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CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ “Nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com nova redacção que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, as actas são publicitadas na integra, mediante edital afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação, tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia externa das decisões”. ACTA N.º 23/2006 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 04-12-2006

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C Â M A R A M U N I C I P A L D A F I G U E I R A D A F O Z

“Nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,

com nova redacção que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11

de Janeiro, as actas são publicitadas na integra, mediante edital

afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação,

tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia

externa das decisões”.

AACCTTAA NN..ºº 2233//22000066

RREEUUNNIIÃÃOO OORRDDIINNÁÁRRIIAA DDEE

0044--1122--22000066

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CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

1

LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município---------------------------------

DATA –04-12-2006 ---------------------------------------------------------------

A reunião iniciou-se com a presença de:-----------------------------------------

PRESIDENTE - António Baptista Duarte Silva

VEREADORES - Victor Manuel Sarmento Cruz

- António Paulo Martins Pereira Coelho

- José António da Paz Cardoso Ferreira

- Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes

- Maria Teresa de Figueiredo Viana Machado

- Aida Lurdes Bicho Lopes Cardoso

- José Elísio Ferreira de Oliveira

- António Joaquim Ribeiro da Silva Tavares

ABERTURA DA REUNIÃO – Dezasseis horas, deu-se início à reunião, sendo a mesma

secretariada pelo Director do Departamento Administrativo, Financeiro e de

Recursos Humanos, Victor Manuel Tavares da Silva Pereira, coadjuvado pela Chefe

de Secção Maria Margarida Madeira Valério de Mesquita.--------------------------

ACTA DA REUNIÃO ANTERIOR – A acta da reunião ordinária do dia 20 de Novembro de

2006, depois de lida, foi posta à discussão e aprovada por unanimidade.---------

O Presidente deu início à reunião com o período de antes da ordem do dia, em

cumprimento do artº 86º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei

nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro.--------------------------------------------------

PERIODO ANTES DA ORDEM DO DIA

INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DO EXECUTIVO

INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE

1 - INCLUSÃO DE PONTOS NA RESPECTIVA AGENDA DE TRABALHOS

O Presidente propôs que fosse incluído, por aditamento, na agenda de trabalhos

desta reunião, a fim da Câmara analisar e votar na altura própria, os seguintes

assuntos:-----------------------------------------------------------------------

- Doação ao Município de Bem Imobilizado, Fracção A, do Bloco R, da Urbanização

Gala-Sidney.--------------------------------------------------------------------

- Voto de Pesar, pelo falecimento de José Matias Poeta.-------------------------

A Câmara tomou conhecimento e, procedendo à votação, deliberou, por unanimidade,

aprovar a admissão dos referidos pontos.----------------------------------------

2 - CERIMÓNIA DE ABERTURA DO IC8 – LOURIÇAL (A17/IC1) E O NÓ DE POMBAL

(A1/IP1)

O Presidente informou que hoje, da parte da manhã, procedeu-se à cerimónia de

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abertura ao tráfego da concessão Litoral Centro entre o IC8 – Louriçal (A17/IC1)

e o Nó de Pombal (A1/IP1), que era uma benfeitoria nas acessibilidades à

Figueira da Foz há muito tempo reconhecida como de grande importância e que foi

hoje concretizada. Presidiu a esta cerimónia o Ministro das Obras Públicas,

Transportes e Comunicações, Engº Mário Lino, tendo tornado público da data

previsível para a abertura ou inauguração da A17 até ao mesmo Nó do Louriçal, em

16 de Maio do próximo ano, e conclusão da ligação entre esse Nó e Mira para o

princípio de 2008. Ficando, assim, concluídas as grandes ligações em termos de

auto-estradas que envolvem a Figueira da Foz.-----------------------------------

Referiu, ainda, que o Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das

Comunicações, também, no seguimento desta cerimónia, visitou a obra da Ponte da

Gala, onde, para além das informações que lhe foram prestadas sobre a sua

evolução, também foi dada a informação, em termos de investimento das Estradas

de Portugal, que a obra da Variante de Tavarede, conhecida pela Variante do Galo

D`Ouro, terá inicio no primeiro trimestre do próximo ano e, em 2008, antes do

Verão, não tendo data exacta, estará a funcionar a nova “Ponte dos Arcos” e o Nó

de Tavarede.--------------------------------------------------------------------

Informou, também, que está prevista a movimentação do porto da Figueira da Foz

por ter alcançado, pela primeira vez, um milhão de toneladas, estando prevista,

para o próximo dia sete, a visita da Secretária de Estado dos Transportes, Eng.ª

Ana Paula Vitorino, para assistir a uma cerimónia relativamente a este

acontecimento, esperando naturalmente, por ocasião dessa visita, que seja

revelada a programação para a tão desejada obra de acessibilidades marítimas ao

porto da Figueira da Foz.-------------------------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso quis agradecer, em relação às obras estruturantes, tanto

a que foi inaugurada hoje, como as que ainda estão previstas para o Concelho da

Figueira da Foz, a todas as pessoas e entidades envolvidas, salientando que “As

obras são de quem as sonha e de quem as faz”, sendo evidente que, quem as faz

tem que as pagar, e tem mais dificuldades do que quem as sonha, mas é sempre

importante existir quem as sonhe. Ou seja, numa altura em que o País atravessa

por dificuldades financeiras, temos um Governo do Partido Socialista que

finalmente se lembrou da nossa terra e de “desencravar” o problema das

acessibilidades que, de facto, tem sido dramático, ao longo destes últimos anos

e que não tem permitido o desenvolvimento na nossa terra. Deste modo, agradece a

quem sonhou e a quem propôs esta obra, que foi inaugurada hoje, sem ter sido

dado prioridade à A14, como o que foi anteriormente proposto pelo Dr. Pedro

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Santana Lopes. Também estão gratos ao Secretário de Estado da altura, Dr. Luís

Parreirão, que aceitou essa inclusão. Acrescentou, ainda, que não se trata de

ter de “puxar a brasa à sardinha de ninguém”, até porque não têm tido

intervenções públicas no sentido de o fazer, mas acham que “o seu a seu dono” e

o principal agradecimento tem de ser para quem faz a obra e para quem a paga,

que é o Governo.----------------------------------------------------------------

O Vereador Lídio Lopes retorquiu que era preferível assumir, logo de uma vez, o

que pretendia afirmar, porque primeiro “puxa a brasa de toda a sua sardinha” e

depois diz que não é essa a sua intenção, isto é, primeiro diz que devemos

agradecer a este Governo Socialista ter feito a obra e depois acrescenta que não

devemos “puxar a brasa à nossa sardinha”. E salientou que, em termos correctos,

no Governo do Dr. Pedro Santana Lopes, foi assinado um Contrato de Adjudicação,

da entrega da obra A17 e do IC8, que foi hoje inaugurado, assim como, a

resolução definitiva do problema da “Ponte dos Arcos”. Acrescentou que estas são

questões que já vinham detrás. Relembrou que foi, recentemente, testemunha de

uma situação colocada por um jornalista ao Presidente, pela qual lhe foi

solicitado que tecesse um comentário sobre a questão de ter sido ele a propor e

a incentivar que a “Ponte dos Arcos” fosse hoje uma realidade, e agora via esta

ponte a ser construída num Governo Socialista. Ao que o Presidente respondeu: “E

depois? O Governo é da Nação, não é do Partido Socialista! E na altura era

candidato, agora pertenço à Câmara”. Aproveitando o que o Vereador Paz Cardoso

disse sobre “o seu ao seu dono”, o Vereador Lídio Lopes querendo, também, “puxar

a brasa à sua sardinha” acrescentou que o actual Presidente da Câmara, aquando

da sua campanha eleitoral, apresentou um projecto que está agora a ser executado

e que, na altura, até ganhou um concurso público, porque foi considerado uma boa

solução. Mas, continuou, o que importa agora, é que as obras estão a acontecer

na Figueira da Foz, não importa se o mérito é do actual Presidente da Câmara,

porque conseguiu mobilizar a atenção, a vontade e a disponibilidade do Governo

para aqui, ou se é do Governo, porque decidiu apostar nesta cidade. Desde 93 que

se fala na Variante de Tavarede, e nessa altura, foi apresentado pelo Governo

Socialista, uma solução em parede, um maciço de terra, com dez metros de altura

que atravessava Tavarede. Mas, o que importa, é que vamos ter a Variante de

Tavarede daqui a um ano, que vai resolver os nossos problemas de trânsito no

“Galo D´Ouro”, permitindo uma acessibilidade Norte/Sul mais facilitada. Concluiu

referindo que o que importa é que as obras aconteçam. Já alguém dizia “Quanto

mais lama eu vejo, mais resultados verei daqui a um ano” o que é verdade.-------

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O Vereador Paz Cardoso referiu que tentou ser claro no que disse. Por acaso

esqueceu-se, e não foi propositadamente, da intervenção do actual Presidente da

Câmara em relação à “Ponte dos Arcos”, porque não falou dela. Voltou a salientar

que é importante que haja capacidade para sonhar, tendo contudo, que agradecer a

quem faz. Em relação a estas obras, tanto a que foi inaugurada, como a que o

será proximamente, não deixa de ser verdade, que foram iniciadas e colocadas em

plano no Governo do Partido Socialista, e que foram interrompidas porque nunca

tiveram verbas em Orçamento para serem executadas no Governo do PSD - nem no

Governo do Dr. Durão Barroso nem no do Dr. Pedro Santana Lopes -, este último

com uma obrigação acrescida, porque era um ex-Presidente da Câmara Municipal da

Figueira da Foz, e no Orçamento por ele elaborado não estava um tostão para

ligação ao IC8. Foi num Governo do PS que, com muita honra o diz, foi colocado o

dinheiro e executada a obra. Isso é o que importa dizer.------------------------

O Vereador Lídio Lopes replicou que não quer estar a discutir Orçamentos de

Estado, mas a verdade é que foi no Governo do Dr. Santana Lopes que a obra foi

adjudicada. Já dizia Marcelo Caetano, e dizia bem, “Não há solução na

continuidade das obras de Estado”. E sem ter nenhum mandato de defesa do Dr.

Pedro Santana Lopes, pois ele sabe defender-se muito bem, a questão que coloca é

que o IC8 foi considerado prioritário na construção da A17 e incluído no mesmo

caderno de encargos. Na altura, foi com o Ministro Cravinho, que lhe foi

mostrada a necessidade de haver esta ligação entre a EN109 e a A17 e foi nessa

altura, também, que foi mobilizada a sua atenção para a necessidade de

introduzir o IC8 como prioritário e incluí-la no contrato a adjudicar à A17, o

que, aliás, a atrasou, mas ainda bem que o fez, porque hoje temos o IC8, com uma

característica simpática que lhe foi referida e que o estava a preocupar, foi

feita no pressuposto de se poder alargar para 4 faixas, sem qualquer necessidade

de intervenção e obras de arte.-------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

INTERVENÇÃO DO VEREADOR PAZ CARDOSO

3 - RISCO DE DERROCADA DA CHAMINÉ DA CIMPOR – URBANIZAÇÃO FOZ VILLAGE

O Vereador Paz Cardoso alertou para o facto de ter passado, recentemente, perto

da chaminé da Cimpor, na Urbanização Foz Village, verificando que a antiga

entrada do forno tem os ferros completamente apodrecidos, correndo o risco

daquela estrutura vir a ruir, porque não está a ser tratada. Não sabe se aquilo

é uma obrigação do Loteador, ou se as obras já foram recebidas pela Câmara. No

entanto, parece-lhe que o mais importante, neste momento, é impermeabilizar

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aquele ferro que está enferrujado, uma coisa que é fácil e que, se não for

feito, rapidamente poderá levar à ruína da obra.--------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

INTERVENÇÃO DO VEREADOR PEREIRA COELHO

4 - NOMEAÇÃO NO HOSPITAL DISTRITAL DA FIGUEIRA DA FOZ

O Vereador Pereira Coelho voltou a solicitar um pedido de esclarecimento sobre a

situação da Nomeação no Hospital Distrital da Figueira da Foz, pois não tendo

tido notícia, até ao momento, sobre esse assunto, gostaria de lembrar que, de

facto, esta situação mantém-se, e do seu ponto de vista, inexplicavelmente.-----

O Presidente referiu que este é um assunto que, ainda, está a tratar e que em

breve apresentará uma proposta.-------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

5 - FUTURA URBANIZAÇÃO DOS TERRENOS DE ALBERTO GASPAR, LDA

O Vereador Pereira Coelho realçou que, fruto de intervenção que fez,

anteriormente, sobre a futura Urbanização nos terrenos de Alberto Gaspar, Ldª.,

que naturalmente foi publicitada pela comunicação social, várias pessoas se lhe

dirigiram, o que fez com que ele ficasse com mais alguma informação, não sabe se

correcta, mas, alguma dela é de certeza, porque é fundada em documentos. Outra,

ver-se-á no futuro. Mas o que é facto é que, tudo aponta para que as coisas

estejam a correr como se tudo tivesse dado como adquirido. Fazem-se contratos,

compram-se terrenos, enfim, há toda uma série de movimentações à volta daquele

“dossier”, dando-o como adquirido, porque só é possível fazerem coisas dessas,

se elas tiverem sido dadas como adquiridas. Apenas está a comunicar à Câmara

aquilo que teve conhecimento e naturalmente o deixou mais não preocupado, mas um

pouco perplexo com tais situações. Volta a dizer que nem sabe bem se o há-de

classificar bem ou mal, não conhece o projecto, nem as intenções da Câmara, se é

que a Câmara tem intenções para aquela área. Não lhe parece bem, é que as coisas

continuem a acontecer e, supostamente, os principais decisores da matéria, como

ele próprio, por exemplo, que faz parte deles, não sabe. De maneira que julga

que não deixa de ser um pouco caricata a situação, para não lhe chamar outra

coisa. E por isso, é nesse sentido que informa sobre esta situação e daquilo que

lhe parece ser, de facto, importante. Se pudesse existir alguma luz sobre esse

assunto, nomeadamente, em termos de haver uma discussão mais aberta, de modo a

que todos percebamos do que é que andam a falar, porque ele próprio confessa que

nem sabe se aquilo é bem feito, se está bem idealizado ou se está mal, o que é

que está. À partida, pelo que sabe, pensa que deveria ter um outro modo de

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fazer, mas sem mais informações torna-se difícil poder ser peremptório, digamos

numa solução de juízo de valor. Queria só deixar esta nota de que, de facto, não

lhe parece bem que possa haver uma coisa, ainda por cima com o impacto que é

suposto ter, em perfeito andamento sem haver nenhum suporte legal, sequer, para

tal investimento.---------------------------------------------------------------

O Vereador António Tavares acrescentou, sobre esta matéria, que talvez

efectivamente, fosse a altura de existir algum esclarecimento mais aprofundado

sobre aquele projecto, o que era, o que se pretende e em que termos é que vai

rumar. Pois, esta é a segunda vez que o Vereador Pereira Coelho trouxe este

assunto à reunião, e parece-lhe uma reunião de “Druidas” onde se está a discutir

“a poção mágica dos Gauleses” e ninguém sabe bem, ao certo, do que é que se está

a falar. São utilizadas algumas qualificações, como se fosse uma caricatura,

sentindo-se um “Romano” em relação a esta matéria e como os “Romanos” levam

tareia à custa daquela poção, não gostaria de levar tareia no futuro, em relação

a isto e todo o esclarecimento que tiverem sobre isso, certamente que os ajudará

a perceberem.-------------------------------------------------------------------

O Presidente respondeu que tomou nota do que foi dito pelo Vereador Pereira

Coelho nas duas reuniões e, se não está em erro, tal como tinha dito

anteriormente, dará toda a informação sobre isso, se for do seu entendimento, e

se tiver assunto para o trazer. Pois, neste momento, não há nenhuma. Existe um

Plano de Urbanização, em vigor, uma proposta preliminar para a sua revisão.

Existe, efectivamente, um projecto para essa área, e tal como já o tinha

referido, dará a informação desse projecto, mas não teve, ainda, oportunidade de

falar com todos os intervenientes sobre o assunto, mas seguramente, antes de

haver qualquer decisão ou qualquer proposta, o assunto será posto à discussão em

Reunião de Câmara.--------------------------------------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso questionou se o Presidente confirmava que tinha dado

entrada na Câmara um projecto relativamente àquela área. Ao que ele respondeu

que tem sido discutido, ou seja, ainda não houve uma apresentação formal, nem

podia ser doutra forma. Tem de ser analisado, porque o actual Plano de

Urbanização não o permite fazer, porque, actualmente, aquela é uma Zona

Industrial.---------------------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

ORDEM DO DIA

1 - GABINETE DA PRESIDÊNCIA

1.1 - PROPOSTA PARA A OPERACIONALIZAÇÃO DA PLATAFORMA EMPRESARIAL E

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LOGÍSTICA POLINUCLEADA

Foi presente a proposta para a Operacionalização da Plataforma Empresarial e

Logística Polinucleada, documento que constitui o anexo número um à presente

acta, bem como, uma informação prestada pelo Departamento de Planeamento, datada

de 28 de Novembro findo, subscrita pelo Dr. Luís Fonseca cujo teor a seguir se

transcreve:---------------------------------------------------------------------

“Na sequência do Estudo “Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado do Eixo

Figueira da Foz/Montemor-o-Velho/Coimbra/Soure” identificaram-se duas áreas

prioritárias de intervenção:----------------------------------------------------

- o Turismo, Saúde e Lazer;-----------------------------------------------------

- a actividade logística alicerçada no Porto Comercial da Figueira da Foz.------

Relativamente à intervenção no sector logístico, vieram a associar-se,

perspectivando o desenvolvimento de um projecto comum, os municípios de

Cantanhede, Mealhada, Mira, Pombal, Condeixa e Leiria.--------------------------

Resultante da existência do projecto “Desenvolvimento da Plataforma Empresarial

e Logística Polinucleada” da área de influência do Porto Comercial da Figueira

da Foz, a Zona de Actividades Logística da Figueira da Foz passou a integrar o

Portugal Logístico.-------------------------------------------------------------

Considerando o trabalho já desenvolvido, nas diversas reuniões havidas entre os

vários municípios, têm sido expressas manifestações de vontade no sentido de se

continuar o projecto numa perspectiva comum de âmbito regional.-----------------

Assim, surge o documento em anexo que pretende articular o Porto Comercial da

Figueira da Foz a Plataforma Logística da Figueira da Foz e as restantes infra-

-estruturas que já existem ou virão a ser criadas nos municípios parceiros.-----

Porque se encontra prevista a constituição de um Agrupamento dos Municípios na

base de equivalência a um ACE (Agrupamento Complementar de Empresas), proponho

que o documento seja presente a Reunião de Câmara e Assembleia Municipal.”------

O Presidente referiu que a proposta que foi distribuída vem no seguimento de um

projecto que tem vindo a ser discutido e que inicialmente começou por quatro

Concelhos da área do Rio Mondego, tendo-se depois estendido a dez Municípios. A

Plataforma Empresarial e Logística Polinucleada tem previsto, relativamente à

Figueira da Foz, um projecto de instalação de uma zona logística numa área

próxima do porto da Figueira da Foz. Neste momento, o que está em fase de

apreciação, é a constituição de um agrupamento de Municípios, num modelo

correspondente a um Agrupamento Complementar de Empresas para que se siga com a

implementação deste projecto. Este agrupamento de Municípios tem duas funções no

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futuro imediato, algumas que são comuns aos dez Municípios envolvidos e outras

que dizem respeito só a alguns, muito em particular ao da Figueira da Foz. Por

isso, foi proposto a constituição desse agrupamento de Municípios, de uma forma

muito flexível, sem obrigar a uma constituição de capital. Trata-se de uma

proposta equivalente a um ACE – Agrupamento Complementar de Empresas, em função

dos encargos do Projecto e essencialmente, dos da Plataforma Logística da área

do porto da Figueira da Foz neste primeiro período de actividade. Assim, haverá

um envolvimento mais directo e participativo da Figueira da Foz e de alguns

Municípios, sendo nesse sentido que está espelhado, ou seja, na base de uma

previsão dos encargos a levar a cabo.-------------------------------------------

No fundo, o que se propõe é que a Figueira da Foz tenha uma participação de 30%,

Coimbra, Leiria, Montemor-o-Velho, Mealhada e Cantanhede tenham em conjunto uma

participação de 50% e que os restantes elementos, alguns que até nem tiveram

participação na área logística, mas na área empresarial, 20%. Portanto, na base

do que é proposto e das responsabilidades que são implementadas a cada um dos

agrupados participantes, propõe-se que seja aprovado pela Câmara Municipal e

Assembleia Municipal. Este é um modelo muito flexível, que se esgota perante a

finalidade da presente proposta, onde estão definidos os objectivos e o que é

proposto levar a cabo num período de cerca de nove meses, partindo do princípio,

que é a primeira fase, e tem várias fases que estão amplamente escritas, os

agrupados podem, se assim o entenderem, acabar com o ACE quando esses objectivos

forem alcançados.---------------------------------------------------------------

Relativamente à implementação da zona de actividades logísticas da Figueira da

Foz, esta está em principio incluída no Plano Logístico Nacional.---------------

O Vereador António Tavares perguntou se a inclusão no “Portugal Logístico” está

efectivamente assegurada.-------------------------------------------------------

O Presidente respondeu que o Governo encomendou a uma determinada entidade um

estudo de avaliação ambiental estratégica do Programa Portugal Logístico, tendo

já incluído a Plataforma Logística da área do porto da Figueira da Foz;

portanto, existe claramente uma predisposição para aceitar esta inclusão, como

aliás, já teve a oportunidade de referir.---------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta para a Operacionalização

da Plataforma Empresarial e Logística Polinucleada, bem como a integração do

Município da Figueira da Foz num Agrupamento de Municípios, com base no modelo

equivalente ao Agrupamento Complementar de Empresas, assim como os respectivos

estatutos, submetendo os mesmos à aprovação da Assembleia Municipal.------------

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Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

1.2 - VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JOSÉ MATIAS POETA – EXTRA-

-AGENDA

A Vereadora Teresa Machado apresentou o seguinte Voto de Pesar, para efeitos de

aprovação, cujo teor se transcreve:---------------------------------------------

“ VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JOSÉ MATIAS POETA.--------------------------

