilo de vida privilegia os pobres e os "afastados". A ele, muita gente olha com esperança, confiando-lhe aflições e sonhos. Francisco procura viver o que anuncia, sem a presunção de aparecer perfeito, aliás apresentando-se como um pecador e necessitado. Como Papa, até agora, ofereceu-nos documentos valiosíssimos: as duas exortações apostólicas Evangelii Gaudium (24 Novembro de 2013) sobre a alegria de anunciar o Evangelho, convidando toda a Igreja a uma conversão missionária; e a Amoris Laetitia (19 de Março de 2016), sobre a alegria do Amor, falando sobretudo da vocação e missão da Família, hoje. E não podemos esquecer a carta encíclica Laudato si' (24 de maio de 2015), sobre a necessidade de conservar o planeta, a nossa "casa comum". Mas são sobretudo as atitudes do Papa Francisco que penetram no coração dos nossos contemporâneos. Quando escuta e sussurra, quando sorri ou fica em silêncio e a pensar, quando abraça as pessoas ou quando levanta a voz para condenar os males do nosso tempo: a economia que mata, a corrupção, o comércio das armas, a guerra aos pedaços, a cultura do descarte e da indiferença, os muros de separação, as violências contra as crianças e as mulheres. No início da Quaresma, durante a oração mariana do Angelus dominical, convidou-nos a utilizar a Bíblia, assim como utilizamos o telemóvel: sempre connosco. Será que, depois de quatro anos, conseguimos passar da admiração pelo Papa Francisco à atuação de algumas das suas exortações? Aproxima-se a sua vinda a Fátima. Com que espírito nos preparamos a acolher a sua pessoa e a sua palavra? frei Fabrizio

Aconteceu - Franciscanos Conventuais de Maro.pdf · 19 de Março de 2016, sobre a alegria do Amor, falando sobretudo da vocação e missão da Família, hoje. E não podemos esquecer

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Page 1: Aconteceu - Franciscanos Conventuais de Maro.pdf · 19 de Março de 2016, sobre a alegria do Amor, falando sobretudo da vocação e missão da Família, hoje. E não podemos esquecer

20 Março Seg Solenidade litúrgica de São José Haverá missas nas três igrejas conforme horário ferial.

22/23 Março Qua/Qui | Noite da Palavra

24 Março Sex | Jornada "24 horas para o Senhor" (ver cartaz)

25 Março Sáb | Solenidade da Anunciação do Senhor

26 Março Dom |4º Domingo da Quaresma Assembleia Diocesana de Catequistas Tema: “FAMÍLIA E EDUCAÇÃO DA FÉ” No Externato da Luz, das 9h30 às 17h

1 Abril Sáb | Concerto dos Sons pela Cidade, às 21h30 na Igreja de S. Max Quartetos com Flauta de Mozart Solistas: Nuno Inácio (flauta), Rui Antunes (violino), Sérgio Sousa (viola), Carolina Freitas (violoncelo)

2 Abril Dom | 5º Dom Quar Jornada Diocesana da Juventude

5/6 Abril Qua/Qui | Noite da Palavra

7 Abril Sex | Via-Sacra (Sta. Clara às 18h, Sta. Beatriz às 18h30, S. Maximiliano às 21h)

Aconteceu

«Neste tempo de caminhada quaresmal, em que também preparamos o Centenário das Aparições e a chegada do Papa Francisco, os jovens da Vigararia Lisboa II, no passado dia 12 de Março, aceitaram o desafio de peregrinar desde a Igreja de S. José dos Olivais até à Igreja de S. Vicente de Fora. Ao longo da caminhada, puderam refletir sobre eles próprios, o outro e a relação entre ambos. Esta última etapa (Eu e o outro - O outro é Dom) não se tratou apenas de reflexão, mas de confiar as suas vidas na mão do outro. Enquanto caminhavam em pares, uns de olhos vendados e os outros com a missão de os guiar, mais curioso ainda, os pares eram constituídos por pessoas de paróquias diferentes e não haveria troca de posições... "Serei guia ou serei guiado?", "Oh, vou agora de olhos vendados...", "Mas como irei confiar numa pessoa que não conheço?"... Estas terão sido algumas das perguntas interiores que terão feito, mas não tiveram medo de arriscar. Será que entregamos as nossas vidas nas mãos de Deus...? O dia culminou com o Terço Diocesano; mesmo com o cansaço, rezamos com Maria de coração cheio.» Sara Almeida

