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C Â M A R A M U N I C I P A L D A F I G U E I R A D A F O Z
“Nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,
com nova redacção que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11
de Janeiro, as actas são publicitadas na integra, mediante edital
afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação,
tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia
externa das decisões”.
AACCTTAA NN..ºº 2233//22000066
RREEUUNNIIÃÃOO OORRDDIINNÁÁRRIIAA DDEE
0044--1122--22000066
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
1
LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município---------------------------------
DATA –04-12-2006 ---------------------------------------------------------------
A reunião iniciou-se com a presença de:-----------------------------------------
PRESIDENTE - António Baptista Duarte Silva
VEREADORES - Victor Manuel Sarmento Cruz
- António Paulo Martins Pereira Coelho
- José António da Paz Cardoso Ferreira
- Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes
- Maria Teresa de Figueiredo Viana Machado
- Aida Lurdes Bicho Lopes Cardoso
- José Elísio Ferreira de Oliveira
- António Joaquim Ribeiro da Silva Tavares
ABERTURA DA REUNIÃO – Dezasseis horas, deu-se início à reunião, sendo a mesma
secretariada pelo Director do Departamento Administrativo, Financeiro e de
Recursos Humanos, Victor Manuel Tavares da Silva Pereira, coadjuvado pela Chefe
de Secção Maria Margarida Madeira Valério de Mesquita.--------------------------
ACTA DA REUNIÃO ANTERIOR – A acta da reunião ordinária do dia 20 de Novembro de
2006, depois de lida, foi posta à discussão e aprovada por unanimidade.---------
O Presidente deu início à reunião com o período de antes da ordem do dia, em
cumprimento do artº 86º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei
nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro.--------------------------------------------------
PERIODO ANTES DA ORDEM DO DIA
INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DO EXECUTIVO
INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE
1 - INCLUSÃO DE PONTOS NA RESPECTIVA AGENDA DE TRABALHOS
O Presidente propôs que fosse incluído, por aditamento, na agenda de trabalhos
desta reunião, a fim da Câmara analisar e votar na altura própria, os seguintes
assuntos:-----------------------------------------------------------------------
- Doação ao Município de Bem Imobilizado, Fracção A, do Bloco R, da Urbanização
Gala-Sidney.--------------------------------------------------------------------
- Voto de Pesar, pelo falecimento de José Matias Poeta.-------------------------
A Câmara tomou conhecimento e, procedendo à votação, deliberou, por unanimidade,
aprovar a admissão dos referidos pontos.----------------------------------------
2 - CERIMÓNIA DE ABERTURA DO IC8 – LOURIÇAL (A17/IC1) E O NÓ DE POMBAL
(A1/IP1)
O Presidente informou que hoje, da parte da manhã, procedeu-se à cerimónia de
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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abertura ao tráfego da concessão Litoral Centro entre o IC8 – Louriçal (A17/IC1)
e o Nó de Pombal (A1/IP1), que era uma benfeitoria nas acessibilidades à
Figueira da Foz há muito tempo reconhecida como de grande importância e que foi
hoje concretizada. Presidiu a esta cerimónia o Ministro das Obras Públicas,
Transportes e Comunicações, Engº Mário Lino, tendo tornado público da data
previsível para a abertura ou inauguração da A17 até ao mesmo Nó do Louriçal, em
16 de Maio do próximo ano, e conclusão da ligação entre esse Nó e Mira para o
princípio de 2008. Ficando, assim, concluídas as grandes ligações em termos de
auto-estradas que envolvem a Figueira da Foz.-----------------------------------
Referiu, ainda, que o Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das
Comunicações, também, no seguimento desta cerimónia, visitou a obra da Ponte da
Gala, onde, para além das informações que lhe foram prestadas sobre a sua
evolução, também foi dada a informação, em termos de investimento das Estradas
de Portugal, que a obra da Variante de Tavarede, conhecida pela Variante do Galo
D`Ouro, terá inicio no primeiro trimestre do próximo ano e, em 2008, antes do
Verão, não tendo data exacta, estará a funcionar a nova “Ponte dos Arcos” e o Nó
de Tavarede.--------------------------------------------------------------------
Informou, também, que está prevista a movimentação do porto da Figueira da Foz
por ter alcançado, pela primeira vez, um milhão de toneladas, estando prevista,
para o próximo dia sete, a visita da Secretária de Estado dos Transportes, Eng.ª
Ana Paula Vitorino, para assistir a uma cerimónia relativamente a este
acontecimento, esperando naturalmente, por ocasião dessa visita, que seja
revelada a programação para a tão desejada obra de acessibilidades marítimas ao
porto da Figueira da Foz.-------------------------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso quis agradecer, em relação às obras estruturantes, tanto
a que foi inaugurada hoje, como as que ainda estão previstas para o Concelho da
Figueira da Foz, a todas as pessoas e entidades envolvidas, salientando que “As
obras são de quem as sonha e de quem as faz”, sendo evidente que, quem as faz
tem que as pagar, e tem mais dificuldades do que quem as sonha, mas é sempre
importante existir quem as sonhe. Ou seja, numa altura em que o País atravessa
por dificuldades financeiras, temos um Governo do Partido Socialista que
finalmente se lembrou da nossa terra e de “desencravar” o problema das
acessibilidades que, de facto, tem sido dramático, ao longo destes últimos anos
e que não tem permitido o desenvolvimento na nossa terra. Deste modo, agradece a
quem sonhou e a quem propôs esta obra, que foi inaugurada hoje, sem ter sido
dado prioridade à A14, como o que foi anteriormente proposto pelo Dr. Pedro
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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Santana Lopes. Também estão gratos ao Secretário de Estado da altura, Dr. Luís
Parreirão, que aceitou essa inclusão. Acrescentou, ainda, que não se trata de
ter de “puxar a brasa à sardinha de ninguém”, até porque não têm tido
intervenções públicas no sentido de o fazer, mas acham que “o seu a seu dono” e
o principal agradecimento tem de ser para quem faz a obra e para quem a paga,
que é o Governo.----------------------------------------------------------------
O Vereador Lídio Lopes retorquiu que era preferível assumir, logo de uma vez, o
que pretendia afirmar, porque primeiro “puxa a brasa de toda a sua sardinha” e
depois diz que não é essa a sua intenção, isto é, primeiro diz que devemos
agradecer a este Governo Socialista ter feito a obra e depois acrescenta que não
devemos “puxar a brasa à nossa sardinha”. E salientou que, em termos correctos,
no Governo do Dr. Pedro Santana Lopes, foi assinado um Contrato de Adjudicação,
da entrega da obra A17 e do IC8, que foi hoje inaugurado, assim como, a
resolução definitiva do problema da “Ponte dos Arcos”. Acrescentou que estas são
questões que já vinham detrás. Relembrou que foi, recentemente, testemunha de
uma situação colocada por um jornalista ao Presidente, pela qual lhe foi
solicitado que tecesse um comentário sobre a questão de ter sido ele a propor e
a incentivar que a “Ponte dos Arcos” fosse hoje uma realidade, e agora via esta
ponte a ser construída num Governo Socialista. Ao que o Presidente respondeu: “E
depois? O Governo é da Nação, não é do Partido Socialista! E na altura era
candidato, agora pertenço à Câmara”. Aproveitando o que o Vereador Paz Cardoso
disse sobre “o seu ao seu dono”, o Vereador Lídio Lopes querendo, também, “puxar
a brasa à sua sardinha” acrescentou que o actual Presidente da Câmara, aquando
da sua campanha eleitoral, apresentou um projecto que está agora a ser executado
e que, na altura, até ganhou um concurso público, porque foi considerado uma boa
solução. Mas, continuou, o que importa agora, é que as obras estão a acontecer
na Figueira da Foz, não importa se o mérito é do actual Presidente da Câmara,
porque conseguiu mobilizar a atenção, a vontade e a disponibilidade do Governo
para aqui, ou se é do Governo, porque decidiu apostar nesta cidade. Desde 93 que
se fala na Variante de Tavarede, e nessa altura, foi apresentado pelo Governo
Socialista, uma solução em parede, um maciço de terra, com dez metros de altura
que atravessava Tavarede. Mas, o que importa, é que vamos ter a Variante de
Tavarede daqui a um ano, que vai resolver os nossos problemas de trânsito no
“Galo D´Ouro”, permitindo uma acessibilidade Norte/Sul mais facilitada. Concluiu
referindo que o que importa é que as obras aconteçam. Já alguém dizia “Quanto
mais lama eu vejo, mais resultados verei daqui a um ano” o que é verdade.-------
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O Vereador Paz Cardoso referiu que tentou ser claro no que disse. Por acaso
esqueceu-se, e não foi propositadamente, da intervenção do actual Presidente da
Câmara em relação à “Ponte dos Arcos”, porque não falou dela. Voltou a salientar
que é importante que haja capacidade para sonhar, tendo contudo, que agradecer a
quem faz. Em relação a estas obras, tanto a que foi inaugurada, como a que o
será proximamente, não deixa de ser verdade, que foram iniciadas e colocadas em
plano no Governo do Partido Socialista, e que foram interrompidas porque nunca
tiveram verbas em Orçamento para serem executadas no Governo do PSD - nem no
Governo do Dr. Durão Barroso nem no do Dr. Pedro Santana Lopes -, este último
com uma obrigação acrescida, porque era um ex-Presidente da Câmara Municipal da
Figueira da Foz, e no Orçamento por ele elaborado não estava um tostão para
ligação ao IC8. Foi num Governo do PS que, com muita honra o diz, foi colocado o
dinheiro e executada a obra. Isso é o que importa dizer.------------------------
O Vereador Lídio Lopes replicou que não quer estar a discutir Orçamentos de
Estado, mas a verdade é que foi no Governo do Dr. Santana Lopes que a obra foi
adjudicada. Já dizia Marcelo Caetano, e dizia bem, “Não há solução na
continuidade das obras de Estado”. E sem ter nenhum mandato de defesa do Dr.
Pedro Santana Lopes, pois ele sabe defender-se muito bem, a questão que coloca é
que o IC8 foi considerado prioritário na construção da A17 e incluído no mesmo
caderno de encargos. Na altura, foi com o Ministro Cravinho, que lhe foi
mostrada a necessidade de haver esta ligação entre a EN109 e a A17 e foi nessa
altura, também, que foi mobilizada a sua atenção para a necessidade de
introduzir o IC8 como prioritário e incluí-la no contrato a adjudicar à A17, o
que, aliás, a atrasou, mas ainda bem que o fez, porque hoje temos o IC8, com uma
característica simpática que lhe foi referida e que o estava a preocupar, foi
feita no pressuposto de se poder alargar para 4 faixas, sem qualquer necessidade
de intervenção e obras de arte.-------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
INTERVENÇÃO DO VEREADOR PAZ CARDOSO
3 - RISCO DE DERROCADA DA CHAMINÉ DA CIMPOR – URBANIZAÇÃO FOZ VILLAGE
O Vereador Paz Cardoso alertou para o facto de ter passado, recentemente, perto
da chaminé da Cimpor, na Urbanização Foz Village, verificando que a antiga
entrada do forno tem os ferros completamente apodrecidos, correndo o risco
daquela estrutura vir a ruir, porque não está a ser tratada. Não sabe se aquilo
é uma obrigação do Loteador, ou se as obras já foram recebidas pela Câmara. No
entanto, parece-lhe que o mais importante, neste momento, é impermeabilizar
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aquele ferro que está enferrujado, uma coisa que é fácil e que, se não for
feito, rapidamente poderá levar à ruína da obra.--------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
INTERVENÇÃO DO VEREADOR PEREIRA COELHO
4 - NOMEAÇÃO NO HOSPITAL DISTRITAL DA FIGUEIRA DA FOZ
O Vereador Pereira Coelho voltou a solicitar um pedido de esclarecimento sobre a
situação da Nomeação no Hospital Distrital da Figueira da Foz, pois não tendo
tido notícia, até ao momento, sobre esse assunto, gostaria de lembrar que, de
facto, esta situação mantém-se, e do seu ponto de vista, inexplicavelmente.-----
O Presidente referiu que este é um assunto que, ainda, está a tratar e que em
breve apresentará uma proposta.-------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
5 - FUTURA URBANIZAÇÃO DOS TERRENOS DE ALBERTO GASPAR, LDA
O Vereador Pereira Coelho realçou que, fruto de intervenção que fez,
anteriormente, sobre a futura Urbanização nos terrenos de Alberto Gaspar, Ldª.,
que naturalmente foi publicitada pela comunicação social, várias pessoas se lhe
dirigiram, o que fez com que ele ficasse com mais alguma informação, não sabe se
correcta, mas, alguma dela é de certeza, porque é fundada em documentos. Outra,
ver-se-á no futuro. Mas o que é facto é que, tudo aponta para que as coisas
estejam a correr como se tudo tivesse dado como adquirido. Fazem-se contratos,
compram-se terrenos, enfim, há toda uma série de movimentações à volta daquele
“dossier”, dando-o como adquirido, porque só é possível fazerem coisas dessas,
se elas tiverem sido dadas como adquiridas. Apenas está a comunicar à Câmara
aquilo que teve conhecimento e naturalmente o deixou mais não preocupado, mas um
pouco perplexo com tais situações. Volta a dizer que nem sabe bem se o há-de
classificar bem ou mal, não conhece o projecto, nem as intenções da Câmara, se é
que a Câmara tem intenções para aquela área. Não lhe parece bem, é que as coisas
continuem a acontecer e, supostamente, os principais decisores da matéria, como
ele próprio, por exemplo, que faz parte deles, não sabe. De maneira que julga
que não deixa de ser um pouco caricata a situação, para não lhe chamar outra
coisa. E por isso, é nesse sentido que informa sobre esta situação e daquilo que
lhe parece ser, de facto, importante. Se pudesse existir alguma luz sobre esse
assunto, nomeadamente, em termos de haver uma discussão mais aberta, de modo a
que todos percebamos do que é que andam a falar, porque ele próprio confessa que
nem sabe se aquilo é bem feito, se está bem idealizado ou se está mal, o que é
que está. À partida, pelo que sabe, pensa que deveria ter um outro modo de
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fazer, mas sem mais informações torna-se difícil poder ser peremptório, digamos
numa solução de juízo de valor. Queria só deixar esta nota de que, de facto, não
lhe parece bem que possa haver uma coisa, ainda por cima com o impacto que é
suposto ter, em perfeito andamento sem haver nenhum suporte legal, sequer, para
tal investimento.---------------------------------------------------------------
O Vereador António Tavares acrescentou, sobre esta matéria, que talvez
efectivamente, fosse a altura de existir algum esclarecimento mais aprofundado
sobre aquele projecto, o que era, o que se pretende e em que termos é que vai
rumar. Pois, esta é a segunda vez que o Vereador Pereira Coelho trouxe este
assunto à reunião, e parece-lhe uma reunião de “Druidas” onde se está a discutir
“a poção mágica dos Gauleses” e ninguém sabe bem, ao certo, do que é que se está
a falar. São utilizadas algumas qualificações, como se fosse uma caricatura,
sentindo-se um “Romano” em relação a esta matéria e como os “Romanos” levam
tareia à custa daquela poção, não gostaria de levar tareia no futuro, em relação
a isto e todo o esclarecimento que tiverem sobre isso, certamente que os ajudará
a perceberem.-------------------------------------------------------------------
O Presidente respondeu que tomou nota do que foi dito pelo Vereador Pereira
Coelho nas duas reuniões e, se não está em erro, tal como tinha dito
anteriormente, dará toda a informação sobre isso, se for do seu entendimento, e
se tiver assunto para o trazer. Pois, neste momento, não há nenhuma. Existe um
Plano de Urbanização, em vigor, uma proposta preliminar para a sua revisão.
Existe, efectivamente, um projecto para essa área, e tal como já o tinha
referido, dará a informação desse projecto, mas não teve, ainda, oportunidade de
falar com todos os intervenientes sobre o assunto, mas seguramente, antes de
haver qualquer decisão ou qualquer proposta, o assunto será posto à discussão em
Reunião de Câmara.--------------------------------------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso questionou se o Presidente confirmava que tinha dado
entrada na Câmara um projecto relativamente àquela área. Ao que ele respondeu
que tem sido discutido, ou seja, ainda não houve uma apresentação formal, nem
podia ser doutra forma. Tem de ser analisado, porque o actual Plano de
Urbanização não o permite fazer, porque, actualmente, aquela é uma Zona
Industrial.---------------------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
ORDEM DO DIA
1 - GABINETE DA PRESIDÊNCIA
1.1 - PROPOSTA PARA A OPERACIONALIZAÇÃO DA PLATAFORMA EMPRESARIAL E
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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LOGÍSTICA POLINUCLEADA
Foi presente a proposta para a Operacionalização da Plataforma Empresarial e
Logística Polinucleada, documento que constitui o anexo número um à presente
acta, bem como, uma informação prestada pelo Departamento de Planeamento, datada
de 28 de Novembro findo, subscrita pelo Dr. Luís Fonseca cujo teor a seguir se
transcreve:---------------------------------------------------------------------
“Na sequência do Estudo “Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado do Eixo
Figueira da Foz/Montemor-o-Velho/Coimbra/Soure” identificaram-se duas áreas
prioritárias de intervenção:----------------------------------------------------
- o Turismo, Saúde e Lazer;-----------------------------------------------------
- a actividade logística alicerçada no Porto Comercial da Figueira da Foz.------
Relativamente à intervenção no sector logístico, vieram a associar-se,
perspectivando o desenvolvimento de um projecto comum, os municípios de
Cantanhede, Mealhada, Mira, Pombal, Condeixa e Leiria.--------------------------
Resultante da existência do projecto “Desenvolvimento da Plataforma Empresarial
e Logística Polinucleada” da área de influência do Porto Comercial da Figueira
da Foz, a Zona de Actividades Logística da Figueira da Foz passou a integrar o
Portugal Logístico.-------------------------------------------------------------
Considerando o trabalho já desenvolvido, nas diversas reuniões havidas entre os
vários municípios, têm sido expressas manifestações de vontade no sentido de se
continuar o projecto numa perspectiva comum de âmbito regional.-----------------
Assim, surge o documento em anexo que pretende articular o Porto Comercial da
Figueira da Foz a Plataforma Logística da Figueira da Foz e as restantes infra-
-estruturas que já existem ou virão a ser criadas nos municípios parceiros.-----
Porque se encontra prevista a constituição de um Agrupamento dos Municípios na
base de equivalência a um ACE (Agrupamento Complementar de Empresas), proponho
que o documento seja presente a Reunião de Câmara e Assembleia Municipal.”------
O Presidente referiu que a proposta que foi distribuída vem no seguimento de um
projecto que tem vindo a ser discutido e que inicialmente começou por quatro
Concelhos da área do Rio Mondego, tendo-se depois estendido a dez Municípios. A
Plataforma Empresarial e Logística Polinucleada tem previsto, relativamente à
Figueira da Foz, um projecto de instalação de uma zona logística numa área
próxima do porto da Figueira da Foz. Neste momento, o que está em fase de
apreciação, é a constituição de um agrupamento de Municípios, num modelo
correspondente a um Agrupamento Complementar de Empresas para que se siga com a
implementação deste projecto. Este agrupamento de Municípios tem duas funções no
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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futuro imediato, algumas que são comuns aos dez Municípios envolvidos e outras
que dizem respeito só a alguns, muito em particular ao da Figueira da Foz. Por
isso, foi proposto a constituição desse agrupamento de Municípios, de uma forma
muito flexível, sem obrigar a uma constituição de capital. Trata-se de uma
proposta equivalente a um ACE – Agrupamento Complementar de Empresas, em função
dos encargos do Projecto e essencialmente, dos da Plataforma Logística da área
do porto da Figueira da Foz neste primeiro período de actividade. Assim, haverá
um envolvimento mais directo e participativo da Figueira da Foz e de alguns
Municípios, sendo nesse sentido que está espelhado, ou seja, na base de uma
previsão dos encargos a levar a cabo.-------------------------------------------
No fundo, o que se propõe é que a Figueira da Foz tenha uma participação de 30%,
Coimbra, Leiria, Montemor-o-Velho, Mealhada e Cantanhede tenham em conjunto uma
participação de 50% e que os restantes elementos, alguns que até nem tiveram
participação na área logística, mas na área empresarial, 20%. Portanto, na base
do que é proposto e das responsabilidades que são implementadas a cada um dos
agrupados participantes, propõe-se que seja aprovado pela Câmara Municipal e
Assembleia Municipal. Este é um modelo muito flexível, que se esgota perante a
finalidade da presente proposta, onde estão definidos os objectivos e o que é
proposto levar a cabo num período de cerca de nove meses, partindo do princípio,
que é a primeira fase, e tem várias fases que estão amplamente escritas, os
agrupados podem, se assim o entenderem, acabar com o ACE quando esses objectivos
forem alcançados.---------------------------------------------------------------
Relativamente à implementação da zona de actividades logísticas da Figueira da
Foz, esta está em principio incluída no Plano Logístico Nacional.---------------
O Vereador António Tavares perguntou se a inclusão no “Portugal Logístico” está
efectivamente assegurada.-------------------------------------------------------
O Presidente respondeu que o Governo encomendou a uma determinada entidade um
estudo de avaliação ambiental estratégica do Programa Portugal Logístico, tendo
já incluído a Plataforma Logística da área do porto da Figueira da Foz;
portanto, existe claramente uma predisposição para aceitar esta inclusão, como
aliás, já teve a oportunidade de referir.---------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta para a Operacionalização
da Plataforma Empresarial e Logística Polinucleada, bem como a integração do
Município da Figueira da Foz num Agrupamento de Municípios, com base no modelo
equivalente ao Agrupamento Complementar de Empresas, assim como os respectivos
estatutos, submetendo os mesmos à aprovação da Assembleia Municipal.------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
1.2 - VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JOSÉ MATIAS POETA – EXTRA-
-AGENDA
A Vereadora Teresa Machado apresentou o seguinte Voto de Pesar, para efeitos de
aprovação, cujo teor se transcreve:---------------------------------------------
“ VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JOSÉ MATIAS POETA.--------------------------
Surpreendeu-nos no passado dia 29 de Novembro, a trágica notícia do falecimento
do economista, nosso conterrâneo, José Matias Poeta, que tão prematuramente nos
deixou, com apenas 47 anos de idade.--------------------------------------------
Na qualidade de Vereadora da Cultura e em nome do Executivo da Câmara Municipal
da Figueira da Foz, é nosso desejo prestar-lhe aqui pública e sentida homenagem
invocando a memória do nosso concidadão que, não obstante socialmente discreto
no ser e no estar, se envolvia interessadamente na divulgação da cultura local,
eternizando-se na memória de todos a paixão particular, que nutria por tudo
quanto à sétima arte diz respeito.----------------------------------------------
Foi, como se sabe, um dos mais dignos representantes daquela geração de jovens
figueirenses, que participaram activa e entusiasticamente em quase todas as
edições do Festival Internacional de Cinema da Figueira.------------------------
O gosto pela divulgação desta Arte levou-o a colaborar empenhadamente com
escolas, associações, clubes de serviço e comunidade em geral. As conferências
que produziu, as suas mostras de vídeo, os artigos publicados na imprensa
(sobretudo no Figueirense) tornaram-no, nesta matéria, referência cultural por
todos respeitada.---------------------------------------------------------------
É autor do estudo mais completo sobre os primeiros 100 anos do Cinema na
Figueira – um trabalho que publicou aquando das comemorações desta efeméride – e
nas quais colaborou de forma fundamental, porquanto aos seus conhecimentos se
aliava, já então, a importância da mostra de muitos dos seus objectos de
colecção que grandemente valorizaram as exposições promovidas no Museu e
Biblioteca Municipais.----------------------------------------------------------
Todos lhe conhecíamos este hobby. Um gosto, uma paixão, um vício, que o tornou,
entre nós, coleccionador ímpar de tudo o que pela 7ª Arte respondia.------------
O choque da notícia da sua morte não pode, no entanto, deixar de associar-se da
memória e do eco desprendidos das palavras com que, poucos dias antes de morrer,
manifestou, através da imprensa local, o seu sonho de poder ver a sua colecção
sobre Cinema, transformada num Museu na nossa cidade.---------------------------
Infelizmente, o inesperado desaparecimento de José Poeta não dá hoje à Câmara
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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mais capacidade de realizar esse sonho do que então, nem consegue aumentar o
conceito já muito digno que fazia do valor e da justeza dessa pretensão. Do que
não se duvida é que haja agora futuro algum que possa vir a realizar plenamente
este seu sonho. Hoje, a sua imensa colecção perdeu a “alma”, do seu criador,
perdeu legendas e histórias importantes sobre cada objecto reunido, sobre cada
documento compilado, perdeu a memória de narrativas importantes...ficou mais
pobre.--------------------------------------------------------------------------
Não creio, honestamente, na possibilidade de nos comprometermos a breve prazo,
como disse, com a realização do “sonho” de José Poeta, mas reitero a validade e
a qualidade desse sonho, esperando que, em futuro mais favorável, não se
esqueça, se essa for também a vontade da família, a possibilidade de tornar
público o acesso a este importante espólio cultural que, de momento, mais não
podemos do que vir a expor temporária e parcialmente.---------------------------
Permitam-me finalmente que, também a título pessoal, expresse a tristeza que
sinto de ver partir um amigo, um colega dos tempos do liceu, um conterrâneo da
minha geração, que muito teria para oferecer e esperar da sua terra.------------
Pelo falecimento deste nosso concidadão, proponho que a Câmara aprove o presente
voto de pesar e dele dê conhecimento à família.”--------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta da Vereadora Teresa
Machado.------------------------------------------------------------------------
De seguida e a pedido do Presidente, foi feito um minuto de silêncio.-----------
3 - SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL SEGURANÇA E TRÂNSITO
3.4 - GABINETE DE GESTÃO DO TRÂNSITO
3.4.1 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À POSTURA MUNICIPAL DE ESTACIONAMENTO
Foi presente a proposta de alteração à Postura Municipal de Estacionamento,
apresentada pela Figueira Parques – EM, Empresa Pública Municipal de Estacionamento
da Figueira da Foz, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido,
constituindo o anexo número dois à presente acta.-------------------------------
Refere ainda aquela empresa, através do ofício datado de 28 de Novembro de 2006,
que o seu Conselho de Administração, em reunião de 23 daquele mesmo mês,
deliberou, sugerir a esta Câmara as alterações propostas, para garantir uma
melhor e mais eficaz gestão do estacionamento na zona urbana da Figueira da Foz.