Surpreendeu-nos no passado dia 29 de Novembro, a trágica notícia do falecimento

do economista, nosso conterrâneo, José Matias Poeta, que tão prematuramente nos

deixou, com apenas 47 anos de idade.--------------------------------------------

Na qualidade de Vereadora da Cultura e em nome do Executivo da Câmara Municipal

da Figueira da Foz, é nosso desejo prestar-lhe aqui pública e sentida homenagem

invocando a memória do nosso concidadão que, não obstante socialmente discreto

no ser e no estar, se envolvia interessadamente na divulgação da cultura local,

eternizando-se na memória de todos a paixão particular, que nutria por tudo

quanto à sétima arte diz respeito.----------------------------------------------

Foi, como se sabe, um dos mais dignos representantes daquela geração de jovens

figueirenses, que participaram activa e entusiasticamente em quase todas as

edições do Festival Internacional de Cinema da Figueira.------------------------

O gosto pela divulgação desta Arte levou-o a colaborar empenhadamente com

escolas, associações, clubes de serviço e comunidade em geral. As conferências

que produziu, as suas mostras de vídeo, os artigos publicados na imprensa

(sobretudo no Figueirense) tornaram-no, nesta matéria, referência cultural por

todos respeitada.---------------------------------------------------------------

É autor do estudo mais completo sobre os primeiros 100 anos do Cinema na

Figueira – um trabalho que publicou aquando das comemorações desta efeméride – e

nas quais colaborou de forma fundamental, porquanto aos seus conhecimentos se

aliava, já então, a importância da mostra de muitos dos seus objectos de

colecção que grandemente valorizaram as exposições promovidas no Museu e

Biblioteca Municipais.----------------------------------------------------------

Todos lhe conhecíamos este hobby. Um gosto, uma paixão, um vício, que o tornou,

entre nós, coleccionador ímpar de tudo o que pela 7ª Arte respondia.------------

O choque da notícia da sua morte não pode, no entanto, deixar de associar-se da

memória e do eco desprendidos das palavras com que, poucos dias antes de morrer,

manifestou, através da imprensa local, o seu sonho de poder ver a sua colecção

sobre Cinema, transformada num Museu na nossa cidade.---------------------------

Infelizmente, o inesperado desaparecimento de José Poeta não dá hoje à Câmara

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mais capacidade de realizar esse sonho do que então, nem consegue aumentar o

conceito já muito digno que fazia do valor e da justeza dessa pretensão. Do que

não se duvida é que haja agora futuro algum que possa vir a realizar plenamente

este seu sonho. Hoje, a sua imensa colecção perdeu a “alma”, do seu criador,

perdeu legendas e histórias importantes sobre cada objecto reunido, sobre cada

documento compilado, perdeu a memória de narrativas importantes...ficou mais

pobre.--------------------------------------------------------------------------

Não creio, honestamente, na possibilidade de nos comprometermos a breve prazo,

como disse, com a realização do “sonho” de José Poeta, mas reitero a validade e

a qualidade desse sonho, esperando que, em futuro mais favorável, não se

esqueça, se essa for também a vontade da família, a possibilidade de tornar

público o acesso a este importante espólio cultural que, de momento, mais não

podemos do que vir a expor temporária e parcialmente.---------------------------

Permitam-me finalmente que, também a título pessoal, expresse a tristeza que

sinto de ver partir um amigo, um colega dos tempos do liceu, um conterrâneo da

minha geração, que muito teria para oferecer e esperar da sua terra.------------

Pelo falecimento deste nosso concidadão, proponho que a Câmara aprove o presente

voto de pesar e dele dê conhecimento à família.”--------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta da Vereadora Teresa

Machado.------------------------------------------------------------------------

De seguida e a pedido do Presidente, foi feito um minuto de silêncio.-----------

3 - SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL SEGURANÇA E TRÂNSITO

3.4 - GABINETE DE GESTÃO DO TRÂNSITO

3.4.1 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À POSTURA MUNICIPAL DE ESTACIONAMENTO

Foi presente a proposta de alteração à Postura Municipal de Estacionamento,

apresentada pela Figueira Parques – EM, Empresa Pública Municipal de Estacionamento

da Figueira da Foz, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido,

constituindo o anexo número dois à presente acta.-------------------------------

Refere ainda aquela empresa, através do ofício datado de 28 de Novembro de 2006,

que o seu Conselho de Administração, em reunião de 23 daquele mesmo mês,

deliberou, sugerir a esta Câmara as alterações propostas, para garantir uma

melhor e mais eficaz gestão do estacionamento na zona urbana da Figueira da Foz.

O Vereador Lídio Lopes interveio dizendo que esta alteração à Postura Municipal

de Estacionamento tem a ver com o sentido crescente da consolidação da

actividade da Empresa Municipal da Figueira Parques no terreno e, portanto,

muitas das normas estão a ajustar-se à existência e à realidade daquela empresa.

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Do seu ponto de vista, importa registar a criação de duas áreas para

estacionamento de residentes. No contexto do Regulamento anterior, apenas era

permitido o estacionamento de residentes na rua da residência, podendo, com esta

alteração, estacionar em qualquer lugar da sua área da residência;--------------

Por outro lado, passa a ser possível, quer para os funcionários da Câmara, quer

para os comerciantes, ou para outros munícipes, adquirir cartões trimestrais e

semestrais, o que até agora também não era possível.----------------------------

Passa a haver, a partir de Janeiro, a inclusão da norma do bloqueamento no

artigo n.º 55;------------------------------------------------------------------

Deu ainda conhecimento que entrará em vigor a metodologia de poder pagar o

parcómetro por telemóvel, o que permitirá, a quem adquirir o cartão TELEPARQUE

efectuar o pagamento ou a revalidação do parqueamento, sem que tenha necessidade

de se dirigir ao parcómetro.----------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de alteração à Postura

Municipal de Estacionamento, submetendo a mesma à aprovação da Assembleia

Municipal.----------------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4 - DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E DE RECURSOS HUMANOS

4.1 - DIVISÃO ADMINISTRATIVA, PATRIMÓNIO E NOTARIADO

4.1.1 - PROCESSOS PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número três à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do nº 3 do artº

65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e delegada no Presidente da Câmara em

reunião de 26 de Outubro de 2005.-----------------------------------------------

- Deferidos – 01 (um)-----------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.1.2 - ACTA DA HASTA PÚBLICA REALIZADA EM 27-11-2006 RELATIVA À

ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS

Foi presente a acta da Hasta Pública, realizada em 27 de Novembro do corrente

ano, relativa à alienação de um conjunto de bens imóveis do domínio privado da

Câmara, documento que se dá aqui por integralmente reproduzido, constituindo o

anexo número quatro à presente acta, devendo a Câmara proceder à adjudicação

definitiva, nos termos das condições de venda.----------------------------------

O Director de Departamento Administrativo, Financeiro e de Recursos Humanos, Dr.

Víctor Pereira, deu algumas explicações relativamente aos procedimentos da Hasta

Pública da venda do referido conjunto de bens imóveis do domínio privado da

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Câmara, que ocorreu no passado dia 27 de Novembro.------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso referiu que o que está em causa é a Alienação de

Património Imobiliário, pertença do domínio privado da Câmara Municipal, pelo

procedimento da figura da arrematação da Hasta Pública. Mas, na sua opinião as

regras do Despacho Normativo 27-A/2001, de 31 de Maio não foram cumpridas,

nomeadamente do que diz respeito ao principio da publicidade, quer por falta de

publicação em Jornais, quer mesmo em Editais, sendo esta, do seu ponto de vista,

a irregularidade mais grave.----------------------------------------------------

Disse que o Presidente, antes da entrega das propostas, aprovou as condições de

venda que têm, em anexo, um mapa da arrematação dos lotes que foram a Hasta

Pública. Depois foi feito um Aviso para publicitação da mesma e nesse Aviso

aparece mais um lote de terreno, situado nos Condados, em Tavarede, que não

constava do mapa da Praça constante da aprovação das condições de venda, que o

Presidente tinha assinado. Depreendeu, assim, que este lote foi incluído também

para venda.---------------------------------------------------------------------

Na sua opinião, a acta está feita de um modo muito sumário, isto é, as propostas

apresentadas não estão hierarquizadas ou mesmo identificadas; não foi feita

qualquer referência aos participantes no acto público, portanto, não sabem se

assistiram ou não pessoas à arrematação. Sabem que foi excluída uma proposta,

mas não sabem se o interessado esteve presente ou não na arrematação e se soube

que a sua proposta foi excluída.------------------------------------------------

Acrescentou ainda, que sabem que a Comissão decidiu adjudicar provisoriamente,

mas não fez o “Auto da Arrematação” individual e a adjudicação provisória de

cada um lotes por cada um dos arrematantes. Essa adjudicação provisória, por

exigências da Lei, obriga ao depósito e à entrega, do montante de 25% do valor

do lote, que presume que também não estava feito e não estava nas condições de

venda. Naturalmente que as condições de venda podem ser adaptadas, não têm que

transcrever aquilo que está na legislação, mas têm que obedecer à mesma.

Portanto, a legislação exige que a adjudicação provisória seja feita mediante o

pagamento de 25% no acto da adjudicação provisória.-----------------------------

O Director de Departamento Administrativo, Financeiro e de Recursos Humanos, Dr.

Victor Pereira, disse que concordava com alguns dos princípios que a Vereadora

enunciou, designadamente, que num processo administrativo como este, a

publicidade é importante. Já não concorda com a mesma, quando pretende

transformar um despacho normativo, que exclusivamente se aplica à Administração

Central e que o Município da Figueira da Foz só o utiliza por analogia não

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tendo, por isso, qualquer carácter vinculativo sobre o mesmo, nem comando legal

aplicável à Administração Local. Quanto à questão da publicidade, explicou que a

mesma não é gratuita e os anúncios são muito caros, com custos na ordem de

5.000,00 € no caso do semanário “Expresso” e, portanto, entenderam que entre o

custo/benefício que resultaria de publicar um jornal semanal, não adviria daí,

grandes vantagens, até porque o terreno em causa, o de maior valor, já foi por

duas vezes publicado no “Expresso”. Quanto às irregulares deste processo

apontadas pela Vereadora Aida Cardoso, disse que as mesmas têm sempre como

referência esse Despacho Normativo e não conhece nenhuma norma daquele Despacho,

que determina a aplicação obrigatória aos Municípios, pelo que nada obriga a

constar já na adjudicação provisória a entrega de 25% do respectivo valor.

Justificou que os serviços, por uma questão de cautela, deixaram de considerar

essa possibilidade, na sequência de uma situação anterior em que a Câmara

deliberou não fazer a adjudicação definitiva e teve que devolver o dinheiro ao

arrematante.--------------------------------------------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso discordou do Director de Departamento Administrativo,

Financeiro e de Recursos Humanos, Dr. Victor Pereira, por ter dito que esta

legislação não se aplica às Autarquias, quando as regras da transparência, da

legalidade, da imparcialidade, da igualdade e da justiça, exigíveis pelo Código

do Procedimento Administrativo, naturalmente que se aplicam.--------------------

O Director de Departamento Administrativo, Financeiro e de Recursos Humanos, Dr.

Victor Pereira, respondeu que o que se usa como apoio para o procedimento

administrativo é o Despacho Normativo que se aplica à Direcção Geral do

Património do Estado e que se trata de um conjunto de regras muito bem feitas,

considerando que a actuação do Município da Figueira da Foz nesta hasta pública

se pautou pelo respeito aos princípios do CPA que a Vereadora Aida Cardoso

referiu, como sendo da Publicidade, da Equidade, Igualdade, Transparência e tudo

mais.---------------------------------------------------------------------------

Acrescentou que foi feita a devida publicidade da hasta pública, com publicação

num Jornal de audiência nacional (Jornal de Notícias) e jornais regionais

(Diário “As Beiras” e Diário de Coimbra).---------------------------------------

Esclareceu, ainda, que o terreno de maior valor, sito nos Condados, já tinha

sido objecto de hasta pública, devidamente autorizado pela Assembleia Municipal,

entendendo-se colocar de novo em hasta pública, de acordo com despacho do Sr.

Presidente da Câmara, conforme consta do processo.------------------------------

O Presidente, após a discussão do assunto, colocou à votação a adjudicação

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definitiva dos imóveis constantes da referida acta da hasta pública.------------

A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra

dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares, de

acordo com a acta da hasta pública realizada em 27 de Novembro de 2006, aprovar

a adjudicação definitiva dos seguintes imóveis:---------------------------------

- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 5), sito na

Leirosa, pelo valor de 17.500,00 € (dezassete mil e quinhentos euros) à empresa

RUIJOCAR, Sociedade de Construções, Ldª., inscrito na matriz predial urbana da

freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2684 e descrito na 2ª Conservatória do

Registo Predial na ficha 5940;--------------------------------------------------

- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 6), sito na

Leirosa, pelo valor de 26.700,00 € (vinte e seis mil e setecentos euros) à

empresa RUIJOCAR, Sociedade de Construções, Ldª., inscrito na matriz predial

urbana da freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2682 e descrito na 2ª

Conservatória do Registo Predial na ficha 5938;---------------------------------

- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 7), sito na

Leirosa, pelo valor de 16.250,00 € (dezasseis mil duzentos e cinquenta euros) à

empresa RUIJOCAR, Sociedade de Construções, Ldª., inscrito na matriz predial

urbana da freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2683 e descrito na 2ª

Conservatória Registo Predial na ficha 5941;------------------------------------

- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 8), sito na

Leirosa, pelo valor de 30.750,00 € (trinta mil setecentos e cinquenta euros) à

empresa RUIJOCAR, Sociedade de Construções, Ldª., inscrito na matriz predial

urbana da freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2018 e descrito na 2ª

Conservatória do Registo Predial na ficha 5942;---------------------------------

- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 11), sito na

Leirosa, pelo valor de 28.110,00 € (vinte e oito mil cento e dez euros) a

António Luís de Lima Rabaça Roque, inscrito na matriz predial urbana da

freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2688 e descrito na 2ª Conservatória do

Registo Predial na ficha 5943;--------------------------------------------------

- Edifício de r/c e 1º andar, sito Rua Dr. Matias da Costa, pelo valor de

90.000,00 € (noventa mil euros) a João Miguel de Jesus Saraiva, inscrito na

matriz predial urbana da freguesia de Buarcos sob o artº 544 e descrito na 2ª

Conservatória do Registo Predial na ficha 2216.---------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso, em nome dos Vereadores do Partido Socialista,

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apresentou a seguinte Declaração de Voto:---------------------------------------

“A alienação de património imobiliário da Câmara Municipal deve, no nosso

entender, obedecer às normas, termos e condições constantes no Despacho

Normativo nº 27-A/2001, de 31 de Maio, com as alterações introduzidas pelos DN

nºs 29/2002 e 30-A/2004, de 26 de Abril e de 30 de Junho, respectivamente.------

Este diploma legal estabelece, entre outras, a obrigatoriedade e forma de

publicitação das hastas públicas. Estas devem ser publicitadas com a

antecedência mínima de 10 dias úteis, pelo menos, num jornal semanal e num

jornal diário, ambos de grande circulação a nível nacional, bem como, quando

conveniente, num jornal local ou distrital e através da afixação de editais. A

presente hasta pública foi publicitada no JN de 8 de Nov/2006, no Diário de

Coimbra e nas Beiras, a 6 e 7 de Nov/2006, respectivamente. Não houve

publicitação num jornal semanal e também não foram afixados editais nas Juntas

de Freguesia da área de localização dos imóveis a alienar. Por outro lado, as

condições de venda e mapa da arrematação anexo, com a identificação dos imóveis

a alienar, aprovadas pelo Sr. Presidente da Câmara, em despacho de 03 Nov/2006,

não contemplava 1 terreno destinado a construção urbana, sito em Condados –

Tavarede, com uma base de licitação de 1.811.493,00 €.--------------------------

Quanto à Acta do Acto Público, regista-se o facto de nela não terem sido

hierarquizados e identificados os concorrentes e também não mencionar os

interessados presentes no acto público. Face a inviolabilidade a que deve

obedecer o sobrescrito que contém a proposta e não estando este devidamente

identificado, apenas, por exemplo, numa situação, tão só endereçado à Secção de

Cadastro com as iniciais SCAB, como é possível saber se o que está contido no

envelope é uma proposta para a hasta pública?-----------------------------------

Temos dúvidas sobre a regularidade administrativa desta hasta pública,

nomeadamente naquilo que se refere à devida Publicitação do Acto e por, isso

também dúvidas quanto à validade desta adjudicação definitiva. Temos certezas de

que na ausência de um Plano de Recuperação Financeira, do nosso ponto de vista,

exigível, com a maior celeridade, à boa gestão desta autarquia, esta decisão

avulsa de alienação de património não defende o interesse do Município.---------

Por tudo isto o nosso voto contra”.---------------------------------------------

4.1.3 - ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS – PROPOSTA A SUBMETER À ASSEMBLEIA

MUNICIPAL (NOS TERMOS DA ALÍNEA I) DO Nº 2 DO ARTº 53º DA LEI

Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, ALTERADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE

11 DE JANEIRO)

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Pela Secção de Cadastro e Administração de Bens, foi presente a informação nº

307/06, datada de 28 de Novembro, cujo teor a seguir transcreve:----------------

“Nos termos do artº 97 do Normativo do Controlo Interno, compete “À Secção de

Cadastro e Administração de Bens coordenar o processo de alienação de bens

classificados de «dispensáveis»”. Aqui podemos incluir os bens que integram o

domínio privado disponível, ou seja, aqueles que não se encontram afectos a

quaisquer fins de utilidade pública e, por isso, podem ser alienados.-----------

Actualmente, o Município possui dois imóveis que podem ser incluídos nesta

categoria, pelo que se propõe a alienação desses bens do imobilizado (um terreno

destinado a construção urbana e um edifício devoluto), se assim for entendido

superiormente, através da venda por hasta pública.------------------------------

Conforme disposto na alínea i) do nº 2 do artº 53º da Lei nº 169/99, de 18 de

Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, compete à Assembleia

Municipal, sob proposta da Câmara “Autorizar a Câmara Municipal a adquirir,

alienar ou onerar bens imóveis de valor superior a 1000 vezes o índice 100 das

carreiras do regime geral do sistema remuneratório da função pública, fixando as

respectivas condições gerais, podendo determinar, nomeadamente, a via da hasta

pública, bem como bens ou valores artísticos do município, independentemente do

seu valor, sem prejuízo do disposto no nº 9 do artigo 64º.”---------------------

Assim, propomos que seja apresentado na reunião do executivo a presente

proposta, no sentido da Assembleia Municipal autorizar a alienação dos imóveis e

aprovar as respectivas condições de venda.--------------------------------------

A atribuição da base de licitação teve como referência o valor da avaliação do

prédio, calculada nos termos das regras do Código do Imposto Municipal sobre

Transmissões.-------------------------------------------------------------------

Descrição Localização Nº

inventário Área/m2

Terreno destinado a

construção urbana

Rua Engº António Gravato – Cova

– S. Pedro

200711 1456

Edifício de r/c + 2 andares Rua dos Bombeiros Voluntários,

33 a 37 – Figueira da Foz

29505 986

Apresenta-se um projecto de condições de venda que irão regular esta alienação,

elaboradas, nos termos do Despacho Normativo nº 27-A/2001, de 31 de Maio, com as

alterações introduzidas pelos Despachos Normativos nº 29/2002, de 26 de Abril e

nº 30-A/2004, de 30 de Junho (normas que regulam a venda de imóveis do Estado),

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com as devidas adaptações”.-----------------------------------------------------

Foi também presente as Condições de Venda, documento que aqui se dá por

integralmente reproduzido constituindo o anexo número cinco à presente acta.----

O Presidente, em 30 de Novembro findo, concordou com a proposta apresentada pelo

serviços, no sentido se de alienar os prédios referidos na informação.----------

A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra

dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,

solicitar à Assembleia Municipal autorização para alienar os seguintes imóveis,

de acordo com as condições de venda:--------------------------------------------

- o terreno destinado a construção urbana, com a área de 1456 m2, com o nº de

inventário 200711, sito Rua Engº António Gravato - Cova – S. Pedro, sendo o

preço base de licitação de 332.650,00 € (trezentos e trinta e dois mil

seiscentos e cinquenta euros);--------------------------------------------------

- o Edifício de r/c mais 2 andares, com a área de 986 m2, com o nº de inventário

29505, sito na Rua dos Bombeiros Voluntários, nºs 33 a 37 – Figueira da Foz,

sendo o preço base de licitação de 492.590,00 € (quatrocentos e noventa e dois

mil quinhentos e noventa euros).------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso, em nome dos Vereadores do Partido Socialista, fez a

seguinte Declaração de Voto:----------------------------------------------------

“A nossa posição é votar contra, porque se trata de arrecadar receita com esta

urgência, de uma forma avulsa, como está fundamentado na nossa declaração de

voto incluída no ponto 4.1.2 da presente acta. Não havendo plano de recuperação

financeiro da Câmara Municipal, não votaremos favoravelmente estas alienações de

património.”--------------------------------------------------------------------

4.1.4 - DOAÇÃO AO MUNICÍPIO DE BEM DO IMOBILIZADO – FRACÇÃO A DO BLOCO

R DA URBANIZAÇÃO GALA/SIDNEY – EXTRA-AGENDA

Pela Secção de Cadastro e Administração de Bens, foi presente a informação nº

309/06, de 8 de Novembro de 2006, indicando que aquando da assinatura do

protocolo celebrado entre a Câmara Municipal e o consórcio Ferreira-Construções,

S.A./EFIMÓVEIS, S.A., para a construção de habitação a custos controlados no

empreendimento Gala/Sidney, ficou estabelecido, nomeadamente, na cláusula terceira

(obrigações do promotor) ponto 10º “A execução e cedência de um equipamento

vocacionado para apoio social da Câmara, a localizar no r/c do lote R.”---------

De acordo com a referida informação, veio agora a empresa Efimóveis-Imobiliária,

S.A. informar que se encontra disponível para celebrar a escritura de doação da

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fracção “A”, correspondente ao r/c do prédio constituído em regime de

propriedade horizontal sito na Rua Joaquim Viana, nºs 2 a 12, na Gala, freguesia

de S. Pedro, inscrito na matriz predial urbana sob o artº 1824 e descrito na 2ª

Conservatória do Registo Predial na ficha 1018 de S. Pedro.---------------------

O valor patrimonial da fracção é de 183.310,00 €, calculado nos termos das

regras do Imposto Municipal sobre as Transmissões.------------------------------

Nos termos da alínea h) do nº 1 do artº 64º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro,

alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, é da competência da Câmara

Municipal (não delegável no presidente), “Aceitar doações, legados e heranças a

benefício de inventário.”-------------------------------------------------------

Conforme previsto no ponto 4.1.4 do POCAL (critérios de valorimetria de

imobilizações) “Quando se trata de activos do imobilizado obtidos a título

gratuito deverá considerar-se o valor resultante da avaliação ou o valor

patrimonial segundo critérios técnicos que se adeqúem à natureza desses bens.”--

Nestes termos, é proposto pelos referidos serviços que o processo seja

apresentado na reunião do Executivo para que o Município aceite a doação daquele

bem do imobilizado, pelo valor de 183.310,00 €.---------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aceitar a doação a favor do Município da

Figueira da Foz, da fracção “A”, correspondente ao r/c do prédio constituído em

regime de propriedade horizontal, sito na Rua Joaquim Viana, nºs 2 a 12, na

Gala, freguesia de S. Pedro, inscrito na matriz predial urbana sob o artº 1824 e

descrito na 2ª Conservatória do Registo Predial na ficha 1018 de S. Pedro, com o

valor de 183.310,00 € (cento e oitenta e três mil trezentos e dez euros),

destinado a equipamento, nos termos do protocolo acima referenciado.------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4.2 - DIVISÃO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

4.2.1 - ABONO PARA FALHAS - INÊS JORDÃO PINTO - FIXAÇÃO DE CAUÇÃO

Da Divisão de Gestão de Recursos Humanos, foi presente a informação nº 267/06,

de 14 de Novembro findo, dando conhecimento que a Chefe da Divisão de Cultura,

Biblioteca e Arquivos apresentou uma proposta no sentido da funcionária Inês

Maria Jordão Pinto, com a categoria de Assistente Administrativa Principal,

passar a auferir o abono para falhas que António Augusto Azenha Eulálio auferia,

no montante de 56,34 €, por este se ter aposentado e a referida funcionária ter

ficado responsável pela recolha diária de receitas referentes a fotocópias,

digitalizações, venda de publicações e de outros materiais colocados à

disposição do público, bem como a respectiva entrega dos valores na Tesouraria

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da Câmara Municipal.------------------------------------------------------------

Consta ainda daquela informação que o conteúdo funcional do assistente

administrativo encontra-se definido por despacho nº 38/89, publicado no Diário

da República, II Série, de 16 de Janeiro de 1989, referindo na respectiva

descrição o manuseamento de dinheiro como uma das tarefas a desempenhar, pelo

que sempre que exista um risco efectivo e uma responsabilidade acrescida deve

tal subsídio ser concedido.-----------------------------------------------------

Tendo sido autorizado superiormente o abono para falhas no montante de 56,34 €,

deve a funcionária prestar uma caução, de acordo com o preceituado no artº 16º

do Decreto-Lei nº 427/87, de 17 de Junho, cujo valor deverá ser fixado em

reunião de Câmara, sob proposta do Presidente.----------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com a informação supra

mencionada, fixar o valor da caução em 200,00 € (duzentos euros), a prestar pela

funcionária Inês Maria Jordão Pinto.--------------------------------------------

4.2.2 - ATRIBUIÇÃO DE MEDALHAS DE BONS SERVIÇOS A FUNCIONÁRIOS - ÁGUAS

DA FIGUEIRA, S.A.