«Pudemos conhecer pessoas que se movem pela mesma fé que nós. Além disso, foi engraçado descobrir novos locais da cidade.» Rita Rodrigues

«Foi um Domingo muito bem passado, que através das dinâmicas, dos momentos de silêncio, das reflexões e também dos momentos de lazer, ajudaram a fortalecer em cada um de nós a Mensagem de Fátima. Mostrando que cada um de nós é um DOM de Deus.» Pedro Guerreiro

Ano VIII N.º 26 | 19 de Março | 2017

Francisco: Papa, há quatro anos Escrevo no dia aniversário da eleição de Jorge Mário Bergoglio a Bispo de Roma e Papa da Igreja católica. Ontem à tarde [Domingo 12 de Março], em visita a uma Paróquia de Roma, Papa Francisco, respondendo às perguntas das crianças, sentado no meio do campo de futebol, disse que se tivesse dado muito dinheiro aos cardeais para ser Papa não teria conseguido, porque quem o escolheu foi o Espírito Santo.

Já passaram quatro anos e, ainda hoje, não esquecemos aquele "Buonasera" (boa tarde), no findar do dia 13 de Março de 2013. E, depois da simples apresentação - «os meus irmãos cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo» - o pedido de rezar por ele, o silêncio e o corpo curvado que se deixava abençoar pelos homens e mulheres de todo o mundo. Papa Francisco é amado porque reveste de vida quotidiana o Evangelho; a sua fé enraíza-se na Palavra de Deus e na oração; o seu estilo de

vida privilegia os pobres e os "afastados". A ele, muita gente olha com esperança, confiando-lhe aflições e sonhos. Francisco procura viver o que anuncia, sem a presunção de aparecer perfeito, aliás apresentando-se como um pecador e necessitado. Como Papa, até agora, ofereceu-nos documentos valiosíssimos: as duas exortações apostólicas Evangelii Gaudium (24 Novembro de 2013) sobre a alegria de anunciar o Evangelho, convidando toda a Igreja a uma conversão missionária; e a Amoris Laetitia (19 de Março de 2016), sobre a alegria do Amor, falando sobretudo da vocação e missão da Família, hoje. E não podemos esquecer a carta encíclica Laudato si' (24 de maio de 2015), sobre a necessidade de conservar o planeta, a nossa "casa comum". Mas são sobretudo as atitudes do Papa Francisco que penetram no coração dos nossos contemporâneos. Quando escuta e sussurra, quando sorri ou fica em silêncio e a pensar, quando abraça as pessoas ou quando levanta a voz para condenar os males do nosso tempo: a economia que mata, a corrupção, o comércio das armas, a guerra aos pedaços, a cultura do descarte e da indiferença, os muros de separação, as violências contra as crianças e as mulheres. No início da Quaresma, durante a oração mariana do Angelus dominical, convidou-nos a utilizar a Bíblia, assim como utilizamos o telemóvel: sempre connosco. Será que, depois de quatro anos, conseguimos passar da admiração pelo Papa Francisco à atuação de algumas das suas exortações? Aproxima-se a sua vinda a Fátima. Com que espírito nos preparamos a acolher a sua pessoa e a sua palavra?

frei Fabrizio

Page 2: Aconteceu - Franciscanos Conventuais de Maro.pdf · 19 de Março de 2016, sobre a alegria do Amor, falando sobretudo da vocação e missão da Família, hoje. E não podemos esquecer

1ª Leitura (Ex 17, 3-7) «Dá-nos água para beber»

Salmo 94 (95) Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.

2ª Leitura (Rom 5, 1-2.5-8) «O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado»

Evangelho (Jo 4, 5-15.19b-26.39a 40-42 ) «A fonte da água que jorra para a vida eterna»

Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, junto da propriedade que Jacob tinha dado a seu filho José, onde estava o poço de Jacob. Jesus, cansado da caminhada, sentou-Se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-Me de beber». Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Respondeu-Lhe a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?». De facto, os judeus não se dão com os samaritanos. Disse-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz: ‘Dá-Me de beber’, tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva». Respondeu-Lhe a mulher: «Senhor, Tu nem sequer tens um balde e o poço é fundo: donde Te vem a água viva? Serás Tu maior do que o nosso pai Jacob, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, com os seus filhos e os seus rebanhos?». Disse-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede. Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna». «Senhor, – suplicou a mulher – dá-me dessa água, para que eu não sinta mais sede e não tenha de vir aqui buscá-la. Vejo que és profeta. Os nossos pais adoraram neste monte e vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar». Disse-lhe Jesus: «Mulher, acredita em Mim: Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vai chegar a hora – e já chegou – em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito e os seus adoradores devem adorá-l’O em espírito e verdade». Disse-Lhe a mulher: «Eu sei que há-de vir o Messias, isto é, Aquele que chamam Cristo. Quando vier há-de anunciar-nos todas as coisas». Respondeu-lhe Jesus: «Sou Eu, que estou a falar contigo». Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da palavra da mulher. Quando os samaritanos vieram ao encontro de Jesus, pediram-Lhe que ficasse com eles. E ficou lá dois dias. Ao ouvi-l’O, muitos acreditaram e diziam à mulher: «Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo»