O Vereador Lídio Lopes interveio dizendo que esta alteração à Postura Municipal
de Estacionamento tem a ver com o sentido crescente da consolidação da
actividade da Empresa Municipal da Figueira Parques no terreno e, portanto,
muitas das normas estão a ajustar-se à existência e à realidade daquela empresa.
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Do seu ponto de vista, importa registar a criação de duas áreas para
estacionamento de residentes. No contexto do Regulamento anterior, apenas era
permitido o estacionamento de residentes na rua da residência, podendo, com esta
alteração, estacionar em qualquer lugar da sua área da residência;--------------
Por outro lado, passa a ser possível, quer para os funcionários da Câmara, quer
para os comerciantes, ou para outros munícipes, adquirir cartões trimestrais e
semestrais, o que até agora também não era possível.----------------------------
Passa a haver, a partir de Janeiro, a inclusão da norma do bloqueamento no
artigo n.º 55;------------------------------------------------------------------
Deu ainda conhecimento que entrará em vigor a metodologia de poder pagar o
parcómetro por telemóvel, o que permitirá, a quem adquirir o cartão TELEPARQUE
efectuar o pagamento ou a revalidação do parqueamento, sem que tenha necessidade
de se dirigir ao parcómetro.----------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de alteração à Postura
Municipal de Estacionamento, submetendo a mesma à aprovação da Assembleia
Municipal.----------------------------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
4 - DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E DE RECURSOS HUMANOS
4.1 - DIVISÃO ADMINISTRATIVA, PATRIMÓNIO E NOTARIADO
4.1.1 - PROCESSOS PARA CONHECIMENTO
Relação que constitui o anexo número três à presente acta, donde constam os
processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do nº 3 do artº
65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e delegada no Presidente da Câmara em
reunião de 26 de Outubro de 2005.-----------------------------------------------
- Deferidos – 01 (um)-----------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
4.1.2 - ACTA DA HASTA PÚBLICA REALIZADA EM 27-11-2006 RELATIVA À
ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS
Foi presente a acta da Hasta Pública, realizada em 27 de Novembro do corrente
ano, relativa à alienação de um conjunto de bens imóveis do domínio privado da
Câmara, documento que se dá aqui por integralmente reproduzido, constituindo o
anexo número quatro à presente acta, devendo a Câmara proceder à adjudicação
definitiva, nos termos das condições de venda.----------------------------------
O Director de Departamento Administrativo, Financeiro e de Recursos Humanos, Dr.
Víctor Pereira, deu algumas explicações relativamente aos procedimentos da Hasta
Pública da venda do referido conjunto de bens imóveis do domínio privado da
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
12
Câmara, que ocorreu no passado dia 27 de Novembro.------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso referiu que o que está em causa é a Alienação de
Património Imobiliário, pertença do domínio privado da Câmara Municipal, pelo
procedimento da figura da arrematação da Hasta Pública. Mas, na sua opinião as
regras do Despacho Normativo 27-A/2001, de 31 de Maio não foram cumpridas,
nomeadamente do que diz respeito ao principio da publicidade, quer por falta de
publicação em Jornais, quer mesmo em Editais, sendo esta, do seu ponto de vista,
a irregularidade mais grave.----------------------------------------------------
Disse que o Presidente, antes da entrega das propostas, aprovou as condições de
venda que têm, em anexo, um mapa da arrematação dos lotes que foram a Hasta
Pública. Depois foi feito um Aviso para publicitação da mesma e nesse Aviso
aparece mais um lote de terreno, situado nos Condados, em Tavarede, que não
constava do mapa da Praça constante da aprovação das condições de venda, que o
Presidente tinha assinado. Depreendeu, assim, que este lote foi incluído também
para venda.---------------------------------------------------------------------
Na sua opinião, a acta está feita de um modo muito sumário, isto é, as propostas
apresentadas não estão hierarquizadas ou mesmo identificadas; não foi feita
qualquer referência aos participantes no acto público, portanto, não sabem se
assistiram ou não pessoas à arrematação. Sabem que foi excluída uma proposta,
mas não sabem se o interessado esteve presente ou não na arrematação e se soube
que a sua proposta foi excluída.------------------------------------------------
Acrescentou ainda, que sabem que a Comissão decidiu adjudicar provisoriamente,
mas não fez o “Auto da Arrematação” individual e a adjudicação provisória de
cada um lotes por cada um dos arrematantes. Essa adjudicação provisória, por
exigências da Lei, obriga ao depósito e à entrega, do montante de 25% do valor
do lote, que presume que também não estava feito e não estava nas condições de
venda. Naturalmente que as condições de venda podem ser adaptadas, não têm que
transcrever aquilo que está na legislação, mas têm que obedecer à mesma.
Portanto, a legislação exige que a adjudicação provisória seja feita mediante o
pagamento de 25% no acto da adjudicação provisória.-----------------------------
O Director de Departamento Administrativo, Financeiro e de Recursos Humanos, Dr.
Victor Pereira, disse que concordava com alguns dos princípios que a Vereadora
enunciou, designadamente, que num processo administrativo como este, a
publicidade é importante. Já não concorda com a mesma, quando pretende
transformar um despacho normativo, que exclusivamente se aplica à Administração
Central e que o Município da Figueira da Foz só o utiliza por analogia não
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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tendo, por isso, qualquer carácter vinculativo sobre o mesmo, nem comando legal
aplicável à Administração Local. Quanto à questão da publicidade, explicou que a
mesma não é gratuita e os anúncios são muito caros, com custos na ordem de
5.000,00 € no caso do semanário “Expresso” e, portanto, entenderam que entre o
custo/benefício que resultaria de publicar um jornal semanal, não adviria daí,
grandes vantagens, até porque o terreno em causa, o de maior valor, já foi por
duas vezes publicado no “Expresso”. Quanto às irregulares deste processo
apontadas pela Vereadora Aida Cardoso, disse que as mesmas têm sempre como
referência esse Despacho Normativo e não conhece nenhuma norma daquele Despacho,
que determina a aplicação obrigatória aos Municípios, pelo que nada obriga a
constar já na adjudicação provisória a entrega de 25% do respectivo valor.
Justificou que os serviços, por uma questão de cautela, deixaram de considerar
essa possibilidade, na sequência de uma situação anterior em que a Câmara
deliberou não fazer a adjudicação definitiva e teve que devolver o dinheiro ao
arrematante.--------------------------------------------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso discordou do Director de Departamento Administrativo,
Financeiro e de Recursos Humanos, Dr. Victor Pereira, por ter dito que esta
legislação não se aplica às Autarquias, quando as regras da transparência, da
legalidade, da imparcialidade, da igualdade e da justiça, exigíveis pelo Código
do Procedimento Administrativo, naturalmente que se aplicam.--------------------
O Director de Departamento Administrativo, Financeiro e de Recursos Humanos, Dr.
Victor Pereira, respondeu que o que se usa como apoio para o procedimento
administrativo é o Despacho Normativo que se aplica à Direcção Geral do
Património do Estado e que se trata de um conjunto de regras muito bem feitas,
considerando que a actuação do Município da Figueira da Foz nesta hasta pública
se pautou pelo respeito aos princípios do CPA que a Vereadora Aida Cardoso
referiu, como sendo da Publicidade, da Equidade, Igualdade, Transparência e tudo
mais.---------------------------------------------------------------------------
Acrescentou que foi feita a devida publicidade da hasta pública, com publicação
num Jornal de audiência nacional (Jornal de Notícias) e jornais regionais
(Diário “As Beiras” e Diário de Coimbra).---------------------------------------
Esclareceu, ainda, que o terreno de maior valor, sito nos Condados, já tinha
sido objecto de hasta pública, devidamente autorizado pela Assembleia Municipal,
entendendo-se colocar de novo em hasta pública, de acordo com despacho do Sr.
Presidente da Câmara, conforme consta do processo.------------------------------
O Presidente, após a discussão do assunto, colocou à votação a adjudicação
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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definitiva dos imóveis constantes da referida acta da hasta pública.------------
A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra
dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares, de
acordo com a acta da hasta pública realizada em 27 de Novembro de 2006, aprovar
a adjudicação definitiva dos seguintes imóveis:---------------------------------
- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 5), sito na
Leirosa, pelo valor de 17.500,00 € (dezassete mil e quinhentos euros) à empresa
RUIJOCAR, Sociedade de Construções, Ldª., inscrito na matriz predial urbana da
freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2684 e descrito na 2ª Conservatória do
Registo Predial na ficha 5940;--------------------------------------------------
- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 6), sito na
Leirosa, pelo valor de 26.700,00 € (vinte e seis mil e setecentos euros) à
empresa RUIJOCAR, Sociedade de Construções, Ldª., inscrito na matriz predial
urbana da freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2682 e descrito na 2ª
Conservatória do Registo Predial na ficha 5938;---------------------------------
- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 7), sito na
Leirosa, pelo valor de 16.250,00 € (dezasseis mil duzentos e cinquenta euros) à
empresa RUIJOCAR, Sociedade de Construções, Ldª., inscrito na matriz predial
urbana da freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2683 e descrito na 2ª
Conservatória Registo Predial na ficha 5941;------------------------------------
- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 8), sito na
Leirosa, pelo valor de 30.750,00 € (trinta mil setecentos e cinquenta euros) à
empresa RUIJOCAR, Sociedade de Construções, Ldª., inscrito na matriz predial
urbana da freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2018 e descrito na 2ª
Conservatória do Registo Predial na ficha 5942;---------------------------------
- Lote de terreno, destinado a construção urbana (planta com nº 11), sito na
Leirosa, pelo valor de 28.110,00 € (vinte e oito mil cento e dez euros) a
António Luís de Lima Rabaça Roque, inscrito na matriz predial urbana da
freguesia de Marinha das Ondas sob o artº 2688 e descrito na 2ª Conservatória do
Registo Predial na ficha 5943;--------------------------------------------------
- Edifício de r/c e 1º andar, sito Rua Dr. Matias da Costa, pelo valor de
90.000,00 € (noventa mil euros) a João Miguel de Jesus Saraiva, inscrito na
matriz predial urbana da freguesia de Buarcos sob o artº 544 e descrito na 2ª
Conservatória do Registo Predial na ficha 2216.---------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso, em nome dos Vereadores do Partido Socialista,
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apresentou a seguinte Declaração de Voto:---------------------------------------
“A alienação de património imobiliário da Câmara Municipal deve, no nosso
entender, obedecer às normas, termos e condições constantes no Despacho
Normativo nº 27-A/2001, de 31 de Maio, com as alterações introduzidas pelos DN
nºs 29/2002 e 30-A/2004, de 26 de Abril e de 30 de Junho, respectivamente.------
Este diploma legal estabelece, entre outras, a obrigatoriedade e forma de
publicitação das hastas públicas. Estas devem ser publicitadas com a
antecedência mínima de 10 dias úteis, pelo menos, num jornal semanal e num
jornal diário, ambos de grande circulação a nível nacional, bem como, quando
conveniente, num jornal local ou distrital e através da afixação de editais. A
presente hasta pública foi publicitada no JN de 8 de Nov/2006, no Diário de
Coimbra e nas Beiras, a 6 e 7 de Nov/2006, respectivamente. Não houve
publicitação num jornal semanal e também não foram afixados editais nas Juntas
de Freguesia da área de localização dos imóveis a alienar. Por outro lado, as
condições de venda e mapa da arrematação anexo, com a identificação dos imóveis
a alienar, aprovadas pelo Sr. Presidente da Câmara, em despacho de 03 Nov/2006,
não contemplava 1 terreno destinado a construção urbana, sito em Condados –
Tavarede, com uma base de licitação de 1.811.493,00 €.--------------------------
Quanto à Acta do Acto Público, regista-se o facto de nela não terem sido
hierarquizados e identificados os concorrentes e também não mencionar os
interessados presentes no acto público. Face a inviolabilidade a que deve
obedecer o sobrescrito que contém a proposta e não estando este devidamente
identificado, apenas, por exemplo, numa situação, tão só endereçado à Secção de
Cadastro com as iniciais SCAB, como é possível saber se o que está contido no
envelope é uma proposta para a hasta pública?-----------------------------------
Temos dúvidas sobre a regularidade administrativa desta hasta pública,
nomeadamente naquilo que se refere à devida Publicitação do Acto e por, isso
também dúvidas quanto à validade desta adjudicação definitiva. Temos certezas de
que na ausência de um Plano de Recuperação Financeira, do nosso ponto de vista,
exigível, com a maior celeridade, à boa gestão desta autarquia, esta decisão
avulsa de alienação de património não defende o interesse do Município.---------
Por tudo isto o nosso voto contra”.---------------------------------------------
4.1.3 - ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS – PROPOSTA A SUBMETER À ASSEMBLEIA
MUNICIPAL (NOS TERMOS DA ALÍNEA I) DO Nº 2 DO ARTº 53º DA LEI
Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, ALTERADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE
11 DE JANEIRO)
CÂMARA MUNICIPAL
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Pela Secção de Cadastro e Administração de Bens, foi presente a informação nº
307/06, datada de 28 de Novembro, cujo teor a seguir transcreve:----------------
“Nos termos do artº 97 do Normativo do Controlo Interno, compete “À Secção de
Cadastro e Administração de Bens coordenar o processo de alienação de bens
classificados de «dispensáveis»”. Aqui podemos incluir os bens que integram o
domínio privado disponível, ou seja, aqueles que não se encontram afectos a
quaisquer fins de utilidade pública e, por isso, podem ser alienados.-----------
Actualmente, o Município possui dois imóveis que podem ser incluídos nesta
categoria, pelo que se propõe a alienação desses bens do imobilizado (um terreno
destinado a construção urbana e um edifício devoluto), se assim for entendido
superiormente, através da venda por hasta pública.------------------------------
Conforme disposto na alínea i) do nº 2 do artº 53º da Lei nº 169/99, de 18 de
Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, compete à Assembleia
Municipal, sob proposta da Câmara “Autorizar a Câmara Municipal a adquirir,
alienar ou onerar bens imóveis de valor superior a 1000 vezes o índice 100 das
carreiras do regime geral do sistema remuneratório da função pública, fixando as
respectivas condições gerais, podendo determinar, nomeadamente, a via da hasta
pública, bem como bens ou valores artísticos do município, independentemente do
seu valor, sem prejuízo do disposto no nº 9 do artigo 64º.”---------------------
Assim, propomos que seja apresentado na reunião do executivo a presente
proposta, no sentido da Assembleia Municipal autorizar a alienação dos imóveis e
aprovar as respectivas condições de venda.--------------------------------------
A atribuição da base de licitação teve como referência o valor da avaliação do
prédio, calculada nos termos das regras do Código do Imposto Municipal sobre
Transmissões.-------------------------------------------------------------------
Descrição Localização Nº
inventário Área/m2
Terreno destinado a
construção urbana
Rua Engº António Gravato – Cova
– S. Pedro
200711 1456
Edifício de r/c + 2 andares Rua dos Bombeiros Voluntários,
33 a 37 – Figueira da Foz
29505 986
Apresenta-se um projecto de condições de venda que irão regular esta alienação,
elaboradas, nos termos do Despacho Normativo nº 27-A/2001, de 31 de Maio, com as
alterações introduzidas pelos Despachos Normativos nº 29/2002, de 26 de Abril e
nº 30-A/2004, de 30 de Junho (normas que regulam a venda de imóveis do Estado),
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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com as devidas adaptações”.-----------------------------------------------------
Foi também presente as Condições de Venda, documento que aqui se dá por
integralmente reproduzido constituindo o anexo número cinco à presente acta.----
O Presidente, em 30 de Novembro findo, concordou com a proposta apresentada pelo
serviços, no sentido se de alienar os prédios referidos na informação.----------
A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra
dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,
solicitar à Assembleia Municipal autorização para alienar os seguintes imóveis,
de acordo com as condições de venda:--------------------------------------------
- o terreno destinado a construção urbana, com a área de 1456 m2, com o nº de
inventário 200711, sito Rua Engº António Gravato - Cova – S. Pedro, sendo o
preço base de licitação de 332.650,00 € (trezentos e trinta e dois mil
seiscentos e cinquenta euros);--------------------------------------------------
- o Edifício de r/c mais 2 andares, com a área de 986 m2, com o nº de inventário
29505, sito na Rua dos Bombeiros Voluntários, nºs 33 a 37 – Figueira da Foz,
sendo o preço base de licitação de 492.590,00 € (quatrocentos e noventa e dois
mil quinhentos e noventa euros).------------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso, em nome dos Vereadores do Partido Socialista, fez a
seguinte Declaração de Voto:----------------------------------------------------
“A nossa posição é votar contra, porque se trata de arrecadar receita com esta
urgência, de uma forma avulsa, como está fundamentado na nossa declaração de
voto incluída no ponto 4.1.2 da presente acta. Não havendo plano de recuperação
financeiro da Câmara Municipal, não votaremos favoravelmente estas alienações de
património.”--------------------------------------------------------------------
4.1.4 - DOAÇÃO AO MUNICÍPIO DE BEM DO IMOBILIZADO – FRACÇÃO A DO BLOCO
R DA URBANIZAÇÃO GALA/SIDNEY – EXTRA-AGENDA
Pela Secção de Cadastro e Administração de Bens, foi presente a informação nº
309/06, de 8 de Novembro de 2006, indicando que aquando da assinatura do
protocolo celebrado entre a Câmara Municipal e o consórcio Ferreira-Construções,
S.A./EFIMÓVEIS, S.A., para a construção de habitação a custos controlados no
empreendimento Gala/Sidney, ficou estabelecido, nomeadamente, na cláusula terceira
(obrigações do promotor) ponto 10º “A execução e cedência de um equipamento
vocacionado para apoio social da Câmara, a localizar no r/c do lote R.”---------
De acordo com a referida informação, veio agora a empresa Efimóveis-Imobiliária,
S.A. informar que se encontra disponível para celebrar a escritura de doação da
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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fracção “A”, correspondente ao r/c do prédio constituído em regime de
propriedade horizontal sito na Rua Joaquim Viana, nºs 2 a 12, na Gala, freguesia
de S. Pedro, inscrito na matriz predial urbana sob o artº 1824 e descrito na 2ª
Conservatória do Registo Predial na ficha 1018 de S. Pedro.---------------------
O valor patrimonial da fracção é de 183.310,00 €, calculado nos termos das
regras do Imposto Municipal sobre as Transmissões.------------------------------
Nos termos da alínea h) do nº 1 do artº 64º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro,
alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, é da competência da Câmara
Municipal (não delegável no presidente), “Aceitar doações, legados e heranças a
benefício de inventário.”-------------------------------------------------------
Conforme previsto no ponto 4.1.4 do POCAL (critérios de valorimetria de
imobilizações) “Quando se trata de activos do imobilizado obtidos a título
gratuito deverá considerar-se o valor resultante da avaliação ou o valor
patrimonial segundo critérios técnicos que se adeqúem à natureza desses bens.”--
Nestes termos, é proposto pelos referidos serviços que o processo seja
apresentado na reunião do Executivo para que o Município aceite a doação daquele
bem do imobilizado, pelo valor de 183.310,00 €.---------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aceitar a doação a favor do Município da
Figueira da Foz, da fracção “A”, correspondente ao r/c do prédio constituído em
regime de propriedade horizontal, sito na Rua Joaquim Viana, nºs 2 a 12, na
Gala, freguesia de S. Pedro, inscrito na matriz predial urbana sob o artº 1824 e
descrito na 2ª Conservatória do Registo Predial na ficha 1018 de S. Pedro, com o
valor de 183.310,00 € (cento e oitenta e três mil trezentos e dez euros),
destinado a equipamento, nos termos do protocolo acima referenciado.------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
4.2 - DIVISÃO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
4.2.1 - ABONO PARA FALHAS - INÊS JORDÃO PINTO - FIXAÇÃO DE CAUÇÃO
Da Divisão de Gestão de Recursos Humanos, foi presente a informação nº 267/06,
de 14 de Novembro findo, dando conhecimento que a Chefe da Divisão de Cultura,
Biblioteca e Arquivos apresentou uma proposta no sentido da funcionária Inês
Maria Jordão Pinto, com a categoria de Assistente Administrativa Principal,
passar a auferir o abono para falhas que António Augusto Azenha Eulálio auferia,
no montante de 56,34 €, por este se ter aposentado e a referida funcionária ter
ficado responsável pela recolha diária de receitas referentes a fotocópias,
digitalizações, venda de publicações e de outros materiais colocados à
disposição do público, bem como a respectiva entrega dos valores na Tesouraria
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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da Câmara Municipal.------------------------------------------------------------
Consta ainda daquela informação que o conteúdo funcional do assistente
administrativo encontra-se definido por despacho nº 38/89, publicado no Diário
da República, II Série, de 16 de Janeiro de 1989, referindo na respectiva
descrição o manuseamento de dinheiro como uma das tarefas a desempenhar, pelo
que sempre que exista um risco efectivo e uma responsabilidade acrescida deve
tal subsídio ser concedido.-----------------------------------------------------
Tendo sido autorizado superiormente o abono para falhas no montante de 56,34 €,
deve a funcionária prestar uma caução, de acordo com o preceituado no artº 16º
do Decreto-Lei nº 427/87, de 17 de Junho, cujo valor deverá ser fixado em
reunião de Câmara, sob proposta do Presidente.----------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com a informação supra
mencionada, fixar o valor da caução em 200,00 € (duzentos euros), a prestar pela
funcionária Inês Maria Jordão Pinto.--------------------------------------------
4.2.2 - ATRIBUIÇÃO DE MEDALHAS DE BONS SERVIÇOS A FUNCIONÁRIOS - ÁGUAS
DA FIGUEIRA, S.A.