Da Divisão de Recursos Humanos, foi presente a informação nº 274/06, de 23 de

Novembro findo, dando conhecimento que a Empresa Águas da Figueira, S.A.,

através do ofício nº 10232, de 20 do mesmo mês, propõe a esta Câmara Municipal a

atribuição de um voto de louvor a Artur Manuel Gaspar das Neves e a concessão de

uma Medalha de Bons Serviços a José Pereira Santos, funcionários que exerceram

as suas funções durante 13 e 24 anos, respectivamente e que se aposentaram no

corrente ano e pertenciam ao quadro dos Serviços Municipalizados.---------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, após votação por escrutínio secreto,

aprovar a referida proposta de se atribuir um voto de louvor e a Medalha de Bons

Serviços aos funcionários Artur Manuel Gaspar das Neves e a José Pereira Santos,

respectivamente, ambos do quadro dos Serviços Municipalizados.------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4.2.3 - SIADAP - PROPOSTA DE REGULAMENTO DO CCA - CONSELHO COORDENADOR

DE AVALIAÇÃO

Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado de uma proposta de Regulamento

do CCA – Conselho Coordenador de Avaliação, no âmbito do SIADAP – Sistema

Integrado de Avaliação do Desempenho na Administração Pública, documento que

aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número seis à

presente acta.------------------------------------------------------------------

O presente Regulamento tem como objectivo operacionalizar o disposto no Decreto

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Regulamentar nº 19-A/2004, de 14 de Maio e no Decreto Regulamentar nº 6/2006, de

20 de Junho, no que concerne ao estabelecido no nº 1 da alínea a) e nº 5 do artº

13º do referido Decreto Regulamentar nº 19-A/2004. Nos artigos seguintes daquele

regulamento, são estabelecidas directrizes para uma aplicação harmónica do

SIADAP, prevendo-se igualmente a forma de funcionamento do CCA, além de outras

disposições que auxiliem na efectiva aplicação do SIADAP e na sua adequação às

realidades específicas desta Câmara Municipal.----------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar o Regulamento do CCA – Conselho

Coordenador de Avaliação – SIADAP – Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho

na Administração Pública.-------------------------------------------------------

4.3 - DIVISÃO FINANCEIRA

4.3.1 - PROCESSOS PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número sete à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do nº 3 do artº

65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e delegada no Presidente da Câmara em

reunião de 26 de Outubro de 2005.-----------------------------------------------

- Deferidos – 02 (dois).--------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.3.2 - COMISSÃO DE FESTAS Nª SRª DA CONCEIÇÃO, NO LUGAR DE ALEGRIA -

MAIORCA - PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO

DA LICENÇA DE RUÍDO - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Foi presente o assunto em epígrafe, através do requerimento registado nesta

Câmara sob o nº 27366, em 17 de Novembro findo, apresentado pela Comissão de

Festas de Nossa Senhora da Conceição, dando conhecimento que pretendem realizar

as suas festas anuais, no lugar de Alegria, freguesia de Maiorca e deparando-se

com dificuldades financeiras, vêm por esse motivo solicitar a isenção do

pagamento de taxas da licença do ruído.-----------------------------------------

Os Serviços de Taxas e Licenças, em 18 de Novembro de 2006, informaram que nos

termos do nº 2 do artº 3º do Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas, poderá

isentar-se de taxas a referida Comissão.----------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho do Vereador José

Elísio, emitido em 20 de Novembro findo, que autorizou a isenção do pagamento de

taxas da licença especial de ruído à Comissão de Festas de Nossa Senhora da

Conceição, freguesia de Maiorca.------------------------------------------------

4.3.3 - CONFRARIA DE Nª SRª DA CONCEIÇÃO E ALMAS DE LARES - VILA VERDE

- PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO DA

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LICENÇA DE RUÍDO - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Foi presente o assunto em epígrafe, através do requerimento registado nesta

Câmara sob o nº 27424, em 20 de Novembro findo, apresentado pela Comissão de

Festas da Confraria Nossa Senhora da Conceição e Almas de Lares, dando

conhecimento que pretendem realizar as suas festas anuais, no lugar de Lares,

freguesia de Vila Verde e deparando-se com dificuldades financeiras, vêm por

esse motivo solicitar a isenção do pagamento de taxas da licença de ruído.------

Os Serviços de Taxas e Licenças, em 20 de Novembro de 2006, informaram que nos

termos do nº 2 do artº 3º do Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas, poderá

isentar-se de taxas a referida Comissão.----------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho do Vereador José

Elísio, emitido em 20 de Novembro findo, que autorizou a isenção do pagamento de

taxas da licença especial de ruído à Comissão da Confraria Nossa Senhora da

Conceição e Almas de Lares, freguesia de Vila Verde.----------------------------

4.3.4 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS E

TARIFAS

Foi presente a proposta de alteração ao artigo 15º do Regulamento e Tabela de

Taxas e Tarifas, subscrita pelo Vereador Lídio Lopes, que a seguir se

transcreve:---------------------------------------------------------------------

“Considerando:------------------------------------------------------------------

1 – A proposta de alterações à Postura Municipal de Estacionamento sugerida pela

Empresa Municipal Figueira Parques;---------------------------------------------

2 – A consequente necessidade não só de actualizar algumas das taxas actualmente

cobradas, como também de criar outras que dêem resposta à nova estratégia de

gestão do estacionamento;-------------------------------------------------------

3 – A necessidade de assegurar maior eficácia de actuação por parte não só do

Município como também da Empresa Municipal Figueira Parques, no cumprimento da

referida Postura Municipal de Estacionamento.-----------------------------------

Propõe-se, ao abrigo do disposto na alínea e) do nº 2 do artº 53º da Lei nº

169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro e da

alínea g) do artº 19º da Lei nº 42/98, de 6 de Agosto, as alterações ao artº 15º

do Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas que a seguir se anexam.”-------------

O documento onde constam as referidas alterações ao artº 15º do Regulamento

atrás mencionado constitui anexo número oito à presente acta. ------------------

O Vereador Lídio Lopes explicou as principais alterações ao Regulamento de Taxas

e Tarifas, a saber: uma eventual uniformização com o futuro Parque de

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Estacionamento Subterrâneo, que leva a um ajuste do período mínimo de

estacionamento de 20 minutos para 15 minutos, uma vez que, legalmente, não são

impostos limites de tempo para as zonas de estacionamento, mas para os parques

de estacionamento sim. Assim, aos primeiros 15 minutos corresponde uma tarifa de

0,15 cêntimos, aos segundos mais 0,15 cêntimos e nos terceiros e quartos 0,10

cêntimos, ou seja, o total por uma hora será de 0,50 cêntimos; a criação do

bloqueamento e remoção dos veículos; a uniformização das taxas de avença em

lugar de espinha e em linha para 50,00 €, quando até agora eram de 35,00 € e

55,00 € respectivamente.--------------------------------------------------------

Referiu que, por sugestão da Vereadora Aida Cardoso, na última conversa informal

que tiveram, os cartões passarão a ter um formato igual ao do selo do Imposto

Automóvel, que será distribuído com uma carteira plástica para ficar sempre

visível no vidro, e evitar, assim, os problemas que até agora se têm verificado,

de cartões que caem ou desaparecem.---------------------------------------------

O Vereador António Tavares questionou se o cartão de residente tem horas

marcadas.-----------------------------------------------------------------------

O Vereador Lídio Lopes respondeu que essa situação também foi alterada para todo

o dia e já havia sido proposta na última alteração.-----------------------------

A Vereadora Aida Cardoso objectou que o que está a ser proposto são dois

aumentos, o que corresponde a 100% de aumento que reverterá para uma empresa que

está criada à alguns meses, questionando esse facto.----------------------------

O Vereador Lídio Lopes esclareceu que quando foi criada a Figueira Parques foi

logo assumido, do ponto de vista do orçamento e da planificação da rentabilidade

da empresa, que o aumento seria produzido de imediato e se ajustariam as tarifas

aos valores de mercado, dando como exemplo os municípios de Aveiro, Cascais,

Coimbra, Espinho, Leiria, Pombal, Sintra e Viana do Castelo. Disse que a questão

que se coloca é a de rotação do estacionamento e que o mesmo deve ser feito

dentro do tempo estritamente necessário para evitar situações como, por exemplo,

o estacionamento junto ao Mercado Municipal que quando retiraram o pagamento,

para facilitar o acesso aos clientes, constatou-se que quem lá estacionava a

viatura, o dia todo, eram os concessionários do mercado. Penitenciou-se, porque

errou, ao achar que as pessoas estariam disponíveis para deixar o lugar de

estacionamento para quem lá ia comprar.-----------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso retorquiu que há uma questão de fundo muito acima dos

cêntimos e não vale a pena compararem com Aveiro, Leiria ou Vila Real. A questão

principal é um drama que a Figueira terá que resolver e que é o facto das zonas

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onde estão colocadas os parcómetros serem precisamente as zonas comerciais, que

estão a atravessar as grandes dificuldades que todos conhecem, quando o

consumidor comum, hoje, na Figueira, tem alternativas para estacionar o carro

gratuitamente, e ainda por cima a coberto da chuva. Não sabe até que ponto é que

se poderá encarar estes aumentos como uma forma de limitar ou obrigar a que haja

rotação de estacionamento. Na sua opinião também têm que pensar que não é só a

questão do pagamento, mas a preocupação de se ter de reforçar o pagamento quando

se está, por exemplo, em locais como o Tribunal, ou uma qualquer loja, ou seja,

se estão a criar ainda mais dificuldades às já existentes no actual comércio,

quer seja na zona baixa, quer seja na zona alta.--------------------------------

Questionou também se com este aumento estão a angariar receitas directamente

para o Orçamento Municipal e qual é o valor que se pensa obter deste aumento ou

se, por outro lado, se não estão, então terão que pensar duas vezes se será ou

não de se fazer.----------------------------------------------------------------

O Vereador Lídio Lopes respondeu que de tantas fotocópias que os Vereadores do

Partido Socialista tiram, de vez em quando deviam ler os documentos, porque a

intervenção do Vereador Paz Cardoso significa que não percebeu nada do que até

agora foi dito em relação à Figueira Parques. Disse que é óbvio que o pagamento

dos parcómetros não reverte directamente para o Orçamento da Câmara, mas é

óbvio, também, que a Câmara vai beneficiar da construção de um parque de

estacionamento subterrâneo, encontrando um parceiro estratégico. A questão que

se coloca é da rentabilidade de um serviço, da sua gestão e do efeito que tem na

prática. Segundo as estatísticas de estacionamento, e pela melhoria que tem

ocorrido ao longo da existência da Figueira Parques, e estão a falar em cinco

meses, não tem nenhum problema em fazer comparações com outros municípios.

Referiu que o comércio da Figueira da Foz é igual ao comércio de qualquer cidade

de Portugal bem como os problemas a ele inerentes. Deu como exemplo o município

de Coimbra que tem quatro ou cinco grandes Centros Comerciais, todos com

estacionamento gratuito e coberto e as pessoas continuam a comprar na baixa de

Coimbra. Admitiu que há inúmeras situações que estão a atacar a questão do

comercio local, tradicional, que não necessariamente o estacionamento, porque

esta até é vantajosa, ou seja, as pessoas que vão comprar tem estacionamento

privilegiado, à porta, pagando apenas quinze cêntimos e ao baixarem os primeiros

15 minutos para 15 cêntimos tiveram em conta esse objectivo.--------------------

O Vereador Paz Cardoso relativamente à afirmação do Vereador Lídio Lopes de não

lerem os documentos, respondeu que é difícil de avaliar o que os outros sabem,

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que pensam e que lêem. Acha que não percebeu a pergunta que ele fez, ou seja, o

que pretende saber é para quem é o dinheiro dos aumentos.-----------------------

O Vereador Lídio Lopes voltou a responder que a aplicação da verba relativa a

estes aumentos será reflectida no relatório e contas da Figueira Parques que, na

altura própria, será presente em reunião de Câmara podendo, então, o Vereador

Paz Cardoso ter conhecimento efectivo do destino do referido aumento, ou seja,

confirmar que irá para investimento na própria cidade, na área do estacionamento

e para a melhoria das acessibilidades e condições do mesmo.---------------------

Concluiu a sua intervenção dizendo que foi criada uma situação nova para todos

aqueles que tem passe dos Caminhos de Ferro e que poderão vir a usufruir das

condições de pagamento da área da zona ribeirinha junto à estação do caminho-de-

-ferro.-------------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra

dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,

aprovar a proposta de Alteração ao Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas e

submeter esta resolução à Assembleia Municipal.---------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso, em nome dos Vereadores do Partido Socialista, fez a

seguinte Declaração de Voto:----------------------------------------------------

“Votamos contra porque entendemos que os aumentos percentuais propostos são

exagerados para os Munícipes.”--------------------------------------------------

O Vereador Lídio Lopes fez, de seguida, a seguinte Declaração de Voto:----------

“Os aumentos propostos colocam a Figueira da Foz na Tabela de Taxas mais baixas

de todas, a nível nacional”.----------------------------------------------------

4.3.5 - TAXA MUNICIPAL DO DIREITO DE PASSAGEM – FIXAÇÃO DO PERCENTUAL A

APLICAR PARA O ANO 2007

Foi presente a informação datada de 24 de Novembro de 2006, prestada pelo

Director do Departamento Administrativo, Financeiro e Recursos Humanos, que a

seguir se transcreve:-----------------------------------------------------------

“Ao abrigo do disposto da alínea b) do nº 2 do artº 106º da Lei nº 5/2004, de 10

de Fevereiro – “Lei das Telecomunicações Electrónicas”, os Municípios podem

proceder à cobrança e uma Taxa Municipal de Direitos de Passagem.---------------

Esta taxa é determinada por aplicação de um percentual sobre cada factura

emitida pelas empresas que oferecem serviços de comunicações electrónicas

acessíveis ao público em local fixo, para todos os clientes finais do

correspondente Município.-------------------------------------------------------

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O percentual referido é aprovado anualmente por cada Município até ao final do

mês de Dezembro do ano anterior a que se destina, e não pode ultrapassar a

percentagem de 0,25%. Desde que entrou em vigor a presente taxa, o Município da

Figueira da Foz tem aprovado o percentual de 0,15%. Até 18 de Novembro de 2006,

o MFF arrecadou no presente ano financeiro a receita de € 9.708,99”.------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar o percentual da Taxa Municipal de

Direito de Passagem, em 0,15%, a aplicar no ano de 2007 e submeter esta

resolução à Assembleia Municipal para aprovação.--------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4.3.6 - GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA 2007-2010 E ORÇAMENTO PARA 2007

Pelo Presidente foram apresentadas as Grandes Opções do Plano para 2007-2010 e

Orçamento para o ano de 2007, documentos que ficarão devidamente arquivados na

Divisão Financeira – Secção de Contabilidade deste Município, e disponíveis para

consulta quando para tal forem solicitados.-------------------------------------

O Presidente iniciou a sua intervenção que a seguir se transcreve:--------------

“1. Orçamento 2007--------------------------------------------------------------

Receitas Correntes (milhões de euros)--33,1 (+ 2,2 milhões de euros que em 2006)

Receitas Capital (milhões de euros)-----39,4 (-4,9 milhões de euros que em 2006)

TOTAL (milhões de euros)----------------72,5 (-2,7 milhões de euros que em 2006)

Despesas Correntes (milhões de euros)---33,0 (+2,1 milhões de euros que em 2006)

Receitas Capital (milhões de euros)-----39,5 (-4,8 milhões de euros que em 2006)

TOTAL (milhões de euros)----------------72,5 (-2,7 milhões de euros que em 2006)

O Orçamento Municipal para 2007, no valor global de € 72,5 milhões de euros,

representa uma redução de 3,6% relativamente ao Orçamento para 2006.------------

As receitas correntes têm um crescimento estimado de 6,9% face ao Orçamento do

ano de 2006.--------------------------------------------------------------------

Ao nível das receitas de capital, prevê-se no Orçamento Municipal para 2007 uma

redução de 10,9% face ao ano Orçamento de 2006, que é resultado,

fundamentalmente, da redução registada no agregado das Transferências de

Capital.------------------------------------------------------------------------

Ao nível das despesas correntes, é de referir a contenção com as Despesas com

Pessoal, que regista uma redução de 1,06% face ao Orçamento de 2006, apesar do

aumento da taxa da contribuição da entidade para a Caixa Geral de Aposentações e

do aumento nominal do índice 100 do regime geral da função pública em 1,5%.-----

O orçamento de despesas a assumir em 2007, isto é, expurgado da dívida

transitada, é inferior em 3,09% do orçamento das despesas de 2006, também,

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expurgado da dívida transitada. Apesar desta redução em termos globais, as

funções sociais e de segurança e ordem pública, registaram um crescimento

relativamente ao ano de 2006.---------------------------------------------------

As despesas correntes na área de educação, acção social (com exclusão de

habitação social), juventude, desporto, tempos livres e associativismo,

registaram um crescimento de 5,7% relativamente ao orçamento do ano de 2006,

representando as verbas atribuídas para as políticas e iniciativas sociais 20,3%

do Orçamento Municipal para 2007, mantendo um peso semelhante ao registado no

Orçamento de 2006.--------------------------------------------------------------

2. Grandes Opções do Plano 2007-2010--------------------------------------------

As Grandes Opções do Plano, com 36,6 milhões de euros, representam cerca de

92,6% do total da Despesa de Capital. Deste valor, 14,9 milhões de euros

correspondem a investimento directo nas Freguesias, sendo 2,4 milhões de euros

relativos a novos investimentos, o que representa um acréscimo de cerca de 2

milhões de euros relativamente a 2006.------------------------------------------

Destacam-se os Serviços Culturais, Recreativos e Religiosos, com 11,3 milhões de

euros e os Transportes e Comunicações com 10,9 milhões de euros, representando,

respectivamente, cerca de 30,5% e 29,4% do total do investimento.---------------

Releva-se no primeiro grupo o investimento relativo ao Parque Desportivo de

Buarcos, com 8,6 milhões de euros.----------------------------------------------

O investimento na área dos Transportes e Comunicações regista um aumento de

cerca de 52% relativamente a 2006, no que se refere à inclusão de novas acções,

que se distribuem pelas diversas Freguesias, nomeadamente na reabilitação e

qualificação de vias municipais.------------------------------------------------

Na função Habitação e Serviços Colectivos, releva-se o esforço de investimento

na ampliação e requalificação da rede de saneamento, traduzido na

comparticipação do Município da Figueira da Foz nos custos com o investimento

efectuado pela concessionária Águas da Figueira, reflectido no orçamento com uma

dotação de cerca de 840 mil euros.----------------------------------------------

3. Os principais constrangimentos e a nova Lei das Finanças Locais--------------

O Orçamento Municipal para 2007, assim como as Grandes Opções do Plano,

reflectem o fraco dinamismo da economia nacional verificado nos últimos anos,

com impacto nas finanças municipais e com especial incidência nos impostos

directos municipais e nas taxas urbanísticas, sendo que aqueles só em 2006

começaram a registar sinais de recuperação, o que determinou um agravamento do

passivo de curto prazo e das responsabilidades transitadas.---------------------

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Os principais constrangimentos são induzidos pela política orçamental do Governo

e pelas perspectivas financeiras que resultam, respectivamente, do OGE para

2007, mas sobretudo da futura Lei das Finanças Locais, a qual, em função dos

critérios estabelecidos para repartição dos recursos públicos, irá prejudicar

seriamente a participação do Município da Figueira da Foz.----------------------

Desde 2002 que os fundos atribuídos pelo Estado têm perdido valor em face da

inflação registada (sem habitação), constatando-se que o FEF de 2007, a preços

constantes, é inferior em cerca de 10% aos fundos atribuídos em 2002, sendo que

de 2006 para 2007 a quebra é de 2,5%.-------------------------------------------

No que se refere aos Impostos Directos verificou-se, de 2003 para 2004, uma

inflexão muito acentuada, que se traduziu numa forte redução destes impostos em

cerca de 4,7 milhões de euros.--------------------------------------------------

Apesar da inversão desta tendência verificada a partir de 2005, os valores de

2006 continuam ainda inferiores em cerca de 2,8 milhões de euros, relativamente

aos cobrados em 2003.-----------------------------------------------------------

- Ano 2003: 16,6 Milhões de Euros-----------------------------------------------

- Ano 2004: 11,9 Milhões de Euros-----------------------------------------------

- Ano 2005: 12,8 Milhões de Euros-----------------------------------------------

- Ano 2006: 13,8 Milhões de Euros (Valor estimado)------------------------------

De referir ainda, a partir de 2001, a tendência para descida da Derrama,

tendência essa que se agravou ainda mais, a partir de 2004:---------------------

- Ano 2001: 7,8 Milhões de Euros------------------------------------------------

- Ano 2002: 5,8 Milhões de Euros------------------------------------------------

- Ano 2003: 6,0 Milhões de Euros------------------------------------------------

- Ano 2004: 3,2 Milhões de Euros------------------------------------------------

- Ano 2005: 2,3 Milhões de Euros------------------------------------------------

- Ano 2006: 2,2 Milhões de Euros (Valor estimado)-------------------------------

Estes impactos negativos são o resultado de factores exógenos à Câmara Municipal

da Figueira da Foz, como sejam, a iniciativa governamental relativa à alteração

da legislação que regula os impostos sobre o património, assim como a conjuntura

desfavorável que tem condicionado a economia nacional, afectando os impostos e

as taxas municipais.------------------------------------------------------------

Não obstante os vários constrangimentos com repercussões no nível das receitas

municipais, o Município terá de reduzir o valor do endividamento líquido, de

forma a que o mesmo se enquadre nos limites legalmente definidos.---------------

4. Conclusão--------------------------------------------------------------------

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Em, conclusão, apesar dos fortes constrangimentos que a economia nacional, nos