Palavra da salvação.

Aclamação

A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo, Nosso Senhor.

III DOMINGO DA QUARESMA

Oração Senhor, hoje venho pedir-Te um pouco de agua para o meu coração árido e sequioso. Há muito tempo que não sinto que a água da alegria enche a minha vida de felicidade. Há muito tempo que se esgotou A minha esperança e o meu futuro. como a erva em tempo de seca. Senhor, hoje venho até junto de Ti para que me dês a água da vida. Prepara todo o meu ser para que dê uma colheita abundante de paz, alegria e generosidade. Ámen

Jesus é Água!

FAMÍLIA CONSTRUTORA DE PAZ é em 2017 o tema central da Semana Nacional Cáritas, que este ano decorre entre 12 e 19 de Março. A Paz, como qualquer outro bem ou valor que se deseje ver realizado no mundo, começa em casa, na relação entre pais e filhos, o que significa que não será de todo possível terminar com a ausência de paz ou com o que a possa constantemente ameaçar em qualquer lugar, sem que a paz se viva em cada casa, no seio de cada família. O peditório a realizar nessa semana reponde à constante necessidade de recursos na abordagem das mais variadas problemáticas. Contribua! 20% da soma realizada revertem a favor da paróquia, com o objetivo de colaborar com a ação social levada a cabo, localmente, por cada comunidade cristã.

Esmola: chamamento à santidade

A liturgia quaresmal é, de forma sui generis, moralizante e edificadora. Deve-se reiterar que este é um período que, de forma frontal e perseverante, apela à moralização da nossa vida cristã, que deve influenciar a nossa existência enquanto seres criados para a liberdade, baseada na responsabilidade, e para a comunhão com Deus e os irmãos. No primeiro dia da Quaresma, o Evangelho aludia às abundantes formas de efetivar boas obras, abordando a esmola, sobre a qual dissertava: “Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa” (cf. Mt 6, 3-4). Durante a vida pública de Jesus, este era um aviso sério, um apelo para que a esmola, dada em público, não se tornasse um motivo de vanglória, mantendo-se atual.

João Paulo II, numa Audiência Geral, em Março de 1979, afirmou que a esmola é conversão: “Esta abertura aos outros, que se exprime com o «auxílio», com o «repartir» a comida, o copo de água, a palavra amável, o conforto, a visita, o tempo precioso, este dom interior oferecido ao outro homem chega diretamente a Cristo, diretamente a Deus. Decide do encontro com Ele. É a conversão”. A Igreja convida-nos à partilha generosa, que pode ser feita de duas formas: material ou espiritualmente. A primeira, a

título de sugestão, pode ser concretizada através da renúncia quaresmal, a partilha que cada cristão é convidado a fazer com a Igreja Diocesana e que depois é destinada a apoiar as causas mais necessárias e urgentes, principalmente no plano social; a segunda, correntemente menos realizada, atinge o seu auge na prática das Obras de Misericórdia, qual programa de vida para todos os homens e mulheres de boa vontade: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, visitar os doentes, dar bons conselhos, corrigir os que erram, rezar pelos vivos e pelos defuntos; entre outras, num total de catorze, divididas em obras de misericórdia corporais e espirituais. Nesta Quaresma, o Patriarcado de Lisboa destinará a renúncia quaresmal para as obras no Seminário dos Olivais. Pode este ser, pois, um bom motivo para colaborarmos. Espiritualmente, podemos, e devemos, rezar uns pelos outros, estar atentos aos nossos familiares, ser simpáticos com todos. Porque, acima de tudo, devemos ter desejo de santidade, dado que a esmola, como afirmou o Papa Francisco, no Ano da Misericórdia, mais do que atirar uma moeda ao ar, deve ser parar e falar com quem pede.

Diogo Ribeiro de Campos