Da Divisão de Recursos Humanos, foi presente a informação nº 274/06, de 23 de
Novembro findo, dando conhecimento que a Empresa Águas da Figueira, S.A.,
através do ofício nº 10232, de 20 do mesmo mês, propõe a esta Câmara Municipal a
atribuição de um voto de louvor a Artur Manuel Gaspar das Neves e a concessão de
uma Medalha de Bons Serviços a José Pereira Santos, funcionários que exerceram
as suas funções durante 13 e 24 anos, respectivamente e que se aposentaram no
corrente ano e pertenciam ao quadro dos Serviços Municipalizados.---------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, após votação por escrutínio secreto,
aprovar a referida proposta de se atribuir um voto de louvor e a Medalha de Bons
Serviços aos funcionários Artur Manuel Gaspar das Neves e a José Pereira Santos,
respectivamente, ambos do quadro dos Serviços Municipalizados.------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
4.2.3 - SIADAP - PROPOSTA DE REGULAMENTO DO CCA - CONSELHO COORDENADOR
DE AVALIAÇÃO
Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado de uma proposta de Regulamento
do CCA – Conselho Coordenador de Avaliação, no âmbito do SIADAP – Sistema
Integrado de Avaliação do Desempenho na Administração Pública, documento que
aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número seis à
presente acta.------------------------------------------------------------------
O presente Regulamento tem como objectivo operacionalizar o disposto no Decreto
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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Regulamentar nº 19-A/2004, de 14 de Maio e no Decreto Regulamentar nº 6/2006, de
20 de Junho, no que concerne ao estabelecido no nº 1 da alínea a) e nº 5 do artº
13º do referido Decreto Regulamentar nº 19-A/2004. Nos artigos seguintes daquele
regulamento, são estabelecidas directrizes para uma aplicação harmónica do
SIADAP, prevendo-se igualmente a forma de funcionamento do CCA, além de outras
disposições que auxiliem na efectiva aplicação do SIADAP e na sua adequação às
realidades específicas desta Câmara Municipal.----------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar o Regulamento do CCA – Conselho
Coordenador de Avaliação – SIADAP – Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho
na Administração Pública.-------------------------------------------------------
4.3 - DIVISÃO FINANCEIRA
4.3.1 - PROCESSOS PARA CONHECIMENTO
Relação que constitui o anexo número sete à presente acta, donde constam os
processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do nº 3 do artº
65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e delegada no Presidente da Câmara em
reunião de 26 de Outubro de 2005.-----------------------------------------------
- Deferidos – 02 (dois).--------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
4.3.2 - COMISSÃO DE FESTAS Nª SRª DA CONCEIÇÃO, NO LUGAR DE ALEGRIA -
MAIORCA - PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO
DA LICENÇA DE RUÍDO - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Foi presente o assunto em epígrafe, através do requerimento registado nesta
Câmara sob o nº 27366, em 17 de Novembro findo, apresentado pela Comissão de
Festas de Nossa Senhora da Conceição, dando conhecimento que pretendem realizar
as suas festas anuais, no lugar de Alegria, freguesia de Maiorca e deparando-se
com dificuldades financeiras, vêm por esse motivo solicitar a isenção do
pagamento de taxas da licença do ruído.-----------------------------------------
Os Serviços de Taxas e Licenças, em 18 de Novembro de 2006, informaram que nos
termos do nº 2 do artº 3º do Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas, poderá
isentar-se de taxas a referida Comissão.----------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho do Vereador José
Elísio, emitido em 20 de Novembro findo, que autorizou a isenção do pagamento de
taxas da licença especial de ruído à Comissão de Festas de Nossa Senhora da
Conceição, freguesia de Maiorca.------------------------------------------------
4.3.3 - CONFRARIA DE Nª SRª DA CONCEIÇÃO E ALMAS DE LARES - VILA VERDE
- PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO DA
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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LICENÇA DE RUÍDO - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Foi presente o assunto em epígrafe, através do requerimento registado nesta
Câmara sob o nº 27424, em 20 de Novembro findo, apresentado pela Comissão de
Festas da Confraria Nossa Senhora da Conceição e Almas de Lares, dando
conhecimento que pretendem realizar as suas festas anuais, no lugar de Lares,
freguesia de Vila Verde e deparando-se com dificuldades financeiras, vêm por
esse motivo solicitar a isenção do pagamento de taxas da licença de ruído.------
Os Serviços de Taxas e Licenças, em 20 de Novembro de 2006, informaram que nos
termos do nº 2 do artº 3º do Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas, poderá
isentar-se de taxas a referida Comissão.----------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho do Vereador José
Elísio, emitido em 20 de Novembro findo, que autorizou a isenção do pagamento de
taxas da licença especial de ruído à Comissão da Confraria Nossa Senhora da
Conceição e Almas de Lares, freguesia de Vila Verde.----------------------------
4.3.4 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS E
TARIFAS
Foi presente a proposta de alteração ao artigo 15º do Regulamento e Tabela de
Taxas e Tarifas, subscrita pelo Vereador Lídio Lopes, que a seguir se
transcreve:---------------------------------------------------------------------
“Considerando:------------------------------------------------------------------
1 – A proposta de alterações à Postura Municipal de Estacionamento sugerida pela
Empresa Municipal Figueira Parques;---------------------------------------------
2 – A consequente necessidade não só de actualizar algumas das taxas actualmente
cobradas, como também de criar outras que dêem resposta à nova estratégia de
gestão do estacionamento;-------------------------------------------------------
3 – A necessidade de assegurar maior eficácia de actuação por parte não só do
Município como também da Empresa Municipal Figueira Parques, no cumprimento da
referida Postura Municipal de Estacionamento.-----------------------------------
Propõe-se, ao abrigo do disposto na alínea e) do nº 2 do artº 53º da Lei nº
169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro e da
alínea g) do artº 19º da Lei nº 42/98, de 6 de Agosto, as alterações ao artº 15º
do Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas que a seguir se anexam.”-------------
O documento onde constam as referidas alterações ao artº 15º do Regulamento
atrás mencionado constitui anexo número oito à presente acta. ------------------
O Vereador Lídio Lopes explicou as principais alterações ao Regulamento de Taxas
e Tarifas, a saber: uma eventual uniformização com o futuro Parque de
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
22
Estacionamento Subterrâneo, que leva a um ajuste do período mínimo de
estacionamento de 20 minutos para 15 minutos, uma vez que, legalmente, não são
impostos limites de tempo para as zonas de estacionamento, mas para os parques
de estacionamento sim. Assim, aos primeiros 15 minutos corresponde uma tarifa de
0,15 cêntimos, aos segundos mais 0,15 cêntimos e nos terceiros e quartos 0,10
cêntimos, ou seja, o total por uma hora será de 0,50 cêntimos; a criação do
bloqueamento e remoção dos veículos; a uniformização das taxas de avença em
lugar de espinha e em linha para 50,00 €, quando até agora eram de 35,00 € e
55,00 € respectivamente.--------------------------------------------------------
Referiu que, por sugestão da Vereadora Aida Cardoso, na última conversa informal
que tiveram, os cartões passarão a ter um formato igual ao do selo do Imposto
Automóvel, que será distribuído com uma carteira plástica para ficar sempre
visível no vidro, e evitar, assim, os problemas que até agora se têm verificado,
de cartões que caem ou desaparecem.---------------------------------------------
O Vereador António Tavares questionou se o cartão de residente tem horas
marcadas.-----------------------------------------------------------------------
O Vereador Lídio Lopes respondeu que essa situação também foi alterada para todo
o dia e já havia sido proposta na última alteração.-----------------------------
A Vereadora Aida Cardoso objectou que o que está a ser proposto são dois
aumentos, o que corresponde a 100% de aumento que reverterá para uma empresa que
está criada à alguns meses, questionando esse facto.----------------------------
O Vereador Lídio Lopes esclareceu que quando foi criada a Figueira Parques foi
logo assumido, do ponto de vista do orçamento e da planificação da rentabilidade
da empresa, que o aumento seria produzido de imediato e se ajustariam as tarifas
aos valores de mercado, dando como exemplo os municípios de Aveiro, Cascais,
Coimbra, Espinho, Leiria, Pombal, Sintra e Viana do Castelo. Disse que a questão
que se coloca é a de rotação do estacionamento e que o mesmo deve ser feito
dentro do tempo estritamente necessário para evitar situações como, por exemplo,
o estacionamento junto ao Mercado Municipal que quando retiraram o pagamento,
para facilitar o acesso aos clientes, constatou-se que quem lá estacionava a
viatura, o dia todo, eram os concessionários do mercado. Penitenciou-se, porque
errou, ao achar que as pessoas estariam disponíveis para deixar o lugar de
estacionamento para quem lá ia comprar.-----------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso retorquiu que há uma questão de fundo muito acima dos
cêntimos e não vale a pena compararem com Aveiro, Leiria ou Vila Real. A questão
principal é um drama que a Figueira terá que resolver e que é o facto das zonas
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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onde estão colocadas os parcómetros serem precisamente as zonas comerciais, que
estão a atravessar as grandes dificuldades que todos conhecem, quando o
consumidor comum, hoje, na Figueira, tem alternativas para estacionar o carro
gratuitamente, e ainda por cima a coberto da chuva. Não sabe até que ponto é que
se poderá encarar estes aumentos como uma forma de limitar ou obrigar a que haja
rotação de estacionamento. Na sua opinião também têm que pensar que não é só a
questão do pagamento, mas a preocupação de se ter de reforçar o pagamento quando
se está, por exemplo, em locais como o Tribunal, ou uma qualquer loja, ou seja,
se estão a criar ainda mais dificuldades às já existentes no actual comércio,
quer seja na zona baixa, quer seja na zona alta.--------------------------------
Questionou também se com este aumento estão a angariar receitas directamente
para o Orçamento Municipal e qual é o valor que se pensa obter deste aumento ou
se, por outro lado, se não estão, então terão que pensar duas vezes se será ou
não de se fazer.----------------------------------------------------------------
O Vereador Lídio Lopes respondeu que de tantas fotocópias que os Vereadores do
Partido Socialista tiram, de vez em quando deviam ler os documentos, porque a
intervenção do Vereador Paz Cardoso significa que não percebeu nada do que até
agora foi dito em relação à Figueira Parques. Disse que é óbvio que o pagamento
dos parcómetros não reverte directamente para o Orçamento da Câmara, mas é
óbvio, também, que a Câmara vai beneficiar da construção de um parque de
estacionamento subterrâneo, encontrando um parceiro estratégico. A questão que
se coloca é da rentabilidade de um serviço, da sua gestão e do efeito que tem na
prática. Segundo as estatísticas de estacionamento, e pela melhoria que tem
ocorrido ao longo da existência da Figueira Parques, e estão a falar em cinco
meses, não tem nenhum problema em fazer comparações com outros municípios.
Referiu que o comércio da Figueira da Foz é igual ao comércio de qualquer cidade
de Portugal bem como os problemas a ele inerentes. Deu como exemplo o município
de Coimbra que tem quatro ou cinco grandes Centros Comerciais, todos com
estacionamento gratuito e coberto e as pessoas continuam a comprar na baixa de
Coimbra. Admitiu que há inúmeras situações que estão a atacar a questão do
comercio local, tradicional, que não necessariamente o estacionamento, porque
esta até é vantajosa, ou seja, as pessoas que vão comprar tem estacionamento
privilegiado, à porta, pagando apenas quinze cêntimos e ao baixarem os primeiros
15 minutos para 15 cêntimos tiveram em conta esse objectivo.--------------------
O Vereador Paz Cardoso relativamente à afirmação do Vereador Lídio Lopes de não
lerem os documentos, respondeu que é difícil de avaliar o que os outros sabem,
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que pensam e que lêem. Acha que não percebeu a pergunta que ele fez, ou seja, o
que pretende saber é para quem é o dinheiro dos aumentos.-----------------------
O Vereador Lídio Lopes voltou a responder que a aplicação da verba relativa a
estes aumentos será reflectida no relatório e contas da Figueira Parques que, na
altura própria, será presente em reunião de Câmara podendo, então, o Vereador
Paz Cardoso ter conhecimento efectivo do destino do referido aumento, ou seja,
confirmar que irá para investimento na própria cidade, na área do estacionamento
e para a melhoria das acessibilidades e condições do mesmo.---------------------
Concluiu a sua intervenção dizendo que foi criada uma situação nova para todos
aqueles que tem passe dos Caminhos de Ferro e que poderão vir a usufruir das
condições de pagamento da área da zona ribeirinha junto à estação do caminho-de-
-ferro.-------------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra
dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,
aprovar a proposta de Alteração ao Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas e
submeter esta resolução à Assembleia Municipal.---------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso, em nome dos Vereadores do Partido Socialista, fez a
seguinte Declaração de Voto:----------------------------------------------------
“Votamos contra porque entendemos que os aumentos percentuais propostos são
exagerados para os Munícipes.”--------------------------------------------------
O Vereador Lídio Lopes fez, de seguida, a seguinte Declaração de Voto:----------
“Os aumentos propostos colocam a Figueira da Foz na Tabela de Taxas mais baixas
de todas, a nível nacional”.----------------------------------------------------
4.3.5 - TAXA MUNICIPAL DO DIREITO DE PASSAGEM – FIXAÇÃO DO PERCENTUAL A
APLICAR PARA O ANO 2007
Foi presente a informação datada de 24 de Novembro de 2006, prestada pelo
Director do Departamento Administrativo, Financeiro e Recursos Humanos, que a
seguir se transcreve:-----------------------------------------------------------
“Ao abrigo do disposto da alínea b) do nº 2 do artº 106º da Lei nº 5/2004, de 10
de Fevereiro – “Lei das Telecomunicações Electrónicas”, os Municípios podem
proceder à cobrança e uma Taxa Municipal de Direitos de Passagem.---------------
Esta taxa é determinada por aplicação de um percentual sobre cada factura
emitida pelas empresas que oferecem serviços de comunicações electrónicas
acessíveis ao público em local fixo, para todos os clientes finais do
correspondente Município.-------------------------------------------------------
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O percentual referido é aprovado anualmente por cada Município até ao final do
mês de Dezembro do ano anterior a que se destina, e não pode ultrapassar a
percentagem de 0,25%. Desde que entrou em vigor a presente taxa, o Município da
Figueira da Foz tem aprovado o percentual de 0,15%. Até 18 de Novembro de 2006,
o MFF arrecadou no presente ano financeiro a receita de € 9.708,99”.------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar o percentual da Taxa Municipal de
Direito de Passagem, em 0,15%, a aplicar no ano de 2007 e submeter esta
resolução à Assembleia Municipal para aprovação.--------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
4.3.6 - GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA 2007-2010 E ORÇAMENTO PARA 2007
Pelo Presidente foram apresentadas as Grandes Opções do Plano para 2007-2010 e
Orçamento para o ano de 2007, documentos que ficarão devidamente arquivados na
Divisão Financeira – Secção de Contabilidade deste Município, e disponíveis para
consulta quando para tal forem solicitados.-------------------------------------
O Presidente iniciou a sua intervenção que a seguir se transcreve:--------------
“1. Orçamento 2007--------------------------------------------------------------
Receitas Correntes (milhões de euros)--33,1 (+ 2,2 milhões de euros que em 2006)
Receitas Capital (milhões de euros)-----39,4 (-4,9 milhões de euros que em 2006)
TOTAL (milhões de euros)----------------72,5 (-2,7 milhões de euros que em 2006)
Despesas Correntes (milhões de euros)---33,0 (+2,1 milhões de euros que em 2006)
Receitas Capital (milhões de euros)-----39,5 (-4,8 milhões de euros que em 2006)
TOTAL (milhões de euros)----------------72,5 (-2,7 milhões de euros que em 2006)
O Orçamento Municipal para 2007, no valor global de € 72,5 milhões de euros,
representa uma redução de 3,6% relativamente ao Orçamento para 2006.------------
As receitas correntes têm um crescimento estimado de 6,9% face ao Orçamento do
ano de 2006.--------------------------------------------------------------------
Ao nível das receitas de capital, prevê-se no Orçamento Municipal para 2007 uma
redução de 10,9% face ao ano Orçamento de 2006, que é resultado,
fundamentalmente, da redução registada no agregado das Transferências de
Capital.------------------------------------------------------------------------
Ao nível das despesas correntes, é de referir a contenção com as Despesas com
Pessoal, que regista uma redução de 1,06% face ao Orçamento de 2006, apesar do
aumento da taxa da contribuição da entidade para a Caixa Geral de Aposentações e
do aumento nominal do índice 100 do regime geral da função pública em 1,5%.-----
O orçamento de despesas a assumir em 2007, isto é, expurgado da dívida
transitada, é inferior em 3,09% do orçamento das despesas de 2006, também,
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expurgado da dívida transitada. Apesar desta redução em termos globais, as
funções sociais e de segurança e ordem pública, registaram um crescimento
relativamente ao ano de 2006.---------------------------------------------------
As despesas correntes na área de educação, acção social (com exclusão de
habitação social), juventude, desporto, tempos livres e associativismo,
registaram um crescimento de 5,7% relativamente ao orçamento do ano de 2006,
representando as verbas atribuídas para as políticas e iniciativas sociais 20,3%
do Orçamento Municipal para 2007, mantendo um peso semelhante ao registado no
Orçamento de 2006.--------------------------------------------------------------
2. Grandes Opções do Plano 2007-2010--------------------------------------------
As Grandes Opções do Plano, com 36,6 milhões de euros, representam cerca de
92,6% do total da Despesa de Capital. Deste valor, 14,9 milhões de euros
correspondem a investimento directo nas Freguesias, sendo 2,4 milhões de euros
relativos a novos investimentos, o que representa um acréscimo de cerca de 2
milhões de euros relativamente a 2006.------------------------------------------
Destacam-se os Serviços Culturais, Recreativos e Religiosos, com 11,3 milhões de
euros e os Transportes e Comunicações com 10,9 milhões de euros, representando,
respectivamente, cerca de 30,5% e 29,4% do total do investimento.---------------
Releva-se no primeiro grupo o investimento relativo ao Parque Desportivo de
Buarcos, com 8,6 milhões de euros.----------------------------------------------
O investimento na área dos Transportes e Comunicações regista um aumento de
cerca de 52% relativamente a 2006, no que se refere à inclusão de novas acções,
que se distribuem pelas diversas Freguesias, nomeadamente na reabilitação e
qualificação de vias municipais.------------------------------------------------
Na função Habitação e Serviços Colectivos, releva-se o esforço de investimento
na ampliação e requalificação da rede de saneamento, traduzido na
comparticipação do Município da Figueira da Foz nos custos com o investimento
efectuado pela concessionária Águas da Figueira, reflectido no orçamento com uma
dotação de cerca de 840 mil euros.----------------------------------------------
3. Os principais constrangimentos e a nova Lei das Finanças Locais--------------
O Orçamento Municipal para 2007, assim como as Grandes Opções do Plano,
reflectem o fraco dinamismo da economia nacional verificado nos últimos anos,
com impacto nas finanças municipais e com especial incidência nos impostos
directos municipais e nas taxas urbanísticas, sendo que aqueles só em 2006
começaram a registar sinais de recuperação, o que determinou um agravamento do
passivo de curto prazo e das responsabilidades transitadas.---------------------
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Os principais constrangimentos são induzidos pela política orçamental do Governo
e pelas perspectivas financeiras que resultam, respectivamente, do OGE para
2007, mas sobretudo da futura Lei das Finanças Locais, a qual, em função dos
critérios estabelecidos para repartição dos recursos públicos, irá prejudicar
seriamente a participação do Município da Figueira da Foz.----------------------
Desde 2002 que os fundos atribuídos pelo Estado têm perdido valor em face da
inflação registada (sem habitação), constatando-se que o FEF de 2007, a preços
constantes, é inferior em cerca de 10% aos fundos atribuídos em 2002, sendo que
de 2006 para 2007 a quebra é de 2,5%.-------------------------------------------
No que se refere aos Impostos Directos verificou-se, de 2003 para 2004, uma
inflexão muito acentuada, que se traduziu numa forte redução destes impostos em
cerca de 4,7 milhões de euros.--------------------------------------------------
Apesar da inversão desta tendência verificada a partir de 2005, os valores de
2006 continuam ainda inferiores em cerca de 2,8 milhões de euros, relativamente
aos cobrados em 2003.-----------------------------------------------------------
- Ano 2003: 16,6 Milhões de Euros-----------------------------------------------
- Ano 2004: 11,9 Milhões de Euros-----------------------------------------------
- Ano 2005: 12,8 Milhões de Euros-----------------------------------------------
- Ano 2006: 13,8 Milhões de Euros (Valor estimado)------------------------------
De referir ainda, a partir de 2001, a tendência para descida da Derrama,
tendência essa que se agravou ainda mais, a partir de 2004:---------------------
- Ano 2001: 7,8 Milhões de Euros------------------------------------------------
- Ano 2002: 5,8 Milhões de Euros------------------------------------------------
- Ano 2003: 6,0 Milhões de Euros------------------------------------------------
- Ano 2004: 3,2 Milhões de Euros------------------------------------------------