últimos anos, tem produzido nas finanças municipais, pretendemos manter todas as

opções estratégicas e cumprir todas as opções estruturais a longo prazo e os

objectivos e os programas a curto e médio prazo.--------------------------------

Esperamos que estes documentos e as explicações que sobre eles se possam

prestar, esclareçam o interesse de quem sobre eles deposita a atenção

responsável e séria, esperando de todos uma atitude participativa”.-------------

O Vereador António Tavares interveio dizendo que se a conjuntura económica não

melhorar, não haverá possibilidade da situação financeira das Autarquias Locais,

também, melhorar, uma vez que uma parte das suas receitas são provenientes de

uma afectação financeira do Estado.---------------------------------------------

Referiu, ainda, que estão a analisar o orçamento de 2007 e desconhecem em

absoluto qual foi a execução do orçamento para 2006, porque não têm qualquer

informação sobre esse orçamento, ao contrário do Presidente, que a deve ter, até

porque é hábito nas Câmaras Municipais serem feitos relatórios, pelo menos,

semestrais sobre o andamento da execução desse documento.-----------------------

Lembrou, também, que já por várias vezes solicitaram dados sobre uma Auditoria

ou Consultadoria que esteve a ser feita no final do ano transacto e que o

Presidente tem dirimido bem a questão, no sentido dessa informação não lhes ser

facultada. De facto, o que sabem é que houve um estudo a esse nível e que houve

apresentação de resultados e, até hoje, não lhes foram facultados. Certamente

que a análise desses dados poderia servir de instrumento útil e necessário para

a análise deste orçamento de 2007, reiterando o facto de não possuírem, também,

dados da execução de 2006.------------------------------------------------------

Este orçamento parece-lhes mais realista do que o dos anos anteriores. A

execução orçamental, comparando com a conta de 2005, que é aquela que tem dados

consolidados, rondou os 47%, o que quer dizer que é habitual só se cumprir cerca

de metade do orçamentado. Na sua opinião, este orçamento é mais verosímil,

porque tem valores mais baixos, quer de receita corrente, quer de receita de

capital, o que trás, necessariamente, repercussões a nível da própria dinâmica

municipal. Referiu que este é o terceiro ano consecutivo em que o orçamento

sofre um decréscimo: caiu 3,6% em relação ao ano passado, 18% em 2004 e 15,6% em

2005. Nos últimos três anos sofreu um decréscimo extremamente acentuado e se for

excluído o ano de 2003, que foi um ano de orçamento muito baixo, este é o

orçamento mais baixo dos últimos sete anos. Portanto, a actividade e a dinâmica

municipal tem vindo a sofrer ao longo destes últimos anos. Mas, fazendo uma

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análise da evolução do histórico orçamental do Município, verificam que o

orçamento sofre uma gestão ”cíclica”, constatando-se que os ciclos estão muito

relacionados com o calendário eleitoral, ou seja, os orçamentos caem nos dois

anos a seguir a eleições e sobem nos dois últimos anos antes das mesmas. Assim,

vão agora entrar num novo ciclo de queda, certamente, nestes dois últimos anos,

para depois voltar a subir. Do seu ponto de vista, é normal, a seguir às

eleições, haver algum refrear, tendo em conta o que foi gasto na aproximação do

período eleitoral. Portanto, este orçamento que é de 72,5 milhões de euros, numa

taxa de execução na ordem dos 47%, a mesma de 2005, deverá rondar os 34 milhões

de euros.-----------------------------------------------------------------------

Relativamente à receita corrente e reportando-se à questão da crise levantada

pelo Presidente, a estimativa de impostos directos para 2007 é basicamente a

mesma de 2006, ou seja, não há uma quebra, mas a receita corrente, apesar da

crise, vai crescer 6,9%. Questionou como é que numa situação de crise se prevê

um crescimento desta receita corrente. Disse que há alguma sustentabilidade em

relação à parte contabilística do orçamento porque se vê que os rendimentos de

propriedade vão crescer 50% em relação a 2006, mas não lhe parece que isso se

possa verificar, a menos que ocorra algum milagre.------------------------------

Não lhes parece que a estimativa para a receita de impostos indirectos seja

realista. No orçamento estão previstos quase 2,3 milhões de euros e em 2005 só

se arrecadou 50%. Portanto, o grande problema deste orçamento e dos orçamentos

anteriores é o orçamento de capital que apresenta níveis de execução muito

baixos. Em 2005, só foi cumprido 25% da receita e 31% da despesa e se aplicassem

este nível de execução ao orçamento actual ficariam com uma receita de capital

de 9 milhões de euros. Como a despesa prevista é de 39 milhões, 30 milhões de

despesa de capital não é para fazer. Portanto, da sua leitura, tudo o que é

despesa de investimento, em principio, ficará pelo caminho e certamente que

muitas das obras que estão previstas não poderão avançar. Ainda assim, a receita

de capital, que teve que ser necessariamente exponenciada e sobrecarregada é uma

receita que depende basicamente da alienação do património, prevendo-se que, em

termos de receita de capital, vai ser de 72%. Solicitou que lhes explicassem de

onde é que previram que vão arrecadar, enquanto receita de capital, 4,9 milhões

de euros de activos financeiros.------------------------------------------------

Expôs que em relação à despesa corrente, constataram que os níveis da despesa de

pessoal se mantém e são basicamente os mesmos que advêm do orçamentado para

2006. O fornecimento da contratação externa de serviços sobe, passando de 10,3

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milhões de euros para 13,9, sofrendo, portanto um acréscimo de 20%, o que é um

valor demasiado elevado.--------------------------------------------------------

Disse que gostariam que esta introdução ao orçamento fosse mais do que uma mera

justificação da situação que se lhes apresenta e que houvessem linhas definidas,

princípios de actuação, um delinear de estratégia sobre como ultrapassar os

constrangimentos com que se vão defrontar. Referiu que apenas encontram uma mera

justificação dos dados onde as “culpas” pertencem, ora à Administração Central,

ora à conjuntura económico-financeira.------------------------------------------

Em relação às Grandes Opções do Plano, apontou que o Executivo realça que os

Serviços Culturais Recreativos e Religiosos vão sofrer um aumento de 15% e

lembram que destes 15% tudo ou quase tudo tem a ver com o Parque Desportivo de

Buarcos. Constataram que aqueles sectores fulcrais de desenvolvimento do

Município, como sendo os de serviços colectivos, indústria, energia, comércio,

turismo e transportes, representam cerca de 50% das GOP’S, ou seja, 50% das

Grandes Opções do Plano tem a ver com estas funções que sofrem quedas abissais:

os Serviços colectivos menos 56%, a indústria de energia menos 56%, o comércio e

turismo menos 70% e os transportes menos 10%. Portanto, o que é estruturante

acaba por não ter correspondência no que entendem que deveria ser o

desenvolvimento consolidado e sustentável do Concelho. Por isso, certamente

assistem a esta situação em que o crescimento económico-social se faz de uma

forma pouco consentânea com aquilo que seria desejável.-------------------------

Em síntese, os Vereadores do Partido Socialista entendem que este Orçamento

continua a mostrar alguma incapacidade para reduzir as despesas de pessoal;

mostra-se incapaz de reduzir os gastos com a contratação externa de Serviços;

mostra irresponsabilidade ao fazer uma gestão do Município de acordo com os

calendários eleitorais; mostra alguma incompetência por não haver aposta nas

funções ligadas ao desenvolvimento, conforme ficou demonstrado; revela uma falta

de confiança e determinação muito grande, ao não definir claramente as grandes

linhas de rumo do Concelho em direcção ao futuro; mostra não ter folgo, não ter

dinâmica, nem vontade de promover a mudança e, deste modo, este orçamento e

estas Grandes Opções do Plano parecem-lhes mais uma triste “carta de despedida”

de quem está gasto e falho de ideias e projectos, de quem já se despediu de

planear e gerir, de quem se quer ir embora o mais depressa possível, porque se

colocou numa situação da qual não tem alento, nem competência para dela sair.

Gostariam de ter visto um orçamento mais esperançoso no futuro, mas este é de

facto um orçamento do colapso do desenvolvimento da Figueira da Foz nos próximos

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anos.---------------------------------------------------------------------------

O Presidente achou curioso que o Vereador António Tavares tenha dito o que disse

e que o grande esforço é justamente um projecto que eles, executivo, consideram

essencial e que é o Parque Desportivo de Buarcos tal como o projectaram para o

desenvolvimento do Concelho, a par de outros, e muitos deles da responsabilidade

da actividade privada, mas que obriga também a um empenhamento da Autarquia.

Achou curioso porque os projectos estão claros, estão definidos e estão

apresentados e uma aposta imediata, uma prioridade que neste momento têm é levar

a cabo a instalação de um golfe de cidade, porque acham e consideram que é

essencial para a dinamização, como todos pretendem, de um aspecto muito

importante para o desenvolvimento da Figueira da Foz, porque irá dinamizar a

hotelaria e a restauração, que se encontram com dificuldades na conjuntura

actual. Ao terem este tipo de equipamentos, atraem “clientes” para poder

utilizar a referida hotelaria e restauração, o que consideram uma estratégia

cuja ideia surgiu há muito tempo. E dentro das expectativas de procurar

determinadas receitas, existe a possibilidade de constituição de alguns

projectos com parecerias públicas-privadas.-------------------------------------

Relativamente à questão das receitas de capital e do património, continuam à

espera de conseguir a “reanimação económica” que o Vereador António Tavares

invocou, reforçando as receitas correntes com alguns projectos que, por razões

diversas, não foram possíveis concretizar no ano anterior, designadamente a

Construção do Centro de Formação Profissional e que têm a esperança de o

conseguir concretizar no próximo exercício.-------------------------------------

O Vereador António Tavares interrompeu dizendo que o Presidente não respondeu a

uma pergunta que colocou em relação à alienação de activos financeiros com uma

verba prevista de 4,9 milhões.--------------------------------------------------

O Presidente respondeu que é uma verba que consideram que pode ser possível de

concretizar dentro de parcerias públicas/privadas para projectos que têm em

curso, como por exemplo, o Parque Desportivo de Buarcos.------------------------

O Vereador Paz Cardoso referiu que iria fazer apenas duas ou três considerações

do que lhe foi dado ver sobre o orçamento. Disse que todos têm a noção das

dificuldades e da situação em que se encontram as finanças municipais. Na sua

perspectiva pensa que este documento lhes devia dizer qual é o ponto actual da

situação e o que é que aconteceu em 2006, pois desde Janeiro que não têm

informação, apenas relatórios de 2005. Gostaria que lhe dissessem quais são os

meios e a forma que este Executivo, com a solidariedade dos Vereadores do

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Partido Socialista, pensa, para poder sair desta situação. Acha que este é um

documento técnico e vê-o como um documento oficial da Câmara, que os filhos e

netos haverão de ver como um documento técnico. Ficou com alguma preocupação,

para não dizer admiração, pela forma como é feito o relatório inicial.----------

Antes de se pronunciar sobre esta questão do relatório queria dizer que é

perfeitamente natural que tenham divergências políticas, que pensem de forma

diferente, que tenham convicções e ideias diferentes, porque a oposição não

existe por outra razão, o que não implica, em situação alguma, falta de respeito

e consideração por todos os colegas presentes. Por isso, tudo o que vai dizer a

seguir fala de política e não tem como objectivo atingir seja qual pessoa for,

porque todas merecem consideração.----------------------------------------------

Disse que olhou com alguma decepção para um documento técnico, feito por

técnicos, que lhe parece mais político do que técnico. As considerações que são

feitas no relatório, ou orçamento inicial e no início deste documento culpam o

Governo de não transferir e de prejudicar as Autarquias Locais. Falam muito da

economia de mercado, mas parece-lhe que num documento técnico, em que os

profissionais da Câmara devem exercer a sua profissão e não fazer o jeito a

ninguém, deveriam também dizer o resto. É muito estranho que os mesmos técnicos

da Câmara, e continuou a falar que são técnicos e não políticos, neste relatório

não digam quanto é que o Município lucrou com a medida do Governo para o qual

assumiu todos os ónus do não aumento dos vencimentos da função pública e do

congelamento das promoções das carreiras porque, fazendo contas, o impacto desta

decisão governamental nas finanças camarárias é bem maior que os 237 mil euros

e, sendo assim, ficou com a noção de que um documento que deveria ser técnico,

tem muito de político, o que o preocupa porque, a seu ver, os profissionais da

Câmara que elaboraram este relatório deviam ter menos preocupações políticas do

que as que tiveram.-------------------------------------------------------------

O Presidente interrompeu para dizer que o relatório é um documento seu.---------

O Vereador Paz Cardoso contrapôs dizendo que o pode dizer, mas todos sabem que

não foi o Presidente que fez este documento, nem teria lógica que fosse.--------

O Presidente retorquiu considerando que, durante anos, todos que hoje em dia

estão e estavam na situação de oposição, se queixaram que nunca era apresentado

um relatório e que os documentos eram “atirados” para apreciação dos Vereadores

e da própria Assembleia Municipal. A partir de certa altura começou a apresentar

na reunião de Câmara um relatório que, anteriormente, era depois da mesma. Disse

que é evidente que o relatório tem indicações técnicas, mas o Vereador Paz

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Cardoso deve assacar responsabilidades ao Presidente da Câmara, porque dá ideia

que está a atacar os técnicos, que são os Directores que intervêm nesta área e

que, naturalmente, fizeram o relatório consigo. Por isso, se têm críticas a

fazer em relação ao relatório devem dirigi-las a si, que é o Presidente desta

Câmara.-------------------------------------------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso agradeceu o esclarecimento e sendo que o documento é um

documento político e não técnico, há duas coisas que é obrigado a dizer: em

primeiro lugar o seu pedido de desculpas às pessoas que pensa que fizeram este

documento, porque não acredita que o Presidente o tivesse feito porque, na sua

óptica, este relatório deveria ser um relatório técnico e não um relatório

político e se ele é político, como o Presidente acabou de decidir, pede desculpa

às pessoas envolvidas. Perguntou de seguida ao Presidente se concorda, que mesmo

politicamente, devam dizer toda a verdade e não só metade.----------------------

O Presidente repetiu que apresentou o relatório à Câmara Municipal da Figueira

da Foz antes da discussão e votação do orçamento, o que provavelmente nunca

aconteceu desde a instauração da democracia em Portugal, ou seja, possivelmente,

é a segunda vez que na altura da discussão do orçamento é apresentado o

relatório.----------------------------------------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso ouviu os argumentos apresentados pelo Presidente e tendo

ficado com algumas dúvidas, pediu ao mesmo que o esclarecesse relativamente a

algumas verbas inscritas, nomeadamente: uma transferência de verba de 20.230

euros para a APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão do

Deficiente Mental; o valor de 67.659 euros que se está a investir no PDM, que

entende que é um valor muito elevado, tendo em conta que os resultados práticos,

pelo menos visíveis são nulos; idêntica situação para o PU, embora com valores

mais baixos; o Plano de Pormenor da Praia, com uma verba de 36.491 euros, de

cujo investimento também não conhecem o resultado; o aeródromo, com duas

rubricas, uma de 93.731 euros e outra de 143.148 euros, porque são investimentos

muito vultuosos e que não são palpáveis; o Estádio Municipal, com uma verba de

549.508 euros; um aumento de capital para a Figueira Grande Turismo de 400.500

euros; a situação que já algumas vezes falaram e que tem a ver com a capacidade

de aumentar as receitas, que se relaciona com o Parque de Campismo. Solicitou

que o esclarecessem a que se deve a divergência muitíssimo grande entre

132.000,00 € de despesas com vencimentos, para 19.300 euros de receitas

reportados ao Parque de Campismo. Na sua opinião será melhor reequacionarem a

sugestão que fez há uns cinco anos de entregarem o Parque Municipal de Campismo

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à gestão da Junta de Freguesia de Tavarede. Disse que gostaria de perceber qual

é a estrutura do Gabinete de Estudos e Projectos Estruturantes, onde é que ele

funciona e quais são as funções que ele executa no Município da Figueira da Foz

porque, não tendo pessoal, mas apenas vigilância e segurança, tem custos

elevadíssimos. Relativamente às transferências para as Freguesias, constataram

que há divergências muitíssimo grandes, olhando para os documentos que lhes

foram fornecidos e acha que a gestão da Câmara se virou mais para as freguesias

a Sul, em que o número de recenseados e de habitantes é menor, com a excepção de

uma “ilha” a Norte que se chama Ferreira-a-Nova. Referiu que as Juntas de

Freguesia são as “pontas de lança” nas respostas às necessidades imediatas das

populações e se é verdade que algumas Juntas tem receitas próprias, nalguns

casos até receitas de monta, também é verdade que existem outras que vivem quase

exclusivamente das transferências municipais. Portanto, pensa que este orçamento

também cria algumas divergências e algumas preferências, que não são muito bem

explicáveis.--------------------------------------------------------------------

O Presidente respondeu que o quadro dos investimentos previstos nas Grandes

Opções no Plano foi feito conversando com todas as Freguesias de igual forma e,

no total das verbas que estão inscritas, existem as que transitaram,

principalmente as acções na área do saneamento e as Freguesias mais penalizadas,

tanto em relação ao ano anterior, como até em valores, e principalmente nas

acções novas, são as da mesma ideologia política da maioria da Câmara.

Relativamente a transferências correntes, disse que houve uma preocupação que

tem uma base técnica, mas no fundo é política, em que se pretendeu, este ano, na

aprovação deste documento, ao contrário do que era prática, que ficassem já

definidas, não só as regras técnicas, bem como a política definida de como é que

vão ser feitas os Protocolos, como é que vão ser feitas as transferências,

situação que só era feita após o orçamento e depois ia à Assembleia Municipal em

Fevereiro. Foi uma recomendação técnica que, politicamente, achou que era

vantajoso para efectuar as transferências com maior diligência. Quanto à verba

que o Vereador Paz Cardoso questionou relativamente à APPACDM tem a ver com o

projecto do Centro de Noite de Stª Luzia, que é um projecto que vem de

2002/2003.----------------------------------------------------------------------

Relativamente às verbas para os gabinetes, poderiam não ter que as gastar, mas

são necessárias para poderem levar a cabo a execução dos projectos, quer do PDM,

quer do PU, quer do Plano de Pormenor do Areal da Praia.------------------------

Em relação ao Parque de Campismo e aos outros assuntos, pediu ao Director de

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Departamento Administrativo, Financeiro e de Recursos Humanos, Dr. Victor

Pereira e à Directora do Departamento de Planeamento, Engª Graça Vasco, que os

esclarecesse melhor.------------------------------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso questionou, ainda, a verba de 143 mil e de 93 mil euros

para o aeródromo e se este investimento se faz ou não.--------------------------

O Presidente respondeu que esta verba corresponde a um investimento já feito,

nomeadamente com limpezas e colocação à cota do projecto, estando o Estádio em

situação semelhante.------------------------------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso fez o reparo de que não deixam de estar a pagar em 2007

uma obra feita em 2005.---------------------------------------------------------

O Presidente respondeu que na administração os “timings”, tal como estão

definidas por Lei, são os que são. Compreendeu a observação, que não é nova,

porque estão a apreciar um orçamento, sem saberem o resultado do exercício, mas

foi sempre assim.---------------------------------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso apontou que o Presidente não apresentou um relatório

semestral a que o Presidente respondeu não ser obrigado a fazê-lo.--------------

A Vereadora Aida Cardoso questionou qual é a dívida a fornecedores, actualmente.

O Presidente repetiu que só faz o que é obrigado a fazer e acha que já o faz bem

de mais.------------------------------------------------------------------------

O Vereador Victor Sarmento tomou a palavra dizendo que, na sequência das

respostas que tem vindo a ouvir, é preocupante quando se assume que parte do

orçamento, no que toca ao investimento de 2007, é para pagar investimentos de

2006 e até anteriores. Porque como não sabem como é que foi executado o de 2006,

presume-se que não foi executado nomeadamente nas rubricas onde deveriam ter

sido e, por isso, passaram para 2007. Portanto, é um documento que serve de

guião, mas é um guião e um “exercício de estilo”, e não mais do que isso.