- Ano 2005: 2,3 Milhões de Euros------------------------------------------------
- Ano 2006: 2,2 Milhões de Euros (Valor estimado)-------------------------------
Estes impactos negativos são o resultado de factores exógenos à Câmara Municipal
da Figueira da Foz, como sejam, a iniciativa governamental relativa à alteração
da legislação que regula os impostos sobre o património, assim como a conjuntura
desfavorável que tem condicionado a economia nacional, afectando os impostos e
as taxas municipais.------------------------------------------------------------
Não obstante os vários constrangimentos com repercussões no nível das receitas
municipais, o Município terá de reduzir o valor do endividamento líquido, de
forma a que o mesmo se enquadre nos limites legalmente definidos.---------------
4. Conclusão--------------------------------------------------------------------
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Em, conclusão, apesar dos fortes constrangimentos que a economia nacional, nos
últimos anos, tem produzido nas finanças municipais, pretendemos manter todas as
opções estratégicas e cumprir todas as opções estruturais a longo prazo e os
objectivos e os programas a curto e médio prazo.--------------------------------
Esperamos que estes documentos e as explicações que sobre eles se possam
prestar, esclareçam o interesse de quem sobre eles deposita a atenção
responsável e séria, esperando de todos uma atitude participativa”.-------------
O Vereador António Tavares interveio dizendo que se a conjuntura económica não
melhorar, não haverá possibilidade da situação financeira das Autarquias Locais,
também, melhorar, uma vez que uma parte das suas receitas são provenientes de
uma afectação financeira do Estado.---------------------------------------------
Referiu, ainda, que estão a analisar o orçamento de 2007 e desconhecem em
absoluto qual foi a execução do orçamento para 2006, porque não têm qualquer
informação sobre esse orçamento, ao contrário do Presidente, que a deve ter, até
porque é hábito nas Câmaras Municipais serem feitos relatórios, pelo menos,
semestrais sobre o andamento da execução desse documento.-----------------------
Lembrou, também, que já por várias vezes solicitaram dados sobre uma Auditoria
ou Consultadoria que esteve a ser feita no final do ano transacto e que o
Presidente tem dirimido bem a questão, no sentido dessa informação não lhes ser
facultada. De facto, o que sabem é que houve um estudo a esse nível e que houve
apresentação de resultados e, até hoje, não lhes foram facultados. Certamente
que a análise desses dados poderia servir de instrumento útil e necessário para
a análise deste orçamento de 2007, reiterando o facto de não possuírem, também,
dados da execução de 2006.------------------------------------------------------
Este orçamento parece-lhes mais realista do que o dos anos anteriores. A
execução orçamental, comparando com a conta de 2005, que é aquela que tem dados
consolidados, rondou os 47%, o que quer dizer que é habitual só se cumprir cerca
de metade do orçamentado. Na sua opinião, este orçamento é mais verosímil,
porque tem valores mais baixos, quer de receita corrente, quer de receita de
capital, o que trás, necessariamente, repercussões a nível da própria dinâmica
municipal. Referiu que este é o terceiro ano consecutivo em que o orçamento
sofre um decréscimo: caiu 3,6% em relação ao ano passado, 18% em 2004 e 15,6% em
2005. Nos últimos três anos sofreu um decréscimo extremamente acentuado e se for
excluído o ano de 2003, que foi um ano de orçamento muito baixo, este é o
orçamento mais baixo dos últimos sete anos. Portanto, a actividade e a dinâmica
municipal tem vindo a sofrer ao longo destes últimos anos. Mas, fazendo uma
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
29
análise da evolução do histórico orçamental do Município, verificam que o
orçamento sofre uma gestão ”cíclica”, constatando-se que os ciclos estão muito
relacionados com o calendário eleitoral, ou seja, os orçamentos caem nos dois
anos a seguir a eleições e sobem nos dois últimos anos antes das mesmas. Assim,
vão agora entrar num novo ciclo de queda, certamente, nestes dois últimos anos,
para depois voltar a subir. Do seu ponto de vista, é normal, a seguir às
eleições, haver algum refrear, tendo em conta o que foi gasto na aproximação do
período eleitoral. Portanto, este orçamento que é de 72,5 milhões de euros, numa
taxa de execução na ordem dos 47%, a mesma de 2005, deverá rondar os 34 milhões
de euros.-----------------------------------------------------------------------
Relativamente à receita corrente e reportando-se à questão da crise levantada
pelo Presidente, a estimativa de impostos directos para 2007 é basicamente a
mesma de 2006, ou seja, não há uma quebra, mas a receita corrente, apesar da
crise, vai crescer 6,9%. Questionou como é que numa situação de crise se prevê
um crescimento desta receita corrente. Disse que há alguma sustentabilidade em
relação à parte contabilística do orçamento porque se vê que os rendimentos de
propriedade vão crescer 50% em relação a 2006, mas não lhe parece que isso se
possa verificar, a menos que ocorra algum milagre.------------------------------
Não lhes parece que a estimativa para a receita de impostos indirectos seja
realista. No orçamento estão previstos quase 2,3 milhões de euros e em 2005 só
se arrecadou 50%. Portanto, o grande problema deste orçamento e dos orçamentos
anteriores é o orçamento de capital que apresenta níveis de execução muito
baixos. Em 2005, só foi cumprido 25% da receita e 31% da despesa e se aplicassem
este nível de execução ao orçamento actual ficariam com uma receita de capital
de 9 milhões de euros. Como a despesa prevista é de 39 milhões, 30 milhões de
despesa de capital não é para fazer. Portanto, da sua leitura, tudo o que é
despesa de investimento, em principio, ficará pelo caminho e certamente que
muitas das obras que estão previstas não poderão avançar. Ainda assim, a receita
de capital, que teve que ser necessariamente exponenciada e sobrecarregada é uma
receita que depende basicamente da alienação do património, prevendo-se que, em
termos de receita de capital, vai ser de 72%. Solicitou que lhes explicassem de
onde é que previram que vão arrecadar, enquanto receita de capital, 4,9 milhões
de euros de activos financeiros.------------------------------------------------
Expôs que em relação à despesa corrente, constataram que os níveis da despesa de
pessoal se mantém e são basicamente os mesmos que advêm do orçamentado para
2006. O fornecimento da contratação externa de serviços sobe, passando de 10,3
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
30
milhões de euros para 13,9, sofrendo, portanto um acréscimo de 20%, o que é um
valor demasiado elevado.--------------------------------------------------------
Disse que gostariam que esta introdução ao orçamento fosse mais do que uma mera
justificação da situação que se lhes apresenta e que houvessem linhas definidas,
princípios de actuação, um delinear de estratégia sobre como ultrapassar os
constrangimentos com que se vão defrontar. Referiu que apenas encontram uma mera
justificação dos dados onde as “culpas” pertencem, ora à Administração Central,
ora à conjuntura económico-financeira.------------------------------------------
Em relação às Grandes Opções do Plano, apontou que o Executivo realça que os
Serviços Culturais Recreativos e Religiosos vão sofrer um aumento de 15% e
lembram que destes 15% tudo ou quase tudo tem a ver com o Parque Desportivo de
Buarcos. Constataram que aqueles sectores fulcrais de desenvolvimento do
Município, como sendo os de serviços colectivos, indústria, energia, comércio,
turismo e transportes, representam cerca de 50% das GOP’S, ou seja, 50% das
Grandes Opções do Plano tem a ver com estas funções que sofrem quedas abissais:
os Serviços colectivos menos 56%, a indústria de energia menos 56%, o comércio e
turismo menos 70% e os transportes menos 10%. Portanto, o que é estruturante
acaba por não ter correspondência no que entendem que deveria ser o
desenvolvimento consolidado e sustentável do Concelho. Por isso, certamente
assistem a esta situação em que o crescimento económico-social se faz de uma
forma pouco consentânea com aquilo que seria desejável.-------------------------
Em síntese, os Vereadores do Partido Socialista entendem que este Orçamento
continua a mostrar alguma incapacidade para reduzir as despesas de pessoal;
mostra-se incapaz de reduzir os gastos com a contratação externa de Serviços;
mostra irresponsabilidade ao fazer uma gestão do Município de acordo com os
calendários eleitorais; mostra alguma incompetência por não haver aposta nas
funções ligadas ao desenvolvimento, conforme ficou demonstrado; revela uma falta
de confiança e determinação muito grande, ao não definir claramente as grandes
linhas de rumo do Concelho em direcção ao futuro; mostra não ter folgo, não ter
dinâmica, nem vontade de promover a mudança e, deste modo, este orçamento e
estas Grandes Opções do Plano parecem-lhes mais uma triste “carta de despedida”
de quem está gasto e falho de ideias e projectos, de quem já se despediu de
planear e gerir, de quem se quer ir embora o mais depressa possível, porque se
colocou numa situação da qual não tem alento, nem competência para dela sair.
Gostariam de ter visto um orçamento mais esperançoso no futuro, mas este é de
facto um orçamento do colapso do desenvolvimento da Figueira da Foz nos próximos
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
31
anos.---------------------------------------------------------------------------
O Presidente achou curioso que o Vereador António Tavares tenha dito o que disse
e que o grande esforço é justamente um projecto que eles, executivo, consideram
essencial e que é o Parque Desportivo de Buarcos tal como o projectaram para o
desenvolvimento do Concelho, a par de outros, e muitos deles da responsabilidade
da actividade privada, mas que obriga também a um empenhamento da Autarquia.
Achou curioso porque os projectos estão claros, estão definidos e estão
apresentados e uma aposta imediata, uma prioridade que neste momento têm é levar
a cabo a instalação de um golfe de cidade, porque acham e consideram que é
essencial para a dinamização, como todos pretendem, de um aspecto muito
importante para o desenvolvimento da Figueira da Foz, porque irá dinamizar a
hotelaria e a restauração, que se encontram com dificuldades na conjuntura
actual. Ao terem este tipo de equipamentos, atraem “clientes” para poder
utilizar a referida hotelaria e restauração, o que consideram uma estratégia
cuja ideia surgiu há muito tempo. E dentro das expectativas de procurar
determinadas receitas, existe a possibilidade de constituição de alguns
projectos com parecerias públicas-privadas.-------------------------------------
Relativamente à questão das receitas de capital e do património, continuam à
espera de conseguir a “reanimação económica” que o Vereador António Tavares
invocou, reforçando as receitas correntes com alguns projectos que, por razões
diversas, não foram possíveis concretizar no ano anterior, designadamente a
Construção do Centro de Formação Profissional e que têm a esperança de o
conseguir concretizar no próximo exercício.-------------------------------------
O Vereador António Tavares interrompeu dizendo que o Presidente não respondeu a
uma pergunta que colocou em relação à alienação de activos financeiros com uma
verba prevista de 4,9 milhões.--------------------------------------------------
O Presidente respondeu que é uma verba que consideram que pode ser possível de
concretizar dentro de parcerias públicas/privadas para projectos que têm em
curso, como por exemplo, o Parque Desportivo de Buarcos.------------------------
O Vereador Paz Cardoso referiu que iria fazer apenas duas ou três considerações
do que lhe foi dado ver sobre o orçamento. Disse que todos têm a noção das
dificuldades e da situação em que se encontram as finanças municipais. Na sua
perspectiva pensa que este documento lhes devia dizer qual é o ponto actual da
situação e o que é que aconteceu em 2006, pois desde Janeiro que não têm
informação, apenas relatórios de 2005. Gostaria que lhe dissessem quais são os
meios e a forma que este Executivo, com a solidariedade dos Vereadores do
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
32
Partido Socialista, pensa, para poder sair desta situação. Acha que este é um
documento técnico e vê-o como um documento oficial da Câmara, que os filhos e
netos haverão de ver como um documento técnico. Ficou com alguma preocupação,
para não dizer admiração, pela forma como é feito o relatório inicial.----------
Antes de se pronunciar sobre esta questão do relatório queria dizer que é
perfeitamente natural que tenham divergências políticas, que pensem de forma
diferente, que tenham convicções e ideias diferentes, porque a oposição não
existe por outra razão, o que não implica, em situação alguma, falta de respeito
e consideração por todos os colegas presentes. Por isso, tudo o que vai dizer a
seguir fala de política e não tem como objectivo atingir seja qual pessoa for,
porque todas merecem consideração.----------------------------------------------
Disse que olhou com alguma decepção para um documento técnico, feito por
técnicos, que lhe parece mais político do que técnico. As considerações que são
feitas no relatório, ou orçamento inicial e no início deste documento culpam o
Governo de não transferir e de prejudicar as Autarquias Locais. Falam muito da
economia de mercado, mas parece-lhe que num documento técnico, em que os
profissionais da Câmara devem exercer a sua profissão e não fazer o jeito a
ninguém, deveriam também dizer o resto. É muito estranho que os mesmos técnicos
da Câmara, e continuou a falar que são técnicos e não políticos, neste relatório
não digam quanto é que o Município lucrou com a medida do Governo para o qual
assumiu todos os ónus do não aumento dos vencimentos da função pública e do
congelamento das promoções das carreiras porque, fazendo contas, o impacto desta
decisão governamental nas finanças camarárias é bem maior que os 237 mil euros
e, sendo assim, ficou com a noção de que um documento que deveria ser técnico,
tem muito de político, o que o preocupa porque, a seu ver, os profissionais da
Câmara que elaboraram este relatório deviam ter menos preocupações políticas do
que as que tiveram.-------------------------------------------------------------
O Presidente interrompeu para dizer que o relatório é um documento seu.---------
O Vereador Paz Cardoso contrapôs dizendo que o pode dizer, mas todos sabem que
não foi o Presidente que fez este documento, nem teria lógica que fosse.--------
O Presidente retorquiu considerando que, durante anos, todos que hoje em dia
estão e estavam na situação de oposição, se queixaram que nunca era apresentado
um relatório e que os documentos eram “atirados” para apreciação dos Vereadores
e da própria Assembleia Municipal. A partir de certa altura começou a apresentar
na reunião de Câmara um relatório que, anteriormente, era depois da mesma. Disse
que é evidente que o relatório tem indicações técnicas, mas o Vereador Paz
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
33
Cardoso deve assacar responsabilidades ao Presidente da Câmara, porque dá ideia
que está a atacar os técnicos, que são os Directores que intervêm nesta área e
que, naturalmente, fizeram o relatório consigo. Por isso, se têm críticas a
fazer em relação ao relatório devem dirigi-las a si, que é o Presidente desta
Câmara.-------------------------------------------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso agradeceu o esclarecimento e sendo que o documento é um
documento político e não técnico, há duas coisas que é obrigado a dizer: em
primeiro lugar o seu pedido de desculpas às pessoas que pensa que fizeram este
documento, porque não acredita que o Presidente o tivesse feito porque, na sua
óptica, este relatório deveria ser um relatório técnico e não um relatório
político e se ele é político, como o Presidente acabou de decidir, pede desculpa
às pessoas envolvidas. Perguntou de seguida ao Presidente se concorda, que mesmo
politicamente, devam dizer toda a verdade e não só metade.----------------------
O Presidente repetiu que apresentou o relatório à Câmara Municipal da Figueira
da Foz antes da discussão e votação do orçamento, o que provavelmente nunca
aconteceu desde a instauração da democracia em Portugal, ou seja, possivelmente,
é a segunda vez que na altura da discussão do orçamento é apresentado o
relatório.----------------------------------------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso ouviu os argumentos apresentados pelo Presidente e tendo
ficado com algumas dúvidas, pediu ao mesmo que o esclarecesse relativamente a
algumas verbas inscritas, nomeadamente: uma transferência de verba de 20.230
euros para a APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão do
Deficiente Mental; o valor de 67.659 euros que se está a investir no PDM, que
entende que é um valor muito elevado, tendo em conta que os resultados práticos,
pelo menos visíveis são nulos; idêntica situação para o PU, embora com valores
mais baixos; o Plano de Pormenor da Praia, com uma verba de 36.491 euros, de
cujo investimento também não conhecem o resultado; o aeródromo, com duas
rubricas, uma de 93.731 euros e outra de 143.148 euros, porque são investimentos
muito vultuosos e que não são palpáveis; o Estádio Municipal, com uma verba de
549.508 euros; um aumento de capital para a Figueira Grande Turismo de 400.500
euros; a situação que já algumas vezes falaram e que tem a ver com a capacidade
de aumentar as receitas, que se relaciona com o Parque de Campismo. Solicitou
que o esclarecessem a que se deve a divergência muitíssimo grande entre
132.000,00 € de despesas com vencimentos, para 19.300 euros de receitas
reportados ao Parque de Campismo. Na sua opinião será melhor reequacionarem a
sugestão que fez há uns cinco anos de entregarem o Parque Municipal de Campismo
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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à gestão da Junta de Freguesia de Tavarede. Disse que gostaria de perceber qual
é a estrutura do Gabinete de Estudos e Projectos Estruturantes, onde é que ele
funciona e quais são as funções que ele executa no Município da Figueira da Foz
porque, não tendo pessoal, mas apenas vigilância e segurança, tem custos
elevadíssimos. Relativamente às transferências para as Freguesias, constataram
que há divergências muitíssimo grandes, olhando para os documentos que lhes
foram fornecidos e acha que a gestão da Câmara se virou mais para as freguesias
a Sul, em que o número de recenseados e de habitantes é menor, com a excepção de
uma “ilha” a Norte que se chama Ferreira-a-Nova. Referiu que as Juntas de
Freguesia são as “pontas de lança” nas respostas às necessidades imediatas das
populações e se é verdade que algumas Juntas tem receitas próprias, nalguns
casos até receitas de monta, também é verdade que existem outras que vivem quase
exclusivamente das transferências municipais. Portanto, pensa que este orçamento
também cria algumas divergências e algumas preferências, que não são muito bem
explicáveis.--------------------------------------------------------------------
O Presidente respondeu que o quadro dos investimentos previstos nas Grandes
Opções no Plano foi feito conversando com todas as Freguesias de igual forma e,
no total das verbas que estão inscritas, existem as que transitaram,
principalmente as acções na área do saneamento e as Freguesias mais penalizadas,
tanto em relação ao ano anterior, como até em valores, e principalmente nas
acções novas, são as da mesma ideologia política da maioria da Câmara.
Relativamente a transferências correntes, disse que houve uma preocupação que
tem uma base técnica, mas no fundo é política, em que se pretendeu, este ano, na
aprovação deste documento, ao contrário do que era prática, que ficassem já
definidas, não só as regras técnicas, bem como a política definida de como é que
vão ser feitas os Protocolos, como é que vão ser feitas as transferências,
situação que só era feita após o orçamento e depois ia à Assembleia Municipal em
Fevereiro. Foi uma recomendação técnica que, politicamente, achou que era
vantajoso para efectuar as transferências com maior diligência. Quanto à verba
que o Vereador Paz Cardoso questionou relativamente à APPACDM tem a ver com o
projecto do Centro de Noite de Stª Luzia, que é um projecto que vem de
2002/2003.----------------------------------------------------------------------
Relativamente às verbas para os gabinetes, poderiam não ter que as gastar, mas
são necessárias para poderem levar a cabo a execução dos projectos, quer do PDM,
quer do PU, quer do Plano de Pormenor do Areal da Praia.------------------------
Em relação ao Parque de Campismo e aos outros assuntos, pediu ao Director de
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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Departamento Administrativo, Financeiro e de Recursos Humanos, Dr. Victor
Pereira e à Directora do Departamento de Planeamento, Engª Graça Vasco, que os
esclarecesse melhor.------------------------------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso questionou, ainda, a verba de 143 mil e de 93 mil euros
para o aeródromo e se este investimento se faz ou não.--------------------------
O Presidente respondeu que esta verba corresponde a um investimento já feito,
nomeadamente com limpezas e colocação à cota do projecto, estando o Estádio em
situação semelhante.------------------------------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso fez o reparo de que não deixam de estar a pagar em 2007
uma obra feita em 2005.---------------------------------------------------------
O Presidente respondeu que na administração os “timings”, tal como estão
definidas por Lei, são os que são. Compreendeu a observação, que não é nova,
porque estão a apreciar um orçamento, sem saberem o resultado do exercício, mas
foi sempre assim.---------------------------------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso apontou que o Presidente não apresentou um relatório
semestral a que o Presidente respondeu não ser obrigado a fazê-lo.--------------
A Vereadora Aida Cardoso questionou qual é a dívida a fornecedores, actualmente.
O Presidente repetiu que só faz o que é obrigado a fazer e acha que já o faz bem
de mais.------------------------------------------------------------------------
O Vereador Victor Sarmento tomou a palavra dizendo que, na sequência das
respostas que tem vindo a ouvir, é preocupante quando se assume que parte do
orçamento, no que toca ao investimento de 2007, é para pagar investimentos de
2006 e até anteriores. Porque como não sabem como é que foi executado o de 2006,
presume-se que não foi executado nomeadamente nas rubricas onde deveriam ter
sido e, por isso, passaram para 2007. Portanto, é um documento que serve de
guião, mas é um guião e um “exercício de estilo”, e não mais do que isso.
Porque, se olharem mesmo para este ano, existem obras ou investimentos que foram
previstos e que não foram realizados, presumindo-se se vão ser ou não
transferidos para 2007, o que os faz querer que quando analisarem o relatório de
2006 vão ter algumas surpresas. É um documento que não tem grande valor não é
mais do que um guião e documentos como este, sem credibilidade, acabam por ser
só um “exercício de estilo”.----------------------------------------------------
O Presidente repetiu que existe uma preocupação, e está espelhada no orçamento,
por um lado, de procurar reduzir as despesas correntes, porque há de facto uma
redução na ordem dos 3%, e, por outro lado, na redução proposta nos
investimentos, conseguiram-se novas inscrições para as Freguesias, mais do que
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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houve no ano passado.-----------------------------------------------------------
O Vereador Pereira Coelho interveio dizendo que ouvira com atenção o que fora
dito até então e louvou o esforço que alguns Vereadores trouxeram à discussão,
ao tentar compilar alguns dados para melhor entender os documentos que lhe foram
facultados. Mas não se sente em consciência com os elementos necessários para
que possa fazer um juízo de valor correcto porque, para se fazer uma avaliação
do valor de cada documento, tem que se ter alguns elementos que faltam, mas
admitiu que não haja nenhuma obrigação legal para que eles existam. Mas, como
compreenderão também os presentes, fica para si esta dificuldade, de que resulta
de ter participado o ano passado na elaboração do orçamento até uma determinada
altura, o que lhe permitiu ter acesso a esses documentos base para fazer o
orçamento de então, o qual, como também todos estão bem recordados mereceu a sua
reprovação, exactamente, porque o conhecimento desses documentos não compaginava
um orçamento, como o que foi apresentado para 2006. Não tem razões nenhumas para
duvidar do que o Presidente disse até agora, embora existam alguns elementos que
lhe deixam, no mínimo, alguma perplexidade. Deu como exemplo que ao nível da
despesa corrente os números andam muito pelo mesmo volume o que para si causa
alguma surpresa, porque se houve medidas que na altura apontou para serem
tomadas como necessidade imediata, algumas delas, teriam que ter repercussão, e
tiveram já, no próprio orçamento de 2006 só que, das duas uma, ou não se fez
todo o trabalho, ou a redução da despesa tinha que ser maior ou, então, ter-se-á
gasto noutras coisas. Mas como a rubrica da despesa de pessoal é demasiado
rígida para permitir grandes oscilações, em termos comparativos com o total da
despesa corrente, ela representa um valor de tal ordem grande na despesa
corrente que obviamente não dá grandes margens para grandes oscilações, porque
se ela não oscila em muito termos globais, quer dizer que a despesa com pessoal
também não oscilou muito o que quereria dizer que, então não se faria mais nada
na Câmara para além de pagar os ordenados. Causou-lhe alguma perplexidade estes
números, mas como não tem elementos para puder tirar conclusões politicamente
mais relevantes, mantém-se pelo juízo de valor que fez há um ano atrás, e por
isso já não vai falar nas despesas de capital, embora lastime que não tenha
havido evolução no sentido de contrariar as expectativas que ele próprio fez há
um ano atrás e que levou alguns a pensarem que tinha objectivos políticos e
pessoais de outra ordem. Mas podem constatar, por um lado, que o que disse tinha
fundamentação e, por outro lado, as insinuações de que os propósitos de ter dito
o que disse terem tido qualquer conotação em termos políticos e de carácter
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
37
pessoal, também não se confirmaram. Essas pessoas estão duplamente e moralmente
punidas, porque ao tentarem desacreditar o que ele disse, sobre os documentos em
si e sobre o rumo que estava a ser dado ao Município da Figueira da Foz, devem
fazer um acto de contrição nesse sentido e, por outro lado, também nas
extrapolações políticas que tentaram fazer, como também não se confirmaram.-----
Referiu que não é sua intenção complicar a vida à maioria, mas os números que
lhe foram apresentados não auguram nada de bom e que se impunha mais uma vez, e
repetiu, uma alteração profunda no funcionamento, para que essa performance, do
lado da despesa corrente, possa de facto evoluir de modo mais favorável e mais
rápido porque não será, de certeza absoluta, a conjuntura económica que os vai
ajudar, porque infelizmente Portugal está como está.----------------------------
Por isso, sobrecarregar mais o contribuinte parece-lhe que seria, de todo em
todo, abusivo. Por isso, só lhes resta mesmo é o trabalho de casa, tentar fazer
melhor com menos custos. Sabe que é difícil, porque exige maior dedicação, mas é
o único caminho possível.-------------------------------------------------------
Acha que poderiam ter discutido o orçamento com a participação da Figueira
Grande Turismo e da Figueira Domus porque, ao fim ao cabo, vai tudo parar ao
mesmo “saco”, embora possam parecer diferentes.---------------------------------
O que lhe parece é o seguinte, olhou para o que se passa na Figueira Grande
Turismo e verificou que há uma tendência para a estabilização dentro do esforço
que já foi feito para reduzir. A redução tem também necessariamente reflexo na
qualidade mas é mesmo assim. E, por isso, tal como também disse já há um ano é
urgente ver melhor esta situação, para tomar medidas de fundo porque são
inadiáveis.---------------------------------------------------------------------
No que diz respeito à Figueira Domus, reconheceu que nem leu os documentos
porque a única coisa que o preocupa é o que já está feito, o que representa de
acréscimo todos os anos para o Município. Para que as pessoas percebam bem o que
é que estão a falar, tendo em conta que o que lhe foi aqui dito, estão numa
situação que é financeiramente pior que a do ano passado, em todos os sentidos,
quer no que diz respeito a despesa corrente induzida para dentro do orçamento
por via das rendas, quer no que diz respeito ao próprio imobilizado que não
tendo sido vendido e representa mais encargos financeiros que estão a
sobrecarregar o “erário”, neste caso o orçamento da Figueira Domus, e que se
repercutirá, de certeza absoluta, também na despesa do Município.---------------
Quando vê hoje em dia que há habitação feita por particulares na Figueira da Foz
a ser vendida ao mesmo preço que está a ser vendido pela Figueira Domus,
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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pergunta, então, que tipo de habitação social é esta. Ou são os empreiteiros da
Figueira que passaram todos a ter uma função social ou alguma coisa está errada.
E por o que lhe disseram, nada se alterou de especial em termos da situação que
estava o ano passado do que diz respeito a imobilizado. Então, se isto for
verdade quer dizer, por isso, que a situação se tende a agravar e, tal como
disse, poderá vir a ser o maior problema que a Câmara da Figueira da Foz irá
enfrentar nos próximos anos e se fosse o responsável da Câmara da Figueira da
Foz, naturalmente que se preocuparia, e muito.----------------------------------
Perante este quadro, e não querendo ser maçador, reiterou que as criticas que
tinha feito há um ano se mantêm, pelo que se pode verificar nos documentos
apresentados e, por isso, não vai fazer outro tipo de considerações. No entanto,
nada fará para inviabilizar que a maioria, pela qual foi eleito, possa aprovar
os documentos em causa, nomeadamente no que diz respeito ao Orçamento e o Plano.
O Vereador José Elísio disse já tinha lido na comunicação social a parte final
das declarações do Vereador Paz Cardoso e confessou que não lhe atribuiu grande
importância. Não fora esta referência que ele fez à gestão a sul, que entende
que é uma tentativa de o atingir, não diria nada. Referiu que, conforme ficou
provado na intervenção que o Vereador Paz Cardoso fez nesta reunião, não lhe
reconhece capacidade técnica para avaliar o Orçamento porque o fez mal, errando
em várias das apreciações do ponto de vista político o Vereador Paz Cardoso que
neste “puzzle” político concelhio conta pouco e que, provavelmente, a curto
prazo, irá contar menos ou nada. Disse que Freguesia por Freguesia, deve ser
analisada em função da totalidade do investimento, e não de uma forma parcial
como ele fez, apreciando apenas a parte que respeita à transferência de verbas
para as Juntas de Freguesia. Há Presidentes de Junta que optaram por preferir
que a Câmara transfira verbas e não faça as obras; outros preferiram não ter
transferência de verbas, sendo a Câmara a fazer directamente as obras. Portanto
o que conta, no final, é a totalidade da verba prevista Freguesia por Freguesia.
E se olharem para o orçamento, verificam que a gestão não está a Sul, nem ao
Centro, nem a Norte. E também verificam que não há nenhuma discriminação
relativamente às Freguesias do Partido Socialista, onde este é maioritário, uma
prática, aliás, seguida pelas Câmaras Socialistas, que o Vereador Paz Cardoso
sempre avalizou, porque se não lhe conhece nenhuma intervenção pública
manifestando a sua discordância relativamente a essa prática, e o que se
verifica, da análise feita, é que até são as Freguesias Socialistas as mais
contempladas na totalidade dos investimentos previstos, tendo em conta, como já
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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referiu, o que são transferências de verbas e obras feitas directamente pela
Câmara. Concluiu que o orçamento também está feito de acordo com as opções dos
Presidentes de Junta.-----------------------------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso disse que o Vereador José Elísio, em relação às
considerações que fez sobre o orçamento, “fulanizou” as questões, além de, na
sua óptica, ter ultrapassado os limites do respeito que as pessoas devem merecer
umas ás outras. Apontou que o Vereador José Elísio disse no jornal, que foi
publicado hoje, que não lhe reconhece competências técnicas nem políticas e
voltou a repeti-lo hoje. Na sua opinião, ainda bem que não tem credenciação da
parte do Vereador José Elísio. Acha que o Vereador José Elísio está um pouco
longe da forma de estar e de fazer a política que ele está e, portanto, é
natural que as premissas com quem o avalia não sejam aquelas que ele acha que
devem ser as premissas com que qualquer Político é avaliado. Relativamente à
diferenciação dos números, disse-o e voltou a repetir, que estão perante um
documento técnico, os números estão escritos, apenas se limitou a transcreve-los
e a somá-los, dos documentos que lhe foram fornecidos.--------------------------
Quanto à questão das gestões do Partido Socialista disse que já no tempo em que
o Vereador José Elísio era Vereador do Partido Socialista havia estas
discriminações, portanto o princípio, a forma de estar e de actuar já vem de há
muitos anos e, lamentavelmente, ao fim destes anos todos de percurso político as
formas de estar e fazer são as mesmas.------------------------------------------
O Vereador Victor Sarmento interveio dizendo que ia fazer um reparo ao seu
colega Vereador Pereira Coelho, para que o mesmo, depois do discurso que fez,
assumisse as consequências desse mesmo discurso, caso contrário, passariam a ter
exactamente a mesma atitude daqueles que dizem que fazem e não fazem, e
acrescentou que a consequência lógica não era sair da sala estando presente e
votando contra, como o fez, ou como manifestou intenção de fazer há um ano
atrás, e que levou à crise interna no seio da maioria.--------------------------
Julga que essa atitude seria a mais consequente e que poderia funcionar dentro
do próprio PSD como um sinal para corrigir a orientação na gestão desta Câmara
Municipal.----------------------------------------------------------------------
Ainda em relação a esta questão, salientou que na Oposição está em minoria,
podendo fazer propostas, até subscrever determinadas resoluções e orientações no
sentido de corrigir os aspectos orçamentais, e que o irão fazer abordando a
questão da Figueira Grande Turismo e da Figueira Domus, opinião partilhada por
ambos em relação ao saneamento financeiro desta Empresa.------------------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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Finaliza a sua intervenção, referindo que é preciso assumirem as consequências
da nossa avaliação.-------------------------------------------------------------
O Vereador Pereira Coelho, tomou a palavra, aceitando perfeitamente a crítica,
referindo, no entanto, que o Vereador Víctor Sarmento compreenderá também, que
todos foram eleitos com uma dupla responsabilidade, esclarecendo que é, por um
lado, a própria posição pessoal e também o Partido pelo qual foram eleitos. No
entanto, tem consciência que por vezes não é fácil respeitar essa tal dupla
responsabilidade, e que nem sequer a mesma é entendível com facilidade, uma vez
que a Sociedade Portuguesa está mais habituada a ver preto no branco, e tudo o
que não seja bem assim, tem eventualmente pouca razão de ser e é naturalmente
mais difícil de explicar.-------------------------------------------------------
Julga, ainda em relação a esta critica, que pior seria se não tivesse a lealdade
de dizer em voz alta o que pensa. No entanto, tem a responsabilidade de não
contribuir activamente para uma crise dentro do Partido pelo qual foi eleito.---
Acrescentou ainda, que tem a sua consciência tranquila, limpa, e que não está
nada preocupado com as consequências políticas que possam advir num futuro
próximo.------------------------------------------------------------------------
Retorquiu que algumas pessoas poderiam dizer que o melhor seria ele ir-se
embora, no entanto, parece-lhe que para o seu Partido não o era.----------------
Continuou a sua intervenção, argumentando que não existia ninguém que pudesse
dizer que tinha sido desleal quanto ao que pensa ou ao que queria, e ao que quer
para a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Logo, não há descontentamento
pessoal nenhum com ninguém, mas sim uma mera assunção de ideias e posturas
diferentes, perante a realidade, mas que não dramatiza essa situação nem fora e
muito menos dentro do Partido.--------------------------------------------------
Reitera, que está bem com a sua consciência, que aceita a critica que o Vereador
Victor Sarmento lhe fez. Tem conhecimento que é alvo de critica fácil, mas que
um dia verificar-se-á quem tem razão ou não, e finaliza, dizendo que cada um
faça o seu juízo de valor.------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com a ausência do Vereador Pereira Coelho, com
quatro votos a favor, e quatro votos contra dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz
Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares, tendo o Presidente usado do “voto de
qualidade”, o seguinte:---------------------------------------------------------
- Aprovar as Grandes Opções do Plano para 2007-2010 e Orçamento para o ano de
2007;---------------------------------------------------------------------------
- Aprovar o pedido de autorização para contracção de um empréstimo de curto
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prazo no ano de 2007, até ao limite máximo legal, ao abrigo do disposto no nº 6
do artigo 23º da Lei nº 42/98, de 6 de Agosto, com a redacção dada pela Lei nº
3-B/2000, de 4 de Abril;--------------------------------------------------------
- Aprovar a transferência de competências para as Juntas de Freguesia, conforme
indicado no artigo 4º, do capitulo III, da Introdução do Orçamento de 2007, ao
abrigo do disposto na alínea a), do nº 2, do artº 53º e do artº 66º da Lei nº
169/99, de 18 de Setembro, com a alteração dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de
Janeiro.------------------------------------------------------------------------
- Submeter a presente proposta e os respectivos documentos à apreciação e
aprovação da Assembleia Municipal.----------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
4.3.7 - 9.ª ALTERAÇÃO ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO DE 2006
Foi presente o assunto mencionado em epígrafe, o qual se dá por integralmente
reproduzido, constituindo o anexo número nove à presente acta.------------------
O Presidente explicou que estas alterações têm a ver com a forma de poder
responder a compromissos e operações financeiras inadiáveis.--------------------
Tendo questionado os Vereadores se tinham alguma dúvida, e não havendo, colocou
à votação.----------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra
dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,
aprovar a 9ª Alteração às Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2006.--------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
4.3.8 - RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA
Resumo Diário da Tesouraria do dia trinta de Novembro do corrente ano,
verificando-se que apresenta um saldo disponível de 2.451.886,43 € (dois milhões
quatrocentos e cinquenta e um mil oitocentos e oitenta e seis euros e quarenta e
três cêntimos).-----------------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
6 - DEPARTAMENTO DE URBANISMO
6.1 - DIVISÃO DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
6.1.1 - PROCESSO Nº 9/03 – JOPISANTOS – CONSTRUÇÕES UNIPESSOAL, LDA –
CASAL DO GROU - TAVAREDE - PROPOSTA DE DEFERIMENTO DA ALTERAÇÃO
NOS TERMOS DA INFORMAÇÃO DOS SERVIÇOS – PROCEDENDO-
-SE AO CORRESPONDENTE ADITAMENTO DO ALVARÁ
Foi presente o processo mencionado em epígrafe que se encontra em condições para
o deferimento da alteração ao alvará nº 1/06, que se refere a um pequeno aumento
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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da área destinada a garagem, instalações eléctricas e habitação, em cada um dos
lotes.--------------------------------------------------------------------------
O Director do Departamento de Urbanismo, em concordância com a Chefe de Divisão
de Ordenamento do Território propôs, em 24 de Novembro, o deferimento da
alteração do loteamento nos termos da informação dos serviços, devendo proceder-
-se ao correspondente aditamento ao alvará respectivo.--------------------------
A Vereadora Aida Cardoso colocou uma questão que foi devidamente esclarecida
pela Chefe de Divisão de Ordenamento do Território, Arquitecta Ana Maria Brilha.
A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com as informações e pareceres
constantes do processo, autorizar a alteração do loteamento em nome de
Jopisantos – Construções Unipessoal, Ldª., Casal do Grou, Tavarede, devendo
proceder-se ao correspondente aditamento ao alvará.-----------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.1.2 - PROCESSO Nº 7/97 - CONSTRUTORA FIGUEIRENSE, LDA – URBANIZAÇÃO
DO VALE GALANTE - S. JULIÃO - PROPOSTA DE RECEPÇÃO PROVISÓRIA
DOS ARRANJOS EXTERIORES E CONSEQUENTE LIBERTAÇÃO DE 90% DA
CAUÇÃO CORRESPONDENTE E RECEPÇÃO DEFINITIVA DAS RESTANTES OBRAS
DE URBANIZAÇÃO COM LIBERTAÇÃO DO REMANESCENTE DAS RESPECTIVAS
CAUÇÕES
Foi presente o processo mencionado em epígrafe, acompanhado da informação
técnica de 10 de Novembro, a qual mereceu a concordância da Chefe de Divisão de
Ordenamento do Território e do Director do Departamento de Urbanismo.-----------
A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com os pareceres e informações
constantes do processo, autorizar o seguinte:-----------------------------------
- A recepção provisória dos arranjos exteriores e a libertação de 90% da caução
inicial, relativa a esta infra-estrutura, no valor de 130.901,63 € (cento e
trinta mil, novecentos e um euros e sessenta e três cêntimos), ficando retidos
os restantes 10% no montante de 14.544,63 € (catorze mil quinhentos e quarenta e
quatro euros e sessenta e três cêntimos);---------------------------------------
- A recepção definitiva das infra-estruturas da rede viária, eléctricas, de
telecomunicações, de abastecimento de água, de drenagem de águas residuais
domésticas e pluviais e de distribuição de gás e a libertação dos remanescentes
10% da caução, relativa a estas infraestruturas, no valor de 36.763,96 € (trinta
e seis mil setecentos e sessenta e três euros e noventa e seis cêntimos).-------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.1.3 - PROCESSO Nº 2/01 – LINO & OLIMPIO, LDA – LUGAR DE MATIÔA –
CÂMARA MUNICIPAL
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TAVAREDE – RECEPÇÃO PROVISÓRIA DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO –
LIBERTAÇÃO DA GARANTIA BANCÁRIA
Foi novamente presente o processo mencionado em epígrafe, acompanhado da
informação nº 3, de 30 de Novembro de 2006, da Chefe de Divisão de Ordenamento
do Território, dando conhecimento que, após visita ao loteamento em causa, se
verificou que as limpezas necessárias à recepção provisória das obras de
Urbanização já foram iniciadas.-------------------------------------------------
Propõe, assim, aquela Divisão, com a concordância do Director do Departamento de
Urbanismo em 30 de Novembro, a recepção provisória das obras de urbanização, à
excepção dos arranjos exteriores e rede de drenagem pluvial, podendo ser
libertado o valor de 947.326,16 € (novecentos e quarenta e sete mil trezentos e
vinte e seis euros e dezasseis cêntimos), ficando ainda retida como caução o
valor de 246.726,46 € (duzentos e quarenta e seis mil, setecentos e vinte e seis
euros e quarenta e seis cêntimos);----------------------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso solicitou explicações relativamente ao teor da
informação constante do processo, dado não referir que as obras estão concluídas
mas apenas iniciadas.-----------------------------------------------------------
A Chefe da Divisão de Ordenamento do Território, Arq.ª Ana Maria Brilha,
explicou que o que havia a fazer pelo loteador se limitava a limpezas do
arruamento. O processo foi retirado da reunião de 23 de Novembro de 2006 em
virtude de, àquela data, a rede viária não se encontrar suficientemente limpa,
face às chuvas. Foi então o loteador notificado a proceder à limpeza da rede
viária, não a executar quaisquer outras obras, nomeadamente ao nível dos
arranjos exteriores, dado que a recepção provisória proposta não inclui arranjos
exteriores, nem rede de drenagem pluvial. Relativamente à limpeza da rede
viária, foi-lhe, hoje, confirmado que os trabalhos andavam a ser executados na
quinta-feira.-------------------------------------------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso referiu que a falta de limpeza do loteamento se deve à
não conclusão da rede de escoamento das águas pluviais e que com a vinda de
chuvas intensas a situação voltará a acontecer.---------------------------------
A Chefe da Divisão de Ordenamento do Território, Arq.ª Ana Maria, esclareceu que
a situação ocorre , não pela falta de recepção da rede de drenagem pluvial, mas
pelo facto dos lotes ainda não se encontrarem construídos e dado que houve
movimentação de terras, as chuvas provocarem o seu arrastamento. Referiu, ainda,
que no alvará não se impõe qualquer época para início da construção e que a
época das chuvas proporciona estas situações em qualquer outro lugar com as
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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mesmas características.---------------------------------------------------------
O Vereador Paz Cardoso afirmou que se deslocou hoje ao local e, apesar de
concordar com a explicação fornecida pela Arquitecta, não considera que a
limpeza tenha sido muito bem executada, tendo verificado que a lama foi removida
mas os passeios se mantêm vermelhos, com barro. Referiu ainda que, na sua
opinião, existe ao cimo, no topo Norte, um problema relacionado com uma barreira
com cerca de dois metros, que considera que se encontra em risco de ruir.-------
A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro abstenções dos
Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares, de
acordo com a proposta da Divisão de Ordenamento do Território, aprovar a
recepção provisória das obras de urbanização, à excepção dos arranjos exteriores
e rede de drenagem pluvial, com a consequente libertação da garantia bancária no
valor de 947.326,16 € (novecentos e quarenta e sete mil trezentos e vinte e seis
euros e dezasseis cêntimos), ficando ainda retido, até à recepção definitiva, o
remanescente no montante de 246.726,46 € (duzentos e quarenta e seis mil,
setecentos e vinte e seis euros e quarenta e seis cêntimos);--------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.1.4 - PROCESSO Nº 3/89 – VILALUX – EMP. IMOB., LDA – VALE DAS POMBAS
– BUARCOS - POSSE ADMINISTRATIVA DO ALVARÁ N º 3/94 DE ACORDO
COM O ARTIGO 107º DO RJEU PARA EXECUÇÃO DAS CORRECÇÕES DA REDE
DE SANEAMENTO
Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado da informação nº 2, de 14 de
Novembro, da Chefe de Divisão de Ordenamento do Território.---------------------
Face ao exposto na referida informação e para resolução de todas as questões
pendentes e das reclamações relativas ao lote AI, propôs a Chefe de Divisão de
Ordenamento de Território, com a concordância do Director do Departamento de
Urbanismo, que a Câmara Municipal promova a execução das obras de correcção da
rede de saneamento, accionando a caução existente, nos termos do artº 84º do
Regime Jurídico da Urbanização e Edificação. Nos termos deste artigo, a Câmara
Municipal, para salvaguardar a protecção dos interesses de terceiros adquirentes
dos lotes, pode promover a realização das obras, por conta do titular do alvará,
por causa imputável a este, uma vez que o mesmo não deu cumprimento ao ofício
26264, de 13 de Outubro de 2005.------------------------------------------------
Assim, deve ser solicitado às Águas da Figueira a execução dos trabalhos, já
orçamentados, sendo o pagamento por conta da caução existente no processo de
loteamento. Deverá dar-se conhecimento aos reclamantes Carlos Almeida, Maria
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
45
Manuela Abrunhosa e Afonso Abrunhosa.-------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com a informação constante do
processo e ao preceituado nos artºs 107º e 84º do Regime Jurídico da Urbanização
e Edificação, no sentido de salvaguardar a protecção dos interesses de terceiros
adquirentes dos lotes, o seguinte:----------------------------------------------
- Determinar a posse administrativa do imóvel a que corresponde o Alvará de
Loteamento nº 3/94;-------------------------------------------------------------
- Promover a realização das obras de rectificação do troço do colector de águas
residuais domésticas que se encontra sob o lote AI, de modo a que fique
integralmente implantado em domínio público, que ficam por conta do titular do
alvará, accionando para o efeito a caução existente, uma vez que o mesmo não deu
cumprimento ao ofício 26264, de 13 de Outubro de 2005.--------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.1.5 - PROCESSO Nº 12/05 - ODÁLIA MARIA GASPAR REAIS PINTO E MARIA
FERREIRA GASPAR – LAVOS - RECTIFICAÇÃO DE TAXAS
Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado da informação técnica de 28 de
Novembro do corrente ano, dando conhecimento que, por se ter verificado um lapso
no cálculo das TMU - Taxas pela Realização, Manutenção e Reforço de Infra-
-estruturas Urbanísticas, foram as mesmas reformuladas de acordo com o
Regulamento de Urbanização, Edificação e de Taxas e Compensações Urbanísticas em
vigor à data da aprovação do primeiro cálculo.----------------------------------
Face ao exposto, o valor da TMU, inicialmente de 111.674,09 €, depois de
reformulado, de acordo com o cálculo apresentado na informação acima mencionada,
deve ser rectificado para 11.012,36 €.------------------------------------------
O Director do Departamento de Urbanismo, Engº Mário Maduro, em concordância com
a Chefe de Divisão de Ordenamento do Território, Arqtª Ana Maria Brilha, e com a
informação técnica, constante do processo, deu o seu parecer favorável em 29 de
Novembro último.----------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com as informações e parecer
constantes do processo, aprovar a rectificação da taxa de TMU que, de acordo com
a reformulação do cálculo inicial, passou de 111.674,09 € (cento e onze mil
seiscentos e setenta e quatro euros e nove cêntimos) para 11.012,36 € (onze mil
e doze euros e trinta e seis cêntimos).-----------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.1.6 - REGISTO 22371 DE 20/09/2006 - RITA MARISA SANTOS RODRIGUES –
ESTUDANTE – PEDIDO DE ELEMENTOS DE CARTOGRAFIA E RESPECTIVA
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
46
ISENÇÃO DE TAXAS
Foi presente o requerimento de Rita Marisa Santos Rodrigues, pelo qual vem
solicitar o fornecimento de plantas em formato digital, cotadas, com indicação
da construção existente, cadastradas, da zona compreendida entre Sobral e Porto
Godinho d’Além, abrangendo as delimitações do concelho feitas com o rio Pranto,
devendo estar incluída a localização da Zona Industrial no Plano de Ordenamento
do Território e a REN com zona de cheias. Solicita, ainda, a isenção das taxas
pelo facto de ser estudante.----------------------------------------------------
A Chefe de Divisão de Ordenamento do Território, Arqtª Ana Maria Brilha,
informou, em 22 de Novembro que, nos termos do nº 5 do artigo 89º do Regulamento
de Urbanização, Edificação e de Taxas e Compensações Urbanísticas em vigor, a
Câmara Municipal poderá isentar, em função das circunstâncias de cada caso, do
pagamento de taxas de reprodução de documentos escritos ou desenhados as pessoas
que desenvolvam trabalhos de carácter pedagógico ou científico, devendo para o
efeito apresentar declaração do respectivo estabelecimento de ensino.-----------
A informação solicitada orça o valor de 1.550,00 € (mil quinhentos e cinquenta
euros), de acordo com o referido Regulamento em vigor, podendo ser tudo
fornecido à excepção da planta cadastral, por inexistente.----------------------
Dado que a requerente entregou a declaração conforme solicitado mereceu, o
pedido da mesma, parecer favorável do Director do Departamento de Urbanismo,
Engº Mário Maduro, em 29 de Novembro último.------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com as informações constantes do
processo, autorizar a cedência dos elementos solicitados pela estudante Rita
Marisa Santos Rodrigues, bem como a isenção das respectivas taxas, nos termos do
nº 5, do artigo 89º, do Regulamento de Urbanização, Edificação e de Taxas e
Compensações Urbanísticas em vigor.---------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