Porque, se olharem mesmo para este ano, existem obras ou investimentos que foram

previstos e que não foram realizados, presumindo-se se vão ser ou não

transferidos para 2007, o que os faz querer que quando analisarem o relatório de

2006 vão ter algumas surpresas. É um documento que não tem grande valor não é

mais do que um guião e documentos como este, sem credibilidade, acabam por ser

só um “exercício de estilo”.----------------------------------------------------

O Presidente repetiu que existe uma preocupação, e está espelhada no orçamento,

por um lado, de procurar reduzir as despesas correntes, porque há de facto uma

redução na ordem dos 3%, e, por outro lado, na redução proposta nos

investimentos, conseguiram-se novas inscrições para as Freguesias, mais do que

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houve no ano passado.-----------------------------------------------------------

O Vereador Pereira Coelho interveio dizendo que ouvira com atenção o que fora

dito até então e louvou o esforço que alguns Vereadores trouxeram à discussão,

ao tentar compilar alguns dados para melhor entender os documentos que lhe foram

facultados. Mas não se sente em consciência com os elementos necessários para

que possa fazer um juízo de valor correcto porque, para se fazer uma avaliação

do valor de cada documento, tem que se ter alguns elementos que faltam, mas

admitiu que não haja nenhuma obrigação legal para que eles existam. Mas, como

compreenderão também os presentes, fica para si esta dificuldade, de que resulta

de ter participado o ano passado na elaboração do orçamento até uma determinada

altura, o que lhe permitiu ter acesso a esses documentos base para fazer o

orçamento de então, o qual, como também todos estão bem recordados mereceu a sua

reprovação, exactamente, porque o conhecimento desses documentos não compaginava

um orçamento, como o que foi apresentado para 2006. Não tem razões nenhumas para

duvidar do que o Presidente disse até agora, embora existam alguns elementos que

lhe deixam, no mínimo, alguma perplexidade. Deu como exemplo que ao nível da

despesa corrente os números andam muito pelo mesmo volume o que para si causa

alguma surpresa, porque se houve medidas que na altura apontou para serem

tomadas como necessidade imediata, algumas delas, teriam que ter repercussão, e

tiveram já, no próprio orçamento de 2006 só que, das duas uma, ou não se fez

todo o trabalho, ou a redução da despesa tinha que ser maior ou, então, ter-se-á

gasto noutras coisas. Mas como a rubrica da despesa de pessoal é demasiado

rígida para permitir grandes oscilações, em termos comparativos com o total da

despesa corrente, ela representa um valor de tal ordem grande na despesa

corrente que obviamente não dá grandes margens para grandes oscilações, porque

se ela não oscila em muito termos globais, quer dizer que a despesa com pessoal

também não oscilou muito o que quereria dizer que, então não se faria mais nada

na Câmara para além de pagar os ordenados. Causou-lhe alguma perplexidade estes

números, mas como não tem elementos para puder tirar conclusões politicamente

mais relevantes, mantém-se pelo juízo de valor que fez há um ano atrás, e por

isso já não vai falar nas despesas de capital, embora lastime que não tenha

havido evolução no sentido de contrariar as expectativas que ele próprio fez há

um ano atrás e que levou alguns a pensarem que tinha objectivos políticos e

pessoais de outra ordem. Mas podem constatar, por um lado, que o que disse tinha

fundamentação e, por outro lado, as insinuações de que os propósitos de ter dito

o que disse terem tido qualquer conotação em termos políticos e de carácter

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pessoal, também não se confirmaram. Essas pessoas estão duplamente e moralmente

punidas, porque ao tentarem desacreditar o que ele disse, sobre os documentos em

si e sobre o rumo que estava a ser dado ao Município da Figueira da Foz, devem

fazer um acto de contrição nesse sentido e, por outro lado, também nas

extrapolações políticas que tentaram fazer, como também não se confirmaram.-----

Referiu que não é sua intenção complicar a vida à maioria, mas os números que

lhe foram apresentados não auguram nada de bom e que se impunha mais uma vez, e

repetiu, uma alteração profunda no funcionamento, para que essa performance, do

lado da despesa corrente, possa de facto evoluir de modo mais favorável e mais

rápido porque não será, de certeza absoluta, a conjuntura económica que os vai

ajudar, porque infelizmente Portugal está como está.----------------------------

Por isso, sobrecarregar mais o contribuinte parece-lhe que seria, de todo em

todo, abusivo. Por isso, só lhes resta mesmo é o trabalho de casa, tentar fazer

melhor com menos custos. Sabe que é difícil, porque exige maior dedicação, mas é

o único caminho possível.-------------------------------------------------------

Acha que poderiam ter discutido o orçamento com a participação da Figueira

Grande Turismo e da Figueira Domus porque, ao fim ao cabo, vai tudo parar ao

mesmo “saco”, embora possam parecer diferentes.---------------------------------

O que lhe parece é o seguinte, olhou para o que se passa na Figueira Grande

Turismo e verificou que há uma tendência para a estabilização dentro do esforço

que já foi feito para reduzir. A redução tem também necessariamente reflexo na

qualidade mas é mesmo assim. E, por isso, tal como também disse já há um ano é

urgente ver melhor esta situação, para tomar medidas de fundo porque são

inadiáveis.---------------------------------------------------------------------

No que diz respeito à Figueira Domus, reconheceu que nem leu os documentos

porque a única coisa que o preocupa é o que já está feito, o que representa de

acréscimo todos os anos para o Município. Para que as pessoas percebam bem o que

é que estão a falar, tendo em conta que o que lhe foi aqui dito, estão numa

situação que é financeiramente pior que a do ano passado, em todos os sentidos,

quer no que diz respeito a despesa corrente induzida para dentro do orçamento

por via das rendas, quer no que diz respeito ao próprio imobilizado que não

tendo sido vendido e representa mais encargos financeiros que estão a

sobrecarregar o “erário”, neste caso o orçamento da Figueira Domus, e que se

repercutirá, de certeza absoluta, também na despesa do Município.---------------

Quando vê hoje em dia que há habitação feita por particulares na Figueira da Foz

a ser vendida ao mesmo preço que está a ser vendido pela Figueira Domus,

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pergunta, então, que tipo de habitação social é esta. Ou são os empreiteiros da

Figueira que passaram todos a ter uma função social ou alguma coisa está errada.

E por o que lhe disseram, nada se alterou de especial em termos da situação que

estava o ano passado do que diz respeito a imobilizado. Então, se isto for

verdade quer dizer, por isso, que a situação se tende a agravar e, tal como

disse, poderá vir a ser o maior problema que a Câmara da Figueira da Foz irá

enfrentar nos próximos anos e se fosse o responsável da Câmara da Figueira da

Foz, naturalmente que se preocuparia, e muito.----------------------------------

Perante este quadro, e não querendo ser maçador, reiterou que as criticas que

tinha feito há um ano se mantêm, pelo que se pode verificar nos documentos

apresentados e, por isso, não vai fazer outro tipo de considerações. No entanto,

nada fará para inviabilizar que a maioria, pela qual foi eleito, possa aprovar

os documentos em causa, nomeadamente no que diz respeito ao Orçamento e o Plano.

O Vereador José Elísio disse já tinha lido na comunicação social a parte final

das declarações do Vereador Paz Cardoso e confessou que não lhe atribuiu grande

importância. Não fora esta referência que ele fez à gestão a sul, que entende

que é uma tentativa de o atingir, não diria nada. Referiu que, conforme ficou

provado na intervenção que o Vereador Paz Cardoso fez nesta reunião, não lhe

reconhece capacidade técnica para avaliar o Orçamento porque o fez mal, errando

em várias das apreciações do ponto de vista político o Vereador Paz Cardoso que

neste “puzzle” político concelhio conta pouco e que, provavelmente, a curto

prazo, irá contar menos ou nada. Disse que Freguesia por Freguesia, deve ser

analisada em função da totalidade do investimento, e não de uma forma parcial

como ele fez, apreciando apenas a parte que respeita à transferência de verbas

para as Juntas de Freguesia. Há Presidentes de Junta que optaram por preferir

que a Câmara transfira verbas e não faça as obras; outros preferiram não ter

transferência de verbas, sendo a Câmara a fazer directamente as obras. Portanto

o que conta, no final, é a totalidade da verba prevista Freguesia por Freguesia.

E se olharem para o orçamento, verificam que a gestão não está a Sul, nem ao

Centro, nem a Norte. E também verificam que não há nenhuma discriminação

relativamente às Freguesias do Partido Socialista, onde este é maioritário, uma

prática, aliás, seguida pelas Câmaras Socialistas, que o Vereador Paz Cardoso

sempre avalizou, porque se não lhe conhece nenhuma intervenção pública

manifestando a sua discordância relativamente a essa prática, e o que se

verifica, da análise feita, é que até são as Freguesias Socialistas as mais

contempladas na totalidade dos investimentos previstos, tendo em conta, como já

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referiu, o que são transferências de verbas e obras feitas directamente pela

Câmara. Concluiu que o orçamento também está feito de acordo com as opções dos

Presidentes de Junta.-----------------------------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso disse que o Vereador José Elísio, em relação às

considerações que fez sobre o orçamento, “fulanizou” as questões, além de, na

sua óptica, ter ultrapassado os limites do respeito que as pessoas devem merecer

umas ás outras. Apontou que o Vereador José Elísio disse no jornal, que foi

publicado hoje, que não lhe reconhece competências técnicas nem políticas e

voltou a repeti-lo hoje. Na sua opinião, ainda bem que não tem credenciação da

parte do Vereador José Elísio. Acha que o Vereador José Elísio está um pouco

longe da forma de estar e de fazer a política que ele está e, portanto, é

natural que as premissas com quem o avalia não sejam aquelas que ele acha que

devem ser as premissas com que qualquer Político é avaliado. Relativamente à

diferenciação dos números, disse-o e voltou a repetir, que estão perante um

documento técnico, os números estão escritos, apenas se limitou a transcreve-los

e a somá-los, dos documentos que lhe foram fornecidos.--------------------------

Quanto à questão das gestões do Partido Socialista disse que já no tempo em que

o Vereador José Elísio era Vereador do Partido Socialista havia estas

discriminações, portanto o princípio, a forma de estar e de actuar já vem de há

muitos anos e, lamentavelmente, ao fim destes anos todos de percurso político as

formas de estar e fazer são as mesmas.------------------------------------------

O Vereador Victor Sarmento interveio dizendo que ia fazer um reparo ao seu

colega Vereador Pereira Coelho, para que o mesmo, depois do discurso que fez,

assumisse as consequências desse mesmo discurso, caso contrário, passariam a ter

exactamente a mesma atitude daqueles que dizem que fazem e não fazem, e

acrescentou que a consequência lógica não era sair da sala estando presente e

votando contra, como o fez, ou como manifestou intenção de fazer há um ano

atrás, e que levou à crise interna no seio da maioria.--------------------------

Julga que essa atitude seria a mais consequente e que poderia funcionar dentro

do próprio PSD como um sinal para corrigir a orientação na gestão desta Câmara

Municipal.----------------------------------------------------------------------

Ainda em relação a esta questão, salientou que na Oposição está em minoria,

podendo fazer propostas, até subscrever determinadas resoluções e orientações no

sentido de corrigir os aspectos orçamentais, e que o irão fazer abordando a

questão da Figueira Grande Turismo e da Figueira Domus, opinião partilhada por

ambos em relação ao saneamento financeiro desta Empresa.------------------------

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Finaliza a sua intervenção, referindo que é preciso assumirem as consequências

da nossa avaliação.-------------------------------------------------------------

O Vereador Pereira Coelho, tomou a palavra, aceitando perfeitamente a crítica,

referindo, no entanto, que o Vereador Víctor Sarmento compreenderá também, que

todos foram eleitos com uma dupla responsabilidade, esclarecendo que é, por um

lado, a própria posição pessoal e também o Partido pelo qual foram eleitos. No

entanto, tem consciência que por vezes não é fácil respeitar essa tal dupla

responsabilidade, e que nem sequer a mesma é entendível com facilidade, uma vez

que a Sociedade Portuguesa está mais habituada a ver preto no branco, e tudo o

que não seja bem assim, tem eventualmente pouca razão de ser e é naturalmente

mais difícil de explicar.-------------------------------------------------------

Julga, ainda em relação a esta critica, que pior seria se não tivesse a lealdade

de dizer em voz alta o que pensa. No entanto, tem a responsabilidade de não

contribuir activamente para uma crise dentro do Partido pelo qual foi eleito.---

Acrescentou ainda, que tem a sua consciência tranquila, limpa, e que não está

nada preocupado com as consequências políticas que possam advir num futuro

próximo.------------------------------------------------------------------------

Retorquiu que algumas pessoas poderiam dizer que o melhor seria ele ir-se

embora, no entanto, parece-lhe que para o seu Partido não o era.----------------

Continuou a sua intervenção, argumentando que não existia ninguém que pudesse

dizer que tinha sido desleal quanto ao que pensa ou ao que queria, e ao que quer

para a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Logo, não há descontentamento

pessoal nenhum com ninguém, mas sim uma mera assunção de ideias e posturas

diferentes, perante a realidade, mas que não dramatiza essa situação nem fora e

muito menos dentro do Partido.--------------------------------------------------

Reitera, que está bem com a sua consciência, que aceita a critica que o Vereador

Victor Sarmento lhe fez. Tem conhecimento que é alvo de critica fácil, mas que

um dia verificar-se-á quem tem razão ou não, e finaliza, dizendo que cada um

faça o seu juízo de valor.------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com a ausência do Vereador Pereira Coelho, com

quatro votos a favor, e quatro votos contra dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz

Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares, tendo o Presidente usado do “voto de

qualidade”, o seguinte:---------------------------------------------------------

- Aprovar as Grandes Opções do Plano para 2007-2010 e Orçamento para o ano de

2007;---------------------------------------------------------------------------

- Aprovar o pedido de autorização para contracção de um empréstimo de curto

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prazo no ano de 2007, até ao limite máximo legal, ao abrigo do disposto no nº 6

do artigo 23º da Lei nº 42/98, de 6 de Agosto, com a redacção dada pela Lei nº

3-B/2000, de 4 de Abril;--------------------------------------------------------

- Aprovar a transferência de competências para as Juntas de Freguesia, conforme

indicado no artigo 4º, do capitulo III, da Introdução do Orçamento de 2007, ao

abrigo do disposto na alínea a), do nº 2, do artº 53º e do artº 66º da Lei nº

169/99, de 18 de Setembro, com a alteração dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de

Janeiro.------------------------------------------------------------------------

- Submeter a presente proposta e os respectivos documentos à apreciação e

aprovação da Assembleia Municipal.----------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4.3.7 - 9.ª ALTERAÇÃO ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO DE 2006

Foi presente o assunto mencionado em epígrafe, o qual se dá por integralmente

reproduzido, constituindo o anexo número nove à presente acta.------------------

O Presidente explicou que estas alterações têm a ver com a forma de poder

responder a compromissos e operações financeiras inadiáveis.--------------------

Tendo questionado os Vereadores se tinham alguma dúvida, e não havendo, colocou

à votação.----------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra

dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,

aprovar a 9ª Alteração às Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2006.--------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4.3.8 - RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA

Resumo Diário da Tesouraria do dia trinta de Novembro do corrente ano,

verificando-se que apresenta um saldo disponível de 2.451.886,43 € (dois milhões

quatrocentos e cinquenta e um mil oitocentos e oitenta e seis euros e quarenta e

três cêntimos).-----------------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

6 - DEPARTAMENTO DE URBANISMO

6.1 - DIVISÃO DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

6.1.1 - PROCESSO Nº 9/03 – JOPISANTOS – CONSTRUÇÕES UNIPESSOAL, LDA –

CASAL DO GROU - TAVAREDE - PROPOSTA DE DEFERIMENTO DA ALTERAÇÃO

NOS TERMOS DA INFORMAÇÃO DOS SERVIÇOS – PROCEDENDO-

-SE AO CORRESPONDENTE ADITAMENTO DO ALVARÁ

Foi presente o processo mencionado em epígrafe que se encontra em condições para

o deferimento da alteração ao alvará nº 1/06, que se refere a um pequeno aumento

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da área destinada a garagem, instalações eléctricas e habitação, em cada um dos

lotes.--------------------------------------------------------------------------

O Director do Departamento de Urbanismo, em concordância com a Chefe de Divisão

de Ordenamento do Território propôs, em 24 de Novembro, o deferimento da

alteração do loteamento nos termos da informação dos serviços, devendo proceder-

-se ao correspondente aditamento ao alvará respectivo.--------------------------

A Vereadora Aida Cardoso colocou uma questão que foi devidamente esclarecida

pela Chefe de Divisão de Ordenamento do Território, Arquitecta Ana Maria Brilha.

A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com as informações e pareceres

constantes do processo, autorizar a alteração do loteamento em nome de

Jopisantos – Construções Unipessoal, Ldª., Casal do Grou, Tavarede, devendo

proceder-se ao correspondente aditamento ao alvará.-----------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.1.2 - PROCESSO Nº 7/97 - CONSTRUTORA FIGUEIRENSE, LDA – URBANIZAÇÃO

DO VALE GALANTE - S. JULIÃO - PROPOSTA DE RECEPÇÃO PROVISÓRIA

DOS ARRANJOS EXTERIORES E CONSEQUENTE LIBERTAÇÃO DE 90% DA

CAUÇÃO CORRESPONDENTE E RECEPÇÃO DEFINITIVA DAS RESTANTES OBRAS

DE URBANIZAÇÃO COM LIBERTAÇÃO DO REMANESCENTE DAS RESPECTIVAS

CAUÇÕES

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, acompanhado da informação

técnica de 10 de Novembro, a qual mereceu a concordância da Chefe de Divisão de

Ordenamento do Território e do Director do Departamento de Urbanismo.-----------

A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com os pareceres e informações

constantes do processo, autorizar o seguinte:-----------------------------------

- A recepção provisória dos arranjos exteriores e a libertação de 90% da caução

inicial, relativa a esta infra-estrutura, no valor de 130.901,63 € (cento e

trinta mil, novecentos e um euros e sessenta e três cêntimos), ficando retidos

os restantes 10% no montante de 14.544,63 € (catorze mil quinhentos e quarenta e

quatro euros e sessenta e três cêntimos);---------------------------------------

- A recepção definitiva das infra-estruturas da rede viária, eléctricas, de

telecomunicações, de abastecimento de água, de drenagem de águas residuais

domésticas e pluviais e de distribuição de gás e a libertação dos remanescentes

10% da caução, relativa a estas infraestruturas, no valor de 36.763,96 € (trinta

e seis mil setecentos e sessenta e três euros e noventa e seis cêntimos).-------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.1.3 - PROCESSO Nº 2/01 – LINO & OLIMPIO, LDA – LUGAR DE MATIÔA –

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TAVAREDE – RECEPÇÃO PROVISÓRIA DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO –

LIBERTAÇÃO DA GARANTIA BANCÁRIA

Foi novamente presente o processo mencionado em epígrafe, acompanhado da

informação nº 3, de 30 de Novembro de 2006, da Chefe de Divisão de Ordenamento

do Território, dando conhecimento que, após visita ao loteamento em causa, se

verificou que as limpezas necessárias à recepção provisória das obras de

Urbanização já foram iniciadas.-------------------------------------------------

Propõe, assim, aquela Divisão, com a concordância do Director do Departamento de

Urbanismo em 30 de Novembro, a recepção provisória das obras de urbanização, à

excepção dos arranjos exteriores e rede de drenagem pluvial, podendo ser

libertado o valor de 947.326,16 € (novecentos e quarenta e sete mil trezentos e

vinte e seis euros e dezasseis cêntimos), ficando ainda retida como caução o

valor de 246.726,46 € (duzentos e quarenta e seis mil, setecentos e vinte e seis

euros e quarenta e seis cêntimos);----------------------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso solicitou explicações relativamente ao teor da

informação constante do processo, dado não referir que as obras estão concluídas

mas apenas iniciadas.-----------------------------------------------------------

A Chefe da Divisão de Ordenamento do Território, Arq.ª Ana Maria Brilha,

explicou que o que havia a fazer pelo loteador se limitava a limpezas do

arruamento. O processo foi retirado da reunião de 23 de Novembro de 2006 em

virtude de, àquela data, a rede viária não se encontrar suficientemente limpa,

face às chuvas. Foi então o loteador notificado a proceder à limpeza da rede

viária, não a executar quaisquer outras obras, nomeadamente ao nível dos

arranjos exteriores, dado que a recepção provisória proposta não inclui arranjos

exteriores, nem rede de drenagem pluvial. Relativamente à limpeza da rede

viária, foi-lhe, hoje, confirmado que os trabalhos andavam a ser executados na

quinta-feira.-------------------------------------------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso referiu que a falta de limpeza do loteamento se deve à

não conclusão da rede de escoamento das águas pluviais e que com a vinda de

chuvas intensas a situação voltará a acontecer.---------------------------------

A Chefe da Divisão de Ordenamento do Território, Arq.ª Ana Maria, esclareceu que

a situação ocorre , não pela falta de recepção da rede de drenagem pluvial, mas

pelo facto dos lotes ainda não se encontrarem construídos e dado que houve

movimentação de terras, as chuvas provocarem o seu arrastamento. Referiu, ainda,

que no alvará não se impõe qualquer época para início da construção e que a

época das chuvas proporciona estas situações em qualquer outro lugar com as

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mesmas características.---------------------------------------------------------

O Vereador Paz Cardoso afirmou que se deslocou hoje ao local e, apesar de

concordar com a explicação fornecida pela Arquitecta, não considera que a

limpeza tenha sido muito bem executada, tendo verificado que a lama foi removida

mas os passeios se mantêm vermelhos, com barro. Referiu ainda que, na sua

opinião, existe ao cimo, no topo Norte, um problema relacionado com uma barreira

com cerca de dois metros, que considera que se encontra em risco de ruir.-------

A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro abstenções dos

Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares, de

acordo com a proposta da Divisão de Ordenamento do Território, aprovar a

recepção provisória das obras de urbanização, à excepção dos arranjos exteriores

e rede de drenagem pluvial, com a consequente libertação da garantia bancária no

valor de 947.326,16 € (novecentos e quarenta e sete mil trezentos e vinte e seis

euros e dezasseis cêntimos), ficando ainda retido, até à recepção definitiva, o

remanescente no montante de 246.726,46 € (duzentos e quarenta e seis mil,

setecentos e vinte e seis euros e quarenta e seis cêntimos);--------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.1.4 - PROCESSO Nº 3/89 – VILALUX – EMP. IMOB., LDA – VALE DAS POMBAS

– BUARCOS - POSSE ADMINISTRATIVA DO ALVARÁ N º 3/94 DE ACORDO

COM O ARTIGO 107º DO RJEU PARA EXECUÇÃO DAS CORRECÇÕES DA REDE

DE SANEAMENTO

Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado da informação nº 2, de 14 de