6.3 - DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO URBANISMO
6.3.1 - PROCESSOS DE OBRAS PARTICULARES E AUTORIZAÇÕES PARA
CONHECIMENTO
Relação que constitui o anexo número dez à presente acta, donde constam os
processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do nº 3 do artº
65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e delegada no Presidente da Câmara em
reunião de 26 de Outubro de 2005.-----------------------------------------------
- Deferidos – 117 (cento e dezassete)-------------------------------------------
- Indeferidos – 02 (dois)-------------------------------------------------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
47
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
6.3.2 - PROCESSO Nº 625/03 – RUI ALEXANDRE AMARAL ANTUNES DA COSTA –
CONSTRUÇÃO DE MORADIA, SITA NOS CONDADOS – TAVAREDE - LICENÇA
ESPECIAL PARA ACABAMENTOS, POR MAIS 6 MESES
Foi presente o processo em epígrafe, acompanhado do requerimento registado sob o
nº 9778/06, de 10 de Novembro, através do qual o munícipe, possuidor do alvará
nº 585/04, válido até 11 de Novembro de 2006, vem solicitar a concessão de
licença especial para acabamentos da obra, sita no lugar de Condados, freguesia
de Tavarede, pelo período de seis meses.----------------------------------------
Face à informação constante do processo, propõe a Divisão de Licenciamentos, em
15 de Novembro, com a concordância do Director do Departamento de Urbanismo,
Engº Mário Maduro, em 22 do mesmo mês, o deferimento do pedido de emissão de uma
licença especial para acabamentos pelo período solicitado.----------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, de acordo com as informações constantes do
processo, autorizar a emissão de licença especial para acabamentos, pelo prazo
de seis meses, ao abrigo do artº 88º do Decreto-Lei nº555/99, de 16 de Dezembro,
alterado pelo Decreto-Lei nº 177/2001, de 4 de Junho.---------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
7 - DEPARTAMENTO DE OBRAS MUNICIPAIS
7.5 - DIVISÃO ADMINISTRATIVA
7.5.1 - PROCESSOS PARA CONHECIMENTO
Relação que constitui o anexo número onze à presente acta, donde constam os
processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do nº 3 do artº
65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e delegada no Presidente da Câmara em
reunião de 26 de Outubro de 2005.-----------------------------------------------
- Deferidos – 11 (onze)---------------------------------------------------------
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
8 - DEPARTAMENTO DE CULTURA, EDUCAÇÃO E ACÇÃO SOCIAL
8.2 - DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E ACÇÃO SOCIAL
8.2.1 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA
FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE QUIAIOS PARA DELEGAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR
DEVOLUTO – EB1 ERVEDAL
Foi presente o protocolo designado em epígrafe, documento que aqui se dá por
integralmente reproduzido constituindo o anexo número doze à presente acta,
acompanhado de uma informação prestada pela Divisão de Educação e Acção Social,
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
48
datada de 28 de Novembro de 2006, que a seguir se transcreve:-------------------
“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a
Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas
Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da
rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta
de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------
Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Alhadas foi
encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Ervedal, sita na
Freguesia de Quiaios.-----------------------------------------------------------
Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como
a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz
cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta
de Freguesia de Quiaios vem solicitar à Autarquia a cedência do referido
edifício.-----------------------------------------------------------------------
Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de
Quiaios para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no artigo 15º
da Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), do nº 2 do artigo
66º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela
Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se da entidade mais
próxima da população e que tem já sinalizadas as suas necessidades.-------------
Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada
para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão
Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia
Municipal.”---------------------------------------------------------------------
Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer
favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do
competente Protocolo.-----------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a
Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Quiaios, para
Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício Escolar Devoluto –
EB1 Ervedal, submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.-----
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
8.2.2 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA
FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE MOINHOS DA GÂNDARA PARA DELEGAÇÃO
DE COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR
DEVOLUTO – EB1 CUNHAS
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
49
Da Divisão de Educação e Acção Social, foi presente o protocolo designado em
epígrafe, documento que constitui o anexo número treze à presente, acompanhado
de uma informação daqueles serviços, datada de 28 de Novembro de 2006, que a
seguir se transcreve:-----------------------------------------------------------
“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a
Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas
Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da
rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta
de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------
Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Alhadas foi
encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Cunhas, sita na
Freguesia de Moinhos da Gândara.------------------------------------------------
Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como
a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz
cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta
de Freguesia de Moinhos da Gândara vem solicitar à Autarquia a cedência do
referido edifício.--------------------------------------------------------------
Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de
Moinhos da Gândara para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no
artigo 15º da Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), do nº 2
do artigo 66º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações
introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se
da entidade mais próxima da população e que tem já sinalizadas as suas
necessidades.-------------------------------------------------------------------
Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada
para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão
Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia
Municipal.”---------------------------------------------------------------------
Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer
favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do
competente Protocolo.-----------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a
Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Moinhos da
Gândara, para Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício
Escolar Devoluto – EB1 Cunhas, submetendo esta resolução à aprovação da
Assembleia Municipal.-----------------------------------------------------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
50
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
8.2.3 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA
FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE ALQUEIDÃO PARA DELEGAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR
DEVOLUTO – EB1 NEGROTE
Foi presente o protocolo designado em epígrafe, documento que aqui se dá por
integralmente reproduzido constituindo o anexo número catorze à presente acta,
acompanhado de uma informação prestada pela Divisão de Educação e Acção Social,
datada de 28 de Novembro de 2006, que a seguir se transcreve:-------------------
“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a
Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas
Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da
rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta
de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------
Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas do Paião foi
encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Negrote, sita na
Freguesia de Alqueidão.---------------------------------------------------------
Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como
a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz
cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta
de Freguesia de Alqueidão vem solicitar à Autarquia a cedência do referido
edifício.-----------------------------------------------------------------------
Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de
Alqueidão para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no artigo
15º da Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), no nº 2 do
artigo 66º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas
pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se da entidade
mais próxima da população e que tem já sinalizadas as suas necessidades.--------
Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada
para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão
Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia
Municipal.”---------------------------------------------------------------------
Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer
favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do
competente Protocolo.-----------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
51
Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Alqueidão, para
Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício Escolar Devoluto –
- EB1 Negrote, submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.---
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
8.2.4 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA
FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE VILA VERDE PARA DELEGAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR
DEVOLUTO – EB1 FONTELA
Da Divisão de Educação e Acção Social, foi presente o protocolo designado em
epígrafe, documento que constitui o anexo número quinze à presente, acompanhado
de uma informação daqueles serviços, datada de 28 de Novembro de 2006, que a
seguir se transcreve:-----------------------------------------------------------
“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a
Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas
Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da
rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta
de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------
Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Buarcos foi
encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Fontela, sita na
Freguesia de Vila Verde.--------------------------------------------------------
Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como
a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz
cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta
de Freguesia de Vila Verde vem solicitar à Autarquia a cedência do referido
edifício.-----------------------------------------------------------------------
Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de Vila
Verde para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no artigo 15º da
Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), no nº 2 do artigo 66º,
da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº
5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se da entidade mais próxima
da população e que tem já sinalizadas as suas necessidades.---------------------
Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada
para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão
Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia
Municipal.”---------------------------------------------------------------------
Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
52
favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do
competente Protocolo.-----------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a
Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Vila Verde, para
Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício Escolar Devoluto –
- EB1 Fontela, submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.---
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
8.2.5 - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA
FOZ E A JUNTA DE FREGUESIA DE ALHADAS PARA DELEGAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS DE GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR
DEVOLUTO – EB1 BROEIRAS
Foi presente o protocolo designado em epígrafe, documento que aqui se dá por
integralmente reproduzido constituindo o anexo número dezasseis à presente acta,
acompanhado de uma informação prestada pela Divisão de Educação e Acção Social,
datada de 28 de Novembro de 2006, que a seguir se transcreve:-------------------
“Em 25 de Outubro de 2005, foi assinado entre o Ministério da Educação e a
Associação Nacional de Municípios, um Acordo de Colaboração relativo a Cartas
Educativas e Rede Escolar do 1º Ciclo, onde é preconizada a reorganização da
rede de estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico, com a proposta
de encerramento de escolas isoladas de reduzida dimensão.-----------------------
Mediante proposta apresentada pelo Agrupamento de Escolas de Alhadas foi
encerrada, entre outras, no ano lectivo 2006/2007, a EB1 Broeiras, sita na
Freguesia de Alhadas.-----------------------------------------------------------
Tendo em vista a conservação e manutenção do edifício escolar devoluto, bem como
a sua utilização como um recurso para a dinamização de actividades de cariz
cultural, social e educativo, direccionado para a sua comunidade local, a Junta
de Freguesia de Alhadas vem solicitar à Autarquia a cedência do referido
edifício.-----------------------------------------------------------------------
Assim, vem propor-se a celebração de Protocolo com a Junta de Freguesia de
Alhadas para a delegação de competências ao abrigo do preceituado no artigo 15º
da Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, assim como a alínea f), no nº 2 do artigo
66º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela
Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, dado entendermos tratar-se da entidade mais
próxima da população e que tem já sinalizadas as suas necessidades.-------------
Assim, vem submeter-se à apreciação superior a Minuta de Protocolo elaborada
para o efeito, propondo-se ainda a sua análise e emissão de parecer pela Divisão
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
53
Jurídica, para posterior aprovação em sede de Reunião de Câmara e Assembleia
Municipal.”---------------------------------------------------------------------
Sobre este assunto, a Divisão Jurídica, em 28 de Novembro de 2006, deu parecer
favorável do modelo proposto para transferência de competências por via do
competente Protocolo.-----------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre a
Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Junta de Freguesia de Alhadas, para
Delegação de Competências de Gestão e Conservação de Edifício Escolar Devoluto –
- EB1 Broeiras, submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.--
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
8.2.6 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS
E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º
CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA
FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E O CENTRO
SOCIAL PAROQUIAL AQUA VIVA DE ALHADAS – EB1 VIGÁRIOS -
RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28
de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006
(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria
com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o
programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras
actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------
Mais informa que, a Câmara Municipal ainda não dispõe de Professor para
ministrar a Actividade Física e Desportiva aos alunos da EB1 de Vigários/EB1
Ribas, havendo por isso necessidade de recorrer, temporariamente, a recursos
humanos de entidades que disponham de pessoal com formação na área da infância e
juventude para assegurar o desenvolvimento de actividades de animação no horário
destinado à prática de Educação Física, mediante celebração de Protocolo.-------
Nesse sentido, foi efectuado contacto com o Centro Social Paroquial Aqua Viva de
Alhadas, o qual desenvolve a resposta de ATL para os alunos da EB1 de Vigários e
Ribas, assegurando assim o desenvolvimento de actividades de animação, no
horário destinado à prática de Educação Física, por uma Animadora do ATL daquela
Instituição. Face ao exposto, foi celebrado o Protocolo entre a Câmara Municipal
da Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas de Alhadas e o Centro Social
Paroquial Aqua Viva de Alhadas, documento que se dá por integralmente
reproduzido, constituindo o anexo número dezassete à presente acta.-------------
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
54
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa
Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do
Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento
de Escolas de Alhadas e o Centro Social Paroquial Aqua Viva de Alhadas.---------
8.2.7 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS
E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º
CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA
FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E O CENTRO
SOCIAL PAROQUIAL AQUA VIVA DE ALHADAS – EB1 ALHADAS -
RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28
de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006
(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria
com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o
programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras
actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------
Mais informa que, a Câmara Municipal ainda não dispõe de Professor para
ministrar a Actividade Física e Desportiva aos alunos da EB1 de Alhadas, havendo
por isso necessidade de recorrer, temporariamente, a recursos humanos de
entidades que disponham de pessoal com formação na área da infância e juventude
para assegurar o desenvolvimento de actividades de animação no horário destinado
à prática de Educação Física, mediante celebração de Protocolo.-----------------
Nesse sentido, foi efectuado contacto com o Centro Social Paroquial Aqua Viva de
Alhadas, o qual desenvolve a resposta de ATL para os alunos da EB1 de Alhadas,
assegurando assim o desenvolvimento de actividades de animação, no horário
destinado à prática de Educação Física e Desportiva, por uma Animadora do ATL
dessa Instituição. Face ao exposto, foi celebrado o Protocolo entre a Câmara
Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas de Alhadas e o Centro
Social Paroquial Aqua Viva de Alhadas, documento que se dá por integralmente
reproduzido, constituindo o anexo número dezoito à presente acta.---------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa
Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do
Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento
de Escolas de Alhadas e o Centro Social Paroquial Aqua Viva de Alhadas.---------
8.2.8 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS
E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
55
CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA
FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E A CASA
DO POVO DE QUIAIOS – RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28
de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006
(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria
com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o
programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras
actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------
Mais informa que, de acordo com informações de alguns Agrupamentos de Escolas do
Município, existem alguns estabelecimentos de ensino que não dispõem de espaços
para que o decorrer das actividades seja garantido dentro do recinto escolar.---
Esclarece ainda que, foram efectuadas reuniões com as Instituições Particulares
de Solidariedade Social e outras entidades que têm vindo a promover as
Actividades de Tempos Livres dos alunos, no sentido de averiguar da
possibilidade de assegurarem a deslocação dos alunos para a Escola alternativa,
mediante celebração de Protocolo.-----------------------------------------------
Nesse sentido, foi efectuado contacto com a Casa do Povo de Quiaios, a qual
assegura a deslocação dos alunos da EB1 Cova da Serpe para a EB1 Casal Novo e
vice-versa. Para esse efeito, foi celebrado o Protocolo entre a Câmara Municipal
da Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas de Alhadas e a Casa do Povo de
Quiaios, documento que se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo
número dezanove à presente acta.------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa
Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do
Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento
de Escolas de Alhadas e a Casa do Povo de Quiaios.------------------------------
8.2.9 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS
E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º
CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA
FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E A
ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CULTURAL DE SANTANA -
RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28
de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006
(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o
programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras
actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------
Mais informa que, de acordo com informações de alguns Agrupamentos de Escolas do
Município, existem alguns estabelecimentos de ensino que não dispõem de espaços
para que o decorrer das actividades seja garantido dentro do recinto escolar.---
Esclarece ainda que, foram efectuadas reuniões com as Instituições Particulares
de Solidariedade Social e outras entidades que têm vindo a promover as
Actividades de Tempos Livres dos alunos, no sentido de averiguar da
possibilidade de assegurarem a deslocação dos alunos para a Escola alternativa,
mediante celebração de Protocolo.-----------------------------------------------
Nesse sentido, foi efectuado contacto com a Associação para o Desenvolvimento
Social e Cultural de Santana, a qual assegura a deslocação dos alunos da EB1
Ribas para a EB1 Vigários e vice-versa. Para esse efeito, foi celebrado o
Protocolo entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas
de Alhadas e a Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural de Santana,
documento que se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número
vinte à presente acta.----------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa
Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do
Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento
de Escolas de Alhadas e a Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural de
Santana.------------------------------------------------------------------------
8.2.10 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS
E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º
CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA
FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E A JUNTA
DE FREGUESIA DE FERREIRA-A-NOVA - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28
de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006
(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria
com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o
programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras
actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------
Mais informa que, de acordo com informações de alguns Agrupamentos de Escolas do
Município, existem alguns estabelecimentos de ensino que não dispõem de espaços
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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para que o decorrer das actividades seja garantido dentro do recinto escolar.---
Esclarece ainda que, foram efectuadas reuniões com as Instituições Particulares
de Solidariedade Social e outras entidades que têm vindo a promover as
Actividades de Tempos Livres dos alunos, no sentido de averiguar da
possibilidade de assegurarem a deslocação dos alunos para a Escola alternativa,
mediante celebração de Protocolo.-----------------------------------------------
Nesse sentido, foi efectuado contacto com a Junta de Freguesia de Ferreira-a-
Nova, a qual desenvolve a resposta de ATL para os alunos da EB1 de Tromelgo
assegurando assim a deslocação dos alunos da EB1 Ferreia-a-Nova para a EB1
Tromelgo e, transitoriamente, o desenvolvimento de actividades de animação no
horário das aulas da Actividade Física e Desportiva na EB1 Tromelgo, pela
animadora do ATL desse estabelecimento de ensino. Para esse efeito, foi
celebrado o Protocolo entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento
de Escolas de Alhadas e a Junta de Freguesia de Ferreia-a-Nova, documento que se
dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número vinte e um à
presente acta.------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa
Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do
Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento
de Escolas de Alhadas e a Junta de Freguesia de Ferreira-a-Nova.----------------
8.2.11 - PROGRAMA DE GENERALIZAÇÃO DO ENSINO DO INGLÊS NOS 3º E 4º ANOS
E DE OUTRAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NO 1º
CICLO DO ENSINO BÁSICO – PROTOCOLO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DA
FIGUEIRA DA FOZ, O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALHADAS E O CENTRO
SOCIAL VELA AZUL - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO
Pela Divisão de Educação e Acção Social, foi presente a informação datada de 28
de Novembro de 2006, dando a conhecer que, ao abrigo do Despacho nº 12591/2006
(2ª Série), de 16 de Junho, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em parceria
com os Agrupamentos de Escolas, irá implementar no ano lectivo de 2206/2007 o
programa de generalização do ensino de inglês nos 3º e 4º anos e outras
actividades de enriquecimento curricular no 1º CEB.-----------------------------
Mais informa que, de acordo com informações de alguns Agrupamentos de Escolas do
Município, existem alguns estabelecimentos de ensino que não dispõem de espaços
para que o decorrer das actividades seja garantido dentro do recinto escolar.---
Esclarece ainda que, foram efectuadas reuniões com as Instituições Particulares
de Solidariedade Social e outras entidades que têm vindo a promover as
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
58
Actividades de Tempos Livres dos alunos, no sentido de averiguar da
possibilidade de assegurarem a deslocação dos alunos para a Escola alternativa,
mediante celebração de Protocolo.-----------------------------------------------
Nesse sentido, foi efectuado contacto com o Centro Social Vela Azul, a qual
assegura a deslocação dos alunos da EB1 Bom Sucesso para a EB1 Poço Frio e vice-
-versa. Para esse efeito, foi celebrado o Protocolo entre a Câmara Municipal da
Figueira da Foz, o Agrupamento de Escolas de Alhadas e o Centro Social Vela
Azul, documento que se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo
número vinte e dois à presente acta.--------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho da Vereadora Teresa
Machado, emitido em 28 de Novembro de 2006, que autorizou a celebração do
Protocolo realizado entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Agrupamento
de Escolas de Alhadas e o Centro Social Vela Azul.------------------------------
10 - DIVISÃO DE JUVENTUDE, DESPORTO E COLECTIVIDADES
10.1 - TUKATINA – TUNA FEMININA DA UNIVERSIDADE INTERNACIONAL DA
FIGUEIRA DA FOZ – PEDIDO DE APOIO FINANCEIRO PARA REALIZAÇÃO DO
I FESTIVAL DE TUNAS DA UNIVERSIDADE DA FIGUEIRA DA FOZ
Pela Divisão de Juventude, Desporto e Colectividades, foi presente a informação
nº 187, de 3 de Novembro findo, dando conhecimento que a Tukatina, Tuna Feminina
da Universidade Internacional da Figueira da Foz, organizou nos dias 10 e 11 de
Novembro de 2006 o “I Festival de Tunas Femininas da Universidade Internacional
da Figueira da Foz”, pelo que, vêm solicitar a esta Câmara um apoio financeiro
para fazer face às despesas inerentes com a realização do referido evento.------
O Vereador Lídio Lopes propôs, por despacho, datado de 10 de Novembro de 2006, a
atribuição de um apoio de 500,00 €, como contributo para a globalidade das
despesas, salientando que este valor foi atribuído, igualmente, ao Festival de
Tunas Masculino daquela Universidade, que continha, também, igual número de
participantes.------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta do Vereador Lídio Lopes,
de atribuir um apoio financeiro, no valor de 500,00 € (quinhentos euros), à
Tukatina, Tuna Feminina da Universidade Internacional da Figueira da Foz, para o
efeito pretendido.--------------------------------------------------------------
11 - FIGUEIRA GRANDE TURISMO – EMPRESA MUNICIPAL
11.1 – RELATÓRIO DE GESTÃO DO 1º SEMESTRE DE 2006, DO CONSELHO DE
ADMNISTRAÇÃO DA FGT
Pelo Presidente foi apresentado o Relatório de Gestão do 1º Semestre de 2006, do
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
59
Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo – Empresa Municipal,
documento que ficará devidamente arquivado naquela Empresa Municipal, e
disponível para consulta quando para tal for solicitado.------------------------
De seguida, começou por dizer que este era apenas um ponto para conhecimento da
Assembleia Geral e não para ser sujeito a votação.------------------------------
O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo, Prof.
Doutor Manuel Carvalho Fernandes Thomaz, afirmou que o relatório presente contém
a descrição das diferentes actividades que a Figueira Grande Turismo realizou no
1º semestre, como a animação turística, o cinema, exposições, entre outros.
Declarou que os eventos, não são só os eventos do CAE, mas todos os eventos de
animação turística e cultural, que representam dois terços da despesa total.----
Referiu-se ainda à diminuição de fornecimentos e serviços externos e aos custos
com o pessoal, que representaram cerca de um milhão de euros. Deu também a
conhecer o valor do lucro tributável do 1º semestre, e a previsão para o imposto
sobre o rendimento do exercício que é de 116.00,00 € (cento e dezasseis mil
euros).-------------------------------------------------------------------------
Lamentou a dificuldade que têm encontrado na angariação de patrocínios
principalmente no 1º semestre de 2006, sendo que alguns conseguidos, vão ser
inscritos no 2º semestre de 2006 e serão objecto de apresentação no relatório e
contas para o próximo ano.------------------------------------------------------
A Administradora da Figueira Grande Turismo, Dr.ª Ana Cristina Freire Calado
Pereira Redondo, referiu que a Figueira Grande Turismo se tem pautado por uma
gestão rigorosa, clara e transparente em relação aos recursos humanos e
financeiros ao seu dispor e que estão abertos a qualquer esclarecimento --------
O Vereador António Tavares disse que desde que o CAE foi transferido para a
gestão da Figueira Grande Turismo, passou a ter uma grande importância na
actividade da empresa, de tal ordem que o “T” de turismo, está a cair para o “C”
de cultura.---------------------------------------------------------------------
Acrescentou também que aparece muitas vezes a palavra “sucesso”, “excelente” e
“bastante favorável”, com tal adjectivação levaria a concluir que estaríamos
perante uma situação de grande sucesso na animação turística, e na gestão do CAE
nas suas vertentes cultural, de espectáculos e nos congressos. Tal situação não
ocorre, pois o CAE apresenta-se como uma infra-estrutura de difícil gestão, e
com dificuldades em conseguir atingir os fins para o qual foi criado. Indicou o
Centro de Artes e Espectáculos como uma estrutura que poderia rentabilizar mais
do que aquilo que actualmente rentabiliza e que pode caminhar para um “elefante
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
60
branco”, do qual pouco se retira.-----------------------------------------------
No que respeita à vertente turística, afirmou que desconhece o número de
turistas que visitaram a Figueira da Foz durante o Verão, pois leu num jornal
que a Figueira da Foz teve muitos visitantes, e noutros muito poucos, uns diziam
que os hotéis estavam cheios e outros vazios. Em sua opinião a Figueira Grande
Turismo poderia fazer alguma previsão no sentido de fornecer alguma informação
deste tipo. A Direcção de Turismo do Algarve diz que têm dados acerca da
procura, o que possibilita que se possa fazer uma qualificação desse tipo à qual
é preciso dar resposta, um estudo deste tipo seria importante para auxiliar a
dinâmica turística deste Município.---------------------------------------------
Lembrou que há um ano atrás, o Sr. Professor falou na vertente do Turismo
Cultural e do Eco-Turismo, e exemplificou o caso do Eco-Museu do Sal, como um
possível pólo, mas, este encontra-se em estado de abandono.---------------------
Prosseguiu, questionando se, no que respeita à animação turística, no ponto de
vista cultural, a Figueira possui alguma imagem de marca no contexto nacional e
até internacional, para além da praia e do produto sol/mar, sendo que o caracol
já deu o que tinha a dar, pois agora é importado de Marrocos. Em sua opinião há
que criar uma imagem de marca de afirmação cultural, como foi em tempos o
“Festival de Cinema” que conseguiu transpor-se da época turística, para o mês de
Setembro, para tal, também contribuiu o desaparecimento do Festival de Música.--
A nível nacional deu alguns bons exemplos de casos de cidades com tamanho
idêntico à Figueira e possuidoras de eventos que projectam a imagem das cidades
para o exterior, como é o caso da “Cinanima” em Espinho, o “Festival do Jazz” em
Guimarães e o caso de Avanca que também já tem alguma projecção a nível do
cinema de animação. Por isso, entende que há necessidade de criar uma imagem de
marca para a Figueira.----------------------------------------------------------
Quanto à questão da rentabilização do CAE, reconhece que é uma tarefa muito
difícil, pois está quase às moscas. No que concerne a visitas guiadas, cursos e
oficinas, houve 736 pessoas, em 180 dias, o que dá 4 pessoas por dia. As visitas
à descoberta do CAE que têm dito que é um sucesso, em 180 dias, tiveram 273
visitas, o que dá uma média de aproximadamente uma pessoa e meia por dia, o que
faz um total de perto de 5 visitantes diários para uma estrutura como o CAE.
Embora seja difícil encher uma sala com 300 lugares, a ocupação quer do cinema
infantil, quer as 4 sessões que fazem por mês têm uma ocupação muito baixa.-----
O Vereador António Tavares manifestou a sua desconfiança em relação aos números
apresentados no cinema, pois no passado fim-de-semana deveriam estar pouco mais
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
61
de 20 pessoas, e que os números apresentados apontam para uma média de 69 ou 70
pessoas. Num outro espectáculo em que ele próprio assistiu, no grande auditório,
feito por um célebre palhaço, estavam presentes 12 pessoas, dos 800 lugares
disponíveis. Afirmou também não compreender como é que a exposição da “Colecção
Berardo” fica 7 meses em exposição, sendo que neste momento todo o público alvo
já a viu. Questionou ainda, onde estavam os “sponsers” e as “parcerias” e quais
foram as estratégias levadas por diante para os conseguir. Disse que o ano
passado falou na co-produção, mas é importante não confundir co-produção com
cedência de meios. Disse que tinha feito uma recomendação no sentido de haver
uma politica de preços consentânea com a diversidade de público, e isso sabia
que o tinham feito, porque foi ao CAE e entregaram-lhe um questionário para
preencher, mesmo assim, lamenta não ter conhecimento desses resultados.---------
Quanto à politica de preços, sugeriu que esta deverá ser utilizada com o intuito
de captar os diferentes públicos, mas, não foi o que aconteceu, porque os preços
dos bilhetes baixaram, devido ao facto de se passar a comprar espectáculos mais
baratos.------------------------------------------------------------------------
No que respeita aos congressos é da opinião que estão muito longe do desejável,
pois no 1º semestre apenas houve uma ocupação de 29 dias em 180 possíveis, o que
dá uma média de 0,15%. Mostra-se ainda preocupado com a enorme dependência que a
Figueira Grande Turismo continua a ter de subsídios da Câmara Municipal, cerca
de 80%.-------------------------------------------------------------------------
Continuou referindo que para 2007 se projecta uma significativa baixa de custos,
mas, em sua opinião é muito improvável que esta projecção seja verosímil, pois
em Junho de 2006 os valores da dívida eram de cinco milhões e meio de euros,
sendo dois milhões e meio a médio prazo a instituições de crédito, um milhão e
duzentos mil a curto prazo, a instituições de crédito, e a fornecedores um
milhão setecentos e noventa e seis mil, ou seja, aquilo que desceu nas
instituições de crédito, foi o que cresceu na dívida a fornecedores, cerca de
duzentos mil euros. Discorda por terem feito uma cópia exacta do Plano de
Actividades do ano de 2006 para 2007, pois, o texto mantém-se, mudando apenas os
valores, esperava que uma meditação sobre todas estas questões produzissem um
texto diferente, o que mostra que para o ano de 2007 vai ser uma continuação do
anterior.-----------------------------------------------------------------------
O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo, Prof.
Fernandes Tomás explicou que no sector do turismo tentaram fazer vários
contactos a entidades para fazerem um estudo estatístico minimamente válido, mas
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
62
este custaria umas dezenas de milhares de euros. Afirmou que a Drª Ana Redondo
contactou com a Região de Turismo do Centro e, também, uma outra entidade de
Coimbra, que faz esse tipo de estudos e chegou-se à conclusão que a Região de
Turismo do Centro está interessada em desenvolver um estudo que vai apresentar
dentro de alguns meses, e que será um pouco à semelhança da Região de Turismo do
Algarve. Contudo, a entidade tem encontrado algumas dificuldades em obter
informação junto de restaurantes e hotéis, que muitas vezes não gostam de
fornecer dados. Afirmou que a gestão do CAE em questões orçamentais não tem um
peso extraordinário na FGT, tem muito mais animação turística, pois não são dois
terços com tendência para subir, mas sim, um terço com tendência para descer, da
parte do CAE.-------------------------------------------------------------------
Quanto à questão do “sucesso excelente”, confessou que não viu quantas vezes
vinham escritas as palavras, mas que estava convencido de que têm algum sucesso,
e como prova disso é um artigo do jornal “Público”, sobre casos de sucesso na
descentralização da cultura, e ainda na maior parte dos parâmetros, em
comparação com entidades equiparadas, acha que têm algum sucesso.---------------
Referiu ainda, que no ano transacto, não falou em eco-turismo mas em turismo
cultural. No que respeita à imagem de marca da Figueira, em sua opinião, hoje, a
Figueira tem como imagem da marca turística, sol, praia e ambiente extremamente
agradável, civilizado e acolhedor e, também, uma imagem de marca cultural que em
grande parte é devida ao CAE.---------------------------------------------------
A Administradora Delegada da Figueira Grande Turismo, Dr.ª Ana Redondo, alegou
que a FGT recebe estagiários, ficando com o resultado dos inquéritos que eles
fazem, e uma coisa que se tem notado é que muitas pessoas que procuram o CAE não
residem na Figueira da Foz, fazem muitos quilómetros para vir assistir aos
espectáculos, o que demonstra que a Figueira tem uma imagem de marca no
exterior.-----------------------------------------------------------------------
O Vereador António Tavares explicou que se estava a referir a outros
espectáculos que passam noutras salas do país, pois estes não vão trazer
genuinidade àquilo que se apresenta, apenas dá um cariz e uma imagem cultural.--
O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo, Prof.
Fernandes Tomás respondeu que dá uma imagem cultural embora não dê uma imagem
tão genuína quanto ele gostaria que fosse, porque se tivessem muito dinheiro,
poderiam criar, por exemplo, uma escola de bailado, uma orquestra, entre outras
coisas.-------------------------------------------------------------------------
O Presidente referiu que o Festival de Música que houve em tempos, era uma coisa
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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muito interna que abarcava umas 40 pessoas, à semelhança do espectáculo do
palhaço que o Vereador António Tavares assistiu. Relembrou que também em tempos
houve o “Festival de Cinema da Figueira da Foz”, mas que depois foi copiado por
outras cidades e, por isso, se massificou. Contúdo, no panorama nacional ainda
tem um pouco de notoriedade em comparação, por exemplo, como de Espinho que de
notório só tem o Casino.--------------------------------------------------------
O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Grande Turismo, Prof.
Fernandes Tomás, esclareceu que já tiveram um projecto com o António Pedro
Vasconcelos, pessoa conhecedora deste tipo de espectáculos, no sentido de
relançar um “Festival de Cinema” que teria de ser uma coisa com perfil próprio,
diferente do antigo, para o qual já existiam colaboradores, contúdo, depois da
redução do orçamento para o mínimo dos mínimos, dirigiram-se ao ICAM (Instituto
do Cinema e das Artes Multimédia) a fim de serem subsidiados, o que aconteceu,
com dez mil euros, mas não foi possível angariar mais patrocínios. Se tivessem
quinhentos ou um milhão de euros, este seria realizado, e então aí seriam
criticados por gastar demais. Confessou, também, que a sua estratégia não tem
sido cultural mas empresarial, pois tiveram de diminuir drasticamente os custos
ao mínimo sendo muito difícil manter com menos custos a mesma actividade
cultural, pois têm uma dependência aproximadamente de 80% da Câmara Municipal.--
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
11.2 - PLANO DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO PARA 2007
Pelo Presidente foram apresentados o Plano de Actividades e Orçamento da
Figueira Grande Turismo – Empresa Municipal, para o ano de 2007, documentos que
ficarão devidamente arquivados naquela Empresa Municipal, e disponíveis para
consulta quando para tal forem solicitados.-------------------------------------
A Administradora Delegada da Figueira Grande Turismo, EM, Dr. Ana Redondo, fez
uma breve apresentação digital, dando alguns esclarecimentos sobre os documentos
em questão.---------------------------------------------------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra
dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,
aprovar o Plano de Actividades e Orçamento para 2007, da Figueira Grande
Turismo, Empresa Municipal.-----------------------------------------------------
O Vereador Víctor Sarmento, em nome dos Vereadores do Partido Socialista, fez a
seguinte Declaração de Voto:----------------------------------------------------
“Eu, em declaração de voto, gostava de apelar a uma reflexão sobre o futuro
estratégico desta empresa e particularmente do Centro de Artes e Espectáculos.
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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Notaram-se à pouco algumas divergências em relação aos custos que o CAE contém,
como eles são avaliados, quer pelo Administrador da FGT, quer pelo Presidente da
Câmara. Ainda há pouco tempo, o Sr. Presidente em sede de uma reunião como esta,
se referiu aos custos elevados de manutenção do CAE propriamente dito, havendo
esta divergência, o que é natural, porque obviamente que ser juiz em causa
própria é muito mais difícil. É um apelo que deixava para podermos reflectir
sobre o futuro e gestão deste equipamento. É inegável que é das poucas obras com
valor estratégico que nós temos, que foram realizadas nos últimos anos,
portanto, há que trabalhar no sentido de o rentabilizar, de o optimizar, de
trazer para a Figueira da Foz mais do que aquilo que tem sido trazido. Mas
começamos a apercebermo-nos de que é difícil com menos dinheiro aumentar a
qualidade. Obviamente que será cada vez mais difícil andar neste sentido, a
reflexão que eu gostava de fazer ou deixar para ser feita, no futuro, era se não
valerá a pena equacionar, de vez, parcerias de gestão do próprio equipamento.
Não quer saber se é da Câmara Municipal, se é da Figueira Grande Turismo, ou se
é de várias Câmaras associadas, o que quer é ter um espectáculo com qualidade,
sentir que está confortável. Nós temos que, pondo o utilizador no centro das
nossas preocupações e considerando que aquele equipamento é muito válido, mas de
custos elevados, distribuir esses custos. A proposta de reflexão que faço é que
se não valerá a pena estabelecer acordos com outras autarquias, atendendo à
dimensão estratégica deste espaço, que tem uma dimensão regional e procurar,
também, dividir os custos do seu funcionamento com outras entidades semelhantes
à nossa de âmbito regional. E porque não reflectirmos sem pretensiosismo, sem
falsas modéstias, ou sem querermos todos os louros para o nosso concelho, para a
nossa Câmara”.------------------------------------------------------------------
12 - FIGUEIRA DOMUS – EMPRESA MUNICIPAL
12.1 - RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS REPORTADO AO 1º SEMESTRE DE
2006
Da Figueira Domus – Empresa Municipal, foi presente o Relatório de Actividades e
Contas reportados ao 1º Semestre de 2006, documentos que ficarão devidamente
arquivados naquela Empresa Municipal, e disponíveis para consulta quando para
tal forem solicitados.----------------------------------------------------------
O Presidente esclareceu que, tal como na empresa municipal Figueira Grande
Turismo, também é apresentado o Relatório da Actividades e Contas do 1.º
semestre de 2006, seguido da proposta do Plano de Actividades e Orçamento para
2007, pela empresa municipal Figueira Domus, já previamente distribuído por
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
65
todos os Vereadores, julgando poder dispensar, se todos estivessem de acordo, de
a Administração fazer um relato exaustivo sobre o Relatório, apenas questiona a
Presidente desta empresa, se relativamente àquilo que foi entregue e
apresentado, há alguma coisa em particular para acrescentar.--------------------
A Vereadora Teresa Machado referiu que considera que o Relatório de Actividades
e Contas referente ao primeiro semestre está bem explícito, querendo só
relembrar que estão a falar de uma empresa de Habitação Social e reiterar que
apesar de todo o trabalho social que foi feito ao longo deste ano, ainda há
muito por fazer, mas conforme concluirão, pelo Plano de Actividades, não existe
qualquer investimento programado para o próximo, nem para os próximos anos.-----
A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------
12.2 - PLANO DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO PARA 2007
Pelo Presidente foram apresentados o Plano de Actividades e Orçamento para 2007,
da Figueira Domus - Empresa Municipal, documentos que ficarão devidamente
arquivados naquela Empresa Municipal, e disponíveis para consulta quando para
tal forem solicitados.----------------------------------------------------------
Sobre este assunto a Vereadora Teresa Machado, fez um breve esclarecimento sobre
o trabalho desenvolvido naquela empresa, em termos de gestão do parque
habitacional, no que se refere a intervenções, quer físicas, quer em termos de
politica social, e as actividades detalhadas que desenvolveram.-----------------
Acrescentou ainda que não está prevista mais nenhuma obra, pois foi feito um
levantamento em todo o Município e a decisão é de privilegiar a reabilitação e
arrendamento no próprio local onde as pessoas habitam, se a candidatura for
aprovada. Relembrou, também, que a Empresa é de habitação social, havendo muito
por fazer, pois existem muitas carências sociais, assumindo que o problemas
“grave da empresa”, são as muitas “rendas em atraso”, sendo algumas por falta de
meios económicos, mas outras é por desleixo, estando já programadas medidas a
tomar, designadamente o avanço de processo judicial.----------------------------
O Vereador Víctor Sarmento interveio suportando-se numa apresentação, documento
que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número vinte
e três à presente acta, com vários gráficos, referindo que repetiria o que disse
o ano passado, “apesar de não termos as mesmas preocupações que manifestámos com
a empresa Figueira Grande Turismo, pois a sua gestão demonstra outra
sustentabilidade, esta empresa tem activos e património que marcam desde logo
uma grande diferença, embora tenha vindo a ser seguida uma política de
construção de habitação social que não consideram a mais adequada”. Um ano
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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depois, lamenta ter que dizer que continuam preocupados, porque a
sustentabilidade que esta empresa tinha e que, provavelmente ainda tem, começa a
desvanecer-se, começando a notar-se que há todo um passivo que não se altera, um
investimento em habitação que não é recuperado, e o tempo vai passando e a
rentabilização desse património vai-se deteriorando. Não constatam, neste Plano
de Actividades para 2007 e no respectivo Orçamento, uma inversão da politica de
habitação, contrariamente àquilo que tinha sido indicado há um ano atrás. Não
vão por em causa a idoneidade da gestão, mas a politica de habitação social que
tem vindo a ser seguida e que, pelos vistos, continuará a ser seguida para 2007
e é com isso que discordam. E continuou, dizendo que, em primeiro lugar, os
dados estatísticos mencionados, são os que constam dos relatórios oficiais,
tanto da empresa municipal, como da Câmara Municipal. Nalguns gráficos
considerou-se como base o Plano de 2001, e noutros o de 2004. A análise,
particularmente, no período de 2002/2006, que são as intenções para 2007, são da
responsabilidade do actual Presidente da Câmara. E aquilo que os preocupa mais é
o endividamento e o aumento do orçamento, que é resultado do aumento
significativo de 2006 para 2007 de custos com o pessoal e com o fornecimento de
serviços externos. E o facto é que continuam com capital alheio, correspondente
a um passivo que se mantém próximo dos 20 milhões de euros e que não se prevê
alterar, embora diminua ligeiramente, em 2007, mas isso é uma previsão, e esta
previsão também se pode enganar, porque já se enganou em épocas passadas, isto
é, em 30 de Novembro de 2005 a previsão era de 18,34 milhões de euros e acabou
por ser de 20,69 milhões de euros. Felizmente, há um relatório do primeiro
semestre, a exemplo do que acontece na Figueira Grande Turismo, E.M. e louvam
essa atitude, lamentando que actualmente a Câmara não seja, legalmente, obrigada
a faze-lo. Neste panorama, verificam que para o ano de 2006, está previsto haver
uma dívida, de médio e longo prazo de 10,10 milhões aos bancos, e de curto prazo
de 5,43 milhões, mais 2,6 milhões a fornecedores. Para o ano de 2007, verificam
que a preocupação que existe é de alterar este conteúdo da dívida, passá-la de
curto para médio prazo, mas com aumento do médio e longo prazo a fornecedores, e
a médio e longo prazo aos bancos. Esta é uma situação que os preocupa, porque o
tempo vai passando e o valor do património vai diminuindo, e não vêm no Plano de
Actividades alterações significativas daquilo que tem vindo a ser seguido, antes
pelo contrário, as alterações que existem são tão ténues que apagam a
continuidade da politica que tem vindo a ser seguida. Existindo, portanto,
alguns factos relevantes que temos que tirar destes resultados e que são
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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preocupantes, do ponto de vista financeiro: A actividade dominante de produção
imobiliária e de habitação a custos controlados, com gestão social de procura de
arrendamento e comercialização, mantém-se, quando deveria encontrar-se outro
objecto, havendo uma repetição de uma estrutura de capitais fortemente
desequilibrados. Salientou, também, que para 2007 está previsto no orçamento da
Câmara Municipal da Figueira da Foz, um subsídio de um milhão e quatrocentos mil
euros para a Figueira Domus, E.M., o que reflecte que continua a estar
dependente do subsídio camarário. Existe, ainda, uma sobreavaliação da avaliação
dos segmentos e uma demasiada concentração da mancha habitacional com riscos
sociais inerentes, o que julga ser, obviamente, discutível, mas a politica da
concentração habitacional que se desenvolveu, particularmente nos anos 60, tem
vindo a ser alterada em toda a Europa, procurando-se, neste momento, diluir a
instalação das famílias com problemas de carência social ou carência
habitacional, sob o ponto de vista social, mantendo-as integradas no seu local
de residência, não as obrigando a deslocarem-se para grandes manchas
habitacionais. Referiu, ainda, que a habitação social só existe,
maioritariamente, em seis freguesias do Concelho: Brenha, Buarcos, S. Pedro,
Marinha das Ondas, Tavarede e Vila Verde, com um total previsto para 2007 de 665
fogos, dos quais 288 são para venda. Salientando que o fraco dinamismo com que
tem decorrido a comercialização de fogos afecta a saúde financeira da empresa e
não satisfaz as necessidades sociais em habitação. Aquando da discussão do
Orçamento, Plano de Actividades e Relatório de 2006, foi referida a intenção de
alterar a politica de construção de habitação social em grandes manchas, o que
não está claramente definido para o futuro. Remeteu para a página 12 do programa
do Plano de Actividades, referindo que são apresentadas propostas para mais um
loteamento em Tavarede e um novo em Santana e as intervenções às outras
freguesias, são praticamente inexistentes, não sendo, seguramente, pela ausência
de problemas sociais. Salientou que sugeriram, há um ano atrás, para
privilegiarem a construção e o arrendamento de fogos por todas as freguesias
onde existam problemas para serem resolvidos, sem esquecer a cidade, promovendo
o seu repovoamento nos centros tradicionais, como uma forma de despovoar e
valorizar o centro da cidade, aliás, o que acontece por essa Europa fora, nos
últimos vinte anos. Julga necessário haver um “golpe de asa” na Administração,
por forma a equilibrar a empresa e redireccionar a politica habitacional,
devendo possibilitar outros “voos” que conduzam ao saneamento financeiro.