Novembro, da Chefe de Divisão de Ordenamento do Território.---------------------

Face ao exposto na referida informação e para resolução de todas as questões

pendentes e das reclamações relativas ao lote AI, propôs a Chefe de Divisão de

Ordenamento de Território, com a concordância do Director do Departamento de

Urbanismo, que a Câmara Municipal promova a execução das obras de correcção da

rede de saneamento, accionando a caução existente, nos termos do artº 84º do

Regime Jurídico da Urbanização e Edificação. Nos termos deste artigo, a Câmara

Municipal, para salvaguardar a protecção dos interesses de terceiros adquirentes

dos lotes, pode promover a realização das obras, por conta do titular do alvará,

por causa imputável a este, uma vez que o mesmo não deu cumprimento ao ofício

26264, de 13 de Outubro de 2005.------------------------------------------------

Assim, deve ser solicitado às Águas da Figueira a execução dos trabalhos, já

orçamentados, sendo o pagamento por conta da caução existente no processo de

loteamento. Deverá dar-se conhecimento aos reclamantes Carlos Almeida, Maria

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Manuela Abrunhosa e Afonso Abrunhosa.-------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com a informação constante do

processo e ao preceituado nos artºs 107º e 84º do Regime Jurídico da Urbanização

e Edificação, no sentido de salvaguardar a protecção dos interesses de terceiros

adquirentes dos lotes, o seguinte:----------------------------------------------

- Determinar a posse administrativa do imóvel a que corresponde o Alvará de

Loteamento nº 3/94;-------------------------------------------------------------

- Promover a realização das obras de rectificação do troço do colector de águas

residuais domésticas que se encontra sob o lote AI, de modo a que fique

integralmente implantado em domínio público, que ficam por conta do titular do

alvará, accionando para o efeito a caução existente, uma vez que o mesmo não deu

cumprimento ao ofício 26264, de 13 de Outubro de 2005.--------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.1.5 - PROCESSO Nº 12/05 - ODÁLIA MARIA GASPAR REAIS PINTO E MARIA

FERREIRA GASPAR – LAVOS - RECTIFICAÇÃO DE TAXAS

Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado da informação técnica de 28 de

Novembro do corrente ano, dando conhecimento que, por se ter verificado um lapso

no cálculo das TMU - Taxas pela Realização, Manutenção e Reforço de Infra-

-estruturas Urbanísticas, foram as mesmas reformuladas de acordo com o

Regulamento de Urbanização, Edificação e de Taxas e Compensações Urbanísticas em

vigor à data da aprovação do primeiro cálculo.----------------------------------

Face ao exposto, o valor da TMU, inicialmente de 111.674,09 €, depois de

reformulado, de acordo com o cálculo apresentado na informação acima mencionada,

deve ser rectificado para 11.012,36 €.------------------------------------------

O Director do Departamento de Urbanismo, Engº Mário Maduro, em concordância com

a Chefe de Divisão de Ordenamento do Território, Arqtª Ana Maria Brilha, e com a

informação técnica, constante do processo, deu o seu parecer favorável em 29 de

Novembro último.----------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com as informações e parecer

constantes do processo, aprovar a rectificação da taxa de TMU que, de acordo com

a reformulação do cálculo inicial, passou de 111.674,09 € (cento e onze mil

seiscentos e setenta e quatro euros e nove cêntimos) para 11.012,36 € (onze mil

e doze euros e trinta e seis cêntimos).-----------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.1.6 - REGISTO 22371 DE 20/09/2006 - RITA MARISA SANTOS RODRIGUES –

ESTUDANTE – PEDIDO DE ELEMENTOS DE CARTOGRAFIA E RESPECTIVA

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ISENÇÃO DE TAXAS

Foi presente o requerimento de Rita Marisa Santos Rodrigues, pelo qual vem

solicitar o fornecimento de plantas em formato digital, cotadas, com indicação

da construção existente, cadastradas, da zona compreendida entre Sobral e Porto

Godinho d’Além, abrangendo as delimitações do concelho feitas com o rio Pranto,

devendo estar incluída a localização da Zona Industrial no Plano de Ordenamento

do Território e a REN com zona de cheias. Solicita, ainda, a isenção das taxas

pelo facto de ser estudante.----------------------------------------------------

A Chefe de Divisão de Ordenamento do Território, Arqtª Ana Maria Brilha,

informou, em 22 de Novembro que, nos termos do nº 5 do artigo 89º do Regulamento

de Urbanização, Edificação e de Taxas e Compensações Urbanísticas em vigor, a

Câmara Municipal poderá isentar, em função das circunstâncias de cada caso, do

pagamento de taxas de reprodução de documentos escritos ou desenhados as pessoas

que desenvolvam trabalhos de carácter pedagógico ou científico, devendo para o

efeito apresentar declaração do respectivo estabelecimento de ensino.-----------

A informação solicitada orça o valor de 1.550,00 € (mil quinhentos e cinquenta

euros), de acordo com o referido Regulamento em vigor, podendo ser tudo

fornecido à excepção da planta cadastral, por inexistente.----------------------

Dado que a requerente entregou a declaração conforme solicitado mereceu, o

pedido da mesma, parecer favorável do Director do Departamento de Urbanismo,

Engº Mário Maduro, em 29 de Novembro último.------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com as informações constantes do

processo, autorizar a cedência dos elementos solicitados pela estudante Rita

Marisa Santos Rodrigues, bem como a isenção das respectivas taxas, nos termos do

nº 5, do artigo 89º, do Regulamento de Urbanização, Edificação e de Taxas e

Compensações Urbanísticas em vigor.---------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.3 - DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO URBANISMO

6.3.1 - PROCESSOS DE OBRAS PARTICULARES E AUTORIZAÇÕES PARA

CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número dez à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do nº 3 do artº

65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e delegada no Presidente da Câmara em

reunião de 26 de Outubro de 2005.-----------------------------------------------

- Deferidos – 117 (cento e dezassete)-------------------------------------------

- Indeferidos – 02 (dois)-------------------------------------------------------

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A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

6.3.2 - PROCESSO Nº 625/03 – RUI ALEXANDRE AMARAL ANTUNES DA COSTA –

CONSTRUÇÃO DE MORADIA, SITA NOS CONDADOS – TAVAREDE - LICENÇA

ESPECIAL PARA ACABAMENTOS, POR MAIS 6 MESES

Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado do requerimento registado sob o

nº 9778/06, de 10 de Novembro, através do qual o munícipe, possuidor do alvará

nº 585/04, válido até 11 de Novembro de 2006, vem solicitar a concessão de

licença especial para acabamentos da obra, sita no lugar de Condados, freguesia

de Tavarede, pelo período de seis meses.----------------------------------------

Face à informação constante do processo, propõe a Divisão de Licenciamentos, em

15 de Novembro, com a concordância do Director do Departamento de Urbanismo,

Engº Mário Maduro, em 22 do mesmo mês, o deferimento do pedido de emissão de uma

licença especial para acabamentos pelo período solicitado.----------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com as informações constantes do

processo, autorizar a emissão de licença especial para acabamentos, pelo prazo

de seis meses, ao abrigo do artº 88º do Decreto-Lei nº555/99, de 16 de Dezembro,

alterado pelo Decreto-Lei nº 177/2001, de 4 de Junho.---------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

7 - DEPARTAMENTO DE OBRAS MUNICIPAIS

7.5 - DIVISÃO ADMINISTRATIVA

7.5.1 - PROCESSOS PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número onze à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do nº 3 do artº

65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e delegada no Presidente da Câmara em

reunião de 26 de Outubro de 2005.-----------------------------------------------

- Deferidos – 11 (onze)---------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

8 - DEPARTAMENTO DE CULTURA, EDUCAÇÃO E ACÇÃO SOCIAL

8.2 - DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E ACÇÃO SOCIAL

8.2.1 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA

FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE QUIAIOS PARA DELEGAÇÃO DE

COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR

DEVOLUTO – EB1 ERVEDAL

Foi presente o protocolo designado em epígrafe, documento que aqui se dá por

integralmente reproduzido constituindo o anexo número doze à presente acta,

acompanhado de uma informação prestada pela Divisão de Educação e Acção Social,

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datada de 28 de Novembro de 2006, que a seguir se transcreve:-------------------

“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a

Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas

Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da

rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta

de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------

Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Alhadas foi

encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Ervedal, sita na

Freguesia de Quiaios.-----------------------------------------------------------

Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como

a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz

cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta

de Freguesia de Quiaios vem solicitar à Autarquia a cedência do referido

edifício.-----------------------------------------------------------------------

Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de

Quiaios para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no artigo 15º

da Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), do nº 2 do artigo

66º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela

Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se da entidade mais

próxima da população e que tem já sinalizadas as suas necessidades.-------------

Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada

para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão

Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia

Municipal.”---------------------------------------------------------------------

Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer

favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do

competente Protocolo.-----------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a

Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Quiaios, para

Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício Escolar Devoluto –

EB1 Ervedal, submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.-----

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

8.2.2 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA

FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE MOINHOS DA GÂNDARA PARA DELEGAÇÃO

DE COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR

DEVOLUTO – EB1 CUNHAS

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Da Divisão de Educação e Acção Social, foi presente o protocolo designado em

epígrafe, documento que constitui o anexo número treze à presente, acompanhado

de uma informação daqueles serviços, datada de 28 de Novembro de 2006, que a

seguir se transcreve:-----------------------------------------------------------

“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a

Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas

Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da

rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta

de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------

Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Alhadas foi

encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Cunhas, sita na

Freguesia de Moinhos da Gândara.------------------------------------------------

Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como

a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz

cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta

de Freguesia de Moinhos da Gândara vem solicitar à Autarquia a cedência do

referido edifício.--------------------------------------------------------------

Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de

Moinhos da Gândara para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no

artigo 15º da Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), do nº 2

do artigo 66º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações

introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se

da entidade mais próxima da população e que tem já sinalizadas as suas

necessidades.-------------------------------------------------------------------

Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada

para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão

Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia

Municipal.”---------------------------------------------------------------------

Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer

favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do

competente Protocolo.-----------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a

Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Moinhos da

Gândara, para Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício

Escolar Devoluto – EB1 Cunhas, submetendo esta resolução à aprovação da

Assembleia Municipal.-----------------------------------------------------------

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CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

50

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

8.2.3 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA

FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE ALQUEIDÃO PARA DELEGAÇÃO DE

COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR

DEVOLUTO – EB1 NEGROTE

Foi presente o protocolo designado em epígrafe, documento que aqui se dá por

integralmente reproduzido constituindo o anexo número catorze à presente acta,

acompanhado de uma informação prestada pela Divisão de Educação e Acção Social,

datada de 28 de Novembro de 2006, que a seguir se transcreve:-------------------

“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a

Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas

Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da

rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta

de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------

Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas do Paião foi

encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Negrote, sita na

Freguesia de Alqueidão.---------------------------------------------------------

Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como

a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz

cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta

de Freguesia de Alqueidão vem solicitar à Autarquia a cedência do referido

edifício.-----------------------------------------------------------------------

Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de

Alqueidão para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no artigo

15º da Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), no nº 2 do

artigo 66º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas

pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se da entidade

mais próxima da população e que tem já sinalizadas as suas necessidades.--------

Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada

para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão

Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia

Municipal.”---------------------------------------------------------------------

Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer

favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do

competente Protocolo.-----------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a

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CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

51

Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Alqueidão, para

Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício Escolar Devoluto –

- EB1 Negrote, submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.---

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

8.2.4 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA

FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE VILA VERDE PARA DELEGAÇÃO DE

COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR

DEVOLUTO – EB1 FONTELA

Da Divisão de Educação e Acção Social, foi presente o protocolo designado em

epígrafe, documento que constitui o anexo número quinze à presente, acompanhado

de uma informação daqueles serviços, datada de 28 de Novembro de 2006, que a

seguir se transcreve:-----------------------------------------------------------

“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a

Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas

Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da

rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta

de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------

Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Buarcos foi

encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Fontela, sita na

Freguesia de Vila Verde.--------------------------------------------------------

Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como

a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz

cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta

de Freguesia de Vila Verde vem solicitar à Autarquia a cedência do referido

edifício.-----------------------------------------------------------------------

Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de Vila

Verde para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no artigo 15º da

Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), no nº 2 do artigo 66º,

da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº

5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se da entidade mais próxima

da população e que tem já sinalizadas as suas necessidades.---------------------

Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada

para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão

Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia

Municipal.”---------------------------------------------------------------------

Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer

Page 53: ACTA N.º 23/2006 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 04-12-2006figueiradigital.ficheirospt.com/cmff/actas/cm2304122006.pdf · - Aida Lurdes Bicho Lopes Cardoso ... porque primeiro “puxa a brasa

CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

52

favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do

competente Protocolo.-----------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a

Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Vila Verde, para

Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício Escolar Devoluto –

- EB1 Fontela, submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.---

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

8.2.5 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA

FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE ALHADAS PARA DELEGAÇÃO DE

COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR

DEVOLUTO – EB1 BROEIRAS

Foi presente o protocolo designado em epígrafe, documento que aqui se dá por

integralmente reproduzido constituindo o anexo número dezasseis à presente acta,

acompanhado de uma informação prestada pela Divisão de Educação e Acção Social,

datada de 28 de Novembro de 2006, que a seguir se transcreve:-------------------

“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a

Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas

Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da

rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta

de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------

Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Alhadas foi

encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Broeiras, sita na

Freguesia de Alhadas.-----------------------------------------------------------

Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como

a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz

cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta

de Freguesia de Alhadas vem solicitar à Autarquia a cedência do referido

edifício.-----------------------------------------------------------------------

Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de

Alhadas para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no artigo 15º

da Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), no nº 2 do artigo

66º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela

Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se da entidade mais

próxima da população e que tem já sinalizadas as suas necessidades.-------------

Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada

para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão

Page 54: ACTA N.º 23/2006 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 04-12-2006figueiradigital.ficheirospt.com/cmff/actas/cm2304122006.pdf · - Aida Lurdes Bicho Lopes Cardoso ... porque primeiro “puxa a brasa

CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

53

Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia

Municipal.”---------------------------------------------------------------------

Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer

favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do

competente Protocolo.-----------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a

Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Alhadas, para

Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício Escolar Devoluto –

- EB1 Broeiras, submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.--

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

8.2.6 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS

E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA

FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E O CENTRO

SOCIAL PAROQUIAL AQUA VIVA DE ALHADAS – EB1 VIGÁRIOS -

RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28

de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006

(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria

com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o

programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras

actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------

Mais informa que, a Câmara Municipal ainda não dispõe de Professor para

ministrar a Actividade Física e Desportiva aos alunos da EB1 de Vigários/EB1

Ribas, havendo por isso necessidade de recorrer, temporariamente, a recursos

humanos de entidades que disponham de pessoal com formação na área da infância e

juventude para assegurar o desenvolvimento de actividades de animação no horário

destinado à prática de Educação Física, mediante celebração de Protocolo.-------

Nesse sentido, foi efectuado contacto com o Centro Social Paroquial Aqua Viva de

Alhadas, o qual desenvolve a resposta de ATL para os alunos da EB1 de Vigários e

Ribas, assegurando assim o desenvolvimento de actividades de animação, no

horário destinado à prática de Educação Física, por uma Animadora do ATL daquela

Instituição. Face ao exposto, foi celebrado o Protocolo entre a Câmara Municipal

da Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas de Alhadas e o Centro Social

Paroquial Aqua Viva de Alhadas, documento que se dá por integralmente

reproduzido, constituindo o anexo número dezassete à presente acta.-------------

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CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

54

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa

Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do

Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento

de Escolas de Alhadas e o Centro Social Paroquial Aqua Viva de Alhadas.---------

8.2.7 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS

E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA

FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E O CENTRO

SOCIAL PAROQUIAL AQUA VIVA DE ALHADAS – EB1 ALHADAS -

RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28

de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006

(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria

com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o

programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras

actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------

Mais informa que, a Câmara Municipal ainda não dispõe de Professor para

ministrar a Actividade Física e Desportiva aos alunos da EB1 de Alhadas, havendo

por isso necessidade de recorrer, temporariamente, a recursos humanos de

entidades que disponham de pessoal com formação na área da infância e juventude

para assegurar o desenvolvimento de actividades de animação no horário destinado

à prática de Educação Física, mediante celebração de Protocolo.-----------------

Nesse sentido, foi efectuado contacto com o Centro Social Paroquial Aqua Viva de

Alhadas, o qual desenvolve a resposta de ATL para os alunos da EB1 de Alhadas,

assegurando assim o desenvolvimento de actividades de animação, no horário

destinado à prática de Educação Física e Desportiva, por uma Animadora do ATL

dessa Instituição. Face ao exposto, foi celebrado o Protocolo entre a Câmara

Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas de Alhadas e o Centro

Social Paroquial Aqua Viva de Alhadas, documento que se dá por integralmente

reproduzido, constituindo o anexo número dezoito à presente acta.---------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa

Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do

Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento

de Escolas de Alhadas e o Centro Social Paroquial Aqua Viva de Alhadas.---------

8.2.8 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS

E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º

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CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

55

CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA

FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E A CASA

DO POVO DE QUIAIOS – RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28

de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006

(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria

com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o

programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras

actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------

Mais informa que, de acordo com informações de alguns Agrupamentos de Escolas do

Município, existem alguns estabelecimentos de ensino que não dispõem de espaços

para que o decorrer das actividades seja garantido dentro do recinto escolar.---

Esclarece ainda que, foram efectuadas reuniões com as Instituições Particulares

de Solidariedade Social e outras entidades que têm vindo a promover as

Actividades de Tempos Livres dos alunos, no sentido de averiguar da

possibilidade de assegurarem a deslocação dos alunos para a Escola alternativa,

mediante celebração de Protocolo.-----------------------------------------------

Nesse sentido, foi efectuado contacto com a Casa do Povo de Quiaios, a qual

assegura a deslocação dos alunos da EB1 Cova da Serpe para a EB1 Casal Novo e

vice-versa. Para esse efeito, foi celebrado o Protocolo entre a Câmara Municipal

da Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas de Alhadas e a Casa do Povo de

Quiaios, documento que se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo

número dezanove à presente acta.------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa

Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do

Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento

de Escolas de Alhadas e a Casa do Povo de Quiaios.------------------------------

8.2.9 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS

E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA

FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E A

ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CULTURAL DE SANTANA -

RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28

de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006

(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria

Page 57: ACTA N.º 23/2006 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 04-12-2006figueiradigital.ficheirospt.com/cmff/actas/cm2304122006.pdf · - Aida Lurdes Bicho Lopes Cardoso ... porque primeiro “puxa a brasa

CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

56

com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o

programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras

actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------

Mais informa que, de acordo com informações de alguns Agrupamentos de Escolas do

Município, existem alguns estabelecimentos de ensino que não dispõem de espaços

para que o decorrer das actividades seja garantido dentro do recinto escolar.---

Esclarece ainda que, foram efectuadas reuniões com as Instituições Particulares

de Solidariedade Social e outras entidades que têm vindo a promover as

Actividades de Tempos Livres dos alunos, no sentido de averiguar da

possibilidade de assegurarem a deslocação dos alunos para a Escola alternativa,

mediante celebração de Protocolo.-----------------------------------------------

Nesse sentido, foi efectuado contacto com a Associação para o Desenvolvimento

Social e Cultural de Santana, a qual assegura a deslocação dos alunos da EB1

Ribas para a EB1 Vigários e vice-versa. Para esse efeito, foi celebrado o

Protocolo entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas

de Alhadas e a Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural de Santana,

documento que se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número

vinte à presente acta.----------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa

Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do

Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento

de Escolas de Alhadas e a Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural de

Santana.------------------------------------------------------------------------

8.2.10 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS

E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA

FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E A JUNTA

DE FREGUESIA DE FERREIRA-A-NOVA - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28

de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006

(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria

com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o

programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras

actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------

Mais informa que, de acordo com informações de alguns Agrupamentos de Escolas do

Município, existem alguns estabelecimentos de ensino que não dispõem de espaços

Page 58: ACTA N.º 23/2006 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 04-12-2006figueiradigital.ficheirospt.com/cmff/actas/cm2304122006.pdf · - Aida Lurdes Bicho Lopes Cardoso ... porque primeiro “puxa a brasa

CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

57

para que o decorrer das actividades seja garantido dentro do recinto escolar.---

Esclarece ainda que, foram efectuadas reuniões com as Instituições Particulares

de Solidariedade Social e outras entidades que têm vindo a promover as

Actividades de Tempos Livres dos alunos, no sentido de averiguar da

possibilidade de assegurarem a deslocação dos alunos para a Escola alternativa,

mediante celebração de Protocolo.-----------------------------------------------

Nesse sentido, foi efectuado contacto com a Junta de Freguesia de Ferreira-a-

Nova, a qual desenvolve a resposta de ATL para os alunos da EB1 de Tromelgo

assegurando assim a deslocação dos alunos da EB1 Ferreia-a-Nova para a EB1

Tromelgo e, transitoriamente, o desenvolvimento de actividades de animação no

horário das aulas da Actividade Física e Desportiva na EB1 Tromelgo, pela

animadora do ATL desse estabelecimento de ensino. Para esse efeito, foi

celebrado o Protocolo entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento

de Escolas de Alhadas e a Junta de Freguesia de Ferreia-a-Nova, documento que se

dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número vinte e um à

presente acta.------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa

Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do

Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento

de Escolas de Alhadas e a Junta de Freguesia de Ferreira-a-Nova.----------------

8.2.11 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS

E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA

FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E O CENTRO

SOCIAL VELA AZUL - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28

de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006

(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria

com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o

programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras

actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------

Mais informa que, de acordo com informações de alguns Agrupamentos de Escolas do

Município, existem alguns estabelecimentos de ensino que não dispõem de espaços

para que o decorrer das actividades seja garantido dentro do recinto escolar.---

Esclarece ainda que, foram efectuadas reuniões com as Instituições Particulares

de Solidariedade Social e outras entidades que têm vindo a promover as

Page 59: ACTA N.º 23/2006 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 04-12-2006figueiradigital.ficheirospt.com/cmff/actas/cm2304122006.pdf · - Aida Lurdes Bicho Lopes Cardoso ... porque primeiro “puxa a brasa

CÂMARA MUNICIPAL

Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006

58

Actividades de Tempos Livres dos alunos, no sentido de averiguar da

possibilidade de assegurarem a deslocação dos alunos para a Escola alternativa,

mediante celebração de Protocolo.-----------------------------------------------

Nesse sentido, foi efectuado contacto com o Centro Social Vela Azul, a qual

assegura a deslocação dos alunos da EB1 Bom Sucesso para a EB1 Poço Frio e vice-

-versa. Para esse efeito, foi celebrado o Protocolo entre a Câmara Municipal da

Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas de Alhadas e o Centro Social Vela

Azul, documento que se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo

número vinte e dois à presente acta.--------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa

Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do

Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento

de Escolas de Alhadas e o Centro Social Vela Azul.------------------------------

10 - DIVISÃO DE JUVENTUDE, DESPORTO E COLECTIVIDADES

10.1 - TUKATINA – TUNA FEMININA DA UNIVERSIDADE INTERNACIONAL DA

FIGUEIRA DA FOZ – PEDIDO DE APOIO FINANCEIRO PARA REALIZAÇÃO DO

I FESTIVAL DE TUNAS DA UNIVERSIDADE DA FIGUEIRA DA FOZ

Pela Divisão de Juventude, Desporto e Colectividades, foi presente a informação

nº 187, de 3 de Novembro findo, dando conhecimento que a Tukatina, Tuna Feminina

da Universidade Internacional da Figueira da Foz, organizou nos dias 10 e 11 de

Novembro de 2006 o “I Festival de Tunas Femininas da Universidade Internacional

da Figueira da Foz”, pelo que, vêm solicitar a esta Câmara um apoio financeiro

para fazer face às despesas inerentes com a realização do referido evento.------

O Vereador Lídio Lopes propôs, por despacho, datado de 10 de Novembro de 2006, a

atribuição de um apoio de 500,00 €, como contributo para a globalidade das

despesas, salientando que este valor foi atribuído, igualmente, ao Festival de

Tunas Masculino daquela Universidade, que continha, também, igual número de

participantes.------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta do Vereador Lídio Lopes,

de atribuir um apoio financeiro, no valor de 500,00 € (quinhentos euros), à

Tukatina, Tuna Feminina da Universidade Internacional da Figueira da Foz, para o

efeito pretendido.--------------------------------------------------------------

11 - FIGUEIRA GRANDE TURISMO – EMPRESA MUNICIPAL

11.1 – RELATÓRIO DE GESTÃO DO 1º SEMESTRE DE 2006, DO CONSELHO DE

ADMNISTRAÇÃO DA FGT

Pelo Presidente foi apresentado o Relatório de Gestão do 1º Semestre de 2006, do

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Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo – Empresa Municipal,

documento que ficará devidamente arquivado naquela Empresa Municipal, e

disponível para consulta quando para tal for solicitado.------------------------

De seguida, começou por dizer que este era apenas um ponto para conhecimento da

Assembleia Geral e não para ser sujeito a votação.------------------------------

O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo, Prof.

Doutor Manuel Carvalho Fernandes Thomaz, afirmou que o relatório presente contém

a descrição das diferentes actividades que a Figueira Grande Turismo realizou no

1º semestre, como a animação turística, o cinema, exposições, entre outros.

Declarou que os eventos, não são só os eventos do CAE, mas todos os eventos de

animação turística e cultural, que representam dois terços da despesa total.----

Referiu-se ainda à diminuição de fornecimentos e serviços externos e aos custos

com o pessoal, que representaram cerca de um milhão de euros. Deu também a

conhecer o valor do lucro tributável do 1º semestre, e a previsão para o imposto

sobre o rendimento do exercício que é de 116.00,00 € (cento e dezasseis mil

euros).-------------------------------------------------------------------------

Lamentou a dificuldade que têm encontrado na angariação de patrocínios

principalmente no 1º semestre de 2006, sendo que alguns conseguidos, vão ser

inscritos no 2º semestre de 2006 e serão objecto de apresentação no relatório e

contas para o próximo ano.------------------------------------------------------

A Administradora da Figueira Grande Turismo, Dr.ª Ana Cristina Freire Calado

Pereira Redondo, referiu que a Figueira Grande Turismo se tem pautado por uma

gestão rigorosa, clara e transparente em relação aos recursos humanos e

financeiros ao seu dispor e que estão abertos a qualquer esclarecimento --------

O Vereador António Tavares disse que desde que o CAE foi transferido para a

gestão da Figueira Grande Turismo, passou a ter uma grande importância na

actividade da empresa, de tal ordem que o “T” de turismo, está a cair para o “C”

de cultura.---------------------------------------------------------------------

Acrescentou também que aparece muitas vezes a palavra “sucesso”, “excelente” e

“bastante favorável”, com tal adjectivação levaria a concluir que estaríamos

perante uma situação de grande sucesso na animação turística, e na gestão do CAE

nas suas vertentes cultural, de espectáculos e nos congressos. Tal situação não

ocorre, pois o CAE apresenta-se como uma infra-estrutura de difícil gestão, e

com dificuldades em conseguir atingir os fins para o qual foi criado. Indicou o

Centro de Artes e Espectáculos como uma estrutura que poderia rentabilizar mais

do que aquilo que actualmente rentabiliza e que pode caminhar para um “elefante

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branco”, do qual pouco se retira.-----------------------------------------------

No que respeita à vertente turística, afirmou que desconhece o número de

turistas que visitaram a Figueira da Foz durante o Verão, pois leu num jornal

que a Figueira da Foz teve muitos visitantes, e noutros muito poucos, uns diziam

que os hotéis estavam cheios e outros vazios. Em sua opinião a Figueira Grande

Turismo poderia fazer alguma previsão no sentido de fornecer alguma informação

deste tipo. A Direcção de Turismo do Algarve diz que têm dados acerca da

procura, o que possibilita que se possa fazer uma qualificação desse tipo à qual

é preciso dar resposta, um estudo deste tipo seria importante para auxiliar a

dinâmica turística deste Município.---------------------------------------------

Lembrou que há um ano atrás, o Sr. Professor falou na vertente do Turismo

Cultural e do Eco-Turismo, e exemplificou o caso do Eco-Museu do Sal, como um

possível pólo, mas, este encontra-se em estado de abandono.---------------------

Prosseguiu, questionando se, no que respeita à animação turística, no ponto de

vista cultural, a Figueira possui alguma imagem de marca no contexto nacional e

até internacional, para além da praia e do produto sol/mar, sendo que o caracol

já deu o que tinha a dar, pois agora é importado de Marrocos. Em sua opinião há

que criar uma imagem de marca de afirmação cultural, como foi em tempos o

“Festival de Cinema” que conseguiu transpor-se da época turística, para o mês de

Setembro, para tal, também contribuiu o desaparecimento do Festival de Música.--

A nível nacional deu alguns bons exemplos de casos de cidades com tamanho

idêntico à Figueira e possuidoras de eventos que projectam a imagem das cidades

para o exterior, como é o caso da “Cinanima” em Espinho, o “Festival do Jazz” em

Guimarães e o caso de Avanca que também já tem alguma projecção a nível do

cinema de animação. Por isso, entende que há necessidade de criar uma imagem de

marca para a Figueira.----------------------------------------------------------

Quanto à questão da rentabilização do CAE, reconhece que é uma tarefa muito

difícil, pois está quase às moscas. No que concerne a visitas guiadas, cursos e

oficinas, houve 736 pessoas, em 180 dias, o que dá 4 pessoas por dia. As visitas

à descoberta do CAE que têm dito que é um sucesso, em 180 dias, tiveram 273

visitas, o que dá uma média de aproximadamente uma pessoa e meia por dia, o que

faz um total de perto de 5 visitantes diários para uma estrutura como o CAE.

Embora seja difícil encher uma sala com 300 lugares, a ocupação quer do cinema

infantil, quer as 4 sessões que fazem por mês têm uma ocupação muito baixa.-----

O Vereador António Tavares manifestou a sua desconfiança em relação aos números

apresentados no cinema, pois no passado fim-de-semana deveriam estar pouco mais

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de 20 pessoas, e que os números apresentados apontam para uma média de 69 ou 70

pessoas. Num outro espectáculo em que ele próprio assistiu, no grande auditório,

feito por um célebre palhaço, estavam presentes 12 pessoas, dos 800 lugares

disponíveis. Afirmou também não compreender como é que a exposição da “Colecção

Berardo” fica 7 meses em exposição, sendo que neste momento todo o público alvo

já a viu. Questionou ainda, onde estavam os “sponsers” e as “parcerias” e quais

foram as estratégias levadas por diante para os conseguir. Disse que o ano

passado falou na co-produção, mas é importante não confundir co-produção com

cedência de meios. Disse que tinha feito uma recomendação no sentido de haver

uma politica de preços consentânea com a diversidade de público, e isso sabia

que o tinham feito, porque foi ao CAE e entregaram-lhe um questionário para

preencher, mesmo assim, lamenta não ter conhecimento desses resultados.---------

Quanto à politica de preços, sugeriu que esta deverá ser utilizada com o intuito

de captar os diferentes públicos, mas, não foi o que aconteceu, porque os preços

dos bilhetes baixaram, devido ao facto de se passar a comprar espectáculos mais

baratos.------------------------------------------------------------------------

No que respeita aos congressos é da opinião que estão muito longe do desejável,

pois no 1º semestre apenas houve uma ocupação de 29 dias em 180 possíveis, o que

dá uma média de 0,15%. Mostra-se ainda preocupado com a enorme dependência que a

Figueira Grande Turismo continua a ter de subsídios da Câmara Municipal, cerca

de 80%.-------------------------------------------------------------------------

Continuou referindo que para 2007 se projecta uma significativa baixa de custos,

mas, em sua opinião é muito improvável que esta projecção seja verosímil, pois

em Junho de 2006 os valores da dívida eram de cinco milhões e meio de euros,

sendo dois milhões e meio a médio prazo a instituições de crédito, um milhão e

duzentos mil a curto prazo, a instituições de crédito, e a fornecedores um

milhão setecentos e noventa e seis mil, ou seja, aquilo que desceu nas

instituições de crédito, foi o que cresceu na dívida a fornecedores, cerca de

duzentos mil euros. Discorda por terem feito uma cópia exacta do Plano de

Actividades do ano de 2006 para 2007, pois, o texto mantém-se, mudando apenas os

valores, esperava que uma meditação sobre todas estas questões produzissem um

texto diferente, o que mostra que para o ano de 2007 vai ser uma continuação do

anterior.-----------------------------------------------------------------------

O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo, Prof.

Fernandes Tomás explicou que no sector do turismo tentaram fazer vários

contactos a entidades para fazerem um estudo estatístico minimamente válido, mas

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este custaria umas dezenas de milhares de euros. Afirmou que a Drª Ana Redondo

contactou com a Região de Turismo do Centro e, também, uma outra entidade de

Coimbra, que faz esse tipo de estudos e chegou-se à conclusão que a Região de

Turismo do Centro está interessada em desenvolver um estudo que vai apresentar

dentro de alguns meses, e que será um pouco à semelhança da Região de Turismo do

Algarve. Contudo, a entidade tem encontrado algumas dificuldades em obter

informação junto de restaurantes e hotéis, que muitas vezes não gostam de

fornecer dados. Afirmou que a gestão do CAE em questões orçamentais não tem um

peso extraordinário na FGT, tem muito mais animação turística, pois não são dois

terços com tendência para subir, mas sim, um terço com tendência para descer, da

parte do CAE.-------------------------------------------------------------------

Quanto à questão do “sucesso excelente”, confessou que não viu quantas vezes

vinham escritas as palavras, mas que estava convencido de que têm algum sucesso,

e como prova disso é um artigo do jornal “Público”, sobre casos de sucesso na

descentralização da cultura, e ainda na maior parte dos parâmetros, em

comparação com entidades equiparadas, acha que têm algum sucesso.---------------

Referiu ainda, que no ano transacto, não falou em eco-turismo mas em turismo

cultural. No que respeita à imagem de marca da Figueira, em sua opinião, hoje, a

Figueira tem como imagem da marca turística, sol, praia e ambiente extremamente

agradável, civilizado e acolhedor e, também, uma imagem de marca cultural que em

grande parte é devida ao CAE.---------------------------------------------------

A Administradora Delegada da Figueira Grande Turismo, Dr.ª Ana Redondo, alegou

que a FGT recebe estagiários, ficando com o resultado dos inquéritos que eles

fazem, e uma coisa que se tem notado é que muitas pessoas que procuram o CAE não

residem na Figueira da Foz, fazem muitos quilómetros para vir assistir aos

espectáculos, o que demonstra que a Figueira tem uma imagem de marca no

exterior.-----------------------------------------------------------------------

O Vereador António Tavares explicou que se estava a referir a outros

espectáculos que passam noutras salas do país, pois estes não vão trazer

genuinidade àquilo que se apresenta, apenas dá um cariz e uma imagem cultural.--

O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo, Prof.

Fernandes Tomás respondeu que dá uma imagem cultural embora não dê uma imagem

tão genuína quanto ele gostaria que fosse, porque se tivessem muito dinheiro,

poderiam criar, por exemplo, uma escola de bailado, uma orquestra, entre outras

coisas.-------------------------------------------------------------------------

O Presidente referiu que o Festival de Música que houve em tempos, era uma coisa

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muito interna que abarcava umas 40 pessoas, à semelhança do espectáculo do

palhaço que o Vereador António Tavares assistiu. Relembrou que também em tempos

houve o “Festival de Cinema da Figueira da Foz”, mas que depois foi copiado por

outras cidades e, por isso, se massificou. Contúdo, no panorama nacional ainda

tem um pouco de notoriedade em comparação, por exemplo, como de Espinho que de

notório só tem o Casino.--------------------------------------------------------

O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo, Prof.

Fernandes Tomás, esclareceu que já tiveram um projecto com o António Pedro

Vasconcelos, pessoa conhecedora deste tipo de espectáculos, no sentido de

relançar um “Festival de Cinema” que teria de ser uma coisa com perfil próprio,

diferente do antigo, para o qual já existiam colaboradores, contúdo, depois da

redução do orçamento para o mínimo dos mínimos, dirigiram-se ao ICAM (Instituto

do Cinema e das Artes Multimédia) a fim de serem subsidiados, o que aconteceu,

com dez mil euros, mas não foi possível angariar mais patrocínios. Se tivessem

quinhentos ou um milhão de euros, este seria realizado, e então aí seriam

criticados por gastar demais. Confessou, também, que a sua estratégia não tem

sido cultural mas empresarial, pois tiveram de diminuir drasticamente os custos

ao mínimo sendo muito difícil manter com menos custos a mesma actividade

cultural, pois têm uma dependência aproximadamente de 80% da Câmara Municipal.--

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

11.2 - PLANO DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO PARA 2007

Pelo Presidente foram apresentados o Plano de Actividades e Orçamento da

Figueira Grande Turismo – Empresa Municipal, para o ano de 2007, documentos que

ficarão devidamente arquivados naquela Empresa Municipal, e disponíveis para

consulta quando para tal forem solicitados.-------------------------------------

A Administradora Delegada da Figueira Grande Turismo, EM, Dr. Ana Redondo, fez

uma breve apresentação digital, dando alguns esclarecimentos sobre os documentos

em questão.---------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra

dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,

aprovar o Plano de Actividades e Orçamento para 2007, da Figueira Grande

Turismo, Empresa Municipal.-----------------------------------------------------

O Vereador Víctor Sarmento, em nome dos Vereadores do Partido Socialista, fez a

seguinte Declaração de Voto:----------------------------------------------------

“Eu, em declaração de voto, gostava de apelar a uma reflexão sobre o futuro

estratégico desta empresa e particularmente do Centro de Artes e Espectáculos.

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Notaram-se à pouco algumas divergências em relação aos custos que o CAE contém,

como eles são avaliados, quer pelo Administrador da FGT, quer pelo Presidente da

Câmara. Ainda há pouco tempo, o Sr. Presidente em sede de uma reunião como esta,

se referiu aos custos elevados de manutenção do CAE propriamente dito, havendo

esta divergência, o que é natural, porque obviamente que ser juiz em causa

própria é muito mais difícil. É um apelo que deixava para podermos reflectir

sobre o futuro e gestão deste equipamento. É inegável que é das poucas obras com

valor estratégico que nós temos, que foram realizadas nos últimos anos,

portanto, há que trabalhar no sentido de o rentabilizar, de o optimizar, de

trazer para a Figueira da Foz mais do que aquilo que tem sido trazido. Mas

começamos a apercebermo-nos de que é difícil com menos dinheiro aumentar a

qualidade. Obviamente que será cada vez mais difícil andar neste sentido, a

reflexão que eu gostava de fazer ou deixar para ser feita, no futuro, era se não

valerá a pena equacionar, de vez, parcerias de gestão do próprio equipamento.

Não quer saber se é da Câmara Municipal, se é da Figueira Grande Turismo, ou se

é de várias Câmaras associadas, o que quer é ter um espectáculo com qualidade,

sentir que está confortável. Nós temos que, pondo o utilizador no centro das

nossas preocupações e considerando que aquele equipamento é muito válido, mas de

custos elevados, distribuir esses custos. A proposta de reflexão que faço é que

se não valerá a pena estabelecer acordos com outras autarquias, atendendo à

dimensão estratégica deste espaço, que tem uma dimensão regional e procurar,

também, dividir os custos do seu funcionamento com outras entidades semelhantes

à nossa de âmbito regional. E porque não reflectirmos sem pretensiosismo, sem

falsas modéstias, ou sem querermos todos os louros para o nosso concelho, para a

nossa Câmara”.------------------------------------------------------------------

12 - FIGUEIRA DOMUS – EMPRESA MUNICIPAL

12.1 - RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS REPORTADO AO 1º SEMESTRE DE

2006

Da Figueira Domus – Empresa Municipal, foi presente o Relatório de Actividades e

Contas reportados ao 1º Semestre de 2006, documentos que ficarão devidamente

arquivados naquela Empresa Municipal, e disponíveis para consulta quando para

tal forem solicitados.----------------------------------------------------------

O Presidente esclareceu que, tal como na empresa municipal Figueira Grande

Turismo, também é apresentado o Relatório da Actividades e Contas do 1.º

semestre de 2006, seguido da proposta do Plano de Actividades e Orçamento para

2007, pela empresa municipal Figueira Domus, já previamente distribuído por

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todos os Vereadores, julgando poder dispensar, se todos estivessem de acordo, de

a Administração fazer um relato exaustivo sobre o Relatório, apenas questiona a

Presidente desta empresa, se relativamente àquilo que foi entregue e

apresentado, há alguma coisa em particular para acrescentar.--------------------

A Vereadora Teresa Machado referiu que considera que o Relatório de Actividades

e Contas referente ao primeiro semestre está bem explícito, querendo só

relembrar que estão a falar de uma empresa de Habitação Social e reiterar que

apesar de todo o trabalho social que foi feito ao longo deste ano, ainda há

muito por fazer, mas conforme concluirão, pelo Plano de Actividades, não existe

qualquer investimento programado para o próximo, nem para os próximos anos.-----

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

12.2 - PLANO DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO PARA 2007

Pelo Presidente foram apresentados o Plano de Actividades e Orçamento para 2007,

da Figueira Domus - Empresa Municipal, documentos que ficarão devidamente

arquivados naquela Empresa Municipal, e disponíveis para consulta quando para

tal forem solicitados.----------------------------------------------------------

Sobre este assunto a Vereadora Teresa Machado, fez um breve esclarecimento sobre

o trabalho desenvolvido naquela empresa, em termos de gestão do parque

habitacional, no que se refere a intervenções, quer físicas, quer em termos de

politica social, e as actividades detalhadas que desenvolveram.-----------------

Acrescentou ainda que não está prevista mais nenhuma obra, pois foi feito um

levantamento em todo o Município e a decisão é de privilegiar a reabilitação e

arrendamento no próprio local onde as pessoas habitam, se a candidatura for

aprovada. Relembrou, também, que a Empresa é de habitação social, havendo muito

por fazer, pois existem muitas carências sociais, assumindo que o problemas

“grave da empresa”, são as muitas “rendas em atraso”, sendo algumas por falta de

meios económicos, mas outras é por desleixo, estando já programadas medidas a

tomar, designadamente o avanço de processo judicial.----------------------------

O Vereador Víctor Sarmento interveio suportando-se numa apresentação, documento

que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número vinte

e três à presente acta, com vários gráficos, referindo que repetiria o que disse

o ano passado, “apesar de não termos as mesmas preocupações que manifestámos com

a empresa Figueira Grande Turismo, pois a sua gestão demonstra outra

sustentabilidade, esta empresa tem activos e património que marcam desde logo

uma grande diferença, embora tenha vindo a ser seguida uma política de

construção de habitação social que não consideram a mais adequada”. Um ano

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depois, lamenta ter que dizer que continuam preocupados, porque a

sustentabilidade que esta empresa tinha e que, provavelmente ainda tem, começa a

desvanecer-se, começando a notar-se que há todo um passivo que não se altera, um

investimento em habitação que não é recuperado, e o tempo vai passando e a

rentabilização desse património vai-se deteriorando. Não constatam, neste Plano

de Actividades para 2007 e no respectivo Orçamento, uma inversão da politica de

habitação, contrariamente àquilo que tinha sido indicado há um ano atrás. Não

vão por em causa a idoneidade da gestão, mas a politica de habitação social que

tem vindo a ser seguida e que, pelos vistos, continuará a ser seguida para 2007

e é com isso que discordam. E continuou, dizendo que, em primeiro lugar, os

dados estatísticos mencionados, são os que constam dos relatórios oficiais,

tanto da empresa municipal, como da Câmara Municipal. Nalguns gráficos

considerou-se como base o Plano de 2001, e noutros o de 2004. A análise,

particularmente, no período de 2002/2006, que são as intenções para 2007, são da

responsabilidade do actual Presidente da Câmara. E aquilo que os preocupa mais é

o endividamento e o aumento do orçamento, que é resultado do aumento

significativo de 2006 para 2007 de custos com o pessoal e com o fornecimento de

serviços externos. E o facto é que continuam com capital alheio, correspondente

a um passivo que se mantém próximo dos 20 milhões de euros e que não se prevê

alterar, embora diminua ligeiramente, em 2007, mas isso é uma previsão, e esta

previsão também se pode enganar, porque já se enganou em épocas passadas, isto

é, em 30 de Novembro de 2005 a previsão era de 18,34 milhões de euros e acabou

por ser de 20,69 milhões de euros. Felizmente, há um relatório do primeiro

semestre, a exemplo do que acontece na Figueira Grande Turismo, E.M. e louvam

essa atitude, lamentando que actualmente a Câmara não seja, legalmente, obrigada

a faze-lo. Neste panorama, verificam que para o ano de 2006, está previsto haver

uma dívida, de médio e longo prazo de 10,10 milhões aos bancos, e de curto prazo

de 5,43 milhões, mais 2,6 milhões a fornecedores. Para o ano de 2007, verificam

que a preocupação que existe é de alterar este conteúdo da dívida, passá-la de

curto para médio prazo, mas com aumento do médio e longo prazo a fornecedores, e

a médio e longo prazo aos bancos. Esta é uma situação que os preocupa, porque o

tempo vai passando e o valor do património vai diminuindo, e não vêm no Plano de

Actividades alterações significativas daquilo que tem vindo a ser seguido, antes

pelo contrário, as alterações que existem são tão ténues que apagam a

continuidade da politica que tem vindo a ser seguida. Existindo, portanto,

alguns factos relevantes que temos que tirar destes resultados e que são

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preocupantes, do ponto de vista financeiro: A actividade dominante de produção

imobiliária e de habitação a custos controlados, com gestão social de procura de

arrendamento e comercialização, mantém-se, quando deveria encontrar-se outro

objecto, havendo uma repetição de uma estrutura de capitais fortemente

desequilibrados. Salientou, também, que para 2007 está previsto no orçamento da

Câmara Municipal da Figueira da Foz, um subsídio de um milhão e quatrocentos mil

euros para a Figueira Domus, E.M., o que reflecte que continua a estar

dependente do subsídio camarário. Existe, ainda, uma sobreavaliação da avaliação

dos segmentos e uma demasiada concentração da mancha habitacional com riscos

sociais inerentes, o que julga ser, obviamente, discutível, mas a politica da

concentração habitacional que se desenvolveu, particularmente nos anos 60, tem

vindo a ser alterada em toda a Europa, procurando-se, neste momento, diluir a

instalação das famílias com problemas de carência social ou carência

habitacional, sob o ponto de vista social, mantendo-as integradas no seu local

de residência, não as obrigando a deslocarem-se para grandes manchas

habitacionais. Referiu, ainda, que a habitação social só existe,

maioritariamente, em seis freguesias do Concelho: Brenha, Buarcos, S. Pedro,

Marinha das Ondas, Tavarede e Vila Verde, com um total previsto para 2007 de 665

fogos, dos quais 288 são para venda. Salientando que o fraco dinamismo com que

tem decorrido a comercialização de fogos afecta a saúde financeira da empresa e

não satisfaz as necessidades sociais em habitação. Aquando da discussão do

Orçamento, Plano de Actividades e Relatório de 2006, foi referida a intenção de

alterar a politica de construção de habitação social em grandes manchas, o que

não está claramente definido para o futuro. Remeteu para a página 12 do programa

do Plano de Actividades, referindo que são apresentadas propostas para mais um

loteamento em Tavarede e um novo em Santana e as intervenções às outras

freguesias, são praticamente inexistentes, não sendo, seguramente, pela ausência

de problemas sociais. Salientou que sugeriram, há um ano atrás, para

privilegiarem a construção e o arrendamento de fogos por todas as freguesias

onde existam problemas para serem resolvidos, sem esquecer a cidade, promovendo

o seu repovoamento nos centros tradicionais, como uma forma de despovoar e

valorizar o centro da cidade, aliás, o que acontece por essa Europa fora, nos

últimos vinte anos. Julga necessário haver um “golpe de asa” na Administração,

por forma a equilibrar a empresa e redireccionar a politica habitacional,

devendo possibilitar outros “voos” que conduzam ao saneamento financeiro.