Esperam mais criatividade e inovação para resolver o problema, cada vez mais
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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grave de um passivo de, aproximadamente, 20 milhões de euros, ou seja, 4 milhões
de contos. A empresa tem um endividamento brutal de médio longo prazo
previsível, em 2006, de 12,732 milhões de euros e que se propõem aumentar para
16,556 milhões de euros, em 2007, reduzindo a dívida de curto prazo de 7,102
milhões para 2,108. E continuou, referindo que é preciso fazer algo mais,
experimentar outras soluções e no Plano de Actividades não se faz esta reflexão,
o que lá está é a possibilidade de fazer novos loteamentos.---------------------
O Vereador Pereira Coelho interveio, para referir que é uma questão de
consciência não fugir a esta responsabilidade, que estão todos lembrados sobre o
que disse no ano passado sobre a Figueira Domus, E.M. Houve até quem tenha
ficado menos agradado com as minhas palavras, mas o que está em causa é muito
mais do que isso, é perceber o que é que querem disto e para onde estão a ir. É
evidente que todos tem direito a sonhar e a pensar que o mundo vai ser melhor
todos os dias. Mas uma coisa é sonhar, outra é saber se temos ou não temos meios
para acorrer ás situações. E se existem poucos meios, há que ser muito mais
selectivo para poder fazer justiça. Por isso, em 100 situações de carência, de
certeza absoluta que é possível elencar as mais carentes. Agora, quando não se
coloca, à partida, um objectivo que limite a acção, como é obvio, isto “é um
poço sem fundo”, porque a pressão há-de ser sempre imensa. Gente à procura de
uma habitação nova, há-de haver sempre, e se for de arrendamento com renda
subsidiada, melhor ainda. Mas meus senhores, exclamou, está à vista os
elementos, estamos perante um problema que vai ser, de certeza absoluta, o maior
problema para da Câmara da Figueira da Foz para os próximos anos. Recusando-se,
assim, a dar o seu voto a qualquer coisa que aumente a despesa nesta área. E
continuou, indicando que há intenção objectiva de continuar esta politica,
verificando-se que, quem fez o Relatório e Plano de Actividades, das duas uma:
Ou não sabe onde gastar o dinheiro, ou não tem a mínima noção do que é a
administração. Ainda hoje, a Administradora disse uma coisa que para ele era
óbvia desde sempre e que é um problema cada vez maior: “as rendas estão por
pagar, o que é que se faz a essa gente? Põem-se as famílias na rua?” E isto vai
pesando cada vez mais no Orçamento Municipal. Por isso, nesta matéria vota
contra e assume as responsabilidades sobre isso, dentro do seu partido se
necessário. E acrescentou, que não conseguiu perceber se foi ou não definida
qualquer estratégia para reorientar o buraco em que já estão metidos. E lembrou
que, no ano passado, com algum ar de gozo, riram-se, quando questionou, quer as
vendas de Brenha quer as vendas de S. Pedro. Isto não tem outro remédio, há que
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olhar para isto com olhos de ver, reformular tudo o que há para reformular, ter
essa coragem de, naturalmente, mudar de rumo, porque isto é um descalabro. No
CAE ainda pode discutir: “Não se faz três espectáculos, são menos 200 mil
euros”, ou seja, é uma decisão que pode ser tomada sem qualquer problema, a não
ser o facto de não se realizar o espectáculo. E transformar uma dívida de curto
prazo em dívida de longo prazo, é um acto de gestão perfeitamente aceitável, o
contrário é que seria de estranhar. Mas isso não resolve o nosso problema, e por
isso, por duas ordens de razões, a primeira é uma clara ordem de razão que tem a
ver com o facto de ele, já há muito tempo, que vem a dizer que está contra o
procedimento deste plano de habitação social, que não tem nada a ver com aquilo
que entendemos que deva ser uma politica de acção social concertada com os
limites da própria Câmara. Não somos a Segurança Social, somos a Câmara
Municipal e temos de ter alguma rubricas, de facto, para atender a algumas
situações de miséria, a situações de grande carência, mas temos limites, porque
o nosso orçamento é limitado. Sabe mas que, ás vezes, pode parecer duro ouvir
dizer isto, mas quem quiser o contrário deve usar a demagogia a níveis
incomportáveis, porque ninguém faz isto, não é por ter 1000 pessoas à sua porta
a dizer que precisa de uma casa, que agora vai ter que orientar todo o seu
esforço para fazer 1000 novas casas, porque tem 1000 novas pessoas a pedirem-
lhe. Desculpa-se, mas nem o pode fazer, nem o deve fazer, porque alguém o vai
ter de pagar, que são o resto dos contribuintes da Figueira da Foz. E questionou
se já perguntaram ao resto dos contribuintes que compram a sua casa, que vão ao
banco, sabe-se lá com que sacrifícios, para também terem direito à sua casa
própria, se estão de acordo com isto? É que a justiça tem de ser feita
colectivamente de acordo com parâmetros que cada um de nós tem de definir, mas
também, de acordo com os objectivos e com as possibilidades que, de facto,
temos, e o que está a acontecer é que toda a estrutura da dívida aumenta, sem
atendermos àquilo que é uma realidade, que já no ano passado chamou a atenção
para isso, que é a natural preocupação com a crescente situação de insolventes,
uns porque o são e outros porque se fazem. E como é que se pode exigir à
administração que vá resolver este problema, só se forem mágicos, porque isto
não é resolúvel, estão a falar de problemas sociais muito graves, que depois na
sociedade “choramingas” em que nós vivemos, que é a sociedade do “tem pena de
tudo e de todos”, quem quiser depois tomar uma atitude mais exemplar para fazer
respeitar a lei e os bons princípios, sabem o que vai acontecer, porque depois
já não é só a razão a ter que decidir, é também o coração e a emoção.-----------
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Chamou a atenção para, na intervenção do Vereador Víctor Sarmento, não haver
concordância entre, por um lado chamar à atenção para o problema grave, em
termos financeiros, e por outro lado a necessidade de irmos atender, ainda, a
mais situações, pois o problema é que a Câmara já ultrapassou a sua capacidade
para atender a este tipo de situações, e se as atendeu mal, então que se faça a
seriação da coisa, ter coragem de agora “fazer sangue onde, até agora, foi só
distribuir rosas”. E por isso, para terminar e para não se estar a repetir, diz
que este programa, não pode merecer, sequer, a sua abstenção. Não dará a sua
cobertura a um único novo empreendimento, mesmo dizendo que são estudos, então
pior ainda, porque das duas uma, ou é mesmo para fazer e então não vale a pena
gastar dinheiro em estudos, ou não é para fazer, por isso mais vale estarem
quietos, e não se criam expectativas onde elas não podem existir.---------------
A Vereadora Aida Cardoso informou que o que apresentaram, anteriormente,
funcionava como uma declaração de voto.-----------------------------------------
A Vereadora Teresa Machado interveio para voltar a dizer que, tanto o Vereador
Víctor Sarmento, como o Vereador Pereira Coelho, não interpretaram bem aquilo
que ela disse, inclusivamente, o Vereador Víctor Sarmento diz que não há uma
inversão de politica, mas ela começou por dizer que iam parar a politica de
habitação. Subscreve, inteiramente, as declarações que o Vereador Pereira Coelho
faz, excepto quando diz que há irresponsabilidade da parte da administração.
Quanto aos estudos e projectos, são intenções, não são acções, não está neste
plano de actividades nem mais uma obra daquelas que estavam programadas aquando
da apresentação, inclusivamente o empreendimento do Mártir Santo contém uma
intenção de diminuição, estando em contacto com o empreiteiro, com a Hagen -
Sociedade de Construções H. Hagen S.A., para diminuírem os fogos a adquirir pela
Figueira Domus, E.M, estando escrito que o programa de afectação previa que 24
fogos fossem vendidos a munícipes, contudo, a empresa deve reequacionar a
aquisição dos referidos fogos, até na Matôa, no Bairro da Gala/Sidney - 1ª fase
- B, embora os respectivos Presidentes de Junta, todos os dias, insistem junto
da administração, apesar de entender que a sua freguesia já tem demasiada
população, em termos de habitação social, a pressionar a administração, no
sentido de resolver todas as situações, tendo-lhes sido já dito que era
impossível. Reforçou mais uma vez a ideia de que são apenas estudos e que não vê
qualquer problema em mudar de estratégia. Alegou, também, que está escrito que
ao invés do que tem sido feito até aqui, se irá privilegiar a reabilitação e o
arrendamento. Deixou, também, claro que é sua intenção acudir a situações mais
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urgentes como, foi o caso de Alqueidão, em que houve uma situação de necessidade
premente de intervenção, que irá ser feita tanto em espaço urbano como rural,
com intenção de não desenraizar as pessoas dos sítios onde moram, sendo este
último um objectivo da empresa.-------------------------------------------------
Explicou, ainda, que com o levantamento das carências concelhias obtém-se uma
melhor noção do que se passa na realidade, afirmando, também, que tem muitos
sonhos mas que há muitos que não consegue realizar, contudo não cruza os braços
e afirma que não irá ser irresponsável e que nos cinco anos que lá está nunca o
foi. Opinou que o facto de haver uma intenção de fazer um estudo não implica
necessariamente fazer gastos.---------------------------------------------------
O Vereador Víctor Sarmento afirmou que já tinha ouvido aquela conversa muitas
vezes e que uma empresa não é um partido politico e um plano de actividades para
uma empresa, que se quer credível, não é um plano de intenções, nem um programa
eleitoral.----------------------------------------------------------------------
A Vereadora Teresa Machado explicou que propuseram fazer os estudos, o que é
diferente de concretizá-los.----------------------------------------------------
O Presidente interveio, dizendo que se o Conselho de Administração da Figueira
Domus, E.M. lhe disser que não o faz, uma vez que foi a politica da Câmara que
entendeu que não se deve fazer, não se faz.-------------------------------------
O Vereador Víctor Sarmento disse que para o próximo ano não há nada ali previsto
para se fazer em termos de habitação social, é da opinião de que é necessário
repensar a forma de intervenção da acção social. Não se considera tão radical
quanto o Vereador Paulo Pereira Coelho que defende que se “desligue” a acção
social. Sugere, sim, que se lhe dê ainda mais atenção e que até se poderá
abranger mais pessoas, mas de uma maneira diferente, prestando outro tipo de
ajuda, como, subsídio ao arrendamento, o ajudar as pessoas a encontrar a
habitação mais adequada, pois há várias formas de acção social para além da
construção e reparação de habitação. Vincou a necessidade de correcção de uma
politica que foi mal desenvolvida, nomeadamente, no que diz respeito à
construção de habitação social, ao investimento em habitação para vender a
custos controlados, mas ainda mais incorrecto, foi a via traçada de estabelecer
estas manchas de habitação social em seis Freguesias que está desajustado sobre
o ponto de vista social, em termos sociológicos, usando como exemplo o que
recentemente se passou em França, em sua opinião derivado de politicas
semelhantes que se seguiram nos anos sessenta, defendeu que temos que aprender
com o passado e não manter-nos agarrados a ele.---------------------------------
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A Vereadora Teresa Machado desafiou o Vereador Víctor Sarmento a perguntar ao
Presidente da Junta de S. Pedro se perdeu ou se lucrou com a habitação social.--
O Vereador Víctor Sarmento explicou que estava a falar de uma experiência de
outros países europeus com mais de trinta anos e que na Figueira existe uma
experiência de três anos, sendo estas experiências avaliadas à geração e não ao
período de mandato. Em seu juízo, deveria adoptar-se uma politica social que
mesmo que a curto prazo trouxesse alguns prejuízos, mas que se vendam aquelas
habitações e que se consiga a tempo recuperar algum investimento e que este
passivo se reduza substancialmente, senão, entrega-se a outra agência
imobiliária e os problemas continuam.-------------------------------------------
O Vereador Pereira Coelho afirmou que o assunto é muito grave, pois não só não
está esboçada nenhuma estratégia sobre como lidar com este problema, como antes
pelo contrário, este problema ainda está mais agudo. Apelou ao Presidente para
ter em conta este problema, pois os números e as perspectivas apresentados pela
Figueira Domus, E.M. vão levar a Câmara a “falir” e a questão que se coloca é a
de que quem quer ser conivente com esta situação. Afirmou, também, que num Plano
de Actividades e Orçamento, que nele se projecta é para ser cumprido, o que
inevitavelmente se traduzirá em custos. Alegou, então, que está implícita uma
mentira pois havia sido dito que a Figueira Domus não tinha intenções de
realizar mais empreendimentos. Confessou, também, que com ocorrências deste
género é impossível entender-se com o Presidente. Explicou que os Vereadores da
Oposição quando fazem os seus reparos, não sabe muitas vezes de que lado está a
verdade, contudo ele sempre votou de acordo com o Presidente. Afirmou que teve
intenção de se ir embora e só não foi, porque lhe disseram que na Figueira
Domus, E.M. estava previsto mais empreendimentos, o que considerou muito grave,
porque põem em causa a confiança que devem ter uns nos outros, e a
responsabilidade dos actos que cometem. Por isso, revelou que com o seu voto não
podem contar, pois há que reformular a estratégia politica para a empresa,
porque em sua opinião já há património a mais, não se sabendo o que fazer com
ele.----------------------------------------------------------------------------
Perguntou ao presidente quais são as saídas que têm, pois é aqui que se levanta
a maior desconfiança da sua parte, e questionou também a Vereadora Teresa
Machado sobre o número de fogos que neste momento não pagam renda.--------------
A Vereadora Teresa Machado respondeu que não sabe de cor, mas pode dar-lhe o
valor de rendas em atraso.------------------------------------------------------
O Vereador Pereira Coelho replicou que queria saber, no momento, quantos fogos
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Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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existiam com rendas em atraso.--------------------------------------------------
A Vereadora Teresa Machado voltou a responder que não sabia de cor, apenas sabe
o valor total da dívida.--------------------------------------------------------
O Vereador Pereira Coelho disse que o valor total não lhe dizia nada, porque
nunca se sabe quem é que deve mais, pois o que lhe interessa saber é o numero de
fogos que tem, para melhor poder equacionar a quem deve ou não atender. Referiu,
também, que o valor de que se está a falar dava para construir dois CAE’s.------
Explicou, também, que nas suas palavras não há qualquer acinte contra ninguém em
particular e que em última instância é o presidente quem responde por tudo isto.
Constatou que, se a Vereadora Teresa Machado é a primeira a dizer que tem uma
noção global e não sabe se são trinta, quarenta ou sessenta. Em sua opinião é
importante saber-se da dimensão do problema, senão leva-os a pensar que é “lana
caprina”.-----------------------------------------------------------------------
O Presidente usando da palavra disse que ouviu com atenção, quer as criticas
feitas à estratégia, apresentada pelos Vereadores do Partido Socialista, quer as
do Vereador Pereira Coelho, por isso, vai propor a retirada deste assunto, para
com a Administração da Figueira Domus fazer uma reapreciação e nova proposta
para ser presente na próxima reunião de Câmara.---------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta do Presidente.----------
13 – FIGUEIRA PARQUES – EMPRESA MUNICIPAL
13.1 – PROPOSTA DE ADITAMENTO AO CONTRATO DE CONCESSÃO DO
FORNECIMENTO, INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE PARQUÍMETROS
COLECTIVOS NAS ZONAS DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA NA
CIDADE DA FIGUEIRA DA FOZ, CELEBRADO EM 23 DE SETEMBRO DE 2005
Da Figueira Parques, EM – Empresa Pública Municipal de Estacionamento da
Figueira da Foz, foi presente uma carta, datada de 28 de Novembro de 2006,
referindo que o contrato de concessão de fornecimento, instalação e exploração
de parcómetros colectivos nas zonas de estacionamento de duração limitada na
cidade da Figueira da Foz, que o Município celebrou com aquela Empresa
Municipal, no seguimento das deliberações de Câmara e de Assembleia Municipal
de, respectivamente, 7 e 27 de Junho de 2005, e tendo em conta não só o
Protocolo celebrado em 17 de Janeiro de 2005, entre o Município da Figueira da
Foz e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, mas também a
prossecução duma estratégia de estacionamento que se configure como elemento
essencial na requalificação e no desenvolvimento da zona urbana da Figueira da
Foz, o Conselho de Administração da Figueira Parques deliberou, em reunião de 30
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
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de Outubro de 2006, propor à Câmara Municipal o alargamento da área da
concessão, conforme planta que constitui o anexo número vinte e quatro à
presente acta.------------------------------------------------------------------
O Vereador Lídio Lopes esclareceu que a alteração que se propõe é do artigo 1º
do contrato de concessão, celebrado em 23 de Setembro de 2005, ao qual é aditado
a alínea e), com o seguinte teor: “As áreas de estacionamento de duração
limitada constantes do anexo 2 ao presente contracto”.--------------------------
A Câmara deliberou, por maioria, com cinco votos a favor e quatro votos contra
dos Vereadores Víctor Sarmento, Paz Cardoso, Aida Cardoso e António Tavares,
aprovar o “Aditamento ao Contrato de Concessão de Fornecimento, Instalação e
Exploração de Parquímetros Colectivos nas Zonas de Estacionamento de Duração
Limitada na Cidade da Figueira da Foz”, celebrado em 23 de Setembro de 2005,
submetendo esta resolução à aprovação da Assembleia Municipal.------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
A Vereadora Aida Cardoso em nome dos Vereadores do Partido Socialista fez a
seguinte Declaração de Voto:----------------------------------------------------
“Votamos contra, pelo facto de aumentar a área de parcómetros em toda a Avenida
25 de Abril e na Rua Engenheiro Silva”.-----------------------------------------
O Vereador Lídio Lopes apresentou a seguinte Declaração de Voto:----------------
“Votei favoravelmente por uma questão estratégica de planeamento de
estacionamento para a zona do Bairro Novo, ou seja, com vista a disciplinar o
estacionamento naquela zona. Em relação à Avenida 25 de Abril o parcómetro será
colocado no Verão e retirado em Setembro, havendo a necessidade de disciplinar o
estacionamento naquela Avenida”.------------------------------------------------
13.2 – PROPOSTA DE CONSTITUIÇÃO DE UM CONSELHO GERAL, PARA A FIGUEIRA
PARQUES, EM – EMPRESA PÚBLICA MUNICIPAL DE ESTACIONAMENTO DA
FIGUEIRA DA FOZ
Foi presente a carta datada de 24 de Novembro de 2006, da Figueira Parques, EM –
Empresa Pública Municipal de Estacionamento da Figueira da Foz, dando
conhecimento que o nº 2 do artº 9 da Lei nº 58/98, de 18 de Agosto, bem como o
nº 1 do artº 9º e 10º dos Estatutos da Figueira Parques – EM, estipulam que é
obrigatória a existência de um Conselho Geral, com funções meramente
consultivas, constituído por 7 representantes do Município da Figueira da Foz, a
designar pela Assembleia Municipal e 3 representantes da Emparque –
Empreendimento e Exploração de Parqueamentos, S.A..-----------------------------
Assim, o Conselho de Administração daquela Empresa, deliberou em reunião de 27
CÂMARA MUNICIPAL
Acta nº 23 da Reunião Ordinária de 04-12-2006
75
de Setembro de 2006, propor os seguintes representantes do Município:-----------
O Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz;----------------------------
Um representante dos Presidentes das Juntas de Freguesia eleitos pela Assembleia
Municipal;----------------------------------------------------------------------
Um representante da Polícia de Segurança Pública;-------------------------------
Um representante da Guarda Nacional Republicana;--------------------------------
Um representante dos Bombeiros Municipais;--------------------------------------
Um representante do Instituto Portuário e de Transportes Marítimos;-------------
Um representante do Automóvel Clube de Portugal.--------------------------------
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta apresentada pela
Figueira Parques, EM – Empresa Pública Municipal de Estacionamento da Figueira
da Foz, e de acordo com a referida legislação, submeter esta resolução à
Assembleia Municipal, para aprovação.-------------------------------------------
Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------
E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente declarada encerrada a
reunião eram vinte e uma hora e cinquenta minutos, da qual, para constar, se
lavrou a presente acta, que será previamente distribuída a todos os membros da
Câmara Municipal para posterior aprovação e que vai ser assinada pelo Presidente
e pelo Secretário, nos termos da Lei.-------------------------------------------