Esperam mais criatividade e inovação para resolver o problema, cada vez mais

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grave de um passivo de, aproximadamente, 20 milhões de euros, ou seja, 4 milhões

de contos. A empresa tem um endividamento brutal de médio longo prazo

previsível, em 2006, de 12,732 milhões de euros e que se propõem aumentar para

16,556 milhões de euros, em 2007, reduzindo a dívida de curto prazo de 7,102

milhões para 2,108. E continuou, referindo que é preciso fazer algo mais,

experimentar outras soluções e no Plano de Actividades não se faz esta reflexão,

o que lá está é a possibilidade de fazer novos loteamentos.---------------------

O Vereador Pereira Coelho interveio, para referir que é uma questão de

consciência não fugir a esta responsabilidade, que estão todos lembrados sobre o

que disse no ano passado sobre a Figueira Domus, E.M. Houve até quem tenha

ficado menos agradado com as minhas palavras, mas o que está em causa é muito

mais do que isso, é perceber o que é que querem disto e para onde estão a ir. É

evidente que todos tem direito a sonhar e a pensar que o mundo vai ser melhor

todos os dias. Mas uma coisa é sonhar, outra é saber se temos ou não temos meios

para acorrer ás situações. E se existem poucos meios, há que ser muito mais

selectivo para poder fazer justiça. Por isso, em 100 situações de carência, de

certeza absoluta que é possível elencar as mais carentes. Agora, quando não se

coloca, à partida, um objectivo que limite a acção, como é obvio, isto “é um

poço sem fundo”, porque a pressão há-de ser sempre imensa. Gente à procura de

uma habitação nova, há-de haver sempre, e se for de arrendamento com renda

subsidiada, melhor ainda. Mas meus senhores, exclamou, está à vista os

elementos, estamos perante um problema que vai ser, de certeza absoluta, o maior

problema para da Câmara da Figueira da Foz para os próximos anos. Recusando-se,

assim, a dar o seu voto a qualquer coisa que aumente a despesa nesta área. E

continuou, indicando que há intenção objectiva de continuar esta politica,

verificando-se que, quem fez o Relatório e Plano de Actividades, das duas uma:

Ou não sabe onde gastar o dinheiro, ou não tem a mínima noção do que é a

administração. Ainda hoje, a Administradora disse uma coisa que para ele era

óbvia desde sempre e que é um problema cada vez maior: “as rendas estão por

pagar, o que é que se faz a essa gente? Põem-se as famílias na rua?” E isto vai

pesando cada vez mais no Orçamento Municipal. Por isso, nesta matéria vota

contra e assume as responsabilidades sobre isso, dentro do seu partido se

necessário. E acrescentou, que não conseguiu perceber se foi ou não definida

qualquer estratégia para reorientar o buraco em que já estão metidos. E lembrou

que, no ano passado, com algum ar de gozo, riram-se, quando questionou, quer as

vendas de Brenha quer as vendas de S. Pedro. Isto não tem outro remédio, há que

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olhar para isto com olhos de ver, reformular tudo o que há para reformular, ter

essa coragem de, naturalmente, mudar de rumo, porque isto é um descalabro. No

CAE ainda pode discutir: “Não se faz três espectáculos, são menos 200 mil

euros”, ou seja, é uma decisão que pode ser tomada sem qualquer problema, a não

ser o facto de não se realizar o espectáculo. E transformar uma dívida de curto

prazo em dívida de longo prazo, é um acto de gestão perfeitamente aceitável, o

contrário é que seria de estranhar. Mas isso não resolve o nosso problema, e por

isso, por duas ordens de razões, a primeira é uma clara ordem de razão que tem a

ver com o facto de ele, já há muito tempo, que vem a dizer que está contra o

procedimento deste plano de habitação social, que não tem nada a ver com aquilo

que entendemos que deva ser uma politica de acção social concertada com os

limites da própria Câmara. Não somos a Segurança Social, somos a Câmara

Municipal e temos de ter alguma rubricas, de facto, para atender a algumas

situações de miséria, a situações de grande carência, mas temos limites, porque

o nosso orçamento é limitado. Sabe mas que, ás vezes, pode parecer duro ouvir

dizer isto, mas quem quiser o contrário deve usar a demagogia a níveis

incomportáveis, porque ninguém faz isto, não é por ter 1000 pessoas à sua porta

a dizer que precisa de uma casa, que agora vai ter que orientar todo o seu

esforço para fazer 1000 novas casas, porque tem 1000 novas pessoas a pedirem-

lhe. Desculpa-se, mas nem o pode fazer, nem o deve fazer, porque alguém o vai

ter de pagar, que são o resto dos contribuintes da Figueira da Foz. E questionou

se já perguntaram ao resto dos contribuintes que compram a sua casa, que vão ao

banco, sabe-se lá com que sacrifícios, para também terem direito à sua casa

própria, se estão de acordo com isto? É que a justiça tem de ser feita

colectivamente de acordo com parâmetros que cada um de nós tem de definir, mas

também, de acordo com os objectivos e com as possibilidades que, de facto,

temos, e o que está a acontecer é que toda a estrutura da dívida aumenta, sem

atendermos àquilo que é uma realidade, que já no ano passado chamou a atenção

para isso, que é a natural preocupação com a crescente situação de insolventes,

uns porque o são e outros porque se fazem. E como é que se pode exigir à

administração que vá resolver este problema, só se forem mágicos, porque isto

não é resolúvel, estão a falar de problemas sociais muito graves, que depois na

sociedade “choramingas” em que nós vivemos, que é a sociedade do “tem pena de

tudo e de todos”, quem quiser depois tomar uma atitude mais exemplar para fazer

respeitar a lei e os bons princípios, sabem o que vai acontecer, porque depois

já não é só a razão a ter que decidir, é também o coração e a emoção.-----------

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Chamou a atenção para, na intervenção do Vereador Víctor Sarmento, não haver

concordância entre, por um lado chamar à atenção para o problema grave, em

termos financeiros, e por outro lado a necessidade de irmos atender, ainda, a

mais situações, pois o problema é que a Câmara já ultrapassou a sua capacidade

para atender a este tipo de situações, e se as atendeu mal, então que se faça a

seriação da coisa, ter coragem de agora “fazer sangue onde, até agora, foi só

distribuir rosas”. E por isso, para terminar e para não se estar a repetir, diz

que este programa, não pode merecer, sequer, a sua abstenção. Não dará a sua

cobertura a um único novo empreendimento, mesmo dizendo que são estudos, então

pior ainda, porque das duas uma, ou é mesmo para fazer e então não vale a pena

gastar dinheiro em estudos, ou não é para fazer, por isso mais vale estarem

quietos, e não se criam expectativas onde elas não podem existir.---------------

A Vereadora Aida Cardoso informou que o que apresentaram, anteriormente,

funcionava como uma declaração de voto.-----------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado interveio para voltar a dizer que, tanto o Vereador

Víctor Sarmento, como o Vereador Pereira Coelho, não interpretaram bem aquilo

que ela disse, inclusivamente, o Vereador Víctor Sarmento diz que não há uma

inversão de politica, mas ela começou por dizer que iam parar a politica de

habitação. Subscreve, inteiramente, as declarações que o Vereador Pereira Coelho

faz, excepto quando diz que há irresponsabilidade da parte da administração.

Quanto aos estudos e projectos, são intenções, não são acções, não está neste

plano de actividades nem mais uma obra daquelas que estavam programadas aquando

da apresentação, inclusivamente o empreendimento do Mártir Santo contém uma

intenção de diminuição, estando em contacto com o empreiteiro, com a Hagen -

Sociedade de Construções H. Hagen S.A., para diminuírem os fogos a adquirir pela

Figueira Domus, E.M, estando escrito que o programa de afectação previa que 24

fogos fossem vendidos a munícipes, contudo, a empresa deve reequacionar a

aquisição dos referidos fogos, até na Matôa, no Bairro da Gala/Sidney - 1ª fase

- B, embora os respectivos Presidentes de Junta, todos os dias, insistem junto

da administração, apesar de entender que a sua freguesia já tem demasiada

população, em termos de habitação social, a pressionar a administração, no

sentido de resolver todas as situações, tendo-lhes sido já dito que era

impossível. Reforçou mais uma vez a ideia de que são apenas estudos e que não vê

qualquer problema em mudar de estratégia. Alegou, também, que está escrito que

ao invés do que tem sido feito até aqui, se irá privilegiar a reabilitação e o

arrendamento. Deixou, também, claro que é sua intenção acudir a situações mais

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urgentes como, foi o caso de Alqueidão, em que houve uma situação de necessidade

premente de intervenção, que irá ser feita tanto em espaço urbano como rural,

com intenção de não desenraizar as pessoas dos sítios onde moram, sendo este

último um objectivo da empresa.-------------------------------------------------

Explicou, ainda, que com o levantamento das carências concelhias obtém-se uma

melhor noção do que se passa na realidade, afirmando, também, que tem muitos

sonhos mas que há muitos que não consegue realizar, contudo não cruza os braços

e afirma que não irá ser irresponsável e que nos cinco anos que lá está nunca o

foi. Opinou que o facto de haver uma intenção de fazer um estudo não implica

necessariamente fazer gastos.---------------------------------------------------

O Vereador Víctor Sarmento afirmou que já tinha ouvido aquela conversa muitas

vezes e que uma empresa não é um partido politico e um plano de actividades para

uma empresa, que se quer credível, não é um plano de intenções, nem um programa

eleitoral.----------------------------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado explicou que propuseram fazer os estudos, o que é

diferente de concretizá-los.----------------------------------------------------

O Presidente interveio, dizendo que se o Conselho de Administração da Figueira

Domus, E.M. lhe disser que não o faz, uma vez que foi a politica da Câmara que

entendeu que não se deve fazer, não se faz.-------------------------------------

O Vereador Víctor Sarmento disse que para o próximo ano não há nada ali previsto

para se fazer em termos de habitação social, é da opinião de que é necessário

repensar a forma de intervenção da acção social. Não se considera tão radical

quanto o Vereador Paulo Pereira Coelho que defende que se “desligue” a acção

social. Sugere, sim, que se lhe dê ainda mais atenção e que até se poderá

abranger mais pessoas, mas de uma maneira diferente, prestando outro tipo de

ajuda, como, subsídio ao arrendamento, o ajudar as pessoas a encontrar a

habitação mais adequada, pois há várias formas de acção social para além da

construção e reparação de habitação. Vincou a necessidade de correcção de uma

politica que foi mal desenvolvida, nomeadamente, no que diz respeito à

construção de habitação social, ao investimento em habitação para vender a

custos controlados, mas ainda mais incorrecto, foi a via traçada de estabelecer

estas manchas de habitação social em seis Freguesias que está desajustado sobre

o ponto de vista social, em termos sociológicos, usando como exemplo o que

recentemente se passou em França, em sua opinião derivado de politicas

semelhantes que se seguiram nos anos sessenta, defendeu que temos que aprender

com o passado e não manter-nos agarrados a ele.---------------------------------

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A Vereadora Teresa Machado desafiou o Vereador Víctor Sarmento a perguntar ao

Presidente da Junta de S. Pedro se perdeu ou se lucrou com a habitação social.--

O Vereador Víctor Sarmento explicou que estava a falar de uma experiência de

outros países europeus com mais de trinta anos e que na Figueira existe uma

experiência de três anos, sendo estas experiências avaliadas à geração e não ao

período de mandato. Em seu juízo, deveria adoptar-se uma politica social que

mesmo que a curto prazo trouxesse alguns prejuízos, mas que se vendam aquelas

habitações e que se consiga a tempo recuperar algum investimento e que este

passivo se reduza substancialmente, senão, entrega-se a outra agência

imobiliária e os problemas continuam.-------------------------------------------

O Vereador Pereira Coelho afirmou que o assunto é muito grave, pois não só não

está esboçada nenhuma estratégia sobre como lidar com este problema, como antes

pelo contrário, este problema ainda está mais agudo. Apelou ao Presidente para

ter em conta este problema, pois os números e as perspectivas apresentados pela

Figueira Domus, E.M. vão levar a Câmara a “falir” e a questão que se coloca é a

de que quem quer ser conivente com esta situação. Afirmou, também, que num Plano

de Actividades e Orçamento, que nele se projecta é para ser cumprido, o que

inevitavelmente se traduzirá em custos. Alegou, então, que está implícita uma

mentira pois havia sido dito que a Figueira Domus não tinha intenções de

realizar mais empreendimentos. Confessou, também, que com ocorrências deste

género é impossível entender-se com o Presidente. Explicou que os Vereadores da

Oposição quando fazem os seus reparos, não sabe muitas vezes de que lado está a

verdade, contudo ele sempre votou de acordo com o Presidente. Afirmou que teve

intenção de se ir embora e só não foi, porque lhe disseram que na Figueira

Domus, E.M. estava previsto mais empreendimentos, o que considerou muito grave,

porque põem em causa a confiança que devem ter uns nos outros, e a

responsabilidade dos actos que cometem. Por isso, revelou que com o seu voto não

podem contar, pois há que reformular a estratégia politica para a empresa,

porque em sua opinião já há património a mais, não se sabendo o que fazer com

ele.----------------------------------------------------------------------------

Perguntou ao presidente quais são as saídas que têm, pois é aqui que se levanta

a maior desconfiança da sua parte, e questionou também a Vereadora Teresa

Machado sobre o número de fogos que neste momento não pagam renda.--------------

A Vereadora Teresa Machado respondeu que não sabe de cor, mas pode dar-lhe o

valor de rendas em atraso.------------------------------------------------------

O Vereador Pereira Coelho replicou que queria saber, no momento, quantos fogos

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existiam com rendas em atraso.--------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado voltou a responder que não sabia de cor, apenas sabe

o valor total da dívida.--------------------------------------------------------

O Vereador Pereira Coelho disse que o valor total não lhe dizia nada, porque

nunca se sabe quem é que deve mais, pois o que lhe interessa saber é o numero de

fogos que tem, para melhor poder equacionar a quem deve ou não atender. Referiu,

também, que o valor de que se está a falar dava para construir dois CAE’s.------

Explicou, também, que nas suas palavras não há qualquer acinte contra ninguém em

particular e que em última instância é o presidente quem responde por tudo isto.

Constatou que, se a Vereadora Teresa Machado é a primeira a dizer que tem uma

noção global e não sabe se são trinta, quarenta ou sessenta. Em sua opinião é

importante saber-se da dimensão do problema, senão leva-os a pensar que é “lana

caprina”.-----------------------------------------------------------------------

O Presidente usando da palavra disse que ouviu com atenção, quer as criticas

feitas à estratégia, apresentada pelos Vereadores do Partido Socialista, quer as

do Vereador Pereira Coelho, por isso, vai propor a retirada deste assunto, para

com a Administração da Figueira Domus fazer uma reapreciação e nova proposta

para ser presente na próxima reunião de Câmara.---------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta do Presidente.----------

13 – FIGUEIRA PARQUES – EMPRESA MUNICIPAL

13.1 – PROPOSTA DE ADITAMENTO AO CONTRATO DE CONCESSÃO DO

FORNECIMENTO, INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE PARQUÍMETROS

COLECTIVOS NAS ZONAS DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA NA

CIDADE DA FIGUEIRA DA FOZ, CELEBRADO EM 23 DE SETEMBRO DE 2005

Da Figueira Parques, EM – Empresa Pública Municipal de Estacionamento da

Figueira da Foz, foi presente uma carta, datada de 28 de Novembro de 2006,

referindo que o contrato de concessão de fornecimento, instalação e exploração

de parcómetros colectivos nas zonas de estacionamento de duração limitada na

cidade da Figueira da Foz, que o Município celebrou com aquela Empresa

Municipal, no seguimento das deliberações de Câmara e de Assembleia Municipal

de, respectivamente, 7 e 27 de Junho de 2005, e tendo em conta não só o

Protocolo celebrado em 17 de Janeiro de 2005, entre o Município da Figueira da

Foz e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, mas também a

prossecução duma estratégia de estacionamento que se configure como elemento

essencial na requalificação e no desenvolvimento da zona urbana da Figueira da

Foz, o Conselho de Administração da Figueira Parques deliberou, em reunião de 30

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de Outubro de 2006, propor à Câmara Municipal o alargamento da área da

concessão, conforme planta que constitui o anexo número vinte e quatro à

presente acta.------------------------------------------------------------------

O Vereador Lídio Lopes esclareceu que a alteração que se propõe é do artigo 1º

do contrato de concessão, celebrado em 23 de Setembro de 2005, ao qual é aditado

a alínea e), com o seguinte teor: “As áreas de estacionamento de duração

limitada constantes do anexo 2 ao presente contracto”.--------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra

dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,

aprovar o “Aditamento ao Contrato de Concessão de Fornecimento, Instalação e

Exploração de Parquímetros Colectivos nas Zonas de Estacionamento de Duração

Limitada na Cidade da Figueira da Foz”, celebrado em 23 de Setembro de 2005,

submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

A Vereadora Aida Cardoso em nome dos Vereadores do Partido Socialista fez a

seguinte Declaração de Voto:----------------------------------------------------

“Votamos contra, pelo facto de aumentar a área de parcómetros em toda a Avenida

25 de Abril e na Rua Engenheiro Silva”.-----------------------------------------

O Vereador Lídio Lopes apresentou a seguinte Declaração de Voto:----------------

“Votei favoravelmente por uma questão estratégica de planeamento de

estacionamento para a zona do Bairro Novo, ou seja, com vista a disciplinar o

estacionamento naquela zona. Em relação à Avenida 25 de Abril o parcómetro será

colocado no Verão e retirado em Setembro, havendo a necessidade de disciplinar o

estacionamento naquela Avenida”.------------------------------------------------

13.2 – PROPOSTA DE CONSTITUIÇÃO DE UM CONSELHO GERAL, PARA A FIGUEIRA

PARQUES, EM – EMPRESA PÚBLICA MUNICIPAL DE ESTACIONAMENTO DA

FIGUEIRA DA FOZ

Foi presente a carta datada de 24 de Novembro de 2006, da Figueira Parques, EM –

Empresa Pública Municipal de Estacionamento da Figueira da Foz, dando

conhecimento que o nº 2 do artº 9 da Lei nº 58/98, de 18 de Agosto, bem como o

nº 1 do artº 9º e 10º dos Estatutos da Figueira Parques – EM, estipulam que é

obrigatória a existência de um Conselho Geral, com funções meramente

consultivas, constituído por 7 representantes do Município da Figueira da Foz, a

designar pela Assembleia Municipal e 3 representantes da Emparque –

Empreendimento e Exploração de Parqueamentos, S.A..-----------------------------

Assim, o Conselho de Administração daquela Empresa, deliberou em reunião de 27

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de Setembro de 2006, propor os seguintes representantes do Município:-----------

O Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz;----------------------------

Um representante dos Presidentes das Juntas de Freguesia eleitos pela Assembleia

Municipal;----------------------------------------------------------------------

Um representante da Polícia de Segurança Pública;-------------------------------

Um representante da Guarda Nacional Republicana;--------------------------------

Um representante dos Bombeiros Municipais;--------------------------------------

Um representante do Instituto Portuário e de Transportes Marítimos;-------------

Um representante do Automóvel Clube de Portugal.--------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta apresentada pela

Figueira Parques, EM – Empresa Pública Municipal de Estacionamento da Figueira

da Foz, e de acordo com a referida legislação, submeter esta resolução à

Assembleia Municipal, para aprovação.-------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente declarada encerrada a

reunião eram vinte e uma hora e cinquenta minutos, da qual, para constar, se

lavrou a presente acta, que será previamente distribuída a todos os membros da

Câmara Municipal para posterior aprovação e que vai ser assinada pelo Presidente

e pelo Secretário, nos termos da Lei.-------------------------------------------